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Instituto de Física UFRJ Gabarito da Avaliação à Distância de Física 1a 11 de maio de 2007 1. (a) Conhecida a função-movimento da partícula, r = R cos(αt2/2)ux+R sen(αt2/2)uy, e utilizando as definições de velocidade e aceleração, obtemos v = dr dt = −Rα t sen ( αt2 2 ) ux +Rα t cos ( αt2 2 ) uy (1) a = dv dt = [ −Rα sen ( αt2 2 ) − Rα2 t2 cos ( αt2 2 )] ux + [ Rα cos ( αt2 2 ) − Rα2 t2 sen ( αt2 2 )] uy (2) (b) Fazendo t = √ 2pi/α na função-movimento da partícula e nas expressões de sua velocidade e sua aceleração obtidas no item (a), obtemos r = −Rux ; v = −R √ 2piαuy ; a = 2 pi Rαux −Rαuy . (3) (c) Da função-movimento vemos que x = R cos(αt2/2) e y = R sen(αt2/2). Con- seqüentemente, x2 + y2 = R2, ou seja, a partícula descreve uma circunferência de raio R e centro na origem (0, 0). Para descobrirmos o sentido de seu movimento, basta analisarmos a sua velocidade num dado instante do intervalo [0, √ 2pi α ], por exemplo em t = 0. Obtemos, nesse caso, v0 = Rα t uˆy. Lembrando que, em t = 0, a posição da partícula é r0 = −Rux, concluímos que o sentido do movimento nesse intervalo de tempo é anti-horário. Confira, na figura, as afirmativas anteriores. R O X Y (d) Usando a expressão para a velocidade v obtida no item (a), temos |v|2 = R2 α2 t2 [ sen2 ( αt2 2 ) + cos2 ( αt2 2 )] = R2 α2 t2. (4) 1 Analogamente, o módulo da aceleração da partícula é dado por |a|2 = R2 α2 +R2 α4 t4. (5) Comparando as duas últimas equações, concluímos que |a| = √√√√(αR)2 + ( |v|2 R )2 . (6) 2. (a) Da definição de aceleração, obtemos a velocidade por integração no tempo, isto é, dv dt = a =⇒ v = v0 + ∫ t 0 dt′ a = ∫ t 0 [ αt′ 2 ux + (β − γt′)uy ] . (7) Usando o fato de que v0 = 0 e efetuando a integral, obtemos v = α 3 t3 ux + ( β t− γ 2 t2 ) uy. (8) A função-movimento da partícula é encontrada integrando-se uma vez mais no tempo, ou seja, dr dt = v =⇒ r = r0 + ∫ t 0 dt′ v = ∫ t 0 dt′ [ α 3 t′ 3 ux + ( β t′ − γ 2 t′ 2 ) uy ] . (9) Como o foguete estava na origem em t = 0, obtemos r = α 12 t4 ux + ( β 2 t2 − γ 6 t3 ) uy. (10) (b) Quando o foguete atinge sua altura máxima, a componente vertical de sua veloci- dade se anula. Usando essa condição, podemos encontrar o instante desejado. Da expressão de vy encontrada no item anterior, obtemos tmax = 2 β γ . (11) Substituindo esse resultado na expressão da função-movimento da partícula, con- cluímos que a altura máxima h atingida pelo foguete é dada por h = β 2 t2max − γ 6 t3max = 2 3 β3 γ2 . (12) (c) O instante em que o foguete retorna à altura zero, designado por tr, é encontrado igualando a sua coordenada y a zero. Com isso, obtemos tr = 3 β γ . (13) Para encontrarmos o deslocamento horizontal do foguete no intervalo [0, tr], desig- nado por ∆xr, basta encontrar o valor de sua coordenada x em tr, o que nos fornece ∆xr = 27 4 α β4 γ4 . (14) 2 3. A segunda lei de Newton nos permite escrever para cada um dos blocos as seguintes equações T1 − T2 = m1 ω2R, (15) T2 = m2 ω 2(2R) , (16) onde a distância entre a primeira partícula e o centro C é R, a distância entre a segunda e o centro C é 2R e ω é a freqüência angular comum aos movimentos das duas partículas. Fazendo a divisão das duas equações anteriores e rearranjando o resultado, obtemos T1 T2 = m1 + 2m2 2m2 . (17) 4. (a) Aplicando a Segunda Lei de Newton para o bloco de massa m, temos F − R = ma, (18) f1 −mg = 0, (19) e para o bloco de massa M , R− µcN = Ma , (20) N − f1 −Mg = 0, (21) onde f1 é o módulo da força de atrito estático entre os dois blocos, µcN é o módulo da força de atrito cinético entre o bloco de massa M e a superfície horizontal e uti- lizamos o fato de que não há deslizamento entre os blocos. De (19) e (21), obtemos o valor de N , N = (m+M)g , (22) que substituído na equação (20), nos leva à equação R− µc(m+M)g = Ma . (23) Somando as equações (18) e (23), obtemos F − µc(m+M)g = (m+M)a =⇒ a = F (m+M) − µcg . (24) Substituindo esse resultado para a aceleração na equação (18) e isolando R, obte- mos, finalmente, R = M M +m F + µcmg. (25) (b) Da equação (19), obtemos a relação f1 = mg. Como o bloco de massa m está na iminência de deslizar sobre o bloco de mass M , concluímos que f1 está com seu valor máximo, isto é, f1 = Rµc, o que nos permite escrever R = mg µe . (26) (c) Das duas últimas equações eliminamos R e obtemos, então, o menor valor que F pode ter para que não haja deslizamento entre os blocos. em termos das quantidades desejadas, F = m(M +m) M g µe (1− µc µe). (27) 3
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