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Profª Monica Pertel & Diego Luiz 8 e 10 de novembro de 2016 Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro Tecnologia - Escola Politécnica Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente EEH – 210 Engenharia e Meio Ambiente Prevenção •adoção de cautelas, antes da efetiva execução de atividades •riscos são conhecidos e previsíveis Precaução •riscos são desconhecidos e imprevisíveis •“ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis” (ECO92) Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: Lei 6.938 de 1981. III - a avaliação de impactos ambientais; IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; Objetivo: ◦ Agir preventivamente sobre a proteção do meio ambiente, compatibilizando sua preservação com o desenvolvimento econômico e social; ◦ Ou seja, o licenciamento ambiental não visa a “negativa”, e sim o “como fazer” da maneira correta para que sejam atendidos todos os princípios do Direito Ambiental, principalmente a Sustentabilidade. Regulamentações sobre licenciamento ambiental no Brasil. Art. 1º - I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Art. 2º- § 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução. § 2º – Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, o detalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em consideração as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade. Extração e tratamento de minerais Indústria de produtos minerais não metálicos Indústria metalúrgica Serviços de utilidade lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros fabricação de aço e de produtos siderúrgicos produção de energia termoelétrica perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração metalurgia de metais preciosos transmissão de energia elétrica Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações Indústria de material de transporte Uso de recursos naturais Indústria de produtos alimentares e bebidas fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios utilização do patrimônio genético natural matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos fabricação e montagem de aeronaves introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas fabricação de bebidas alcoólicas Obras civis Indústria mecânica Transporte, terminais e depósitos Turismo rodovias, ferrovias, hidrovias, barragens e diques, retificação de curso de água... fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico e/ou de superfície transporte por dutos complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos (...) Art. 3º- Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. Etapas do Processo - Geral Definição dos documentos, projetos e estudos ambientais, correspondente à licença a ser requerida Requerimento da Licença Ambiental com documentos, projetos e estudos, dando-se a devida publicidade Análise dos documentos, projetos e estudos. Realização de vistorias, quando necessário Solicitação de esclarecimentos e complementações 1ª 2ª 3ª 4ª Órgão Ambiental e Empreendedor Empreendedor Órgão Ambiental Órgão Ambiental Solicitação de esclarecimentos e complementações decorrentes de audiências públicas, quando couber Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. 6ª 5ª 7ª Caso concedida a licença, cumprimento das condicionantes estabelecidas nas mesmas 8ª Empreendedor Órgão Ambiental Órgão Ambiental Órgão Ambiental LP LI LO Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Situação para pedir a licença: ◦ Novo empreendimento ou proposta de ampliação de unidade já existente; ◦ Concedida na fase preliminar de planejamento do empreendimento ou atividade; É nessa fase que: ◦ São levantados os impactos ambientais e sociais prováveis do empreendimento; ◦ Enquadramento aos planos federais, estaduais e municipais de uso e ocupação do solo; ◦ São avaliadas a magnitude e a abrangência de tais impactos; ◦ São formuladas medidas que, uma vez implementadas, serão capazes de eliminar ou atenuar os impactos; ◦ São ouvidos os órgãos ambientais das esferas competentes. São discutidos com a comunidade, caso haja audiência pública, os impactos ambientais e respectivas medidas mitigadoras e compensatórias; É tomada a decisão a respeito da viabilidade ambiental do empreendimento, levando-se em conta sua localização e seus prováveis impactos, em confronto com as medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais. De posse da LP, o próximo passo do empreendedor é elaborar o projeto básico do empreendimento (projeto de engenharia) e planos ambientais; O adequado tratamento da questão ambiental no projeto básico significa adotar, na sua elaboração, a localização e a solução técnica aprovadas na licença prévia e incluir as medidas mitigadoras e compensatórias definidas como condicionantes na licença prévia. II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo comas especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; Situação: Concedida antes do início da construção; Novo empreendimento ou proposta de ampliação; LI gera o direito à instalação do empreendimento ou sua ampliação: implantação do canteiro de obras, movimentos de terra, abertura de vias, construção de edificações e montagens de equipamentos; Adequação do empreendimento que tenha iniciado as obras de construção, sem ter se submetido à avaliação ambiental prévia. Quando da solicitação da licença de instalação, o empreendedor deve: Comprovar o cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença prévia; Apresentar os planos, programas e projetos ambientais detalhados e respectivos cronogramas de implementação; Apresentar o detalhamento das partes dos projetos de engenharia que tenham relação com questões ambientais. O Plano Básico Ambiental é o documento desenvolvido para o cumprimento das condicionantes para a solicitação da licença de instalação e que apresenta todas as medidas de controle e os programas ambientais propostos no EIA; Apresentado no capítulo de Planos e Programas do EIA; Define as ações e programas a serem desenvolvidos em todas as etapas do projeto, desde o início das obras até a etapa de operação do empreendimento e seu monitoramento. O PBA traz em detalhes os programas ambientais previstos para o empreendimento, de acordo com o que foi prescrito no Estudo de Impacto Ambiental e estabelecido nas condicionantes da Licença Prévia; O PBA mostra: ◦ Uma abordagem integrada dos programas em relação à minimização dos impactos ambientais e à promoção do desenvolvimento sustentável da região, buscando assim uma maior eficácia na realização das ações previstas. ◦ Transparência na comunicação com a população local; ◦ Apoio e parcerias com universidades e órgãos governamentais. Os programas apresentados no PBA incluem ações referentes ao meio ambiente, desenvolvimento social e econômico, saúde, educação, turismo e lazer, cultura e comunicação, durante as fases de construção e parte da operação da usina. Ao conceder a licença de instalação, o órgão gestor de meio ambiente terá: Autorizado o empreendedor a iniciar as obras; Concordado com as especificações constantes dos planos, programas e projetos ambientais, seus detalhamentos e respectivos cronogramas de implementação; Verificado o atendimento das condicionantes determinadas na licença prévia; Estabelecido medidas de controle ambiental, com vistas a garantir que a fase de implantação do empreendimento obedecerá aos padrões de qualidade ambiental estabelecidos em lei ou regulamentos; Fixado as condicionantes da licença de instalação (medidas mitigadoras e/ou compensatórias). O órgão ambiental realizará o monitoramento das condicionantes determinadas na concessão da licença. O acompanhamento é feito ao longo do processo de instalação e será determinado conforme cada empreendimento. III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. Ao requerer a licença de operação, o empreendedor deve comprovar: A implantação de todos os programas ambientais que deveriam ter sido executados durante a vigência da licença de instalação; A execução do cronograma físico-financeiro do projeto de compensação ambiental; O cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas quando da concessão da licença de instalação. Caso esteja pendente alguma condicionante da licença prévia, sua implementação também deverá ser comprovada nessa oportunidade. Autoriza o início do funcionamento do empreendimento; Empreendimento totalmente implantado; Verificação in loco da implantação dos sistemas de controle ambiental previstos, dentro das especificações aprovadas nas Licenças Prévia e de Instalação; Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos expedida conjuntamente com o certificado de LO, se for o caso. A licença de operação possui três características básicas: 1. É concedida após a verificação, pelo órgão ambiental, do efetivo cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (prévia e de instalação); 2. Contém as medidas de controle ambiental (padrões ambientais) que servirão de limite para o funcionamento do empreendimento ou atividade; e 3. Especifica as condicionantes determinadas para a operação do empreendimento, cujo cumprimento é obrigatório, sob pena de suspensão ou cancelamento da operação. Planejamento e estudos iniciais Contatos com órgãos ambientais e agencias reguladoras Contratação da empresa de consultoria para realização dos estudos Elaboração do termo de referência Estudos ambientais preliminares Elaboração do EIA/RIMA Audiência Pública Obtenção da LP Desenvolvimento do Plano Básico Ambiental - PBA Obtenção da LI Construção do empreendimento Testes pré-operatórios Obtenção da LO Início da operação comercial do projeto Diagnóstico Prognóstico AIA Análise Conclusões Envolvimento da população atingida Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses. Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença (...): I - Licença Prévia (LP): no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos. II - Licença de Instalação (LI): no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. III - Licença de Operação (LO): considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos. O licenciamento é um compromisso, assumido pelo empreendedor junto ao órgão ambiental, de atuar conforme o projeto aprovado; Portanto, modificações posteriores, como, por exemplo, redesenho de seu processo produtivo ou ampliação da área de influência, deverão ser levadas novamente ao crivo do órgão ambiental; Além disso, o órgão ambiental monitorará, ao longo do tempo, o trato das questões ambientais e das condicionantes determinadas ao empreendimento. 1. Empreendimentos já existentes antes de ser regulamentada a Lei Ambiental do Estado: Regularizar a situação junto ao órgão ambiental; Obtenção da Licença de Operação Corretiva junto ao órgão ambiental do Estado. 2. Empreendimentos que iniciaram sua implantação à revelia da Legislação Ambiental: Autuação, suspensão das obras e regularização de suas atividades com a assinaturade TAC – Termo de Ajuste de Conduta, fixando condições e prazos para a obtenção da Licença de Instalação Corretiva, permitindo a continuação do processo de implantação, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento, que só é concedida após a análise dos documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção da licença anterior e para a atual. 3. Empreendimentos em funcionamento sem licença ambiental: Autuação, suspensão das atividades que prevalecerá até a assinatura de TAC, fixando condições e prazos para a obtenção da Licença de Operação Corretiva, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento, que só é concedida após a análise dos documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças anteriores. Atividade ou obra que possua baixo potencial poluidor/degradador. Licença Ambiental Simplificada: LAS ◦ Localização e Concepção; ◦ Instalação; ◦ Operação. Art. 12 - § 1º - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente. Inexigibilidade de licenciamento Classe 1 Licença Ambiental Simplificada (LAS): ato administrativo mediante o qual o órgão ambiental, em uma única fase, atesta a viabilidade ambiental, aprova a localização e autoriza a implantação e/ou a operação de empreendimentos ou atividades enquadrados Classe 2; Período de validade da licença será de no mínimo 4 e no máximo 10 anos. Condutas e atividades lesivas ao meio ambiente Sanções penais e administrativas; Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos (...), incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, gerente (...) que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; II - ter o agente cometido a infração: concorrendo para danos à propriedade alheia; atingindo áreas de unidades de conservação; atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; em domingos ou feriados ou à noite; em épocas de seca ou inundações; mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; facilitada por funcionário público no exercício de suas funções (...) Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 2º Se o crime: I - tornar uma área imprópria para a ocupação humana; II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas; III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água; Pena - reclusão, de um a cinco anos. Atenção aos fornecedores e prestadores de serviços!!! Licença; Origem dos produtos; Destino dos resíduos; (...) Dúvidas?!
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