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1 Curso Técnico em Edificações Data: 20/10/14 Disciplina: Tecnologia das Construções I Campus: Memorial Sala: 113 Material de Apoio – 01 – Obra Passo a Passo Nome do professor: Aécio Lacerda ETAPAS PROJETUAIS Serão listadas abaixo as etapas para desenvolvimento de projeto de arquitetura e quais os procedimentos adotados em cada etapa. ENTREVISTA COM O CLIENTE Nesta etapa é efetuada a entrevista com o interessado em executar a construção. Devemos considerar que geralmente o cliente é leigo e que dele devemos verificar quais as suas predileções, necessidades e aspirações quanto ao que será construído. Caberá ao profissional da construção civil orientar esta entrevista, elaborando o programa de necessidades da obra. O programa de necessidades descreve a função da construção e as atividades que irá abrigar, bem como dimensionamento e padrões de qualidade assim como especifica prazos e recursos disponíveis para a execução. ESTUDO PRELIMINAR O estudo preliminar é quando se verifica as viabilidades e soluções técnicas que fornecem as diretrizes e orientações ao anteprojeto. Esta etapa envolve a análise das várias condicionantes do projeto, que normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. Com base nos dados levantados nessa etapa, é elaborado para o cliente, o orçamento para desenvolvimento de projeto arquitetônico. As associações de classe CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo e CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia possuem diretrizes para cobrança desse serviço, que sempre é efetuada considerando a metragem quadrada do local. Também é possível encontrar diretrizes no Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB. Fazem parte do estudo preliminar: VISITA TÉCNICA AO LOCAL DA OBRA: Nesta etapa é efetuada a avaliação técnica da área, onde é analisado todo o entorno, como edificações, espécies arbóreas (dentro e fora do lote), tipo de vizinhança, situação urbana (tamanho da via de acesso, tipos de tráfego, etc.), identificação do norte, se há benfeitorias como (agua, esgoto e energia), se há linha de alta tensão, posição de postes e bueiros próximos ao lote, bem como a insolação, a ventilação, e a situação topográfica do lote. Deve-se nesta etapa efetuar as medições no lote para essas informações sejam compatibilizadas ao que está cadastrado junto ao cartório de registro de imóveis. É montado um mapa de uso do espaço (solo). Caso a topografia seja bem acidentada (com grandes aclives ou declives) e o cliente não possuir planta topográfica, será necessária a contratação de um topógrafo para desenvolver tal planta. 2 ANÁLISE LEGAL: Elaboramos nesta etapa as análises da legislação, alinhada com os estudos de viabilidades técnica (Plano Diretor e de Código de Obras Municipal) e ambientais (Cetesb, SVMA), entre outros. ANTE-PROJETO Esta fase constitui a continuidade do estudo preliminar onde é feita a configuração inicial da solução arquitetônica proposta para a obra (partido), considerando os dimensionamentos, as principais exigências contidas no programa de necessidades (discutidas previamente com o cliente), levantamentos e estudo da legislação, documentos e plantas. PROJETO ARQUITETÔNICO Com todos os dados levantados no estudo preliminar já aplicados no ante-projeto, nesta etapa é elaborado: PROJETO DE APROVAÇÃO: Constitui a configuração técnico-jurídica da solução arquitetônica proposta para a obra, respeitando-se as normas técnicas de apresentação e representação gráfica (plantas, cortes, fachada, etc.), emanada pelos órgãos públicos. A diagramação básica do solicitado pelas prefeituras. Esta etapa pode levar meses e dependerá dela a continuidade dos projetos executivos e complementares, isso porque somente após a aprovação legal é expedida o Alvará de Construção, que fica fixada na entrada da construção. PROJETO EXECUTIVO: É o conjunto de documentos técnicos, tais como memoriais descritivos, desenhos técnicos*, detalhamentos, perspectivas, levantamento quantitativo de materiais e especificações de acabamentos) necessárias à licitação e/ou execução precisa da obra. Os desenhos técnicos envolvem1: Planta – desenho com informações básicas contendo todas as cotas (medidas e nível), destinação dos cômodos, materiais de acabamento, peças de mobiliários ou de instalações, entre outros. Cortes – representação que demonstra em vista dados que não são mostrados em planta, tais como altura de pé direito, detalhamento da cobertura, etc. Fachada – São os desenhos que mostram detalhes e aspectos da obra pronta. PROJETOS COMPLEMENTARES: Os projetos complementares são os de Estruturas, Hidráulica, Sanitária, Elétrica, Incêndio, Telefonia, Paisagismo e etc. Trata-se dos projetos específicos que escreverão todos os procedimentos de execução das estruturas da obra (fundações, fôrmas, pilares e vigas), bem como da execução dos sistemas hidro sanitários e elétricos, entre outros da construção. Todos os projetos complementares também são especificados em plantas, cortes e detalhamentos técnicos, visando o melhor desempenho construtivo. Nota: Para o projeto de estrutura é necessário que seja efetuada a sondagem do terreno, sendo esse fator relevante para as determinar o tipo de sistema estrutural da obra. Ela é realizada de acordo com a norma de execução NBR 6484/2001 e NBR 7250/1982 de Identificação e Classificação do Solo e consiste na introdução do amostrador bipartido a partir da cota um metro de profundidade, considerando profundidades constantes a cada 1,00 metro até a camada impenetrável da rocha. As amostras coletadas são analisadas em laboratório. 3 ORÇAMENTO DA OBRA O cliente também gostará de saber quanto custará para idealizar aquilo que foi projetado. Para auxiliar-nos nessa etapa, podemos consultar livros que tratam especificamente do TCPO - Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos. Há também o índice CUB - Custo Unitário Básico, que estima os custos de uma construção e é regulamentada pela ABNT através da NBR 12.721/2006. O orçamento deve ser considerado uma das etapas mais importantes da obra, pois se trata do planejamento administrativo que relaciona tudo que será gasto para a execução física da obra, do chão a chave. Para isso, é avaliado cada fase da obra, considerando os levantamentos quantitativos constantes nos projetos executivos (em relação às estruturas, alvenarias, chapisco, reboco, pisos, revestimentos de parede, louças, metais, coberturas, forros, instalações em geral e paisagismo); os custos indiretos como água, energia, telefone, transporte, combustível, mão-de-obra indireta, equipamentos, máquinas, descarte de resíduos, aluguel, alimentação, etc.; bem como todos os impostos e taxas que inserem sobre os serviços e encargos sociais. Somando todos os valores dos custos teremos o custo total da obra ou reforma. CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA - As pessoas são a parte mais variável de uma obra, devido a número de faltas, qualidade dos serviços e velocidade de trabalho. A mão de obra é responsável por quase 50% dos custos da obra, e relaciona-se a contratação legal (carteira assinada) de mestres, pedreiros, carpinteiros, técnico em segurança no trabalho, etc. Todos devem estar inteirados sobre o projeto a ser construído e atuar dentro das especificações da NR 18, norma que estabelece diretrizes de planejamento, controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Na obra o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual)é fundamental e engloba o demonstrado na figura abaixo. Uso de EPI - Fonte: Pedreirão REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: 1. SALGADO, Júlio Cesar Pereira. Técnicas e - São Paulo: Erica Editora, 2014. 2. Código de Obras do Municipio de São Paulo. Home Page: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/pinheiros/arquivos/COE _1253646799.pdf
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