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SAÚDE E DOENÇA MENTAL- A questão da normalidade

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O SOFRIMENTO PSÍQUICO: A questão da normalidade 
Sílvio Memento Machado
Psicólogo
Especialista em Saúde Mental e em Psicanálise. 
Mestre em Educação. 
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A HISTÓRIA DA LOUCURA
Idade média: Os distúrbios mentais eram vistos como possessão demoníaca.
Renascimento: O “louco” vivia errante, expulso das cidades, entregues aos peregrinos e navegantes. A loucura significava ignorância, ilusão, desregramento de conduta, desvio moral. 
Eram raros os casos de internação. Quando ocorriam, recebiam o mesmo tratamento dos demais doentes: sangrias, purgações, banhos. 
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A HISTÓRIA DA LOUCURA
Século 17: Os critérios para definir a loucura não eram médicos (religião, família, justiça). Transgressão da lei e da moralidade.
 Século 18: Criado em Paris o Hospital Geral e início da grande internação (os devassos, os feiticeiros, os libertinos e os loucos). Não havia tratamento. O critério de exclusão baseava-se na inadequação do louco à vida social.
Segunda metade do século 18: Iniciam-se reflexões médicas e filosóficas que colocam a loucura como algo que ocorria no interior do próprio homem. Criou-se instituição destinada exclusivamente aos doentes mentais: o asilo. Tratamento moral e início da medicalização (psiquiatria). 
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A PSIQUIATRIA CLÁSSICA
Considera os sintomas como sinal de distúrbios orgânicos (fisiológico, cerebral).
A doença mental é considerada uma doença orgânica e, portanto, tratada com medicamentos e produtos químicos.
O tratamento ocorre através da medicação e de internações psiquiátricas.
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A CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE
O que distingue o normal do anormal é uma questão de grau e não de natureza.
Freud tomou a terminologia da psiquiatria clássica do século XIX para definir os quadros clínicos com os quais lidava em sua clínica. Seu interesse era prático e não filosófico. 
Nos quadros clínicos definidos por Freud a noção de conflito aparece de modo privilegiado (desejo inconsciente recalcado versus censura). O sintoma é uma forma disfarçada do desejo inconsciente vir à tona. 
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QUADROS CLÍNICOS - NEUROSE
NEUROSE: Os sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem suas raízes na história do indivíduo.
Podem ser divididas em:
Neurose obsessiva: O conflito psíquico externaliza-se em comportamentos compulsivos (tomar banho várias vezes, lavar as mãos, arrumar os móveis, repetir orações, etc) e idéias obsessivas (tragédias). O recalque, inicialmente eficaz, fracassa. O afeto livre provoca angústia e auto censura. 
Neurose Fóbica: O sintoma central é o medo (de altura, de animais, de pessoas, de ficar sozinho, de lugares abertos, de morrer, de ter doença incurável, etc). O representante ideativo é substituído por uma outra idéia ou objeto e o afeto transforma-se em angústia. 
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QUADROS CLÍNICOS – NEUROSE 
Neurose Histérica: O conflito psíquico exterioriza-se em sintomas corporais através de crises (choro, teatralidade, paralisias, etc). O representante ideativo é recalcado e o afeto livre transforma-se em inervação somática (sintoma). Não há angústia (a bela indiferença da histérica). 
Neurose Traumática: O sintoma é desencadeado por um choque emocional envolvendo risco de vida. Perturbações do sono nas neuroses de guerra. 
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QUADROS CLÍNICOS – PSICOSE 
PSICOSE: Refere-se a uma perturbação intensa na relação do indivíduo com a realidade. Caracteriza-se por um rompimento entre o eu e a realidade, ficando o eu sob domínio dos impulsos inconscientes. Há uma substituição da realidade pelo delírio e pela alucinação. 
Podem ser divididas em:
Paranóia: Caracteriza-se por delírios de perseguição e de grandeza. Esses estados são acompanhados, quase sempre, de intensa angústia. 
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QUADROS CLÍNICOS – PSICOSE
Esquizofrenia: Caracteriza-se por um afastamento da realidade e um auto centramento, ficando o indivíduo entregue às próprias fantasias. Manifesta incoerência entre pensamento, ação e afetividade. Há uma proliferação de delírios, levando a uma progressiva deterioração intelectual e afetiva.
Psicose Bipolar (PMD): Caracteriza-se por uma oscilação entre estados de euforia (mania) e estados depressivos (melancolia). O estado depressivo pode levar o indivíduo a negar o contato com o outro, não se preocupar com cuidados pessoais e até ao suicídio. 
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A Promoção da saúde mental 
A prevenção da doença mental significa criar estratégias para evitar o seu aparecimento, ou seja, intervir naquelas condições sociais (desemprego, pobreza, moradia, renda, trânsito, violência, educação, acesso à saúde etc) que determinam ou contribuem para o surgimento ou agravamento de um estado de comprometimento psíquico.

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