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APOSTILA SINTESES PARA CONCURSEIROS

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Concurseiros de Serviço Social 
 
OS CONCURSEIROS DE 
 
SERVIÇO SOCIAL 
 
APRESENTAM: SÍNTESE DOS 
 
7 CONTEÚDOS MAIS 
 
COBRADOS NOS CONCURSOS 
 
DE SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Carta ao Leitor 
 
 
Prezado Concurseiro de Serviço Social, é um prazer trabalhar para 
você. Esse material foi elaborado visando auxiliar você em sua 
aprovação, no concurso que sempre sonhou. 
 
Nós Concurseiros de Serviço Social sabemos que passar em um 
concurso público é algo difícil, que exige dedicação, abdicação de muitas 
coisas, e nessa caminhada muitas vezes não encontramos força. Muitas 
vezes pensamos em desistir diante de tantas dificuldades, mas não 
desanime você vai conseguir! 
 
Concurseiros 5 das sínteses colocada nessa apostila foram 
publicadas no Blog Concurseiros de Serviço Social! 
 
Concurseiro pedimos que não reproduza esse material a terceiros 
sem autorização da equipe Concurseiros de Serviço Social, afinal esse 
material custou seu dinheiro e horas de trabalho da equipe. Valorize seu 
material, estude ele a fundo de forma a não perder nenhum detalhe. 
 
Fique sempre atento a novas novidades de matérias que os 
Concurseiros de Serviço Social produzem e não esqueça de acompanhar 
sempre o blog, pois ele traz materiais gratuitos que o ajudarão no 
aprimoramento de seu conhecimento Não se esqueça essa aprovação já é 
sua. Bons Estudos! 
 
Esse material é protegido com direitos autorais pela Lei 9.610 de 19 de 
 
Fevereiro de 1988, portanto nenhuma reprodução desse material sem a 
 
devida autorização do grupo Concurseiros de Serviço Social é permitida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
SUMÁRIO 
 
1- SERVIÇO SOCIAL E INTERDISCIPLINARIEDADE 
2- DESENVOLVIMENTO DA PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL 
3- PRINCÍPIOS DA SEGUIDADE SOCIAL 
4- O MODELO DE PROTEÇÃO SOCIA NO BRASIL 
5- INSTRUMENTALIDADE NO SERVIÇO SOCIAL 
6- SUAS 
7- PNAES 
8- A REDESCOBERTA DA FAMÍLIA 
9- Fundamentos da Política Social 
10-Esquema Sobre Questão Social 
11-Esquema sobre a Trajetória Histórica da Seguridade Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO: 
 
1-SERVIÇO SOCIAL E INTERDISCIPLINARIEDADE 
 
2- DESENVOLVIMENTO DA PROTEÇÃO SOCIAL NO 
BRASIL 
 
3- PRINCÍPIOS DA SEGUIDADE SOCIAL 
 
4- O MODELO DE PROTEÇÃO SOCIA NO BRASIL 
 
5- INSTRUMENTALIDADE NO SERVIÇO SOCIAL 
 
6- SUAS 
 
7- PNAES 
8- A REDESCOBERTA DA FAMÍLIA 
9- FUNDAMENTOS DA POLÍTICA SOCIAL 
10-ESQUEMA SOBRE QUESTÃO SOCIAL 
11-ESQUEMA SOBRE A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA 
SEGURIDADE SOCIAL 
12- 100 QUESTÕES PARA REVISÃO 
 
Concurseiros de Serviço Social 
 
 
 
SERVIÇO SOCIAL E INTERDISCIPLINARIEDADE 
 
 
 
 
 
A interdisciplinaridade se manifesta na profissão por meio da 
interlocução com outras fontes de conhecimento, como a psicologia, 
a sociologia e o direito e em ações práticas. 
 
No que diz respeito à prática profissional interdisciplinar, 
observa-se que no início das intervenções do serviço social esse 
profissional era percebido como auxiliar das demais profissões, ou 
com uma condição subalterna. 
 
IAMAMOTO & CARVALHO (1996) demonstram que os 
primeiros profissionais que empreenderam ações conjuntas a outras 
profissões ainda não tinham o reconhecimento profissional de que 
hoje partilhamos. 
 
ELY (2003) destaca que o serviço social vivenciou a busca de 
saberes junto a outras ciências, somente a partir da década de 
1960 através das primeiras aproximações em relação à 
interdisciplinaridade. 
 
Momento históricos do Serviço Social com a 
Interdisciplinaridade 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
1. Na década de 1970, essa interlocução se ampliou, e na 
década de 1980 foi objeto de muito debate em eventos, 
congressos e similares, apesar da pouca produção teórica 
sobre o tema no Brasil. 
 
2. Na década de 1990, a produção sobre 
interdisciplinariedade é ampliada consideravelmente, porém 
se dedica a relatar experiências profissionais, sem muita 
reflexão teórica. 
 
Indícios para uma atuação interdisciplinar em Serviço Social: 
 
IAMAMOTO (2001) afirma que nossa profissão está 
submetida a diversas condições laborais que afetam os demais 
trabalhadores. E, nesse sentido, dentre as diversas exigências 
impostas ao profissional destaca-se a necessidade de uma 
formação crítica competente. 
 
A competência é a possibilidade que o profissional adquire 
para decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas 
e inovadoras. Essas propostas devem orientar os assistentes 
 
sociais no sentido de se apropriar da “Questão Social” e nela 
intervir, visando assim a superação dos problemas sociais e a 
procura da garantia de direitos. 
 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Para atender a demanda da competência profissional e a 
construção de novas propostas, é fundamental estar aberto a outros 
conhecimentos, outras experiências, que vão além dos muros do 
serviço social, por isso o profissional deve buscar um conhecimento 
com diversas áreas para ampliar seu campo teórico, entretanto 
essa busca por conhecimento não deve ser uma forma de "tomar" 
para si o que é competências de outras profissões. 
 
Reflexões de IAMAMOTO sobre o diálogo Profissional : 
 
IAMAMOTO (2001) não declara que se trata de uma 
necessidade de um trabalho interdisciplinar, mas sinaliza para a 
necessidade dos assistentes sociais irem além da sua área de 
saber e de intervenção. 
 
Para a autora, o fato da profissão estar aberta ao diálogo com 
outros profissionais, com outros saberes, traz ainda mais 
competência profissional, posto que romper com uma visão focalista 
dá muita clareza sobre as atribuições profissionais, as 
características das profissões e saberes com os quais os 
assistentes sociais se relacionam e ainda sobre suas próprias 
atribuições, suas teorias, o nosso saber. Ou seja ao ampliar o 
horizonte de conhecimento o assistente social torna-se mais 
conhecedor de sua categoria profissional, competências, limitações, 
necessidades etc. 
 
 
 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Relacionar-se com o outro pressupõe, fundamentalmente, 
conhecimento, ou seja para que o assistente social possa trabalhar 
tanto em equipe com outros profissionais e com a sociedade, o 
mesmo deve conhecer, somente com o conhecimento essa 
interlocução é possível. 
 
Analise contemporânea do Serviço Social e a 
Interdisciplinaridade: 
 
Os produtos, ou os resultados pretendidos, não dependem 
apenas da vontade individual de cada trabalhador. Nesse processo, 
é importante considerar que há outros fatores que influenciam além 
dos interesses comuns, mas é necessário que consideremos ainda 
as finalidades a serem alcançadas pelas empresas contratadoras, 
quer sejam públicas ou privadas, além das mudanças processadas 
no mercado de trabalho e que estarão, por sua vez, relacionadas 
aos fenômenos mais globais de organização econômica e política 
que afetam toda a sociedade. (IAMAMOTO, 2001). 
 
A apropriação de outros saberes por parte do Serviço Social: 
 
Para On (1995) o serviço social sempre se baseia emconhecimentos de outras disciplinas, tais como a sociologia, a 
política, a economia, a psicologia e a filosofia, por exemplo. 
 
 
 
 
A recorrência a essas formas de conhecimento oferecem as 
 
bases necessárias para que, por meio da articulação entre elas, 
seja possível uma construção coletiva de conhecimentos no interior 
do serviço social. Ou seja reportar-se a esses conhecimentos 
possibilita a apropriação, por parte do serviço social de inúmeras 
área do conhecimento. 
 O assistente social ao ter uma postura interdisciplinar deve 
dirigir-se ao “espaço da diferença” para compreendê-la. Essa 
atitude interdisciplinar leva a compreender que nenhuma profissão é 
absoluta, e a possibilidade de transpor as barreiras entre as 
disciplinas, os saberes e as profissões é viabilizada tanto por meio 
da pesquisa quanto por meio de práticas profissionais. 
 
 
 
 
 
As equipe e as ações multi, pluri, trans e interdisciplinares : 
 
A multidisciplinaridade se efetiva quando vivenciamos um 
trabalho em que há diversas áreas profissionais envolvidas. A 
intervenção acontece de forma isolada, ou seja, não há colaboração 
ou cooperação entre as diversas áreas, apesar de apesar de 
possuírem um objeto de intervenção em comum. 
 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
 
 
Já a pluridisciplinaridade, ELY (2003), destaca que são ações 
em que se observa a justaposição dos saberes provenientes das 
áreas envolvidas em prol de um objeto comum. Nessa modalidade 
observa-se também, uma cooperação mínima, basal entre os 
profissionais envolvidos, cada profissional delibera sozinho sobre as 
decisões a serem tomadas, ou seja, não há partilha das decisões 
frente às situações apresentadas. 
 
 
 
A interdisciplinaridade é uma forma de intervenção na qual as 
várias especialidades colaboram para a ação junto ao objeto que é 
comum. Nesse caso, há trocas entre os profissionais envolvidos no 
processo, porém, uma especialidade é responsável por coordenar o 
processo de intervenção. 
 
ELY (2003) diz que a interdisciplinaridade precisa ser 
compreendida como uma intervenção em que as relações 
profissionais e de poder são horizontais, ou seja, estão situadas em 
um mesmo plano onde plano, onde todos possuem condições de 
deliberar sobre as decisões a serem tomadas, dentre outros 
aspectos. 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Nessa prática, as ações são comuns, dentro da especificidade 
de cada saber, mas nesse caso são partilhadas e evidenciadas uma 
troca sistemática dos conteúdos entre os profissionais. 
 
A transdisciplinaridade seria para a autora uma forma de 
organização das atividades em que observamos a coordenação de 
todas as especializações envolvidas no processo da tomada de 
decisões e de desempenho das ações. 
 
A transdisciplinaridade resultaria, assim, na criação de um 
campo comum de troca de experiências e difusão dos saberes, 
respeitando-se no entanto a autonomia teórica, disciplinar e 
operativa de cada especialista envolvido na intervenção. 
 
A prática interdisciplinar do Serviço Social demanda que 
esses profissionais desenvolvam um nível avançado de cooperação 
e coordenação, no qual se efetive a valorização e o respeito de 
cada conhecimento da área do saber do saber. 
 
Essa valorização traz a constituição de um diálogo entre os 
conhecimentos e entre os profissionais que integram as equipes 
profissionais, respeitando-se a autonomia de cada profissional. 
 
 
Serviço Social, mediação e a interdisciplinaridade: 
 
 
 
 
 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
O Serviço Social compartilha de um trabalho coletivo que visa 
a humanização do atendimento. 
 
Por ser uma profissão histórica e socialmente determinada, 
que atua nas variadas expressões da questão social, tendo como 
um dos seus princípios a ampliação e consolidação da cidadania, 
através desse trabalho, o Serviço Social busca uma abordagem ao 
usuário como cidadão e sujeito de direito e integrante de diferentes 
segmentos. 
 
Competências profissionais x capitalismo e 
 
interdisciplinaridade : 
 
 
 
 
As práticas profissionais são legitimadas através da eficiência 
e eficácia de suas atuações em instituições públicas e/ou privadas, 
em que há uma relação estreita entre a propriedade do saber e 
poder. 
 
Na medida em que define sua especificidade, cada profissão 
se diferencia com teorias e práticas para garantir suas verdades e 
seus espaços de atuação. 
 
Com isso, nas sociedades capitalistas, o que se observa é 
que o campo da profissionalização dos saberes é marcado também 
por hierarquizações, o que resulta numa forte competição entre 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
profissionais de uma mesma área e ou diferentes de uma mesma 
 
área e ou diferentes. 
 
Constantemente invocado e levado a efeito nos domínios 
mais variados da pesquisa, do ensino e das realizações técnicas, o 
fenômeno interdisciplinar está distante de ser evidente. Por ganhar 
considerável expressão, merece ser elucidado tanto na perspectiva 
conceitual, quanto no campo investigativo, de modo a 
operacionalizá-lo. 
 
Constantemente invocado e levado a efeito nos domínios 
mais variados da pesquisa, do ensino e das realizações técnicas, o 
fenômeno interdisciplinar está distante de ser evidente. Por ganhar 
considerável expressão, merece ser elucidado tanto na perspectiva 
conceitual, quanto no campo investigativo, de modo a 
operacionalizá-lo. 
 
Reivindicações profissionais do Serviço Social e 
 
interdisciplinaridade: 
 
 
 
 
Neste contexto, é compreensível a necessidade de rigor e 
detalhamento para efetivação interdisciplinar com cuidado para 
escapar a modismos e ou à vulgarização de sua utilização 
(RODRIGUES, 2000). 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
A interdisciplinaridade no Serviço Social está diretamente 
relacionada com a atuação da profissão (suas atribuições, 
responsabilidade e métodos de trabalho) no âmbito institucional. 
 
Trocas de saberes em Serviço Social: 
 
No que se refere às práticas de intervenção social, faz-se 
necessário uma postura interdisciplinar. 
 
A ação social, seja ela comunitária, institucional ou 
governamental, interfere, quase sempre, nas condições materiais 
de vida da população na cidade. 
 
A intervenção social, fruto de uma concepção e práxis 
interdisciplinar, rompe o reducionismo ativista da ciência, já que vê 
a produção do conhecimento como um espaço de complementação 
entre áreas, saberes empíricos e científicos. 
 
O trânsito entre saberes no Serviço Social: 
 
(RODRIGUES 1998) afirma que “a interdisciplinaridade, 
favorecendo o alargamento e a flexibilização no âmbito do 
conhecimento, pode significar uma instigante disposição para os 
horizontes do saber (...). Portanto a interdisciplinaridade, coloca-se 
inicialmente, como postura profissional que permite se pôr a transitar o 
‘espaço da diferença’ com sentido de busca, de desenvolvimento da 
pluralidade 
 
 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
de desenvolvimento da pluralidade de ângulos que um determinado 
objeto investigado é capaz de proporcionar, que uma determinada 
realidade é capaz de gerar, que diferentes formas de abordar o real 
podem trazer”. 
 
Postura profissional, Serviço Sociale Interdisciplinaridade: 
 
Em relação as especificidades das profissões e as 
especialidades das áreas, a interdisciplinaridade extrai o novo e 
diferente dos conhecimentos elaborados sobre o objeto de uma 
referida prática possibilitando o pluralismo de contribuições visando 
um entendimento profundo deste objeto e prática, visto que é 
assimilada como “postura profissional”. 
 
As contribuições da interdisciplinaridade para o Serviço Social: 
 
O Serviço Social está ligado a outras áreas e, isto é, 
importantíssimo para seu desenvolvimento, pois o isolamento seria 
prejudicial para a abrangência de sua prática social. Pode-se dizer 
que a interdisciplinaridade o desenvolve, flexiona-o e viabiliza a 
interação com o diferente. 
 
Ela possibilita o rompimento dos vícios e preconceitos 
existentes na profissão. Ensina também a pensar e ver diferentes 
metodologias. 
 
 
 
 
 
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As influências e contribuições do Serviço Social para as 
 
atuações interdisciplinares: 
 
O Assistente Social tem em seu trabalho influência de vários 
determinantes como o econômico, cultural, político, geográfico, 
além da sociedade civil e do Estado, que exigem do profissional um 
conhecimento detalhado da realidade na qual está inserido. 
 
Isto exige dos assistentes sociais uma intervenção prática que 
tem como requisito posse de informações e análise conjuntural 
interdisciplinares que funcione como um pêndulo, que ele seja 
capaz de ir e vir. 
 
E encontrar no trabalho com outros agentes, elementos para 
a (re)discussão do seu lugar e encontrar nas discussões 
atualizadas pertinentes ao seu âmbito interventivo, os conteúdos 
possíveis de uma atuação interdisciplinar uma atuação 
interdisciplinar. (MELO E ALMEIDA, 1999). 
 
O projeto ético-político profissional e a interdiciplinaridade: 
 
 As ações em parceria devem funcionar como fertilizantes para 
 
a produção de conhecimento no processo de ir e vir das relações e 
 
demandas profissionais. 
 
 
 
 
 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
 Devem trazer para a intervenção profissional a possibilidade 
 
do pluralismo e da equidade, princípios fundamentais da profissão 
 
de Serviço Social. 
 
Autonomia profissional e interdisciplinaridade: 
 
O projeto interdisciplinar não é produzido através de receita 
de sucesso, mas, através de condicionantes entre os profissionais. 
 
É por isso, que a interdisciplinaridade encontra limites no 
cotidiano de nossa história de vida e profissional. 
 
A autonomia profissional é assegurada através de uma função 
técnica e política, que impõe ao profissional um saber fazer bem, ou 
seja, o domínio de seu conteúdo teórico, a clareza de seus objetivos 
e os da instituição em que trabalha. 
 
Uma reflexão crítica constante é exigida sobre seu próprio 
atuar, como também sobre a realidade social. 
 
Falar sobre interdisciplinaridade é um desafio, pois não se 
pode deixar de evidenciar que é uma questão central do trabalho 
profissional do serviço social contemporâneo. 
 
O que é urgente no campo das Ciências Humanas, é abrir o 
conhecimento específico que trata cada área do saber para o 
diálogo interdisciplinar, numa busca de excelência transdisciplinar. 
 
 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Na atualidade, os profissionais terão uma demanda cada vez 
maior no campo das ciências especializadas, como é o caso do 
assistente social que possui uma bagagem teórica e metodológica 
apta a realizar pontes de reflexão com as demais áreas, sobre seu 
objeto de trabalho, a partir dos aspectos econômicos, políticos, 
sociais e culturais. 
 
Serviço Social, capital x Estado e a interdisciplinaridade: 
 
O tema da interdisciplinaridade vem sendo debatido na 
literatura recente do Serviço Social brasileiro, tendo em vista que o 
desenvolvimento de seu trabalho na divisão sócio técnica do 
trabalho, que determinou sua gênese de forma gradativa mercado, 
enquanto estratégia hegemônica entre capital e Estado. 
 
A profissão vem conquistando espaços, sistematizando 
técnicas e saberes, mostrando sua eficácia e se legitimando como 
profissão através de técnicas de intervenção de forma 
multidisciplinar, numa busca de trabalho interdisciplinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
Realidade territorial, Serviço Social e as ações 
 
interdisciplinares: 
 
As especificidades da Região apresentam desafios complexos 
e demandas particulares ao exercício profissional, representando 
um campo aberto de possibilidades para a práxis profissional. 
 
Para tanto, o profissional deve estar munido de arsenal 
teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político para 
desvelar alternativas para o seu enfrentamento no cotidiano do seu 
enfrentamento no cotidiano do seu trabalho. 
 
A ideia é que os profissionais colaborem na produção de 
novos conhecimentos e com subsídios qualificados para as 
discussões sobre as desigualdades sociais e a questão do 
 
“trabalho”. 
 
Propõe-se que os profissionais se dediquem para propiciar a 
legitimação e ampliação da atuação desse profissional na busca de 
uma atitude interdisciplinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAS 
E DA PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL 
 
 
 
A proteção e as políticas públicas percorreram uma longa 
trajetória histórica no Brasil, para se chegar ao modelo hoje 
predominante, elas passaram por momentos de conquistas no 
campo democrático com a constituição federal de 1988 e por 
desmonte influenciados pela política neoliberal que traz para a 
proteção social a retração do Estado no provimento de políticas 
públicas efetivas e incentiva a entrada da sociedade civil, do 
empresariado no terceiro setor, das ONG etc. ou seja o que antes 
era atribuição do Estado e era tratado como Direito passa agora a 
ser tratado como benesse na forma de conceder direitos, como 
benefício, na forma de filantropia. 
 
Segundo Escorel (1993) no Brasil existe uma sociedade 
dual, onde as condições de vida da classe abastada é muito melhor 
que as da classe marginalizada, para a autora na sociedade 
brasileira existem tipos pessoas que possuem direitos e outras 
pessoas as quais seus direitos foram excluídos, ou seja um claro 
processo de exclusão social de uns e integração social para outros.
Concurseiros de Serviço Social 
 
Para Escorel ( 1993) As políticas sociais e a proteção social 
são disponibilizadas de acordo com nível de cidadania, onde essa 
cidadania é de acordo com o nível econômico das pessoas. Na 
sociedade a autora destaca que as pessoas podem ser 
classificadas em quatro tipos: 
1. Os não cidadãos ( que são pessoas miseráveis e que passam 
necessidades , sofrem processo de exclusão social e a eles é 
destinado apenas a violência e discriminação), 
2. Os que possuem cidadania invertida ( são os pobres e não 
produzem mais constituem o exército industrial de reserva, o que é 
importante para o capitalismo, a esses é destinado a assistência 
social como forma de caridade) 
3. Os que possuem cidadania regulada (destinada aos trabalhadores e 
as classes médias, pois participam do processo produtivo e 
possuem poder pressão no meio político, a esses é destinado 
alguns privilégios dentro do grupo de qualfazem partes) ;e 
4. Os cidadãos plenos (destinado a classe abastada, pois tem direitos 
a cidadania universal, justiça e direitos iguais). 
 
Escorel (1993) se baseia nos estudos de Fleury (1991) que 
fala que no Brasil a proteção social se divide em : assistência social 
( que tem referencial teórico com o liberalismo mas se iniciou com 
as poor laws), seguro social ( que tem referencial teórico na 
industrialização mas tem início com a legislação implementada por 
 
 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Bismark), seguridade social ( tem seus princípios na justiça e 
igualdade de direitos e começou com o plano Beveridge). 
 
Segundo Escorel (1993) e Sonia Draibe ( 1998) o Estado de 
Bem Estar social brasileiro pode ser considerado meritiocrático 
particularista pois nele os beneficiados são quem menos precisa, e 
esse WellFare State brasileiro teve em sua formação um caráter 
autoritário, conservador, baseado na ideia de cidadania regulada, 
um financiamento regressivo e anti-distributivo, atrelado a um 
passado de proteção social paternalista , clientelista entre outros. 
 
Fontinele (2010) também traça uma trajetória das políticas 
sociais no Brasil, com o intuito de mostrar que o controle da 
pobreza é feito através da assistência social e do trabalho. As 
políticas sócias do Brasil na forma de intervenção direta, de acordo 
com a autora, tiveram três momentos: na revolução de 1930 até 
1964, na ditadura militar de 1964-1985, e a partir da nova república 
com a constituição federal de 1988 até meados da década de 1990. 
 
Fontinele (2010) fala de ganhos significativos para a 
evolução das políticas sociais no Brasil, como: 1907 o direito de 
sindicalizar,1917 uma criação de uma Comissão de Legislação 
Social dos Deputados, de 1919 a 1923 há a criação da Caps, que 
veio como forma de criticar o liberalismo e também era uma forma 
mais abrangente de providencia social. 
Email: concurseirosdeservicosocial@gmail.com 
Concurseiros de Serviço Social 
 
Com a revolução de 30 segundo Fontinele (2010) o país se 
modifica economicamente principalmente com o governo de Vargas 
que propiciou uma maior engenharia institucional e um processo 
acumulativo, isso trouxe uma modificação na ordem social 
brasileira, com a criação do ministério do trabalho, indústria e 
comercio em 1931, a criação do salário mínimo, entre outros. Na 
assistência da década de 30 atuavam o Estado, igreja e 
empresariado na execução das políticas de assistência social e 
essas tinham um caráter: corporativistas, reguladoras, focalizadas. 
 
Os anos de 1945-1964 são considerados regimes 
democráticos, mas neles as políticas sociais não sofrem muitas 
modificações, algumas das características dessa época foram: uma 
redemocratização após o fim do Estado Novo, um crescimento 
acelerado em alguns setores como transporte e houve também uma 
alteração na LOPS ( lei de orgânica de Previdência social). 
 
A ditadura militar que ocorreu no período de (1964-1984) é 
considerado como um período que houve a necessidade de parar 
com os movimentos populares e restabelecer assim uma 
reestruturação conservadora, houve ai uma privatização da 
proteção social, uma centralização tecno-burocrática, sem 
participação política, houve uma reestruturação previdenciária com 
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ideias universalizantes, mas sem aparato para botar em prática 
esses direitos universais, entre outros. 
 
Segundo Fontinele (2010) A constituição federal de 1988 
significou um avanço referente ao período anterior, os direitos 
sociais nela vieram com caráter universalizantes e com 
afrouxamento contributivo. A proteção social ficou a cargo da União, 
Estado e município, eles têm o objetivo de erradicar a pobreza, a 
marginalização e reduzir as desigualdades sociais. De 1990-2000 o 
caráter liberal-privatizante entrou com força no Brasil e os direitos 
garantidos a CF/88 começaram a ser negados e a seguridade social 
passa por um desmonte. 
 
Segundo Mota (2004) as lutas sócias do trabalho ao logo da 
história propiciaram avanço e direitos no campo social, a autora 
destaca que as políticas de seguridades sócias ampliaram se a 
partir da segunda guerra mundial, para a autora as políticas de 
proteção social são baseadas em valores da sociedade salarial. No 
Brasil na década de 80 com a CF-88 foram passos para uma 
cidadania mais ampla em direito, embora a universalização tenha 
se dado mais teoricamente do que efetivamente, mas é inegável 
que esses direitos significaram um avanço social. 
 
Portanto os diversos autores destacam que os períodos de 
crises econômicas que foram vividos no mundo influenciaram
diretamente o Brasil a crescer economicamente, os períodos de 
tensão no país que vão desde o Estado Novo em 1937, a 
implantação da ditadura militar (1964-1984), levaram a conquistas e 
até mesmo a mobilização social por melhorias no que tange a 
proteção social. A proteção social e as políticas sociais passaram 
por momento de ganhos com a CF-88, com o salário mínimo na era 
Vargas, com a criação de Caps em 1923, entre outros, que 
influenciaram a conjuntura das políticas sociais hoje presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
A seguridade social de acordo com a Lei 8212 rege-se pelos 
 
seguintes princípios: 
 
a) universalidade da cobertura e do atendimento; 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e 
serviços; 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; 
e) equidade na forma de participação no custeio; 
f) diversidade da base de financiamento; 
g) caráter democrático e descentralizado da gestão 
administrativa com a participação da comunidade, em 
especial de trabalhadores, empresários e aposentados. 
Cada um desses princípios tem uma interpretação, perante a lei e 
são eles: 
 
1- O princípio da universalidade da cobertura e do atendimento, diz 
respeitos que todos os que estão no Brasil- sendo esses brasileiros 
ou estrangeiros, tem o direito de ser protegido contra os riscos 
sociais e que portanto sendo vítimas desses riscos devem ser 
protegidos e atendidos. Ex: SUS 
 
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2- O princípio da Uniformidade e Equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais diz respeito a não 
permissão para existir diferenciação de benefícios destinados a 
população urbanas e rurais, ou seja iguala perante as leis os 
cidadãos urbanos e rurais. 
 
3- O princípio da Seletividade e Distributividade na prestação de 
benefícios e Serviços, “defende” que os benefícios e serviços sejam 
cedidos de acordo com a necessidade, ou seja de quem mais está 
precisando, então a seguridade social deve apontar os requisitos 
para a concessão de benefícios e serviços. 
 
4- O princípio da Irredutibilidade dos Benefícios significa que o valor 
dos benefícios cedidos pela seguridade social não podem ter seus 
valores nominais reduzidos, tendo os mesmos o direito de terem 
seus benefícios corrigidos anualmente, para que os mesmo tenham 
seu valor aquisitivo mantido e sem perdas. 
 
5- O princípio da Equidade na Forma de Participação do Custeio 
resume-se da seguinte maneira, “cada umcontribui de acordo com 
o que pode contribuir, portanto dentro de uma mesma empresa 
pode ter empregados que contribuem de forma diferentes, o 
 
 
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empregador também contribui com uma alíquota diferente, a 
empresa também e assim por diante. 
 
6- O princípio da diversidade da base de Financiamento, explica que a 
seguridade social é financiado por toda sociedade de forma direta e 
indireta, ou seja a receita para sua manutenção vem de diversas 
fontes, dos trabalhadores, jogos, empresas etc. 
 
7- Princípio do caráter democrático e descentralizado da 
administração, diz respeito a gestão quadripartite, com participação 
dos empregados, empregadores, aposentados e representantes do 
governo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O MODELO DE PROTEÇÃO SOCIAL NÃO CONTRIBUTIVA NO 
 
BRASIL 
 
 
 
A Constituição Federal de 1988 representa um marco da luta 
pelos direitos humanos e sociais compreendidos com 
responsabilidade do Estado. Apesar de suas mudanças serem 
operadas no plano conceitual sua promulgação representou a 
entrada na agenda pública estatal de diversas necessidades sociais 
que eram consideradas como problemas de ordem pessoal. 
 
Um dos principais avanços na esfera dos direitos sociais 
trazidos pela Constituição diz respeito a garantia da Seguridade 
Social, que corresponde a três políticas de proteção social, são 
elas: saúde, previdência social e assistência social. O avanço 
encontra-se principalmente nas política de saúde e de assistência 
social, pois a previdência social já era reconhecida como política de 
proteção social de caráter contributivo a ser assegurada pelo 
Estado nas Constituições anteriores. A saúde, por sua vez veio a 
ser reconhecida como direito de todos os cidadãos a partir da 
Constituição de 1988, convivendo a saúde pública com a saúde 
privada, não sendo mais a mesma restrita a quem possuía um 
vínculo empregatício, como ocorria com INAMPS em 1974. 
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Dentre as políticas de Seguridade Social asseguradas pela 
Constituição a Assistência Social apresenta-se como a grande 
inovação devido, principalmente a dois aspectos. Em primeiro lugar, 
pela novidade de compreender a assistência social enquanto 
política social, a cargo do Estado, rompendo assim com a ideia do 
desenvolvimento de ações descontínuas e da visão dela como alvo 
da caridade da população. Em segundo lugar, pois rompe com a 
noção de que as necessidades sociais devem ser atendidas, 
primordialmente, pela família e pela comunidade. 
 
As mudanças ocorridas com a CF/88 possibilitou que a 
assistência fosse trabalhada com Política Pública e com 
responsabilização do Estado pela sua efetivação, não restringindo 
se mais a mesma apenas no campo da “caridade” ou benesse, 
segundo Sposati “ A história do Estado Social brasileiro revela o 
funcionamento da assistência social como área de transição de 
atenções, sem efetivá-las como plena responsabilidade estatal e 
campo de consolidação dos direitos sociais” (SPOSATI, 2009, p.14). 
As mudanças constitucionais possibilitaram também que a 
Assistência fosse tratada a partir de uma concepção nacional, o que 
anteriormente não ocorria. 
 
 
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A ampliação no campo dos direitos trazidas a partir da inclusão 
da assistência social como política de Seguridade Social, trouxe 
consigo algumas dificuldades relacionadas a definição dos direitos a 
serem atendidos por esta política, definição essa que ainda 
continua em processo de construção, Sposati também afirmar ser a 
assistência social, constituída agora como Política Pública, assim 
vivencia um espaço de luta, onde vários fatores exercem influência 
sobre a mesma, para a autora “ seu processo de efetivação como 
política de direito não escapa do movimento histórico entre as 
relações de forças sociais” (SPOSATI, 2009 p.15). 
 
Sposati defende que é necessário a análise das duas 
concepções que rodeiam a assistência social como política, são 
elas: 
 
1. Como política de Estado a Assistência Social é um direito de 
toda população e por isso demanda do Estado um 
responsabilização, deve ser ele a destinar recursos públicos 
tanto humanos como materiais, ou seja que ele tenha a 
capacidade de através de seus gestores operar as funções de 
 
assistência social. 
 
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2. A outra corrente analisa que a assistência social deve reger-se 
pelo princípio da solidariedade, onde essa corrente interpreta o 
que está posto na CF/88 como uma prerrogativa para o Estado 
agir apena em última instância. Sendo essa corrente de 
pensamento a defensora da intervenção da primeira dama e de 
uma naturalização da ausência do Estado. 
 
Sposati defende o rompimento com a concepção de que a 
assistência social é um política voltada para a atenção aos pobres, 
onde essa significação representa um aspecto que reforça a 
segregação entre ricos e pobres, como se as suas necessidades 
sociais fossem de ordens diversas. É explicitado também pela 
autora que o modelo de proteção social não está pronto, ele ainda 
está em construção e por isso demanda muito esforço para que a 
concepção de proteção social, visando direito de todos, venha se 
consolidar. 
 
Em análise ao desenvolvimento da proteção social realizada 
pelo Estado, a assistência revela-se como uma área que não se 
consolida plenamente como responsabilidade do Estado 
compreendida no campo dos direitos sociais. Sua consolidação 
como política pública encontra-se distante. ainda dividindo opiniões 
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quanto a sua pertinência como parte da Seguridade Social. Tal 
visão deve ser superada a partir da compreensão de que a 
assistência social “é uma política que atende determinadas 
necessidades de proteção social e é, portanto, o campo em que se 
efetivam a seguranças sociais como direitos. 
 
De um modo ou de outro pensar uma política de proteção 
social pressupõe apreender seus elementos constitutivos de modo 
que ela sirva a seus objetivos de mudança da realidade. 
 
A construção do modelo de proteção social não-contributivo 
pressupõe apreendê-lo não como o “continuísmo de velhas práticas 
assistencialistas ou de modos de gestão tecnocrática”, concepção 
contrária à da Constituição que explicita que ela deve ser tratada a 
partir de uma gestão democrática. 
 
Dentro do modelo de proteção social não contributivo do Brasil 
Sposati cita que apesar da imensa diversidade que o país possuí, e 
por mais que se tente captar as particularidades, a tendência 
vigente é que o modelo de proteção social não contributivo se 
generalize, e quando ele é levado as diversas realidades de cada 
território começa a passar por um período de adequação, pois “o 
modelo de proteção social sofre forte influência da territorialidade, 
 
 
 
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pois ele só se instala, e opera, a partir de forças vivas e de ações 
com sujeitos reais” (SPOSATI, 2009, p. 17). 
 
Na medida em que a política de assistência social, configura 
um modelo de proteção social não-contributiva deve-se 
compreender o significado que isso traz a ela enquanto política. Na 
medidaem que é um modelo, deve apresentar-se como uma forma 
de execução pré-concebida que deve ser seguida. Por social deve-
se entender que ela volta-se para ações relacionadas as formas de 
reprodução social. Como proteção social deve se entender a sua 
ligação com a noção de proteção a segurança social dos indivíduos 
e de seus direitos sociais. Por não-contributiva deve entender que 
se realiza a diferenciação com a previdência social que é voltada 
para os contribuintes, sendo que a assistência social não exige 
contribuição para acesso a benefícios. A característica de não-
contributividade é contraposta a sociedade de mercado, onde 
segundo Sposati: “O sentido de não-contributivo significa do ponto 
de vista econômico o acesso a algo fora das relações de mercado, 
isto é, desmercantilizado ou desmercadorizado” (SPOSATI, 2009 
p.22). Sposati afirma que para se analisar a proteção social não 
contributiva, é necessário “separar o campo público de práticas 
privadas, para depois reconstruir novas formas de relação entre um 
 
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e outro” (SPOSATI, apud MESTRINER, 2001). Para a autora essa 
necessidade se tem, pois no campo privado as ações são 
destinadas a um público específico, no campo público elas tendem 
a ser de todos e o Estado tem a responsabilidade sobre as ações. 
Para que isso ocorra, a autora destaca, que são necessárias três 
mudanças, e são elas: 
 
1. A necessidade de se responsabilizar o órgão público, para 
auxiliar nesse sentido a LOAS veio instituiu um Plano de 
Ação, onde neles os entes governamentais devem 
estabelecer em relação a proteção social: metas, período a 
ser realizado, aprovação do conselho etc. 
 
2. A segunda mudança é que assistência social, deve ser 
planejada, em prol de maximizar os resultados, ela não deve 
mais ater-se apenas as ações reativas e sim as ações 
proativas. 
 
3. Criação de espaços democráticos, onde a sociedade possa 
ser representada, onde as decisões não fiquem concentradas 
nas mãos de uma só pessoa, ou de um grupo dominantes, 
mas elas sejam decididas de forma paritária. 
 
 
 
 
 
 
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Outra medida que a autora destaca de suma importância na 
atual política de proteção social não contributiva, é a proteção da 
família, tendo a mesma que ser empoderada para a superação de 
suas fragilidades e riscos sociais. O Estado deve ser o executor 
dessas ações de proteção a família, sendo que seus membros, 
dentro da ótica da política pública não contributiva, devem deixar de 
ser vistos como “carentes assistido “ e passem a ser “cidadão 
usuário”. 
 
A proteção social não contributiva tem a concepção de 
PREVENÇÃO, ela inovou ao trazer a noção de segurança social e 
de direitos social. Exemplo disso é a Política Nacional de 
Assistência Social-PNAS, que assegurou na proteção social não 
contributiva o dever de garantir a sobrevivência de rendimento e 
autonomia, acolhida e convívio de vivência familiar. 
 
Sposati faz uma diferenciação entre PROTEÇÃO e AMPARO, 
para a autora proteção é uma medida anterior ao dano, é agir antes 
que algo aconteça, é ter um caráter mais vigilante. Amparo é a ação 
com o a dano já em curso. Por isso autora afirma que a proteção 
social deve mudar e passar abranger a noção de PROTEÇÃO e 
não apenas atuar após os danos ocorrerem. 
 
 
 
 
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A proteção social não contributiva no Brasil não é considerada 
por Sposati como FOCALIZADA, pois a mesma abrange uma 
grande parcela da população brasileira. 
 
A autora também traz a relação entre um vínculo existente entre 
a Proteção Social, riscos sociais e vulnerabilidade sociais. Spozati 
começa explicitando que riscos são inerentes a sociedade 
capitalista e que a proteção social como meio de proteção e 
prevenção, deve trabalhar visando minorar os diversos riscos a que 
a sociedade está exposta. Segundo a autora é fundamental que 
quem trabalha com proteção social conheçam os riscos sociais a 
que a sociedade está exposta. 
 
Em relação as vulnerabilidades sociais, a autora explicita que 
elas têm a capacidade de trazer estigma a população vulnerável, 
que é visto muitas vezes como alguém que não pode suprir suas 
necessidades, ela defende que no âmbito da proteção social deve-
se construir a ideia de vulnerabilidade social ligada aos riscos 
sociais e, portanto, devesse trabalhar as vulnerabilidades afim de 
reduzir os danos provocados pelos riscos sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INSTRUMENTALIDADE NO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
Em primeiro lugar para compreender a instrumentalidade do 
Serviço Social deve-se distinguir claramente instrumentos de 
instrumentalidade. Esta “[...]no exercício profissional refere-se, não 
ao conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a 
instrumentação técnica), mas a uma determinada capacidade ou 
propriedade constitutiva da profissão, construído e reconstruída no 
processo sócio-histórico” (GUERRA, 2007, p.1). 
 
A instrumentalidade na perspectiva de Yolanda Guerra é 
compreendida como o modo de ser que caracteriza o fazer 
profissional que é moldado a partir das relações sociais que são 
estabelecidas no bojo das condições objetivas e subjetivas em que 
se desenvolve o exercício profissional. E, na medida em que, 
possibilita o alcance dos objetivos a que se propõe a profissão 
constitui-se como “[...]condição concreta de reconhecimento social 
da profissão” (GUERRA, 2007, p.2). 
 
Na medida em que se compreende que a instrumentalidade diz 
respeito a uma capacidade que se constitui a partir do exercício 
profissional, é possível perceber que é essa capacidade que 
possibilita que o profissional transforme as condições objetivas de 
 
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trabalho que lhe são postas em instrumentos e meios que lhe 
possibilitem o alcance dos objetivos do seu trabalho. 
 
Sua compreensão pressupõe sua dupla apreensão enquanto 
 
“condição necessária do trabalho social”(GUERRA, 2007, p.2) bem 
como “categoria constitutiva”(idem) do exercício profissional,ou 
seja, o modo como ela se apresenta. 
 
A transformação do instrumento ocorre através da conversão da 
coisa natural em coisas úteis, configurando para Yolanda Guerra 
um processo teleológico, pois existe a necessidade de 
 
“conhecimento correto das propriedades do objeto”(GUERRA, 2007, 
p.4). 
 
No âmbito do processo de trabalho os indivíduos desenvolvem a 
capacidade de lidar com os outros indivíduos bem como o processo 
de reprodução social como um todo, onde se desenvolvem 
 
“mediações de complexos sociais”(GUERRA, 2007, p.4) que 
objetivam dar organicidade as relações sociais que ocorrem na 
forma de reprodução social. 
 
A instrumentalidade na sociedade capitalista converte-se em 
processo de instrumentalização das pessoas as quais são utilizadas 
para a consecução de determinados objetivos. Nesse sentido, o 
Serviço Social surge como uma forma do capital alcançar 
finalidades de cunho econômico e político, caracterizando-se como 
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um instrumento a serviço do capital. Seu surgimento relaciona-se 
diretamente com o capitalismo e com a questão social inerente a 
ele, principalmente em seu estágio monopolista de evolução, onde 
a questão socialintensifica-se colocando-se como uma demanda 
contínua para a intervenção do Estado. 
 
O Serviço Social, assim como qualquer profissão, surge a partir 
das necessidades sociais para as quais seu conhecimento possa 
dar resolutividade. Seu exercício profissional é mediatizado por 
diferentes interesses em relação as classes antagônicas existentes 
na sociedade do capital e nas formas como o Estado nas diferentes 
conjunturas sócio-históricas, responde as expressões da questão 
social produzidas e reproduzidas no processo de acumulação no 
capital, notadamente através das políticas sociais. É no campo das 
políticas sociais, marcadamente em sua implementação, que se 
funda o espaço sócio-ocupacional dos assistentes sociais. 
 
O Estado no enfrentamento da questão social fragmenta-a em 
diversas modalidades a partir de políticas sociais setoriais, onde o 
Serviço Social apresenta-se como o profissional da ponta da política 
ao qual a população relaciona-se diretamente, atuando tanto na 
reprodução da força de trabalho como na reprodução ampliada do 
capital. 
 
 
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O profissional, desse modo, insere-se na divisão sócio-técnica 
do trabalho na condição de trabalhador assalariado subordinado 
aos ditames impostos pelo capital. Nesse sentido, sua atuação fica 
restrito ao que lhe é imposto no espaço institucional em que está 
inserido. 
 
A atuação do assistente social através das políticas sociais que 
tem caráter compensatório e fragmentário em diversas áreas, fica 
atrelada a um duplo movimento: impedem a apreensão das políticas 
sociais em sua totalidade, sempre vistas de modo particular, onde 
as necessidades sociais são divididas em áreas; impõe a utilização 
de instrumentos de trabalho, marcados pela imediaticidade das 
respostas. 
 
Assim a instrumentalidade do Serviço Social pode ser pensada 
como uma condição sócio histórica de evolução da profissão. Tal 
instrumentalidade pode ser apreendida como instrumento de 
manutenção da ordem burguesa e/ou a partir das respostas que 
atribui as demandas que lhe são colocadas no espaço profissional, 
tratadas, geralmente, a partir de uma ótica individualista de 
compreensão das necessidades sociais, apresentando respostas de 
caráter imediatista sob o prisma da racionalidade burguesa. 
 
É válido ressaltar que apesar das demandas apresentarem-se 
com a necessidade de respostas imediatas de caráter instrumental, 
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a ação do profissional não deve ficar restrito a elas. Seguindo essa 
lógica o profissional corre o risco de transformar-se num mero 
instrumento para o alcance de finalidades imediatas, e as 
demandas limitadas a óticas mercadológicas. A ação do profissional 
deve assim ser mediatizada por referenciais teórico-metodológicos 
e princípios ético-políticos. 
 
A instrumentalidade pode ainda ser compreendida enquanto 
mediação, como passagem de ações instrumentais a ações 
carregadas de maior pensamento crítico e reflexões teóricas, bem 
como que as reflexões sobre questões mais amplas do movimento 
da sociedade como um todo contribua na compreensão de casos 
particulares. Ela pode ser apreendida como totalidade pressupondo 
a sua compreensão a partir de suas variadas dimensões: técnico-
instrumental, teórico-intelectual, ético-política e formativa (GUERRA, 
1997), e como particularidade apresentando-se como a forma de 
articulação dessas dimensões bem como na elaboração das 
respostas às demandas sociais. 
 
Desse modo, a instrumentalidade, deve ultrapassar a razão 
instrumental que preocupa-se com ações de caráter manipulatório, 
segmentado e descontextualizado, agindo, assim, para a 
manutenção da ordem burguesa, alcançando a razão dialética que 
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apresenta-se como o mais alto nível do pensamento crítico. O 
profissional deve aperfeiçoar a sua instrumentalidade alçando uma 
nova legitimidade ao seu fazer profissional, sem perder, no entanto, 
a capacidade para responder as demandas concretas dos sujeitos 
sociais, podendo ainda nesse movimento encontrar respostas 
alternativas a sociedade do capital. 
 
SÍNTESE DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- 
 
SUAS 
 
 
 
A Política Pública de Assistência Social se configura como 
política de proteção social. É uma política pública não contributiva, 
dever do Estado e direito de todo cidadão que dela necessitar. 
 
O marco legal da referida política, tem como ponto principal a 
constituição de 1988, que dedica no capítulo da seguridade social, 
uma seção especifica para a Assistência Social, por meio dos 
artigos 203 e 204. 
 
Outro marco importante foi a Lei Orgânica da Assistência 
Social (Loas), de 1993, que estabelece os objetivos, princípios e 
diretrizes das ações. A Loas determina que a assistência social seja 
organizada em um sistema descentralizado e participativo, 
composto pelo poder público e pela sociedade civil. 
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As Conferências de Assistência Social se configuram em 
espaços de discussões para o avanço e discussão dessa Política e 
foi após a IV Conferência Nacional de Assistência Social que se 
deliberou então, a implantação do Sistema Único de Assistência 
Social (Suas). 
 
Cumprindo essa deliberação, o Ministério do Desenvolvimento 
Social e Combate à Fome (MDS) implantou o Suas, que passou a 
articular meios, esforços e recursos para a execução dos 
programas, serviços e benefícios socioassistenciais. 
 
E foi baseado no diálogo e na democracia que surgiu um 
Sistema descentralizado, participativo, hoje, chamado de Sistema 
Único de Assistência Social- SUAS. 
 
O Sistema Único de Assistência de Assistência Social- Suas, 
é o modelo único de gestão da Política de Assistência Social em 
âmbitos federal, estadual e municipal. 
 
O Sistema público organiza, de forma descentralizada, os 
serviços socioassistenciais no Brasil. 
 
O Sistema é composto pelo poder público e sociedade civil, 
que participam diretamente do processo de gestão compartilhada. 
 
O Suas organiza a oferta da assistência social em todo o 
Brasil, promovendo bem-estar e proteção social a famílias, crianças, 
adolescentes e jovens, pessoas com deficiência, idosos – enfim, a 
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todos que dela necessitarem. As ações são baseadas nas 
orientações da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), 
aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) em 
2004 e pela NOB SUAS 2012, publicada em 03 de janeiro de 2013, 
por meio da resolução nº 33, de 12 de dezembro de 2012, 
representa um marco fundamental na estruturação do SUAS, 
imprimindo um salto qualitativo na sua gestão e na oferta de 
serviços socioassistenciais em todo o território nacional, tendo 
como base a participação e o controle social. 
 
O Suas é organizado por proteção Básica e Especial, a saber: 
 
A Proteção Social Básica tem como objetivo a prevenção de 
situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades 
e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários. Destina-se à população que vive em situação de 
fragilidade decorrente da pobreza, ausência de renda, acesso 
precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos 
afetivos (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por 
deficiências, dentre outras). 
 
Essa Proteção prevê odesenvolvimento de serviços, 
programas e projetos locais de acolhimento, convivência e 
socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da 
situação de vulnerabilidade apresentada. Esses serviços e 
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programas deverão incluir as pessoas com deficiência e ser 
organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações 
ofertadas. Os Benefícios Eventuais e os Benefícios de Prestação 
Continuada (BPC) compõem a Proteção Social Básica, dada a 
natureza de sua realização. 
 
A Proteção Social Básica atua por intermédio de diferentes 
unidades. Dentre elas, destacam-se os Centros de Referência de 
Assistência Social (CRAS) e a rede de serviços socioeducativos 
direcionados para grupos específicos, dentre eles, os Centros de 
Convivência para crianças, jovens e idosos. 
 
O principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de 
Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), cuja execução é 
obrigatória e exclusiva. Este consiste em um trabalho de caráter 
continuado que visa fortalecer a função protetiva das famílias, 
prevenindo a ruptura de vínculos, promovendo o acesso e usufruto 
de direitos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. 
 
A Proteção Social Especial (PSE) destina-se a famílias e 
indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos 
tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as ações da 
Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando 
situações de violações de direitos por ocorrência de violência física 
ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento 
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ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar 
devido à aplicação de medidas. 
 
Diferentemente da Proteção Social Básica que tem um caráter 
preventivo, a PSE atua com natureza protetiva. São ações que 
requerem o acompanhamento familiar e individual e maior 
flexibilidade nas soluções. Comportam encaminhamentos efetivos e 
monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na 
atenção. 
 
As atividades da Proteção Especial são diferenciadas de 
acordo com níveis de complexidade (média ou alta) e conforme a 
situação vivenciada pelo indivíduo ou família. Os serviços de PSE 
atuam diretamente ligados com o sistema de garantia de direito, 
exigindo uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e com outros órgãos e ações do 
Executivo. Cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome (MDS), em parceria com governos estaduais e 
municipais, a promoção do atendimento às famílias ou indivíduos 
que enfrentam adversidades. 
 
O Centro de Referência Especializada em Assistência Social 
(Creas) é a unidade pública estatal que oferta serviços da proteção 
especial, especializados e continuados, gratuitamente a famílias e 
indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos. Além da 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
oferta de atenção especializada, o Creas tem o papel de coordenar 
e fortalecer a articulação dos serviços com a rede de assistência 
social e as demais políticas públicas. 
 
A transparência e a universalização dos acessos aos 
programas, serviços e benefícios socioassistenciais, promovidas 
por esse modelo de gestão descentralizada e participativa, vem 
consolidar, definitivamente, a responsabilidade do Estado brasileiro 
no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a 
participação complementar da sociedade civil organizada, através 
de movimentos sociais e entidades de assistência social. 
 
 
 
 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
Informações Básica Sobre o PNAS: 
 
 
É uma política que junto com as políticas setoriais, considera 
as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à 
garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para 
atender à sociedade e à universalização dos direitos sociais. O 
público dessa política são os cidadãos e grupos que se encontram 
em situações de risco. Ela significa garantir a todos, que dela 
necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. 
 
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Concurseiros de Serviço Social 
 
A Política de Assistência Social vai permitir a padronização, 
melhoria e ampliação dos serviços de assistência no país, 
respeitando as diferenças locais. 
 
Conceito de Família Para o PNAS: 
 
 
A família para a PNAS - Política Nacional de Assistência 
Social é o grupo de pessoas que se acham unidas por laços 
consanguíneos, afetivos ou de solidariedade. 
 
Os Princípios do PNAES: 
 
 
Em consonância com o disposto na LOAS, capítulo II, seção I, 
artigo 4º, a Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos 
seguintes princípios democráticos: 
 
I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as 
exigências de rentabilidade econômica; 
 
II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o 
destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas 
públicas; 
 
III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu 
direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à 
convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer 
 
comprovação vexatória de necessidade; 
 
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IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem 
discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às 
populações urbanas e rurais; 
 
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e 
projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo 
Poder Público e dos critérios para sua concessão. 
 
Diretrizes da Assistência Social: 
 
 
A organização da Assistência Social tem as seguintes 
diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na LOAS: 
 
I - Descentralização político-administrativa, cabendo à coordenação 
e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução 
dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem 
como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o 
comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-
se as diferenças e as características socioterritoriais locais; 
 
 
 
 
 
II – Participação da população, por meio de organizações 
representativas, na formulação das políticas e no controle das 
 
ações em todos os níveis; 
 
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III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da 
Política de Assistência Social em cada esfera de governo; 
 
IV – Centralidade na família para concepção e implementação dos 
benefícios, serviços, programas e projetos. 
 
Objetivos da PNAS? 
 
 
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma 
integrada às políticas setoriais, considerando as desigualdades 
socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos 
sociais, ao provimento de condições para atender contingências 
sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa 
perspectiva, objetiva: 
 
• Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção 
 
social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que 
 
deles necessitarem; 
 
 
• Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos 
 
específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços 
 
socioassistenciaisbásicos e especiais, em áreas urbana e rural; 
 
 
 
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• Assegurar que as ações no âmbito da assistência social 
 
tenham centralidade na família, e que garantam a convivência 
familiar e comunitária. 
Os usuários da PNAS? 
 
 
Constitui o público usuário da Política de Assistência Social, 
cidadãos e grupos que se encontram em situações de 
vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda 
ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e 
sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos 
étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de 
deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais 
políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas 
de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; 
inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e 
informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência 
que podem representar risco pessoal e social. 
A redescoberta da família como fonte privada de 
bem-estar social 
 
 
 A partir da crise do capitalismo em escala mundial ocorrida no final 
dos anos 1970 a categoria família vem sendo privilegiada enquanto 
agente privado de provisão de proteção social e, em consequência 
disso, ações voltadas ao atendimento das famílias vêm sendo 
inseridas na agenda governamental, mobilizando inúmeros recursos 
e atores sociais. 
 Juntamente com a sua redescoberta como fonte de bem-estar 
social a família passou a ser objeto de estudo acadêmico-científico, 
principalmente no que tange a relação que estabelece com o 
Estado em sua função de promover políticas públicas. 
 Apesar da relevância que a família tem conquistado no âmbito 
das políticas sociais, não é difícil afirmar acerca da existência de 
uma política de família. 
 No Brasil pode-se falar assim como da não existência de um 
Estado de Bem-Estar Social, da não-existência de uma política de 
família, mas na medida em que existem ações que se voltam ao 
seu atendimento pode-se falar de uma “política de família à 
brasileira”. É fato que a instituição familiar sempre ocupou papel de 
relevância na proteção social brasileira, mas no Brasil a família 
sempre participou voluntariamente na provisão de bem-estar de 
seus membros, sendo devido a essa característica que fica difícil 
caracterizar no Brasil a existência de uma política de família, pois a 
relação que o Estado brasileiro estabelece com a sociedade exige 
desta a sua autoproteção. 
 Relação essa que se agudizou com a emergência do ideário 
neoliberal no Brasil a partir dos anos 1980 que defendia que a 
família e a sociedade deveriam compartilhar com o Estado suas 
responsabilidades no provimento do bem-estar social. 
O Contexto histórico do surgimento do pluralismo de bem-estar 
 A partir dos anos 80 o advento do neoliberalismo provocou 
mudanças significativas no mundo da produção e do trabalho 
capitalista, e no sistema de proteção social. 
 O cenário propício às conquistas sociais iniciado no pós-
segunda guerra esgotou-se no fim dos anos 1970 com a crise que 
atingiu as economias capitalistas. 
 Com o ideário neoliberal que emerge a partir dessa crise propõe-se 
a reformulação da proteção social, principalmente, no que diz 
respeito ao seu financiador, com a defesa da participação mais 
ativa da iniciativa privada. Nesse momento coloca-se como quatro 
financiadores possíveis: o Estado (setor oficial), o mercado (setor 
comercial), as organizações sociais sem fins lucrativos (setor 
voluntário) e a rede familiar (setor informal). Desse conjunto deriva-
se a expressão de sociedade de providência ou de bem-estar social 
em contraposição ao Estado de Providência o Estado de Bem-Estar 
Social. 
 A defesa desses diversos atores atuando conjuntamente na 
proteção social é realizada pela corrente denominada pluralismo de 
bem-estar social, onde cada vez mais percebe-se que o Estado e o 
mercado tem deixado que essa função seja exercida 
predominantemente pela sociedade. Na relação desses atores 
deve-se considerar três aspectos que são utilizados como 
elementos estratégicos na consolidação do pluralismo de bem-estar 
social: 
 A descentralização com vistas a flexibilização e desregulação da 
administração rígida da execução da prestação de bens e serviços 
mediante a divisão de responsabilidades. Descentralização que 
ocorre entre as esferas de governo e entre a esfera pública e a 
esfera privada; 
A participação diz respeito ao envolvimento direto dos 
diferentes atores na prestação de serviços e concessão de 
benefícios; 
 A co-responsabilidade ou parceria e solidariedade diz respeito à 
conjugação de forças e de recursos, tanto públicos quanto privados, 
com reconhecimento do trabalho doméstico e voluntário. Disso 
deriva a valorização do papel voluntarista exercido pela família. 
 A proteção familiar sob a ótica do pluralismo de bem-estar: 
arremates críticos 
 A família que sempre foi vista como um ator privilegiado na 
provisão informal do bem-estar social tem sido cada vez mais 
utilizada como um recurso pelos formuladores das políticas 
públicas. 
 A relevância que tem assumido, atualmente, na proteção social 
deve-se exatamente pelo seu caráter informal, livre de 
constrangimentos burocráticos e de controles externos. Alguns 
aspectos devem ser considerados na análise da família como ente 
privilegiado de execução da proteção social. 
 Em primeiro lugar é válido ressaltar que a família possui caráter 
contraditório e, como toda instituição social apresenta aspectos 
negativos e aspectos positivos. 
 Em segundo lugar é difícil definir o nível/grau de “informalidade” 
da família em relação aos demais setores, onde divide-se em 
provisão pública e privada e está em família, sociedade e mercado 
na medida em que fica difícil o estabelecimento de fronteiras entre 
eles, sendo ainda difícil estabelecer que o setor informal é um 
espaço de provisão social privada na medida em que sofre o 
processo de regulação pública. 
 Em terceiro lugar, pois não é correto afirmar que a provisão 
social realizada informalmente está a salvo de controles internos ou 
externos. 
 Além desses aspectos outra dificuldade em estabelecer a família 
como espaço privilegiado de proteção social diz respeito as 
mudanças verificadas na sua organização, gestão e estrutura. E, 
diretamente associada a essas mudanças diz respeito ao processo 
de extinção da tradicional família nuclear, relacionado ao processo 
de ampla adesão da mulher ao mercado de trabalho e na chefia da 
casa. 
 Nesse sentido uma proteção social que se pretende ser 
executada predominantemente pela estrutura familiar, com as 
mudanças nela ocorrida será realizada já que a mulher, atualmente, 
não está mais restrita a trabalhar na esfera do lar. 
 Dessa forma a partir das mudanças tanto na estrutura quanto nas 
relações de poder estabelecidas no seio familiar, não se pode 
pensar na proteção social realizada exclusivamente pela família, o 
Estado deve encarar o seu papel de garantidor de direitos e abrir 
caminho para o processo de re-institucionalização e re-
profissionalização das políticas de proteção social. 
 
 
 
Fundamentos da Política Social 
Essa é uma síntese feita pelos Concurseiros de Serviço Social, 
baseada no texto “Fundamentos da Política Social” da autora 
Elaine Rossetti Behring, publicada no livro “SERVIÇO SOCIAL 
E SAÚDE-Formação e Trabalho Profissional. A reprodução 
dessa síntese não é permitida sem a autorizaçãodos 
concurseiros de serviço social. 
 No âmbito de produção teórica sobre o tema Política Social, 
Behring destaca que apenas no final da década de 1980 é que no 
Brasil começa a ter uma expansão teórica acerca do tema : Política 
Social. A autora destaca que a existência de Políticas Sociais é 
diretamente ligada a existência da sociedade burguesa e do 
modo capitalista de produção. Prova disso é que apenas no final 
do século XIX são criadas e posteriormente se propagam 
as primeiras legislações de proteção social, com destaque para 
Alemanha e Inglaterra. Entra também em vigor no pós-guerra em 
1945 uma expansão da Seguridade Social e a maior expressão 
disso é o Welfare State. 
 A autora explicita que é necessário que se analise os 
fundamentos do liberalismo em sua forma clássica, onde se 
encontra como maior defensor Adam Smith, ela demostra que o 
mesmo quando defendeu uma “mão invisível” que regulasse o 
Mercado, acreditava que um Estado autoritário e controlador era 
ruim, pois a burguesia nasceu e cresceu economicamente apenas 
com a derrota ou com o enfraquecimento do poder monárquico que 
vigorava, portanto, para Smith esse poder centralizador, deveria ser 
deixado de lado e cada indivíduo deveria ter o direito de buscar 
conseguir seus objetivos, ou seja alcançar o máximo de acordo com 
sua potencialidade, sem que exista algo que o impeça. 
 A autora afirma que para Smith existia “ a procura do interesse 
próprio pelo indivíduos, portanto, seu desejo natural de melhorar as 
condições de existência, tende a maximizar o bem estar coletivo” 
(BEHRING, p.17). Ou seja o pensamento de Smith era utópico, para 
ele todos poderiam atingir o que queriam se trabalhassem para 
isso, portanto ele acreditava na burguesia revolucionária, no 
“perfectibilidade humana” na “ética do trabalho”. 
 Nesse contexto não deveria se dar nada aos pobres, ou seja não 
deveria destinar recursos a eles. Os pobres no liberalismo clássico 
deveriam ser vigiados e punidos. Não se defendia também a 
regulação dos salários com a justificativa de que não 
se interferisse na ordem “natural” do mercado. 
No liberalismo Clássico, baseado nas ideias de Adam Smith, o 
Estado tem apenas três funções: 
1-Defesa Contra os inimigos Externos; 
2-Proteger um indivíduo de ofensas dirigidas a outro indivíduo; 
3- Fazer obras públicas que a iniciativa privada não pudesse fazer. 
Cuidado: Os concursos costumam afirmar que o Estado não tinha 
“funções” no liberalismo, essa afirmação está errada, ele não 
intervia com políticas sociais, mas ele tinha esses três deveres 
acima citados! 
 Em meados do final do século XIX e início do século XX, dois 
processos econômicos foram importantes para enfraquecer os 
argumentos liberais, e são eles: 
1. Crescimento do Movimento Operário- que passou a ter uma 
importância política, esse movimento foi fortalecido com a 
vitória do movimento socialista de 1917 e com o advento do 
fordismo como modelo de produção, onde os operários 
passaram a ter maior poder coletivo e com isso começaram a 
requisitar ganhos na produtividade, e essas requisições vão 
propagar-se com maior força no pós-guerra; 
2. A monopolização do capital- isso derrubou a ideia utópica de 
Adam Simth que acreditava que todos conseguiriam se 
trabalhassem alcançar seus objetivos e com isso 
conseguiriam também riquezas, ocorreu o contrário do 
previsto, as riquezas se concentraram nas "mãos" de poucos 
e não foram para as "mãos" de todos que trabalhavam para 
conquistá-la. 
 Aliado esses dois argumentos enfraqueceram o liberalismo, e a 
crise desse sistema agravou-se e consolidou-se em 1929 quando 
ocorreu a quebra da bolsa de Nova York, que afetou o mundo todo 
e reduziu de acordo como destaca Behring “o comércio mundial a 
um terço do que era antes”. 
 Com a crise de 1929 que mostrou-se que a teoria liberal não era 
suficiente, portanto novas ideias começaram a surgir e dentre elas a 
que ganhou importância e vigorou nos anos subsequentes foram a 
 de Keynes, que passou a defender uma forte intervenção Estatal. 
Behring destaca que essas ideias “para Keynes, diante do animal 
spirit dos empresários, com sua visão de curtíssimo prazo, o Estado 
tem legitimidade para intervir por meio de um conjunto de medidas 
econômicas e sociais, tendo em vista gerar demanda efetiva, ou 
seja, disponibilizar meios de pagamento e dar garantias ao 
investimento, inclusive contraindo déficit público, tendo em vista 
controlar as flutuações da economia. Segundo Keynes, cabe ao 
Estado o papel de restabelecer o equilíbrio econômico, por meio de 
uma política fiscal, creditícia e de gastos, realizando investimentos 
ou inversões reais que atuem, nos períodos de depressão como 
estímulo à economia. Dessa política resultaria um déficit sistemático 
no orçamento. Nas fases de prosperidade, ao contrário, o Estado 
deve manter uma política tributária alta, formando um superávit, que 
deve ser utilizado para o pagamento das dívidas públicas e para a 
formação de um fundo de reserva a ser investido nos períodos de 
depressão” (BEHRING, p.21). 
 O keynesianismo alia-se ao FORDISMO, e com isso começam a 
ter vários acordos coletivos, a produção em massa, ou seja o 
Estado intervia de forma forte, ao contrário do que ocorria no 
liberalismo. Portanto é em 1949 com um conceito de cidadania mais 
ampliado, que o tema POLÍTICA SOCIAL vai ganhar uma nova 
dimensão e valorização. Diferente da era liberal, onde apenas o 
direito a educação era o único direito social incontestável, passam a 
ser ampliados os direitos sociais em diversos campos. 
 Uma das grandes contribuições que o Estado de Bem Estar 
trouxe principalmente com as ideias de Keynes, foi a cidadania, e 
um dos maiores autores desse tema que é T. H. Marshall destaca 
que a cidadania madura, comporta três tipos de direitos: 
1- Direitos Civis: de ir e vir 
2- Direito Político: de votar e ser votado; 
3-Direitos Sociais- acesso ao mínimo para ter bem estar social e 
econômico, segurança, ou seja leva uma vida de um ser civilizado; 
 
 
Dicas: 
Muitos concursos costumam colocar assim em seus enunciados 
"de acordo com autor X" ou então "Qual autor defende que ", 
portanto essas são questões onde o candidato deve demostrar que 
domina os conteúdos. Nas provas de Serviço Social um tema muito 
cobrado é CIDADANIA então quando você tiver fazendo um 
concurso e for cobrado o conceito de Cidadania, lembre-se que um 
dos maiores autores sobre esse tema é Marshall, e já caiu em 
vários concursos cobrando ou quem fala de cidadania madura, 
cidadania no geral, ou então eles colocam o nome do autor e 
procuram saber de que tema ele fala. Não esqueça dessa dica! 
 
 Portanto é com a ideia de Keynes que o se consolida o Estado de 
Bem Estar Social, onde existia uma propagação dos direitos sociais, 
a defesa do pleno emprego, onde o Estado provia inúmeros 
benefícios a sociedade, onde os trabalhadores foram fortalecidos 
sindicalmente e esse Estado visava aumentar os lucros e propagar 
ainda mais a cidadania. Entretanto em no final da década de 1960 
esse Estado de Bem estar social entra em crise, devido os 
seguintes fatores: 
1-Aumento da dívida pública e privada; 
2- Inflação; 
3- Baixa taxa de crescimento dos lucros; 
 Esses fatores causaram a referida crise e “colocaram” fim ao 
sonho do pleno emprego, e deram margem ao surgimento do 
NEOLIBERALISMO, que ganha força em meados de 1970 à 1980, 
onde esse neoliberalismo critica fortemente o Estado de Bem estar 
social e defende uma “formula” para se sair da crise, que segundo 
Behring podem ser resumidas em

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