Prévia do material em texto
Ca´lculo das Probabilidades I - Prova Final (Gabarito) - 2018/1 Prof. Hugo Carvalho 13/07/2018 Questa˜o 1: a) A probabilidade do indiv´ıduo ter sido beneficiado pelo tratamento, pelo Teorema de Bayes, e´ dada por: P(beneficiado|2 resfriados) = P(2 resf.|benef.)P(benef.) P(2 resf.|benef.)P(benef.) + P(2 resf.|na˜o-benef.)P(na˜o-benef.) = e−3 3 2 2! × 34 e−3 322! × 34 + e−5 5 2 2! × 14 = 27e−3 27e−3 + 25e−5 ≈ 0,889. b) Questa˜o 2: a) 1 = ∫ 1 0 ∫ 1 0 c(x+ y2) dxdy = c ∫ 1 0 [ x2 2 + xy2 ]x=1 x=0 dy = c ∫ 1 0 1 2 + y2 dy = c [ y 2 + y3 3 ]y=1 y=0 = c 5 6 , de modo que c = 6/5. b) A distirbuic¸a˜o condicional de X dado que Y = y e´ dada por fX|Y (x|y) = f(x, y) fY (y) . Primeiramente, calculemos a marginal em Y : fY (y) = ∫ 1 0 6 5 (x+ y2) dx = 6 5 [ x2 2 + xy2 ]x=1 x=0 = 6 5 [ 1 2 + y2 ] , para 0 ≤ y ≤ 1. Assim, a condicional para Y = 1/2 e´ dada por fX|Y (x|1/2) = f(x, 1/2) fY (1/2) = 4 3 [ x+ 1 4 ] , para 0 ≤ x ≤ 1, e finalmente, a probabilidade desejada e´ dada por P(X ≥ 1/3|Y = 1/2) = ∫ 1 1/3 fX|Y (x|1/2) dx = ∫ 1 1/3 4 3 [ x+ 1 4 ] dx = 4 3 [ x2 2 + x 8 ]x=1 x=1/3 = 4 3 [ 1 2 + 1 4 − 1 18 − 1 12 ] ≈ 0,815. Questa˜o 3: Para calular a variaˆncia de √ X, note que V( √ X) = E[( √ X)2]− E[ √ X]2 = E[X]− E[ √ X]2 = λ− E[ √ X]2. Usemos a expansa˜o em polinoˆmio de Taylor de g(x) = √ x para calcular E[ √ X]. Note que g′(x) = 12x −1/2 e g′′(x) = − 14x−3/2, de modo que expansa˜o de Taylor de g(x) = √ x em torno de λ e´ dada por √ x ≈ √ λ+ 1 2 λ−1/2(x− λ)− 1 8 λ−3/2(x− λ)2, e portanto, √ X ≈ λ1/2 + 1 2 λ−1/2(X − λ)− 1 8 λ−3/2(X − λ)2. Temos que: E[ √ X] ≈ E [ λ1/2 + 1 2 λ−1/2(X − λ)− 1 8 λ−3/2(X − λ)2 ] = λ1/2 + 1 2 λ−1/2E[(X − λ)]− 1 8 λ−3/2E[(X − λ)2] = λ1/2 + 0− 1 8 λ−3/2V(X) = λ1/2 + 0− 1 8 λ−3/2λ = λ1/2 − 1 8 λ−1/2. Finalmente, temos que V( √ X) ≈ λ− E[ √ X]2 = λ− ( λ1/2 − 1 8 λ−1/2 )2 = λ− ( λ− 1 4 + 1 64 λ−1 ) = 1 4 + 1 64 λ−1. Caso queiramos uma precisa˜o de 2 casas decimais, um valor de λ = 4 ja´ se faz suficiente, pois teremos 164λ −1 ≈ 0,004. Questa˜o 4: Denote por Y o tempo para realizar todo o procedimento de manutenc¸a˜o em uma ma´quina, medido em horas. Dessa forma, temos que Y = X1 + X2, onde X1 ∼ Exp(3) e X2 ∼ Exp(2). Temos enta˜o que E[Y ] = 5/6 e V(Y ) = 13/36. a) Sejam Y1, . . . , Y20 os tempos para realizar cada uma das 20 manutenc¸o˜es. Usemos o Teorema Central do Limite para aproximar a probabilidade desejada. Denote por Z uma varia´vel aleato´ria normal padra˜o. Temos que: P(Y1 + · · ·+ Y20 ≤ 8) = P (∑20 i=1 Yi − 20× 56√ 20×√13/6 ≤ 8− 20× 56√ 20×√13/6 ) ≈ P(Z ≤ −3,22) = P(Z ≥ 3,22) = 1− P(Z < 3,22) = 1− 0,9994 = 0,0006. b) Queremos o valor de t tal que seja satisfeita a equac¸a˜o abaixo: 0,95 = P(Y1 + · · ·+ Y20 ≤ t) = P (∑20 i=1 Yi − 20× 56√ 20×√13/6 ≤ t− 20× 56√ 20×√13/6 ) ≈ P ( Z ≤ t− 50/3√ 260/6 ) , o que nos da´ t− 50/3√ 260/6 = 1,64, que resolvendo para t, implica em um tempo de 21,07 horas. c) Queremos o valor de n tal que seja satisfeita a equac¸a˜o abaixo: 0,95 = P(Y1 + · · ·+ Yn ≤ 8) = P (∑n i=1 Yi − n× 56√ n×√13/6 ≤ 8− n× 56√ n×√13/6 ) ≈ P ( Z ≤ 8− n× 5 6√ n×√13/6 ) , ou seja, queremos resolver em n a equac¸a˜o 8− 56n√ 13n/6 = 1,64, que e´ equivalente a 48− 5n = 5,91√n. Fazendo a mudanc¸a de varia´vel m = √ n, temos a seguinte equac¸a˜o do segundo grau 48− 5m2 = 5,91m = 0, cuja u´nica raiz positiva e´ dada por 2,56, implicando em um valor de n igual a 2,562 = 6,55. Portanto, o nu´mero ma´ximo de itens que o te´cnico pode garantir consertar em 8 horas com 95% de probabilidade e´ de 6.