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* * Placenta e membranas extra-embrionárias “Para sobreviver e crescer dentro do útero, o embrião precisa manter uma relação parasítica com o corpo da mãe, para adquirir oxigênio e nutrientes e eliminar restos metabólicos.” A placenta e as membranas extra-embrionárias servem de interface entre o embrião e a mãe. A placenta e o córion são derivados do trofoblasto. Os outros tecidos extra-embrionários são derivados da massa celular interna. Âmnio Saco vitelínico (sem função nutritiva em mamíferos) Alantóide (remoção de metabólitos) Mesoderma extra-embrionário (forma parte do cordão umbilical, vasos sanguíneos e tec. Conjuntivo.) * * Âmnio É derivado do epiblasto. Com o dobramento, o âmnio (ou membrana amniótica) envolve todo o corpo do embrião. O embrião fica suspenso num ambiente líquido pelo resto da gravidez. O líquido amniótico protege o embrião contra danos mecânicos ao feto; acomoda o crescimento permite a movimentação do feto protege o feto de “adesões”que poderiam afetar o desenvolvimento A membrana amniótica consiste de uma camada de células de origem epiblástica e uma camada de mesodema extra-embrionário não vascularizado. A cavidade amniótica expande até a 33a ou 34a semana de gravidez (mais ou menos 1l de líquido amniótico). * * * * Composição do líquido amniótico Até a 20a semana – a composição do fluido é semelhante a dos fluidos fetais. A pele ainda não está queratinizada, a membrana amniótica secreta fluidos e componentes do soro materno passam através da membrana amniótica. Depois da 20a semana – urina fetal, filtrado do sangue materno, filtrado dos vasos sanguíneos do cordão umbilical e placa coriônica. Volume normal – 500ml a 1l Volume excessivo – acima de 2l – hidrâmnio/polidrâmnio – associado a múltiplas gravidezes, atresia esofágica ou anencefalia. Volume diminuído – abaixo de 500ml – associado à agenesia renal. * * Saco vitelínico É revestido por mesoderma extra-embrionário. O saco vitelínico de mamíferos é pequeno e não tem vitelo. Apesar de ser vestigial em termos funcionais, é indispensável ao embrião. * * * * O endoderma do saco vitelínico é revestido externamente pelo mesoderma extra-embrionário, altamente vascularizado. Células dessas duas camadas contribuem para o corpo do embrião: Células germinativas primordiais – 3a semana Ilhotas sanguíneas do mesoderma extra-embrionário células sanguíneas hematopoiese extra-embrionária até a 6a semana Por volta da 6a semana, perde o contato com o intestino primitivo. Pode persistir como um divertículo do intestino delgado em adultos – Divertículo de Meckel. As porções proximais dos vasos sanguíneos do saco vitelínico persistem como vasos que irrigam a região do intestino médio. * * Alantóide Surge, inicialmente, como uma projeção do endoderma do intestino posterior, revestida externamente por mesoderma extra-embrionário. Em humanos, é apenas vestigial. Em outros mamíferos, aves e répteis é um órgão respiratório e depósito de restos metabólicos. Sua função, em humanos, é assumida pelos vasos sanguíneos que se diferenciam de sua parede mesodérmica. Esses vasos sanguíneos fazem parte do arco circulatório umbilical que irrigam a placenta. É incluído no cordão umbilical em desenvolvimento * * Alantóide A parte proximal do alantóide – úraco – é contínua com a bexiga urinária. Depois do nascimento se torna um cordão fibroso (ligamento umbilical mediano), que segue da bexiga até a região umbilical. * * Córion e Placenta - A formação da placenta é um esforço entre os tecidos extra-embrionários do embrião e os tecidos endometriais maternos. - Lacunas no sinciciotrofoblasto se enchem de sangue materno. Células do tecido conjuntivo endometrial passam pela reação decidual. São funções da placenta Proteção Nutrição Respiração Excreção Produção de hormônios * * Formação das vilosidades coriônicas - Ao final da 2a semana, projeções do citotrofoblasto – vilosidades primárias, começam a se desenvolver. * * Formação das vilosidades coriônicas - Pouco tempo depois, a vilosidade em crescimento é preenchida por mesênquima e passa a ser chamada vilosidade secundária. - A vilosidade secundária se torna vilosidade terciária quando é invadida por vasos sanguíneos – por volta do final da 3ª semana. * * Formação das vilosidades coriônicas A porção terminal da vilosidade consiste de uma massa sólida de citotrofoblasto – coluna celular citotrofoblástica, coberta por uma fina camada de sinciciotrofoblasto. A coluna de células citotrofoblásticas expande distalmente, penetrando o sinciciotrofoblasto e formam uma camada celular conhecida como a concha citotrofoblástica de revestimento. Essas células entram em contato com as células deciduais maternas. A vilosidade que emite essas projeções citotrofoblásticas é conhecida como vilosidade de ancoragem. * * Formação das vilosidades coriônicas Pedículo do embrião Cordão umbilical Cavidade coriônica Placa coriônica * * Formação das vilosidades coriônicas Vilosidade de ancoragem Vilosidade tronco Vilosidade ramificada * * Circulação utero placentária Erosão das paredes das artérias espiraladas do útero por células citotrofoblásticas. Fluxo sanguíneo de baixa pressão que comporte o crescimento do embrião. hemoglobina embrionária – se liga ao oxigênio mesmo em baixa tensão. Depois de 12 semanas, os eritrócitos fetais começam a produzir hemoglobina fetal, que liga oxigênio em alta tensão. O sangue materno que sai das artérias espiraladas passa pelos espaços intervilosos e irriga a superfície das vilosidades. As veias uterinas captam o sangue materno que banhou as vilosidades. * * * * Junção materno fetal O componente fetal da placenta é formado pelo córion viloso. Córion viloso (frondoso) Córion liso O componente materno é formado pela decídua basal (endométrio grávido) Decídua basal – entre a parede uterina e o córion frondoso Decídua capsular – envolve o concepto Decídua parietal – tecido endometrial na parte não ocupada pelo embrião * * * * * * * * Estrutura da placenta madura 10m2 de área de troca materno fetal. 3cm de espessura 20cm de diâmetro aproximadamente 500g Lado fetal Lado materno - Septos placentários - Cotilédones - 1 vilosidade tronco e seus ramos * * * * * *