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PPC 1133 Pedagogia

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1 
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO 
 
CURSO DE PEDAGOGIA – MODALIDADE A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
2009 
 2 
 
 
Universidade Castelo Branco 
 
 
Vera Costa Gissoni 
Chanceler 
 
Paulo Alcantara Gomes 
Reitor 
 
Marcelo Hauaji de Sá Pacheco 
Vice-Reitor de Ensino de Graduação e Corpo Discente 
 
Helder Guerra de Resende 
Vice-Reitor de Ensino de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão 
 
Marcelo Costa Gissoni 
Vice-Reitor de Gestão Administrativa e Desenvolvimento 
 
Sérgio Freire França Filho 
Vice-Reitor de Planejamento e Finanças 
 
 
 
 
 
2009 
 3 
ÍNDICE 
Item CONTEÚDO PÁGINA 
1 DADOS GERAIS DA UNIVERSIDADE E DO CURSO 05 
2 APRESENTAÇÃO 06 
3 JUSTIFICATIVA 08 
4 CONCEPÇÃO E FINALIDADE 16 
5 MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL DA UCB 20 
6 A EAD NA UCB 21 
7 HISTÓRICO DO CURSO 33 
 7.1 – A UCB e sua Trajetória 33 
 7.2 – O Curso 36 
8 OBJETIVOS DO CURSO 38 
 8.1 – Gerais 38 
 8.2 – Específicos 30 
9 PERFIL DOS ALUNOS 40 
 9.1 – Ingressantes 40 
 
9.2 – Egressos 40 
 
9.3 – Campos de Atuação 42 
10 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE - NDE 42 
11 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 43 
12 PRINCÍPIOS, ESTRUTURA E CONTEÚDOS CURRICULARES 46 
 12.1 – Organização Curricular 46 
 12.2 – Estrutura Curricular 54 
 12.3 – Flexibilização Curricular 57 
13 
MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO E 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – ORGANIZAÇÃO E 
PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO 
62 
 13.1 – Estágio Supervisionado 62 
14 MONITOR DE TUTORIA 66 
15 ATIVIDADES COMPLEMENTARES (Atividades Teórico- 67 
 4 
práticas de Aprofundamento em Áreas Específicas de 
Interesse do Aluno) 
16 ATENÇÃO AO DISCENTE 68 
 
16.1 Atendimento aos Portadores de Necessidades Especiais 77 
17 PROCESSOS, CRITÉRIOS E MECANISMOS DE AVALIAÇÃO 79 
 
17.1 – Sistema de Avaliação do processo de Ensino e 
Aprendizagem 
79 
 
17.2 – Avaliação do Curso de EAD 81 
 17.3 – Trabalho de Conclusão de Disciplina (TCD) 82 
18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83 
19 ANEXO I (Gestão Acadêmico/Administrativa EAD) 85 
 
19.1 – Estrutura Acadêmica e Organizacional 85 
 
19.2 – Sistemas de Comunicação 89 
 
19.3 – Material Didático 91 
 
19.4 – Equipe Multidisciplinar – EAD 92 
 
19.5 – Corpo Técnico-Administrativo - EAD 97 
 
19.6 – Infraestrutura 98 
 
19.7 – Logística nas Rotinas de Segurança e Inviolabilidade 
das Avaliações em EAD 
99 
20 ANEXO II 101 
 20.1 – Ementário (Bibliografia Básica e Complementar) 101 
 20.2 – Núcleo Integrador 212 
 20.3 – Atualização em Língua Portuguesa 212 
 20.4 – Reolução n.o 054/2009 – CEPE 212 
 20.5 – Núcleo Temático de Tutoria – NTT 215 
 
 
 
 
 
 
 5 
1 – DADOS GERAIS DA UNIVERSIDADE E DO CURSO 
 
1- Nome da Universidade – Universidade Castelo Branco – UCB 
2- Sistema de Ensino – Federal 
3- Categoria Administrativa – Privada - Filantrópica 
4- Nome da Mantenedora – Centro Educacional de Realengo – CER 
5- Endereço – Sede da Reitoria e da Mantenedora – Av. Santa Cruz, 1631 – Realengo 
– Rio de Janeiro – CEP: 21710-250 
6- Tipo de Identidade Jurídica e de Constituição – Instituição educativa pluridisciplinar 
de formação de quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de 
domínio e cultivo do saber humano. 
7- Nome do Curso – Pedagogia 
8- Modalidade – A distância 
8.1- Modalidade de Diploma – Licenciatura 
9- Regime Acadêmico – Crédito 
10- Regime de Matrícula – Semestral/Modular 
11- Processo Seletivo – Concurso Vestibular e/ou Acesso Direto pelo resultado do 
ENEM 
11.1- Outras Formas de Ingresso – Transferência ou portador de diploma de Ensino 
Superior para ocupação de vagas remanescentes e através do Programa Universidade 
para Todos – PROUNI 
12- Carga Horária Total do Curso – 3.385 horas1 
12.1- Composição da Carga Horária: 
- 2985 horas de Atividades Formativas (Tutoria) e Somativas (Prova) 
- 300 horas de Estágio Supervisionado 
- 100 horas de Atividades Complementares / Enriquecedoras 
12.2- Integralização Curricular: 
- Tempo mínimo: 6 semestres letivos / 6 módulos 
 
1
 Face ao percurso formativo diversificado, o tempo de duração do curso pode sofrer alterações, sempre respeitando 
a carga horária total do curso. 
 
 6 
Distribuição da Carga Horária na EAD 
- No modelo CEAD/UCB existe alternância de momentos presenciais (20% da carga 
horária da disciplina) com tutores presenciais, Atividades Supervisionadas (AS) e 
Atividades Individuais (AI). Ressalta-se que diante da importância da tutoria para o 
desenvolvimento de uma educação a distância de excelência, propõe-se que a tutoria 
permeie os processos e o progresso das AS e AI. A criação dos Núcleos Temáticos de 
Tutoria (NTT) foi uma proposta de organização, gerenciamento e planejamento 
pedagógico capaz de funcionar como tentativa de se propor uma tutoria a distância 
eficiente, vanguardista e suficiente para atender às demandas de alunos matriculados 
em seus respectivos Polos, cursos e disciplinas. 
 
13 - Ato Legal de Aprovação de Autorização de Funcionamento do Curso na UCB – 
Resolução CEPE n.º 001-C/2006, de 11 de abril de 2006, a partir do Parecer CES/CNE 
341/04, Portaria n.º 874, de 07 de abril de 2006, publicado no Diário Oficial da União 
em 11 de abril de 2006, Seção I, página 15, que credencia a UCB pelo prazo de cinco 
anos para oferta de cursos superiores a distância em todo território nacional. 
 
2 – APRESENTAÇÃO 
 
A Universidade Castelo Branco adota como entendimento base para a elaboração de 
seus projetos pedagógicos, que expressam a identidade dos cursos e os direciona, a 
seleção e o planejamento das ações pedagógicas, científico-tecnológicas e 
socioculturais que possibilitarão a formação acadêmica, política e profissional dos 
estudantes. 
 
Na mesma direção, no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) está previsto o 
Projeto Pedagógico Institucional – PPI – que é um instrumento para a formulação de 
uma proposta de ação político-educacional-tecnológico-cultural, entendido como 
princípio básico e norteador para elaboração das diretrizes que orientem a organização 
do ensino nos cursos de graduação, nas modalidades presencial e a distância e, 
principalmente, do compromisso de implementação deste planejamento que funciona 
 7 
como alicerce para a construção de uma educação de qualidade. 
 
Portanto, torna-se fundamental a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e 
extensão, garantindo a necessária unidade e autonomia das mesmas no seu 
desenvolvimento acadêmico/institucional por meio de uma formação de inspiração ética 
e crítica, objetivando formar sujeitos capazes de intervir no desenvolvimento social e na 
melhoria das condições de vida de sua região e país, bem como profissionais que 
atendam às demandas do setor produtivo. 
 
Com base nessas premissas, a UCB reestruturou seu curso de Pedagogia na 
modalidade a distância a partir dos resultados dos debates entre representantes dos 
corpos docente e discente e as coordenações dos cursos presenciais e a distância, 
respeitando-se sempre as Diretrizes Curriculares Nacionais, apresentando como 
produto o presente Projeto Pedagógico. 
 
O curso de Pedagogia foi concebido levando-se em consideração a formação do 
educador-gestor a partir de uma revisão crítica da literatura específica e da situação 
educacional do país em todas as suas modalidades e formas. Pretende-se que este 
educador possa contribuir para o avanço das condições sociais, econômicas e políticas 
da vida brasileira, assumindo o seu papel no contexto atual da sociedade. 
 
Para tanto, foi elaborado um currículo flexível sob uma perspectivainter e 
multidisciplinar fundamentado em um processo que articula teoria-prática-teoria, de 
maneira a permitir que o profissional assuma o papel de mediador na construção da 
cidadania e na transformação da realidade social. 
 
A ênfase na formação geral e pedagógica desse profissional, na qualidade de 
educador, para que se torne comprometido e interessado no processo coletivo de 
construção do conhecimento, na tentativa de perceber o significado desse 
conhecimento para o processo educativo e sua aplicação social na realidade brasileira. 
 
 8 
Atenta a essa política de formação do educador, a UCB investe na proposição de um 
curso de Pedagogia que possibilite aos seus alunos a docência na Educação Básica 
nos cursos de Ensino Médio (normal e de educação profissional nas áreas de serviço e 
apoio escolar) e também a participação na gestão do trabalho pedagógico, em âmbito 
formal e não formal, conforme diretrizes curriculares para o curso. 
 
Nesta perspectiva, considera-se a Educação a Distância – EAD – uma possibilidade 
promissora e decisiva no sentido de chegar uma modalidade educacional de qualidade 
às mais remotas localidades. Nessa modalidade a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias da 
informação e comunicação, envolvendo estudantes e professores no desenvolvimento 
de atividades educativas em lugares ou tempos diversos. 
 
3 – JUSTIFICATIVA 
 
Contemporaneamente, a sociedade, marcada pelo desenvolvimento científico, 
tecnológico e cultural, pela velocidade da informação e da comunicação, pela 
reorganização do mundo do trabalho e por relações sociais e políticas implicando em 
uma expansão das fronteiras comerciais e de troca de experiências em tempo real, tem 
acentuado a importância da educação como um fator fundamental para o 
desenvolvimento, a construção da cidadania e a democratização baseada na inclusão e 
transformação da realidade. 
 
A função da educação se transforma nas sociedades atuais em decorrência dos novos 
padrões de vida e de relacionamento que emergem nas últimas décadas. O 
desenvolvimento científico e tecnológico e a natureza das transformações econômicas 
modificaram profundamente a estrutura e funcionamento das sociedades, atingindo-as 
em seus fundamentos. Mudou a natureza da vida econômica, social e cultural. 
 
Por sua vez, em nível nacional, os dados do IBGE – Pnad 2005 (Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios) mostram que o analfabetismo atinge 578 mil crianças de 10 a 
 9 
14 anos e que a taxa brasileira de analfabetismo funcional é de 23,5%. Demonstram, 
portanto, que a formação de professores para a Educação Básica se torna uma ação 
legítima e necessária. 
 
Assim, entre os grandes desafios que se colocam hoje para a educação, encontra-se a 
necessidade de articular o que acontece no mundo com os acontecimentos regionais e 
locais, com vistas a auxiliar a construção da cidadania e atenuar as desigualdades 
sociais. A preparação para a docência e a gestão em educação faz parte dessa 
construção, exigindo uma sólida formação para lidar com processos permeados pelo 
conhecimento científico, pela tecnologia e pela informação. 
 
Diante do exposto, a proposta da Universidade Castelo Branco de formação de um 
pedagogo na modalidade a distância, voltada para a atuação no magistério da 
Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e 
Adultos, no atendimento à Educação Especial e no Ensino Médio (modalidade Normal), 
e também com a atuação nos cursos de educação profissional na área de serviços e 
apoio escolar, além das áreas afins aos conhecimentos pedagógicos, se justifica pois é 
uma necessidade na sociedade contemporânea (Resolução CNE/CP n.º 1, 
15/05/2006). 
 
Ao lado da universalização da educação básica de qualidade, surgem novas 
concepções relacionadas à educação e ao papel que ela desempenha, e têm sido a 
tônica de exigência do ensino-aprendizagem e sobre os efeitos do desenvolvimento 
científico e tecnológico inerente às relações interpessoais. 
 
O profissional da educação tem necessidade de desenvolver sua capacidade de 
aprender a aprender e de buscar informações de múltiplas formas, de modo a ser 
capaz de tomar decisões autônomas e solucionar a mais variada gama de problemas e 
questões. 
 
No entanto, para viabilizar a qualificação de um grande número de professores 
 10 
geograficamente dispersos em um país como o Brasil, é importante contar com os 
recursos tecnológicos e a metodologia da educação a distância. Esta é a proposta do 
projeto do curso. 
 
De acordo com a nova LDB 9394/96, Art. 62, a formação de docentes para o Ensino 
Fundamental será feita em curso superior de graduação. A formação em Nível Médio é 
aceita como exigência mínima para o exercício na Educação Infantil e nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental, porém acena-se com o ideal da formação de todos em nível 
superior. 
 
Assim, no Art. 87 (LDB 9394/96), recomenda-se que o ano 2006 represente um marco 
a partir do qual os docentes possuam habilitação em nível superior. O mesmo Art. 87 
atribui aos Municípios, aos Estados e à União a responsabilidade de realizar programas 
de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isso, 
os recursos da educação a distância. 
 
O Plano Nacional de Educação (Lei 10.172, de 09 de janeiro de 2001) quantifica essas 
recomendações em sua meta 18, que propõe o prazo de dez anos para que, pelo 
menos, 70% de todos os professores de Educação Infantil e de Ensino Fundamental 
possuam formação específica, em nível de licenciatura. 
 
A visão de educação proposta pela LDB 9394/96 e pelos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) exigem um corpo docente com capacidade profissional para tomar 
decisões e desenvolver importantes ações na própria escola, cabendo-lhe, por 
exemplo, a construção coletiva do respectivo projeto pedagógico, a definição de 
diretrizes curriculares, a organização dos tempos e espaços escolares e a formação 
continuada dos professores. 
 
Em consequência, a escola tem hoje muito maior autonomia para a organização de 
suas propostas pedagógicas, o que pressupõe educadores com formação condizente 
com as necessidades da sociedade contemporânea. 
 11 
 
Nas regiões brasileiras mais desenvolvidas, que já atingiram patamares elevados de 
capacitação, a tendência à admissão de profissionais com nível superior para a 
Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental é também consequência do 
maior número de formados em cursos universitários. Em outras regiões essa 
recomendação tornou-se um desafio, que é preciso enfrentar com determinação. 
 
Em 1988, houve uma mobilização da sociedade civil e dos órgãos governamentais para 
que a Educação Infantil passasse a ser, constitucionalmente, um dever do Estado e um 
direito da criança. Este fato se consolida no artigo 208, inciso IV, da Carta Magna, 
1988. 
 
Em 1990, uma nova conquista é alcançada por meio do Estatuto da Criança e do 
Adolescente que destaca o direito de a criança ser atendida adequadamente. 
Finalmente, a Lei Federal n.º 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), promulgada em dezembro de 1996, estabelece, definitivamente, educação e 
atendimento a crianças até seis anos. Em seu artigo 29, preconiza que: 
 
 
a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem 
como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 
seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, 
intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade. 
 
A referida Lei, no artigo 30, estabelece ainda que "a educação infantil deve ser 
oferecida em creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos e em 
pré-escolas para crianças de quatro a seis anos".Seu artigo 9º, inciso IV, fixa as 
competências e diretrizes básicas que devem nortear os currículos, devendo seus 
conteúdos assegurarem a formação básica comum. Por isso, o Referencial Curricular 
para a Educação Infantil, proposto pelo Ministério da Educação, é um documento 
 12 
orientador e essencial para a implementação de práticas educativas nessa faixa etária. 
 
Uma questão fundamental para a Educação Infantil, tratada na LDB, refere-se à 
formação do profissional que nela deve atuar. O texto legal marca de forma incisiva a 
complementaridade entre a instituição de Educação Infantil e a família. Assim, é 
importante que a formação desse profissional possa responder às demandas atuais da 
educação da criança de zero a seis anos. 
 
Como parte integrante da Educação Infantil, o cuidar implica em questões básicas da 
saúde, expressas em especial atenção à alimentação, ao controle das condições 
ambientais e aos procedimentos de higiene, tanto assegurando a promoção da saúde, 
quanto considerando os aspectos biológicos, emocional e intelectual da criança, esses 
cuidados devem ajudá-la na construção de sua autonomia. 
 
Além de cuidar, deve educar. Educar implica organizar condições adequadas, através 
de jogos, brincadeiras e uma ampla diversidade de experiências, para que a criança 
possa desenvolver as capacidades necessárias à apropriação dos conhecimentos 
indispensáveis a respeito de si mesmo e do mundo que a cerca. 
 
Entende-se, por consequência, que a formação de professores para atuar na Educação 
Infantil deve se preocupar com a articulação entre cuidar e educar e o trabalho de 
construção da leitura, da escrita e do pensamento lógico-matemático, a compreensão 
do ambiente natural e social e do sistema político, o uso das novas tecnologias da 
comunicação e da informação e de constituição de valores em que se fundamenta a 
sociedade em que vivemos. Essa construção não tem início apenas na classe de 
alfabetização, mas em todo o processo da Educação Infantil. 
 
Sabe-se que o Ensino Fundamental é, no Brasil, constitucionalmente, o início da 
escolarização obrigatória. Seu objetivo é a "formação básica do cidadão" que será feita, 
segundo o estabelecido pela Lei nº. 9.394/96, em seu art. 32, mediante: 
 
 13 
 
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo 
como meios básicos o pleno desenvolvimento da leitura e do 
cálculo; 
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema 
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se 
fundamenta a sociedade; 
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, 
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e 
a formação de atitudes e valores; 
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se 
assenta a vida social. 
 
Portanto, constata-se que as condições nas quais deve ocorrer o Ensino Fundamental 
exigem uma formação dos professores para os primeiros anos de escolaridade básica 
que garanta às crianças e aos jovens o exercício de seus direitos e deveres, 
compreendendo o que significa, efetivamente: 
 
• cidadania como participação social e política; posicionando-se de maneira crítica 
e responsável em diferentes situações de vida; 
 
• construir a noção de identidade nacional e pessoal; 
 
• valorizar as diferenças étnicas, culturais, sociais, de gênero e de crenças 
presentes na sociedade brasileira; 
 
• elaborar conhecimentos, nos diferentes campos do saber, que lhes permitam 
entender a vida em toda a sua plenitude. 
 
Ao se propor formar tal profissional, diante deste cenário, assume-se naturalmente a 
 14 
responsabilidade social com a política de formação educacional do país. 
 
O professor que lecionará nos anos iniciais do Ensino Fundamental ou na Educação de 
Jovens e Adultos precisa preparar-se para mediar os mais variados assuntos, 
assumindo a posição de um indivíduo questionador, que defenda uma escola 
democrática, seja ela pública ou privada, na qual a seleção e o tratamento a serem 
dados estarão orientados por valores e princípios estabelecidos no projeto pedagógico, 
construído com a participação dos docentes e de todos os envolvidos no processo de 
construção do ensinar e aprender. 
 
Diante desse quadro, a busca da qualidade impõe que a formação de professores se 
comprometa com a melhoria do ensino nos anos iniciais da escolaridade fundamental, 
Educação Básica nos cursos de Ensino Médio (normal e de educação profissional nas 
áreas de serviço e apoio escolar). 
 
Esta formação adquire aspecto central, uma vez que, as questões às quais a educação 
brasileira deve responder exigem docentes que atuem no sentido de assegurar as 
condições básicas para que os alunos constituam valores e habilidades e elaborem os 
conhecimentos imprescindíveis para compreender o mundo, intervir na realidade e agir 
como sujeitos críticos. 
 
Uma discussão que está hoje posta no cenário da educação brasileira diz respeito à 
formação do pedagogo que, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de 
Pedagogia, assume uma nova dimensão, dada a notória ampliação do papel desse 
profissional e a integralização numa formação diversificada. 
 
Vale ainda ressaltar o parágrafo único do artigo 4º da Resolução CNE, 1/2006, que 
estabelece que: 
 
as atividades docentes também compreendem participação 
na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, 
 15 
englobando: 
I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento 
e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; 
II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento 
e avaliação de projetos e experiências educativas não-
escolares; 
III - produção e difusão do conhecimento científico-
tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e 
não-escolares. 
 
A notória ampliação do papel do pedagogo e a integralização em uma formação plural 
fazem com que o profissional atue: 
 
• na gestão de sistemas formais de ensino e de unidades educacionais públicas e 
privadas; 
• na produção de um ensino de qualidade, atendendo aos princípios e fins da 
educação nacional; 
• na articulação do projeto pedagógico da escola; 
• em projetos educativos no âmbito da educação não-formal, desde o 
planejamento até a avaliação. 
 
Diante do exposto, a proposta de organização curricular para o Curso de Pedagogia da 
UCB articula os campos de conhecimento envolvidos no trabalho escolar, aproxima os 
conteúdos escolares à realidade social permeados pela inter ou transdisciplinaridade, 
propiciando maior potencial para incorporarem às experiências e à cultura do aluno. 
 
Compatibiliza-se, assim, com o desafio de constituir um espaço privilegiado de 
enriquecimento permanente do debate sobre o trabalho pedagógico, articulador da 
formação de docentes para a Educação Básica, que deve ter o compromisso de 
possibilitar, além do acesso ao conhecimento produzido coletivamente pela sociedade, 
o direito de crianças e jovens construírem saudável e agradavelmente sua identidade, 
 16 
crescendo como cidadãos livres e conscientes. 
 
Atenta a essa política de formação do educador, a Universidade Castelo Branco 
propõe-se a investir na formação de um profissional da Educação, por meio da 
proposição de um curso na modalidade a distância que possibilite aos seus alunos a 
docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação 
de Jovens e Adultos, no atendimento à Educação Especial e no Ensino Médio 
(modalidade Normal) e também a participação na gestão do trabalho pedagógico, em 
âmbito formal e não-formal. 
 
Isto posto, a IES vem desenvolvendo suas atividades em âmbito nacional, no que tange 
a formação de professores-gestores para Educação Básica, que sejam capazes de 
educar cidadãos conscientesdo seu papel dentro de uma realidade social, histórica, 
econômica, regional e nacional, que merece ser conhecida e respeitada. 
 
4 – CONCEPÇÃO E FINALIDADE 
 
A UCB concebe a educação a distância como uma modalidade de ensino capaz de 
oferecer o acesso e a permanência de estudantes no Ensino Superior, rompendo 
barreiras geográficas de tempo e espaço. 
 
O presente Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia na modalidade a distância é 
fruto do resultado de uma construção coletiva dos representantes do Núcleo Docente 
Estruturante – NDE – e reflete o pensamento educacional contemporâneo em um 
processo de tomada de consciência da importância da educação a distância como 
estratégia de democratização do saber em nosso país. 
 
Portanto, o referido Curso foi concebido tendo como fundamento os princípios que 
norteiam e identificam esta Instituição e seu compromisso com o desenvolvimento 
socioeconômico das regiões na qual se insere, como também com os princípios e os 
fundamentos essenciais da educação a distância, além do que determinam os preceitos 
 17 
legais contidos no Decreto n.º 5622 de 19 de dezembro de 2005, Decreto n.º 6.303, de 
12 de dezembro de 2007, Portaria Normativa n.º 40, de 12 de dezembro de 2007 e os 
Referenciais de Qualidade para EAD, de agosto de 2007. 
 
Considerando a inserção da UCB em âmbito nacional no ensino a distância, elaborou-
se um currículo flexível com estratégias metodológicas diversas, de modo a poder 
adequar-se à realidade de cada região. Na tentativa de aproximar o espaço acadêmico 
ao meio social de origem, possibilitar a integração entre os interesses específicos 
regionais e a formação de profissionais qualificados; difundindo a cultura, a ciência e a 
tecnologia, realizando concretamente a ligação entre a universidade e a sociedade. 
 
É importante destacar que a Universidade Castelo Branco pretende com a educação a 
distância ampliar o seu campo de alcance para o exercício da educação na sociedade 
brasileira como um todo, tendo em vista as demandas sociais, ratificando o papel da 
Universidade como agente de promoção do desenvolvimento social. 
 
Entendendo a educação como compromisso entre a formação profissional e as 
demandas da própria sociedade, o curso fundamenta-se na perspectiva de uma 
atuação profissional competente, tendo como eixo articulador o entendimento da 
educação como atividade que ocorre no seio da sociedade e, por isso, inscrito num 
sistema de relações humanas, culturais, tecnológicas e sociopolíticas. 
 
Para a concretização deste projeto, a UCB acredita que a modalidade de educação a 
distância precisa ser realizada como educação e não apenas como processo de ensino, 
e muito menos como mera tecnologia instrucional. 
 
Assim, o Curso possui uma direção que propicia uma formação crítica e criativa e uma 
postura transformadora da realidade educacional, seguindo uma linha da educação 
integral, no sentido de: a) capacitar para o exercício profissional como agente de 
transformação; b) possibilitar ao futuro pedagogo conhecer, discutir e refletir sobre 
várias tendências e concepções filosóficas, sociológicas e pedagógicas que tentam 
 18 
explicar o fenômeno educativo; c) fazer emergir as suas potencialidades; d) oferecer 
condições para a sua autotransformação; e) capacitar o pedagogo a desenvolver 
competências e habilidades necessárias ao exercício profissional e f) promover o 
reconhecimento de sua responsabilidade como cidadão integrante da sociedade em 
que vive, conscientizando-o da sua contribuição para o desenvolvimento do país. 
 
Dessa forma, são adotadas as seguintes diretrizes para a ação pedagógica do Curso 
de Pedagogia, na modalidade a distância, da Universidade Castelo Branco: 
 
1- busca da qualidade e da excelência da formação, comprometida com os padrões 
hodiernos das transformações socioculturais e do desenvolvimento científico e 
tecnológico; 
 
2- formação do profissional “generalista”, que subentende ampla e sólida base teórica, 
capacidade de análise do social e domínio dos procedimentos técnicos necessários ao 
exercício profissional; 
 
3- valorização da dimensão sócio-político-cultural, desenvolvendo a capacidade de 
leitura crítica dos problemas de sua área e seus impactos locais, regionais e nacionais, 
que subsidiará a inserção do egresso no mundo do trabalho como sujeito partícipe de 
sua construção, assumindo, portanto, o exercício profissional na direção da resolução 
dos problemas da sua profissão de atuação e da cidadania referenciado por sólidos 
padrões éticos. 
 
Caminhar na direção desse projeto supõe estabelecer um conjunto de princípios e 
procedimentos prioritários à ação, entre os quais cabe destacar: 
 
I. Interdisciplinaridade, entendida como esforço que busca a visão global, como 
superação do pensar simplificador e fragmentador da realidade, como forma de 
administrar a ótica pluralista das concepções de ensino, do saber e da prática; 
 
 19 
II. Articulação entre o ensino, a pesquisa e as atividades de extensão e de prestação de 
serviços à sociedade; 
 
III. Fornecimento de sólida formação geral, em estreita interação com os 
conhecimentos, competências e habilidades necessárias à formação do profissional; 
 
IV. Conhecimento e problematização das condições de sua região e do país, de seus 
determinantes sociais, econômicos e culturais, em suas relações com a promoção da 
inclusão social; 
 
V. Integração aos contextos reais de vida da comunidade, na rede de serviços e com 
profissionais em exercício, como espaços privilegiados do processo de ensino-
aprendizagem, de forma contínua; 
 
VI. Desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender, que engloba o a aprender 
a ser, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a conhecer, conforme 
caracterização das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação e, 
ainda do “aprender a desaprender”, resultado dos crescentes avanços da ciência e da 
tecnologia; 
 
VII. Diversificação dos contextos de ensino e dos cenários de prática profissional, que 
engloba diferentes modalidades de trabalho pedagógico e inserção do aluno em 
campos de prática com graus crescentes de complexidade; 
 
VIII. Desenvolvimento de modelos pedagógicos capazes de articular a competência 
científico-tecnológica e a relevância social; 
 
IX. Estruturação de currículos flexíveis que, à diversidade de situações de ensino-
aprendizagem, associem a possibilidade de construção própria dos caminhos de 
produção do conhecimento pelo estudante bem como a de crescimento autônomo; 
 
 20 
X. Utilização apropriada de tecnologias diversificadas. 
 
O curso segue uma linha da educação integral, no sentido de possibilitar ao futuro 
pedagogo: 
• conhecer, discutir e refletir sobre várias tendências e concepções filosóficas, 
sociológicas e pedagógicas que tentam explicar o fenômeno educativo; 
 
• desenvolver as suas potencialidades; 
• oferecer condições para o seu crescimento profissional; 
• promover o reconhecimento de sua responsabilidade como cidadão 
integrante da sociedade em que vive, conscientizando-o da sua contribuição 
para o desenvolvimento do país. 
 
5 – MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL DA UCB 
 
Além das atribuições definidas pela Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, 
as universidades devem procurar definir sua missão considerando as suas 
peculiaridades e as possíveis inserções no desenvolvimento local e regional. Neste 
contexto, a Universidade Castelo Branco deve considerar que, além de ser uma 
instituição plural e multidisciplinar, tem por obrigação apresentar-se à sociedade como 
um instrumento efetivo de mudança, capaz de assegurar a progressiva eliminação das 
desigualdades existentes. 
 
Para tanto, torna-se imperioso que a universidade atue: 
 
• com competência, que deve serdemonstrada pela sua capacidade de gerar 
novos conhecimentos, de produzir teses e dissertações e de qualificar 
profissionais aptos ao enfrentamento das novas condições impostas pelos 
avanços da ciência e da técnica e pelas grandes mudanças verificadas nas 
relações de trabalho; 
 21 
• com pertinência, capaz de permitir a rápida resposta às demandas e 
necessidades de governos e da própria sociedade, contribuindo efetivamente 
para a solução de problemas locais, regionais e nacionais e propondo soluções 
inovadoras; 
• com equidade, para que seja capaz de contribuir decisivamente para a igual 
distribuição de oportunidades. 
 
Em síntese, deve ser entendido que a visão da instituição é trabalhar de forma a ser 
reconhecida como referência na promoção plena das potencialidades individuais e na 
capacitação para o trabalho e para a cidadania, por meio do ensino e da produção 
científica e tecnológica, integrados sob a mediação da extensão à cultura e às 
demandas do desenvolvimento nacional. 
 
 
6- A EAD NA UCB 
 
A partir de 2002, quando foi autorizada pelo CNE a oferta de cursos de pós-graduação 
lato sensu na modalidade de EAD, a UCB decidiu organizar as suas ações, 
estabelecendo uma estratégia de expansão que possibilitasse a ampliação da oferta para 
os cursos de graduação e superiores de tecnologia e, ainda, que viabilizasse a 
articulação com o setor empresarial, no intuito de oferecer aos quadros das empresas 
programas de qualificação profissional e de capacitação, determinantes para a 
modernização das práticas gerenciais e para o aumento da competitividade. 
 
Dessa forma, a EAD passou a ser encarada como uma das prioridades da UCB, tanto 
pela inovação que passou a trazer para o processo pedagógico, mesmo para os cursos 
presenciais, como pelos seus reflexos sobre as relações da universidade com a 
sociedade. 
 
As fases de implantação da EAD na UCB podem ser descritas a partir da edição da 
Portaria n.º 1247/2002, que homologou o Parecer da Câmara de Educação Superior – 
 22 
CES do Conselho Nacional de Educação – CNE/CES n.º 0145/2002, o qual credenciava 
o Programa de EAD ao nível de Pós-graduação Lato Sensu da UCB. A partir daí, a 
universidade iniciou seu processo de instalação, expansão e consolidação dos 
programas de EAD, considerando como parâmetros determinantes do êxito os conceitos, 
objetivos gerais e as diretrizes norteadoras fixados nos itens anteriores citados. 
 
Pode-se então, ao longo dos últimos cinco anos, caracterizar cinco fases distintas nesse 
processo: 
 
• Fase I ― Instalação ― a Portaria n.º 1247/2002 outorgou à UCB a possibilidade 
de organizar cursos de pós-graduação lato sensu na modalidade EAD. As 
primeiras iniciativas verificaram-se já no decorrer do ano de 2003, focadas em sua 
quase totalidade na oferta de cursos voltados para o aperfeiçoamento no 
magistério, de modo a atender o elevado contingente de professores de educação 
básica que necessitavam de qualificação em práticas pedagógicas ou em 
supervisão escolar. Nessa fase, a universidade procurou experimentar as 
diferentes metodologias disponíveis, tanto no que concerne à utilização das novas 
Tecnologias de Informação e de Comunicação – TIC –, por exemplo, a internet, 
como no que diz respeito às chamadas metodologias convencionais, que utilizam 
encontros presenciais e se valem de meios como a produção de vídeos (na época 
ainda de uso generalizado) e de DVD. Em ambos os casos, os cursos sempre 
foram realizados com o apoio de materiais instrucionais, com conteúdos que 
atendiam aos requisitos estabelecidos acima; 
 
• Fase II ― A utilização da EAD nos cursos presenciais ― Em sua reforma 
curricular de 2003, a UCB dividiu as estruturas curriculares em três grupos de 
disciplinas: disciplinas de formação geral, voltadas para a formação para a 
cidadania; disciplinas de formação profissional geral, destinadas ao atendimento a 
estudantes de um mesmo campo de saber; e as disciplinas de formação 
profissional específica, que visam a formação especializada dos futuros 
profissionais. As características das disciplinas de formação geral, que passaram a 
 23 
ser parte do que foi convencionado denominar de Núcleo Integrador – NI, cujo 
projeto está em anexo, constituíram um forte motivo para a aplicação da Portaria 
MEC n.º 2253/2001, posteriormente alterada pela Portaria MEC n.º 4059/2004, 
que prevê a possibilidade de oferta de até 20% da carga horária dos cursos de 
graduação na modalidade EAD. Este projeto foi fruto de uma mobilização da 
Reitoria da UCB, em conjunto com a Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e 
Corpo Discente, e as Coordenações de Curso, com base nos dados e 
informações sobre o déficit significativo de conhecimento dos ingressantes na 
UCB propôs a criação do NI. Nessa fase, a UCB procurou adotar como 
estratégias básicas: i) elaborar conteúdos de qualidade e ii) introduzir no 
planejamento acadêmico as “Aulas Magnas”, oferecidas por renomados 
professores e sempre tratando dos temas fundamentais de cada uma das 
disciplinas de formação geral. Ao mesmo tempo, a UCB começou a desenvolver 
os procedimentos que deveriam ser adotados para atendimento aos alunos, na 
forma de tutoria presencial e a distância – elaboração de ambiente virtual de 
aprendizagem para os alunos, denominado WEBCAF e descrito no item 16 – 
ATENÇÃO AO DISCENTE, deste projeto; 
 
• Fase III ― Expansão da Pós-graduação Lato Sensu ― o ano de 2003 abriu uma 
nova oportunidade para a UCB, em virtude de sua efetiva aproximação com o 
Exército Brasileiro, que, em parceria com a universidade, passou a oferecer um 
conjunto de quatro cursos de especialização (Gestão de Marketing, Docência do 
Ensino Superior, Administração Municipal e Gestão de Recursos Humanos). 
Nesses cursos, a UCB, ainda em fase de expansão de seus programas, utilizou a 
base logística oferecida pelo Exército Brasileiro, centrada nos “Tiros de Guerra” e 
na possibilidade de apoio computacional por meio de uma plataforma construída 
pelo próprio Exército; 
 
• Fase IV ― Implantação dos cursos de graduação na modalidade EAD ― dois 
fatos alteraram consideravelmente o planejamento acadêmico da UCB nos cursos 
a distância: i) a publicação do Decreto n.º 5622/2005 em dezembro de 2005 e ii) a 
 24 
publicação da Portaria n.º 874/2006 publicado no DOU de 11 de abril de 2006, 
que homologou os Pareceres CNE/CES n.º 0145/2002, n.º 297/2003 e n.º 
301/2003, que autorizou “... a oferta de cursos a distância, podendo estabelecer 
parcerias com instituições para a realização de momentos presenciais, ofertando 
seus cursos a distância em Polos de outras unidades da federação”. Inicialmente, 
a UCB ofereceu os cursos de graduação em Pedagogia e Letras, todos em 
parceria com a instituição denominada Inteligência Educacional e Sistemas de 
Ensino – IESDE. Considerando ainda a sua forte inserção no cenário regional da 
Zona Oeste do Rio de Janeiro, a UCB passou a desenvolver, sempre em conjunto 
com as prefeituras de Seropédica, Itaguaí e Mangaratiba, cursos de licenciatura, 
voltados para o atendimento às necessidades dos municípios daquela região do 
Rio de Janeiro. No primeiro caso, a logística (gravação das aulas, elaboração e 
impressão dos conteúdos e distribuição do material) ficou a cargo do IESDE. No 
segundo caso, as Prefeituras ficaram encarregadas de assegurar a infraestrutura 
nos Polos presenciais, cabendo as demais atividades, inclusive as de apoio, a 
UCB; 
 
• Fase V ― A fase atual de desenvolvimento da EAD na UCB ― Início do processo 
de reformulação dos programas e cursos na modalidade EAD. Dois novos fatos 
contribuíram fortemente para uma mudança considerável do cenário até então 
verificado, e para o redirecionamento das ações em curso no programa de 
educação a distância da UCB, são eles: a) A edição da Portaria nº 02/2007, em 
janeiro de 2007,que exigiu a inscrição de todos os Polos ativos no MEC, 
concedendo um prazo até agosto de 2007, posteriormente prorrogado para 
outubro, para inclusão e aglutinação de Polos em funcionamento efetivo e b) a 
publicação, a partir do segundo semestre de 2007, dos padrões de qualidade a 
serem adotados e seguidos pelos Polos e cursos na modalidade EaD. Nesse 
momento, teve início um profundo processo de mudanças na organização da EaD 
na UCB, com as seguintes providências: 
 
o Definição clara das articulações entre os cursos presenciais e a distância, 
 25 
de forma a envolver o maior número de professores na oferta de cursos de 
EaD; 
o Estabelecimento de novas relações com os parceiros, fixando 
responsabilidades e atribuições para Polos e organizações de apoio 
logístico. Ao longo de 2008, na medida em que as relações com os Polos 
ficavam mais intensas, em face do crescimento da demanda pelos cursos, 
a UCB decidiu promover um conjunto de mudanças estruturantes, de forma 
a assegurar, por um lado, o cumprimento das determinações contidas na 
Portaria MEC n.º 02/2007 e nos instrumentos definidores dos padrões de 
qualidade, e, por outro lado, garantir o cumprimento dos objetivos e 
diretrizes norteadoras, fixadas no PDI, em 2002. Assim, no decorrer do 
primeiro semestre de 2008, foi alterada a composição da equipe 
encarregada do gerenciamento dos programas de EAD e tomadas as 
seguintes medidas, algumas ainda em andamento: 
 
1) A concepção do Projeto Geral de EAD na UCB, entendida a partir da consideração 
dos seguintes fundamentos: a) estabelecimento e adoção de base conceitual; b) 
definição dos objetivos gerais; c) adoção dos critérios de qualidade para os conteúdos 
e outros materiais instrucionais e d) definição das ações a serem realizadas de forma 
a assegurar a adequabilidade logística à oferta de cursos na modalidade EAD. 
 
No que diz respeito a: 
 
a) Base Conceitual: 
 
Considera-se que a perspectiva proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (Lei n.º 9394/1996) sustenta a proposta de EAD da UCB e que a define como: 
 
• Uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de 
recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes 
 26 
suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados 
pelos diversos meios de comunicação2[1]. 
• Na mesma direção, como reforço, a partir da pesquisa apresentada na dissertação 
de mestrado de Melo, 19993[2], na COPPE-UFRJ, admite-se a seguinte definição 
de EAD: 
 
Entende-se o ensino a distância como um sistema 
tecnológico de comunicação bidirecional (ou 
multidimensional, como a UCB já vem adotando – grifo 
nosso), que pode ser de massa, e que substitui a interação 
pessoal entre professor e aluno, típica de uma aula, como 
meio primordial de ensino, por uma ação sistemática e 
conjunta de diversos recursos didáticos e o apoio de uma 
organização e tutoria, proporcionando um aprendizado 
independente e flexível aos estudantes. 
 
• Procurando atender às necessidades de educação de uma população dispersa 
geograficamente e, em particular, às pessoas que se encontram em regiões onde 
não existem ainda Instituições de Ensino Superior, ou programas de qualificação e 
de capacitação empresarial, a EAD acaba por se constituir no meio mais eficaz de 
oferta de novas oportunidades para aqueles que não tiveram a chance de realizar 
seus estudos superiores, transformando-se, assim, em parâmetro determinante 
para igual distribuição de oportunidades a todos os cidadãos, dessa forma, pode-
se citar: 
 
“Quando tratamos de mudança não pensamos naquela em que se 
 
2[1]
 BRASIL. Leis, Decretos. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
3[2] Melo, Paula Tavares da Cunha. (1999). Requalificação de Trabalhadores e Formação à Distância no Ensino 
Médio: SIVIRA, Sistema Virtual de Aprendizagem. Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Ciências 
(M.Sc.), Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia - COPPE/UFRJ, Programa de 
Engenharia de Sistemas e Computação, Fevereiro. 
 27 
altera apenas a superfície para que a essência não se mude e tudo 
fique com está. Pinta-se a casa, mas não se alteram as estruturas. 
Pensamos numa mudança mais profunda em que a sociedade se 
torne mais justa, democrática, com suas riquezas mais bem 
distribuídas” (ALMEIDA, F. J, 2008).4[3] 
 
Os sistemas de EAD procuram gerar a cultura de "aprender a aprender", segundo Delors, 
J., 20055[4], transformando o aluno em ator efetivo no seu próprio processo de formação. 
Com base nestas citações, a UCB se propõe a desenvolver o espírito crítico e autonomia 
intelectual, para que, por intermédio do questionamento permanente dos fatos, o aluno 
possa ser o sujeito de sua aprendizagem criando, assim a autonomia de estudo. A 
autonomia significa ser autor da própria fala e do próprio agir, sendo coerente na 
integração do conhecimento com a ação e nas decisões profissionais. 
 
b) Objetivos Gerais: 
 
• democratizar o acesso à educação; 
 
4[3]
 Entrevista concedida por Fernando José de Almeida, formado em Filosofia e Pedagogia. Mestrado e doutorado na 
área de Informática e Tecnologias Aplicadas à Educação na PUC-SP, onde leciona desde 1976. Fez seu pós-
doutorado na França, em Lyon, no IEPEACS-CNRS. Atualmente é professor no programa de Pós-graduação em 
Educação e trabalha em Moçambique, desde 1998, com a formação de doutores e mestres em Educação. Foi Vice-
Reitor Acadêmico da PUC-SP (1994-1996) e Secretário da Educação da cidade de São Paulo (2001-2002). 
Atualmente é Vice-Presidente da Fundação Padre Jose de Anchieta Centro Paulista de Radio e TV Educativas – TV 
Cultura; Coordenador do Programa Tecnologias e Gestão Escolar Microsoft/CONSED/PUC-SP; membro do Fórum 
de Líderes da Microsoft; presidente do Instituto Lumiar e membro fundador do Instituto DNA-BRASIL. Membro do 
corpo editorial da Revista Cenpec, da revista Informática e Educação da SBIE e da Revista Eletrônica e-Curriculum. 
5[4] DELORS, JACQUES. A Educação para o Século XXI — Questões e Perspectivas. 1 ed. Porto Alegre: Artmed 
Brasil, 2005. 256 p. ISBN: 8536304359. 
 
 
 28 
• assegurar uma aprendizagem autônoma e associada à experiência; 
• possibilitar um ensino participativo, pelo uso intensivo das novas Tecnologias de 
Informação e Comunicação – TIC; 
• estimular a geração de uma cultura da educação continuada; 
• formar para a cidadania e para o compromisso social integrado à realidade 
socioeconômica brasileira; 
• articular a organização curricular com o mundo do trabalho e as demandas da 
sociedade organizada. 
 
c) Qualidade do conteúdo: 
 
O material instrucional impresso, utilizado nos cursos da UCB de EAD, se propõe a 
estabelecer uma inter-relação entre os diferentes atores que participam deste processo. 
Para tanto, estes textos foram organizados em uma linguagem “dialógica”, onde o autor 
estabelece uma “conversa pedagógica” com os alunos. Os textos objetivam criar um 
espaço de aprendizagem para que o aluno possa desenvolver reflexões e análises 
críticas, além de provocar a busca de novos conhecimentos. A ênfase dada a este 
processo privilegia a aprendizagem, buscando desenvolver um aluno independente e 
crítico. 
 
É importante salientar que os meios instrucionais por si (rádio, televisão, internet) não 
podem ser considerados como um programa de EAD. Para que se torne um programa 
desta natureza, é necessário que haja uma base teórica explícita, os objetivos definidos, 
uma utilização de metodologia adequada, um apoio institucional, e a existência de tutor 
capaz de fomentar e facilitar o aprendizado, de motivar o aluno a buscar o conhecimentopermanente. Dessa forma: 
 
• os conteúdos deverão ser efetivamente capazes de assegurar a aprendizagem 
nos níveis exigidos pelas Diretrizes Curriculares dos respectivos cursos e pelos 
padrões exigidos na UCB, em seu PDI; 
 29 
• os textos devem ser estruturados de forma adequada à metodologia utilizada em 
EAD, contendo atividades de estudo, estudos de caso, exercícios de fixação da 
aprendizagem, além de outras estratégias específicas de cada conteúdo. Todas 
as estratégias selecionadas devem ser organizadas para atingir as competências 
e objetivos propostos, possibilitando ao aluno inserir-se no campo de estudo e 
posicionar-se em relação às suas grandes questões. 
 
d) Adequabilidade Logística: 
 
Para atender aos objetivos acima, a UCB está sempre buscando: 
• Concepções gráficas e editoração que sejam instrumentos de motivação para o 
aluno; 
• Excelente qualidade na imagem das aulas transmitidas, com a supervisão 
pedagógica adequada e com a preparação do conferencista, no que concerne à 
apresentação na televisão; 
• Eficiência na distribuição dos materiais de ensino, fazendo com que os mesmos 
cheguem ao aluno em boas condições e nos prazos previstos; 
• Oferecimento de diversos meios de comunicação entre alunos e tutores ou 
professores, de forma a assegurar rápida resposta às dúvidas; 
• Sistema eficaz de auditoria e supervisão dos Polos para assegurar o cumprimento 
dos padrões e das normas acadêmicas; 
• Modernização constante dos equipamentos utilizados nos Polos; 
• Acesso presencial facilitado às Bibliotecas nos Polos e à Biblioteca da UCB. 
 
2) As providências e medidas corretivas, visando ao atendimento dos padrões de 
qualidade fixados pela Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC, com base nos 
diagnósticos elaborados pela nova Equipe de Coordenação da EAD na UCB e pelos 
fundamentos estabelecidos e descritos anteriormente, a EAD/UCB se apresenta hoje 
com as seguintes características: 
 
a) No que concerne ao Processo Pedagógico e às Metodologias Utilizadas: 
 30 
• Conteúdos: são elaborados por professores da UCB, ou ainda por especialistas 
renomados que, pela sua experiência e conhecimento, poderão contribuir 
efetivamente para o aprendizado dos estudantes. Em todas as disciplinas 
oferecidas são indicadas referências bibliográficas básicas, devidamente 
formatadas para uso na EAD, de forma a possibilitar a interatividade exigida em 
programas dessa natureza; a impressão dos conteúdos desenvolvidos é realizada 
em gráfica contratada pela universidade; a universidade também tem adquirido 
material impresso, sempre nos padrões exigidos para os cursos na modalidade 
EAD, no intuito de assegurar aos estudantes os meios indispensáveis a uma 
efetiva aprendizagem. 
• Avaliação do Desempenho do Estudante: as questões dos testes de avaliação são 
selecionadas de um banco de questões da própria universidade, que poderá ser 
analisado quando da visita dos avaliadores. Quando assumiu a gestão dos 
Programas de EAD, a atual coordenação da CEAD/UCB chamou a si tal 
responsabilidade e hoje as questões disponíveis no Banco de Questões – 
BQ/UCB – são propostas pelos professores dos cursos oferecidos pela 
universidade, tanto na modalidade presencial quanto a distância. Para a gestão 
desse banco foi designado o Coordenador Pedagógico da CEAD; para a 
distribuição das provas, a UCB se vale de empresa especializada no atendimento 
logístico, que tem por responsabilidade o encaminhamento das provas aos Polos, 
bem como de seu recolhimento, para correção. 
 
b) No que concerne ao Atendimento ao Discente: 
 
Como a UCB utiliza na sua metodologia os encontros presenciais, tanto para a 
apresentação dos videoaulas como para as aulas dos professores, tem sido 
desenvolvido um grande esforço para capacitar os tutores presenciais, no caso das 
víaeoaulas, para a realização de outras atividades que estimulem a aprendizagem. 
 
A capacitação dos tutores presenciais vem ocorrendo nos Polos de apoio presencial. 
A tutoria a distância é hoje realizada na sede da UCB em Realengo no Rio de Janeiro 
 31 
e, para tanto, a UCB oferece aos estudantes o atendimento por intermédio de um 
portal, chamado de Portal EAD/UCB6[5], que conta permanentemente com tutores em 
regime de plantão, para atendimento dos Núcleos Temáticos de Tutoria – NTT, além 
disso são selecionados monitores para a realização de algumas das atividades de 
apoio. 
 
Para a consecução de seus objetivos didáticos e pedagógicos, a UCB conta com o 
apoio de seus Polos, todos devidamente registrados no Sistema Integrado de 
Informações da Educação Superior – SIED/SUP do MEC, sendo que as condições 
para o credenciamento de Polos na UCB compreendem: 
o Existência de contrato firmado com o CER, em que o polo se compromete a 
atender aos requisitos fixados pelo MEC nos Instrumentos de Qualidade da 
EAD e às recomendações da universidade; 
o Infraestrutura em consonância com os Padrões de Qualidade do MEC: 
biblioteca; laboratório de informática, sala para encontros presenciais, sala 
para permanência dos tutores presenciais, equipamentos de multimídia, 
sistema de comunicação bidirecional com a UCB; 
o Recursos humanos compatíveis com as exigências dos padrões de 
qualidade: tutores com os níveis de titulação adequados, formação em 
EAD, permanência nos Polos nos horários previstos. 
 
Ainda em 2006, a UCB reafirmou com as instituições conveniadas, anteriormente citadas, 
a viabilização da sua atuação, com qualidade, em todas as unidades da Federação, 
garantindo o funcionamento de seus Polos de Apoio Presencial. 
 
Os 246 Polos de Apoio Presencial estão localizados nas regiões onde há siglas, em 
letra preta, dos respectivos Estados, sendo distribuídos por municípios, conforme tabela 
a seguir mostrada: 
 
 
6[5]
 O Portal de EAD/UCB oferece acesso aos materiais didáticos, ao sistema de registro acadêmico, ao sistema 
administrativo e financeiro, à biblioteca virtual, entre outras ferramentas do ensino a distância. 
 32 
UF MUNICIPIO 
AC 1 
AL 1 
AM 1 
CE 6 
DF 6 
ES 6 
GO 13 
MA 2 
MG 45 
PA 3 
PB 2 
PE 7 
PI 2 
PR 65 
RJ 32 
RN 2 
RO 1 
RS 37 
SC 13 
SE 1 
TOTAL 246 
 Fonte: CEAD, 2009 
Observação: Esta informação foi atualizada no segundo 
semestre de 2008. 
 
As ações detalhadas de atendimento ao discente estão descritas neste projeto no item 16 
ATENÇÃO AO DISCENTE. 
 
 
 
 33 
c) No que concerne ao Controle Acadêmico dos Estudantes: 
 
O registro acadêmico dos estudantes de graduação na modalidade a distância utiliza o 
mesmo sistema construído para os alunos dos cursos presenciais denominado WEBCAF, 
e descrito detalhadamente no item 16 ATENÇÃO AO DISCENTE do presente projeto; 
 
Visando a assegurar o atendimento aos padrões fixados, tanto pelo MEC como pela 
UCB, a CEAD instituiu em 2009 uma Comissão Permanente de Auditoria Acadêmica dos 
Polos, presidida pelo Vice-Reitor de Ensino de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, e 
que tem por atribuição visitar os Polos e verificar o cumprimento das condições de oferta. 
 
7- HISTÓRICO DO CURSO 
 
7.1 – A UCB e sua Trajetória 
 
A UCB, mantida pelo CER, desenvolve há três décadas atividades educacionais, 
integrando os Ensinos fundamental, Médio e Superior nas Zonas Oeste e Norte da 
cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro. Teve origem no Centro de 
Estudos Universitários Paulo Gissoni, fundado em 07/03/1971, conforme decisão da 
Assembleia Geral, realizada ao dia 23/02/1973, sendo denominada inicialmente de CER. 
 
Os primeiros cursos implantados foram nas áreas de Educação, Ciências e Letras ― na 
Faculdade Marechal Castelo Branco e de Educação Física ― na Faculdade de Educação 
Físicada Guanabara. Em 1975, as duas Faculdades passaram a constituir as 
Faculdades Integradas Castelo Branco – FICAB –, com aprovação do Regime Unificado, 
pelo parecer do Conselho Federal de Educação – CFE n.o 2903/71, de 01/07/75. 
 
Em 1976, houve a expansão das FICAB com a criação dos cursos superiores de 
Matemática e Pedagogia e, em 1989, dos cursos superiores de Serviço Social, 
Administração e Tecnólogo em Processamento de Dados. Iniciou-se então o processo 
formal da criação da UCB, com o acolhimento das FICAB pelo CFE em 18/02/91. No ano 
 34 
seguinte, foi aprovada a implementação do projeto da UCB, o qual incluiu a autorização 
para o funcionamento dos cursos de Física e Ciências Biológicas, ambos fundados em 
1992. 
 
O processo de desenvolvimento da UCB prosseguiu com o reconhecimento em 1993 dos 
cursos de graduação plena em Serviço Social, Administração, Tecnólogo em 
Processamento de Dados, bacharelado em Educação Física (com ênfase em Ciência da 
Performance Humana e Educação Física Especial) e em Pedagogia (com ênfase em 
Educação Especial). 
 
A instalação oficial da UCB ocorreu após a publicação da Portaria MEC n.º 1834, no 
DOU, do dia 29 de dezembro de 1994. 
 
A partir daí, a UCB criou novas unidades nos bairros do Recreio dos Bandeirantes, da 
Vila da Penha, do Centro e posteriormente em Rocha Miranda. 
 
Em 1997, foi elaborado o projeto pedagógico do curso de Medicina Veterinária, no 
campus Penha, em parceria com a Sociedade Nacional da Agricultura – SNA –, o qual 
obteve autorização para funcionamento pela Resolução n.º 02/97 do Conselho 
Universitário – CONSUN. 
 
A UCB foi credenciada no MEC em 2006 para oferta de cursos de pós-graduação e 
graduação a distância, tendo atualmente cerca de 30.000 alunos matriculados e 
gerenciados pela CEAD. 
 
A UCB oferece atualmente os cursos presenciais de graduação em Administração, 
Biomedicina, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, 
Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Letras, Matemática, Medicina Veterinária, 
Nutrição, Pedagogia, Serviço Social, Sistemas de Informação e Terapia Ocupacional, 
além de cursos Superiores de Tecnologia. 
 
 35 
Os cursos de Pós-graduação são oferecidos tanto na modalidade Lato Sensu 
(desenvolvidos prioritariamente em parcerias com outras instituições de ensino), como 
na modalidade Stricto Sensu, em Motricidade Humana, na área das Ciências da 
Saúde, em Educação Física, no campus do Recreio dos Bandeirantes. 
 
Em função da constante evolução dos métodos de ensino-aprendizagem e da 
transformação da sociedade na sociedade do conhecimento, a UCB vem promovendo 
ampla discussão acerca de seu Projeto Político Institucional – PPI – e do Projeto de 
Desenvolvimento Institucional – PDI –, reestruturando sua política de graduação, pós-
graduação, pesquisa e extensão e ampliando suas atividades acadêmicas. 
 
A UCB considera que, além de ser uma instituição plural e multidisciplinar, tem por 
obrigação apresentar-se à sociedade como instrumento eficaz de mudança, capaz de 
assegurar a eliminação das desigualdades sociais existentes no país. 
 
A UCB tem como finalidade formar profissionais para as diferentes áreas do 
conhecimento, tendo como princípios uma perspectiva de educação continuada, de 
construção e socialização de conhecimentos comprometidos, em seu conjunto, com os 
problemas da sociedade, da cultura, do meio ambiente, da ciência e da tecnologia, 
pautando a formação dos profissionais em princípios humanísticos, éticos e de exercício 
da cidadania. 
 
A Universidade considera, em consonância com o Plano Nacional de Graduação7, que a 
formação graduada de ensino não deve se restringir à perspectiva de uma 
profissionalização estrita especializada, mas há que propiciar a aquisição de 
competências de longo prazo, o domínio de métodos analíticos, de múltiplos códigos e 
linguagens, uma qualificação intelectual de natureza suficientemente ampla e abstrata 
para constituir, por sua vez, base sólida para a aquisição contínua e eficiente de 
conhecimentos específicos8. 
 
7
 BRASIL.. Lei 10172 de 9 de janeiro de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e da outras providencias. 
8
 César, E. E. B. “Princípios e Fundamentos do Plano Nacional de Graduação: uma introdução crítica no contexto de um 
 36 
 
Além das atribuições definidas em capítulo próprio da Constituição Federal9, as 
universidades devem procurar definir suas missões considerando as peculiaridades 
próprias e suas inserções no desenvolvimento local e regional. 
 
Neste contexto, a UCB considera que além de ser uma instituição plural e multidisciplinar, 
tem por obrigação apresentar-se à sociedade como um de seus instrumentos mais 
eficazes de mudança, capaz de assegurar a eliminação das desigualdades. 
 
7.2 – O Curso 
 
A autorização para funcionamento do curso de Pedagogia, modalidade presencial, na 
então Faculdade de Educação, Ciências e Letras Marechal Castelo Branco, foi 
efetivada em virtude dos Pareceres CFE n.º 249, de 06/02/73 (Doc. 147 - Brasília, 
fevereiro/1973); n.º 1.220, de 04/7/73 (Doc. 152 - Brasília, julho/ 1973); n.º 1.289, de 
09/8/73 (Doc. 153 - Brasília, outubro/ 1973), e Decreto n.º 72.895, de 09/10/73 (Doc. 
155 - Brasília, outubro/1973). 
 
Através do Parecer CFE n.º 4.220, de 09/3/76 (Doc. 193 - Brasília, dezembro/1976), o 
referido Curso é reconhecido e tem firmado esse reconhecimento através do Decreto 
n.º 79.362, de 09/3/77, publicado no Diário Oficial da União em 10/3/77, retificado pelo 
Decreto n.o 181.293, de 11/02/78, publicado em 02/02/78. 
 
O Parecer CFE n.º 3.119, de 07/11/77 (Doc. 204 – Brasília, novembro/1977), 
reconheceu os cursos mantidos pelas Faculdades Integradas Castelo Branco e o 
Parecer CFE n.º 91, de 27/01/81 (Doc. 242 – Brasília), determinantes para a vida na 
sociedade contemporânea, para oferecer um referencial de estímulo a outros estudos e 
assuntos da atualidade. A partir de então, desenvolveu, em seu sistema WEBCAF, um 
 
processo em construção”. IN: RODRIGUES, M. E. F. Resgatando espaços e construindo ideias: ForGRAD 1997 a 2002. 
Niterói: UFF, 2002: pág. 35. 
9
 Promulgada em 5 de outubro de 1988. 
 37 
ambiente de aprendizagem para facilitação do processo. 
 
A experiência em Educação a Distância da Universidade Castelo Branco se fez, 
inicialmente, em 1995, quando criou em sua estrutura a Coordenação de Educação a 
Distância – CEAD, com a finalidade de implantar o ensino a distância no âmbito da 
Universidade. A primeira medida para implementar esta modalidade de ensino foi 
debater e discutir no âmbito da universidade, com docentes e gestores, sobre as 
diretrizes que deveriam nortear a CEAD. 
 
Considerando os indicadores sociais e educacionais de nosso país, a nova LDB e as 
diretrizes de políticas educacionais, a UCB, na qualidade de Universidade, atuando na 
formação de Recursos Humanos, se propôs a desenvolver um Programa de Educação 
a Distância iniciando com cursos de Especialização para o qual obteve credenciamento 
pelo Parecer CES 0145/2002 publicado em DOU de 17/07/2002 e Parecer CES 
0297/2003. 
 
Em 2006, o Curso de Pedagogia a distância foi autorizado no ato do credenciamento 
(Portaria nº 874 de 07/04/2006) da UCB para ministrar cursos de graduação nesta 
modalidade, com abrangência nacional, por cinco anos, tendo sido apresentado um 
Projeto Pedagógico bastante similar ao do ofertado presencialmente, no que 
concernem as questões específicas e peculiares referentes à modalidade. 
 
Já no segundo semestre do ano referido, teve o início de seu funcionamento, com 
regime de matrícula semestrale encontros presenciais quinzenais, na Unidade Sede e 
também no Polo de Apoio Presencial de Mangaratiba, a partir de estabelecimento de 
parceria (Convênio n.º 06/2006) com a Prefeitura Municipal de Mangaratiba. 
 
A opção por convênios com prefeituras se justifica pelo fato de preservar o caráter 
extensionista da UCB, no caso, justificado pela demanda reprimida em municípios 
pertencentes ao Estado-sede da IES – entendendo-se aqui como uma atuação/inserção 
local e nacional. 
 38 
 
Considerando-se uma modalidade de ensino emergente na graduação, o ano de 2007 
foi permeado por sucessivas Normatizações e Portarias ministeriais visando à 
regulação e supervisão deste segmento e, como consequência imediata, a IES, em 
2008, revisa o Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia, de maneira a adequá-lo às 
exigências externas. 
 
Diante do exposto, a Universidade Castelo Branco vem reestruturando seu curso de 
Pedagogia/EAD a partir da regulamentação dos cursos de graduação na modalidade a 
distância, da literatura sobre o assunto e dos resultados dos debates ocorridos entre 
representantes dos corpos docente e discente, junto à coordenação deste curso. 
 
Ressalta-se que, embora com estratégias metodológicas distintas no referente ao agir 
local e global, o Curso pratica a mesma organização curricular, com mesma carga 
horária. Objetiva-se, a curto prazo, a convergência a partir do processo avaliativo que 
nos fornecerá uma base diagnóstica para decisões a serem tomadas em 2009, 
considerando-se a reforma curricular que a Universidade, de acordo com o seu PPI e 
PDI, vem planejando para implantação no próximo ano. 
 
Nessa perspectiva, a autoavaliação é considerada parte do processo como um 
poderoso instrumento a indicar as modificações que se fazem necessárias e as 
dimensões que, por serem eficazes, devam ser reforçadas. A trajetória do Curso de 
Pedagogia/EAD está no seu início e buscamos o seu aperfeiçoamento contínuo 
tomando como base a sua história e os resultados da avaliação. 
 
8 – OBJETIVOS DO CURSO 
8.1 – Gerais 
 
Os objetivos gerais do curso de Pedagogia da UCB compreendem: 
 
• Formar professores para atuarem na docência da Educação Infantil, nos anos iniciais 
 39 
do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos e no Ensino Médio 
(modalidade Normal), conscientes de sua responsabilidade político-social, capazes de 
assumir de maneira crítica, criativa e construtiva o trabalho pedagógico; 
• Formar profissionais capazes de participar da organização, gestão e avaliação de 
sistemas e instituições de ensino, em contextos escolares e não-escolares. 
 
 
8.2 – Específicos 
 
Os objetivos específicos do curso de Pedagogia são: 
 
• Formar educadores que sejam capazes, na prática, de demonstrar elevado nível de 
consciência crítica e criativa face à história e às reais condições de vida da sociedade 
brasileira; 
• Preparar docentes para o magistério na Educação Infantil, nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos e na formação de professores 
(modalidade Normal), respeitando e considerando as diferenças dos portadores de 
necessidades especiais, tendo em vista a abrangência e a diversidade da sua ação 
profissional diante da educação, entendida como atividade política que se realiza no 
âmbito da sociedade; 
• Formar o profissional para participar na gestão do trabalho pedagógico, incluindo o 
planejamento, a execução e a avaliação de sistemas, unidades e projetos 
educacionais, em contextos escolares e não-escolares; 
• Mediar a construção de uma prática pedagógica que demonstre fidelidade aos 
princípios fundamentais de uma educação humanística e cidadã; 
• Contribuir para o avanço de propostas da educação, em geral, e do ensino, em 
particular. 
 
 
 
 
 40 
9 – PERFIL DOS ALUNOS 
 
9.1 – Ingressantes 
 
Os ingressantes do Curso Pedagogia são oriundos de diferentes regiões do país, a 
maioria dos alunos já atua no mercado de trabalho e que, atraídos pela adequada 
oportunidade de uma capacitação e maior qualificação, busca seu crescimento 
profissional, por meio desta Licenciatura. Nesta visão o ingressante busca um 
aprofundamento teórico/prático, integrando-se à utilização dos conhecimentos políticos, 
pedagógicos e tecnológicos que permeiam o processo educacional. 
 
9.2 – Egressos 
 
O curso busca, portanto, um perfil que privilegia a formação do profissional, do docente 
e do cidadão, tendo a ética como princípio norteador de suas ações. Compõe esse 
perfil a possibilidade de tomar decisões com base em investigação, análise e avaliação 
de problemas e necessidades individuais, grupais, comunitárias e institucionais, ações 
essas pautadas pelo rigor científico e intelectual, e por princípios éticos rigorosos, 
visando à qualidade de vida e à melhoria do nível educacional. 
 
Objetiva-se, para tal, valorizar e promover posturas diante do conhecimento, do 
trabalho e das características pessoais, destacando-se, em relação a: 
 
§ Conhecimento: a autonomia para buscar no saber científico novos conhecimentos, 
bem como sua ampliação, integração, contextualização e produção a partir da realidade 
em que se insere; 
§ Pedagógico: ato de ensinar; 
§ Trabalho: a apreensão das demandas sociais e políticas, o atendimento para a 
abertura e redefinição de espaços, a contextualização de problemas, reflexão crítica 
sobre a atuação e seus resultados, repensando abordagens e alternativas, numa visão 
pluralista; 
 41 
§ Características Pessoais: o desenvolvimento de habilidades interpessoais de 
comunicabilidade, flexibilidade, argumentação, capacidade para sensibilização e 
engajamento das parcerias, capacidade reflexiva e de síntese de conhecimento e 
experiências, ser proativo, empreendedor, ações pautadas sob profunda consciência 
ética. 
 
Capacitado a atuar com senso de responsabilidade social e compromisso com a 
cidadania, busca, portanto, a formação integral do futuro egresso, com ênfase no 
desenvolvimento harmônico de todas as dimensões do indivíduo. Esta favorece tanto o 
crescimento para a autonomia do indivíduo como sua inserção na sociedade, para que 
possa assumir a herança das gerações anteriores e para que seja capaz, diante dos 
desafios do futuro, de tomar decisões responsáveis em nível científico, cultural, técnico, 
político e ético. Esta formação integral busca superar as visões justapostas da ação 
especializada e das diversas ciências, culturas e técnicas e estimula a tomada de 
consciência dos nexos entre as especializações e a dimensão global da vida humana e 
social. 
 
É característico para o aluno da UCB, além dos campos tradicionais da Pedagogia, a 
possibilidade de aprofundamentos na área de ensino previstos na estrutura curricular 
pela via do conhecimento disciplinar, da vivência e participação nas atividades na UCB 
e em instituições parceiras. 
 
Os egressos do Curso de Pedagogia da UCB deterão as competências necessárias 
para o exercício das práticas pedagógicas e responsabilidades profissionais exigidas e 
deverão estar capacitados com competências e habilidades específicas do professor, 
conforme definição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de 
professores. 
 
O professor deve ter consciência da realidade em que vai atuar, perceber que sua 
interferência deve ser pautada pelo rigor científico, estar em plena sintonia com as 
transformações teóricas e técnicas do cotidiano, constituindo-se desta forma num 
 42 
profissional atualizado e consciente do seu papel na sociedade. 
 
Além disso, é importante demonstrar caráter empreendedor, o que lhe possibilitará 
novas oportunidades no mercado de trabalho, e atuar de forma ética em sua construção 
e identificação profissional, respeitando os seres vivos e conduzindo suas pesquisas 
sob premissaslógicas e transparentes. 
 
9.3 – Campos de Atuação 
 
O campo de ação do licenciado em Pedagogia compreende: 
 
a) a docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na 
Educação de Jovens e Adultos, no Ensino Médio (modalidade Normal) e em 
cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como 
em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos; 
b) a participação na organização e gestão educacional dos processos educativos 
escolares e não-escolares; 
c) a produção e difusão do conhecimento científico e tecnológico da área 
educacional. 
 
 
10 – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE - NDE 
 
Entende-se o NDE como um conjunto de professores de elevada formação e titulação, 
contratados em tempo integral e parcial e que respondem mais diretamente pela 
criação, implantação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura 
em Pedagogia. 
 
São atribuições do NDE: 
 
a) Elaborar o projeto pedagógico do curso, sob a supervisão da Coordenação do Curso 
 43 
e orientação e acompanhamento da Assessoria de Desenvolvimento e Planejamento 
Pedagógico, definindo sua concepção e fundamentos; 
b) Estabelecer o perfil profissional do egresso do curso; 
c) Atualizar periodicamente o projeto pedagógico do curso; 
d) Conduzir os trabalhos de reestruturação curricular para análise da Assessoria de 
Desenvolvimento e Planejamento Pedagógico e posterior aprovação no Colegiado de 
Curso, sempre que necessário; 
e) Supervisionar as formas de avaliação de ensino e acompanhamento do curso, 
definidas pelo Colegiado; 
f) Analisar e avaliar, sob a supervisão da Assessoria de Desenvolvimento e 
Planejamento Pedagógico, os Planos de Ensino dos componentes curriculares; 
g) Promover a integração horizontal e vertical e a interdisciplinaridade proposta pelo 
Curso, respeitando os eixos estabelecidos pelo projeto pedagógico; 
h) Acompanhar as atividades do corpo docente, recomendando ao Colegiado de Curso 
a indicação ou substituição de docentes, quando necessário; 
i) Elaborar e implementar o acompanhamento do desempenho docente e discente, por 
meio de dados fornecidos pela Avaliação Institucional; 
j) Elaborar diagnóstico anual de aproveitamento discente por meio de diferentes 
instrumentos avaliativos. 
 
A designação dos representantes do NDE é feita pelo Vice-Reitor de Ensino de 
Graduação e Corpo Discente. 
 
11 – COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
 
O curso de Pedagogia deve abranger conteúdos e atividades que constituam base 
consistente para a formação do educador capaz de atender ao perfil do profissional 
pretendido pela Universidade Castelo Branco. 
 
Nessa direção, algumas competências e habilidades devem ser desenvolvidas, tais 
como: 
 44 
 
• Refletir como professor, educador, pesquisador e consultor, a partir de um 
pensamento coordenado e em bases lógicas, sobre a transformação dos 
paradigmas que têm orientado a Educação, o exercício aprimorado da cidadania e a 
emergência de novas formas de saber e suas possíveis implicações na realidade 
brasileira; 
• Compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a 
desenvolver suas dimensões física, psíquica, intelectual e social; 
• Fortalecer o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças do Ensino 
Fundamental e daqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade 
própria; 
• Reconhecer o impacto de novas tecnologias de comunicação no modo de 
percepção do homem contemporâneo, buscando estratégias inovadoras de 
utilização dessas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem; 
• Conhecer e aplicar os princípios, fundamentos e procedimentos da educação 
brasileira, expressos pelo poder público, que orientam as escolas dos diferentes 
sistemas de ensino na organização, na articulação, no desenvolvimento e na 
avaliação de propostas pedagógicas; 
• Compreender e valorizar as diferentes linguagens manifestadas nas sociedades 
contemporâneas e sua função na produção de conhecimento; 
• Articular ensino e pesquisa na produção do conhecimento e na prática pedagógica; 
• Compreender de forma ampla e consistente o fenômeno e a prática educativa que 
ocorrem em diferentes âmbitos e especialidades; 
• Estabelecer diálogo entre a área pedagógica e outras áreas específicas do 
conhecimento; 
• Promover a aprendizagem de sujeitos, em diferentes fases do desenvolvimento 
humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo, em espaços 
escolares e não-escolares; 
• Conhecer e aplicar adequadamente os conhecimentos específicos da área de 
Educação para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do 
mundo do trabalho e das condições do exercício profissional; 
 45 
• Exercer a docência, tendo uma prática que colabore na transformação da realidade, 
na direção de uma sociedade mais equânime; 
• Analisar criticamente as tendências pedagógicas e a tecnologia educacional, 
buscando a integração dos recursos da informática no projeto pedagógico da 
escola; 
• Ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes e 
Educação Física para os anos iniciais do Ensino Fundamental, de forma 
interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano; 
• Criar materiais pedagógicos adequados à utilização das tecnologias da informação 
e da comunicação nas práticas educativas; 
• Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e 
a comunidade; 
• Conhecer e utilizar processos e meios de comunicação em suas relações com os 
problemas educacionais; 
• Respeitar as diversidades sociocultural, ambiental-ecológica, étnico-racial, gênero e 
necessidades especiais; 
• Desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo diálogo entre a área educacional e 
as demais áreas do conhecimento; 
• Capacidade de identificar problemas socioculturais e educacionais, de propor 
soluções criativas às questões da qualidade do ensino e de tomar medidas que 
visem a superar a desigualdade social; 
• Capacidade para trabalhar junto a alunos com necessidades especiais, de modo a 
assegurar seus direitos de cidadania; 
• Capacidade de estabelecer diálogo entre as Ciências da Educação e as outras 
ciências; 
• Capacidade de atuação nas diferentes formas de gestão educacional, na 
organização do trabalho pedagógico e administrativo, no planejamento, na execução 
e avaliação da proposta pedagógica; 
• Identificar problemas socioculturais e educacionais, propondo respostas criativas às 
questões da qualidade do ensino e medidas que visem a superar a exclusão social; 
• Colaborar efetivamente na elaboração do projeto pedagógico, atuando no 
 46 
planejamento, organização, coordenação e avaliação do processo de construção do 
conhecimento, marcado por valores como solidariedade, cooperação, 
responsabilidade e compromisso, em ambientes escolares e não-escolares. 
 
 
12 – PRINCÍPIOS, ESTRUTURA E CONTEÚDOS CURRICULARES 
 
12.1 – Organização Curricular 
 
O currículo deve caracterizar as bases processuais da formação acadêmica e 
profissional. É um complexo dos diversos processos relacionadas com a formação 
profissional, cultural e humanística dos estudantes que deve ser traduzido por 
componentes curriculares que se organizam a partir de disciplinas, eixos, ênfases e/ou 
núcleos, que contemplem a inclusão desses diferentes componentes, os quais integram 
conteúdos em projetos, experiências e atividades acadêmicas, pesquisa e extensão, 
expressando a tradução das ações e movimentos necessários ao ensino e à 
aprendizagem. 
 
Para construí-lo, é necessária uma seleção de conhecimentos, competências, 
habilidades, atitudes, valores, metodologias e situações de aprendizagem consideradas 
importantes. Tem por referência determinados destinatários e contextos

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