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Caso 4 estudo dos vasos

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Caso 4: Rigidez arterial e Cigarro
Tema: Estudo dos vasos
Objetivo 1: Caracterizar as estruturas dos vasos sanguíneos, explicando suas propriedades, e diferenciar os tipos de vasos
A maioria dos vasos contém três camadas ou túnicas:
Túnica Intima ou Interna: compõe-se de uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada subendotelial (tecido conjuntivo frouxo). Nas artérias a túnica íntima é separada da média por uma membrana/lâmina elástica interna, a qual consiste de fibras elásticas (elastinas) e aberturas alongadas (fenestras) que permitem a difusão de substâncias para nutrir as células situadas na parte mais interna dos vasos.
Túnica Média: consiste basicamente em fibras musculares lisas. Nas artérias possui a membrana/lâmina elástica externa mais delgada que separa a média da adventícia.
Túnica Adventícia ou Externa: consiste principalmente em colágeno tipo I e fibras elásticas. Nas artérias essa túnica é formada por tecido conjuntivo frouxo, com uma fina rede de fibras colágenas tipo I e elásticas. Esta túnica contém varias arteríolas, capilares e vênulas que nutrem as paredes vasculares, os Vasa Vasorum dos grandes vasos; ela nutrem a adventícia e a média com metabólicos, já que nesses vasos as camadas são muito espessas para dependerem apenas da difusão, sendo mais comuns em veias que artérias.
Artérias:
Pequenas artérias e arteríolas: 
Lumens relativamente estreitos 
Túnicas grandemente reduzidas em espessuras
Camada/Lâmina elástica interna ausente nas arteríolas 
Túnica média contém apenas uma delgada camada de fibras musculares lisas, enquanto nas pequenas artérias ela é relativamente espessa
O nível da pressão arterial e o grau de enchimento dos leitos capilares são controlados, principalmente, pelo grau de tônus (firmeza) no músculo liso das paredes arteriolares
Arteríolas se ramificam em vasos pequenos envoltos por uma camada descontínua de músculo liso, as Metarteríolas, as quais terminam por formar os capilares. A contração do músculo liso das Metarteríolas ajuda a regular a circulação capilar. 
Artérias de médio calibre ou Artérias musculares médias:
Artérias distribuidoras
Maioria das artérias
Túnica Média formada essencialmente por células musculares lisas
Membrana/Lâmina elástica externa só está presente em artérias musculares maiores
Por meio de nervos vasomotores do sistema simpático, controla o fluxo de sangue em uma determinada área, por vasoconstrição ou vasodilatação
Artérias de grande calibre ou Grandes artérias elásticas:
Artérias condutoras
Túnica intima mais espessa, em pessoas de certa idade pode conter placas de colesterol
Túnica média consiste em uma serie de lâminas elásticas
Essa grande elasticidade permite a expansão da artéria quando recebem o débito cardíaco dos ventrículos, minimizando a variação de pressão, e o retorno ao tamanho normal entre as contrações ventriculares, quando continuam a empurrar o sangue para as artérias médias
Artéria Aorta; as que se originam no arco da aorta como o tronco braquiocefálico, a carótida e a subclávia; além do tronco pulmonar e das artérias pulmonares
Veias
Vênulas:
Podem influenciar o fluxo de sangue nas arteríolas através da produção e secreção de substancias vasoativas difusível
Vênulas pericíticas ou pós-capilares
Parede formada por apenas uma camada de células endoteliais em volta das quais se situam as células pericíticas contráteis
Participam em processos inflamatórios e trocas de moléculas entre o sangue e o tecido
Mediadores de inflamação, como a histamina, alteram a permeabilidade vascular das vênulas, facilitando a passagem de células da defesa do sangue para os tecidos 
Vênulas musculares
Possui pelo menos alguma célula muscular lisa em sua parede
Veias de médio calibre ou veias médias
A túnica intima contém células endoteliais com núcleos mais ovais que a das artérias com o tecido conjuntivo muitas vezes ausente
Túnica média compõe-se de uma espessa camada de fibras musculares e colágenas 
Túnica adventícia mais rica em colágeno que a média
Veias de grande calibre 
Túnica intima bem desenvolvida
Túnica média delgada com poucas células musculares lisas e abundantes em tecido conjuntivo
Túnica adventícia é a mais espessa e desenvolvida, freqüentemente contém grande numero de fibras musculares lisas
Vasos Linfáticos: tem estruturas semelhantes as das veias, a não ser por paredes finas e por não apresentarem uma separação clara entre as túnicas, possuem um maior número de valvas em seu interior.
Plexos linfáticos:
Capilares linfáticos cegos que se originam nos espaços extracelulares
Consistem e uma única lâmina basal incompleta
Mantidos abertos através de inúmeras microfibrilas elásticas, que se ancoram firmemente ao tecido conjuntivo que os envolve
Converge gradualmente terminando em dois troncos: ducto torácico e o ducto linfático direito
Ducto linfático direito
Drena linfa do quadrante superior direito do corpo (lado direito da cabeça, pescoço e tórax, alem do membro superior direito
Entra na junção das veias jugular interna direita e subclávia direita, o ângulo venoso direito
Ducto torácico 
Drena linfa do restante do corpo 
Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior do corpo unem-se ao abdome. Após a união dos troncos, o ducto torácico ascendente, entrando no tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso direito – junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda 
OBS: VEIAS
 VÁLVULAS – está na maioria das veias.
Impede o refluxo de sangue
Formada por uma dobra da túnica intima, no centro da qual encontra-se tecido conjuntivo com fibras elásticas 
Revestidas em ambos os lados por endotélio
São semilunares e fixam-se às paredes dos vasos pelas suas bordas convexas 
Muito numerosas nas veias dos membros, principalmente os inferiores, que conduzem o sangue contra a gravidade
VEIAS SUPERFICIAIS X VEIAS ACOMPANHANTES
Superficiais: “vasos livres”, não circundam as artérias 
Acompanhantes: circundam as artérias profundas em uma rede com ramificações irregulares. Essa disposição serve como trocador de calor em contracorrente, no qual o sangue arterial morno aquece o sangue venoso mais frio em seu retorno de uma extremidade fria para o coração. Ocupam a região da bainha vascular, conseqüentemente, quando a artéria se expande durante a contração do coração, as veias são distendidas e achatadas, o que ajuda a conduzir o sangue venoso para o coração – BOMBA ARTERIOVENOSA
PAREDES FINAS
Proporcionam grande capacidade de expansão, uma vez que por serem finas seu diâmetro costuma ser maior que o das artérias. Por esse motivo encontra-se mais sangue na circulação venosa (80%) do que na arterial (20%)
O PAPEL DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS
Quando estes se contraem, comprime as veias, ordenando o sangue para cima em direção ao coração – BOMBA MUSCULOVENOSA
Objetivo 3: Descrever os tipos de capilares e suas interações/arranjos
Capilares
Um dos menores ramos arteriais que termina em redes vasculares que se situam em quase todos os tecidos do corpo
Compostos por uma única camada de células endoteliais que se enrola em forma de tubo, quando cortados transversalmente observa-se que a parede do capilar é, em geral, formada por 1-3 células, as quais repousam em uma lâmina basal
As células endoteliais contêm poucas organelas e prendem-se lateralmente por zônulas de oclusão, as quais apresentam permeabilidade variável a macromoléculas, de acordo com cada tipo de vaso sanguíneo considerado, e desempenham papel fisiológico significativo tanto em condições normais quanto em patológicas 
Em vários locais ao longo dos capilares, células de origem mesenquimal, envolvem porções de células endoteliais, essas células são chamadas de Pericitos
Os Pericitos são envoltos por uma lâmina basal, a qual pode se fundir com a lâmina basal de outras células endoteliais. Podem se diferenciar para formar novos vasos sanguíneos e novas células do tecido conjuntivo, participando deste modo do processo de reparação dos tecidos. Presença de miosina,actina e tropomiosina sugerem uma possível ação contrátil 
Freqüentemente chamados de vasos de troca, uma vez que é nesses locais que são transferidos oxigênio, gás carbônico, água, solutos, macromoléculas, substratos e metabólicos do sangue para os tecidos e vice versa 
 Se anastomosam livremente formando uma rede ampla que interconecta as pequenas artérias (arteríolas) com pequenas veias (vênula pós-capilar). 
 Circulação capilar é controlada por regulação neural e hormonal
A riqueza de capilares varia de acordo com a taxa metabólica, quanto mais alta maior é a quantidade de capilares, como nos rins, fígado e músculos cardíacos e esqueléticos. Já tecidos, como músculo liso e tecido conjuntivo denso, com baixa taxa metabólica, tem pequenas quantidades de capilares
Contínuo ou somático: 
Ausência de fenestras em sua parede
Todos os tipos de tecido muscular, conjuntivo, em glândulas exócrinas e tecido nervoso
Em alguns lugares, exceto no sistema nervoso, numerosas vesículas de pinocitose estão presentes na superfície, apical e basolateral, das células endoteliais 
Fenestrado ou visceral:
Presença de fenestras nas paredes endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma mais delgado que a membrana plasmática da própria célula 
Encontrados em tecidos onde ocorre intercambio rápido de substancias entre os tecidos e o sangue, como os rins, o intestino e as glândulas endócrinas 
Macromoléculas podem cruzar essas fenestras
Fenestrado e destituído de diafragma:
Característico do glomérulo renal
Na altura das fenestras, o sangue só está separado dos tecidos por uma lâmina basal muito espessa e contínua
Capilar Sinusoide:
Diâmetro bem maior que os outros tipos, o que reduz a velocidade do sangue
Células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outros por espaços amplos
Citoplasma com fenestrações múltiplas desprovidas de diafragma
Presença de macrófagos entre as células endoteliais 
Lâmina basal descontínua
Encontrados principalmente no fígado e órgãos hematopoiéticos, como a medula óssea e o baço
Estrutura das paredes facilita grandemente o intercâmbio entre o sangue e os tecidos 
OBS: 
Células endoteliais, algumas funções 
Conversão: angiotensina I em angiotensina II e bradicinina, serotonina, prostaglandinas, norepinefrina (noradrenalina), trombina, etc, em compostos biologicamente inertes
Lipólise: de lipoproteínas por enzimas localizadas na superfície das células endoteliais, para transformá-las em triglicerídeos e colesterol (substratos para síntese de hormônios esteróides e para estrutura da membrana)
Produção de fatores vasoativos: influenciam o tônus vascular, como as endotelinas, agentes vasoconstritivos como oxido nítrico e fatores de relaxamento
Anastomoses Arteriovenosas: 
Possibilita que arteríolas se esvaziem diretamente em vênulas. Quando os vasos de uma anastomose arteriovenosa se contraem, o sangue é forçado a atravessar a rede capilar. Já quando relaxam o sangue flui diretamente para as veias, em vez de circular nos vasos capilares.
Objetivo 4: descrever as conseqüências da nicotina sobre os vasos sanguíneos 
Aumenta as chances de apresentar a doença arterial periférica, que é uma condição em que ocorre o estreitamento e endurecimento das artérias que transportam o sangue para os membros inferiores do corpo, como as pernas e os pés.
 Referências 
Gray 
Moore
Netter 
Junqueira
http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/arquivos-pdf/pdf/309518.pdf

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