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www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS Direito Tributário Renato de Pretto 1 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – arts. 151/155-A, CTN (i) rol taxativo (art. 151 c/c arts. 141 e 111, I, CTN); (ii) suspensão da exigibilidade e do prazo prescricional; (iii) suspensão da inscrição no CADIN e possível obtenção da certidão de regularidade fiscal (art. 206, CTN); (iv) remanescem as obrigações acessórias (art. 151, p.ú., CTN); (1) MORATÓRIA (i) Dilação por lei do prazo para o regular pagamento do tributo; (ii) espécies: geral/objetiva (direito adquirido) x individual/subjetiva (não direito adquirido; despacho administrativo; garantias) (*); Art. 152. A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. (iii) moratória parcelada (art. 153, III, b, CTN ≠ parcelamento (política fiscal; multa e juros não são excluídos – art. 155-A, § 1º, CTN); (iv) consequências do dolo ou simulação na concessão (art. 155, CTN (*) – multa e não contagem do prazo prescricional) – incidência ainda ao parcelamento (art. 155-A, § 2º), remissão (art. 172, p.ú.), isenção (art. 179, § 2º) e anistia (art. 182, p.ú.). Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. (2) DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL (i) direito subjetivo do contribuinte; (ii) extingue o crédito com a conversão em renda (art. 156, VI, CTN); (iii) integral e em dinheiro (S. 112, STJ) (*); (iv) dispensa o lançamento; (v) art. 38, LEF x SV 28 (*). Súmula nº 112, STJ. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. Art. 38, LEF: A discussão judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública só é admissível em execução, na forma desta lei, salvo as hipóteses de mandado de segurança, ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos. SV 28, STF: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. (vi) Incidência de IRPJ e CSLL aos juros de depósitos judiciais (*). www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS Direito Tributário Renato de Pretto 2 DIREITO TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE IRPJ E CSLL SOBRE OS JUROS REMUNERATÓRIOS DEVIDOS NA DEVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). Incidem IRPJ e CSLL sobre os juros remuneratórios devidos na devolução dos depósitos judiciais efetuados para suspender a exigibilidade do crédito tributário. (...) o art. 1º, § 3º, da Lei 9.703/1998, que regula os depósitos judiciais para fins de suspensão da exigibilidade de tributos, estabelece que o depósito, após o encerramento da lide, deve ser devolvido ao depositante vitorioso “acrescido de juros”, na forma do art. 39, § 4º, da Lei 9.250/1995 (Selic). Esta lei, por sua vez, atribui a natureza jurídica de juros à remuneração do capital depositado. Portanto, a natureza jurídica da remuneração do capital é de juros remuneratórios, o que resulta em acréscimo patrimonial que compõe a esfera de disponibilidade do contribuinte. Assim, considerando o fato de que a legislação do IRPJ trata os juros como receitas financeiras, deve-se concluir que incidem IRPJ e CSLL sobre os juros remuneratórios decorrentes dos depósitos judiciais devolvidos. (STJ, REsp 1.138.695-SC, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 22/5/2013). (3) RECLAMAÇÕES E RECURSOS NO PAF - Decisão administrativa no prazo máximo de 360 dias (art. 24, Lei nº 11.457/07); - depósito recursal e arrolamento de bens –S. 373, STJ e SV21 (*); Súmula vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 01. (CESPE - 2013 - TJ-RR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Caso o contribuinte notificado para pagar determinado tributo apresente, em tempo hábil, recurso administrativo pela extinção do crédito, a) a exigibilidade do crédito será suspensa se houver depósito do montante integral do crédito tributário, independentemente do recurso. b) a exigibilidade do crédito tributário será suspensa pelo recurso se, concomitantemente, for realizado o depósito do montante integral do crédito tributário. c) a exigibilidade do crédito será suspensa somente se o recurso for acatado. d) a exigibilidade do crédito tributário não será suspensa. e) a exigibilidade do crédito tributário será suspensa apenas durante os 30 dias seguintes à protocolação do recurso. (4) LIMINAR OU TUTELA ANTECIPADA (5) PARCELAMENTO (i) lei específica; (ii) segunda lei específica para devedores em recuperação judicial. 02. (CEPERJ - 2010 - SEFAZ-RJ - Oficial de Fazenda) No que tange à suspensão do crédito tributário, é correto afirmar que: a) O depósito do montante tido como correto pelo contribuinte depositante, sempre que for veiculado em dinheiro, impede a Fazenda Pública de promover a execução fiscal correspondente. b) A interposição de reclamações deve ser feita nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. c) O contribuinte não pode impetrar mandado de segurança preventivo diante da ameaça de cobrança de tributo ilegal. d) O parcelamento independe de lei específica e exclui a incidência de juros. e) A moratória representa renúncia de receita porque incide sobre os juros de mora e o valor principal, bem como é concedida para recuperar o desenvolvimento de determinado setor. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – arts. 156/174, CTN - Característica: rol taxativo (art. 156 c/c art. 141, CTN) x exemplificativo (art. 111, I, CTN). (1) Pagamento (arts. 157/164, CTN) www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS Direito Tributário Renato de Pretto 3 - art. 158, CTN: não-presunção de pagamento x art. 322, Código Civil; CRLVeículos (STJ); - arts. 159/160, CTN: local e prazo de pagamento (p.ú. Do art. 160: desconto sujeita- se à legislação tributária); - art. 162, CTN: formas de pagamento; - art. 163, CTN (*): imputaçãoem pagamento - critérios: - 1. contribuinte → responsável; - 2. grau de retributividade; - 3. ordem crescente da prescrição; - 4. ordem decrescente dos montantes) – S. 464, STJ (*) - não à regra do art. 354, CC); Art. 163, CTN. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. Súmula nº 464, STJ: A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação tributária. - Pagamento Indevido e Repetição do Indébito (arts. 165/169, CTN) (i) prova do erro? Não; (ii) ilegitimidade do mero arrecadador do tributo (*); DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. LEGIMITIDADE PASSIVA EM DEMANDA QUE OBJETIVA A RESTITUIÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INDEVIDAMENTE ARRECADADA. Não é cabível o ajuizamento de demanda judicial na qual se pleiteie a restituição de contribuição previdenciária indevidamente arrecadada em face do sujeito que apenas arrecada o tributo em nome do sujeito ativo da relação jurídico- tributária. Pertence ao sujeito ativo da relação jurídico-tributária, e não ao sujeito que apenas arrecada a contribuição previdenciária em nome do sujeito ativo, a legitimidade para figurar no polo passivo de demanda em que se pleiteie a restituição do tributo indevidamente arrecadado. AREsp 199.089-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 5/2/2013. (AGRAVANTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DE PERNAMBUCO SINTUFEPE X AGRAVADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE ). (iii) crédito decaído ou prescrito (STJ); (iv) restituição de tributo indireto – art. 166, CTN; (v) precatório ou compensação – S. 461, STJ (*); (vi) restituição com juros e correção (art. 167, CTN) – S. 188, STJ (*) e S. 162, STJ (*). Súmula nº 461, STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado. Súmula nº 162, STJ: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. Súmula nº 188, STJ: Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. (vii) prazo no âmbito administrativo – 5 anos (art. 168, CTN) – prazo decadencial: (i) extinção não-contenciosa; (ii) extinção contenciosa; (viii) prazo no âmbito judicial – art. 169, CTN (*): (i) via judicial direta – 5 anos; (ii) prévia via administrativa – prazo prescricional de 2 anos. (ix) irrelevância da decisão do STF que declara a inconstitucionalidade do tributo; www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS Direito Tributário Renato de Pretto 4 (x) Lançamento por homologação: 5 anos do pagamento – LC 118/05 (*). Art. 169, CTN. Prescreve em 2 (dois) anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. (Obs.: parágrafo único trata da prescrição intercorrente, que, se aplicada, deve levar em consideração a ideia da S. 383, do STF. Assim, conjugam-se duas regras cumulativas: 1. a prescrição intercorrente jamais será inferior a um (1) ano; 2. esse prazo de um ano somado ao período para a propositura da ação jamais poderá ser inferior a vinte e quatro (24) meses). Súmula nº 383 do STF: “A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo”. (Obs.: essa súmula, mutatis mutandis, deve ser assim lida ante a anotação supra: “A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por um ano, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de dois anos, embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo”. EDCL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 3º DA LC N. 118/2005. POSICIONAMENTO DO STF. A Seção, por maioria, confirmou o entendimento de julgamento anterior submetido ao regime do art. 543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ de que, após a declaração de inconstitucionalidade do art. 4º da LC n. 118/2005, permanece a regra geral de que o art. 3º da mesma lei entra em vigor, como todo o conjunto normativo a que pertence, 120 dias após a sua publicação, ou seja, em 9/6/2005. Sendo assim, consoante a correta leitura do art. 3º, a partir de 9/6/2005, para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 do CTN, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 do referido código. EDcl no REsp 1.269.570-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgados em 22/8/2012 (ver Informativo n. 498). www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS Direito Tributário Renato de Pretto 5 GABARITO 01. A 02. B
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