Buscar

Resumo Capítulo 1 Livro "Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior", Pablo Rojas, 2014, Editora: Bookman

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Católica de Pernambuco 
Centro de Ciências Sociais 
GPO1017 – Operações Portuárias 
 
Resumo Capítulo 1 – Livro: Introdução à Logística Portuária e Noções de Comércio Exterior, 
Pablo Rojas, 2014, Editora: Bookman. 
 
Logística é o processo de gerenciar (planejar, implementar e controlar) os fluxos de 
materiais (matérias-primas, produtos em processamento e acabados) e de informações ao 
longo de suas cadeias de suprimentos, visando satisfazer as necessidades dos clientes da 
melhor maneira e ao menor custo possível. 
A evolução da logística empresarial se deu a partir de 1950, quando as empresas 
passaram a dar mais atenção à satisfação dos clientes e à qualidade dos seus produtos, 
resultando desses processos, alguns conceitos utilizados na logística empresarial. Neste 
período, as empresas começaram a desenvolver seus canais de distribuição, encontrando estes 
canais inseridos na cadeia logística, seus participantes são: os fabricantes, 
atacadistas/distribuidores, varejistas e consumidores, tendo como função a indução e 
satisfação da demanda, a disponibilização de serviços pós-compras e a troca de informações. 
Na década de 1970, a logística passou a ser vista com mais importância devido à crise 
do petróleo. Nessa época surgiu o software material requirement planning (MRP), utilizado 
para dar eficácia às práticas logísticas e as suas necessidades de relacionamento, além dos 
sistemas Just In Time e Kaban, ambos criados no Japão e aplicados nas empresas do mundo 
todo, eles objetivam agilizar a produção e o trabalho com baixo volume de estoques. 
No Brasil, a logística começou a ter mais destaque e se desenvolver a partir dos anos 
1990, com a estabilização da economia. As atividades logísticas no Brasil tiveram como foco 
inicial a administração de custos e o desenvolvimento de softwares, como código de barras e 
sistemas de roteirização. 
Dentro do contexto apresentado anteriormente, torna-se necessário apresentar, 
descrever e identificar os modais de transporte, meios básicos de movimentação que dão 
suporte às operações portuárias cujo quais são classificados segundo o ambiente que utilizam: 
aquaviário (marítimo e hidroviário); terrestre (ferroviário, rodoviário e dutoviário) e aéreo. 
Modal Aquaviário: de acordo com Rojas (2014), o transporte aquaviário é o mais 
antigo modal de transporte de cargas e passageiros utilizado. Ele se divide em lacustre, mais 
restrito a algumas regiões do planeta, utilizando lagos faz-se a ligação entre cidades, países ou 
continentes; fluvial, é limitado pela posição do rio e caso o usuário não esteja próximo do rio, 
exige que se utilize um modal complementar, tendo condições semelhantes ao transporte de 
cargas e pessoas à distância; e marítimo, este modal é o mais utilizado no comércio exterior 
visto que há possibilidade do transporte de diferentes tipos de cargas com maiores 
quantidades. Dentro do modal marítimo há a cabotagem, compreendida pela navegação 
realizada dentro da costa marítima e entre os portos de um mesmo país, e a navegação de 
longo curso que acontece entre os portos de diferentes países tanto por vias lacustres, quanto 
fluviais e marítimas. À cerca dos transportes aquaviários podemos citar os tipos de navios que 
são classificados de acordo com suas finalidades e/ou destinos, são eles: militar (destinados a 
operações militares); comercial (utilizados no transporte de passageiros, cruzeiros); de carga, 
que se subdividem em graneleiros, carga unitizada (porta-contentores, Ro-Ro-roll-on/roll-off e 
porta-barcaças) e carga geral (multi purpose, box type, heavy lift e reefer); indústria (pesca, 
FPSO – Floating Production, Storage and Offloading, Shuttle tankers, dragas e lança-cabos) e 
auxiliares (rebocadores, pilotos, supply, salvamentos, combate a incêndios, combate à 
poluição, quebra-gelos e pesquisa). 
Em relação às características operacionais do modal aquaviário, temos como 
vantagens: a maior capacidade de carga, o transporte de qualquer tipo de carga e o menor 
custo de transporte quando comparado com outros modais, na maioria das situações; já nas 
desvantagens podemos citar: a necessidade de transbordo nos portos, a distância dos centros 
de produção e distribuição e a maior exigência de embalagens. 
Sobre o frete marítimo há alguns critérios como: frete básico, ad valorem, sobretaxa 
de combustível (bunker surcharge), taxa para volumes pesados (heavy lift charge), sobretaxa 
de congestionamento (port congestion surcharge), fator de ajuste cambial - CAF (currency 
adjustment factor), adicional de porto, adicional de risco contra guerra e a taxa adicional de 
frete para renovação da marinha mercante – AFRMM. 
Modal Ferroviário: o modal ferroviário pode ser utilizado no transporte de pessoas 
e/ou materiais e produtos. É realizado por meio de vias férreas (estradas de ferro – transporte 
sobre trilhos) e seus vagões são adaptados a sua finalidade. Os trens, em geral, possuem 
conjuntos de até 100 vagões e podem transportar por cada vagão cerca de 72 toneladas. 
Apesar de ter menor custo de frete, ele não apresenta ser tão ágil quanto os outros modais. 
Suas principais vantagens são: sua adequação para longas distâncias, menor custo de seguro, 
menor custo de frete e baixo consumo de energia por valor transportado; já suas desvantagens 
compreendem: a diferença da largura de bitolas, menor flexibilidade dos trajetos, sua 
necessidade de maior transbordo e seu elevado custo de manutenção. O frete ferroviário pode 
ser calculado segundo a ocupação do vagão, total (carga cheia e frete menor) ou parcial (frete 
maior). 
Modal Rodoviário: no Brasil, o transporte rodoviário é um dos mais importantes meios 
de condução de cargas, materiais e pessoas. Seu custo é sobrecarregado pelos fatores 
humanos (falta de capacitação de grande parte dos proprietários dos veículos de transporte de 
cargas); empresariais, segundo Rojas (2014), 20% dos veículos de transporte rodoviário no 
Brasil pertencem às empresas que os utilizam, apenas 29% pertencem ás transportadoras e 
51% da frota pertence a motoristas autônomos; e outros fatores (má conservação das 
rodovias, elevado índice de roubos de carga, frota com veículos antigos). Quanto às vantagens 
no transporte rodoviário, temos: a flexibilidade de acesso a diferentes pontos, possibilidade de 
transportar diferentes tipos de cargas, rapidez na entrega em distâncias curtas, menor custo 
de embalagem; já nas desvantagens podemos citar: elevado custo em grandes distâncias, baixa 
capacidade de carga, frete alto em relação aos modais ferroviários e aquaviários, além de ser 
um modal de grande poluição em relação à quantidade de carga transportada. 
Modal aeroviário: as principais características do modal aeroviário são agilidade, 
segurança e praticidade. É indicado para transportar mercadorias que possuam as seguintes 
características: alto valor agregado, alta rotatividade, pequeno volume, pequeno prazo de 
armazenagem e necessidade de entrega imediata. As principais vantagens deste modal são: 
velocidade, baixo custo deseguros, baixo custo de estocagem e atendimento de regiões de 
difícil acesso suas desvantagens são alto custo operacional, infraestrutura complexa e cara 
para operação, baixa capacidade de carga em comparação aos modais ferroviário e aquaviário, 
e restrição às cargas perigosas distribuídas em classes de risco de 1 a 9. O frete neste tipo de 
transporte é calculado por meio do peso ou do volume da mercadoria (cubagem), sendo 
considerado aquele que proporcionar o maior valor. 
Modal dutoviário: este modal é feito por dutos que são chamados de gasodutos, 
oleodutos e minerodutos. Para o transporte utilizando este modal, os produtos precisam 
apresentar consistência gasosa ou líquida. No caso do mineroduto, os minérios são misturados 
à água formando uma pasta chamada de slurry. As dutovias são compostas por: terminais (que 
fazem a propulsão dos produtos), tubos e juntas de união. Suas vantagens são: transporte 
ininterrupto do produto, baixo custo operacional, alta confiabilidade, baixo risco de danos ou 
perdas de produtos, dispensa armazenamento e, a carga e descarga são simplificadas; já suas 
desvantagens compreendem: limitação do uso pelo tipo de produto, disponibilidade depende 
do uso de outros usuários, baixa velocidade e custo fixo elevado. 
Serviços Logísticos integrados: são aqueles que utilizam mais de um modal de 
transporte na mesma operação. Uma característica importante nos serviços logísticos 
integrados é a troca de equipamentos entre os diversos modais. Realizado com enfoque 
sistêmico, ele é importante para países com dimensões continentais como o Brasil, além de ser 
indispensável no comércio internacional. Suas principais vantagens são: melhor desempenho 
operacional, menor risco de avarias e danos, mais rapidez e agilidade e melhor qualidade no 
processo de transporte. Nas operações integradas o principal equipamento é o contêiner, e 
estes podem ser: Dry container 20’ e 40’ (estrutura de aço carbono com medidas de 20’, o 
mais curto e 40’, o mais longo, é muito utilizado para cargas secas em geral e tem capacidade 
entre 24.000 até 30.480kg); High cube container 40’ (com 9,6 metros de altura tem a mesma 
finalidade do dry container de 40’, entretanto possui maior capacidade em sua cubagem); 
Open top 20’ e 40’ (estrutura em aço carbono com medidas de 20’ e 40’, é utilizado para 
cargas com excesso de altura e que não podem ser molhadas, sua capacidade é de 30.480kg); 
e Flat rack 20’ e 40’ (estrutura em aço carbono com características de uma prancha com 
laterais abertas e sem cobertura, é utilizado para carregamento de cargas pesadas e 
maquinários, sua capacidade vai de até 34.000kg pro contêiner de 20’, e de até 50.000kg pro 
contêiner de 40’). 
Cadeia de Suprimentos: as atividades da cadeia de suprimentos estão ligadas à 
estratégia das empresas e se dividem em: planejamento (feito sobre as considerações de 
previsão de demanda, precificação e gestão de inventário), compras (define fornecedores, 
velocidade de entrega, qualidade dos produtos e flexibilidade da produção, sobre dois 
aspectos: seleção de fornecedores e contas a pagar), produção (seu foco deve ser a demanda e 
o desejo de seus clientes) e entrega (gestão de transportes e gestão de pedidos e entregas) 
A gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management) aborda de forma 
integral todo o composto da logística e planejamento (componente estratégico), que 
englobam questões relacionadas à cadeia de abastecimento.

Continue navegando