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Doutrinas americanas

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PROFESSOR CELMO
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DOUTRINA MONROE
 
A proposta da Doutrina Monroe era de combater qualquer tentativa de recolonização das nações latino-americanas recém-emancipadas, em resposta aos propósitos da Espanha integrada à Santa Aliança de retomar suas colônias na América.
 
Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)
A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos"
O seu pensamento consistia em três pontos:
- a não criação de novas colônias nas Américas
- a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
- a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.
PROFESSOR CELMO
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Corolário Polk 
O Corolário Polk foi criado no governo de John Knox Polk. Tinha suas bases da Doutrina Monroe, ou seja, era a aplicação prática da mesma. Foi utilizado como justificativa para a expansão estadunidense sobre as terras do México. Esta expansão envolvia as regiões dos atuais estados do Texas, Novo México, Califórnia, Utah, Colorado, Nevada e Arizona. Entre 1846 e 1848, quando somada à perda do território do Texas, ocorrida em 1836, o México perdeu 55% de seu território original para o vizinho do norte. O Corolário Polk baseava-se na idéia de que os EUA estariam abertos a qualquer país que a ele quisessem se anexar.
 
PROFESSOR CELMO
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PROFESSOR CELMO
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DESTINO MANIFESTO
O Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina
O presidente James Buchanan, no discurso de sua posse em 1857 deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano:
"A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la".
Em 2004 o general Colin Powell, secretário de Estado do governo Bush, reforçou num de seus discursos a mesma determinação:
"O nosso objetivo com a Alca é garantir para as empresas norte-americanas o controle de um território que vai do Pólo Ártico até a Antártida", ecoando assim um velho sonho de Percival Farquhar:
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POLÍTICA DO BIG STICK
 
Durante o governo de Theodore Roosevelt, a Doutrina Monroe foi substituída pela política do "Big Stick Policy" (Grande Porrete) uma clara postura imperialista dos Estados Unidos em relação à América Latina baseada em intervenções militares no continente. .
A Política do Big Stick, formulada pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt no início do século XX, em relação à política dos Estados Unidos no continente americano, serviu de justificativa para diversas intervenções militares na América Latina sob a alegação de que houvesse "ordem" no continente, e tinha como finalidade a defesa dos interesses de empresas e bancos norte-americanos nos países onde houve intervenções. Visava também a manutenção da economia agroexportador e dependente na região e a instalação de ditaduras pró Estados Unidos.
A política do Big Stick pode ser situada na política imperialista dos Estados Unidos no início do século XX em relação à América Latina como continuidade da Doutrina Monroe, a qual especificava que os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental.
Roosevelt tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete", implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário.
 
PROFESSOR CELMO
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 Como exemplo intervenções dos EUA apoiadas no Big Stick, pode-se mencionar:
- a da República Dominicana em 1904, apoando a ascesão de Rafael Trujillo que se manteve no poder por mais de 30 anos; e em 1916.
- a do Panamá em apoio aos rebeldes que lutavam pela emancipação do país em relação à Colômbia no início do século XX. Nesse caso, os Estados Unidos visavam a construção do canal interoceânico. 
- a de Cuba em 1906;
- a do Haiti em 1915;
- a da Nicarágua em 1909, 1912 e 1926.
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POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA
Implementada pelo presidente Franklin Roosevelt, a Política da Boa Vizinhança caracterizou-se pela substituição das intervenções militares por uma política de aproximação dos Estados Unidos com os países latino-americanos. Tal aproximação se daria pela ajuda à industrialização e pelo do intercâmbio cultural.
Num cenário de recuperação econômica posterior à Grande Depressão e que antecedia a Segunda Guerra Mundial, a Política da Boa Vizinhança buscava construir uma imagem positiva dos Estados Unidos junto aos governos da América Latina, uma vez que rancores devido às constantes intervenções militares e a aproximação do regime nazista junto a governos latino-americanos, representavam ameaças à expansão do capital norte-americano no continente. 
Foi implementada durante os governos de Franklin Delano Roosevelt nos Estados Unidos (1933 a 1945). Sua principal característica foi o abandono da prática intervencionista que prevalecera nas relações dos Estados Unidos com a América Latina desde o final do século XIX. A partir de então, adotou-se a negociação diplomática e a colaboração econômica e militar com o objetivo de impedir a influência européia na região, manter a estabilidade política no continente e assegurar a liderança norte-americana no hemisfério ocidental.
Essa alteração respondia a interesses tanto político-estratégicos quanto econômicos de Washington. 
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 No terreno político-estratégico, permitia aos Estados Unidos fazerem frente à competição internacional do nascente sistema de poder alemão, assegurando um relacionamento cooperativo com as nações latino-americanas com vistas à formulação de planos globais de defesa hemisférica.
Já no plano econômico, a política de boa vizinhança convinha aos esforços dos Estados Unidos para se recuperar dos efeitos da crise de 1929 sobre sua economia. A retórica da solidariedade e os métodos cooperativos no relacionamento com os países latino-americanos facilitavam a formação de mercados externos para os produtos e investimentos norte-americanos, além de garantir o suprimento de matérias-primas para suas indústrias. A implantação dessa nova estratégia de relacionamento com a América Latina representou a vitória da corrente política do governo norte-americano que advogava o livre-cambismo como solução para a recuperação econômica dos Estados Unidos no plano internacional.
O desaparecimento das condições que geraram a política de boa vizinhança nos anos 30 - depressão econômica, liderança pessoal de Roosevelt, competição latente entre Estados Unidos e Alemanha etc. - e o surgimento de um nova ordem internacional, com os Estados Unidos na posição de líder absoluto do hemisfério ocidental, levaram o governo norte-americano a adotar uma política que priorizava a reconstrução econômica européia e a contenção da União Soviética.
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ALIANÇA PARA O PROGRESSO 
No início da década de 1960, a América Latina tornou-se a primeira prioridade da agenda externa dos Estados Unidos que formulou e engendrou a criação da “Aliança para o Progresso”. Criada oficialmente no Encontro Extraordinário do Conselho Econômico e Social Interamericano, realizado em Punta del Este, no Uruguai, no período de 5 a 17 de agosto de 1961,a "Aliança para o Progresso" pretendia ajudar e acelerar o desenvolvimento econômico na América Latina. Na tentativa de garantir o estabelecimento de governos "plenamente democráticos" foi produzida uma carta de intenções que propunha uma série de melhorias na distribuição de renda do continente latino-americano, reforma agrária e o desenvolvimento de planejamentos econômicos e sociais. Os países latino-americanos (com exceção de Cuba) comprometeram-se com um programa de investimentos da ordem de 80 bilhões de dólares por 10 anos. Os Estados Unidos da América concordaram em fornecer cerca de 20 bilhões de dólares. Se oficialmente o objetivo dos EUA era promover o progresso econômico da América Latina através de uma aliança com todos os países do continente, oficiosa e veladamente tratava-se do processo de enfrentamento do "perigo" comunista no continente. Em 1959, tal "perigo" havia se materializado na "Revolução Cubana" que, por sua vez, constituiu grande entrave ao controle estadunidense sobre a América Latina.
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RESULTADOS: 
A “Aliança para o Progresso” falhou em alcançar sua meta de construir sociedades democráticas, prósperas e socialmente justas. Durante a década de 1960, várias mudanças extra-constitucionais de governo, muitas vezes resultantes de golpes de estado, abalaram a América Latina. Apenas durante o período da gestão John Fitzgerald Kennedy, entre 1961 e 1963, grupos militares, na maioria das vezes com apoio dos Estados Unidos, derrubaram e destituíram seis presidentes eleitos e com apoio popular. No fim da década de 1960, o governo norte-americano voltou sua atenção e seus investimentos internacionais para a guerra do Vietnã, e os recursos para a “Aliança para o Progresso” foram sendo drasticamente reduzidos, especialmente a partir de 1966. Além disso, a maioria dos países do continente latino não cumpriu o acordo de investimentos que havia sido assinado em 1961. Em 1973, a Organização dos Estados Americanos extinguiu o conselho permanente que havia sido criado para implementar e gerenciar a “Aliança para o Progresso”.
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