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Apostila 001 Interpretação de Texto Aline Rizzi

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Prévia do material em texto

Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
1 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
 Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma 
epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da 
biblioteca, sem dúvida um dos 4 maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de 
arqueólogos. Inutilmente. 
 
Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem 7 existido? Persistiam, contudo, 
numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a 
solução do enigma. O acervo da biblioteca de 10Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição 
por certo ingênua, ou seja, atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. 
Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a 
biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. 
Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? 
Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, 
mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração a 
materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca 
estruturada para colecionar livros e não rolos. 
Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de 
comunicação? 
 O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a 
qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. 
 Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da 
cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de31 comunicação, instituições e hábitos mentais de 
uma época determinada. 
Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica 
ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador 
em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de 
comunicação. 
Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade muito diferente da 
que será criada pelo advento e difusão da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo 
do circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um certo retorno do corpo, mas sob o 
signo da virtualidade. 
Compreender, portanto, como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é fundamental para 
se entender como chegam a interferir na própria ordenação da sociedade. 
 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
2 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de Alexandria? In : João C. de C. Rocha 
(Org.). Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com 
adaptações). 
Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a seguir. 
 
1 Infere-se do texto que a descoberta arqueológica da tumba de Ramsés precede as investigações de arqueólogos 
acerca da biblioteca de Alexandria. 
 
2 Depreende-se do texto que a pesquisa arqueológica deve prescindir de fontes documentais e concentrar-se na 
avaliação de achados materiais. 
“Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de 
comunicação? 
 O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a 
qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos.” 
 
3- Das ideias do texto depreende-se que, para um bom entendimento da história do rádio como meio de 
comunicação, por exemplo, é preciso atentar, entre outros aspectos, não só para o modo como se ouviu e se ouve 
rádio (individual ou coletivamente), mas também para os diversos formatos desse aparelho, desde seu surgimento 
Segundo parágrafo: 
O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os 
valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o 
meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui 
as relações entre meio de comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o 
entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra 
elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, 
o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. 
4 O vocábulo “epígrafe” (R .2) significa inscrição sobre a lápide de túmulos ou sobre monumentos funerários e é 
usado no texto como metáfora tanto da materialidade tumular da biblioteca de Alexandria, quanto do tempo 
decorrido desde sua existência até o presente. 
Primeiro parágrafo: 
Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe 
perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
3 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
 
5 A pergunta às linhas 16-17 poderia ser suprimida do texto sem prejuízo para a sua coerência. 
Final do primeiro parágrafo: 
 “Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos 
meios de comunicação?” 
6 De acordo com o texto, após muitos anos de pesquisa frustrada, baseada em pressupostos culturais equivocados, 
os arqueólogos encontraram as ruínas da biblioteca de Alexandria e os rolos que constituíam seu acervo. 
“Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de 
milhares de rolos. 
(...) 
a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. 
TEXTO: 
 Eu resolvera passar o dia com os trabalhadores da estiva e via-os vir chegando a balançar o corpo, com a 
comida debaixo do braço, muito modestos. Em pouco, a beira do cais 4 ficou coalhada. Durante a última greve, um 
delegado de polícia dissera-me: 
— São criaturas ferozes! (...) 
 Logo que o saveiro atracou, eles treparam pelas escadas, rápidos; oito homens desapareceram na face 
aberta do porão, despiram-se, enquanto os outros rodeavam o guincho e as correntes de ferro começavam a ir e vir 
do porão para o saveiro, do saveiro para o porão, carregadas de sacas de café. 
Era regular, matemático, a oscilação de um lento e formidável relógio. 
 Aqueles seres ligavam-se aos guinchos; eram parte da máquina; agiam inconscientemente. Quinze minutos 
depois de 16 iniciado o trabalho, suavam arrancando as camisas. Não falavam, não tinham palavras inúteis. Quando 
a pilha de sacas estava feita, erguiam a cabeça e esperavam nova carga. Que 19 fazer? Aquilo tinha que ser até às 5 
da tarde. (...) 
Esses homens têm uma forçade vontade incrível. Fizeram com o próprio esforço uma classe, impuseram-na. Hoje, 
estão todos ligados, exercendo uma mútua polícia para a moralização da classe. A União dos Operários Estivadores 
consegue, com uns estatutos que a defendem habilmente, o seu nobre fim. (...) 
Que querem eles? Apenas ser considerados homens ignificados pelo esforço e a diminuição das horas de trabalho, 
para descansar e para viver. 
João do Rio. Os trabalhadores de estiva. In: A alma encantadora das ruas. 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
4 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
Paris: Garnier, 1908. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações). 
7 Com o período “Era regular (...) formidável relógio” (R.12-13), o autor descreve a ida e vinda dos trabalhadores 
entre o porão e o saveiro, em termos que aproximam o ritmo da atividade humana ao da atividade das máquinas. 
 
8 A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o trecho “Esses homens têm (...) 
impuseram-na” (R.20-21) fosse reescrito do seguinte modo: Esses trabalhadores eram de uma força de vontade 
extraordinária, porquanto estabeleceram uma associação independente que se tornou de afiliação obrigatória. 
“Esses homens têm uma força de vontade incrível. Fizeram com o próprio esforço uma classe, impuseram-na.” 
9 Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o último parágrafo fosse reescrito da seguinte 
forma: O que quer essa união a não ser sua dignidade como trabalhadores e a redução das horas reconhecidas, para 
que possam descansar e viver? 
“Que querem eles? Apenas ser considerados homens dignificados pelo esforço e a diminuição das horas de trabalho, 
para descansar e para viver.” 
10- O texto revela realidades jurídicas associadas, por exemplo, a relações de trabalho e a direitos sindicais. 
TEXTO: 
 De início, não existiam direitos, mas poderes. Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e 
verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só 4 deixou de exercer sua força perante uma 
força maior. No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de 
muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então que começou propriamente a incursão do 
consciente e do raciocínio no mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita. 
Fracos unidos não deixam de constituir uma força. E os fracos, os primeiros ladinos e sofistas, os primeiros 
inteligentes da história da humanidade, procuraram submeter aquelas relações até então naturais, biológicas e 
necessárias, ao domínio do pensamento. Surgiu, como defesa, a ideia de que, apesar de não terem força, tinham 
direitos. Novas noções de 16 Justiça, Caridade, Igualdade e Dever foram se insinuando naquele grupo primitivo, 
 instiladas pelos que delas necessitavam, tão certo como o é o fato de os primeiros 19 remédios terem sido 
inventados pelos doentes. No espírito do homem, foi se formando a correspondente daquela revolta: um superego 
mais ou menos forte, que daí em diante regeria e 22 fiscalizaria as relações do novo homem com os seus 
semelhantes, impedindo-lhe a perpetração de atos considerados por todos como proibidos. (...) 
Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio 
nascimento e natureza. Igualados pelas mesmas condições, afrouxados na sua agressividade de animal pelo 
nascimento do superego, fizeram uma espécie de tratado de paz, as leis, pelas quais os interesses e os “proibidos” 
não seriam violados reciprocamente, sob a garantia de uma punição por parte da coletividade. 
Clarice Lispector. Observações sobre o fundamento do direito de 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
5 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
punir. In: Aparecida Maria Nunes (Org.). Clarice na cabeceira. 
Rio de Janeiro: Rocco, 2012, p. 67-8 (com adaptações). 
A respeito do texto acima, julgue os próximos itens. 
 
11 Constrói-se no texto uma dicotomia que opõe fraqueza, racionalidade e inteligência, de um lado, a força física, 
primitivismo e agressividade animalesca, de outro, sendo a formação da sociedade entendida como o resultado do 
embate entre esses dois opostos das qualidades humanas. 
“Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a 
reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior. No entanto, como acontece muitas vezes no 
domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de muito a ação que a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então 
que começou propriamente a incursão do consciente e do raciocínio no mecanismo social, ou melhor, foi aí que 
começou a sociedade propriamente dita. 
... 
Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio 
nascimento e natureza.” 
14 Os elementos “Igualados” (R.26) e “afrouxados” (R.27), assim como “fizeram” (R.28), estão ligados por relação 
que os associa à ideia de homem, descrito em linhas gerais, no texto, como “o mais forte e musculoso” (R.25) e “ 
menos poderoso pelo próprio nascimento e natureza” (R.25-26). 
25“Na resolução de seus litígios, não mais aparecia o mais forte e musculoso diante do menos poderoso pelo próprio 
nascimento e natureza. Igualados pelas mesmas condições, afrouxados na sua agressividade de animal pelo 
nascimento do superego, fizeram uma espécie de tratado de paz, as leis, pelas quais os interesses e os “proibidos” 
não seriam violados reciprocamente, sob a garantia de uma punição por parte da coletividade.” 
15 Sem prejuízo para o sentido original do texto e para sua correção gramatical, o segundo período pode ser 
reescrito da seguinte forma: Assim que pôde se vingar da ofensa sofrida e perceber que essa vingança lhe era 
agradável e útil para repelir novos ofensores, o ser humano nunca deixou de impor sua força as pessoas mais fracas. 
ITEM: 
Assim que pôde se vingar da ofensa sofrida e perceber que essa vingança lhe era agradável e útil para repelir novos 
ofensores, o ser humano nunca deixou de impor sua força as pessoas mais fracas. 
TEXTO: 
“Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou que tal vingança o satisfazia e atemorizava a 
reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior.” 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
6 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
16 O princípio da explicação dada pela autora para a criação dos direitos é comparado àquele que motiva a criação 
de remédios e pode ser expresso pelo seguinte dito popular: A necessidade e a fome aguçam o engenho. 
16“Novas noções de Justiça, Caridade, Igualdade e Dever foram se insinuando naquele grupo primitivo, instiladas 
pelos que delas necessitavam, tão certo como o é o fato de os primeiros remédios terem sido inventados pelos 
doentes.” 
17 O texto tem caráter predominantemente dissertativo e argumentativo, embora nele possam ser identificados 
trechos que remetam ao tipo narrativo. 
 “De início, não existiam direitos, mas poderes. Desde que o homem pôde vingar a ofensa a ele dirigida e verificou 
que tal vingança o satisfazia e atemorizava a reincidência, só deixou de exercer sua força perante uma força maior. 
No entanto, como acontece muitas vezes no domínio biológico, a reação começou a ultrapassar de muito a ação que 
a provocara. Os fracos uniram-se; e foi então que começou propriamente a incursão do conscientee do raciocínio no 
mecanismo social, ou melhor, foi aí que começou a sociedade propriamente dita.” 
Texto: 
Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três1 décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente 
exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria,4 
estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu na 
subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de7 alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — 
ou do inconsciente, como queiram. 
A rigor, não há grande diferença entre o emprego10 dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. 
Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo 
humano; já13 a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, 
o fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem16 um papel decisivo na produção 
“inconsciente” da mais-valia. 
O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem inconsciente de seus sintomas é o 
mesmo que19 desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder encantatório das mercadorias é 
condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade em que22 vivemos se diz “de 
mercado”, é porque a mercadoria é o grande organizador do laço social. 
Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas.São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações). 
Com relação às ideias desenvolvidas no texto acima e a seus aspectos gramaticais, julgue os itens subsequentes. 
 2 A informação que inicia o texto é suficiente para se inferir que Freud conheceu a obra de Marx, mas o contrário 
não é verdadeiro, visto que esses pensadores não foram contemporâneos. 
“Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente 
três décadas antes de Freud.” 
3 A expressão “dessas duas palavras” (R .11), como comprovam as ideias desenvolvidas no parágrafo em que ela 
ocorre, remete não aos dois vocábulos que imediatamente a precedem — “mais-valia” (R .8) e “inconsciente” (R .9) 
—, mas, sim, a “fetichismo” (R .7) e “alienação” (R .8). 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
7 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
“...estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu 
na subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de7 alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia 
— ou do inconsciente, como queiram. A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na 
psicanálise e no materialismo” histórico. 
4 Depreende-se da argumentação apresentada que a autora do texto, ao aproximar conceitos presentes nos estudos 
de Marx e de Freud, busca demonstrar que, nas sociedades “de mercado”, a “divisão do sujeito” (R .14) se processa 
de forma análoga na subjetividade dos indivíduos e na relação de trabalho. 
“... Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo 
humano; já a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, o 
fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem um papel decisivo na produção 
“inconsciente” da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem 
inconsciente de seus sintomas é o mesmo que19 desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder 
encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade 
em que22 vivemos se diz “de mercado”, é porque a mercadoria é o grande organizador do laço.” social. 
COESÃO 
- POR REFERÊNCIA 
- POR SUBSTITUIÇÃO (NOMINAL, VERBAL, FRASAL) 
- Pedro comprou um carro novo e José também. 
- Os políticos brasileiros roubam bilhões por ano, precisamos lutar para mudar isso. 
- POR CONJUNÇÃO 
- POR ELIPSE (NOMINAL, VERBAL, FRASAL) 
- LEXICAL (REPETIÇÃO, SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HIPERONÍMIA, HIPONÍMIA) 
“O setor de tecnologias da informação e comunicação 
(TICs) impulsiona um conjunto de inovações técnico-científicas, organizacionais, sociais e institucionais, gerando 
novas possibilidades de retorno econômico e social nas mais variadas atividades. Por contribuir para a elevação do 
valor agregado da produção, com reflexos positivos no emprego, na renda e na qualidade de vida da população, 
esse ramo vem obtendo status privilegiado em diversas políticas e programas nacionais para a ampliação do acesso 
às telecomunicações, aceleração da informatização e mitigação da exclusão digital.” 
(SERPRO/NS/2013) 
 
 
 ( ) Pelas relações de sequenciação e Concatenação estabelecidas entre os elementos textuais, depreende-se que a 
expressão “esse ramo” (R.7-8), retoma diretamente o termo “tecnologias” (R.1). 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
8 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
“O Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID) busca promover a inclusão digital e social das comunidades excluídas 
do universo das tecnologias da informação e comunicação (TIC). O Serviço Federal de Processamento de Dados 
(SERPRO), maior empresa de TIC da América Latina, utiliza sua competência tecnológica e seu compromisso social 
nesse programa de uso intensivo da tecnologia da informação 
Para ampliar a cidadania e combater a Pobreza, objetivando garantir a inserção do indivíduo na sociedade da 
informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. Implantado em 2003, esse programa é uma das ações 
amparadas pela política de Responsabilidade Social e 
Cidadania da Empresa, em sintonia 
 com o Programa Brasileiro de Inclusão 
Digital do Governo Federal.’ 
(SERPRO/NM/2013) 
 ( ) As expressões “nesse programa” (L.7-8) e “esse programa” (L.12) são elementos de coesão textual que retomam 
o antecedente “Programa SERPRO de Inclusão Digital (PSID)” (L.1). 
“Nos últimos dez anos, o comércio exterior brasileiro foi rebocado pelo crescimento chinês baseado em uma rápida 
urbanização e em pesados investimentos em infraestrutura. Esse estilo de crescimento gerou uma enorme 
demanda de commodities, especialmente de alimentos, minérios e aço.” 
( ) A expressão “Esse estilo de crescimento” (l.4) tem a função coesiva de retomar informação anterior, contida no 
trecho “baseado em uma rápida urbanização e em pesados investimentos em infraestrutura” (l.2-3). 
“Não poderia ser de outra forma: nossa rivalidade, que é acentuada no terreno esportivo, deve ter o limite do bom 
senso, da solidariedade e da colaboração mútua.” 
( ) O sinal de dois-pontos justifica-se porque antecede uma explicação e poderia ser corretamente substituído por 
uma vírgula seguida de uma das seguintes conjunções: já que, visto que, uma vez que. 
1-Causais: 
porque, pois, porquanto, como, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como 
2- Comparativas 
(mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se. 
3- Concessivas 
embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem 
que. 
4-Condicionais 
se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que. 
5-Proporcionais 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
9 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais),quanto mais (tanto mais), quanto 
mais … (menos), quanto mais … (tanto menos) 
6-temporais 
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, 
cada vez que, apenas, mal, que [= desde que] 
7-Conformativas 
conforme, como, segundo, consoante 
8- Consecutivas 
tanto que, tal que, de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que 
9-Finais 
para que, a fim de que, que 
1-Aditiva: e, nem, mas também, como também, além de (disso, disto, aquilo), quanto (depois de tanto), bem como e 
etc. 
2-Adversativa: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, senão, não obstante, contudo, etc 
3-Alternativa: ou…ou, ou, ora…ora,já…já, quer…quer, etc. 
4-Explicativa: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo). 
5-Conclusiva: pois (posposta ao verbo), logo, portanto, então, 
( ) Pelos sentidos do texto, a expressão “seu vizinho continental mais influente” (l.3) deve ser interpretada como 
Argentina. 
“ A escolha de um argentino para o comando da Igreja Católica reacendeu o debate a respeito da rivalidade histórica 
entre o Brasil e seu vizinho continental mais influente.” 
( ) Embora pareçam remeter a um mesmo referente, as expressões “comando da Igreja Católica” (l.1-2), “trono de 
São Pedro” (l.7), “o cargo” (l.9) e “cargo mais elevado da Igreja” (l.13-14) referem-se a ideias e realidades diferentes. 
 “A escolha de um argentino para o comando da Igreja Católica reacendeu o debate a respeito da rivalidade 
histórica entre o Brasil e seu vizinho continental mais influente. A agência de notícias Associated Press chegou a 
produzir uma reportagem, divulgada por meios de comunicação de diversas partes do mundo, afirmando que a 
eleição do cardeal Jorge Bergoglio para o trono de São Pedro foi “uma adaga no coração do Brasil”, que tinha pelo 
menos um candidato bem cotado para o cargo. Não foi exatamente assim. Ainda que, em um primeiro momento, 
possa ter havido surpresa e até uma leve frustração com a escolha do cardeal portenho, a verdade é que os 
 
 
Professor Thales Machado 
Quimica 
Teoria 
 
 
10 É PROIBIDO REPRODUZIR OU COMERCIALIZAR www.estudioaulas.com.br 
 
brasileiros receberam com respeito e simpatia a ascensão de um latino-americano ao cargo mais elevado da Igreja. 
Nesta hora, vale mais o sentimento de pertencer ao mesmo continente do que a oposição fronteiriça.” 
O direito e seu conjunto de atos e procedimentos podem ser observados como atos literários, e um dos fatores que 
pode explicar essa visão do direito como literatura é o fato de que, devido à tradição positivista do direito, os atos 
jurídicos são, via de regra, reduzidos a termo, isto é, transformam-se em textos narrativos acerca de um fato. Sob a 
ótica da literatura, esses atos escritos do sistema jurídico são formas de contar e de repassar uma história. Assim, é 
perfeitamente possível conceber, por exemplo, uma sentença como uma peça com personagens, início, enredo e 
fim. Nessa esteira de raciocínio, a citação de jurisprudência e precedentes em uma petição seria um relato inserido 
em outro, adaptado à 
necessidade de um suporte jurídico. 
( ) No primeiro parágrafo, as expressões “conjunto de atos e procedimentos” (l.1), “os atos jurídicos” (l.4-5) e “esses 
atos escritos do sistema jurídico” (l.7) são parte de rede semântica construída no texto que inclui, por exemplo, 
“sentença” (l.9) e “petição” (l.12). 
( ) A forma pronominal “los”, em “investigá-los” (l.8), retoma o antecedente “casos de desaparecimento” (l.2). 
“Na cidade do Rio de Janeiro, são registrados, em média, 5.200 casos de desaparecimento por ano. Alguns dos 
desaparecidos voltam para casa dias depois; outros, para desespero dos familiares, são encontrados mortos — em 
ocorrências que variam de acidentes, como atropelamento ou afogamento, a assassinatos. Centenas de casos, no 
entanto, ficam sem solução. Uma policial civil resolveu investigá-los formalmente. Foram avaliados cerca de 
duzentos casos não solucionados de desaparecimento, ocorridos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2010. 
( ) A expressão “essa dinâmica perversa” (l.13) está empregada em referência à “lógica” (l.8) que se revela no trecho 
“Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que impedem o seu combate, mais 
ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado” (l.5-8). 
“A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se 
inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as perspectivas 
de uns em benefício de outros. Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que 
impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado. Dessa lógica resulta, 
inevitavelmente, que aos esforços de uns em prol da concretização da igualdade se contraponham os interesses de 
outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com 
vistas a quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas e atraiam considerável 
resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos grupos socialmente 
fragilizados.” 
( ) O termo “deles” (l.16) faz referência ao elemento “protagonistas prováveis da conduta regulada” (l.15-16), que, 
por sua vez, retoma a ideia veiculada por “meros espectadores” 
( ) Sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical, os dois primeiros períodos do texto poderiam ser 
condensados no seguinte período: A discriminação, elemento indissociável do relacionamento entre seres humanos, 
 
 
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reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva, porquanto corresponde a uma tentativa de se reduzirem 
as perspectivas de uns em benefício de outros. 
“A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se 
inegavelmente de uma roupagem competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as perspectivas 
de uns em benefício de outros.” 
( ) Na linha 12, o pronome “que” faz referência à “crise da própria instituição policial”. 
“No Brasil, a concentração de entrada das mulheres na polícia deu-se na década de 80 do século passado, 
coincidindo com um momento de crise da própria instituição policial, que, por sua vez, refletia uma crise mais ampla 
do modo de organização do trabalho nas sociedades contemporâneas.” 
“...Do mesmo modo, a exigência excessiva por um mal sofrido transforma o exercício do direito em uma 
manifestação de vingança pura e simples. Nesse caso, a justiça muda de lado: ela se desloca para o lado do 
adversário. De acordo com a tradição da jurisprudentia romana, a advertência de Cícero manifesta exatamente esse 
sentido. Com frequência, disse ele, há ocasiões em que os atos que nos parecem os mais dignos de um homem justo 
transmudam-se no seu contrário. É o caso, por exemplo, do dever de respeitar a promessa feita, ou de cumprir o 
contratado. Se a prática do ato devido prejudica o devedor, sem nenhum proveito para o credor, o não 
cumprimento da palavra dada é plenamente justificado, pois a justiça nos obriga a dar sempre preferência ao bem 
sobre o mal...” 
( ) O termo “devido” (l.15) está empregado, no texto, com o sentido de merecido, justo. 
( ) Na linha 22, o termo “Segundo” equivale a Consoante. 
“Segundo avaliação do Global Wind Energy Council, organismo internacional que reúne entidades e empresas 
relacionadas à produção de energia eólica, o Brasil é o paísmais promissor do mundo no que se refere à produção 
desse tipo de energia, com destaque para a região nordeste,...” 
“...Sou contra o crescimento pelo crescimento, e ofereço todas as minhas críticas àqueles que são a favor. 
Entretanto, àqueles que não buscam nenhum crescimento, como é o caso da Europa hoje em dia, minhas críticas são 
ainda mais severas. Adam Smith estava certo quando observou que o crescimento aumenta a renda da população e, 
assim, amplia a capacidade das pessoas de ter acesso a melhores condições de vida...” 
( ) O advérbio “assim” (R.14) resume e retoma a ideia expressa na oração anterior àquela em que se insere. 
( ) Na linha 2, o termo “Desde” expressa circunstância de condição. 
“O investimento em energia eólica vem aumentando nos últimos anos no contexto energético brasileiro. Desde a 
criação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, com os consequentes leilões de compra 
e venda de energia, a participação desse tipo de energia na matriz elétrica brasileira passou de pouco mais de 20 
MW para 7 aproximadamente 1.180 MW.” 
No período ‘Como é simples transportá-las, os custos logísticos são baixos’, a primeira oração expressa, em relação à 
segunda, circunstância de: 
 
 
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A conformidade. 
B comparação. 
C tempo. 
D causa. 
E consequência. 
( ) Mantendo-se a correção gramatical do texto e seu sentido original, no trecho “um grande móvel para sua adesão 
ao crime do tráfico de drogas é o enriquecimento rápido” (l.5-6), o termo “móvel” poderia ser substituído por meio. 
“...A figura do jovem revoltado precisa ser reexaminada. Seu comportamento não se explica pela fome nem pela 
miséria absoluta. Pelos seus próprios depoimentos, recolhidos em conversas fora dos inquéritos policiais, um grande 
móvel para sua adesão ao crime do tráfico de drogas é o enriquecimento rápido.” 
A O sentido do texto seria preservado caso se substituísse: 
A- “leva” (l.9) por transporta. 
B “uma vez” (l.13) por já. 
C “impacta” (l.15) por se choca 
D “proporcionando” (R.19) por tornando proporcional. 
“O principal objetivo do horário de verão é o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, 
adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a se reduzir a concentração de consumo de energia elétrica no 
horário entre dezoito e vinte horas. A redução no consumo simultâneo, considerando-se os vários usos possíveis, 
prolonga esse período de maior consumo até as vinte e duas horas, diminuindo o seu valor máximo, chamado de 
demanda. Esse fato leva a um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações e nos 
sistemas de distribuição, reduzindo o risco de não atendimento às cargas no horário de ponta, 
em uma época do ano em que o sistema é normalmente submetido às mais severas condições operacionais, uma 
vez que esse é um período de grande consumo. A redução da demanda máxima impacta também a necessidade de 
novos investimentos em geração e transmissão de energia elétrica, que diminui. Assim, a redução dos picos 
máximos nos horários de demanda por energia, proporcionando uma utilização mais uniforme durante o dia, é uma 
medida de eficiência energética.” 
( ) No desenvolvimento textual, as expressões “para aprimorar” (R.5) e “para favorecer” (R.6) expressam finalidade. 
“...É fundamental também usar os frutos do crescimento, para aprimorar a qualidade de vida da população de 
maneira abrangente, e não apenas para favorecer certos grupos.” 
( ) A expressão “com vistas” (L.15), bem como a palavra “para” (L.17), introduzem orações que expressam sentido 
de finalidade em relação às orações às quais se subordinam. 
 
 
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“...De acordo com o edital de privatização, as empresas que ganharam o direito de explorá-las deveriam ampliar o 
seu número de faixas e construir contornos e ramais com vistas a desatar os nós que as asfixiam. A reportagem 
percorreu de carro 4.500 quilômetros dessas estradas para chegar a uma conclusão assustadora. Quatro anos depois 
da privatização “baratinha”, nenhuma das grandes obras previstas saiu do papel.” 
( ) No último período do texto, o conectivo “e” (l.22) liga duas orações que expressam modos pelos quais o 
“governo federal vem buscando conferir maior racionalidade à gestão de pessoas no serviço público” (l.19-20). 
“... o governo federal vem buscando conferir maior racionalidade à gestão de pessoas no serviço público, atentando 
para as necessidades mais prementes de áreas que implementam programas fundamentais para o país e 
esforçando-se para profissionalizar cada vez mais a gestão pública.” 
( ) Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas originalmente construídas pelo autor, o trecho “não 
se excluem, mas integram-se e completam-se” (R.1-2) pode ser assim reescrito: não se excluem, contudo, integram-
se e completam-se. 
“Na literatura, verdade e beleza não se excluem, mas integram-se e completam-se, em uma relação de afinidade.” 
( ) Sem prejuízo para a sua correção gramatical, o primeiro 
período do texto poderia ser assim reescrito: A espécie humana distingue-se entre si no que concerne a anatomia e 
a fisiologia, por meio do dimorfismo sexual, embora seja falso crer que as diferenças de comportamento verificado 
entre as pessoas de sexo distinto determine-se de forma biológica. 
“A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente por meio do dimorfismo sexual, mas é falso acreditar 
que as diferenças de comportamento existentes entre as pessoas de sexos diferentes sejam determinadas 
biologicamente.” 
( ) Mantendo-se a correção gramatical do texto, o trecho “Carregar cerca de vinte litros de água sobre a cabeça 
implica, na verdade, um esforço físico considerável” (R .8-10) poderia ser reescrito da seguinte forma: Para que se 
carreguem aproximadamente vinte litros d’água na cabeça, requer-se, na realidade, um imenso esforço físico. 
 
( )O trecho “O papel do Estado, para isso, é fundamental, na medida em que dispõe das ferramentas necessárias à 
promoção de políticas públicas que combatam desigualdades em vários níveis” (R.8-11) poderia ser reescrito, 
preservando-se a correção gramatical e as ideias originais do texto, da seguinte forma: Para isso, o papel do Estado é 
fundamental, porque ele conta com as ferramentas necessárias para promover políticas públicas para combater 
desigualdades em vários níveis. 
Sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido original do último período do fragmento IV, a expressão 
adverbial “em 2011” (R.10) poderia ser deslocada, com a vírgula que a sucede, para o início do período, desde que 
suprimida a vírgula após “que” (R.10) e feitas as devidas alterações no emprego de maiúsculas e minúsculas. 
“Calcula-se que, em 2011, mais de 2,3 trilhões de mensagens de texto tenham sido enviadas em todo o mundo.” 
 
 
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“O crime organizado, por suas características empresariais ilegais, é altamente concentrador de renda. Não sofre 
nenhum tipo de limitação das leis de mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos 
trabalhistas para os seus peões” 
( ) O trecho do texto composto pelo segundo e pelo terceiro períodos do segundo parágrafo do texto poderia, sem 
prejuízo do seu sentido original, ser reescrito da seguinte forma: O crime organizadoé altamente concentrador de 
renda, porquanto apresenta características empresariais ilegais: não sofre nenhum tipo de limitação das leis de 
mercado, de preços ajustados, de salários mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para os seus peões. 
 
( ) O trecho :“A policial civil... policiais.” (R.24-27) poderia se reescrito da seguinte forma: A policial civil defende que 
o tipo de registro atribuído à desaparição seja revisto e que o inquérito seja efetuado com mais atenção pelos 
policiais. 
“A policial civil defende que não apenas seja revisto o tipo de registro atribuído ao desaparecimento, mas também 
que o próprio inquérito seja realizado com mais atenção pelos policiais.” 
 TEXTO: 
 Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria 
Nacional de Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê investimentos de R$ 10 bilhões em recursos 
federais e em parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência das áreas irrigáveis e incentivar a criação 
de polos de desenvolvimento. 
 Em outra frente, o MI tem incentivado os estados a elaborar planos diretores de irrigação, com indicadores, 
metas e prioridades para a agricultura irrigada. Esse é um instrumento estratégico para a política pública voltada 
para o setor. Com a nova Política Nacional de Irrigação, o governo federal visa ao aumento da produtividade, de 
forma sustentável, e à redução de riscos climáticos. 
 
 O uso das técnicas de irrigação pode aumentar a produtividade da lavoura, contribuindo para a preservação 
dos biomas brasileiros, uma vez que se reduz a demanda pela expansão da fronteira agrícola. A irrigação pode trazer 
ao produtor rural ganhos de produtividade muito elevados. Para algumas culturas, esse índice pode chegar a 300%. 
 Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações). 
( )Predominam no texto as estruturas próprias da narrativa. 
TEXTO 
1 Agora olhavam as lojas, as toldas, a mesa do leilão. E conferenciavam pasmados. Tinham percebido que havia 
muitas pessoas no mundo. Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos. Comunicaram baixinho 
um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossível imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve 
uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho 
 
 
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hesitou, espiou as 5lojas, as toldas iluminadas, as moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse 
sido feito por gente. Nova dificuldade chegou-lhe ao espírito, soprou-a no ouvido do irmão. 
Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as 
preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a 
questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão 
grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misteriosas. Não tinham sido feitas 
por gente. E os indivíduos que mexiam nelas cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e 
medrosos, falavam baixo para não desencadear as forças estranhas que elas porventura encerrassem. 
Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Martins, 1972, p.125. 
( ) Considerando-se a linguagem usada pelo escritor para narrar a experiência dos meninos na cidade, é correto 
afirmar que a questão abordada no texto pode ser considerada “intrincada” (L.8) não apenas para os personagens, 
mas também para o autor e o leitor. 
TEXTO: 
1 Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold 
Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do Canadá, ele enviou mais de 4.800 
mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, 
o canadense envia as mensagens desde 1996. O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se 
certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem rumar 
de preferência para oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar para ele. As respostas 
vieram de regiões como África, Rússia, Holanda, Reino Unido, França, Irlanda e Estados Unidos da América. 
Ele acabou fazendo amigos com as mensagens, criando “vínculos” — recebeu até presentes e cartões de Natal. O 
canadense diz que continua adorando se comunicar dessa maneira e afirma que o método chega a ser, muitas vezes, 
mais “eficaz” do que a comunicação por Facebook e Twitter. Intencionalmente, nunca coloca o número de telefone 
nas mensagens, para recebê-las de volta da mesma maneira. 
Amanda Camasmie. Canadense prova que comunicação em alto mar é eficaz. In: Época Negócios. Internet 
( ) O texto apresenta características narrativas e dissertativas 
1 A economia solidária vem-se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma 
resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas 
e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de 
cooperação — que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo 
e consumo solidário. 
A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, desde sua criação, em 2003, vem 
elaborando mecanismos de formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no Brasil. 
Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007 a Secretaria tem realizado chamadas 
públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos alternativos. 
 
 
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Internet: <http://portal.mte.gov.br/imprensa> (com adaptações). 
 
( ) Por meio do texto, que se caracteriza como informativo, são divulgados aspectos gerais da economia solidária e 
ações desenvolvidas pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, em prol 
desse programa de geração de trabalho e renda.

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