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Equipe Professor Rômulo Passos NOVO CURSO DE PORTUGUÊS NA SAÚDE SINTAXE – II Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Sintaxe da Oração e do Período – Parte III Orações Coordenadas e Subordinadas Oração e Período (Reconhecimento e Classificação). Orações Coordenadas. Orações Subordinadas: o Orações Subordinadas Substantivas; o Orações Subordinadas Adjetivas. Hoje, damos continuidade ao estudo da SINTAXE, abordando as orações coordenadas e subordinadas. Veremos como o tema vem sendo cobrado pelas principais bancas de concursos públicos. A sintaxe do período composto por coordenação ou por subordinação, dentre todos os assuntos da gramática, é o que mais assusta os estudantes. Muitos acabam negligenciando esse tema, tornando ainda mais complicada a sua compreensão. Porém não vemos motivos para tanto receio: uma vez esquematizados, esses conceitos são de fácil assimilação. Estamos desafiando você que tem dificuldades nessa parte da gramática. Ao final desta aula, temos certeza de que muitos dos seus problemas relativos às orações coordenadas e subordinadas, bem como às conjunções estarão resolvidos. Aprenderemos como classificar as orações, entenderemos como as orações subordinadas são dividas em substantivas, adjetivas e adverbiais, estudaremos a classificação dos períodos em simples ou compostos e, o mais importante, teremos uma radiografia de como as bancas costumam explorar esses temas. Está pronto (a)? Vamos começar? Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 O primeiro passo para a compreensão da análise sintática é o reconhecimento das estruturas básicas da oração. Mas você lembra o que representa uma oração? É muito simples, observe: Professor, lembrei! Para cada verbo teremos uma oração, certo? Isso mesmo. Conta-se o número de orações pela quantidade de verbos do período. Vejamos: A inflação permanece elevada no Brasil. No exemplo acima, temos uma única forma verbal, “permanece”, portanto uma única oração. A mulher correu para que não perdesse o ônibus. Agora, verificamos dois verbos, logo estamos diante de duas orações. Trata-se de um período composto por subordinação, assunto que veremos mais à frente. Amigo (a), o verbo é o senhor das orações. É ele quem dá as cartas em matéria de análise sintática. Perfeito, Professor. Entendi como reconhecer uma oração. Mas e quanto à sua classificação? Também é muito simples. Requer apenas um pouco de atenção. Está pronta (o)? As orações podem ser classificadas em: •Qualquer enunciado, de sentido completo ou não, que possua verbo. Oração Lembre-se! Procure o verbo, tudo começa por ele. Absoluta Coordenada Subordinada Principal Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Oração Absoluta: observada quando tivermos apenas uma única oração no período, ou seja, apenas uma forma verbal, como podemos perceber no exemplo a seguir: Os professores estão cientes do potencial dos alunos. Oração Coordenada: refere-se à oração que se liga a outra, também coordenada, não se estabelecendo entre elas nenhuma relação de dependência. Nesse caso, temos mais de uma estrutura verbal no período. Essas orações, tidas isoladamente, possuem sentido completo e não representam função sintática uma da outra. Vejamos o seguinte exemplo: Todos nós saímos cedo e fechamos a porta. Formas verbais: saímos, fechamos. Orações: todos nós saímos cedo / todos nós fechamos a porta. Elemento de ligação: conjunção coordenativa aditiva “e”. No exemplo acima, verificamos um período composto por coordenação, uma vez que não há relação de dependência sintática entre as orações. Ambas, isoladamente, possuem sentido completo. No caso, temos duas orações independentes que se ligam através do processo de coordenação. Essa conexão geralmente é realizada através de um conectivo, as conjunções coordenativas. Oração Subordinada: refere-se à oração que se liga a outra, dita principal, desempenhando alguma função sintática. Há clara relação de dependência da oração subordinada quanto à principal. Quando falamos que as orações subordinadas dependem da oração principal, queremos dizer que elas representam algum termo sintático desta outra oração. Podem exercer a função de adjunto adverbial, adjunto adnominal, sujeito, complemento nominal, objeto direto ou indireto etc. Será esta função sintática que determinará a classificação das orações subordinadas em substantivas, adjetivas ou adverbiais. Observe: Trabalhamos para que vocês façam uma excelente prova. Formas verbais: trabalhamos, façam. Oração principal: (Nós) Trabalhamos. Oração Subordinada: para que vocês façam uma boa prova. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Perceba que a oração subordinada (para que vocês façam uma boa prova), quando lida isoladamente, carece de um sentido completo, ou seja, depende sintaticamente da oração principal para que assim possa desempenhar o sentido que dela é esperado. Imagine que alguém, no meio de uma conversa, dirija-se a você e fale “para que você faça uma boa prova”. No mínimo, soaria estranho, não é mesmo? Ficou claro agora que a oração subordinada depende da oração principal para que o período transmita uma mensagem coerente? Ok! Então, vamos lá! E quanto à classificação ou à função que a oração subordinada acima exerce em relação à principal? No exemplo, a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial de finalidade da forma verbal “trabalhamos”. Como vimos, será essa função sintática que determinará a classificação das orações, no caso em pauta, oração subordinada adverbial final. Oração Principal: é a que acompanha a oração subordinada, ou seja, a que possui um de seus elementos sintáticos (sujeito, objetos direito ou indiretos, complemento nominal, etc) representado pela outra oração. Acompanhe: O professor cobrou que seus alunos se dediquem mais. Formas verbais: cobrou, dediquem. Oração principal: O professor cobrou. Oração Subordinada: que seus alunos se dediquem mais. Função sintática exercida pela oração subordinada: Objeto direito. O professor cobrou o quê? Que seus alunos se dediquem mais. A oração subordinada, ao completar o sentido de um verbo transitivo direto, exerce a função sintática de objeto direito da oração principal. Entendida a classificação das orações em coordenada, subordinada ou principal, ficará fácil compreender a classificação dos períodos. Mas, antes disso, o que entendemos por período? •Em termos gerais, o período é uma frase constituída por uma ou mais orações formando um todo, com sentido completo. Começam com letra maiúscula e terminam com ponto final (.) reticências (…), ponto-de-interrogação (?) ou ponto- de-exclamação (!). Período Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 O período pode ser simples (apenas uma única oração) ou composto (mais de uma oração). Observe: A persistência realiza o impossível. o Verbos: uma forma verbal, “realiza”. o Nº de orações no período: uma. o Classificação do período: Simples. Longa viagem começa por um passo. o Forma verbal: uma, “começa”. o Nº de orações no período: 01. o Classificação do período: Simples. Um erro da largura de um fio de cabelo pode causar um desvio de mil quilômetros. o Forma verbal: uma, “pode causar”. o Nº de orações no período: 01. o Classificação do período: Simples. Lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede. o Formas verbais: três, “lembre-se”, “cavar”,“sentir”. o Nº de orações no período: 03. o Classificação do período: Composto. A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração? o Formas verbais: duas, “arruma”. (o mesmo verbo encontra-se implícito na segunda oração) A gente ... arruma os cabelos: por que não arruma o coração? o Nº de orações no período: 02. o Classificação do período: Composto. Diferenciar os períodos simples ou compostos já não é mais o seu problema. Vamos em frente! A depender da relação existente entre as orações que os compõem, os períodos compostos poderão ser classificados em: Período composto por coordenação Período composto por subordinação Período composto por coordenação e subordinação Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Período composto por coordenação: formado unicamente por orações coordenadas, ou seja, orações independentes, que não exercem função sintática em relação à outra. Observe as orações abaixo e os valores semânticos que representam: Eu gosto de estudar e trabalhar. (adição) Estudei bastante, porém não obtive a aprovação. (adversidade) Ou estuda, ou trabalha. (alternância) Trabalhei bastante, por isso fui promovido. (conclusão) Venha logo meu filho, porque já é tarde. (explicação) Você percebeu, nos exemplos acima, a ocorrência de elementos de ligação entre as orações? São as conjunções coordenativas, responsáveis por estabelecer uma relação de adição, adversidade, alternância, conclusão ou explicação entre as orações que interligam. Período composto por subordinação: é formado pela presença de uma oração subordinada, que exerce uma função sintática em relação à principal. Observe: Iremos ao teatro, se ainda houver entradas. Embora implorasse, não consegui entrar. No primeiro exemplo, a oração subordinada “se ainda houver entradas” estabelece uma relação semântica de condição para a ocorrência da oração principal “Iremos ao teatro”. No exemplo seguinte, a oração subordinada “Embora implorasse” determina uma relação de contraste com o sentido da oração principal “não consegui entrar”. Em ambos os casos, temos períodos compostos por subordinação. Período composto por coordenação e subordinação: é formado pela união de orações coordenadas e subordinadas. Teremos orações que se relacionam sem dependência sintática (coordenação) e orações que exercem a função de elemento sintático da oração principal (subordinação). Não há mistérios, comprove: A professora corrigiu as provas e ajudou os alunos que estavam com mais dificuldade 1 . 1º oração: A professora corrigiu as provas. 2º oração: e ajudou os alunos. 1 Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/periodo-misto-ou-periodo-composto-por-coordenacao-.htm Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 3º oração: que estavam com mais dificuldade. No período acima, identificamos três estruturas verbais (corrigiu, ajudou e estavam), logo temos três orações que se intercalam. As duas primeiras orações são independentes sintaticamente uma da outra, estando ligadas através do conectivo “e”, logo são classificadas como coordenadas. Já a terceira oração (que estavam com mais dificuldade) relaciona-se com a oração anterior e dela depende sintaticamente, tratando-se, portanto, de uma oração subordinada. Mas vamos ao que interessa! Vejamos como as bancas vêm abordando esses conceitos. 01. (SEAD/SEE/SECULT-PB/IBFC) Considere o período e as afirmações a seguir. Embora estivesse tarde, queríamos falar com ele. I. A conjunção “embora” estabelece relação de condição. II. O período é composto por coordenação. Está correto o que se afirma em: a) somente I b) somente II c) I e II d) nenhuma COMENTÁRIOS: Item (I): Qual a relação semântica que o conectivo “embora” estabelece entre as orações? Não há muita dificuldade nesse tipo de questão. A relação estabelecida é de oposição, de contrariedade. São orações que caminham em sentidos opostos. Trata-se de uma conjunção adverbial concessiva, que introduz uma oração subordinada adverbial concessiva. O item encontra-se incorreto. Em outros momentos deste capítulo estudaremos a classificação completa das orações subordinadas e coordenadas. Até aqui gostaria que você estendesse: 1. Como diferenciar orações de períodos; 2. Para cada verbo teremos uma oração correspondente; 3. As orações classificam-se em coordenadas e subordinadas, de acordo com a existência ou não de dependência sintática entre elas. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Item (II): Chegamos a um ponto importante do estudo da sintaxe da oração e do período. Não avance às próximas questões sem que tenha entendido esta parte da matéria. Se necessário, volte, releia ou consulte uma boa gramática. Fiz questão de enfatizar esta recomendação, já que o entendimento de como as orações e os períodos se relacionam, da diferenciação entre oração e período e da compreensão do que se trata uma oração coordenada ou subordinada constituem o alicerce de tudo o que virá adiante. Como vimos anteriormente, as orações coordenadas são aquelas em que não há uma relação de dependência sintática em relação à oração principal. Os períodos compostos por coordenação são formados pela união de orações independentes sintaticamente umas da outras. São unidas pelas conjunções coordenativas sindéticas, que exprimem o valor semântico de adição, adversidade, alternância, conclusão ou explicação. Por outro lado, as orações subordinadas são aquelas que exercem alguma função sintática em relação à oração principal, mantendo, em regra, uma relação de dependência. No período em questão, temos duas orações: Oração principal: queríamos falar com ele Oração subordinada: Embora estivesse tarde A oração subordinada, através do conectivo “embora”, tem o valor semântico de oposição em relação à principal, portanto classifica-se como oração subordinada adverbial concessiva. Logo, o item está incorreto. Não se preocupe neste momento com a classificação das orações. Chegaremos lá e falaremos muito sobre isso. Agora, o que nos importa é a compreensão definitiva do que representa uma oração coordenada ou subordinada, bem como dos períodos compostos por coordenação e subordinação. Gabarito: nos termos apresentados, a letra d corresponde ao gabarito da questão. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02. (FCS-MG/IBFC/Adaptada) Considere o período abaixo e julgue a afirmativa seguinte Na atualidade, percebe-se grande preocupação dos órgãos oficiais com relação ao grafite e à pichação. Há duas orações no período. COMENTÁRIOS: Você se lembra das explicações sobre a oração e o período? O número de verbos é quem determina o número de orações, certo? O examinador buscou confundi-lo (a), apresentando-lhe um período longo, porém há apenas uma única forma verbal (percebe-se) e, portanto, uma única oração. Gabarito: O período é simples, já que é formado por apenas uma única oração. Logo, a afirmativa encontra-se incorreta. Amiga (o), vimos, nas aulas anteriores, que as bancas abordam muitos assuntos de forma indireta e correlacionada. Quanto ao nosso tema, as orações coordenadas e subordinadas, não vai ser diferente. Vejamos: 03. (UPE, COMPESA – ANALISTA\ADVOGADO) Sobre Pontuação, analise o item abaixo: I. “As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.” No item I, a vírgula separa a oração principal da subordinada. COMENTÁRIOS: Observe como abanca exigiu os seus conhecimentos sobre as orações para a resolução de uma questão sobre pontuação. Essa é uma constante. Temos batido nesta tecla ao longo do nosso curso. Lembram como reconhecer e diferenciar uma oração de um período? Vamos revisar: 1. Para cada verbo teremos uma oração correspondente. 2. As orações classificam-se em coordenadas e subordinadas, de acordo com a existência ou não de dependência sintática entre elas. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 No exemplo trazido no enunciado, verificamos duas formas verbais (acalmaram; será), portanto temos duas orações, que formam um período composto. E aí, estamos diante de um período composto por coordenação ou subordinação? A existência ou não de dependência sintática entre as orações é o que vai nos responder. No caso em pauta, não verificamos qualquer dependência entre as orações, ou seja, tidas isoladamente, possuem sentido completo. Apenas estão ligadas entre si, pelo conectivo “mas”, formando um período composto por coordenação. Vejamos melhor: “As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.” 1º oração: “As chamas se acalmaram às 5h30”; 2º oração: “mas a morte nunca mais será controlada.”; Conectivo: “mas” (Conjunção coordenativa adversativa). As orações são independentes, ligam-se através da conjunção coordenativa “mas”, formando um período composto por coordenação. Simples assim! Professor, e a questão? O enunciado fala da vírgula, não? Muito bem, vejo que está atenta (o) à nossa aula ! A banca afirma que a vírgula foi empregada para separar a oração principal da oração subordinada. Para respondermos à questão, devemos, antes de tudo, reconhecer e classificar as orações presentes no enunciado. Como vimos, temos duas orações coordenadas, não havendo nenhuma relação de subordinação. A afirmativa encontra-se falsa. A questão, na verdade, não tratou do emprego da vírgula. Tratou dos conceitos básicos da oração e do período. Gabarito: afirmativa incorreta. 04. (UPE, COMPESA – ANALISTA\ADVOGADO) Sobre Pontuação, analise o item abaixo: “A saída era uma só, e o medo vinha de todos os lados.” A vírgula separa orações ligadas pelo conectivo e cujos sujeitos são diferentes. COMENTÁRIOS: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Mais uma vez, a questão busca não o seu conhecimento sobre o emprego da vírgula, e sim, o seu conhecimento sobre a sintaxe da oração e do período. Vejamos melhor: “A saída era uma só, e o medo vinha de todos os lados.” 1º oração: “A saída era uma só”; 2º oração: “e o medo vinha de todos os lados.”; Conectivo: “e” (Conjunção coordenativa aditiva). No período acima, temos duas formas verbais (era; vinha), portanto duas orações de sentido completo. Como não há dependência sintática entre elas, o período é composto por coordenação. Mas professor? Não era para falarmos do sujeito? Sim, sim... Estamos apenas reforçando o entendimento sobre o que representa uma oração, um período e como este é classificado em coordenado e subordinado. Esse entendimento é VITAL para o entendimento de todo o resto. Voltando ao enunciado, vejamos os sujeitos de cada forma verbal: Lembram-se de que para acharmos o sujeito devemos perguntar ao verbo quem o que pratica ação verbal, ok! Vamos lá! O que era uma só? => “A saída” (sujeito). O que vinha de todos os lados? => “medo” (sujeito). Vimos, então, que os sujeitos das duas orações são distintos, como bem afirmou o enunciado. Gabarito: afirmativa verdadeira. 05. (UPE, SEC. DA MULHER – ASS. SOCIAL) Sobre VÍRGULA, atente para o trecho abaixo: “Quando o assunto é boletim, podem subir ao pódio, porque quase sempre são excelentes alunos.” Está CORRETO o que se declara na alternativa A) A primeira vírgula separa orações coordenadas. B) A segunda vírgula separa a oração principal da subordinada. C) Tanto a primeira como a segunda vírgula separam orações coordenadas. D) Estaria também correto se fosse suprimida a primeira vírgula. E) Estaria também correto se houvesse vírgula após o termo “sempre”. COMENTÁRIOS: Veja como as bancas são repetitivas. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Vamos direto ao ponto! Quando se deparar com questões envolvendo o reconhecimento e classificação das orações, vá direto ao verbo. Será ele quem nos levará ao gabarito. Observe: “Quando o assunto é boletim, podem subir ao pódio, porque quase sempre são excelentes alunos.” 1ª oração: “Quando o assunto é boletim”; 2ª oração: “podem subir ao pódio”; 3ª oração: “porque quase sempre são excelentes alunos.”; Verificamos três formas verbais, acima destacadas, portanto temos três orações, constituído um único período composto. Mas composto por coordenação ou subordinação? A existência ou não de dependência sintática entre as orações é o que vai nos responder, estão lembradas (os)? No caso, verificamos dependência sintática da 1ª e da 3ª oração em relação à segunda. Ou seja, estas orações (1ª e 3ª) estão subordinadas à oração principal (2ª oração). No que se refere aos sinais de pontuação, a vírgula foi empregada corretamente para separar as orações subordinadas da oração principal. Com base nos entendimentos acima, volte às alternativas e busque à correta. Gabarito: a única alternativa verdadeira é a letra “b”. 06. (UPE, LAFEPE – TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Sobre o emprego das vírgulas no texto abaixo, analise os itens abaixo: “Plantar é bom, colher é melhor, mas ambos exigem disposição, decisão e atitudes com honestidade.” Paulo Samuel I. A 1a vírgula separa orações assindéticas. II. A 2a vírgula separa a oração sindética, cujo conectivo tem valor semântico de oposição, das orações anteriores. III. A 3a vírgula é empregada seguindo a mesma regra gramatical da 2a. IV. A 3ª vírgula separa elementos de mesma função sintática. Está CORRETO o que se afirma em A) I, II, III e IV. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 B) I, II e III. C) I e III. D) I, II e IV. E) III e IV. COMENTÁRIOS: Qualquer semelhança entre as últimas questões não é mera coincidência. Para a alegria de quem estuda com foco e direcionamento, o caso dos nossos alunos, as bancas parecem sofrer de crise de criatividade e mantêm metodologia e estilo próprios. Em questões como essa, identifiquemos os verbos, e separemos as orações, ok! Vejamos: “Plantar é bom, colher é melhor, mas ambos exigem disposição, decisão e atitudes com honestidade.” 1ª oração: “Plantar é bom”; 2ª oração: “colher é melhor”; 3ª oração: “mas ambos exigem disposição, decisão e atitudes com honestidade”. Vamos analisar cada item O item “I” está correto, pois a vírgula foi empregada para separar duas orações independentes, ligadas sem conectivo, e por esta razão denominadas de orações coordenadas ASSINDÉTICAS. O item “II” também apresenta uma informação verdadeira. A 2ª vírgula separa uma oração coordenada sindética das orações anteriores. O síndeto (conjunção) nada mais é que o elemento de ligação entre duas orações. Se as orações são independentes sintaticamente uma da outra, como é o caso em tela, são ditas orações coordenadas. Como há a presença de um elemento de ligação, aqui representado pela conjunção “mas”, temos, então, orações coordenadas sindéticas. Já a 3ª vírgula foi empregada para unir orações coordenadas assindéticas. O item “III” está incorreto, posto que as regras do emprego da 2ª e 3ª vírgula são distintas. O item“IV” informa que a 3ª vírgula separaria elementos de mesma função sintática. Vejamos: “... mas ambos exigem disposição, decisão e atitudes com honestidade.” Os termos destacados atuam como objeto direto da forma verbal “exigem”. Possuem, portanto a mesma função sintática. O item encontra-se correto. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Gabarito: nos termos apresentados a alternativa a ser marcada é a letra “d”. Passemos, agora, ao estudo da classificação das orações coordenadas. Seguiremos sempre uma ordem lógica, utilizando as questões e o modo pelo qual as bancas costumam explorar os diversos temas. Esse é o grande diferencial deste curso: proporcionar-lhe um estudo dirigido, objetivo e esquematizado. 07. (GDF/ IADES /Adaptada) Considerando a norma padrão da língua e com base no fragmento de texto abaixo julgue a afirmativa seguinte Pesquisas sobre felicidade e satisfação com a vida como um todo mostram que em termos de qualidade de vida o Brasil já é um dos países mais "ricos" ao lado dos Estados Unidos e das nações europeias. O alto nível de satisfação com a vida dos brasileiros pode ser consequência da cultura pujante, do calor humano e da riqueza ecológica inigualável. O segundo período do texto apresenta orações coordenadas. COMENTÁRIOS: Muitos conceitos são negligenciados durante a preparação para concursos públicos. Alguns cursos, especialmente as apostilas de banca de revista e aquelas que se proliferam pela internet, apenas despejam o assunto, muitas vezes copiados aleatoriamente da própria internet. No nosso caso, temos o cuidado de encadear as explicações teóricas e as questões numa ordem e abordagem que possibilitem a você o conhecimento e assimilação de todos os conteúdos necessários para realização de uma boa prova. Voltando ao que interessa, para respondermos à questão, antes temos que entender EM DEFINITIVO, por mais que pareça cansativo, o que significa uma oração e um período. Com base nos ensinamentos acima, eis o segundo período a que o enunciado se refere: (...) O alto nível de satisfação com a vida dos brasileiros pode ser consequência da cultura pujante, do calor humano e da riqueza ecológica inigualável. Oração •Qualquer enunciado, de sentido completo ou não, que possua verbo. Período •Em termos gerais, o período é uma frase constituída por uma ou mais orações formando um todo, com sentido completo. Começam com letra maiúscula e terminam com ponto final (.) reticências (…), ponto- de-interrogação (?) ou ponto-de- exclamação (!). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Quantas e quais orações observamos no período acima? É fácil! Basta contarmos o número de verbos, no caso, apenas um, ou melhor, apenas uma locução verbal, “pode ser”. Não há que se falar, portanto, em período composto por coordenação, visto que o mesmo é constituído por uma única oração absoluta. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se incorreta. A depender da existência ou não do conectivo de ligação, no caso, as conjunções, as orações coordenadas classificar-se-ão em assindéticas ou sindéticas. Vejamos: Orações Coordenadas Assindéticas: não se ligam por uma conjunção, estando geralmente separadas por vírgula. Observe: Buscarei você à noite, farei o possível. Formas verbais: Buscarei, farei. Orações coordenadas: (Eu) Buscarei você à noite/ (Eu) farei o possível. Verificam-se duas formas verbais, portanto, duas orações. Estão unidas formando um período composto por coordenação, sem a ocorrência de algum elemento de ligação. Trata-se, portanto, de orações coordenadas assindéticas. Orações Coordenadas Sindéticas: ligam-se uma a outra através de um conectivo, as conjunções coordenativas. Vejamos: Estudei bastante, logo fui aprovado. Formas verbais: Estudei, fui. Orações coordenadas: Estudei bastante / Fui aprovado. Conectivo: logo (ideia de conclusão). Professor, será que entendi? A partir da ideia transmitida pela conjunção, classificaremos as orações coordenadas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas. É isso mesmo? Exato, você está correto (a). De acordo com o valor semântico estabelecido pelas conjunções, as orações coordenadas sindéticas serão classificadas em: Classificação das Orações Coordenadas Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Acompanhe a definição e a exemplificação de cada uma das espécies acima: . Aditivas Adversativas Conclusivas Alternativas Explicativas exprimem uma ideia de adição, soma ou união. Coordenadas sindéticas aditivas •Ele foi ao médico e pegou as receitas. •Não só avançou o sinal vermelho, mas também estava em alta velocidade. •Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, etc. Interligam orações de sentidos contrários, opostos ou adversos. Coordenadas sindéticas adversativas •Ele correu todo o campo, mas seu time perdeu. •Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, e (quando no sentido de “mas”). Introduzem uma ideia de conclusão. Coordenadas sindéticas conclusivas •Estudamos dedicadamente, portanto seremos aprovados. •Principais conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois (entre vírgulas). Exprimem uma relação de alternância. Coordenadas sindéticas alternativas •Ou você se dedica, ou desiste da prova; •Meu filho, ou você brinca, ou estuda; •Os garotos ora andavam de bicicleta, ora corriam. •Principais conjunções alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, nem...nem . Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Professor, estou começando a me preocupar. São muitas conjunções e classificações. E se der um “branco” na hora da prova? Caro leitor, não se preocupe! Na hora da prova, pode dar branco, preto ou um arco-íris inteiro. Com este curso, que é um verdadeiro mapa da mina, a prova de Português deixará de ser um entrave para representar uns dos seus diferenciais frente aos demais candidatos. Como vimos, a tendência atual das questões é cobrar a relação semântica que as conjunções desempenham, ou seja, se exprimem uma ideia de causa, conclusão, adversidade etc. A maior parte das questões envolvendo a sintaxe da oração e do período refere-se tão somente à identificação do significado das conjunções, e não à sua classificação exata. Porém, temos que “colocar nossas barbas de molho” e nos preparamos para qualquer tipo de questão que a prova trouxer. Agora, vamos praticar? 08. (IDECI-CE/IBFC/Adaptada) Considere o período abaixo e julgue a afirmativa seguinte Os moradores de Perdizes vêem, consternados, que os caídos já amanhecem dormindo na porta dos seus prédios e casas. O período é composto por subordinação. COMENTÁRIOS: Meu amigo, não custa repetir: sempre simplifique o período, isso fará com que a análise se torne mais rápida e clara. Observe como tudo fica mais evidente: Trazem uma ideia de explicação. Coordenadas sindéticas explicativas •Volte logo, que já está tarde! •Principais conjunções explicativas: porque, que, pois. Os moradores de Perdizes vêem, consternados, que os caídos já amanhecem dormindo na porta dos seus prédios e casas. Os moradores vêem que os caídos já amanhecem dormindo. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Observa-se dois verbos, portanto temos duas orações. Vamos a elas: Os moradores vêem que os caídos já amanhecem dormindo Vemos que a segunda oração não possui um sentido completo e depende sintaticamente da primeira oração. Trata-sede uma oração subordinada ligada à oração principal através da conjunção integrante “que”. A questão apenas exigiu isto: o reconhecimento e a diferenciação dos períodos compostos por coordenação e por subordinação. Mas vamos além: o que você acha de tentarmos classificar as orações acima? O nosso objetivo é que tudo ocorra naturalmente e que você compreenda este tema sem dificuldades. Já sabemos que a oração subordinada representa uma função sintática da oração principal. Será essa função que determinará a sua classificação, portanto: A primeira oração destacada acima restringe o termo anterior “livros”. Foi empregada com o objetivo de informar que apenas os livros pedidos foram comprados. Trata-se, pois, de oração subordinada adjetiva restritiva. A segunda oração sublinhada refere-se ao termo antecedente “professores”, porém não traz a ideia de restrição, e sim de explicação. A oração informa que todos os professores são a base da educação. Quando restringir ou explicar um termo anterior, será denominada de oração subordinada adjetiva. Ela é introduzida pelos pronomes relativos, conforme os exemplos abaixo: Comprei os livros que você me pediu Os professores, que são a base da educação, não são valorizados. Quando indicar alguma circunstância como a de tempo, causa ou finalidade será classificada como oração subordinada adverbial. Nesse caso, será introduzida pelas conjunções subordinativas adverbiais. Acompanhe: Vocês conseguirão a aprovação se mantiverem o empenho e dedicação. Partirei para São Paulo quando as condições climáticas melhorarem. Embora não seja fácil, conseguiremos a aprovação. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Nos exemplos acima, as orações indicam circunstâncias de “condição”, “tempo” e “adversidade” relacionadas à oração principal, sendo, portanto, classificadas como oração subordinada adverbial condicional, temporal e concessiva, respectivamente. A oração “de que serão aprovados” completa o sentido do substantivo abstrato “convicção”, exercendo o papel de complemento nominal da oração principal. Por essa razão, classifica-se em oração subordinada substantiva completiva nominal. Voltando à nossa questão, a oração “que os caídos já amanhecem dormindo” exerce a função de objeto direto da oração principal, “Os moradores vêem”. Trata-se, portanto, de um período composto por subordinação e a oração subordinada, por complementar o sentido de um verbo transitivo direito, classifica-se em substantiva objetiva direta. Gabarito: A afirmativa encontra-se verdadeira. As orações subordinadas classificam-se em: Orações Subordinadas Adjetivas: estas orações exercem a função de adjunto adnominal da oração principal, uma função que é típica dos adjetivos, daí serem conhecidas por subordinadas adjetivas. São introduzidas, em regra, por um pronome relativo (que, o qual, quem, cujo, onde, como, quanto, quando). Entenda-se por pronome relativo o termo que substitui ou especifica outro termo antecedente. Observe: Os alunos que estudaram obtiveram bons resultados. O pronome relativo “que” relaciona-se com o termo anterior “alunos” e informa que, dentre todos os alunos, apenas os que estudaram obtiveram resultados. Por último, quando representar as funções de sujeito, objeto direito ou indireto, complemento nominal, aposto etc, serão classificadas como orações subordinadas substantivas. As conjunções integrantes “que” ou “se” são as responsáveis pela ligação entre essas orações. Acompanhe o exemplo: Tenho convição de que serão aprovados. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Adverbiais Substantivas Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 A oração “que estudaram”, ao qualificar “os alunos”, exerce a função de adjunto adnominal, assim como o faz os adjetivos. Classifica-se, pois, como oração subordinada adjetiva. As orações subordinadas adjetivas dividem-se em restritivas ou explicativas. A própria denominação indica o seu significado. Orações restritivas são aquelas que limitam o alcance do termo antecedente. Por outro lado, as explicativas são as que trazem considerações sobre o termo a que se referem. Restritivas: Os jogadores que treinaram serão escalados. As cidades onde não há problemas foram selecionadas. Nas orações restritivas, não se admite a utilização da vírgula entre o termo antecedente e pronome relativo. De todos os jogadores, apenas os que treinaram serão escalados. De todas as cidades, apenas as que não apresentam problemas serão selecionadas. Explicativas: Deus, que é nosso Pai, sempre nos perdoará. São Paulo, onde vivem 11 milhões de pessoas, está estagnada. As orações explicativas admitem a utilização da vírgula entre o termo antecedente e o pronome relativo. Elas trazem alguma consideração, esclarecimento ou explicação sobre o termo a que se refere. Agora, vejamos como as bancas abordam o tema. Vamos lá? 09. (SEAD/SEE/SECULT-PB/IBFC) Considere os períodos abaixo e assinale a alternativa correta. I. Os alunos que reclamaram da prova foram convocados pela diretoria. II. Os alunos, que reclamaram da prova, foram convocados pela diretoria. a) A pontuação está correta apenas em I. Grave: A existência de um pronome relativo introduzindo uma oração que exerce a função de adjunto adnominal do termo antecedente é o que caracteriza as orações subordinadas adjetivas. Oração iniciada por pronome relativo = oração subordinada adjetiva Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 b) A pontuação está correta apenas em II. c) Em I, entende-se que alguns alunos reclamaram da prova. d) Em II, a oração entre vírgulas tem sentido restritivo. COMENTÁRIOS: Alternativas (a) e (b): Não se verifica qualquer erro de pontuação em ambos os períodos. O que diferencia um do outro é a utilização das vírgulas para isolar a oração subordinada adjetiva explicativa. Alternativas incorretas. Alternativas (c) e (d): Didaticamente, o que diferencia as orações subordinadas adjetivas restritivas das explicativas é a presença ou não da vírgula separando o pronome relativo do termo a que ele se refere. Quando a oração subordinada estiver isolada por vírgulas, será classificada como explicativa. Ao contrário, quando não houver a separação, a oração terá caráter limitante, classificando-se em restritiva. Está correto, portanto, o que se afirma na letra (c), ou seja, realmente APENAS os alunos que reclamaram da prova foram convocados pela diretoria. Gabarito: nesses termos, a alternativa c é o gabarito da questão. 10. (INEP/Nível Superior/IBFC/Adaptada) Considere o período abaixo e julgue as afirmações seguintes Os alunos que são muito indisciplinados foram punidos. I. Se a oração adjetiva estivesse entre vírgulas, não haveria mudança de sentido. II. Há duas orações no período. COMENTÁRIOS: Item (I): As orações adjetivas são marcadas pela presença do pronome relativo ligando a oração subordinada à principal. Elas se dividem em restritivas ou explicativas, a depender da relação que estabelecem com o termo ao qual o pronome relativo se refere. Quando estiverem separadas por vírgulas, terão caráter explicativo. Por outro lado, quando não separadas por vírgulas, terão caráter limitante, logo classificadas como restritivas. Voltando à questão, como bem informado acima, caso se colocasse uma vírgula separando as orações indicadas, verificar-se-ia evidente alteração de sentidos. O item encontra-se incorreto. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Senão vejamos: Os alunos que são muito indisciplinados forampunidos. Orçarão subordinada adjetiva restritiva (apenas os alunos indisciplinados foram punidos) Os alunos, que são muito indisciplinados, foram punidos. Orçarão subordinada adjetiva explicativa (todos os alunos são indisciplinados e todos foram punidos). Item (II): Observam-se duas formas verbais no período indicado, “são” e “foram”, logo temos duas orações, uma principal e outra subordinada. O item encontra-se correto. Observe: Os alunos que são muito indisciplinados foram punidos. Oração principal: Os alunos foram punidos. Oração Subordinada adjetiva restritiva: que são muito indisciplinados. Gabarito: O item (I) encontra-se verdadeiro e o item (II) incorreto. 11. (UPE, SERRA TALHADA – TÉC. EM ENFERMAGEM) Observe os sinais de PONTUAÇÃO, existentes no trecho abaixo e julgue a afirmativa seguinte: “imponente Serra Talhada marca a paisagem da cidade, onde está o cruzeiro, que proporciona belas vistas como a do mirante do Talhado do Urubu." No texto, as vírgulas isolam orações subordinadas adjetivas. COMENTÁRIOS: Falamos que em todas as questões relativas à sintaxe da oração e do período, há a necessidade de se identificar, primeiramente, as estruturas verbais. Para cada verbo teremos uma oração correspondente. Esse raciocínio nos permitirá enxergar melhor o período a que o enunciado se refere. Vamos lá! “imponente Serra Talhada marca a paisagem da cidade, onde está o cruzeiro, que proporciona belas vistas como a do mirante do Talhado do Urubu." As vírgulas isolam as orações “onde está o cruzeiro” e “que proporciona belas vistas...”. Nos dois casos, temos orações iniciadas pelos pronomes relativos. Vimos que os pronomes relativos são os que retomam o termo antecedente projetando-o na oração seguinte. O pronome “onde” refere-se ao seu antecedente, “cidade”. O pronome “que” faz referência ao termo “cruzeiro”. Agora ficou fácil ! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Quais orações são introduzidas por pronomes relativos? Isso mesmo minha amiga, meu amigo, as orações subordinadas adjetivas, que, no período em tela, por estarem isoladas por vírgulas, classificam-se como subordinadas adjetivas explicativas. Simples assim! Gabarito: nos termos apresentados a afirmativa encontra-se correta. 12. (HU-UFPI/IADES) Considerando a norma padrão da língua e com base no fragmento de texto abaixo julgue a afirmativa seguinte É um gigantesco empreendimento no sentido de adquirir o conhecimento efetivo de como está formado o universo de estabelecimentos que cuidam da saúde da nossa população, desde os grandes centros, até as mais longínquas localidades, tornando visível esse cenário a toda sociedade, fortalecendo o controle social. A oração “que cuidam da saúde da nossa população” possui valor explicativo. COMENTÁRIOS: A oração em pauta é introduzida pelo pronome relativo “que”, logo se classifica como subordinada adjetiva. Mas qual o valor semântico estabelecido? Ela restringe ou explica o termo anterior ao qual se relaciona? Vimos que a presença ou não da vírgula separando a oração subordinada adjetiva da oração principal nos permitirá definir a sua classificação completa. Quando separada por vírgulas, em regra, a oração tem valor explicativo. Ao contrário, quando ligada diretamente, como temos na oração acima, introduz uma ideia restritiva. Na oração em pauta, o gigantesco empreendimento alcança, dentre todos os estabelecimentos, apenas aqueles que cuidam da saúde da população. Portanto, há uma clara ideia de restrição, o que determina a classificação da oração subordinada em adjetiva restritiva. Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta, uma vez que sugere uma classificação equivocada para oração destacada. Para não esquecer jamais: A existência de um pronome relativo introduzindo uma oração que exerce a função de adjunto adnominal do termo antecedente é o que caracteriza as orações subordinadas adjetivas. Oração iniciada por pronome relativo = oração subordinada adjetiva Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 13. (GDF/ IADES /Adaptada) Considerando a norma padrão da língua e com base no fragmento de texto abaixo julgue a afirmativa seguinte Talvez esses novos hábitos correspondam a um trânsito mantido entre as várias idades da vida, uma possibilidade de crescer sem cortar todas as pontes. Adultos que hoje constituem família são filhos de pais que foram mais participativos e, em geral, viveram infância e adolescência mais prolongadas e cultuadas do que ocorreu com gerações anteriores. A ausência de vírgulas imediatamente após os vocábulos “adultos” e “famílias” indica que a oração iniciada por “que hoje constituem” restringe a ideia de “adultos”. COMENTÁRIOS: Caro leitor, sempre que você se deparar com orações iniciadas pelo “que” busque determinar se o termo se refere a uma conjunção integrante ou a um pronome relativo. Teremos mais à frente algumas questões para tratarmos mais a fundo das várias funções do “que” e do “se” nas orações. Por que essa definição é importante? Veja bem: a definição da classificação em conjunção integrante ou pronome relativo determinará a classificação da oração em subordinada adjetiva ou substantiva. Esta geralmente vem introduzida pelas conjunções integrantes; aquela, pelos pronomes relativos. A oração destacada é introduzida pelo pronome relativo “que”, portanto trata- se de oração subordinada adjetiva. Como não temos vírgula separando a oração, podemos inferir que ele possui caráter restritivo. As considerações trazidas no período são atribuídas não a todos os adultos, mas simplesmente aos que têm família. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se verdadeira. Orações Subordinadas Substantivas: Exercem a função de algum termo sintático da oração principal. São ditas substantivas porque, em regra, funcionam como se substantivos fossem. Enquanto as orações subordinadas adjetivas são iniciadas por pronomes relativos e as subordinadas adverbais por conjunções subordinativas adverbiais, as orações substantivas podem ser introduzidas por uma conjunção integrante (que ou se) e, menos frequentemente, por um advérbio ou pronome. Acompanhe: Os namorados disseram que estavam apaixonados. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Oração principal: Os namorados disseram Oração subordinada: que estavam apaixonados A oração subordinada é iniciada pela conjunção integrante “que” e exerce a função sintática de objeto direto da oração principal (os namorados disseram o quê? Que estavam apaixonados). Trata-se, pois, de uma oração subordinada objetiva direta. Muito simples, não? 14. (UPE, GOIANA - ENFERMEIRO) Sobre as funções do QUE, no trecho abaixo, é correto declarar que Chegamos a um novo tempo. E há razões para otimismo. É preciso que a razão vença o preconceito. Que a confiança no futuro vença a nostalgia do passado. Que o fazer bem vença as (apenas) boas intenções. Que o homem, barro trágico rareado de estrelas, reine imponente e majestoso sobre o mercado, a força bruta, os pequenos interesses e tudo o mais quanto exista neste vasto e insensato mundo. Para todo o sempre. Amém. A) todo que nele contido se classifica como conjunção integrante, iniciando uma oração subordinada substantiva. B) apenas um que se classifica como preposição. C) existe, apenas, um pronome relativo que. D) existe, apenas, uma conjunção integrante que. E) inexiste qualquer tipo de conjunção. COMENTÁRIOS: A questão assusta um pouco. Um “que” apenas incomoda muita gente, imaginequatro deles ! Mas criem nervos , tudo é muito simples. Importante: Como reconhecer rapidamente uma oração subordinada substantiva? Simples! Substitua toda a oração subordinada pelo pronome demonstrativo “isto”. Ex.: Todos nós esperamos que vocês sejam aprovados. Todos nós esperamos (ISSO) => que vocês sejam aprovados. O QUE ou SE quando exrcerem o papel de conjunção integrante sempre aceitarão a substituição pelo pronome "ISSO". Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Em todas as ocorrências do vocábulo “que”, podemos substituí-lo pelo pronome “ISSO”. A possibilidade da referida substituição marca as orações subordinadas substantivas. O “que” classifica-se como conjunção integrante a não pronome relativo. Gabarito: nesses termos, a letra “a” corresponde ao nosso gabarito. Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: exerce a função de objeto direto da principal, ou seja, atua como complemento do verbo transitivo direto presente na oração principal. Objetiva direta: •As crianças queriam que a mãe trouxesse os brinquedos. • Oração principal: As crianças queriam (o quê? Isto). • Verbo querer: transitivo direito (quem quer, quer alguma colisa). • Oração subordinada: que a mãe trouxesse os brinquedos. • Classificação da Oração: oração subordinada substantiva objetiva direta, exerce a função de objeto indireto da principal, ou seja, atua como complemento do verbo transitivo indireto presente na oração principal.Objetiva indireta: •As crianças lembraram-se de que iriam para a escola. •Oração principal: As crianças lembraram-se (de quê? Disto). •Oração subordinada: de que iriam para a escola. •Verbo lembrar-se: transitivo indireto => pede objeto indireto. •Classificação da Oração : oração subordinada substantiva objetiva indireta. exerce a função de sujeito da oração principal, ou seja, pratica a ação verbal da oração a qual complementa. Subjetiva: •É necessário que estudem bastante. • Oração principal: É necessário. • Oração subordinada: que estudem bastante. • Sujeito da oração principal => quem/ o que é necessário => que estudem bastante. • Classificação da Oração : oração subordinada substantiva subjetiva. • Basta que digam uma palavra. • Oração principal: Basta. • Oração subordinada: que digam uma palavra. • Sujeito da oração principal => quem/ o que basta? => que digam uma palavra.. • Classificação da Oração : oração subordinada substantiva subjetiva. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Vamos praticar? Observe como o assunto é tratado pelas bancas de concursos públicos. Nesta caminhada no mundo dos concursos, já ouvimos “horrores” sobre a classificação das orações, porém, estudando esquematicamente, não há o que temer. 15. (Outras bancas/TJ – SP) - “É importante que todos participem da reunião”. O segmento “que todos participem da reunião”, em relação a “é importante”, é uma oração subordinada: a) adjetiva com valor restritivo. b) substantiva com função de sujeito. c) substantiva com função de objeto direto. d) adverbial com valor condicional. e) substantiva com função predicativa. exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Geralmente, é verificada após o verbo ser (verbo de ligação).Predicativa • O correto é que vocês estudem disciplinadamente. • Oração principal: O correto é. • Oração subordinada: que vocês estudem disciplinadamente. • Predicativo do sujeito: que vocês estudem disciplinadamente. • Classificação da Oração : oração subordinada substantiva predicativa. exerce a função de complemento nominal na oração principal. Completiva nominal: •Nós temos convicção de que vocês serão aprovados. • Oração principal: Nós temos convicção. • Oração subordinada: de que vocês serão aprovados. • Complemento nominal do substantivo "convicção": de que vocês serão aprovados. • Classificação da Oração : oração subordinada substantiva completiva nominal. exerce a função de aposto na oração principal, sendo observada, em regra, após o sinal de dois-pontos, vírgula ou travessão.Apositiva • Os pais desejam apenas uma coisa: que os filhos os ouçam. • Oração principal: Os pais desejam apenas uma coisa. • Oração subordinada: que os filhos os ouçam. • Aposto: que os filhos os ouçam. • Classificação da Oração : oração subordinada substantiva apositiva. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 COMENTÁRIOS: O que ou quem é importante? A resposta é “que todos participem da reunião”. A oração proposta é iniciada pela conjunção integrante “que” e representa o sujeito da oração principal “é importante”. Trata-se, portanto, de uma oração subordinada substantiva subjetiva. Se temos um verbo de ligação entre as orações, é porque temos, também, o predicativo do sujeito, no caso, “é importante”2. Observe ainda que toda a oração subordinada pode ser substituída pelo pronome isso: “É importante que todos participem da reunião” = “Isso é importante”. Esta associação sempre estará presente nas orações subordinadas que exercem o papel de sujeito da oração principal. Gabarito: considerando que a oração subordinada representa o papel de sujeito da oração principal, a alternativa b é o gabarito da questão. 16. (BRDE/AOCP/Adaptada) No fragmento abaixo, as orações “de identificar” e “se existe uma tendência” são, respectivamente, “Não implica, tampouco, autoconsciência crítica ou consciência histórica, nem a necessidade de identificar se existe uma tendência”. a) Oração subordinada substantiva objetiva direta e oração subordinada substantiva objetiva direta. b) Oração subordinada substantiva completiva nominal e oração subordinada substantiva objetiva direta. c) Oração subordinada substantiva objetiva indireta e oração subordinada adverbial condicional. d) Oração subordinada substantiva completiva nominal e oração subordinada adverbial condicional. e) Oração subordinada substantiva objetiva indireta e oração subordinada substantiva objetiva direta COMENTÁRIO: A questão aborda as seguintes orações: (...) nem a necessidade de identificar se existe uma tendência. Eis uma excelente oportunidade para aprofundarmos mais um pouco os nossos conhecimentos sobre o tema. A primeira oração “de identificar” complementa o 2 Fonte: http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-oracoes-subordinadas.htm#questao-1022 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 substantivo abstrato “necessidade” e, consequentemente, exerce a função de complemento nominal. Agora ficou fácil. Que tipo de oração pode exercer o papel de complemento nominal? Apenas as orações subordinadas substantivas, no caso, substantivas completivas nominais. Professor, um minuto! As orações subordinadas substantivas não são acompanhadas obrigatoriamente das conjunções integrantes “que” ou “se”? Caro amigo, nem sempre. Menos frequentemente, podem vir acompanhadas por uma preposição ou pronome, como verificado na oração em pauta. No entanto, a regra de substituir a oração subordinada substantiva pelo pronome “isso/disso” pode ser empregada em todos os casos, assim teríamos: “nem a necessidade DISSO” ou “nem a necessidade de identificar ISSO”. Voltando à segunda oração, “se existe uma tendência”, verificamos que ela complementa o verbo transitivo direto “identificar” (quem identifica, identifica alguma coisa). Por conseguinte, classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta. Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa correta é a letra b. 17. (ACE/TCE-PA/AOCP) Em “...é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano.”, a oraçãodestacada funciona como a) Subordinada substantiva objetiva direta b) Subordinada substantiva subjetiva. c) Subordinada substantiva predicativa. d) Subordinada adverbial condicional. e) Subordinada adverbial comparativa. COMENTÁRIOS: Mais do mesmo. No período acima, encontramos um verbo de ligação acompanhado pelo predicativo do sujeito. A oração subordinada em destaque não poderia exercer outro papel senão a de sujeito da oração principal. Temos, portanto, uma oração subordinada substantiva subjetiva. Veja: “...é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano.” o O que ou quem é possível? o R=> comprovar a perenidade do humor chapliniano (Sujeito) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Perceba, ainda, como toda a oração subordinada pode ser substituída pelo pronome“isso”: Gabarito: considerando que a oração destacada representa o sujeito da oração principal, a alternativa correta é a letra b. 18. (COREN-RO/ AOCP) Em “É possível deixar para trás comportamentos...”. O fragmento em destaque funciona, sintaticamente, como uma oração subordinada substantiva a) Objetiva direta. b) Principal. c) Objetiva indireta d) Subjetiva. e) Completiva nominal. COMENTÁRIOS: Professor, essa questão não está repetida? Não acabamos de respondê-la? Caro amigo, as bancas organizadoras têm verdadeira fixação por determinados temas e costumam manter um determinado padrão na elaboração das provas. A questão é praticamente a mesma e foi cobrada em certames diferentes pela AOCP. Essa é mais uma prova da importância do conhecimento prévio da organizadora do certame do qual você irá participar. Entender a banca é decisivo para a aprovação. Voltemos ao que nos interessa. Novamente observamos um verbo de ligação acompanhado pelo predicativo do sujeito, o que nos leva à conclusão de que a oração em destaque corresponde ao sujeito da oração principal, portanto oração subordinada substantiva subjetiva. Como subordinada, a oração pode ser substituída pelo pronome ISSO, observe: Gabarito: a alternativa correta corresponde à letra d. “...é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano.” ISSO é possível. “É possível deixar para trás comportamentos...” “deixar para trás comportamentos é possível...” ISSO é possível. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 19. (GDF/ IADES /Adaptada) Considerando a norma padrão da língua e com base no fragmento de texto abaixo julgue a afirmativa seguinte Essa postura equivocada tem raízes claras: é uma infeliz reedição do jeito de ensinar Língua Portuguesa que predominou durante a maior parte do século passado. O terceiro parágrafo é iniciado por uma oração principal, seguida de outra apositiva, indicado pelo conteúdo de uma oração inteira. COMENTÁRIOS: A questão sugere que toda a oração após o sinal de dois pontos, no texto acima, representa a função de aposto. Mas você lembra o que significa o aposto? Vamos relembrar: Voltando à nossa questão, realmente o termo em destaque exerce a função de aposto, ao esclarecer melhor a expressão “essa postura equivocada”. Trata-se, pois, de uma oração subordinada substantiva apositiva. Gabarito: nos termos acima, a afirmativa encontra-se verdadeira. Chegamos ao final de mais uma aula, esperamos que ela tenha sido esclarecedora. Até o próximo encontro e mantenham-se firmes e motivados. APOSTO É um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. O aposto, em regra, vem demarcado na oração através dos sinais de pontuação (vírgula, dois pontos ou travessão). Observe os exemplos: *Pelé, o Rei do futebol, conquistou três Copas do Mundo; *Os termos acessórios da oração são: adjunto adnominal, adjunto adverbial e o aposto; *Alunos, professores, familiares, todos estão nervosos com a proximidade do exame;. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 Avisos: Na aula seguinte, falaremos sobre as orações subordinadas adverbiais e sobre as conjunções, de longe os temas mais cobrados quando o assunto é sintaxe da oração e do período. Tradicionalmente, as conjunções são estudadas como um dos tópicos do assunto classes de palavras. No entanto, a nossa experiência e didática comprovam que esse tópico é melhor entendido quando associado às orações subordinadas adverbiais. Bons estudos e muita dedicação. Professor Rômulo Passos e Equipe. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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