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1 Avaliação de Projetos na Indústria do Petróleo Albino Lopes d’Almeida albinolopes@id.uff.br Pré-sal • Área de 800 x 200 Km. (ES até SC); rochas com 120 milhões de anos • LA: 1.500 a 3.000 metros; camada de sal com espessura de até 2.000 m.; reservatórios entre 5.000 e 7.000 m. • Baixo risco exploratório, alta rentabilidade • Problemas de financiabilidade, não economicidade • Produção média em 2015: 767 mil bpd • Contratação de até 40 novas sondas de perfuração (sendo 28 no Brasil) • Construção no país de 8 cascos idênticos de FPSO (replicantes); mais 4 para a cessão onerosa 2 Pré-Sal Pré-Sal 3 Pré-sal • Problemas operacionais na perfuração de poços: baixa taxa de penetração, fechamento do poço (prisão de coluna) e colapso no revestimento • Produção: presença e descarte de CO2 (agressivo à atmosfera e corrosivo para os equipamentos) e H2S (ligas especiais) • Reservatórios complexos e verticalmente heterogêneos, monitoramento com recursos de nanotecnologia • Óleo parafínico: risco de formação de hidratos • Gargalos: sondas de perfuração, plataformas de produção, linhas flexíveis, árvores de natal, barcos de apoio, aços especiais, mão-de-obra • Plantas de processamento e separação: miniaturização dos componentes na superfície ou instalação no fundo do mar Pré-sal • Logística complexa (300 Km. da costa): hubs para passageiros e fluidos; aeronaves maiores e com maior autonomia de vôo • Alguns campos próximos ao limite da Zona Econômica Exclusiva brasileira (200 milhas = 370 Km.), negociação com a ONU • Gás: unidade flutuante de liquefação para elevada produção (custo elevado de capital, manutenção e operação) • Condições oceânicas adversas: ondas até 40% maiores que na Bacia de Campos, maiores esforços sobre riser e sistema de ancoragem • Ritmo de produção e exportação: “doença holandesa” (entrada de US$, apreciação do real, perda de competitividade de outras atividades) X aumento do IDH norueguês 4 Pré-sal • Descobertas em campos que já produziam no pós-sal • Primeira produção : Jubarte (1-ESS-203, P-34) em 2008 • Primeira produção comercial permanente : Baleia Franca (ES), 13.000 bpd, API 28, julho/10, FPSO Capixaba • Produção atual (mar/16): 884.000 bpd • Uso de recursos das fases iniciais para financiar as seguintes • Teste longa duração (TLD), projeto piloto (PP), produção definitiva • Desenvolver mercado de fornecedores nacionais (apoio BNDES), capacitar mão-de-obra (Promimp) e promover P&D (FINEP) Blocos Pré-sal na Bacia de Santos BLOCO CONSÓRCIO BM-S-8 (Bem-te-vi, Carcará) Petrobras (66%), Galp (14%), QGOG (10%), Barra (10%) BM-S-9 (Lapa, Sapinhoá, Iguaçu) Petrobras (45%), BG (30%), Repsol Sinopec (25%) BM-S-10 (Paraty) Petrobras (65%), BG (25%), Partex ( 10%) BM-S-11 (Lula, Iara, Cernambi) Petrobras (65%), BG (25%), Galp ( 10%) BM-S-21 (Caramba) Petrobras (80%), Galp (20%) BM-S-22 (Azulão) Exxon (40%), Hess (40%), Petrobras (20%) BM-S-24 (Júpiter) Petrobras (80%), Galp (20%) BM-S-52 (Corcovado) Petrobras (60%), BG (40%) 5 Tupi / Lula • LA: 2.140 metros, profundidade > 7.000 m., área: 1974 Km2 • Distância do continente: 286 Km. • Condições severas de mar: onda centenária de até 11 metros • Reservas estimadas (bilhões boe) : 5 a 8 • TLD iniciado em maio/09 (14.000 bpd), FPSO Cidade de São Vicente. Interrupção de 2 meses para troca de ANM. • Produção TLD limitada por elevada RGO (220 m3 / 1000 l.) e acordo para limitar queima de gás (500.000 m3 / dia) Tupi / Lula • Projeto piloto iniciado no final de 2010, FPSO Angra dos Reis; depois FPSOs Cidade de Paraty (2013), Cidade de Mangaratiba (2014), Cidade de Itaguaí (2015) e Cidade de Maricá (2016) • Óleo de boa qualidade (28º API) mas com elevado teor de CO2 (8 a 12%) que deverá ser reinjetado • Produção média 2015 : 327.048 bpd • Escoamento de óleo por navios aliviadores; gás até o hub de Mexilhão (216 Km., 18”, 10 milhões m3 / dia) e daí até Caraguatatuba (145 Km., 34”) • Refino: RECAP, REVAP, REPLAN; problemas com sal • Lula e Cernambi formam único campo ? (ANP x Petrobras) 6 Objetivos TLD / Projeto Piloto • Obter informações para a definição do futuro projeto definitivo de desenvolvimento da produção • Avaliar geologia características do reservatório • Otimizar número de poços e definir sua geometria • Avaliar desempenho dos métodos de recuperação • Garantir escoamento de óleo em linhas submarinas • Verificar desempenho de sistemas submarinos • Maximizar eficiência operacional da planta de processamento de gás na plataforma • Avaliar injeção alternada de água e gás e/ou CO2 nos reservatórios (WAG) Novo Modelo Regulatório • Regime de partilha, capitalização da Petrobras, criação de nova estatal, criação de fundo soberano • Aumento da participação do Estado na renda petrolífera • Ampliação do controle na atividade (ritmo de exploração, refino, destino da produção) • Criar indústria em torno do petróleo (USA, Mar do Norte X Venezuela, Nigéria) • Envolvimento transcende à indústria de petróleo (relacionamento com outros setores, dinamismo industrial) • Estímulo à cadeia de fornecedores (maior utilização da indústria nacional de bens e serviços) • Estímulo à instalação de empresas internacionais no país • Aquisição de conhecimento, capacitação tecnológica, estratégia para desenvolvimento do país 7 Novo Modelo Regulatório Regime de Partilha • Para o pré-sal (e outros campos especiais) • Respeito aos contratos das licitações anteriores • União licita bloco ou contrata Petrobras: prazo máximo de 35 anos • Petrobras: única operadora e com participação mínima de 30% em cada bloco • Petrobras acompanha o percentual ofertado pela empresa ou consórcio vencedor • Contratado assume risco da exploração e paga royalties (15%) em hidrocarbonetos; se há descoberta comercial é ressarcido pelos investimentos feitos (óleo custo) sem correção monetária; restante (óleo lucro) é repartido pelas empresas e União • Vence leilão quem oferece maior parcela do óleo lucro para a União Criação de nova estatal (Pré-Sal Petróleo) • Representa a União nos consórcios e na gestão dos blocos • Monitora custo do petróleo e decisões de investimento • Controla empresas exploradoras (inclusive Petrobras) • Com voto de qualidade e veto nos comitês operacionais • Sem ativos operacionais e sem fazer investimentos • Gere contratos de comercialização de petróleo (pode contratar Petrobras) • Representa a União em casos de unitização Novo Modelo Regulatório Capitalização da Petrobras / Cessão Onerosa • Aumento da participação do Estado no capital da empresa e nos recursos gerados no futuro • Redução da relação dívida / capital na empresa (desalavancagem) • Petrobras emite ações para a União (e demais acionistas) para ter reforço financeiro e poder investir no pré-sal: US$ 70 bilhões • Petrobras recebe reservas de baixo risco e expectativa de produtividade elevada • Petrobras recebe da União títulos equivalentes a 5 bilhões bbl • Contrato de 40 anos podendo ser estendido por mais 5 anos • Volume excedente aos 5 bilhões bbl contratados diretamente à Petrobras (jun/14) Criação de fundo soberano • Aplicação da receita gerada com objetivos de longo prazo • Aplicação no exterior para evitar o “doença holandesa” • Fundo composto por bônus de assinatura, royalties, comercialização do óleo e gás da União e aplicações financeiras • Rendimentos: inovação científica / tecnológica, projetos sociais / educacionais, sustentabilidade ambiental 8 Cessão Onerosa Volume Adicional ÁREA VOLUME ESTIMADO (bilhão boe) EXCEDENTE ÓLEO UNIÃO (%) BÚZIOS 6,5 – 10,0 47,42 ENTORNO DE IARA 2,5 – 4,0 48,53 FLORIM 0,3 – 0,5 46,53 NORDESTE DE TUPI 0,5 - 0,7 47,62 Franco => Búzios, Nordeste de Tupi => Sépia,Florim => Itapu 9 Licitação Pré-sal - Libra • 170 km da costa, área de 1.500 Km2 • Potencial entre 8 e 12 bilhões boe • Leilão em outubro/2013 • Taxa para participar da licitação: R$ 2 milhões • Consórcio vencedor: Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), CNOOC (10%) • Garantia financeira: R$ 610 milhões • Bônus assinatura: R$ 15 bilhões (R$ 50 milhões p/PPSA) • Percentual óleo lucro para a União: 41,65% • Demanda: 12 a 18 plataformas de produção, 60 e 90 barcos de apoio, quase 100 poços de produção e 100 poços de injeção • Recuperação de custos: sem correção monetária, limitada a 50% nos dois primeiros anos, baixando para 30% nos seguintes 10 Sondas de Perfuração para o Pré-sal • Necessidade : 40 sondas • 12 sondas em estaleiros do exterior • 28 sondas em estaleiros nacionais. Prazo: 2015 - 2020 • Capacidade: 10.000 metros, 3.000 LA • 1º lote de 7 sondas: US$ 4,63 bilhões, estaleiro Atlântico Sul e Sete Brasil (10% Petrobras, 90% fundo participações) • 2º lote de 21 sondas: Sete Brasil (21) • Estaleiros: Atlântico Sul (7), Jurong Aracruz (6), Keppel Fels (6), Paraguaçu (6) e Rio Grande (3) • Alto nível de conteúdo local (55% a 65%) e economia de escala: oportunidades para estaleiros, operadores e fornecedores em geral • Necessidade de investimentos em toda a indústria de construção naval: parcerias, desenvolvimento tecnológico • Receitas futuras de afretamento são lastro para financiamento (créditos recebíveis) Sondas de Produção para o Pré-sal • Dique seco para construção de cascos em série no RS • 8 FPSOs idênticos (replicantes), com casco duplo, para a Bacia de Santos: Lula (5), Iracema (2) e Carcará (1); mais 4 para a cessão onerosa • Capacidade: 150.000 bpd de óleo e 6 milhões m3/dia gás • Simplificação de projeto, padronização de equipamentos • Redução em sobressalentes, armazenamento e treinamento • Ganho de escala e antecipação de produção • Conteúdo local : 70% 11 Maiores Campos de Óleo 2015 (bpd) 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 Roncador Lula Jubarte Marlim Sapinhoá Marlim Sul Marlim Leste Barracuda Peregrino Albacora Leste Maiores Campos de Gás 2015 (103 m3/dia) 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 Lula Mexilhão Roncador Leste de Urucu Sapinhoá Rio Urucu Manati Gavião Real Jubarte Marlim Sul 12 P rod uçã o N a cio n al d e Ó leo 0 400 .000 800 .000 1 .200 .000 1 .600 .000 2 .000 .000 2 .400 .000 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 Volume (bpd) M a r T e rra B . C a m p os P rod uçã o N a cio n al d e G á s N atu ral - 10 .000 20 .000 30 .000 40 .000 50 .000 60 .000 70 .000 80 .000 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 Volume (Mm3/d) Te rra M ar B . C am p o s 13 Reservas Brasileiras 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 RESERVAS ÓLEO (10^9 bbl) RESERVAS GÁS (10^9 m3) Refinarias brasileiras Capacidade Partida • Replan (Paulínia –SP) 434.000 1972 • Rlam (São Francisco do Conde – BA) 377.300 1950 • Revap (São José dos Campos – SP) 251.600 1980 • Reduc (Duque de Caxias – RJ) 242.100 1961 • Repar (Araucária – PR) 207.500 1976 • Refap (Canoas – RS) 201.300 1969 • Rpbc (Cubatão – SP) 169.800 1955 • Regap (Betim – MG) 166.000 1968 • Rnest (Ipojuca – PE) 115.000 2014 • Recap (Mauá – SP) 53.400 1954 • Reman (Manaus – AM) 46.000 1956 • Rpcc (Guamaré – RN) 37.800 2009 • Lubnor (Fortaleza – CE) 8.200 1966 • Riograndense (Rio Grande – RS) 17.000 1938 • Manguinhos (Rio de Janeiro – RJ) 13.800 1954 • Univen (Itupeva – SP) 9.100 2003 • Dax (Camaçari – BA) 2.100 2010
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