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A divisao do Direito 02

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NTRODUÇÃO
No presente trabalho que apresenta a divisão do direito romano, baseado na história da origem da norma, sendo representados pelos Ius Gentium, direito das gentes, e Ius Civile,o direito de cada cidadão. Já a divisão do direto baseada na origem seria o Ius Civile , o Ius Honorarium e o Ius Extraordinarium, apresentando o direito próprio dos costumes. A baseada na aplicabilidade do mesmo, Ius Cogens e Ius Dispositivum, que distinguem de que forma esta regra seria aplicada. E a divisão tomando por base o sujeito apresenta o Ius Commune e Ius Singulare, este era a que se destinava a norma, os cidadãos em geral. 
2 DIVISÃO DO DIREITO ROMANO
O direito romano se divide em várias etapas. A primeira divisão apresentada é a dos, Ius, entre o Ius Civile e o Ius Gentium, conforme nos apresenta Giordani na obra Historia do Direito - Geral e Brasil:
2.1 IUS CIVILE E IUS GENTIUM 
Para Gaio “o direito que cada povo se constitui para si mesmo, esse lhe é próprio e se chama direito civil, direito, por assim dizer, próprio da cidade.” Segundo Giordani as Instituições de Justiniano esclarecem a origem da expressão ius civile e de seu congruente jus Quiritum: 
Ora, o direito civil tira a sua denominação da cidade a que pertence, assim o dos atenienses; pois quem quiser chamar às leis de Sólon ou de Drácon, direito civil dos atenienses, não errará; e assim também o direito de que usa o povo romano lhe chamamos
ireito civil dos romanos ou direito dos Quirites, de que usam os Quirites, pois por causa dos Quirino os romanos se chamam Quirites.
Ainda para o Jurista Gaio e para Ulipiano era um “direito baseado na razão natural. (naturalis). Ius Gentuim est, quo gentes humanae untuntur (Direito das gentes é o que a razão natiral estabeleceu entre os homens)”. Giordani tratando sobre o tema afirma que:
O ius gentium é um direito positivo do Estado Romano, aplicável aos estrangeiros -aos cidadãos em suas relações jurídicas com os peregrin - e que formalmente possui suas raízes no Edito do Praetor peregrinus. Em seu conteúdo o ius gentium inpira-se também em princípios e instituições. Portanto o Ius Gentium é o direito universal, aplicável a todos os homens livres, inclusive os estrangeiros.
Então, Ius Civile ou Ius Quiritium seria o direito do cidadão romano e exclusivo deste. 
3 DIVISÃO BASEADA NA ORIGEM 
Os romanos distinguiam o Ius Civile, o Ius Honorarium e o Ius Extraordinarium. Baseando-se no pensamento de Castro Ius Civile “Era o direito tradicional que provinha do costume, das leis, dos plebiscitos e, na época imperial, dos senatus consultos e das Constituições Imperiais.” 
3.1 IUS HONORARIUM
Segundo o autor “Relaciona-se com o vocábulo latino honos (honra) que, num sentido, mais técnico, significa o cargo conferido pelo povo romano aos pretores. Portanto era o direito elaborado e introduzido pelos pretores.”
3.2 IUS EXTRAORDINARIUM
Derivado da atividade jurisdicional do Imperador na época do Império. O Imperador e seus funcionários, tomando conhecimento das controvérsias (cognitio) de forma diferente da ordem natural dos juízos (extra ordinem), originaram todo um conjunto de normas. 
4 DIVISÃO BASEADA NA APLICABILIDADE
Esta distinção se da com base na forma como as regras podem ou não serem aplicadas. Distingue- se, então , Ius Cogens e Ius Dispositivum. 
Sua aplicação não depende da vontade das partes interessadas. É o caso do Ius Cogens 
“É a regra absoluta Direito Público: ‘ius publicum privatorum pactis mutari non potest’ (o direito público não pode ser alterado por acordo entre particulares).” 
Outro assunto abordado é o Ius Dispositivum
“Este direito admitia a expressão da vontade dos particulares, as regras podiam ser modificadas ou postas de lado de acordo com o desejo das partes.”
5 DIVISÃO BASEADA NO SUJEITO
Esta regra dependia, se esta era aplicável a todos ou somente a alguns, os romanos dividiam o Ius Commune do Ius Singulare. 
Para Castro Ius Commune
“É o conjunto de regras que regem de modo geral uma série de casos normais. É a regra que opõe-se a exceção.” 
Já o Ius Singulare ainda para Castro
São as regras que valem somente para uma categoria de pessoas, grupos, ou situações específicas. É a importante destacar que o Ius Singulare não é uma determinação particular, válida somente a uma
pessoa. Esta situação era chamada no Direito Romano de Privilegium e não tinha o peso do Ius Singulare.
CONCLUSÃO
Após a pesquisa feita, percebemos a importante influência deixada pelos romanos para o Direito como conhecemos hoje. Desde os tipos de punições aplicadas aos infratores até a forma de regulamentação. O direito romano foi à base para o direito de grande parte do ocidente, os códigos de leis tem grande influência dos mesmos. Sendo assim, o direito atual baseado e aplicado aos avanços, se tornam os códigos e constituições de muitos países, como o Brasil. Apresentando como o direito dos romanos estava muito a frente do seu tempo, e a grande noção do que era obrigação e direito de cada cidadão.
O Direito Romano no Baixo Imperio
O Direito Romano no Baixo Império
Introdução
O Baixo Império Romano é marcado por grandes eventos históricos que caracterizou essa fase de declive. Dentre essas transformações pode-se destacar:
- A instituição da monarquia como regime político;
- Criação do Edito de Milão criado por Constantino, promovendo a liberdade de culto aos cristãos;
- Estabelecimento do catolicismo como religião oficial;
- Divisão do Império Romano em dois: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente, cada qual com o seu imperador. Apesar da divisão, a unidade jurídica se manteve constante.
Contexto Histórico
Uma das principais crises diz respeito à produção agrícola. Por séculos, os escravos foram a principal mão de obra nas grandes propriedades rurais. Entretanto, com a diminuição das guerras, o reabastecimento de escravos começou a ficar difícil.
O Estado comandava as atividades produtivas uma vez que era detentor das terras. A população camponesa vivia numa estrutura repressiva de servidão coletiva (corvéia real) pagando impostos em produtos ou em trabalho ao faraó. Não havia especializações produtivas regionais e o território era auto-suficiente com relação às matérias primas básica. O Estado não se monetarizou e os objetos eram trocados por objetos. Os artesãos trabalhavam apenas para enfeitar os palácios e adornos pessoais.
Divisão do Império
Acreditando que fortaleceria o império romano, o imperador Teodósio, em 395, dividiu-o em duas partes: o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma; e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. 
Apesar das invasões dos inimigos terem papel decisivo na queda do império romano do ocidente, outros fatores também foram relevantes, como:
Elevados gastos com a estrutura administrativa e militar;
Perca do controle sobre diversas regiões devido ao tamanho do império;
Aumento dos impostos dos cidadãos e dos tributos dos vencidos;
Corrupção política;
Crise do fornecimento de escravos com o fim das guerras de expansão;
Continuidade das lutas civis entre patrícios e plebeus;
Difusão do cristianismo.
Influência do Direito Romano
A criação do Corpus Juris Civilis foi o marco da influência do Direito Romano nas normas atuais. Conforme à demanda social, política e econômica demandava o Direito Civil evoluiu dividindo-se em ramos, dentre os quais se destacam: o direito de propriedade, de compra e venda, de relações mercantis, entre outros. 
Além dos ramos supramencionados influenciarem a criação do direito civil atual, algumas distinções também o fizeram, tais como: a divisão das coisas como móveis e imóveis tangíveis e intangíveis, consumíveis e não consumíveis divisíveis e indivisíveis, assim como hoje temos no direito civil. 
Organização Política:
Teodósio I divide o império em dois blocos: Império Romano do Oriente e Império Romano do Ocidente.
Fontes do direito romano no Baixo Império:
As fontes do direito romano no baixoimpério foram basicamente
os costumes, a lei escrita e a jurisprudência (doutrina). 
O Direito Romano foi o conjunto de princípios e normas que vigoraram em Roma durante 12 séculos; iniciando-se no edito do primeiro rei até a última constituição imperial.
Quadro geral das codificações romanas:
As compilações ou codificações são as reuniões de leis no Baixo Império.
O Código Gregoriano é a primeira compilação de constituições imperiais. 
O Código Hermogeniano é uma reunião de constituições imperiais dos imperadores Diocleciano e Maximiliano.
O Código Teodosiano, Distingui-se por ser a primeira codificação oficial do império romano.
Os bárbaros respeitavam os costumes dos povos vencidos. Por isso, quando os Visigodos invadiram a Península permitiram que os povos peninsulares seguissem as próprias leis que eram romanas.
Criação do Corpus Juris Civilis
O Corpus Juris Civilis (Corpo do Direito Civil) foi a compilação mais importante do império romano e serviu como base para a formulação do Direito Civil moderno. Era constituído por quatro partes:
1 – Código (529): Reunia as constituições imperiais 
2 – Digesto (533): é a mais importante das obras de Justiniano. Foi construída pelos jurisconsultos em apenas três anos, e seu acervo corresponde a cinquenta livros.
3 – Institutas (533): Tinha o objetivo didático, principalmente o de educar.
4 – As Novelas: foram as novas constituições imperiais decretadas por Justiniano nos últimos anos do seu reinado. Algumas eram escritas em grego,
outras em latim.
As Interpolações:
Foram os acréscimos, supressões e modificações feitas pelos jurisconsultos no Código e no Digesto, por ordem de Justiniano.
A Papirologia Jurídica:
A papirologia jurídica é justamente o conjunto de manuscritos escritos, e trouxe importante contribuição aos estudos romanísticos.
Conclusão
O Direito Romano permanece presente nos dias de hoje, exercendo influência na formação do Direito Brasileiro. 
A criação do Corpus Juris Civilis foi o marco da influência do Direito Romano nas normas atuais. Conforme a demanda social, política e econômica demandava o Direito Civil evoluiu dividindo-se em ramos, dentre os quais se destacam: o direito de propriedade, de compra e venda, de relações mercantis, entre outros. 
Além dos ramos supramencionados influenciarem a criação do direito civil atual, algumas distinções também o fizeram, tais como: a divisão das coisas como móveis e imóveis tangíveis e intangíveis, consumíveis e não consumíveis divisíveis e indivisíveis, assim como hoje temos no direito civil. 
O Direito foi uma das grandes contribuições dos romanos para as sociedades ocidentais. Seus fundamentos, adaptados e reelaborados, foram adotados por diversos povos, servindo de base até hoje para muitas sociedades

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