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Fatores de Virulência Matéria

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Micologia Veterinária 
Fatores de Virulência 
São eles: 
1.Dimorfismo 
2.Componentes da Parede Celular 
3.Cápsula 
4.Micotoxinas 
Os fatores de virulência favorecem: 
• Adesão fúngica 
• Colonização 
• Disseminação e capacidade de viver em ambientes hostis 
• Mecanismo de evasão do Sistema Imune 
1.Dimorfismo 
Depende de alterações da temperatura e/ou nutrientes. 
 
Termotolerância: capacidade de sobreviver e replicar a 37°C 
Mesmo diferenças pequenas de termotolerância podem influenciar o potencial patogênico 
de um fungo assim como a forma da doença apresentada pelo hospedeiro. 
Isolados de S. schenkii de lesões sistêmicas podem crescer a 35°C e a 37°C . Mas isolados da 
forma cutânea fixa só crescem até 35°C . 
Cepas mais virulentas são capazes de suportas mudanças drásticas de temperatura e se 
transformam rapidamente em leveduras. 
Assim o aumento da temperatura faz com que fungos termotolerantes apresentemo 
dimorfismo, indo da forma filamentosa para a de levedura, o que provaco também além da 
mudança da forma, alterações de moléculas de superfície e consequente apresentção de 
fatores de virulência. 
Portanto a composição da parede celular dos fungos vai depender da morfologia em que se 
apresentam. Isso vale para espécies dimórficas como: C. albicans, B. dermatides, P. 
brasiliensis, H. capsulatum. 
Em Paracoccidiodes brasiliensis, na forma de hifa há expressão de Beta-glucano na parede 
celular, porém após transformação para levedura a parede expressa alfa-glucano. Essa 
mudança faz com que não haja mais reconhecimento do PAMP relacionado ao fungo pelo 
receptor Dectina-1, assim o Sistema Imune demora mais a promover resposta contra 
patógeno. 
Conclui-se que o dimorfismo acaba provocando alterações de antígenos de superfície e 
alteração fenotípica, o que ajuda na evasão à fagocitose. 
Há fungos de baixa virulência, como algumas cepas de H. capsulatum requerem mais tempo 
para mudar da forma filamentos (Saprofítica) para levedura (parasitária). 
 
Interação com Receptores Hormonais e Hormônios com P. brasiliensis X Candida 
A Paracoccidioidomicose é muito mais comum em homens. Proporção de infecção: Homens 
/ Mulheres (78:1) 
Isso porque o hormônio feminino 17β-estradiol impede a conversão de conídio para 
levedura a partir da ligação com receptores citosólicos, isso desfavorece a infecção. 
Dimorfismo invertido: realizado pela Candida albicans; não depende de temperatura. 
• A forma saprofítica é levedura, enquanto a forma parasitária é filamentosa. 
• Nesse caso, receptores hormonais para 17β-estradiol vão promover o parasitismo, já 
que estimulam o desenvolvimento de tubo germinativo e crescimento filamentoso 
da Candida. 
Dimorfismo --> Adesão 
Em C. albicans o dimorfismo para a forma filamentosa gera expressão de moléculas de 
adesão a superfícies: Adesinas. 
A capacidade de C. albicans de reconhecer e ligar-se às células hospedeiras ou materiais 
implantados no corpo é requerido para virulência 
Biofilme como um determinante de virulência: 
• Resistência as drogas antifúngicas 
• Evasão do sistema imune 
• Formação é dependente das condições ambientais 
Invasão da C. albicans na pele 
Primeiro o fungo de adere a epiderme, depois invade o tecido, através de endocitose 
induzida ou penetração ativa na célula epitelial ou entre células, e promove dano celular. 
Invasão de Candida na matriz extracelular 
1. Força mecânica 
2. Forte adesão a matriz 
3. Dano celular (Céls endoteliais e macrófagos) 
 
2. Componentes da Parede Celular 
-Quitina 
-Melanina 
-Evasão a Resposta Imune 
 
Quitina e patogenia dos fungos 
• Polissacarídeo – N- acetilglicosamina 
• Síntese depende de família de enzimas (chitin synthase-CHS) 
• Maior expressão dessas enzimas em condições de stress: enzimas líticas, 
antifúngicos ou agentes oxidantes dos fagolisossomas. 
• Grandes fragmentos de quitina (> 100 μm) : não imunogênicos 
• Fragmentos intermediários ( 40-70 μm ) e pequenos ( < 40 μm ) –reconhecidos por 
PRRs – assim macrófagos ativados libera citocinas pró-inflamatórias IL-17, TNF-α 
• A estrutura de microfibrilas de quitina pode variar em diferentes partes da parede 
celular. 
Obs: Fungos aumentam produção de quitina quando expostos a antifúngicos 
 
Melanina e patogenia dos fungos 
 
• Proteção contra o calor, UV, radiação solar, metais pesados, altas temperaturas e 
enzimas hidrolíticas - no meio ambiente 
• Formada a partir da polimerização de compostos fenólicos e indólicos 
• MELANIZAÇÃO: deposição deste complexo polimérico na superfície celular do fungo. 
Exs: Cryptococcus, conídios de A. fumigatus 
Efeitos protetores aos fungos: 
• Proteção contra peptídeos microbicidas gerados pelos fagócitos 
• Proteção contra espécies reativas de oxigênio - "sequestro de ROI” 
• Hidrofobicidade e carga negativa - necessidade de opsonização: melaninas são 
polímeros carregados e hidrofóbicos, e sua presença na parede celular altera a carga 
da superfície do fungo e esse fato pode interferir com a fagocitose 
• Resistência aos compostos antifúngicos. 
• Inibe TNF-alfa, importante para ativação de macrófagos. 
 
3.CÁPSULA 
• Característica distinta de Cryptococcus neoformans 
• 2 principais componentes polissacarídicos: GXM - glucuronoxilomanana (polímero 
linear de manose com ramificações de xilose e ác. glucurônico) - GalXM – galactana 
α 1-6. 
Alguns mecanismos que contribuem para virulência da cápsula 
• Propriedades antifagocíticas (repulsão eletrostática) 
• Ativa a via alternativa do complemento (deposição de fragmentos C3 e 
reconhecimento por receptores C3 nos leucócitos, porém como a liberação de 
cápsula para o meio é alta, pode ocorrer uma depleção dessas opsoninas) 
• Antígenos fúngicos (GXM) inibem a migração de polimorfonucleares ao sítio de 
infecção (em pacientes com criptococose disseminada) 
• Induz apoptose das células T (via Fas, Fas L). 
Apoptose ocorre pelo seguinte mecanismo: 
C. neoformans libera GXM e GalXM, essas moléculas induzem Fas e Fas L na APC (Célula 
apresentadora de antígeno). GXM e GalXM também induzem expressão de Fas no linfócito T 
e ativação da caspase 8. Faz L da APC se liga ao receptor Fas do linfócito T gerando via de 
sinalização, também produzindo caspases. A apoptose ocorre por via intrínseca e extrínseca. 
 
 
4.Micotoxinas 
Substâncias tóxicas produzidas por fungos 
Tipos de Micotoxinas: 
Exógenas --> doença: Micotoxicose 
Endógenas --> doença: Micetismo 
 
Toxicidade 
Aguda: provocando danos aos rins e fígado 
Crônica: ocasionando em cêncer hepático 
Mutagênica: provocando danos ao DNA 
Teratogênica: causando câncer em fetos 
 
Micotoxinas – Danos gerais: 
• Morte do animal – intoxicações agudas 
• Redução da velocidade de crescimento e da eficiência alimentar: Redução do 
metabolismo proteico e pela absorção de gordura 
• Diminuição da postura/leite/carne :Interferência sistemas enzimáticos (amilase 
pancreática, tripsina, lipase, RNAse,DNAse) - interferência na digestão do amido, 
proteinas, lipídeos e ácidos nucleicos 
• Aumento da suscetibilidade às doenças infecciosas e parasitárias: diminuição da 
expressão de citocinas, Imunoglobulinas, atividades fagocíticas e linfocíticas. 
• Problemas reprodutivos –Interação com receptores hormonais/esteroides= 
anestros/abortos/malformação fetal 
• Prejuízos à pecuária, principalmente à suinocultura e à avicultura 
• Restringe a exportação 
Principais Micotoxinas e seus efeitos 
➢ Aflatoxina B1 
Produzida por Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus. Pode ser encontrada no 
amendoim e milho. Tem efeitos: hepatotóxico, nefrotóxico e carcinogênico. 
➢ CitrininaProduzida por Penicillium citrinum. Pode ser encontrada no Trigo, aveia,cevada e arroz. Tem 
efeito nefrotóxico para suínos. 
➢ Fumonisinas 
Produzida por Fusarium verticillioides. Pode ser encontrada no milho. Causa câncer no 
esôfago. 
Fumonisina produzida por Fusarium moniliforme é encotrada em cereais e causa 
leucoencefalomalacia nos equinos. A fumonisina leva a um edema perivascular e áreas de 
necrose com liquefação de um ou de ambos hemisférios cerebrais. Em necropsia é visto 
presença de malácia ou amoleciemnto da substância branca do cérebro. 
➢ Ocratoxinas 
Produzida por Aspergillus ochraceus e Aspergillus carbonarius. Pode ser encontrada na 
cevada, café e vinho; em produtos de origem animal (ovos e suína). Tem efeitos: 
hepatotóxico, nefrotóxico e carcinogênico. 
➢ Zearalenona 
Produzida por Fusarium graminearium. Pode ser encontrada em cereais. Causa Síndrome da 
feminização (suínos), câncer cervical e ovários policísticos humanos. 
 
Ergotismo ou Fogo de Santo Antônio 
Princípio ativo da micotoxina -> Alcalóides do Ergot: tem propriedades vasoconstritoras e 
sobre neurotransmissão. 
Os fungos do gêneros Claviceps colonizam gramíneas e formam estruturas chamadas 
“Esporão do centeio” ou “ergot” e produzem as toxinas. 
Registro mais antigo da doença (857). 
Tipos de Ergotismo: 
• Ergotismo Convulsivo 
Mania e alucinações, depressão e confusão mental, hipertensão, bradicardia, vasoespasmos 
(com perda de consciência e cefaléia) 
• Ergotismo Gangrenoso 
Dor intensa (queimação), cianose periférica (mãos e pés) podendo ainda levar ao coma e 
morte. Amputações espontâneas. 
-Alcalóides do Ergot ocasionam esse quadro de sensação frio ou calor intenso, dor muscular 
na panturrilha, convulsões severas e gangrena, através de estimulação direta dos nervos 
adrenérgicos que suprem o musculo liso das arteríolas = então ocorre vasoconstrição 
periférica com lesões vasculares = espasmos das arteríolas, com trombose e isquemia. 
Curiosidades: 
• Ergotismo e as Bruxas de Salém 
 Em 1690, os alcaloides de ergot podem ter sido a causa dos sintomas associados com a 
“bruxaria” que cercou a o julgamento das bruxas de Salem, em Salem, Massachusetts. 
• Esses Alcalóides ou também conhecidos como Ergotaminas são usados na produção 
de Ácido Lisérgico (LSD). 
Animais desenvolvem Ergotismo gangrenoso ao consumirem a toxina no centeio e em 
gramíneas. 
Micetismo 
MICETISMO FALOIDIANO 
• Causado por ingestão de cogumelo Amanita phalloides 
• Substâncias tóxicas produzidas: alotoxinas e amanitinas 
• Falotoxinas : Inibe polimerização de actina e induz necrose de membranas 
• Amanitinas: Inibe síntese de proteínas 
• 50 a 90 % dos envenamentos graves ou mortais 
• Latência de 6 a 48 horas 
• Ocasiona distúrbios gastrintestinais, alterações hepáticas, alucinações e morte 
Fase coleriforme (24 hs após ingestão) cefaleia, vomitos, diarréia, convulsões 
Fase hepática (2-16 dias após): Ictericia, hematuria, transtornos consciência, euforia, 
paralisias e morte 
MICETISMO CEREBRAL - Alterações no sistema nervoso 
Amanita muscaria 
• Princípios tóxicos: Muscarina – estrutura semelhante a aceticolina - atua nos 
receptores muscarínicos; Ác ibotêmico (mucimol). 
• Sua ingestão provoca doença caracterizada por: alteração da percepção da 
realidade; Alucinações; Crises de euforia ou depressão intensa; Espasmos 
musculares; Transpiração; Salivação; Lacrimejamento; Tontura e vômito. 
• Latência de 15 a 30 min 
Psilocybe cubensis 
❖ Princípio tóxico: Psilocibina/Psilocina, que tem estrutura molecular análoga a 
serotonina 
❖ Sua ingestão provoca: Vômitos, alucinações 
❖ Estudos estão sendo feitos pra uso de psilocibina em tratamento de doenças como 
TOC, enxaqueca. 
 
Pithomyces chartarum 
❖ Princípio tóxico: Esporidesmina 
❖ Fungo Pithomyces chartarum cresce em folhas mortas de gramíneas (Brachiaria 
decumbens) 
❖ Esporidesmina tem efeito Hepatotóxico e consequentemente provoca: Eczema facial 
de carneiros e úbere da vaca. 
❖ PATOGENIA: Disfunção hepática provocada pela esporidesmina causa obliteração 
dos ductos biliares, assim a bile não é eliminada no intestino, essa bile contém 
filoeritrina que é produzida a partir do metabolismo da clorofila das gramíneas 
ingeridas. Então a filoeritrina que um composto bastante fotodinâmico cai na 
circulação e vai para vários órgãos, incluindo a pele, causando fotossensibilização e 
lesões quando em contato com a luz solar.

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