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A Filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos.
De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
A. A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
B. A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
C. A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
D. A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
E. A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.

Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.

Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

A partir do texto citado, é correto afirmar:
01) Para os filósofos gregos, na vida cotidiana não se faziam necessários conhecimentos matemáticos. 02) Os filósofos gregos desconheciam a matemática e por isso foram incapazes de produzir conhecimentos físicos. 04) O conhecimento físico em nossos dias pressupõe um conhecimento matemático em razão da ciência moderna ser matematizável. 08) A física aristotélica buscava uma explicação racional do mundo sem recorrer à fundamentação matemática. 16) A matematização da ciência moderna é resultado de sua exigência por rigor e precisão, algo inerente a esse tipo de conhecimento.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, o mundo das ideias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e “eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual vivemos.
b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das coisas.
c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter ideias verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão.
d) Para Platão, as ideias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas.
e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes.

Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

A partir desta citação de Epicuro, assinale o que for correto.
01) Felicidade e infelicidade são estabelecidas pelos efeitos do prazer e da dor. 02) O sentimento de prazer é inato à natureza humana. 04) Epicuro defende o prazer sem medidas. 08) O prazer corporal é um mal causado pelo pecado original. 16) O hedonismo de Epicuro não é imediatista, mas moderado.

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Questões resolvidas

A Filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos.
De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
A. A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
B. A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
C. A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
D. A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
E. A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.

Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.

Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

A partir do texto citado, é correto afirmar:
01) Para os filósofos gregos, na vida cotidiana não se faziam necessários conhecimentos matemáticos. 02) Os filósofos gregos desconheciam a matemática e por isso foram incapazes de produzir conhecimentos físicos. 04) O conhecimento físico em nossos dias pressupõe um conhecimento matemático em razão da ciência moderna ser matematizável. 08) A física aristotélica buscava uma explicação racional do mundo sem recorrer à fundamentação matemática. 16) A matematização da ciência moderna é resultado de sua exigência por rigor e precisão, algo inerente a esse tipo de conhecimento.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, o mundo das ideias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e “eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual vivemos.
b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das coisas.
c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter ideias verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão.
d) Para Platão, as ideias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas.
e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes.

Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

A partir desta citação de Epicuro, assinale o que for correto.
01) Felicidade e infelicidade são estabelecidas pelos efeitos do prazer e da dor. 02) O sentimento de prazer é inato à natureza humana. 04) Epicuro defende o prazer sem medidas. 08) O prazer corporal é um mal causado pelo pecado original. 16) O hedonismo de Epicuro não é imediatista, mas moderado.

Prévia do material em texto

01. (UEL-2003) - “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.”
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo.
e) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.
02. (UEL-2004) “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.”
(OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a invenção da filosofia. Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)
Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.
a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
e) A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.
03. (UEL-2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
04. (UEL-2003) “Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.”
(REALE, Giovanni. História da filosofia: Antigüidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.)
A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:
a) Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.
b) Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.
c) Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.
d) Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.
e) Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.
05. (UEM) “A ciência grega [...] não constituiu uma tecnologia verdadeira porque não aperfeiçoou a física. Mas por que, ainda uma vez, ela não o fez? Pelo que parece, porque não procurou fazê-lo. E isso, sem dúvida, porque ela acreditava que não era factível. De fato, fazer a física no nosso sentido do termo – e não naquele dado a esse vocábulo por Aristóteles – quer dizer aplicar ao real as noções rígidas, exatas e precisas das matemáticas, e, antes de tudo, da geometria. Uma tarefa paradoxal, caso houvesse, porque a realidade, aquela da vida cotidiana, no meio da qual nós vivemos, não é matemática. Nem mesmo matematizável.”
(KOYRÉ, A. Du monde de l’àpeuprès à l’univers de la précision. In ARANHA, M. Filosofar com textos: temas e história da filosofia, São Paulo: Moderna, 2012, p. 176).
A partir do texto citado, é correto afirmar:
01) Para os filósofos gregos, na vida cotidiana não se faziam necessários conhecimentos matemáticos.
02) Os filósofos gregos desconheciam a matemática e por isso foram incapazes de produzir conhecimentos físicos.
04) O conhecimento físico em nossos dias pressupõe um conhecimento matemático em razão da ciência moderna ser matematizável.
08) A física aristotélica buscava uma explicação racional do mundo sem recorrer à fundamentação matemática.
16) A matematização da ciência moderna é resultado de sua exigência por rigor e precisão, algo inerente a esse tipo de conhecimento.
06. (UEL-2003) “Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma ‘realidade’ que fosse eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira. (E exatamente por isso nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, ‘eternamente belo’ e ’eternamente bom’.”
(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 98.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, assinale a alternativa correta.
a) Para Platão, o mundo das ideias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e “eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual vivemos.
b) Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das coisas.
c) Platão considerava impossível que o homem pudesse ter ideias verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão.
d) Para Platão, as ideias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas.
e) De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes.
07. (UEL-2004) “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu,diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.”
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.
08. (UEL-2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies.
- É verdade.
- Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”.
(PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.
09. (UEM) “O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos com o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção entre prazer e dor. Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo.”
(EPICURO. Carta sobre a felicidade. In ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2009, p. 251).
A partir desta citação de Epicuro, assinale o que for correto.
01) Felicidade e infelicidade são estabelecidas pelos efeitos do prazer e da dor.
02) O sentimento de prazer é inato à natureza humana.
04) Epicuro defende o prazer sem medidas.
08) O prazer corporal é um mal causado pelo pecado original.
16) O hedonismo de Epicuro não é imediatista, mas moderado.
10. (UEM) “É pois com direito que a filosofia é também chamada a ciência da verdade: o fim da [ciência] especulativa é, com efeito, a verdade, e o da [ciência] prática, a ação; porque, se os práticos consideram o como, não consideram o eterno, mas o relativo e o presente. E nós não conhecemos o verdadeiro sem [conhecer] a causa.”
(ARISTÓTELES, Metafísica (L. II, cap. 1). Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 39-40).
A partir do texto citado, assinale o que for correto.
01) Para Aristóteles, a verdade deve ser eterna e imutável.
02) Segundo Aristóteles, a filosofia é a única ciência verdadeira.
04) Conhecer a causa de uma ação é conhecer a sua verdade.
08) Para Aristóteles, a verdade de algo se conhece por meio das causas desse algo.
16) Para Aristóteles, a ciência prática volta suas atenções para como as coisas estão dispostas e não para as causas destas.
11. (UEM) “[...] quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito. [...] É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral se constitui em nós por natureza, pois nada que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito. [...] Portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza a excelência moral é engendrada em nós, mas a natureza nos dá a capacidade de recebê-la, e esta capacidade se aperfeiçoa com o hábito”.
(ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco in MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 53).
A partir do texto citado, assinale o que for correto.
01) Segundo Aristóteles, alguém que nasce com falta de moralidade não poderá alterar essa condição de sua personalidade.
02) Segundo Aristóteles, o hábito significa a repetição de ações morais, com vista a seu aperfeiçoamento.
04) Segundo Aristóteles, as pessoas já nascem com excelências morais, isso é algo inato.
08) Segundo Aristóteles, a excelência moral é algo que os indivíduos podem ou não adquirir.
16) Segundo Aristóteles, todos os seres humanos possuem a capacidade de se aperfeiçoar moralmente.
12. (UEL-2003) “Embora nosso pensamento pareça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, através de um exame mais minucioso, que ele está realmente confinado dentro de limites muito reduzidos e que todo poder criador do espírito não ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, aumentar ou de diminuir os materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.”
(HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. Trad. de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 36. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que, para Hume:
a) Os sentidos e a experiência estão confinados dentro de limites muito reduzidos.
b) Todo conhecimento depende dos materiais fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
c) O espírito pode conhecer as coisas sem a colaboração dos sentidos e da experiência.
d) A possibilidade de conhecimento é determinada pela liberdade ilimitada do pensamento.
e) Para formar as ideias, o pensamento descarta os materiais fornecidos pelos sentidos.
13. (UEM) A história da filosofia possui momentos distintos (antiga, medieval, moderna e contemporânea), que marcam, de forma genérica, temáticas distintas (ser, razão, verdade, linguagem etc.) e escolas distintas (sofística, patrística, escolástica, fenomenologia, filosofia analítica etc.). Assinale, segundo os conceitos bases da tradição filosófica, o que for correto.
01) Chamamos de sofistas os filósofos cuja interlocução com Sócrates, Platão e Aristóteles é marcada pelo debate de ideias políticas e metafísicas.
02) Chamamos de pré-socráticos os filósofos preocupados com o princípio unificador da realidade.
04) Chamamos de fenomenologia a tradição empírico-racionalista que estuda a teoria das quatro causas: formal, material, eficiente e final.
08) Chamamos de patrística a filosofia de influência neoplatônica que surgiu a partir do século II com os Padres da Igreja, responsável pela formulação da base filosófica da doutrina cristã.
16) Chamamos de flovística a escola de Siracusa (Magna-Grécia) que toma como ponto de partida os ensinamentos de Pirro de Élis.
14. (UEL-2003) “Para concluir, acho que só há um caminho para a ciência – ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonarmo-nospor ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe – a não ser que encontremos outro problema ainda mais fascinante, ou a não ser que obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família de encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas filhos, para cujo bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos nossos dias.”
(POPPER, Karl. O Realismo e o objetivo da ciência. Trad. de Nuno Ferreira da Fonseca. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997. p. 42.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre epistemologia, assinale a alternativa correta.
a) Para a ciência e a filosofia, a solução dos problemas que elas mesmas propõem é um objetivo inatingível.
b) Os problemas, filosóficos ou científicos, são prejudiciais à investigação.
c) Para a investigação científica, ou filosófica, é irrelevante a existência de problemas.
d) A ciência e a filosofia investigam problemas que constituem para elas o elemento motivador de suas próprias atividades.
e) A ciência e a filosofia investigam problemas que não têm relação com a realidade.
15. (UEM) “É, pois, com direito que a filosofia é também chamada a ciência da verdade: o fim da [ciência] especulativa é, com efeito, a verdade, e o da [ciência] prática, a ação; porque, se os práticos consideram o como, não consideram o eterno, mas o relativo e o presente. E nós não conhecemos o verdadeiro sem [conhecer] a causa.”
(ARISTÓTELES, Metafísica, livro II, cap. I. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 39-40).
A partir do texto é correto afirmar que:
01) Aristóteles diferencia a ciência especulativa da ciência prática.
02) A ciência prática volta-se para conhecer as coisas relativas à ação humana.
04) A ciência especulativa busca conhecer como as coisas são, sua condição presente, sua relação.
08) Para Aristóteles, conhecer verdadeiramente algo é conhecer a sua causa.
16) Para Aristóteles a verdade é eterna e imutável.
16. (UEM) “[...] Talvez alguém diga: ‘Sócrates, será que você não pode ir embora, nos deixar em paz e ficar quieto, calado?’ Ora, eis a coisa mais difícil de convencer alguns de vocês. Pois se eu disser que tal conduta seria desobediência ao deus e que por isso não posso ficar quieto, vocês acharão que estou zombando e não acreditarão. E se disser que falar diariamente da virtude e das outras coisas sobre as quais me ouvem falar e questionar a mim e a outros é o bem maior do homem e que a vida que não se questiona não vale a pena viver, vão me acreditar menos ainda.”
(PLATÃO, Apologia de Sócrates, in MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 20).
A partir do texto citado é correto afirmar que:
01) Sócrates não aceita a sentença de seus interlocutores porque a rebeldia e a não aceitação das ordens são próprias de um filósofo.
02) Sócrates defende uma atitude permanente de questionamento para os homens, sem a qual a vida não valeria a pena ser vivida.
04) Para Sócrates, o questionamento é mais do que um momento na vida humana, é uma conduta permanente que deve ser cultivada.
08) Para Sócrates, o questionamento é algo intrínseco da natureza humana e não somente dele, um filósofo.
16) Ao citar deus, Sócrates compreende que está zombando de seus interlocutores, pois seus questionamentos não possuem nenhuma relação com a religião.
17. (UEM) “Ao contrário de seus contemporâneos – como Parmênides – Heráclito não rejeitava as contradições e queria apreender a realidade na sua mudança, no seu devir. Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: ‘Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio’, pois, na segunda vez, não somos os mesmos, e também as águas mudaram. Para Heráclito, o ser é múltiplo [...] por ele estar constituído de oposições internas. O que mantém o fluxo do movimento não é o simples surgimento de novos seres, mas a luta dos contrários [...]. É da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários.”
(ARANHA, M. L. de A. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. São Paulo: Moderna, 2012, p.287).
A partir desta afirmação sobre a filosofia de Heráclito, assinale o que for correto.
01) O princípio motor do movimento é a tensão de forças contrárias entre si.
02) Na Grécia arcaica ou pré-socrática, o curso dos rios não estava estabelecido, razão pela qual eles mudavam de lugar de um dia para outro.
04) O princípio do devir ou da transformação contínua visa compreender a ordenação cosmológica do mundo.
08) O surgimento de novos seres é explicado pela intermediação divina, criadora ex nihilo.
16) A multiplicidade do real é pensada a partir do princípio lógico de não contradição entre o ser e o não ser.
18. (UEM) “Necessário é dizer e pensar que só o ser é; pois o ser é, e o nada, ao contrário, nada é: afirmação que bem deves considerar. [...] Jamais se conseguirá provar que o não ser é; afasta, portanto, o teu pensamento desta via de investigação, e nem te deixes arrastar a ela pela múltipla experiência do hábito, nem governar pelo olho sem visão, pelo ouvido ensurdecido ou pela língua; mas com a razão decide da muito controvertida tese, que te revelou minha palavra. Resta-nos assim um único caminho: o ser é.”
(PARMÊNIDES. Poema. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de Filosofia. RJ: Zahar, 2007, p. 13).
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
01) Afirmar o que o ser é implica uma impossibilidade racional, visto ser impossível descobrir a natureza das coisas.
02) Investigar o que é o ser implica fazer um discurso afirmativo sobre a natureza de algo.
04) As experiências sensíveis não são suficientes para provar a natureza do ser ou o que ele é.
08) Sobre o não ser, o que se pode afirmar é sua impossibilidade, sendo vedado afirmar qualquer coisa.
16) O não ser é impossível de ser demonstrado racionalmente.
19. (UEL-2003) “Se chegasse à nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido à sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-íamos que na nossa cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é lícito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabeça e de o termos coroado de grinaldas.”
(PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 125.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, é correto afirmar:
a) Platão é contrário à imitação, por ela ser a “aparência da aparência” ou uma cópia da realidade, num nível inferior.
b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua capacidade de imitar todas as coisas.
c) Platão concebe a imitação como uma atividade que, ao invés de copiar aparências, imita emoções e ações.
d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensível.
e) Platão admite a possibilidade de a imitação adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofística.
20. (UEM) “É, pois, manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a quididade (essência) (o ‘porquê’ reconduz-se pois a noção última, e o primeiro ‘porquê’ é causa e princípio); a segunda [causa] é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde [vem] o início do movimento; a quarta [causa], que se opõe à precedente, é o ‘fim para que’ e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento).”
(ARISTÓTELES. Metafísica, livro I, cap. III. Coleção Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 16).
A partir do trecho citado e com base nos conhecimentosda filosofia de Aristóteles, assinale o que for correto.
01) As causas são os princípios dos seres.
02) Conforme o texto, só há uma única causa de todos os seres.
04) A terceira causa, também conhecida como gênese ou origem, opõe-se à quarta causa, que é a finalidade ou o fim de algo.
08) A matéria de algo é causa na medida em que não pode existir ser ou substância sem matéria.
16) O conhecimento verdadeiro de algo implica o conhecimento de suas causas.
21. (UEM) “O surgimento da polis como a primeira experiência de vida pública enquanto espaço de debate e deliberação tornou-se campo fértil para o florescimento da filosofia. Na praça pública, Sócrates interrogava os homens e criava um novo método de reflexão que a história conheceu como a ironia e a maiêutica”
(Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 43).
Com base nessa afirmação e nos conhecimentos sobre a filosofia de Sócrates, assinale o que for correto.
01) Ao afirmar que “só sei que nada sei”, Sócrates inicia, ainda que de forma irônica, a busca filosófica pelo verdadeiro conhecimento.
02) A maiêutica socrática consiste na prática de ajudar as pessoas a encontrar a verdade que traziam em si mesmas, ainda que elas não soubessem.
04) A prática de interrogar a tudo e a todos não incomodou o poder constituído e levou Sócrates a ser condecorado pelos cidadãos de Atenas como exemplo a ser seguido.
08) Assim como os sofistas, a filosofia de Sócrates acontece na praça pública de Atenas e promove um debate amplo sobre o que é o cidadão e o que deve ser a cidade.
16) A ironia é uma forma de tratar o saber e aparece na história também como reação ao dogmatismo, isto é, quando existem verdades impostas pelas crenças ou pela autoridade, impedindo as pessoas de pensarem livremente.
22. (UEM) “O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos com o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção entre prazer e dor. Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo”
(EPICURO. Carta sobre a felicidade. In: ARANHA, M. Filosofar com textos: temas e história da filosofia. São Paulo: Moderna, 2012, p. 330).
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
01) Todos os seres humanos buscam prazer sempre e em tudo, evitando toda e qualquer dor.
02) Os prazeres imediatos anulam as dores que podem decorrer desses.
04) Dor e prazer não são contraditórios, pois de atos dolorosos podem advir situações prazerosas e vice-versa.
08) A noção de prazer não está ligada somente à sensação imediata, mas aos efeitos que uma ação pode gerar no ser humano.
16) A busca da felicidade na vida não se restringe a escolhas prazerosas, mas a ações que geram prazer, apesar de essas conterem, às vezes, algumas doses de sacrifício.
23. (UEM) “Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo, portanto, quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera.”
(Epicuro, Carta sobre a felicidade [a Meneceu]. São Paulo: ed. Unesp, 2002, p. 27. In: COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. SP: Saraiva, 2006, p. 97).
A partir do trecho citado, é correto afirmar que
01) a morte, por ser um estado de ausência de sensação, não é nem boa, nem má.
02) a vida deve ser considerada em função da morte certa.
04) o tolo não espera a morte, mas vive apoiado nas suas sensações e nos seus prazeres.
08) a certeza da morte torna a vida terrível.
16) a espera da morte é um sofrimento tolo para aquele que a espera.
24. (UEM) Uma das obras de Platão (428-347 a.C.) mais conhecidas é A República, na qual se encontra o mito da caverna. “Platão imagina uma caverna onde pessoas estão acorrentadas desde a infância, de tal forma que, não podendo ver a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar, à luz do dia, os verdadeiros objetos, ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras.”
(ARANHA, M.L.A. e MARTINS, M.H. Filosofando: introdução à filosofia. 3.ª ed. revista. São Paulo: Moderna, 2003, p.121).
Sobre a citação acima e o alcance epistemológico do mito da caverna, assinale o que for correto.
01) As imagens produzidas na caverna são sombras que podem ser confundidas com a realidade.
02) A todo aquele que sai da caverna é vetada a possibilidade de retorno.
04) A imagem da fogueira se contrapõe, fora da caverna, à presença do sol, responsável pela verdadeira luz.
08) Tal qual o mito da Esfinge, decifrado por Édipo, Platão descreve três estados da humanidade: infância, juventude e maturidade.
16) Tal qual o mundo sensível, ilusório e efêmero, as imagens da caverna possuem um grau ontológico deficitário ou duvidoso.
25. (UEM) Protágoras de Abdera (480-410 a.C.) é considerado um dos mais importantes sofistas. Ensinou por muito tempo em Atenas, sendo atribuído à sua autoria a seguinte máxima da filosofia: “O homem é a medida de todas as coisas”. Sobre Protágoras e os sofistas, assinale o que for correto.
01) De forma semelhante a pensadores contemporâneos, os sofistas problematizam a multiplicidade de perspectivas do conhecimento.
02) O relativismo de Protágoras pode ser defendido filosoficamente a partir da percepção do movimento, tese já defendida anteriormente por Heráclito.
04) Platão e Aristóteles contrapuseram-se aos sofistas, ao não defender o homem como medida de todas as coisas.
08) Em razão de seu humanismo, atribui-se a Protágoras a inversão coperniciana, isto é, a tese de que não é o sol que gira em torno da Terra, mas a Terra que gira em torno do sol.
16) O saber contido na frase de Protágoras é prático, além de teórico, ou seja, mobiliza o campo da filosofia para a retórica.
26. (UEM) Na Grécia arcaica, a geração da ordem do mundo é apresentada por mitos que narram a genealogia e a ação de seres sobrenaturais. A filosofia, com a escola jônica, caracteriza-se por explicar a origem do cosmos, recorrendo a elementos ou a processos encontrados na natureza. Assinale o que for correto. 
01) O mito é incapaz de instituir uma realidade social, pois seu caráter fantasioso não possui credibilidade alguma para seus ouvintes. 
02) A transformação de uma representação dominantemente mítica do mundo para uma concepção filosófica expressa, entre os séculos VIII e VI a. C., na antiga Grécia, uma mudança estrutural da sociedade. 
04) Os filósofos da escola jônica realizaram uma ruptura definitiva entre a mitologia e a filosofia; depois deles, não é possível encontrar, no pensamento filosófico, presença alguma de mitos. 
08) O mito de Édipo, encontrado na tragédia de Sófocles, será aproveitado por Sigmund Freud para explicar o complexo de édipo como causa de determinadas neuroses. 
16) Homero foi o primeiro historiador grego. Na Ilíada e na Odisseia, descreve o comportamento de homens heroicos cujas ações não possuem mais componente mitológico algum. 
27. (UEM) Os filósofos pré-socráticos tentaram explicar a diversidade e a transitoriedade das coisas do universo, reduzindo tudo a um ou mais princípioselementares, os quais seriam a verdadeira natureza ou ser de todas as coisas. Assinale o que for correto. 
01) Tales de Mileto, o primeiro filósofo segundo Aristóteles, teria afirmado “tudo é água”, indicando, assim, um princípio material elementar, fundamento de toda a realidade. 
02) Heráclito de Éfeso interessou-se pelo dinamismo do universo. Afirmou que nada permanece o mesmo, tudo muda; que a mudança é a passagem de um contrário ao outro e que a luta e a harmonia dos contrários são o que gera e mantém todas as coisas. 
04) Parmênides de Eléia afirmou que o ser não muda. Deduziu a imobilidade e a unidade do ser do princípio de que “o ser é” e “o não-ser não é”, elaborando uma primeira formulação dos princípios lógicos da identidade e da não-contradição. 
08) As teorias dos filósofos pré-socráticos foram pouco significativas para o desenvolvimento da filosofia e da ciência, uma vez que os pré-socráticos sofreram influência do pensamento mítico, e de suas obras apenas restaram fragmentos e comentários de autores posteriores. 
16) Para Demócrito de Abdera, todo o cosmo se constitui de átomos, isto é, partículas indivisíveis e invisíveis que, movendo-se e agregando-se no vácuo, formam todas as coisas; geração e corrupção consistiriam, respectivamente, na agregação e na desagregação dos átomos. 
28. (UEL-2003)“... os traços pelos quais a democracia é considerada forma boa de governo são essencialmente os seguintes: é um governo não a favor dos poucos mas dos muitos; a lei é igual para todos, tanto para os ricos quanto para os pobres e portanto é um governo de leis, escritas ou não escritas, e não de homens; a liberdade é respeitada seja na vida privada seja na vida pública, onde vale não o fato de se pertencer a este ou àquele partido mas o mérito.”
(BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. Trad. de Marco Aurélio Nogueira. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. p. 141.)
Com base no texto, considere as seguintes afirmativas sobre os direitos fundamentais da democracia grega.
I. Todos os cidadãos submetem-se a uma elite, formada pelos ricos, que governa privilegiando seus interesses particulares.
II. Todos os cidadãos possuem os mesmos direitos e devem ser tratados da mesma maneira, perante as leis e os costumes da pólis.
III. Todo cidadão tem a liberdade de expor, na assembleia, seus interesses e suas opiniões, discutindo-os com os outros.
IV. Todo cidadão deve pertencer a um partido para que suas opiniões sejam respeitadas. Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
d) Apenas as afirmativas II e IV são corretas.
e) Apenas as afirmativas III e IV são corretas.
29. (UEM) “Uma das conquistas do liberalismo clássico é o ideal do Estado não intervencionista, que deixa o mercado livre para sua autorregulação. Trata-se do Estado minimalista, de baixa intervenção, ou seja, de prevalência do livre mercado.”
(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2009, p. 335).
Sobre a teoria liberal, assinale o que for correto.
01) O liberalismo, enquanto teoria econômica e política, manifesta princípios ideológicos.
02) Os pressupostos teóricos do liberalismo se originam do pensamento de Karl Marx.
04) A privatização de instituições estatais e a abolição da reserva de mercado são ações de políticas neoliberais.
08) O liberalismo clássico defende o laissez-faire econômico (“deixem fazer”) como uma política de Estado.
16) A finalidade do liberalismo é o equilíbrio social e a distribuição igualitária de renda entre os trabalhadores.
30. (UEL-2003) “Toda cidade [pólis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.”
(ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. de Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a pólis:
a) É instituída por uma convenção entre os homens.
b) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.
31. (UEL-2003) “Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII (basicamente), afirmaram que a origem do Estado e/ou da sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização – que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles, estabelecendo as regras de comércio social e de subordinação política.” 
(RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 53.)
Com base no texto, que se refere ao contratualismo de Hobbes, considere as seguintes afirmativas:
I. A soberania decorrente do contrato é absoluta.
II. A noção de estado de natureza é imprescindível para essa teoria.
III. O contrato ocorre por meio da passagem do estado social para o estado político.
IV. O cumprimento do contrato independe da subordinação política dos indivíduos.
Quais das afirmativas representam o pensamento de Hobbes?
a) Apenas as afirmativas I e II.
b) Apenas as afirmativas I e III.
c) Apenas as afirmativas II e III.
d) Apenas as afirmativas II e IV.
e) Apenas as afirmativas III e IV.
32. (UEL-2003) Leia o texto, que se refere à ideia de cidade justa de Platão.
“Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua função própria, ‘aquela para a qual a sua natureza é a mais adequada’, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resulta do fato de que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para a satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão; no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.”
(PIRES, Celestino. Convivência política e noção tradicional de justiça. In: BRITO, Adriano N. de; HECK, José N. (Orgs.). Ética e política. Goiânia: Editora da UFG, 1997. p. 23.)
Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar:
a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de governantes, legisladores e juízes.
b) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econômicos, todos cumprindo sua função própria.
c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.
d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses através da conquista.
e) Ela ambiciona o luxo desmedido e está cheia de objetos supérfluos, tais como perfumes, incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim, etc.
33. (UEL-2004) Observe a charge e leia o texto a seguir.
Fonte: LAERTE. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 25.
“É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem [...].” 
(ARISTÓTELES. A política. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 13.)
Com base no texto de Aristóteles e na charge, é correto afirmar:
a) O texto de Aristóteles confirma a ideia exposta pela charge de quea condição humana de ser político é artificial e um obstáculo à liberdade individual.
b) A charge apresenta uma interpretação correta do texto de Aristóteles segundo a qual a política é uma atividade nociva à coletividade devendo seus representantes serem afastados do convívio social.
c) A charge aborda o ponto de vista aristotélico de que a dimensão política do homem independe da convivência com seus semelhantes, uma vez que o homem basta-se a si próprio.
d) A charge, fazendo alusão à afirmação aristotélica de que o homem é um animal político por natureza, sugere uma crítica a um tipo de político que ignora a coletividade privilegiando interesses particulares e que, por isso, deve ser evitado.
e) Tanto a charge quanto o texto de Aristóteles apresentam a ideia de que a vida em sociedade degenera o homem, tornando-o um animal.
34. (UEL-2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:
a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar.
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo.
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros.
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito.
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.
35. (UEL-2003) - Leia o texto a seguir.
Estado Violência
Sinto no meu corpo
A dor que angustia
A lei ao meu redor
A lei que eu não queria
Estado violência
Estado hipocrisia
A lei que não é minha
A lei que eu não queria (...)
(TITÃS. Estado Violência. In: Cabeça dinossauro. [S.L.] WEA, 1986, 1 CD (ca. 35’97”). Faixa 5 (3’07”).)
A letra da música “Estado Violência”, dos Titãs, revela a percepção dos autores sobre a relação entre o indivíduo e o poder do Estado. Sobre a canção, é correto afirmar:
a) Mostra um indivíduo satisfeito com a sua situação e que apóia o regime político instituído.
b) Representa um regime democrático em que o indivíduo participa livremente da elaboração das leis.
c) Descreve uma situação em que inexistem conflitos entre o Estado e o indivíduo.
d) Relata os sentimentos de um indivíduo alienado e indiferente à forma como o Estado elabora suas leis.
e) Apresenta um indivíduo para quem o Estado, autoritário e violento, é indiferente a sua vontade.
36. (UEL-2004) “Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada às ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas à filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram, não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos.”
(BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 48.)
Com base no texto, é correto afirmar que Francis Bacon:
a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares.
b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.
c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares.
d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.
e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares à dependência destas à filosofia natural.
37. (UEL-2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”.
(BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.)
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica.
a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência.
b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência.
c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência.
d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a desvalorização da experiência.
e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.
38. (UEL-2004) “[...] a maneira pela qual Galileu concebe um método científico correto implica uma predominância da razão sobre a simples experiência, a substituição de uma realidade empiricamente conhecida por modelos ideais (matemáticos), a primazia da teoria sobre os fatos. Só assim é que [...] um verdadeiro método experimental pôde ser elaborado. Um método no qual a teoria matemática determina a própria estrutura da pesquisa experimental, ou, para retomar os próprios termos de Galileu, um método que utiliza a linguagem matemática (geométrica) para formular suas indagações à natureza e para interpretar as respostas que ela dá.”
(KOIRÉ, Alexandre. Estudos de história do pensamento científico. Trad. de Márcia Ramalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1991. p. 74.)
Com base no texto, é correto afirmar que o método científico de Galileu:
a) É experimental e necessita de uma instância teórica que antecede a experiência.
b) É um método segundo o qual a experiência interpreta a natureza.
c) É independente da experiência, pois a razão está afastada da mesma.
d) É um método no qual há o predomínio da experiência sobre a razão.
e) É um método segundo o qual a matemática determina a estrutura da natureza.
39. (UEL-2004) “Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colmeia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.”
(DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)
Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:
a) Ossentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência.
b) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos.
c) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.
d) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.
e) A existência e o consequente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.
40. (UEL-2004) “Para Hume, portanto, a causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de uma conjunção constante entre fenômenos que, por força do hábito acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. É nesse sentido que pode ser dito que a causalidade é uma forma nossa de perceber o real, uma ideia derivada da reflexão sobre as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural.”
(MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 183.)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre causalidade em Hume, é correto afirmar:
a) A experiência prova que a causalidade é uma característica do mundo natural.
b) O conhecimento das relações de causa e efeito decorre da experiência e do hábito.
c) A simples observação de um fenômeno possibilita a inferência de suas causas e efeitos.
d) É impossível obter conhecimento sobre a relação de causa e efeito entre os fenômenos.
e) O conhecimento sobre as relações de causa e efeito independe da experiência.

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