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TEORIA GERAL DO CONTRATO CONCEITO: contrato é um negócio jurídico, bilateral ou plurilateral, formado por meio da manifestação da vontade das partes, a fim de criar, extinguir ou modificar obrigações. DIREITO ROMANO – os contratos tinham caráter rigoroso e sacramental, com formalismo rigoroso que devia ser obedecido. Era tido convenção e pacto como sinônimo. Para criar obrigação devia ter certa forma. A proteção dependia mais do interesse, do que da vontade. DIREITO GERMANICO: era dominado pelo simbolismo, para se obrigar, era preciso de um ritual. CODIGO FRANCES – primeira grande codificação moderna. No sistema francês o contrato era um mero instrumento para se chegar À propriedade. Era uma forma de a burguesia ascender de vez adquirindo legitimamente bens que eram dos nobres. O principio da autonomia da vontade e da obrigatoriedade tinham grandes forças. Contrato é o ponto máximo do individualismo. Contratualismo levado ao extremo até ao estado, teoria contrualista de Rousseau. CODIGO ALEMÃO – mais avançado do que o francês, sob égide da burguesia. O contrato a pertencer a uma característica mais geral. O contrato é uma subespécie de uma espécie maior, negócio jurídico. Regras gerais e especificas aos contratos. Agora exigem ora a intervenção maior do Estado em suas normas. EVOLUÇÃO: a grande mudança foi à perda de força do princípio da autonomia que antes possuía grande força. Tendo em vista o conflito dos interesses individuais e coletivos, assim, como determinadas necessidades que o capitalismo não satisfaz por isso nem sempre a relação vai ser igualitária. Justamente por essa não igualdade, surge o estatuto de defesa do consumidor com o intuito de atender aos reclamos de proteção da contratação em massa (contrato de adesão). Na falta de legislação sobre o tema, o contrato deve ser interpretado a favor do contratante-consumidor. FUNÇÃO SOCIAL: o contrato possui funções sociais, econômicas, educadora, civilizadora. Devendo produzir efeitos internos e externos. O contrato aproxima as pessoas e abate as diferenças. FUNDAMENTO DA OBRIGATÓRIEDADE: o contrato cria um vínculo obrigacional, a regra é o cumprimento da obrigação. A obrigatoriedade reside na lei. Essa obrigatoriedade é fundamentada pela teoria da veracidade, teoria da confiança mutua e teoria da segurança jurídica. REQUISITOS: Manifestação da vontade humana; Idoneidade e licitude do objeto; Formalismo; Acordo de vontade entre as partes; Função social. PRINCIPIOS: Autonomia da vontade: as partes possuem autonomia para contratar ou não contratar, ou o que contratar. Desde que não contrarie nenhuma lei. Obrigatoriedade: o contrato deve ser cumprido, em caso de descumprimento, a lei prevê o inadimplemento. Relatividade: o contrato só pode criar, modificar ou extinguir obrigações para as partes do contrato. Não podendo o efeito do contrato atingir terceiros, exceto em casos previsto na legislação. Consensualismo: a respeito da forma do contrato, a regra é que a forma é livre, exceto casos específicos exigidos em lei. Boa-fé: as partes devem agir com honestidade, honradez, probidade, confiança reciproca e equilíbrio obrigacional. Função social: é a proteção do meio social em face do interesse privado ameaçado pelo contrato. Fundamenta-se nos valores morais, sociais, étnicos, econômicos, na ordem pública, na lei e outras convenções sociais. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: parte da premissa que o consumidor é a parte vulnerável da relação, e o código têm como objetivo igualar a relação. O código estabeleceu princípios passaram a ser utilizados de uma forma geral. Boa fé Obrigatoriedade da proposta Intangibilidade das convenções CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS: Unilateral é o contrato que apenas uma parte se sacrificará. Exemplo: doação pura Bilateral é o contrato que as duas partes se sacrificará. Exemplo: compra e venda Oneroso é o contrato em que há mutuo e equivalentes sacrifícios e benefícios. Exemplo: locação Gratuito é o contrato em que uma parte irá se sacrificar, enquanto a outra se beneficia. Exemplo: doação sem encargo Comutativo é o contrato que possui o objeto certo e determinado. Exemplo: locação Aleatório é o contrato que ao menos uma das partes possui as prestações incertas. Exemplo: compra de safra futura Consensual é o contrato que depende apenas do consentimento. Exemplo: compra e venda bens imóveis Real é o contrato precisa da entrega da coisa, além do consentimento. Exemplo: depósito Solene é o contrato que sua forma é exigida por lei. Exemplo: penhor Não solene é o contato que sua forma é livre. Exemplo: forma livre Causal: é o contrato que precisa de um causa exterior a si para produzir efeitos. Exemplo: seguro Abstratos: é o contrato que não precisa de causa externa para gerar efeitos, ele gera por si só. Exemplo: nota promissória Nominado é o contrato disciplinado pela lei. Exemplo: fiança Inominado é o contrato não disciplinado pela lei, porém, é aceito. Exemplo: mutuo abertura de credito e desconto. Principal é o contrato que existe por si só. Exemplo: locação Acessórios é o contrato que existe em função do principal Exemplo: fiança Instantâneo é o contrato que se cumpre em apenas um momento. Exemplo: compra e venda à vista Prolongado é o contrato que se cumpre ao decorrer do tempo. Exemplo: compra e venda à prazo Paritário é o contrato que existe discussão sobre o próprio contrato, pois existe uma relação equivalente entre as partes. Exemplo: compra e venda Adesão é o contrato que as partes são desiguais e uma parte impõe a outra os termos do contrato. Exemplo: fornecimento de agua Definitivo é o contrato que possui como objeto criar, modificar ou extinguir obrigações. Exemplo: locação Preliminar é o contrato que visa a efetivação do contrato definitivo. Exemplo: preliminar de compra e venda Interpretação: surgiu a necessidade de esclarecer o exato sentido de uma norma. A hermenêutica procura descobrir a vontade do legislador, e além, a vontade concreta da lei. A interpretação se faz necessária quando surgem conflitos entre as partes. O código civil de 2002 traz a regra básica que é buscar a intenção do que o sentido literal da linguagem. A hermenêutica do contrato deve eliminar as duvidas e ambiguidade, além de esclarecer a vontade da parte. Primeira análise objetivo, exame da lei; após, objetiva, exame do contrato; após, subjetiva, exame de intenção. Código civil de 1916: optou por não tratar com detalhes o instituto de interpretação. Traçou um principio geral, que é atender a intenção do que o sentido literal da linguagem. Traçava algumas outra normas mais especifica para determinados contratos. Não possui capitulo relativo a interpretação, possui apenas algumas normas interpretativas. Código civil de 2002: o novo código modificou um pouco da redação, mas continuou com a mesma regra do código de 1916. Código francês: traz diversas regras de interpretação dos contratos. Inclusive capitulo. Código italiano: traça normas interpretativas, descendo a minúcias, assim como o francês. Inclusive capitulo. Código alemão: manda indagar qual a vontade real do reclamante. Posição considerada extremada e perigosa. Proposta: é uma oferta pelo policitante ao oblato, com o intuito de criar um vínculo obrigacional. Proposta feita a ausente: a regra é que ao fazer a proposta o policitante deve honrar com sua palavra, não podendo retirar a ofertar sem que haja responsabilidade civil. Porém, não haverá responsabilidade quando: Houver retratação simultânea a oferta ou antes a aceitação. Existindo prazo, caso não haja resposta dentro do prazo, presuma-se a negativa da oferta. Não existindo prazo, o policitante deve aguardar um tempo razoável. Aceitação: é a declaração de vontade positiva a oferta. Silencio: não pode ser considerado consentimento. Nem anuência, exceto em caso em que a lei determina que a recusa deva ser expressa. Aceitação feita por pessoa ausente: Teoria da Cognição:o contrato produzirá efeitos a partir do conhecimento do policitante sobre a resposta do oblato. Teoria da Agnição por declaração: o contrato produzirá efeitos a partir da declaração da resposta feita pelo oblato. Teoria da Agnição por expedição: o contrato produzira efeitos a partir da expedição da resposta pelo o oblato. Teoria da Agnição por recepção: o contrato produzirá efeitos a partir da recepção da resposta do oblato pelo policitante. Lugar em que se celebra o contrato: a regra é que o contrato é celebrado no local em que é feito a proposta. Pacto Corvina: a lei brasileira não admite contrato a respeite de herança de pessoa viva. Impossibilidade absoluta e relativa: a primeira é quando o cumprimento da obrigação é impossível a todos, a segunda é quando a impossibilidade é para apenas alguns indivíduos. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO Conceito: é quando um terceiro estranho ao contrato é beneficiado, pelo contrato, mediante acordo entre as partes. Requisitos: 3 partes – estipulante, beneficiado e promitente. O 3º deve ser estranho ao contrato. Liceidade e possibilidade do objeto. Vantagem patrimonial. Forma livre. Natureza Jurídica: existe varias concepções; Esperar aceitação do beneficiário. Gestão de negocio empreendida pelo estipulante, que será represente do terceiro. Declaração unilateral da vontade Negócio jurídico acessório. Exigibilidade da prestação passa ao beneficiário, sem que o estipulante a perca. Histórico: o direito romano não admitia, pois o estipulante poderia reclamar a prestação. O direito francês não permitia, pois seguia o direito romano. Passou aceitar em 1860 através das decisões dos tribunais. Direito alemão consolidou a estipulação, passando a aceitar. Direito brasileiro admite, no geral os direitos modernos passaram a disciplinar a estipulação. Sendo a exceção ao princípio da relatividade das formas. Regime jurídico: Relação básica o estipulante pode reclamar o cumprimento da obrigação o estipulante pode substituir o terceiro, sem a anuência do terceiro desde que haja cláusula expressa. O estipulante pode revogar a estipulação. Relação de atribuição O terceiro pode recusar a estipulação O terceiro pode dar anuência ao contrato O terceiro pode reclamar o direito Relação de sujeição O estipulante pode substituir o terceiro O estipulante pode exonerar o promitente, desde que o terceiro não possa reclamar a dívida. Na estipulação modal, o estipulante tem o poder personalíssimo intransmissível de revogar a estipulação por inexecução. VÍCIOS REDIBITORIOS Conceito: é um defeito oculto em coisa recebida por contrato comutativo, defeito este que diminua seu valor ou atrapalhe sua função. Fundamento: Segurança jurídica: visa assegurar a justa expectativa do adquirente. Garantia tácita: o comprador adquire a coisa visando suas qualidades, não é cobrado dele a desconfiança. Pois, espera-se a boa-fé do alienante, pois sabendo de alguém defeito não realizaria o contrato. De forma tácita, deixa a entender que o alienante deve a garantia. Pressuposição: o adquirente pressupõe que a coisa não possua defeitos, apenas qualidades. Agindo de boa-fé. Assim, é dado meios para efetivar essa expectativa ou pressuposição. Requisitos: Coisa recebida em virtude de contrato comutativo Que os defeitos sejam ocultos O defeito deve existir no momento da tradição O adquirente deve desconhecer o defeito O defeito deve prejudicar o uso ou diminuir o valor Defesa Ação redibitoria: o adquirente pode rescindir o contrato, receber a quantia paga, acrescidas de perdas e danos. Ação quanti minoris: o adquirente pode reclamar o abatimento do preço por causa do defeito. Vícios Redibitórios x Erro substancial: o vicio o adquirente recebe o que imagina, entretanto aa coisa é defeituosa. Já no erro o adquirente imagina x e recebe y. Vícios Redibitórios x Inadimplemento: O inadimplemento é o descumprimento da obrigação. Já o vicio é o cumprimento imperfeito, tendo em vista o defeito da coisa. EVICÇAO Conceito: eviccão é a perda da coisa em virtude de sentença judicial que atribui a outrem por causa jurídica anterior ao contrato. Requisitos Perda total ou parcial da posse da coisa Onerosidade da aquisição O adquirente deve desconhecer a litigiosidade da coisa A causa deve ser anterior ao contrato do adquirente Denunciação da lide ao alienante Da responsabilidade: Reforço ela pode ser aumentada Redução: ela pode ser diminuída Exclusão: ela pode ser excluída Evicção parcial: é quando o adquirente perde parte ou fração da coisa. Inexistência: Por conhecimento do adquirente sobre a litigiosidade Por clausula de exclusão Por contrato gratuito CONTRATO ALEATÓRIO Conceito: contrato aleatório é aquele em que o montante da prestação de uma ou de ambas as partes são incertos, podendo as partes lucrar ou ter prejuízos. Esboço histórico: direito romano reconhecia alguns contatos aleatórios. Assim, como o direito nacional antigo. Espécies: Venda de coisa futura (emptio spei e emptio rei sparatae) emptio spei: o risco assumido é quanto a existência da coisa. o adquirente compra o risco da existência da coisa ou não. O alienante tem direito a toda quantia. emptio rei sparatae: o risco assumido é quanto a quantidade. O adquirente assume o risco de receber quantidade diferente do acordado. O alienante tem direito a toda quantia. Venda de coisa existente exposta a risco: o contrato aleatório pode se referir a coisas existentes, expostas a risco. O alienante tem direito a toda quantia. Alea: é a desproporção entre as prestações Absoluta: quando alguém oferece sua prestação sem receber nada em troca. Relativa: é quando embora a desproporcionados os montantes, cada uma das partes fornece alguma prestação. Contrato aleatório x Contrato comutativo: os aleatórios são aqueles que possuem prestações incertas. Já os comutativos possuem prestações certas e determinadas. CONTRATO PRELIMINAR Conceito: é o contrato que tem como objeto a celebração de um contrato definitivo. Possui apenas um objeto. Contrato preliminar x Contrato definitivo: o preliminar é aquele que tem como objetivo a celebração de um contrato definitivo. Já o contrato definitivo é o que possui objetos diversos, criar varias obrigações. Requisitos: Os mesmos requisitos de validade dos demais contratos: Objeto lícito, possível, determinado ou determinável e idôneo. Capacidade genérica para vida civil e aptidão para validamente alienar. Forma livre Efeito: o contrato preliminar não gera vínculo obrigacional, desde que contenha clausula de arrependimento. Caso não exista a clausula de arrependimento, é cabível a qualquer uma das partes exigir que o contrato definitivo fosse celebrado ou apenas reclamar perdas e danos. Art 463 EXTINÇÃO DO CONTRATO Extinção normal (a soluti): a extinção dá-se, em regra, pelo cumprimento da obrigação gerada pelo contrato. Extinção anormal Causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato: Não preenchimento dos requisitos subjetivos, objetivo e formal. Gera nulidade ou anulabilidade. Nulidade: ausência de elemento essencial, com transgressão a preceito de ordem pública impedindo que o contrato produza efeitos. EX TUNC Anulabilidade: provém da imperfeição da vontade ou vício de consentimento. EX NUNC Cláusula resolutiva: é a proteção contra o inadimplemento, é o direito de pedir a tutela jurisdicional. Direito de arrependimento convencionado: não havendo cláusula de que convencione o direito ao arrependimento, entende que houve renuncia a este direito. Causas supervenientes à formação do contrato: Resolução: é o rompimento o vinculo contratual mediação ação judicial, tendo como causa a inexecução ou incumprimento do contrato por uma das partes. Resolução por inexecução voluntária: acontece por causa do comportamento culposo de uma das partes. A parte adversa é prejudicada por causa disso. Efeitos: extingue o que foi executado, restituição recíprocas, perdas e danos, clausula penal.Resolução por inexecução involuntária: a causa do não cumprimento da obrigação não é imputável a nenhuma das partes. Caso fortuito ou força maior. O inadimplente não ficará responsável por pagamento de perda e danos, a não ser que tenha clausula sobre essa matéria. Resolução por onerosidade excessiva: a causa do não cumprimento da obrigação é a quebra insuportável da equivalência das prestações. A execução do contrato torna-se extremamente difícil. Podendo recorrer a tutela jurisdicional para extinguir o contrato ou modificar as clausulas para que possa da continuidade no cumprimento da obrigação. Resilição: é o acordo de vontade que tem por fim extinguir um contrato anterior celebrado. Resilição unilateral: só pode ocorrer nas obrigações duradouras. Isso se denomina Denuncia ou Renuncia. É facultado a resilição nos contratos por tempo indeterminado, contratos que a execução não tenha começado, contratos de execução continuada, contrato benéficos e nos contratos de atividade. EX NUNC Morte de uma das partes( contrato personalíssimo): a morte só acarreta dissolução dos contratos personalíssimos. EX NUNC Rescisão: dissolução dos contratos que ocorreram lesão ou foram celebrado em estado de perigo. Lesão: é o defeito jurídico que se configura quando uma pessoa, está sob necessidade, ou inexperiência, se obriga a prestações desproporcionais. Estado de perigo: para se salva ou a família, o individuo contrai prestações excessivamente onerosas. ANULAVEL
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