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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Ca´lculo IV – EP15 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule o trabalho realizado pelo campo de forc¸a −→ F (x, y, z) = ( xx + z2 )−→ i + ( yy + x2 )−→ j + ( zz + y2 )−→ k quando uma part´ıcula se move sob sua influeˆncia ao redor da borda da esfera x2 + y2 + z2 = 4 que esta´ no primeiro octante, na direc¸a˜o anti-hora´rio quando vista por cima. Soluc¸a˜o: O esboc¸o de C e´: PSfrag replacements x y z C 2 2 2 Seja S a porc¸a˜o da esfera no primeiro octante, limitada por C. Enta˜o ∂S = C. PSfrag replacements x y z C = ∂S 2 2 2 −→n S Com a orientac¸a˜o de ∂S, temos que −→n aponta para cima. Logo, −→n = (x,y,z) a = (x,y,z) 2 . Temos W = ∫ C −→ F · d−→r = ∫∫ S rot −→ F · −→n dS Ca´lculo IV – EP15 Tutor 2 onde rot −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z xx + z2 yy + x2 zz + y2 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (2y, 2z, 2x) Enta˜o W = ∫∫ S (2y, 2z, 2x) · (x,y,z)2 dS = ∫∫ S (xy + yz + xz) dS . Para calcular esta u´ltima integral, devemos parametrizar S. Temos S : ϕ(φ, θ) = (2 sen φ cos θ, 2 sen φ sen θ, 2 cosφ) com (φ, θ) ∈ D : 0 ≤ φ ≤ pi/2, e 0 ≤ θ ≤ pi/2. Temos dS = a2 sen φ dφ dθ = 4 sen φ dφ dθ. Logo, W = ∫∫ D ( 4 sen2 φ cos θ sen θ + 4 sen φ cosφ sen θ + 4 sen φ cos φ cos θ ) 4 sen φ dφ dθ = 16 ∫∫ D ( sen3 φ cos θ sen θ + sen2 φ cos φ sen θ + sen2 φ cos φ cos θ ) dφ dθ = 16 ∫ pi/2 0 ∫ pi/2 0 ( sen3 φ cos θ sen θ + sen2 φ cos φ sen θ + sen2 φ cosφ cos θ ) dθ dφ = 16 ∫ pi/2 0 sen3 φ · sen2 θ 2 ∣∣∣∣ pi/2 0 + sen2 φ cosφ(− cos θ) ∣∣∣pi/2 0 + sen2 φ cos φ sen θ ∣∣∣pi/2 0 dφ = 16 ∫ pi/2 0 ( sen3 φ 2 + 2 sen 2 φ cos φ ) dφ = 8 ∫ pi/2 0 ( 1− cos2 φ) sen φ dφ + 32 ∫ pi/2 0 sen2 φ cos φ dφ = 8 [ − cos φ + cos3 φ3 ]pi/2 0 + 32 [ sen3 φ 3 ]pi/2 0 = 16 . Exerc´ıcio 2: Calcule ∫∫ S rot −→ F · −→n dS, onde −→F (x, y, z) = xyz−→i + xy−→j + x2yz−→k , S e´ formada pelo topo e pelas quatro faces (mas na˜o pelo fundo) do cubo com ve´rtices (±1, ±1, ±1), com orientac¸a˜o para fora. Soluc¸a˜o: O esboc¸o do cubo sem fundo esta´ representado na figura a seguir. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP15 Tutor 3 PSfrag replacements x y z S ∂S 1 1 1 −1 −→n −→n −→n −→n PSfrag replacements x y z S ∂S 1 1 −1 −1 −→n O teorema de Stokes transforma a integral ∫∫ S rot −→ F · −→n dS em uma integral de linha: ∫∫ S rot −→ F · −→n dS = ∫ ∂S −→ F · d−→r . Para calcular a integral de linha usamos a definic¸a˜o ou podemos usar o teorema de Green, pois ∂S e´ uma curva plana fechada no plano xy, que limita uma regia˜o D. Temos enta˜o ∫ ∂S −→ F ·d−→r = ∫ ∂S xy·0 dx+xy dy = ∫ ∂S 0 dx+xy dy = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dxdy = ∫∫ D y dxdy = 0 , pois f(x, y) = y e´ uma func¸a˜o ı´mpar na varia´vel y e D tem simetria em relac¸a˜o ao eixo x. Logo, ∫∫ S rot −→ F · −→n dS = 0 . Exerc´ıcio 3: Calcule ∫ C −→ F · d−→r , onde −→F (x, y, z) = (−2y + esen x, −z + y, x3 + esen z) e C e´ a intersec¸a˜o da superf´ıcie z = y2 com o plano x + z = 1, orientada no sentido do crescimento de y. Soluc¸a˜o: Esboc¸ando o cilindro parabo´lico z = y2 e o plano x + z = 1, vemos que os pontos A1, A2 e A3 sa˜o comuns a`s duas superf´ıcies. Ligando-os, temos um esboc¸o de C. PSfrag replacements x y z C A1 A2 A3 1 1 Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP15 Tutor 4 Observe que calcular ∫ C −→ F · d−→r pela definic¸a˜o e´ uma tarefa extremamente complicada. Temos: rot −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z −2y + esen x −z + y x3 + esen z ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = ( 1,−3x2, 2) 6= −→0 . Logo, −→ F na˜o e´ conservativo. Para aplicar o teorema de Stokes, devemos fechar C utilizando o segmento de reta C1 que liga A3 a A2. PSfrag replacements x y z S C C1 A1 A2 A3 1 1 −→n Seja S a porc¸a˜o do plano x + z = 1, limitada por C = C ∪C1 e que se projeta no plano yz segundo a regia˜o D cujo esboc¸o se segue. PSfrag replacements y z z D z = 1 z = y2 −1 1 1 Descrevemos S por S : x = 1 − z = f(y, z), com (y, z) ∈ D : −1 ≤ y ≤ 1 e 0 ≤ z ≤ y2. Considerando a orientac¸a˜o de C = ∂S, segue que a normal a S esta´ voltada para cima. Um vetor normal a S e´ −→ N = (1, −fy, −fz) = (1, 0, 1). Logo, −→n = (1,0,1)√2 e dS = √ 2 dydz. Pelo teorema de Stokes, temos: Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP15 Tutor 5 ∫ C −→ F · d−→r = ∫∫ S rot −→ F · −→n dS = ∫∫ D (1,−3(1− z)2, 2) · (1, 0, 1)dydz = ∫∫ D (1 + 2)dydz = 3 ∫∫ D dydz = 3 ∫ 1 −1 ∫ 1 y2 dzdy = 3 ∫ 1 −1 ( 1− y2)dy = 3 [ y − y 3 3 ]1 −1 = 6 ( 1− 13 ) = 4 . ou ∫ C −→ F · d−→r + ∫ C1 −→ F · d−→r = 4 . Ca´lculo de ∫ C1 −→ F · d−→r Temos C− 1 : z = 1, com x = 0 e −1 ≤ y ≤ 1 donde dz = dx = 0. Enta˜o: ∫ C1 −→ F · d−→r = − ∫ C− 1 −→ F · d−→r = − ∫ C− 1 Q(0, y, 1)dy = − ∫ 1 −1 (−1 + y)dy = − [ −y + y22 ]1 −1 = 2 . Logo, ∫ C −→ F · d−→r = 4− 2 = 2 . Exerc´ıcio 4: Calcule ∫ C (z − y)dx + ln (1 + y2)dy + [ln (1 + z2) + y]dz, sendo C dada por γ(t) = (4 cos t, 4 sen t, 4− 4 cos t), com 0 ≤ t ≤ 2pi. Soluc¸a˜o: Da parametrizac¸a˜o de C, temos x = 4 cos t, y = 4 sen t e z = 4−4 cos t, com 0 ≤ t ≤ 2pi donde x2 + y2 = 16 e z = 4−x. Logo, C e´ a curva intersec¸a˜o do cilindro x2 + y2 = 16 com o plano z = 4− x, orientada no sentido anti-hora´rio quando vista de cima. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP15 Tutor 6 PSfrag replacements x y z C 4 4 4 Seja S a porc¸a˜o do plano z = 4− x, limitada por C. PSfrag replacements x y z C 4 4 4S −→n Da regra da ma˜o direita, vemos que −→n aponta para cima. A superf´ıcie S pode ser descrita por S : z = 4 − x = f(x, y), com (x, y) ∈ D : x2 + y2 ≤ 16. Temos −→N = (−fx, −fy, 1) = (1, 0, 1), donde −→n = (1,0,1)√ 2 e dS = √ 2 dxdy. Temos: rot −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z z − y ln(1 + y2) ln(1 + z2) + y ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (1, 1, 1) . Logo, do teorema de Stokes, temos ∫ C −→ F · d−→r = ∫∫ S rot −→ F · −→n dS = ∫∫ D (1, 1, 1) · (1, 0, 1)dxdy = ∫∫ D (1 + 1)dxdy = 2 A(D) = 2 · pi · 42 = 32pi . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Ca´lculo IV – EP15 Tutor 7 Exerc´ıcio 5: Calcule I = ∫ C (zexz + yexy + 6x) dx + (xexy + zeyz) dy + (xexz + yeyz − sen z) dz, onde C e´ a curva dada por γ(t) = t2 −→ i + (t− 1)(t− 3)−→j + pit3−→k , com 0 ≤ t ≤ 1. Soluc¸a˜o: Seja −→ F (x, y, z) = (zexz + yexy + 6x, xexy + zeyz , xexz + yeyz − sen z) definido em R3. Temos: rot −→ F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −→ i −→ j −→ k ∂ ∂x ∂ ∂y ∂ ∂z zexz + yexy + 6x xexy + zeyz xexz + yeyz − sen z ∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = (eyz + yzeyz − eyz − yzeyz , exz + xzexz − exz − xzexz, exy − xyexy − exy − xyexy) = (0, 0, 0) = −→ 0 . Como dom −→ F e´ um conjunto simplesmente conexo e rot −→ F = −→ 0 enta˜o pelo teorema das equivaleˆncias temos que −→ F e´ conservativo. Logo, existe ϕ(x, y, z), tal que ∇ϕ = −→F em R3. Para encontrar uma ϕ(x, y, z), devemos resolver: ∂ϕ ∂x = zexz + yexy + 6x (1) ∂ϕ ∂y = xexy + zeyz (2) ∂ϕ ∂z = xexz + yeyz − sen z (3) Integrando (1), (2) e (3) em relac¸a˜o a x, y e z respectivamente:ϕ(x, y, z) = exz + exy + 3x2 + f(y, z) (4) ϕ(x, y, z) = exy + eyz + g(x, z) (5) ϕ(x, y, z) = exz + eyz + cos z + h(x, y) (6) Comparando (4), (5) e (6), temos que f(y, z) = eyz + cos z, g(x, z) = exz + 3x2 + cos z e h(x, y) = exy +3x2. Logo, ϕ(x, y, z) = exz + exy + eyz +3x2 +cos z. Enta˜o I = ϕ(γ(1))−ϕ(γ(0)) onde γ(1) = (1, 0, pi) e γ(0) = (0, 3, 0). Logo, I = ϕ(1, 0, pi)−ϕ(0, 3, 0) = (epi + e0 + e0 + 3 + cos pi)−(e0 + e0 + e0 + 3 · 02 + cos 0) = epi+4−4 = epi . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ
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