Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Professor Thales Machado Quimica Teoria 1 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca, sem dúvida um dos 4 maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem 7 existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de 10Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação? O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de31 comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto, como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação da sociedade. Professor Thales Machado Quimica Teoria 2 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de Alexandria? In : João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com adaptações). Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a seguir. 1 Infere-se do texto que a descoberta arqueológica da tumba de Ramsés precede as investigações de arqueólogos acerca da biblioteca de Alexandria. 2 Depreende-se do texto que a pesquisa arqueológica deve prescindir de fontes documentais e concentrar-se na avaliação de achados materiais. “Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação? O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos.” 3- Das ideias do texto depreende-se que, para um bom entendimento da história do rádio como meio de comunicação, por exemplo, é preciso atentar, entre outros aspectos, não só para o modo como se ouviu e se ouve rádio (individual ou coletivamente), mas também para os diversos formatos desse aparelho, desde seu surgimento Segundo parágrafo: O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. 4 O vocábulo “epígrafe” (R .2) significa inscrição sobre a lápide de túmulos ou sobre monumentos funerários e é usado no texto como metáfora tanto da materialidade tumular da biblioteca de Alexandria, quanto do tempo decorrido desde sua existência até o presente. Primeiro parágrafo: Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. Professor Thales Machado Quimica Teoria 3 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 5 A pergunta às linhas 16-17 poderia ser suprimida do texto sem prejuízo para a sua coerência. Final do primeiro parágrafo: “Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação?” 6 De acordo com o texto, após muitos anos de pesquisa frustrada, baseada em pressupostos culturais equivocados, os arqueólogos encontraram as ruínas da biblioteca de Alexandria e os rolos que constituíam seu acervo. “Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. (...) a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. TEXTO: Eu resolvera passar o dia com os trabalhadores da estiva e via-os vir chegando a balançar o corpo, com a comida debaixo do braço, muito modestos. Em pouco, a beira do cais 4 ficou coalhada. Durante a última greve, um delegado de polícia dissera-me: — São criaturas ferozes! (...) Logo que o saveiro atracou, eles treparam pelas escadas, rápidos; oito homens desapareceram na face aberta do porão, despiram-se, enquanto os outros rodeavam o guincho e as correntes de ferro começavam a ir e vir do porão para o saveiro, do saveiro para o porão, carregadas de sacas de café. Era regular, matemático, a oscilação de um lento e formidável relógio. Aqueles seres ligavam-se aos guinchos; eram parte da máquina; agiam inconscientemente. Quinze minutos depois de 16 iniciado o trabalho, suavam arrancando as camisas. Não falavam, não tinham palavras inúteis. Quando a pilha de sacas estava feita, erguiam a cabeça e esperavam nova carga. Que 19 fazer? Aquilo tinha que ser até às 5 da tarde. (...) Esses homens têm uma forçade vontade incrível. Fizeram com o próprio esforço uma classe, impuseram-na. Hoje, estão todos ligados, exercendo uma mútua polícia para a moralização da classe. A União dos Operários Estivadores consegue, com uns estatutos que a defendem habilmente, o seu nobre fim. (...) Que querem eles? Apenas ser considerados homens ignificados pelo esforço e a diminuição das horas de trabalho, para descansar e para viver. João do Rio. Os trabalhadores de estiva. In: A alma encantadora das ruas. Professor Thales Machado Quimica Teoria 4 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br Paris: Garnier, 1908. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações). 7 Com o período “Era regular (...) formidável relógio” (R.12-13), o autor descreve a ida e vinda dos trabalhadores entre o porão e o saveiro, em termos que aproximam o ritmo da atividade humana ao da atividade das máquinas. 8 A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o trecho “Esses homens têm (...) impuseram-na” (R.20-21) fosse reescrito do seguinte modo: Esses trabalhadores eram de uma força de vontade extraordinária, porquanto estabeleceram uma associação independente que se tornou de afiliação obrigatória. “Esses homens têm uma força de vontade incrível. Fizeram com o próprio esforço uma classe, impuseram-na.” 9 Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o último parágrafo fosse reescrito da seguinte forma: O que quer essa união a não ser sua dignidade como trabalhadores e a redução das horas reconhecidas, para que possam descansar e viver? “Que querem eles? Apenas ser considerados homens dignificados pelo esforço e a diminuição das horas de trabalho, para descansar e para viver.” 10- O texto revela realidades jurídicas associadas, por exemplo, a relações de trabalho e a direitos sindicais. TEXTO: De início, não existiam direitos, mas poderes. Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só 4 deixou de exercer sua força perante uma força maior. No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então que começou propriamente a incursão do consciente e do raciocínio no mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita. Fracos unidos não deixam de constituir uma força. E os fracos, os primeiros ladinos e sofistas, os primeiros inteligentes da história da humanidade, procuraram submeter aquelas relações até então naturais, biológicas e necessárias, ao domínio do pensamento. Surgiu, como defesa, a ideia de que, apesar de não terem força, tinham direitos. Novas noções de 16 Justiça, Caridade, Igualdade e Dever foram se insinuando naquele grupo primitivo, instiladas pelos que delas necessitavam, tão certo como o é o fato de os primeiros 19 remédios terem sido inventados pelos doentes. No espírito do homem, foi se formando a correspondente daquela revolta: um superego mais ou menos forte, que daí em diante regeria e 22 fiscalizaria as relações do novo homem com os seus semelhantes, impedindo-lhe a perpetração de atos considerados por todos como proibidos. (...) Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio nascimento e natureza. Igualados pelas mesmas condições, afrouxados na sua agressividade de animal pelo nascimento do superego, fizeram uma espécie de tratado de paz, as leis, pelas quais os interesses e os “proibidos” não seriam violados reciprocamente, sob a garantia de uma punição por parte da coletividade. Clarice Lispector. Observações sobre o fundamento do direito de Professor Thales Machado Quimica Teoria 5 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br punir. In: Aparecida Maria Nunes (Org.). Clarice na cabeceira. Rio de Janeiro: Rocco, 2012, p. 67-8 (com adaptações). A respeito do texto acima, julgue os próximos itens. 11 Constrói-se no texto uma dicotomia que opõe fraqueza, racionalidade e inteligência, de um lado, a força física, primitivismo e agressividade animalesca, de outro, sendo a formação da sociedade entendida como o resultado do embate entre esses dois opostos das qualidades humanas. “Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior. No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então que começou propriamente a incursão do consciente e do raciocínio no mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita. ... Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio nascimento e natureza.” 14 Os elementos “Igualados” (R.26) e “afrouxados” (R.27), assim como “fizeram” (R.28), estão ligados por relação que os associa à ideia de homem, descrito em linhas gerais, no texto, como “o mais forte e musculoso” (R.25) e “ menos poderoso pelo próprio nascimento e natureza” (R.25-26). 25“Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio nascimento e natureza. Igualados pelas mesmas condições, afrouxados na sua agressividade de animal pelo nascimento do superego, fizeram uma espécie de tratado de paz, as leis, pelas quais os interesses e os “proibidos” não seriam violados reciprocamente, sob a garantia de uma punição por parte da coletividade.” 15 Sem prejuízo para o sentido original do texto e para sua correção gramatical, o segundo período pode ser reescrito da seguinte forma: Assim que pôde se vingar da ofensa sofrida e perceber que essa vingança lhe era agradável e útil para repelir novos ofensores, o ser humano nunca deixou de impor sua força as pessoas mais fracas. ITEM: Assim que pôde se vingar da ofensa sofrida e perceber que essa vingança lhe era agradável e útil para repelir novos ofensores, o ser humano nunca deixou de impor sua força as pessoas mais fracas. TEXTO: “Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior.” Professor Thales Machado Quimica Teoria 6 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 16 O princípio da explicação dada pela autora para a criação dos direitos é comparado àquele que motiva a criação de remédios e pode ser expresso pelo seguinte dito popular: A necessidade e a fome aguçam o engenho. 16“Novas noções de Justiça, Caridade, Igualdade e Dever foram se insinuando naquele grupo primitivo, instiladas pelos que delas necessitavam, tão certo como o é o fato de os primeiros remédios terem sido inventados pelos doentes.” 17 O texto tem caráter predominantemente dissertativo e argumentativo, embora nele possam ser identificados trechos que remetam ao tipo narrativo. “De início, não existiam direitos, mas poderes. Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior. No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então que começou propriamente a incursão do conscientee do raciocínio no mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita.” Texto: Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três1 décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria,4 estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu na subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de7 alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — ou do inconsciente, como queiram. A rigor, não há grande diferença entre o emprego10 dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo humano; já13 a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, o fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem16 um papel decisivo na produção “inconsciente” da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem inconsciente de seus sintomas é o mesmo que19 desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade em que22 vivemos se diz “de mercado”, é porque a mercadoria é o grande organizador do laço social. Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas.São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações). Com relação às ideias desenvolvidas no texto acima e a seus aspectos gramaticais, julgue os itens subsequentes. 2 A informação que inicia o texto é suficiente para se inferir que Freud conheceu a obra de Marx, mas o contrário não é verdadeiro, visto que esses pensadores não foram contemporâneos. “Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três décadas antes de Freud.” 3 A expressão “dessas duas palavras” (R .11), como comprovam as ideias desenvolvidas no parágrafo em que ela ocorre, remete não aos dois vocábulos que imediatamente a precedem — “mais-valia” (R .8) e “inconsciente” (R .9) —, mas, sim, a “fetichismo” (R .7) e “alienação” (R .8). Professor Thales Machado Quimica Teoria 7 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br “...estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu na subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de7 alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — ou do inconsciente, como queiram. A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo” histórico. 4 Depreende-se da argumentação apresentada que a autora do texto, ao aproximar conceitos presentes nos estudos de Marx e de Freud, busca demonstrar que, nas sociedades “de mercado”, a “divisão do sujeito” (R .14) se processa de forma análoga na subjetividade dos indivíduos e na relação de trabalho. “... Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo humano; já a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, o fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem um papel decisivo na produção “inconsciente” da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem inconsciente de seus sintomas é o mesmo que19 desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade em que22 vivemos se diz “de mercado”, é porque a mercadoria é o grande organizador do laço.” social. COESÃO - POR REFERÊNCIA - POR SUBSTITUIÇÃO (NOMINAL, VERBAL, FRASAL) - Pedro comprou um carro novo e José também. - Os políticos brasileiros roubam bilhões por ano, precisamos lutar para mudar isso. - POR CONJUNÇÃO - POR ELIPSE (NOMINAL, VERBAL, FRASAL) - LEXICAL (REPETIÇÃO, SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HIPERONÍMIA, HIPONÍMIA) “O setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs) impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, organizacionais, sociais e institucionais, gerando novas possibilidades de retorno econômico e social nas mais variadas atividades. Por contribuir para a elevação do valor agregado da produção, com reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da população, esse ramo vem obtendo status privilegiado em diversas políticas e programas nacionais para a ampliação do acesso às telecomunicações, aceleração da informatização e mitigação da exclusão digital.” (SERPRO/NS/2013) ( ) Pelas relações de sequenciação e Concatenação estabelecidas entre os elementos textuais, depreende-se que a expressão “esse ramo” (R.7-8), retoma diretamente o termo “tecnologias” (R.1). Professor Thales Machado Quimica Teoria 8 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br “O Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) busca promover a inclusão digital e social das comunidades excluídas do universo das tecnologias da informação e comunicação (TIC). O Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), maior empresa de TIC da América Latina, utiliza sua competência tecnológica e seu compromisso social nesse programa de uso intensivo da tecnologia da informação Para ampliar a cidadania e combater a Pobreza, objetivando garantir a inserção do indivíduo na sociedade da informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. Implantado em 2003, esse programa é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa, em sintonia com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal.’ (SERPRO/NM/2013) ( ) As expressões “nesse programa” (L.7-8) e “esse programa” (L.12) são elementos de coesão textual que retomam o antecedente “Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID)” (L.1). “Nos últimos dez anos, o comércio exterior brasileiro foi rebocado pelo crescimento chinês baseado em uma rápida urbanização e em pesados investimentos em infraestrutura. Esse estilo de crescimento gerou uma enorme demanda de commodities, especialmente de alimentos, minérios e aço.” ( ) A expressão “Esse estilo de crescimento” (l.4) tem a função coesiva de retomar informação anterior, contida no trecho “baseado em uma rápida urbanização e em pesados investimentos em infraestrutura” (l.2-3). “Não poderia ser de outra forma: nossa rivalidade, que é acentuada no terreno esportivo, deve ter o limite do bom senso, da solidariedade e da colaboração mútua.” ( ) O sinal de dois-pontos justifica-se porque antecede uma explicação e poderia ser corretamente substituído por uma vírgula seguida de uma das seguintes conjunções: já que, visto que, uma vez que. 1-Causais: porque, pois, porquanto, como, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como 2- Comparativas (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se. 3- Concessivas embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que. 4-Condicionais se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que. 5-Proporcionais Professor Thales Machado Quimica Teoria 9 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais),quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos) 6-temporais quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que] 7-Conformativas conforme, como, segundo, consoante 8- Consecutivas tanto que, tal que, de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que 9-Finais para que, a fim de que, que 1-Aditiva: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e etc. 2-Adversativa: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc 3-Alternativa: ou…ou, ou, ora…ora,já…já, quer…quer, etc. 4-Explicativa: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo). 5-Conclusiva: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, ( ) Pelos sentidos do texto, a expressão “seu vizinho continental mais influente” (l.3) deve ser interpretada como Argentina. “ A escolha de um argentino para o comando da Igreja Católica reacendeu o debate a respeito da rivalidade histórica entre o Brasil e seu vizinho continental mais influente.” ( ) Embora pareçam remeter a um mesmo referente, as expressões “comando da Igreja Católica” (l.1-2), “trono de São Pedro” (l.7), “o cargo” (l.9) e “cargo mais elevado da Igreja” (l.13-14) referem-se a ideias e realidades diferentes. “A escolha de um argentino para o comando da Igreja Católica reacendeu o debate a respeito da rivalidade histórica entre o Brasil e seu vizinho continental mais influente. A agência de notícias Associated Press chegou a produzir uma reportagem, divulgada por meios de comunicação de diversas partes do mundo, afirmando que a eleição do cardeal Jorge Bergoglio para o trono de São Pedro foi “uma adaga no coração do Brasil”, que tinha pelo menos um candidato bem cotado para o cargo. Não foi exatamente assim. Ainda que, em um primeiro momento, possa ter havido surpresa e até uma leve frustração com a escolha do cardeal portenho, a verdade é que os Professor Thales Machado Quimica Teoria 10 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br brasileiros receberam com respeito e simpatia a ascensão de um latino-americano ao cargo mais elevado da Igreja. Nesta hora, vale mais o sentimento de pertencer ao mesmo continente do que a oposição fronteiriça.” O direito e seu conjunto de atos e procedimentos podem ser observados como atos literários, e um dos fatores que pode explicar essa visão do direito como literatura é o fato de que, devido à tradição positivista do direito, os atos jurídicos são, via de regra, reduzidos a termo, isto é, transformam-se em textos narrativos acerca de um fato. Sob a ótica da literatura, esses atos escritos do sistema jurídico são formas de contar e de repassar uma história. Assim, é perfeitamente possível conceber, por exemplo, uma sentença como uma peça com personagens, início, enredo e fim. Nessa esteira de raciocínio, a citação de jurisprudência e precedentes em uma petição seria um relato inserido em outro, adaptado à necessidade de um suporte jurídico. ( ) No primeiro parágrafo, as expressões “conjunto de atos e procedimentos” (l.1), “os atos jurídicos” (l.4-5) e “esses atos escritos do sistema jurídico” (l.7) são parte de rede semântica construída no texto que inclui, por exemplo, “sentença” (l.9) e “petição” (l.12). ( ) A forma pronominal “los”, em “investigá-los” (l.8), retoma o antecedente “casos de desaparecimento” (l.2). “Na cidade do Rio de Janeiro, são registrados, em média, 5.200 casos de desaparecimento por ano. Alguns dos desaparecidos voltam para casa dias depois; outros, para desespero dos familiares, são encontrados mortos — em ocorrências que variam de acidentes, como atropelamento ou afogamento, a assassinatos. Centenas de casos, no entanto, ficam sem solução. Uma policial civil resolveu investigá-los formalmente. Foram avaliados cerca de duzentos casos não solucionados de desaparecimento, ocorridos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2010. ( ) A expressão “essa dinâmica perversa” (l.13) está empregada em referência à “lógica” (l.8) que se revela no trecho “Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado” (l.5-8). “A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as perspectivas de uns em benefício de outros. Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado. Dessa lógica resulta, inevitavelmente, que aos esforços de uns em prol da concretização da igualdade se contraponham os interesses de outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas e atraiam considerável resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos grupos socialmente fragilizados.” ( ) O termo “deles” (l.16) faz referência ao elemento “protagonistas prováveis da conduta regulada” (l.15-16), que, por sua vez, retoma a ideia veiculada por “meros espectadores” ( ) Sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical, os dois primeiros períodos do texto poderiam ser condensados no seguinte período: A discriminação, elemento indissociável do relacionamento entre seres humanos, Professor Thales Machado Quimica Teoria 11 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva, porquanto corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de uns em benefício de outros. “A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as perspectivas de uns em benefício de outros.” ( ) Na linha 12, o pronome “que” faz referência à “crise da própria instituição policial”. “No Brasil, a concentração de entrada das mulheres na polícia deu-se na década de 80 do século passado, coincidindo com um momento de crise da própria instituição policial, que, por sua vez, refletia uma crise mais ampla do modo de organização do trabalho nas sociedades contemporâneas.” “...Do mesmo modo, a exigência excessiva por um mal sofrido transforma o exercício do direito em uma manifestação de vingança pura e simples. Nesse caso, a justiça muda de lado: ela se desloca para o lado do adversário. De acordo com a tradição da jurisprudentia romana, a advertência de Cícero manifesta exatamente esse sentido. Com frequência, disse ele, há ocasiões em que os atos que nos parecem os mais dignos de um homem justo transmudam-se no seu contrário. É o caso, por exemplo, do dever de respeitar a promessa feita, ou de cumprir o contratado. Se a prática do ato devido prejudica o devedor, sem nenhum proveito para o credor, o não cumprimento da palavra dada é plenamente justificado, pois a justiça nos obriga a dar sempre preferência ao bem sobre o mal...” ( ) O termo “devido” (l.15) está empregado, no texto, com o sentido de merecido, justo. ( ) Na linha 22, o termo “Segundo” equivale a Consoante. “Segundo avaliação do Global Wind Energy Council, organismo internacional que reúne entidades e empresas relacionadas à produção de energia eólica, o Brasil é o paísmais promissor do mundo no que se refere à produção desse tipo de energia, com destaque para a região nordeste,...” “...Sou contra o crescimento pelo crescimento, e ofereço todas as minhas críticas àqueles que são a favor. Entretanto, àqueles que não buscam nenhum crescimento, como é o caso da Europa hoje em dia, minhas críticas são ainda mais severas. Adam Smith estava certo quando observou que o crescimento aumenta a renda da população e, assim, amplia a capacidade das pessoas de ter acesso a melhores condições de vida...” ( ) O advérbio “assim” (R.14) resume e retoma a ideia expressa na oração anterior àquela em que se insere. ( ) Na linha 2, o termo “Desde” expressa circunstância de condição. “O investimento em energia eólica vem aumentando nos últimos anos no contexto energético brasileiro. Desde a criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, com os consequentes leilões de compra e venda de energia, a participação desse tipo de energia na matriz elétrica brasileira passou de pouco mais de 20 MW para 7 aproximadamente 1.180 MW.” No período ‘Como é simples transportá-las, os custos logísticos são baixos’, a primeira oração expressa, em relação à segunda, circunstância de: Professor Thales Machado Quimica Teoria 12 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br A conformidade. B comparação. C tempo. D causa. E consequência. ( ) Mantendo-se a correção gramatical do texto e seu sentido original, no trecho “um grande móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o enriquecimento rápido” (l.5-6), o termo “móvel” poderia ser substituído por meio. “...A figura do jovem revoltado precisa ser reexaminada. Seu comportamento não se explica pela fome nem pela miséria absoluta. Pelos seus próprios depoimentos, recolhidos em conversas fora dos inquéritos policiais, um grande móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o enriquecimento rápido.” A O sentido do texto seria preservado caso se substituísse: A- “leva” (l.9) por transporta. B “uma vez” (l.13) por já. C “impacta” (l.15) por se choca D “proporcionando” (R.19) por tornando proporcional. “O principal objetivo do horário de verão é o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a se reduzir a concentração de consumo de energia elétrica no horário entre dezoito e vinte horas. A redução no consumo simultâneo, considerando-se os vários usos possíveis, prolonga esse período de maior consumo até as vinte e duas horas, diminuindo o seu valor máximo, chamado de demanda. Esse fato leva a um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição, reduzindo o risco de não atendimento às cargas no horário de ponta, em uma época do ano em que o sistema é normalmente submetido às mais severas condições operacionais, uma vez que esse é um período de grande consumo. A redução da demanda máxima impacta também a necessidade de novos investimentos em geração e transmissão de energia elétrica, que diminui. Assim, a redução dos picos máximos nos horários de demanda por energia, proporcionando uma utilização mais uniforme durante o dia, é uma medida de eficiência energética.” ( ) No desenvolvimento textual, as expressões “para aprimorar” (R.5) e “para favorecer” (R.6) expressam finalidade. “...É fundamental também usar os frutos do crescimento, para aprimorar a qualidade de vida da população de maneira abrangente, e não apenas para favorecer certos grupos.” ( ) A expressão “com vistas” (L.15), bem como a palavra “para” (L.17), introduzem orações que expressam sentido de finalidade em relação às orações às quais se subordinam. Professor Thales Machado Quimica Teoria 13 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br “...De acordo com o edital de privatização, as empresas que ganharam o direito de explorá-las deveriam ampliar o seu número de faixas e construir contornos e ramais com vistas a desatar os nós que as asfixiam. A reportagem percorreu de carro 4.500 quilômetros dessas estradas para chegar a uma conclusão assustadora. Quatro anos depois da privatização “baratinha”, nenhuma das grandes obras previstas saiu do papel.” ( ) No último período do texto, o conectivo “e” (l.22) liga duas orações que expressam modos pelos quais o “governo federal vem buscando conferir maior racionalidade à gestão de pessoas no serviço público” (l.19-20). “... o governo federal vem buscando conferir maior racionalidade à gestão de pessoas no serviço público, atentando para as necessidades mais prementes de áreas que implementam programas fundamentais para o país e esforçando-se para profissionalizar cada vez mais a gestão pública.” ( ) Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas originalmente construídas pelo autor, o trecho “não se excluem, mas integram-se e completam-se” (R.1-2) pode ser assim reescrito: não se excluem, contudo, integram- se e completam-se. “Na literatura, verdade e beleza não se excluem, mas integram-se e completam-se, em uma relação de afinidade.” ( ) Sem prejuízo para a sua correção gramatical, o primeiro período do texto poderia ser assim reescrito: A espécie humana distingue-se entre si no que concerne a anatomia e a fisiologia, por meio do dimorfismo sexual, embora seja falso crer que as diferenças de comportamento verificado entre as pessoas de sexo distinto determine-se de forma biológica. “A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente por meio do dimorfismo sexual, mas é falso acreditar que as diferenças de comportamento existentes entre as pessoas de sexos diferentes sejam determinadas biologicamente.” ( ) Mantendo-se a correção gramatical do texto, o trecho “Carregar cerca de vinte litros de água sobre a cabeça implica, na verdade, um esforço físico considerável” (R .8-10) poderia ser reescrito da seguinte forma: Para que se carreguem aproximadamente vinte litros d’água na cabeça, requer-se, na realidade, um imenso esforço físico. ( )O trecho “O papel do Estado, para isso, é fundamental, na medida em que dispõe das ferramentas necessárias à promoção de políticas públicas que combatam desigualdades em vários níveis” (R.8-11) poderia ser reescrito, preservando-se a correção gramatical e as ideias originais do texto, da seguinte forma: Para isso, o papel do Estado é fundamental, porque ele conta com as ferramentas necessárias para promover políticas públicas para combater desigualdades em vários níveis. Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do último período do fragmento IV, a expressão adverbial “em 2011” (R.10) poderia ser deslocada, com a vírgula que a sucede, para o início do período, desde que suprimida a vírgula após “que” (R.10) e feitas as devidas alterações no emprego de maiúsculas e minúsculas. “Calcula-se que, em 2011, mais de 2,3 trilhões de mensagens de texto tenham sido enviadas em todo o mundo.” Professor Thales Machado Quimica Teoria 14 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br “O crime organizado, por suas características empresariais ilegais, é altamente concentrador de renda. Não sofre nenhum tipo de limitação das leis de mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para os seus peões” ( ) O trecho do texto composto pelo segundo e pelo terceiro períodos do segundo parágrafo do texto poderia, sem prejuízo do seu sentido original, ser reescrito da seguinte forma: O crime organizadoé altamente concentrador de renda, porquanto apresenta características empresariais ilegais: não sofre nenhum tipo de limitação das leis de mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para os seus peões. ( ) O trecho :“A policial civil... policiais.” (R.24-27) poderia se reescrito da seguinte forma: A policial civil defende que o tipo de registro atribuído à desaparição seja revisto e que o inquérito seja efetuado com mais atenção pelos policiais. “A policial civil defende que não apenas seja revisto o tipo de registro atribuído ao desaparecimento, mas também que o próprio inquérito seja realizado com mais atenção pelos policiais.” TEXTO: Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de desenvolvimento. Em outra frente, o MI tem incentivado os estados a elaborar planos diretores de irrigação, com indicadores, metas e prioridades para a agricultura irrigada. Esse é um instrumento estratégico para a política pública voltada para o setor. Com a nova Política Nacional de Irrigação, o governo federal visa ao aumento da produtividade, de forma sustentável, e à redução de riscos climáticos. O uso das técnicas de irrigação pode aumentar a produtividade da lavoura, contribuindo para a preservação dos biomas brasileiros, uma vez que se reduz a demanda pela expansão da fronteira agrícola. A irrigação pode trazer ao produtor rural ganhos de produtividade muito elevados. Para algumas culturas, esse índice pode chegar a 300%. Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações). ( )Predominam no texto as estruturas próprias da narrativa. TEXTO 1 Agora olhavam as lojas, as toldas, a mesa do leilão. E conferenciavam pasmados. Tinham percebido que havia muitas pessoas no mundo. Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos. Comunicaram baixinho um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossível imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho Professor Thales Machado Quimica Teoria 15 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br hesitou, espiou as 5lojas, as toldas iluminadas, as moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ouvido do irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misteriosas. Não tinham sido feitas por gente. E os indivíduos que mexiam nelas cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e medrosos, falavam baixo para não desencadear as forças estranhas que elas porventura encerrassem. Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1972, p.125. ( ) Considerando-se a linguagem usada pelo escritor para narrar a experiência dos meninos na cidade, é correto afirmar que a questão abordada no texto pode ser considerada “intrincada” (L.8) não apenas para os personagens, mas também para o autor e o leitor. TEXTO: 1 Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, o canadense envia as mensagens desde 1996. O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem rumar de preferência para oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar para ele. As respostas vieram de regiões como África, Rússia, Holanda, Reino Unido, França, Irlanda e Estados Unidos da América. Ele acabou fazendo amigos com as mensagens, criando “vínculos” — recebeu até presentes e cartões de Natal. O canadense diz que continua adorando se comunicar dessa maneira e afirma que o método chega a ser, muitas vezes, mais “eficaz” do que a comunicação por Facebook e Twitter. Intencionalmente, nunca coloca o número de telefone nas mensagens, para recebê-las de volta da mesma maneira. Amanda Camasmie. Canadense prova que comunicação em alto mar é eficaz. In: Época Negócios. Internet ( ) O texto apresenta características narrativas e dissertativas 1 A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação — que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário. A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, desde sua criação, em 2003, vem elaborando mecanismos de formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007 a Secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos alternativos. Professor Thales Machado Quimica Teoria 16 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações). ( ) Por meio do texto, que se caracteriza como informativo, são divulgados aspectos gerais da economia solidária e ações desenvolvidas pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, em prol desse programa de geração de trabalho e renda.
Compartilhar