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SEMANA DE ATUALIZAÇÃO EM DIREITO IMOBILIÁRIO (ALTERAÇÕES DA LEI 13465/2017) Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) LIVRO DO GÊNESIS E disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi. Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Deus os abençoou e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". Disse Deus: "Eis que dou a vocês todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Perguntou-lhe Abrão: "Ó Soberano Senhor, como posso saber que tomarei posse dela?" Gênesis 15:8 Que ele dê a você e a seus descendentes a bênção de Abraão, para que você tome posse da terra na qual vive como estrangeiro, a terra dada por Deus a Abraão". Gênesis 28:4 Eu os expulsarei aos poucos, até que vocês sejam numerosos o suficiente para tomarem posse da terra. Êxodo 23:30 Apoderem-se da terra e instalem-se nela, pois eu dei a vocês a terra para que dela tomem posse. Números 33:53 Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) LOCUÇÃO ANTIGA “BEATI POSSIDENTIS” Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) CÓDIGO DE HAMURABI (2067-2025 a.C.) Capítulo V – Cultivo do campo, locação Capítulo VI – Casa: compra e locação Capítulo VII – Empréstimo e juros CÓDIGO DE MANU (1300-800 a.C.) Capítulo V – Dos depósitos Capítulo VI – Venda de coisa alheia LEI DAS XII TÁBUAS (462 a.C.) Tábua VI – Do direito de propriedade e da posse Tábua VIII – Dos direitos prediais Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) ARTIGOS 182 E 183 – CF POLÍTICA SOCIAL URBANA E RURAL Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; e XIII - a laje. Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição. Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) DECRETO MUNICIPAL Nº 49.498, DE 16 DE MAIO DE 2008 Regulamenta a Lei nº 13.514, de 16 de janeiro de 2003, e a Lei nº 14.665, de 8 de janeiro de 2008, que dispõem sobre desafetação de áreas públicas municipais da classe dos bens de uso comum do povo e destinação de áreas públicas municipais da classe dos bens dominiais para promover o Programa de Regularização Urbanística e Fundiária; autoriza o Executivo a outorgar concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, bem como doar áreas a órgãos ou entidades da Administração Publica, direta ou indireta, para a construção de habitações de interesse social. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Lei Federal n. 11.977/2009, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, veio para possibilitar que os beneficiários da regularização venham a ser proprietários do imóvel que ocupam. Para tanto, a lei prevê que dentre as providências relativas à regularização fundiária, o poder publico, após efetuar um levantamento social (cadastramento) dos ocupantes da área irregular, emita títulos de legitimação de posse a cada um dos ocupantes, conforme dispõem os artigos 58 e 59 da lei 11.977/2009, expedindo-os preferencialmente em nome da mulher. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal. O Poder Público não pode emitir títulos de legitimação de posse em favor de pessoas que serão removidas em razão da implantação do processo de regularização fundiária; concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel urbano ou rural, os beneficiários de legitimação de posse concedida anteriormente; e os ocupantes de lotes ou fração ideal superiores ou equivalentes a mais de 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados). Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) LEI Nº 15.720, DE 24 DE ABRIL DE 2013 (Projeto de Lei nº 318/10, dos Vereadores José Police Neto - PSD, Chico Macena - PT, Claudio Prado - PDT e Claudio Fonseca - PPS) Regulamenta a Regularização Fundiária de Interesse Social no Município de São Paulo, de acordo com a Lei Federal nº 11.977, de 7 de julho de 2009. FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 26 de março de 2013, decretou e eu promulgo a seguinte lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º A regularização fundiária de interesse social consiste no conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e a titulação de seus ocupantes, de modo a garantir odireito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) LEI Nº 15.720, DE 24 DE ABRIL DE 2013 CAPÍTULO III DO TÍTULO DE LEGITIMAÇÃO DE POSSE E DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE Art. 15. Após o registro do parcelamento de que trata o art. 14 desta lei, o Poder Público concederá título de legitimação de posse aos ocupantes cadastrados. § 1º O título de que trata o “caput” deste artigo será concedido preferencialmente em nome da mulher e registrado na matrícula do móvel. § 2º Não será concedido título de legitimação de posse aos ocupantes a serem relocados em razão da implementação do projeto de regularização fundiária de interesse social, devendo o Poder Público assegurar- lhes o direito à moradia. Art. 17. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal. Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) A Concessão de direito real de uso (CDRU) pode ser conceituada como um direito real tipificado pela legislação nacional, instrumentalizado por meio de um contrato; trata-se de um direito real resolúvel sobre coisa alheia, a qual pode ser bem público ou privado, onde o bem é destinado à utilização privativa, devendo sua utilização se enquadrar nas hipóteses específicas estabelecidas pela legislação. A expressão uso especial é empregada porque, consoante será tratado adiante, os usos para os quais a concessão de direito real de uso poderá ser destinada são legalmente especificados, restringindo as hipóteses de utilização deste instrumento. Ademais, por ser qualificado como direto real pelo Código Civil, a concessão de direito real de uso apresenta características próprias a este gênero jurídico: a tipicidade, a necessidade de registro no ofício de registro de imóveis e a possibilidade de ser oferecido em garantia em negócios jurídicos. Fonte – Enciclopédia Jurídica da PUCSP – Rosangela Luft Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Principais bases legais - CDRU Diferente da concessão de uso, que não possui uma regulamentação geral em lei nacional, sofrendo alterações em suas características em virtude do que disciplinam as leis dos entes federados, a CDRU é direito real e, deste modo, dotado de tipicidade e com condições e hipóteses de aplicação normatizadas em leis editadas pela União (art. 22, I, CF). A principal lei que disciplina a CDRU é o Decreto-Lei 271/1967, o qual dispõe, entre outros temas, “sobre concessão de uso e espaço aéreo”. O art. 1.225, XII do Código Civil, com redação dada pela Lei 11.481/2007, elenca a CDRU entre as espécies de direitos reais. E, ainda o Código Civil, no art. 1473, IX prevê que a CDRU pode ser objeto de hipoteca, sob a condição de que seja limitada ao prazo fixado para duração da concessão (art. 1473, § 2º, CC). A mesma Lei 11.481/2007 incluiu no art. 22, § 1º, III da Lei 9.514/1997, que o direito real de uso pode ser objeto de alienação fiduciária, limitada esta ao tempo de duração da concessão (art. 22, § 2º, Lei 9.514/1997). A Lei 6.015/1973 também foi alterada pela Lei 11.481/2007, prevendo-se a isenção de custas para “o primeiro registro de direito real constituído em favor de beneficiário de regularização fundiária de interesse social em áreas urbanas e em áreas rurais de agricultura familiar” (art. 290-A, I). Nesta mesma, lei consta que a CDRU é objeto de registro (art. 167, I, 40) e sua extinção é objeto de averbação (art. 167, II, 29). Semana de atualização em direito imobiliário (alterações da Lei 13465/2017) Lei 13.465 de 11 de julho de 2017 Dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana, sobre a liquidação de créditos concedidos aos assentados da reforma agrária e sobre a regularização fundiária no âmbito da Amazônia Legal; institui mecanismos para aprimorar a eficiência dos procedimentos de alienação de imóveis da União; altera as Leis nos 8.629, de 25 de fevereiro de 1993,13.001, de 20 de junho de 2014, 11.952, de 25 de junho de 2009, 13.340, de 28 de setembro de 2016, 8.666, de 21 de junho de 1993, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 12.512, de 14 de outubro de 2011, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), 11.977, de 7 de julho de 2009, 9.514, de 20 de novembro de 1997, 11.124, de 16 de junho de 2005, 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 10.257, de 10 de julho de 2001, 12.651, de 25 de maio de 2012, 13.240, de 30 de dezembro de 2015, 9.636, de 15 de maio de 1998,8.036, de 11 de maio de 1990, 13.139, de 26 de junho de 2015, 11.483, de 31 de maio de 2007, e a 12.712, de 30 de agosto de 2012, a Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, e os Decretos- Leis nos 2.398, de 21 de dezembro de 1987, 1.876, de 15 de julho de 1981, 9.760, de 5 de setembro de 1946, e 3.365, de 21 de junho de 1941; revoga dispositivos da Lei Complementar no 76, de 6 de julho de 1993, e da Lei no 13.347, de 10 de outubro de 2016; e dá outras providências. MINISTÉRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS URBANOS Regularização Fundiária Urbana Lei Federal 13.465/17 2017 • Fontes distintas: entre 40% e 70% da população urbana nas grandes cidades dos países em desenvolvimento vivem em imóveis informais. • Brasil: possui mais de 50% dos seus imóveis urbanos com alguma irregularidade fundiária. • Resultado: aproximadamente 100 milhões de pessoas moram em imóveis irregulares e estão privadas de algum tipo de equipamento urbano ou comunitário. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA - ESTATÍSTICAS NOVA POLÍTICA NACIONAL DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA •A primeira ação do Ministério das Cidades foi a criação, do Grupo de Trabalho "Rumos da Política Nacional de Regularização Fundiária", com a finalidade de: •Debater propostas de alteração da legislação federal existente sobre regularização fundiária; •Definir diretrizes e metas para a Política Nacional de Regularização Fundiária Lei Federal 13.465 de 11/07/2017 •desburocratiza, simplifica, agiliza e destrava os procedimentos da regularização fundiária urbana; •Amplia a possibilidades de acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda; • promove o resgate da cidadania, aquece o mercado imobiliário, com novos registros de imóveis e o crescimento econômico do Município. NOVO MARCO LEGAL • Partindo de um novo marco legal o Governo Federal constrói uma nova política de regularização fundiária urbana alicerçada na articulação interfederativa, na atuação em larga escala e na adoção desta ação como base das políticas de habitação e infraestrutura do país. NOVA POLÍTICA NACIONAL • Desenvolvimento de novas ferramentas para auxilio aos municípios; • Capacitação dos atores responsáveis pela política de regularização; • Apoio técnico, jurídico e administrativo a Estados e Municípios; • Repasse de recursos; • Trabalho conjunto com a SNH e SNSA para melhorias habitacionais e implantação de infraestrutura nos núcleos urbanos regularizados; • Formação de parcerias e acordos de cooperação técnica, • Ações conjuntas MCidades, INCRA , SPU e SERFAL. NOVA POLÍTICA NACIONAL: PROPOSTAS • Reurb-S Reurb-E • Gratuidade do Registro • Ato Único de Registro • Legitimação Fundiária • Legitimação de Posse • Direito Real de Laje • Condomíniode Lotes • Condomínio Urbano Simples • Loteamentos /Acesso Controlado • Arrecadação de Imóveis NOVA LEGISLAÇÃO – LEI Nº 13.465/17 REURB: conceito / instrumentos • Amplia-se o alcance da Regularização ao se considerar todos os núcleos informais com usos e características urbanas, ainda que situados em zonas rurais; • Diversos núcleos, vilas e povoados estão fora do perímetro urbano ou de expansão urbana; • A nova lei permite que milhares Amazônia Legal, de domicílios, possam serprincipalmente os da regularizados. Regularização Fundiária Urbana REURB: CONCEITO Altera-se o conceito de assentamento irregular para núcleo urbano informal, contemplando os núcleos clandestinos, irregulares ou aqueles nos quais, atendendo à legislação vigente à época da implantação ou regularização, não foi possível realizar a titulação de seus ocupantes, sob a forma de parcelamentos do solo, de conjuntos habitacionais ou condomínios, horizontais, verticais ou mistos. NÚCLEO URBANO INFORMAL a classificação a competência para determinar da Reurb dando ao a Simplifica Município modalidade de regularização, se de Interesse Reurb-S ou de Interesse EspecíficoSocial - Reurb-E. REURB-S . REURB-E . CONCEITO • São isentos de custas e emolumentos os atos registrais relacionados à Reurb-S; • Os cartórios que não cumprirem a gratuidade, que retardarem ou não efetuarem o registro de acordo com as normas previstas nesta Lei ficarão sujeitos às sanções previstas no art. 44 da Lei nº 11.977/2009, sem prejuízo da extinção da delegação, observado o disposto no art. 30, §§ 3º-A e 3º-B da Lei nº 6.015/ 73. GRATUIDADE DO REGISTRO – REURB-S • registro da CRF e do projeto de regularização fundiária , com abertura de matrícula individualizada para cada unidade imobiliária regularizada; • primeiro registro da legitimação fundiária; • primeiro registro do título de legitimação de posse e sua conversão em título de propriedade; • o primeiro registro do direito real de laje; e • o primeiro registro da aquisição do direito real aos beneficiários, através de outros instrumentos previstos. GRATUIDADE DO REGISTRO – REURB-S • Devem os Estados criar e regulamentar fundos específicos destinados à compensação, total ou parcial, dos custos referentes aos atos registrais da Reurb-S; • Fica habilitado o FNHIS a destinar recursos para a compensação, total ou parcial, dos custos referentes aos atos registrais; • O fundo viabiliza a gratuidade na Reurb-S para os beneficiários e Municípios. FUNDO DE COMPENSAÇÃO – REURB- S • Instrumento criado pela nova legislação, que a critério do ente público possibilita a aquisição de direito de propriedade, àquele que detiver área pública ou possuir área privada, integrante de núcleo urbano informal existentes até 22 de dezembro de 2016. • Por ser ato único de registro e aquisição originária, a unidade imobiliária restará livre e desembaraçada de quaisquer ônus, direitos reais, gravames, não incidindo tributos de transferência como o ITBI e ITCMD. LEGITIMAÇÃO FUNDIÁRIA ampliam as• As alterações no instrumento já existente possibilidades de conversão de propriedade para além dos limites trazidos pela usucapião urbana (250m² e 05 anos de posse – imóvel residencial). •Imóveis residenciais ou não, com áreas superiores à 250m², deverão seguir os requisitos das demais modalidades da usucapião, não estando mais excluídos da legitimação de posse; •Simplifica o procedimento existente, retirando a obrigação prévia da demarcação urbanística. •Em suma: permitiu-se o reconhecimento administrativo da usucapião. LEGITIMAÇÃO DE POSSE • Registro único da CRF com o projeto de regularização fundiária e da constituição do direito real aos beneficiários; • Maior eficiência e economicidade no ato de registro, pois dispensa a necessidade de título individual para cada beneficiário da Reurb. ATO ÚNICO DE REGISTRO • Viabiliza a titulação de duas famílias residentes em unidades habitacionais sobrepostas, no mesmo lote, de forma que cada uma tenha sua matricula; • Possibilita que os moradores destas unidades unifamiliares possam alienar autonomamente seus imóveis, além de criar uma nova mercadoria, no mercado imobiliário, que é “a laje”, passível de alienação. DIREITO REAL DE LAJE • Regulamenta o artigo 1.276 do Código Civil, que trata do abandono de imóvel urbano. • O Município poderá arrecadar e transferir para seu patrimônio os imóveis urbanos privados abandonados quando o proprietário, cessados os atos de posse sobre o imóvel, não adimplir os ônus fiscais, por 05 anos. • O instrumento permite que o Município dê uma destinação para aqueles prédios abandonados e terrenos baldios que, muitas vezes, causam problemas de saúde e segurança pública. ARRECADAÇÃO DE IMÓVEIS • Altera a Lei nº 10.406/2002 – “Código Civil” • Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes designadas de lotes, que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos. • Acrescenta § 7º ao Art. 2º da Lei 6.766/79 • § 7º O lote poderá ser constituído sob a forma de imóvel autônomo ou de unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes. CONDOMÍNIO DE LOTES Quando um mesmo imóvel contiver construções de casas, poderá ser instituído o Condomínio Urbano Simples, respeitados os parâmetros urbanísticos locais, e serão discriminadas, na matrícula, a parte do terreno ocupada pelas edificações, as de utilização exclusiva e as áreas que constituem passagem para as vias públicas ou para as unidades entre si. CONDOMÍNIO URBANO SIMPLES • Acrescenta § 8º ao Art. 2º da Lei 6.766/79 • § 8º Constitui Loteamento de Acesso Controlado a modalidade de loteamento, definida nos termos do § 1º deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do Poder Público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados.” LOTEAMENTO DE ACESSO CONTROLADO • classificar as modalidades da Reurb (S ou E) • processar, analisar, aprovar os projetos de regularização fundiária e encaminha-los ao registro; • notificar os proprietários, loteadores, incorporadores, confinantes e terceiros eventualmente interessados, para, querendo, apresentar impugnação no prazo de 30 dias, contados da data de recebimento da notificação. COMPETE AOS MUNICÍPIOS • requerimento dos legitimados; • elaboração do projeto de regularização fundiária; • processamento administrativo do requerimento, classificação da modalidade e notificações; • análise e saneamento do processo administrativo; • aprovação do projeto de regularização; • expedição da Certidão de Regularização Fundiária - CRF; • registro da CRF e projeto aprovado com abertura de matrículas individualizadas. FASES DA REURB • levantamento planialtimétrico cadastral com georreferenciamento; • planta do perímetro com demonstração das matrículas ou transcrições atingidas, quando possível; • projeto urbanístico de regularização e memoriais técnicos; • estudo técnico para situação de risco, quando for o caso; • estudo técnico ambiental, quando for o caso; • cronograma físico de obras e serviços de implantação da infraestrutura essencial e compensações urbanísticas e ambientais, • termo de compromisso assinado pelos responsáveis, públicos ou privados, pelo cumprimento do cronograma físico. PROJETO DE REGULARIZAÇÃO INFRAESTRUTURA ESSENCIAL sistema de abastecimento de água potável, coletivo ou individual; sistema de coleta e tratamentodo esgotamento sanitário, coletivo ou individual; rede de distribuição de energia elétrica domiciliar; sistema de drenagem, quando necessário • outros equipamentos a serem definidos pelos Municípios em função das necessidades locais e características regionais. Documento expedido pelo Município quando da aprovação da Reurb, constituído de: •projeto de regularização fundiária aprovado •cronograma físico de implantação da infraestrutura essencial e compensações urbanísticas e ambientais; •termo de compromisso relativo a execução do cronograma; •no caso de Legitimação Fundiária e da Legitimação de Posse, a listagem dos ocupantes do núcleo urbano com a devida qualificação e os direitos reais que lhes foram conferidos. CERTIDÃO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA - CRF CÂMARA DE PREVENÇÃOE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS •Os Municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, no âmbito da administração local, com competência para dirimir conflitos relacionados à Reurb , mediante solução consensual; •O modo de composição e funcionamento das câmaras será estabelecido em ato do Poder Executivo Municipal. Ficam a União, as suas autarquias e fundações autorizadas a transferir aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal as áreas públicas federais ocupadas por núcleos urbanos informais, para que estes promovam a Reurb nos termos desta Lei, observado o regulamento quando se tratar de imóveis de titularidade de fundos. REURB EM ÁREAS PÚBLICAS FEDERAIS ALIENAÇÃO DE BEM PÚBLICO NA REURB Uma alteração que causa grande impacto é a previsão expressa da dispensa de desafetação, da autorização legislativa, da avaliação prévia e de licitação para alienação de unidades imobiliárias provenientes da Reurb executada sobre área pública. ALIENAÇÃO DE IMÓVEL PÚBLICO NA REURB Alienação de unidade imobiliária pela administração pública diretamente aos seus ocupantes, dispensados os procedimentos exigidos pela Lei 8.666/93; Na Reurb–S a aquisição de direitos reais pelo particular poderá ser feita de forma gratuita, a critério do ente público titular do domínio, Na Reurb-E, a aquisição de direitos reais pelo particular ficará condicionada ao pagamento do justo valor da unidade imobiliária, a ser MINISTÉRIO DAS CIDADES SECRETARIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS URBANOS Fone: (61) 2108.1347 Cel: (61) 99289.6440 email: silvio.figueiredo@cidades.gov.br Silvio Figueiredo Diretor
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