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17/03/2015 1 Mecânica dos Solos Limites de Atteberg e Classificação dos Solos Limites de Atteberg Os limites de Atterberg ou limites de consistência são um método de avaliação da natureza de solos criado por Albert Atterberg. Através duma série de testes e ensaios é possível definir o Limite de liquidez, o Limite de plasticidade e o Limite de contração de um solo. 17/03/2015 2 Limite de Liquidez O limite de liquidez (LL) é o teor em água acima do qual o solo adquire o comportamento de um líquido. Ensaio: • Tomar 100g da amostra preparada de acordo com a NBR 6457/86; • Colocar a amostra em um cápsula de porcelana e adicionar água destilada em pequenos incrementos amassando e revolvendo o material com uma espátula até obter uma pasta homogênea de consistência tal que, seja necessário cerca de 35 golpes para fechar a ranhura. O tempo de homogeneização deve ficar entre 15 e 30 minutos; Limite de Liquidez Ensaio: • Transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte central a espessura seja de ±10mm. Cuidar para que as bolhas de ar não fiquem no interior da amostra; • Com o cinzel dividir a massa de solo em duas partes abrindo uma ranhura na parte central; • Colocar a concha contra a base, deixando-a cair em queda livre, girando a manivela do excêntrico à razão de duas voltas por segundo. Anotar o n.º de golpes necessários para que as bordas inferiores da ranhura se unam ao longo de 13 mm de comprimento; 17/03/2015 3 Limite de Liquidez Limite de Liquidez Ensaio: • Transferir, imediatamente, uma pequena quantidade de material junto as bordas que se uniram para determinação de umidade; • Passar o restante da massa para a cápsula de porcelana. Lavar e enxugar a concha e o cinzel; • Adicionar água destilada à amostra e homogeneizar por 3 minutos; • Repetir as operações de modo a obter pelo menos 5 pontos de ensaio, cobrindo o intervalo de 15 a 35 golpes. 17/03/2015 4 Limite de Liquidez Limite de Plasticidade O Limite de plasticidade (LP) é o teor de umidade abaixo do qual o solo passa do estado plástico para o estado semi- sólido, ou seja ele perde a capacidade de ser moldado e passa a ficar quebradiço. O ensaio de determinação do Limite de Plasticidade consiste, basicamente, em se determinar a umidade do solo quando uma amostra começa a fraturar ao ser moldada com a mão sobre uma placa de vidro, na forma de um cilindro com cerca de 10 cm de comprimento e 3 mm de diâmetro. 17/03/2015 5 Limite de Plasticidade Ensaio: • Tomar 100g da amostra preparada de acordo com a NBR 6457/86; • Colocar a amostra em uma cápsula de porcelana e adicionar água destilada em pequenos incrementos, amassando e revolvendo o material com uma espátula até obter uma pasta homogeneizada de consistência plástica. O tempo de homogeneização deve ficar entre 15 e 30 minutos; • Tomar cerca de 10g da amostra e formar uma pequena bola que deve ser rolada sobre a placa de vidro, com pressão suficiente da palma da mão para lhe dar a forma de cilindro; Limite de Plasticidade Ensaio: • Se a amostra se fragmentar antes de atingir 3mm de diâmetro, retornar a cápsula, adicionar água, homogeneizar por 3 minutos e repetir o procedimento; • Se a amostra atingir 3mm de diâmetro e não fragmentar, amassar o material e repetir o procedimento; • Ao fragmentar o cilindro com 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento, transferir imediatamente as partes do mesmo para um recipiente adequado para determinar umidade; • Repetir as operações, de modo a obter pelo menos três valores de umidade que não difiram em mais de 5% no teor de umidade. 17/03/2015 6 Limite de Plasticidade O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade do solo (LP). Índice de Plasticidade O índice de plasticidade deve ser obtido pela expressão: IP = LL – LP onde: IP = Índice de plasticidade LL = Limite de liquidez LP = Limite de plasticidade Fracamente Plásticos => 1 < IP < 7 Medianamente Plásticos => 7 < IP < 15 Altamente Plásticos => IP > 15 17/03/2015 7 Índice de Consistência Indica a consistência aproximada de um solo. ۷۱ = ۺۺ − ܐ ۷۾ Segundo Caputo, também está associado a resistência a compressão (R) das argilas: Muito Mole IC < 0 R < 0,25 Kg/cm2 Mole 0 < IC < 0,50 0,25 < R < 0,5 Kg/cm2 Média 0,5 < IC < 0,75 0,5 < R < 0,1 Kg/cm2 Rija 0,75 < IC < 1,00 1 < R < 4 Kg/cm2 Dura IC > 1,00 R > 4 Kg/cm2 Limite de Contração (LC) É definido como a fronteira entre os estados de consistência sólido e semi-sólido. Corresponde ao teor de umidade do solo no momento em que este deixa de apresentar redução de volume, quando submetido à secagem (lenta e à sombra). ۱ = ܄ܑ −܄ ∗ ܄ܑ Solos bons C < 5% Solos regulares 5% < C < 10% Solos Sofríveis 10% < C <15% Solos péssimos C > 15% 17/03/2015 8 Índice de Grupo (IG) O IG é um número inteiro, variando de 0 a 20, definidor da “capacidade de suporte” do solo de fundação de um pavimento. Os seus valores extremos representam solos ótimos (IG=0) e solos péssimos (IG=20). A determinação desse índice baseia-se nos Limites de Atterberg e na porção do material fino que passa na peneira #200. Seu valor pode ser obtido pelas 2 maneiras apresentadas a seguir: Índice de Grupo (IG) a) Fórmula empírica: IG = 0,2 * a + 0,005 * a * c + 0,01 * b * d Onde: a = porcentagem do material que passa na peneira #200, menos 35. Se a porcentagem for maior que 75, só se anotará 75, e se for menor que 35, anotará 0. (a varia de 0 a 40) b = porcentagem do material que passa na peneira 200, menos 15. Se a porcentagem for maior que 55, só se anotará 55, e se for menor que 15, anotará 0. (b varia de 0 a 40) 17/03/2015 9 Índice de Grupo (IG) a) Fórmula empírica: IG = 0,2 * a + 0,005 * a * c + 0,01 * b * d Onde: c = Valor do limite de Liquidez menos 40. Se o limite de liquidez for maior que 60%, só se anotará 60, e se for menor que 40%, anotará 0. (c varia de 0 a 20) d = Valor do índice de Plasticidade menos 10. Se o IP for maior que 30% anota-se 30, e se menor que 10, anota-se 0. (d varia de 0 a 20) Obs.: Valores de a, b, c e d deverão ser expressos em números inteiros positivos, assim como o valor de IG (Índice de Grupo). Índice de Grupo (IG) b) 17/03/2015 10 Classificação dos Solos a) Classificação HRB (Highway Research Board) • É a classificação tradicionalmente mais empregada na caracterização de solos para uso em estradas • Critérios baseados na granulometria e plasticidade: menos de 35% de material passando pela #200: solo é classificado como material granular; compreendem os grupos A-1, A-2 e A-3; mais de 35% de solos passando pela #200: solo é classificado como material argiloso ou siltoso; compreendem os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7. • Para a classificação devem ser realizados os ensaios de granulometria por peneiramento e limites de liquidez e de plasticidade. Deve também ser determinado o índice de grupo IG. De posse desses dados consulta-se a tabela de classificação HRB, sempre da esquerda para a direita. Classificação dos Solos a) Classificação HRB (Highway Research Board) Caso o solo se enquadre no grupo A-7, deve-se verificar se ele pertence ao subgrupo A-7-5 ou A-7-6. Se IP ≤ LL - 30 : solo pertence ao subgrupo A-7-5 Se IP > LL - 30 : solo pertence ao subgrupo A-7-6 17/03/2015 11 Classificação dos Solos b) Classificação Unificada (USCS) Este sistema foi elaborado inicialmente pelo Professor Casagrande para obras de aeroportos. Nesse sistema todos os solos são identificados pelo conjunto de 2 letras, como apresentado na tabela abaixo. As cinco letras superiores indicam o tipo principal do solo, e as 4 restantes a dadoscomplementares do solo. O ultimo grupo “Pt” correspondem as turfas que são solos altamente orgânicos. Classificação dos Solos b) Classificação Unificada (USCS) G Pedregulho Gravel S Areia Sand C Argila Clay M Silte Mo (sueco) O Orgânico Organic W Bem graduado Well Graded P Mal Graduado Poorly Graded H Alta Compressibilidade (LL>50) High L Baixa Compressibilidade (LL<50) Low Pt Turfa (extremamente compressível) Peat 17/03/2015 12 Classificação dos Solos b) Classificação Unificada (USCS) Classificação dos Solos b) Classificação Unificada (USCS) 17/03/2015 13 Classificação dos Solos c) Classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) • Foi proposta em 1981, por NOGAMI & VILLIBOR • Critérios classificatórios relacionados com as propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos compactados • Agrupa os solos tropicais em duas classes principais: solos de comportamento laterítico (L) solos de comportamento não laterítico (N) • Procedimento para classificação: ensaio mini-MCV (mini- Moisture Condition Value) ensaio de perda de massa por imersão • Os solos são classificados através de dois índices, determinados através da realização dos ensaios citados c’ e e’ Classificação dos Solos c) Classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical)
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