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ESTEQUIOMETRIA 1 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MATÉRIA TEORIA ATÔMICA: O professor inglês John Dalton desenvolveu uma explicação sobre varias das leis da química, essa explicação ficou conhecida como teoria atômica. Três dos principais postulados de Dalton foram: 1. Um elemento é composto por minúsculas partículas chamadas átomos. Todos os átomos de um determinado elemento apresentam as mesmas propriedades químicas. 2. Átomos de elementos diferentes apresentam propriedades diferentes. Em uma reação química comum, nenhum átomo de qualquer elemento desaparece ou é transformado no átomo de outro elemento. 3. Compostos são formados pela combinação de átomos de dois ou mais elementos. Em um determinado composto, os números relativos de átomos de certo tipo são definidos e constantes. A teoria atômica ajuda a explicar duas leis básicas da química: 1. Lei da conservação das massas: Em sua forma moderna diz: “não há alteração detectável em massa em uma reação química comum”. Se os átomos são conservados em uma reação, a massa também será conservada. (postulado 2) 2. Lei da composição constante: “um mesmo composto contém sempre os mesmos átomos nas mesmas proporções”. Se a razão atômica destes elementos num composto é fixa, suas proporções em massa também devem ser. (postulado 3) 3. Lei das proporções múltiplas: Esta lei se aplica ao caso de dois elementos que quando combinados formam mais de um composto. “As massas de um elemento que se combina com uma massa fixa de um segundo elemento o fazem em uma razão de números inteiros”. O ÁTOMO É a menor partícula representativa de um elemento químico. Constituído por um núcleo central, bastante pequeno, mas que contém a maior parte da massa do átomo e é circulado por uma enorme região contendo elétrons (carga −1). O núcleo contém prótons (+1) e nêutrons (0). ESTEQUIOMETRIA 2 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI As relações de massa e cargas elétricas das partículas de um átomo são os seguintes: Partícula Massa Carga elétrica Prótons 1 +1 Nêutrons 1 0 Elétrons 1 /1836 −−−−1 Para identificação dos átomos dependemos da quantidade de prótons e nêutrons. O número de prótons caracteriza o átomo, determinando suas propriedades químicas. • Número Atômico (z): é o número correspondente à carga nuclear, ou seja, o número de prótons (p) existentes no núcleo. ∴ z=p • Número de massa (A): é o número correspondente a soma das quantidades de prótons (p) e de nêutrons (n) existentes no núcleo. ∴ A = p + n ou A = z + n • Isótopos: Átomos de um determinado elemento têm necessariamente o mesmo número atômico porem o número de massa pode ser diferente, pois apesar de o número de prótons não variar o número de nêutrons pode. Átomos que possuem mesmo número de prótons e diferente número de nêutrons são denominados Isótopos. • Elemento químico: é o conjunto de átomos com o mesmo número atômico(z). Hoje são conhecidos mais de 100 elementos químicos. o Representação: EAz MOLÉCULAS Átomos isolados são raros na natureza normalmente são encontrados combinados com outros átomos iguais ou com átomos diferentes. Combinados os átomos formam unidades estruturais, muitas vezes complexas, são chamadas moléculas. As moléculas unidas por forças denominadas ligações químicas. Outra forma importante para a química são os íons. ÍONS Se for aplicada energia suficiente, um ou mais elétrons podem ser removidos de um átomo neutro e formar uma partícula carregada positivamente. Assim como elétrons podem ser adicionados a determinados átomos que ficam carregados negativamente. A essas partículas dá-se o nome de íons. ESTEQUIOMETRIA 3 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI MASSA ATÔMICA E OUTROS TIPOS DE MASSA A massa de um átomo é conhecida como massa atômica e é expressa pelo uso de uma unidade muito pequena, chamada de unidade de massa atômica (u.m.a.). uma unidade de massa atômica é 1/12 da massa do isótopo mais comum do carbono ( C126 ). Assim, a massa atômica indica quantas vezes o átomo considerado é mais pesado do que 1 /12 do isótopo 12 do carbono. Ex. MACa=40u.m.a. A massa atômica de um elemento: será a média ponderada das massas atômicas dos isótopos constituintes do elemento. Ex.: Elemento químico Átomos Massa atômica u.m.a. Participação Oxigênio Oxigênio 16: O168 15,9949 99,76% Oxigênio 17: O178 16,9990 0,04% Oxigênio 18: O188 17,9990 0,20% ...16...9994,15 100 20,09990,1704,09990,1676,999949,15 amuamuMA MA Oxigênio Oxigênio ≅= ×+×+× =∴ A massa molecular: é a soma das massas atômicas dos átomos que constituem a molécula. Ex.: H2O = 2xH + 1xO = 2x1+1x16 = 18µ O CONCEITO DE MOL Mol significa → Certa quantidade seja de átomos, moléculas ou íons. E, essa quantidade é igual ao número de Avogadro.(6,02x1023) ESTEQUIOMETRIA 4 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI 1mol de átomos = 6,02x10 23 átomos 1mol de moléculas = 6,02x10 23 moléculas A massa, em gramas, de um mol de átomos ou moléculas é chamada de massa molar (M). Ou seja, podemos dizer que a massa molar é a massa em gramas de 6,02x10 23 átomos, moléculas ou íons (g/mol). 1 mol de Fe = MFe = 56g/mol NÚMERO DE MOLS Quando relacionamos a massa em gramas de uma determinada substância (m) com a sua massa molar (M), conseguimos uma grandeza conhecida como número de mols (n), que nada mais é do que a medida da quantidade de matéria. 1mol →→→→ M n→→→→m [ ]mol molgM gm n )/( )( = O número de mol é particularmente importante para o estudo das reações químicas. ESTEQUIOMETRIA 5 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI BALANCEAMENTO DE REAÇÕES QUÍMICAS RELAÇÕES DE MASSA EM REAÇÕES Na química identificamos os compostos através de nomes ou por formulas. Nesta aula estaremos discutindo os tipos de fórmula que podem ser utilizados. TIPOS DE FÓRMULAS Basicamente estaremos utilizando dois tipos de fórmulas químicas; as formulas mínima e as moleculares. A fórmula mínima (empírica) de um composto nos dá a menor razão de números inteiros entre os átomos de diferentes elementos neste composto. Ex.: No clorato de potássio há três elementos e a proporção entre eles é de 1K:1Cl:3O ∴ a fórmula mínima do clorato de potássio é KClO3. Já a fórmula molecular nos indica o número real de átomos de cada elemento que compõe o composto em questão. A fórmula molecular pode ou não ser igual à fórmula mínima. Por exemplo: a fórmula mínima da água é H2O e a fórmula molecular é H2O. Já no peróxido de hidrogênio (água oxigenada) tem fórmula molecular H2O2, no entanto a fórmula mínima é HO. Quando vamos representar um composto muitas vezes vamos além das fórmulas molecular e mínima. Escrevemos a fórmula de modo a sugerir a estrutura da molécula. Esse é o caso dos hidratos. Hidratos são formados por um sólido, geralmente um sal iônico, que contém moléculas de água dentro de seu retículo cristalino. Ex.: o hidrato do cloreto de bário que contém 2 moles de água para cada mol de cloreto de bário.Sua fórmula é escrita da seguinte forma: BaCl2.2H2O Exercício 3.9 página 61: Um hidrato de iodeto de magnésio tem fórmula MgI2.XH2O. Para determinar o valor de X, um estudante aquece o hidrato até remover toda a água. Uma amostra de 1,628g do hidrato é aquecida até ser atingida uma massa constante de 1,072g. Qual o valor de X? ESTEQUIOMETRIA 6 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI FÓRMULA DE COMPOSTOS IÔNICOS As formulas de compostos iônicos são obtidas pelo principio da neutralidade elétrica, por exemplo no composto chamado cloreto de cálcio. Os íons presentes são o Ca 2+ e o Cl – e para que esse composto seja eletricamente neutro a fórmula do composto deve ser CaCl2. EQUAÇÕES QUÍMICAS Assim como os símbolos e as fórmulas químicas representam os átomos e as moléculas, as equações químicas representam as reações químicas. Considere a equação de combustão do carbono: 3214 34 21 odutos g agentes gs COOC Pr )(2 Re )(2)( →+ O índice entre parêntesis indica o estado físico do composto em questão: (s) →sólido (l) →líquido (g) →gás ou vapor (aq) →sistema aquoso ou solução aquosa A equação anterior está balanceada, ou seja, uma equação balanceada deve mostrar, entre outras coisas, que os átomos são conservados na reação. Uma equação balanceada é fiel aos princípios da lei de conservação das massas. Vejamos outra equação: )(2)(2)(2)(4 22 gggg OHCOOCH +→+ Existem dois passos básicos que devem ser atentados para se fazer o balanceamento de uma equação química: ESTEQUIOMETRIA 7 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI 1. As equações químicas são balanceadas ajustando os coeficientes que aparecem a frente das formulas (coeficientes estequiométricos) e nunca alterando a fórmula do composto; 2. Ao balancear uma equação química é aconselhável começar pelos elementos que aparecem em apenas em uma das fórmulas em cada lado da equação. Vejamos outra equação: )(2)(2)(2)(4 22 gggg OHCOOCH +→+ RELAÇÕES DE MASSA EM REAÇÕES Uma das principais utilizações das equações balanceadas é permitir fazer a relação entre as massas de produtos e reagentes em uma reação. É possível utilizar uma equação balanceada para prever quanto de um reagente será necessário para reagir com outro que se tem uma quantidade definida, ou prever quanto será formado de produto. A relação entre a quantidade de reagente e de produto é denominada estequiometria e os coeficientes que aparecem à frente dos compostos em uma reação equilibrada são chamados de coeficientes estequiométricos. REAÇÕES CONSECUTIVAS Muitas vezes uma reação química é realizada em varias etapas consecutivas, nesse caso o produto de uma reação alimenta uma outra reação na forma de reagente. As etapas consecutivas variam de 2 até 4 ou mais reações. Neste caso utilizamos o número de moles produzidos na primeira etapa, integralmente, para a etapa seguinte. Ou no caso inverso o valor requerido na segunda etapa é transferido diretamente para a primeira. As reações consecutivas são tratadas como etapas independentes umas das outras [produção de ácido sulfúrico a partir de enxofre, oxigênio e água; processo de síntese do poli(cloreto de vinila) - PVC, a partir da cloração do etileno e posterior polimerização do cloreto de vinila, por exemplo, ou qualquer outro processo que deseje comentar. ESTEQUIOMETRIA 8 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI REAGENTE LIMITANTE E RENDIMENTO TEÓRICO Ao se realizar uma reação, dificilmente adicionam os reagentes na relação estequiométrica exata. Como o objetivo de uma reação é sempre produzir a maior quantidade possível de um composto a partir de uma quantidade conhecida de reagente, é comum o uso de excesso de um dos reagentes (normalmente o mais barato) para garantir que o outro seja completamente transformado no produto desejado. O reagente colocado em excesso: Reagente em excesso (RE) O reagente que não está em excesso: Reagente Limitante (RL) MOTIVOS PARA A UTILIZAÇÃO DE UM DOS REAGENTES EM EXCESSO • Aumentar o rendimento e acelerar a reação; • Deslocar o equilíbrio de modo a obtermos um aumento no rendimento. VERIFICAÇÃO DO RE E RL Seja a reação genérica: aA + bB → cC a b . naalim nbalim . Realizamos a razão (relação) teórica (estequiométrica): b a rest = Depois a razão alimentada (real): lim lim lim a a a nb na r = ESTEQUIOMETRIA 9 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI E comparando as duas razões teremos três possibilidades: = = >>>>>>> = = >>>>>>< >>>>>>= adorDenoRE NumeradorRL rr NumeradorRE adorDenoRL rr ssoostoemexcenenhumcomprr aest aest aest min min lim lim lim PERCENTAGEM EM EXCESSO DO REAGENTE EM EXCESSO ( ) 100% lim ×−= teo teoa exc nRE nREnRE Onde limanRE é a quantidade de RE que foi realmente colocada para reagir. teonRE é a quantidade de RE que teoricamente reagiria com todo o reagente limitante. Ex. admitamos a reação: 2H2(g) + O2(g) → H2O(g) Estequiométrico 2 1 1 Alimentado 1 1 = = > == == 2 2 lim lim 11 1 2 1 2 ORE HRL temosrrcomo r r aest a est 2H2(g) + O2(g) → H2O(g) Estequiométrico 2 1 1 Teórico 1 0,5 ESTEQUIOMETRIA 10 Texto d esen vo lvid o p e lo P ro f. D r. Lu is Fern an d o P effi Ferreira - FEI A percentagem em excesso de O2 é: ( ) ( ) %100% log 100 5,0 5,01100% 2 2 22 2 lim = × − =× − = exc teo teoa exc O o nO nOnO O RENDIMENTO PERCENTUAL OU GRAU DE COMPLEMENTAÇÃO(GC) Indica a eficácia de uma reação química, também é chamado de grau de complementação de uma reação (O quanto a reação esta completa). Ou seja, 100 lim ×= entadoRLa oRLconsumidGC Onde Rendimento real representa o que na pratica foi produzido pela reação Rendimento teórico representa o que seria produzido se o rendimento fosse 100% Pode ser ainda calculado o grau de conversão de qualquer reagente: 100 limRe Re ×= entadoagenteadequantidade umidoagenteconsdequantidadeGC ii ESTEQUIOMETRIA DE REAÇÕES QUÍMICAS: CONCENTRAÇÕES DE SOLUÇÕES É comum que para utilizarmos compostos sólidos estes estejam em soluções aquosas para misturar os reagentes e/ou para retirar os produtos. A única diferença é que a quantidade de reagentes é dada em termos de concentração e volume de uma solução que contem o reagente, ao invés de massa ou mol. Então o primeiro passo para resolver a estequiometria é determinar as quantidades dos reagentes que participam da reação. O grau de pureza dos reagentes ou dos produtos formados também deve ser levado em conta já que a quantidade pesada é de material impuro e o que se usa na reação é sempre a parte pura do reagente ou produto em questão. Quando trabalhamos com gases em condições normaisde temperatura e pressão (CNTP: 1 atm e 0ºC) devemos lembrar que existe uma relação de 22,4L para cada 1mol de substância.
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