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Aula 93 Direito Processual Civil Aula 08

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 7 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
1 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 7 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
2 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Mandado de Segurança. 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
QUESTÃO 222: STM - Analista Judiciário – Judiciária - 30/01/2011. 
No que diz respeito à Lei n.º 12.016/2009, que estabelece as normas 
referentes ao mandado de segurança, julgue os itens que se seguem. 
Para efeitos do mandado de segurança, equiparam-se às autoridades os 
dirigentes de pessoa jurídica de direito privado ou as pessoas naturais, desde 
que no exercício das atribuições do poder público e somente no que disser 
respeito a essas atribuições. 
COMENTÁRIOS: 
O Ato de Autoridade refere-se aos atos práticos pelo Poder 
Público, pelo Estado na função administrativa, por seus Agentes. São tidas 
por autoridade públicas para fins de cabimento de MS, além das que 
exercem cargos propriamente públicos, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos, os administradores de entidades autárquicas (Autarquias), 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores 
de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 7 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
3 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do 
poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 223: STM - Analista Judiciário – Judiciária - 30/01/2011. 
Quando várias pessoas forem, ao mesmo tempo, titulares de direito ameaçado 
ou violado e amparado por mandado de segurança, este só poderá ser 
impetrado por todos os titulares em conjunto. 
COMENTÁRIOS: 
Gente, imaginem todos os filiados a um partido político impetrarem na Justiça, 
cada qual seu Mandado de Segurança para assegurar direito eleitoral 
específico. Seria uma enxurrada de MS, não é verdade? 
Para situações como essa é que a Lei previu os Substitutos Processuais de 
Coletividades. 
O Partido Político, a Organização Sindical, as Entidades de Classe e as 
Associações representam direitos e interesses de uma categoria específica. Por 
isso, eles figuram no MS Coletivo como Substitutos Processuais da 
respectiva classe substituída (ex: filiados aos partidos; membros ou associados 
dos Sindicatos, Associações, etc). A própria lei autorizou esta substituição, sem 
necessitar de autorização especial. 
Com efeito, continua possível a impetração do MS de forma individual, apesar 
de não ser o mais recomendável para o caso. O correto seria MS coletivo 
(todos conjuntamente) por meio de um substituto processual (ex: um 
Sindicato), sob pena de inviabilizar os trabalhos do Poder Judiciário. É muito 
mais fácil 1 (um) único MS do que milhares deles com o mesmo objeto. 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
4 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 224: STM - Analista Judiciário - Execução de Mandatos - 
30/01/2011. 
Não cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados 
pelos administradores de empresas públicas, de sociedades de economia mista 
e de concessionárias de serviços públicos, ainda que esses atos violem direito 
líquido e certo de determinada pessoa. 
COMENTÁRIOS: 
Sim, não é cabível MS contra os Atos de Gestão Comercial praticados pelos 
Administradores de Empresas Públicas, de Sociedade de Economia Mista e 
de Concessionárias de Serviço Público – os Atos de Gestão Comercial são atos 
de natureza privada e não de autoridade pública, por isso é incabível o MS. 
São atos praticados não na qualidade de autoridade pública, mas de um gestor 
empresarial privado. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1 
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de 
gestão comercial praticados pelos administradores de empresas 
públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de 
serviço público. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 225: STM - Analista Judiciário - Execução de Mandatos - 
30/01/2011. 
Permite-se o ingresso de litisconsorte ativo no mandado de segurança, desde 
que seja requerido antes da notificação da autoridade coatora. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
5 
COMENTÁRIOS: 
É admitido que um terceiro junte-se ao Autor do MS (mais um 
impetrante) para pleitearem, em conjunto, a impugnação do Ato atacado. Esta 
possibilidade é chamada pela doutrina de Litisconsórcio Ativo de uma Ação 
(2 ou mais autores no mesmo processo). No entanto, no MS esta possibilidade 
somente ocorrerá até o Despacho do Juiz recebendo a Petição Inicial. 
Após este Despacho não será mais possível a entrada no processo de outro 
coautor (novo impetrante), em Litisconsórcio Ativo (mais de 1 parte como 
Autor do MS). 
Assim, é possível ingresso de litisconsorte ativo mesmo depois da 
notificação da autoridade coatora, devendo ser antes do despacho do Juiz que 
recebe a petição inicial. 
Lei nº 12.016/2009 
§ 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o 
despacho da petição inicial. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 226: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
21/11/2010 
Considere que a associação dos servidores do DETRAN/ES pretenda impetrar 
mandado de segurança contra ato da autoridade responsável, que suprimiu 
determinada gratificação do contracheque de parte de seus associados. Nesse 
caso, segundo a jurisprudência do STF, como a pretensão interessa apenas a 
uma parte da categoria, a associação em questão não tem legitimidade para 
impetrar a ação mandamental. 
COMENTÁRIOS: 
A representação da categoria respectiva por parte dos Sujeitos 
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6 
Ativos do MS Coletivo poderá ser de TODA ou PARTE dos Membros ou 
Associados. 
A Lei nº 12.016/2009 sedimentou este entendimento, que já havia 
sido pacificado na jurisprudência, conforme a Súmula 630 do STF. 
Sujeitos Ativos do Mandado de Segurança Coletivo: 
1. Partido Político com representação no Congresso Nacional, 
na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária; 
2. Organização Sindical, Entidade de Classe e Associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 
1 ANO, em defesa de direitos líquidos e certos da 
TOTALIDADE, ou de PARTE, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na 
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou 
à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e 
certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes 
às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
SÚMULA Nº 630 - A ENTIDADE DE CLASSE TEM LEGITIMAÇÃO 
PARA O MANDADO DE SEGURANÇA AINDA QUANDO A 
PRETENSÃO VEICULADA INTERESSE APENAS A UMA PARTE 
DA RESPECTIVA CATEGORIA. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 227: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
7 
21/11/2010 
Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual 
caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de 
caução; de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; e de 
decisão judicial transitada em julgado. 
COMENTÁRIOS: 
A Lei nº 12.016/2009 preleciona algumas situações de não 
cabimento do Mandado de Segurança, que a seguir delineio. NÃO é cabível 
Mandado de Segurança: 
1. de ato do qual caiba Recurso Administrativo COM efeito 
SUSPENSIVO, independentemente de caução - se o 
Administrado interpor Recurso Administrativo do ato atacado, 
COM efeito SUSPENSIVO, ficará impedido de apresentar o 
Mandado de Segurança, até porque a decisão em tese ilegal 
sequer gerou efeitos. Se o recurso não tiver efeito 
suspensivo, a decisão gera efeitos e, nesse caso, será cabível 
o MS. Vale frisar que o Recurso aqui tratado não pode 
depender de caução, pois caso seja exigida, também autoriza 
a interposição do MS. Vale colocar que quando se tratar de 
OMISSÃO de autoridade, será cabível MS mesmo se 
pender recurso administrativo com efeito suspensivo, pois a 
suspensão do efeito não ensejará no resguardo do direito do 
impetrante (no caso, o MS imporá a atuação da autoridade 
que está omissa). Esta é a redação da Súmula 429 do STF. 
2. de Decisão Judicial da qual caiba Recurso COM Efeito 
SUSPENSIVO – a Lei nº 12.016/2009 prevê hipótese de MS 
contra decisão judicial. Igualmente ao ponto anterior, não 
cabe MS de decisão judicial que possa ser atacada por 
Recurso COM Efeito SUSPENSIVO, isto porque a decisão 
poderá ser suspensa pela parte com a simples interposição 
de Recurso, afastando a possibilidade de MS; 
3. de Decisão Judicial Transitada em Julgado – gente, se a 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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decisão já está transitada em julgado (decisão da qual não 
cabe mais nenhum recurso, sendo imodificável), também não 
poderá ser atacada por MS, não é verdade? Estas decisões 
somente poderão ser atacadas por Ação Rescisória ou por 
Revisão Criminal (esfera penal) e não por MS. Esta 
previsão legal já havia sido sumulada pelo STF na Súmula 
268 STF: não cabe MS contra decisão transitada em julgado. 
4. contra os Atos de Gestão Comercial praticados pelos 
Administradores de Empresas Públicas, de Sociedade de 
Economia Mista e de Concessionárias de Serviço Público – os 
Atos de Gestão Comercial são atos de natureza privada e não 
de autoridade pública, por isso é incabível o MS. São atos 
praticados não na qualidade de autoridade pública, mas de 
um gestor empresarial privado. 
5. contra Lei em TESE – apenas as leis de efeitos concretos
podem ser atacadas por MS (Ex: Lei que determina o 
provimento de cargos públicos específicos; proibição do 
exercício de determinada atividade, desapropriação, etc). As 
Leis em Tese somente podem ser atacadas por Ação Direta 
de Inconstitucionalidade (ADI) no STF. Este é o 
entendimento já pacificado há muito tempo pelo STF na 
Súmula 266: contra lei em tese não cabe MS. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 228: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto - 
26/09/2010. 
Em mandado de segurança, conta-se em dobro o prazo para o impetrado 
apresentar informações. 
COMENTÁRIOS: 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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A Autoridade Coatora será cientificada do Mandado de Segurança, devendo 
prestar informações ao Juiz no prazo de 10 DIAS. Não há prazo diferenciado 
para apresentação das informações. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, 
enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos 
documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as 
informações; 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 229: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto - 
26/09/2010. 
O pedido de segurança não pode ser renovado, mesmo que dentro do prazo 
decadencial de cento e vinte dias e nos casos em que a decisão denegatória 
não lhe houver apreciado o mérito. 
COMENTÁRIOS: 
Caso o MS seja denegado, mas NÃO seja analisado o mérito, 
poderá ser interposto novo MS dentro do prazo de 120 DIAS. Assim, é possível 
renovação do MS dentro do prazo legal. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-
se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, 
pelo interessado, do ato impugnado. 
Art. 6 
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado
dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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houver apreciado o mérito. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 230: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto - 
11/04/2010. 
Pela nova sistemática, estabelecida pela Lei n.º 12.016/2009, a sentença 
proferida no mandado de segurança coletivo faz coisa julgada erga omnes. 
COMENTÁRIOS: 
Importante considerar que a Coisa Julgada do MS Coletivo apenas 
abrangerá os Membros do Grupo ou Categoria substituídos pelo impetrante
(coisa julgada interpartes – entre as partes que participam do processo e 
são substituídas). Exemplo: Sindicato de Servidores impetra MS para pleitear 
direito a adicional remuneratório não pago pela Administração; a coisa julgada 
da decisão somente será aplicada aos servidores representados pelo Sindicato, 
não se aplicado a servidores de categorias similares (Sindicato de Auditores e 
Sindicato de Técnicos). 
Desse modo, a coisa julgada no MS Coletivo não é erga omnes, 
isto é, não tem efeitos gerais para toda a coletividade, mas inter partes, 
restrita ao universo de indivíduos representados coletivamente. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará 
coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou 
categoria substituídos pelo impetrante. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 231: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
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11 
Se um partido político ajuizar mandado de segurança coletivo, esta ação 
induzirá litispendência caso algum cidadão ajuize individualmente uma ação 
sobre o mesmo fato. 
COMENTÁRIOS: 
O indivíduo poderá impetrar MS Individual com o mesmo 
objetivo do MS Coletivo interposto de forma concomitante (MS individual não 
induz litispendência com MS Coletivo). Contudo, para se beneficiar da 
decisão exarada no MS Coletivo, terá que desistir do MS Individual 30 DIAS
após a ciência comprovada do MS Coletivo. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 22. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não 
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a 
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) 
dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança 
coletiva. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 232: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
Quando um mandado de segurança coletivo é ajuizado contra pessoa jurídica 
de direito público, a autoridade judiciária pode conceder liminarmente a 
segurança sem ouvir a parte contrária. 
COMENTÁRIOS: 
A Liminar no MS Coletivo contra Pessoa Jurídica de Direito 
Público somente poderá ser deferida após audiência do representante 
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12 
judicial da pessoa jurídica, que deverá se pronunciar em até 72 HORAS. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 22 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá 
ser concedida após a audiência do representante judicial da 
pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar 
no prazo de 72 (setenta e duas) horas. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 233: TCE - AC - Analista de Controle Externo – Direito - 
26/04/2009. 
A prática de ato que configure abuso de poder por autoridade que exerce 
competência delegada faz que o mandado de segurança interposto contra este 
ato tenha, no polo passivo, a autoridade que transferiu os poderes por 
delegação. 
COMENTÁRIOS: 
Se o ato for praticado por autoridade que teve seu ato delegado
por autoridade superior (Ex: Presidente de Autarquia que delega atribuições ao 
Diretor de RH), considera-se Autoridade Coatora a que recebeu a atribuição
e não a delegante. Nesse sentido, a competência para o julgamento do MS 
levará em conta o cargo exercido pela autoridade coatora, a que recebeu as 
atribuições, e não a autoridade delegante. 
Este é o entendimento consolidado pelo STF na Súmula 510: 
STF Súmula nº 510 
Prática do Ato por Autoridade no Exercício de Competência 
Delegada - Cabimento - Mandado de Segurança - Medida 
Judicial - Praticado o ato por autoridade, no exercício de 
competência delegada, contra ela cabe o mandado de 
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13 
segurança ou a medida judicial. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 234: TCE - AC - Analista de Controle Externo – Direito - 
26/04/2009. 
Julgado procedente o pedido encaminhado via mandado de segurança, estarão 
garantidos ao impetrante não só o afastamento do ato ilegal e abusivo, como 
também os efeitos patrimoniais anteriores à própria impetração. 
COMENTÁRIOS: 
O MS poderá ensejar a anulação ou afastamento do ato ilegal. No 
entanto, o Mandado de Segurança não pode ser instrumento de cobrança, isto 
é, não pode servir como forma de pleitear exclusivamente efeitos patrimoniais 
de ato ilegal ou abusivo anteriores à impetração. É este o entendimento do 
STF nas respectivas Súmulas abaixo, sedimentada no art. 14, §4º, da Lei nº 
12.016/2009: 
269 -- O mandado de segurança não é substitutivo de ação 
de cobrança. 
271 -- Concessão de mandado de segurança não produz efeitos 
patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem 
ser reclamados administrativamente ou pela via judicial 
própria. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 235: AGU - ADV - Advogado da União - 01/02/2009. 
Com relação ao mandado de segurança, julgue o item a seguir 
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14 
O mandado de segurança é instrumento constitucional de defesa do direito 
líquido e certo violado ou ameaçado por autoridade pública, ou até mesmo por 
pessoa natural no exercício de função delegada, o que, apesar de o tornar 
incompatível com a produção de prova oral ou pericial, não impede o exame de 
matéria jurídica controversa nos tribunais e a eventual concessão da 
segurança pleiteada. 
COMENTÁRIOS: 
Para que seja impetrado o Mandado de Segurança, segundo o texto 
da CF-88 e da Lei nº 12.016/2009, é necessário o preenchimento dos 
seguintes requisitos: 
1. Ato de Autoridade – de qualquer espécie; 
2. Ilegalidade do Ato ou Abuso de Poder; 
3. Lesão ou Ameaça de Lesão; 
4. Direito Individual ou Coletivo; 
5. Direito Líquido e Certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, 
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
for e sejam quais forem as funções que exerça. 
O Ato de Autoridade refere-se aos atos práticos pelo Poder 
Público, pelo Estado na função administrativa, por seus Agentes. São tidas 
por autoridade públicas para fins de cabimento de MS, além das que 
exercem cargos propriamente públicos, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos, os administradores de entidades autárquicas 
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(Autarquias), dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público. 
Para que o MS seja aceito, deve-se provar que o Direito seja 
LÍQUIDO e CERTO, ou seja, Direito comprovado e induvidoso, que seja 
provado/demonstrado de plano, sem necessidade diligências comprobatórias 
complexas (dilação probatória). Ou seja, para impetrar o MS o autor deve 
juntar a prova do alegado no ato, provando de plano o quanto aduzido na 
peça, não havendo possibilidade de fase probatória/instrutória específica. 
Se o direito estiver duvidoso e/ou dependente de algum fato, não 
será cabível o Mandando de Segurança, sem prejuízo do cabimento de outras 
ações. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 236: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental - 02/08/2008. 
Julgue os itens que versam sobre writs constitucionais, cuja utilização 
criteriosa é de vital importância para a consolidação do estado democrático de 
direito. 
Considere que um grupo de advogados, empregados de uma sociedade de 
economia mista, for notificado pelo TCU para apresentar suas razões de 
justificativa em um processo que apure irregularidades em uma licitação que 
teria sido levada a efeito com base em suas manifestações jurídicas. Nesse 
caso, entendendo que a Corte de Contas não tem competência para julgar os 
atos por eles praticados, os advogados poderão impetrar mandado de 
segurança junto ao STJ, o qual somente concederá a medida liminar requerida, 
se for o caso, depois de prestadas informações pela autoridade coatora. 
COMENTÁRIOS: 
A Autoridade Coatora do ato é aquele que o executa e não apenas os 
Advogados pareceristas. Este é um erro da questão, que sequer aponta a 
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16 
autoridade administrativa responsável pelo processo licitatório. 
Ademais, a Medida Liminar significa no início, no limiar do processo o Juiz já 
adota determinada posição. Então, solicitar medida liminar significa requerer 
ao Juiz que, desde o início do processo adote a providência requerida. No 
Mandado de Segurança a providência requerida será a suspensão da decisão 
ou do ato atacado, até que seja decidido o mérito do MS. 
Como a Liminar somente será concedida no início do processo, ela sempre será 
autorizada pelo Juiz com um Juízo sumário, superficial e não definitivo. A 
decisão liminar pode ser cassada a qualquer tempo se restar comprovado que 
a alegação do autor não se sustenta. 
Assim, para que o Juiz conceda a LIMINAR será necessário o preenchimento 
das seguintes condições: 
• Fundamento relevante – o autor do MS precisa demonstrar 
ao Juiz que o fundamento para a concessão da liminar é 
“forte”; que as provas desde já juntadas demonstram ou 
indiciam que ele “está com a verdade”. Este pressuposto é 
chamado pela doutrina de Fumus Boni Juris (Fumaça do 
Bom Direito), também conhecido como a Plausibilidade 
Jurídica. 
• Do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, 
se deferida somente ao final do processo de Mandado de 
Segurança – Este é chamado pela doutrina de Periculum In 
Mora (Perigo da Demora). 
Se forem preenchidos tais requisitos, deve-se conceder a Liminar antes mesmo 
da autoridade administrativa prestar as informações. Do contrário, seria 
desnaturada a própria razão da liminar (urgência). 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 237: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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17 
Governamental - 02/08/2008. 
De acordo com iterativa jurisprudência do STJ, sempre que o juiz verificar que 
se acham presentes os requisitos da medida liminar em mandado de 
segurança, deverá deferi-la. Contudo, não poderá estabelecer caução, ainda 
que sob a justificativa de evitar danos irreversíveis ao erário, exceto nos casos 
expressamente previstos em lei. 
COMENTÁRIOS: 
Atenção! Esta questão foi editada antes da nova Lei nº 12.016/2009. 
Hoje é FACULTADO ao Juiz exigir caução para deferir a Liminar em MS. 
Além dos requisitos delineados em questão anterior, o Magistrado poderá 
(faculdade) exigir do Autor, como garantia a favor da pessoa jurídica 
envolvida, CAUÇÃO, FIANÇA ou DEPÓSITO de um valor específico. Isto 
poderá impedir que sejam concedidas liminares sob o manto da má-fé do 
impetrante do MS. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando 
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a 
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo 
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, 
com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 238: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental - 02/08/2008. 
Considere a seguinte situação hipotética. Embora houvesse previsão legal, um 
ministério demorou três anos para efetuar a promoção dos membros de 
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18 
uma categoria de fiscais federais a diversos níveis da carreira e a fez sem o 
pagamento dos atrasados. Entendendo ser líquido e certo o seu direito, um 
grupo de trinta servidores constituiu advogado para impetrar mandado de 
segurança com pedido de liminar contra a omissão do secretário de recursos 
humanos da pasta, visando obrigá-lo a efetuar imediatamente o pagamento 
das parcelas em atraso. Nessa situação, o juiz não precisará ouvir a autoridade 
apontada como coatora antes de apreciar o pedido de medida liminar, pois não 
se trata de mandado de segurança coletivo; quanto à medida liminar 
requestada, deverá ser indeferida, pois existe legislação específica que proíbe 
sua concessão para o pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias a 
servidores públicos. 
COMENTÁRIOS: 
Questão chatinha, hen? Nível de TCU! 
De fato está certa a questão ao afirmar que a concessão da Liminar 
independe de oitiva da autoridade coatora. Deve-se observar que NÃO se trata 
de MS Coletivo, apesar de ser um grupo grande servidores. Para ser MS 
Coletivo deveria o grupo ter sido representado pelo Sindicato da categoria e 
não por simples Advogado privado. 
A Liminar no MS Coletivo contra Pessoa Jurídica de Direito 
Público somente poderá ser deferida após audiência do representante 
judicial da pessoa jurídica, que deverá se pronunciar em até 72 HORAS. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 22 
§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá 
ser concedida após a audiência do representante judicial da 
pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar 
no prazo de 72 (setenta e duas) horas. 
Ademais, a liminar requestada deverá ser realmente indeferida, 
porque existe vedação específica à concessão de aumento ou a extensão 
de vantagens ou pagamento de qualquer natureza a servidores 
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19 
públicos. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 7 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto 
a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e 
bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de 
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão 
de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 239: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto - 
02/12/2007. 
No mandado de segurança, com concessão de liminar, impõe-se, além da 
notificação da autoridade coatora, a citação da pessoa jurídica a quem essa se 
vincula, para providências relativas à suspensão ou impugnação de medida 
liminar. 
COMENTÁRIOS: 
Não. A Lei nº 12.016/2009 determina que a autoridade 
administrativa notificada da concessão da LIMINAR em MS é quem deverá 
remeter em 48 HORAS cópia autenticada do Mandado notificatório, indicações 
e elementos necessários à suspensão da Liminar e defesa do ato impugnado
aos seguintes órgãos: 
• ao Ministério ou órgão hierarquicamente superior (Ex: 
Secretarias), 
• representações judiciais: Advogado-Geral da União (AGU), 
no caso da União, aos Procurador-Gerais do Estado ou do 
Município, ou aos Procuradores-Gerais das Entidades 
específicas; 
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20 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 240: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto - 
02/12/2007. 
É cabível, na ação de mandado de segurança, o impetrante pleitear o 
pagamento de verbas pecuniárias relativas a glosa de vencimentos, bem como 
a incorporação de parcelas remuneratórias que não tenham sido reconhecidas 
administrativamente. A sentença concessiva, havendo danos patrimoniais a 
compor, determinará o pagamento de todos os valores devidos, isto é, as 
parcelas vencidas e vincendas. 
COMENTÁRIOS: 
A Lei determina que o pagamento de vencimentos e vantagens 
pecuniárias a servidor que impetrou MS tem uma limitação temporal: 
restringe-se às prestações que começarem a contar a partir da data do 
ajuizamento da Petição Inicial do MS. Ex: servidor deixou de receber seu 
auxílio alimentação desde 01/01/2008 e impetrou MS no dia 01/01/2010; a 
Sentença da ação foi proferida no dia 15/06/2010 (6 meses depois); nesse 
caso, em decorrência da sentença do Juiz no Mandado de Segurança, o 
servidor somente fará jus ao período de 01/01/2010 a 15/06/2010. 
Porém, e o resto do período Professor, como fica? 
Os valores não recebidos no período compreendido entre 
01/01/2008 e 01/01/2010 (data do ajuizamento do MS) deverão ser cobrados 
por Ação Judicial própria ou por meio de Petição Administrativa. 
Esta regra foi fixada para que o Mandado de Segurança não se 
desnature em mera Ação de Cobrança de valores não pagos. É este o 
entendimento do STF nas respectivas Súmulas abaixo, sedimentada no art. 14, 
§4º, da Lei nº 12.016/2009: 
269 -- O mandado de segurança não é substitutivo de ação 
de cobrança. 
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21 
271 -- Concessão de mandado de segurança não produz efeitos 
patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem 
ser reclamados administrativamente ou pela via judicial 
própria. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 14 
§ 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias 
assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a 
servidor público da administração direta ou autárquica federal, 
estadual e municipal somente será efetuado relativamente às 
prestações que se vencerem a contar da data do 
ajuizamento da inicial. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 241: TJ - PI - Juiz de Direito Substituto - 21/10/2007. 
A entidade representativa de classe tem legitimidade para impetrar mandado 
de segurança para proteção de direitos individuais de seus associados. Não se 
exige, no caso, nem que se comprove a constituição da entidade, segundo as 
exigências legais e o seu funcionamento de pelo menos um ano, não se 
exigindo, também, autorização desses associados. 
COMENTÁRIOS: 
Sujeitos Ativos do Mandado de Segurança Coletivo: 
1. Partido Político com representação no Congresso Nacional, 
na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária; 
2. Organização Sindical, Entidade de Classe e Associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 
1 ANO, em defesa de direitos líquidos e certos da 
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22 
TOTALIDADE, ou de PARTE, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos. 
A exigência de período mínimo de 1 ANO de constituição e funcionamento
é exclusivo das ASSOCIAÇÕES, não se estendendo à Organização Sindical e 
às Entidades de Classe. Tais entidades poderão defender direitos de parte ou 
da totalidade de seus membros. Para tanto, NÃO precisam de autorização 
especial dos Membros ou Associados. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 242: TJ - DFT - Juiz Substituto - 04/07/2006. 
Servidor do Distrito Federal, alegando que determinada lei, concessiva de 
aumento salarial às categorias que enumera, deveria alcançá-lo, impetra 
mandado de segurança, objetivando lhe seja estendido o aumento, apoiado no 
princípio da isonomia. O juiz processante, atendendo à pretensão do 
impetrante, concedeu-lhe liminar. À vista da legislação de regência, quer de 
ordem constitucional, quer de ordem infraconstitucional, tem-se essa decisão 
por: 
a) correta, porque os servidores devem receber tratamento igualitário. 
b) equivocada, porque o princípio da isonomia tem como destinatário o 
legislador. 
c) injurídica, porque, em situação que tal, não é lícita a concessão de liminar. 
d) acertada, desde que, na aplicação da lei, deve observar sua finalidade 
social. 
COMENTÁRIOS: 
Entre as vedações legais de concessão de liminar em MS, 
encontram-se exatamente a extenção de aumento salarial a servidores 
públicos. 
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23 
NÃO será concedida LIMINAR em MS nos seguintes casos: 
1. Compensação de créditos tributários – discursão acerca 
da compensação de créditos com débitos tributários não 
admite liminar em MS; 
2. Entrega de mercadores e bens provenientes do 
exterior – mesmo que se comprove o perigo da demora e a 
fumaça do bom direito, não será possível conceder o direito 
de retirar mercadorias e bens provenientes do exterior; 
3. Reclassificação ou Equiparação de servidores públicos 
4. Concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza a servidores públicos 
– imaginem a insegurança jurídica e a bagunça na 
administração se todo Juiz concedesse liminarpara equiparar 
servidores públicos de uma carreira com outra, reclassificar, 
conceder aumento ou estender vantagens (ex: um técnico 
administrativo que recebe “X” de salário com um Consultar, 
que recebe “10X”). 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 243: OAB - Exame de Ordem 2010-1 - 13/06/2011. 
Júlia, que está desempregada, não conseguiu pagar a tarifa de energia elétrica 
de sua residência, referente ao mês de janeiro de 2010. Por esse motivo, o 
fornecimento de energia foi suspenso por ordem da diretoria da concessionária 
de energia elétrica, sociedade de economia mista. 
Considerando essa situação hipotética, não caberia mandado de segurança 
contra o ato da diretoria da concessionária, porque ela não é autoridade 
pública. 
COMENTÁRIOS: 
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24 
O Ato de Autoridade refere-se aos atos práticos pelo Poder 
Público, pelo Estado na função administrativa, por seus Agentes. São tidas 
por autoridade públicas para fins de cabimento de MS, além das que 
exercem cargos propriamente públicos, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos, os administradores de entidades autárquicas (Autarquias), 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público. 
O Sujeito Passivo do MS (Impetrado) é a autoridade COATORA
que editou ou executou o ato ilegal ou com abuso de poder. O Impetrado 
poderá ser Autoridade Pública ou Privada, no exercício no exercício de 
atribuições do Poder Público (ex: dirigente de concessionária de serviço 
público; diretor de estabelecimento particular de ensino, sindicatos, agentes 
financeiros, serviços sociais autônomos). 
Portanto, a diretoria da concessionária de energia elétrica 
enquadra-se na Autoridade Privada no exercício de atribuições do Poder 
Público, passível de MS. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores 
de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do 
poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 244: IPAJM - ES – Advogado - 30/05/2011. 
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou 
com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou 
houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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25 
for e sejam quais forem as funções que exerça. 
COMENTÁRIOS: 
CF-88 
Art. 5 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou 
"habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso 
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, 
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
for e sejam quais forem as funções que exerça. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 245: AGU - Proc- - Procurador Federal de Segunda Categoria 
 - 27/03/2010. 
Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a 
receber uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no 
entanto, que o sindicato a que ele pertence já havia ingressado com mandado 
de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá 
extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já 
que há litispendência. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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26 
COMENTÁRIOS: 
O indivíduo poderá impetrar MS Individual com o mesmo objetivo 
do MS Coletivo interposto de forma concomitante (MS individual não induz 
litispendência com MS Coletivo). Contudo, para se beneficiar da decisão 
exarada no MS Coletivo, terá que desistir do MS Individual 30 DIAS após a 
ciência comprovada do MS Coletivo. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 22. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não 
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a 
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) 
dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança 
coletiva. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 246: Banco Central - Procurador do Banco Central do Brasil 
- 30/08/2009. 
Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo 
ativo da ação do mandado de segurança. 
COMENTÁRIOS: 
Os legitimados ativos a interporem o MS (Autores do MS) são 
os titulares do direito líquido e certo eventualmente violado. Para a 
jurisprudência e a doutrina, podem ser: 
a. Pessoas Físicas e Jurídicas (brasileiras ou estrangeiras); 
b. Órgãos Públicos despersonalizados (Chefias do Poder 
Executivo, Mesas do Legislativo); 
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27 
c. Universalidade de Bens e Direitos (espólio, massa falida, 
condomínio); 
d. Agentes Políticos (Membros dos Tribunais de Contas, 
Parlamentares, Ministério Público, etc); 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 247: TCE - AC - Analista de Controle Externo - Administração 
Pública ou de E - 26/04/2009. 
O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a 
retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública. 
COMENTÁRIOS: 
Como já sabem, essa é a hipótese de HABEAS DATA (retificação de 
dados) e não de MS. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 248: ANTAQ - Analista Administrativo - 05/04/2009. 
As resoluções editadas pelas agências reguladoras com vistas a regular o 
serviço público concedido, quando dotadas de características de abstração e 
generalidade, como no caso apresentado, não poderão ser impugnadas 
diretamente por meio de mandado de segurança, mesmo que haja direito 
líquido e certo. 
COMENTÁRIOS: 
Não é cabível MS contra Lei em TESE – apenas as leis de efeitos concretos
podem ser atacadas por MS (Ex: Lei que determina o provimento de 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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28 
cargos públicos específicos; proibição doexercício de determinada atividade, 
desapropriação, etc). As Leis em Tese somente podem ser atacadas por Ação 
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no STF. Este é o entendimento já 
pacificado há muito tempo pelo STF na Súmula 266: contra lei em tese não 
cabe MS. 
Os Regulamentos genéricos, sem efeitos concretos, estão incluídos no 
conceito de Lei em tese, por isso impassíveis de MS. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 249: POLICIA CIVIL - PB - Delegado de Polícia - 
29/03/2009. 
Pedro, empregado de uma empresa pública federal, na qual ingressou em 
4/4/1983, requereu sua aposentadoria após preencher todos os requisitos 
exigidos, a qual foi devidamente concedida. O Tribunal de Contas da União 
(TCU) promoveu o registro dessa aposentadoria em abril de 1997. No entanto, 
em julho de 2002, no mesmo dia em que Pedro requereu a revisão do ato de 
aposentadoria, com vistas a receber uma gratificação não incorporada aos 
seus proventos, o TCU, sem ouvir Pedro, houve por bem anular aquela 
decisão, após processo administrativo instaurado a pedido do Ministério Público 
junto ao TCU, em janeiro de 1999, ao entendimento de que o ato de registro 
da aposentadoria foi ilegal, pois Pedro teria ingressado na citada empresa 
pública sem concurso público, fato esse que impediria a sua aposentadoria. 
Acerca da situação hipotética apresentada, será compete para julgar o 
mandado de segurança contra o ato do TCU a justiça federal de primeira 
instância. 
COMENTÁRIOS: 
Consoante o texto constitucional, compete ao STF julgar MS contra ato do 
TCU: 
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29 
CF-88 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas 
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o 
"habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de 
Contas da União
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 250: ANATEL - Analista Administrativo – Direito - 
08/03/2009. 
Julgue os itens seguintes, acerca do controle da administração pública. 
O mandado de segurança individual tem como requisito para sua impetração a 
fundamentação em alegações que dependam exclusivamente de dilação 
probatória, segundo jurisprudência pacífica dos tribunais. 
COMENTÁRIOS: 
Ao contrário, o MS não admite dilação probatória (fase probatória), dada a 
celeridade de seu rito. Essa é uma característica peculiar do MS. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 251: SEFAZ - ES - Consultor do Executivo – Administração - 
08/02/2009. 
O fornecimento de energia elétrica da casa de Rosa foi suspenso por falta de 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
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30 
pagamento. Rosa alega ser pobre e que está desempregada, razão pela qual 
pretende ingressar com ação judicial visando restabelecer o serviço. 
Rosa poderá impetrar mandado de segurança contra o diretor responsável da 
concessionária de serviço de energia elétrica, mesmo sendo essa uma empresa 
privada não integrante da administração pública. 
COMENTÁRIOS: 
O Sujeito Passivo do MS (Impetrado) é a autoridade COATORA
que editou ou executou o ato ilegal ou com abuso de poder. O Impetrado 
poderá ser Autoridade Pública ou Privada, no exercício no exercício de 
atribuições do Poder Público (ex: dirigente de concessionária de serviço 
público; diretor de estabelecimento particular de ensino, sindicatos, agentes 
financeiros, serviços sociais autônomos). 
Portanto, a diretoria da concessionária de energia elétrica 
enquadra-se na Autoridade Privada no exercício de atribuições do Poder 
Público, passível de MS. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores 
de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do 
poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 252: Pref- Municipal de Natal - Assessor Jurídico - 
17/08/2008. 
O mandado de segurança é meio de controle da administração pública cuja 
finalidade é a invalidação de atos e contratos administrativos ilegais, lesivos ao 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
31 
patrimônio público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente. 
COMENTÁRIOS: 
Este é o objeto da Ação Popular e não do MS: 
CF-88 
Art. 5 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 253: Pref- Municipal de Natal - Procurador Municipal - 
17/08/2008. 
Com relação às autarquias, o dirigente de autarquia não pode figurar como 
autoridade coatora em mandado de segurança. 
COMENTÁRIOS: 
A Lei determina que são também autoridades coatoras os Representantes e os 
Órgãos de Partidos Políticos, os Administradores de entidades Autárquicas 
(Autarquias) e os Dirigentes de Pessoas Jurídicas ou Pessoas Naturais
(pessoas físicas) no exercício de atribuições do Poder Público. Repiso mais uma 
vez: somente caberá MS de autoridade privada de atos que digam respeito às 
atribuições do poder público. 
Lei nº 12.016/2009 
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32 
Art. 1 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os 
administradores de entidades autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 254: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
21/11/2010 
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos de mandado de segurança, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 
pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições. 
COMENTÁRIOS: 
O Ato de Autoridade refere-se aos atos práticos pelo Poder 
Público, pelo Estado na função administrativa, por seus Agentes. São tidas 
por autoridade públicas para fins de cabimento de MS, além das que 
exercem cargos propriamente públicos, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos, os administradores de entidades autárquicas (Autarquias),dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 1 
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores 
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33 
de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas 
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do 
poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 255: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
Para que uma entidade de classe possa ajuizar mandado de segurança 
coletivo, a pretensão veiculada deve ser de interesse da totalidade da 
respectiva categoria. 
COMENTÁRIOS: 
A representação da categoria respectiva por parte dos Sujeitos 
Ativos do MS Coletivo poderá ser de TODA ou PARTE dos Membros ou 
Associados. 
A Lei nº 12.016/2009 sedimentou este entendimento, que já havia 
sido pacificado na jurisprudência, conforme a Súmula 630 do STF. 
Sujeitos Ativos do Mandado de Segurança Coletivo: 
1. Partido Político com representação no Congresso Nacional, 
na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária; 
2. Organização Sindical, Entidade de Classe e Associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 
1 ANO, em defesa de direitos líquidos e certos da 
TOTALIDADE, ou de PARTE, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos. 
Lei nº 12.016/2009 
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na 
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34 
defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou 
à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e 
certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 
associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes 
às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
SÚMULA Nº 630 - A ENTIDADE DE CLASSE TEM LEGITIMAÇÃO 
PARA O MANDADO DE SEGURANÇA AINDA QUANDO A 
PRETENSÃO VEICULADA INTERESSE APENAS A UMA PARTE 
DA RESPECTIVA CATEGORIA. 
RESPOSTA CERTA: E
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35 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
QUESTÃO 222: STM - Analista Judiciário – Judiciária - 30/01/2011. 
No que diz respeito à Lei n.º 12.016/2009, que estabelece as normas 
referentes ao mandado de segurança, julgue os itens que se seguem. 
Para efeitos do mandado de segurança, equiparam-se às autoridades os 
dirigentes de pessoa jurídica de direito privado ou as pessoas naturais, desde 
que no exercício das atribuições do poder público e somente no que disser 
respeito a essas atribuições. 
QUESTÃO 223: STM - Analista Judiciário – Judiciária - 30/01/2011. 
Quando várias pessoas forem, ao mesmo tempo, titulares de direito ameaçado 
ou violado e amparado por mandado de segurança, este só poderá ser 
impetrado por todos os titulares em conjunto. 
QUESTÃO 224: STM - Analista Judiciário - Execução de Mandatos - 
30/01/2011. 
Não cabe mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados 
pelos administradores de empresas públicas, de sociedades de economia mista 
e de concessionárias de serviços públicos, ainda que esses atos violem direito 
líquido e certo de determinada pessoa. 
QUESTÃO 225: STM - Analista Judiciário - Execução de Mandatos - 
30/01/2011. 
Permite-se o ingresso de litisconsorte ativo no mandado de segurança, desde 
que seja requerido antes da notificação da autoridade coatora. 
QUESTÃO 226: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
21/11/2010 
Considere que a associação dos servidores do DETRAN/ES pretenda impetrar 
mandado de segurança contra ato da autoridade responsável, que suprimiu 
determinada gratificação do contracheque de parte de seus associados. Nesse 
caso, segundo a jurisprudência do STF, como a pretensão interessa apenas a 
uma parte da categoria, a associação em questão não tem legitimidade para 
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36 
impetrar a ação mandamental. 
QUESTÃO 227: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
21/11/2010 
Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual 
caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de 
caução; de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; e de 
decisão judicial transitada em julgado. 
QUESTÃO 228: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto - 
26/09/2010. 
Em mandado de segurança, conta-se em dobro o prazo para o impetrado 
apresentar informações. 
QUESTÃO 229: MPE - RO - Promotor de Justiça Substituto - 
26/09/2010. 
O pedido de segurança não pode ser renovado, mesmo que dentro do prazo 
decadencial de cento e vinte dias e nos casos em que a decisão denegatória 
não lhe houver apreciado o mérito. 
QUESTÃO 230: MPE - SE - Promotor de Justiça Substituto - 
11/04/2010. 
Pela nova sistemática, estabelecida pela Lei n.º 12.016/2009, a sentença 
proferida no mandado de segurança coletivo faz coisa julgada erga omnes. 
QUESTÃO 231: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
Se um partido político ajuizar mandado de segurança coletivo, esta ação 
induzirá litispendência caso algum cidadão ajuize individualmente uma ação 
sobre o mesmo fato. 
QUESTÃO 232: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
Quando um mandado de segurança coletivo é ajuizado contra pessoa jurídica 
de direito público, a autoridade judiciária pode conceder liminarmente a 
segurança sem ouvir a parte contrária. 
QUESTÃO 233: TCE - AC - Analista de Controle Externo – Direito - 
26/04/2009. 
A prática de ato que configure abuso de poder por autoridade que exerce 
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37 
competência delegada faz que o mandado de segurança interposto contra este 
ato tenha, no polo passivo, a autoridade que transferiu os poderes por 
delegação. 
QUESTÃO 234: TCE - AC - Analista de Controle Externo – Direito - 
26/04/2009. 
Julgado procedente o pedido encaminhado via mandado de segurança, estarão 
garantidos ao impetrante não só o afastamento do ato ilegal e abusivo, como 
também os efeitos patrimoniais anteriores à própria impetração. 
QUESTÃO 235: AGU - ADV - Advogado da União- 01/02/2009. 
Com relação ao mandado de segurança, julgue o item a seguir 
O mandado de segurança é instrumento constitucional de defesa do direito 
líquido e certo violado ou ameaçado por autoridade pública, ou até mesmo por 
pessoa natural no exercício de função delegada, o que, apesar de o tornar 
incompatível com a produção de prova oral ou pericial, não impede o exame de 
matéria jurídica controversa nos tribunais e a eventual concessão da 
segurança pleiteada. 
QUESTÃO 236: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental - 02/08/2008. 
Julgue os itens que versam sobre writs constitucionais, cuja utilização 
criteriosa é de vital importância para a consolidação do estado democrático de 
direito. 
Considere que um grupo de advogados, empregados de uma sociedade de 
economia mista, for notificado pelo TCU para apresentar suas razões de 
justificativa em um processo que apure irregularidades em uma licitação que 
teria sido levada a efeito com base em suas manifestações jurídicas. Nesse 
caso, entendendo que a Corte de Contas não tem competência para julgar os 
atos por eles praticados, os advogados poderão impetrar mandado de 
segurança junto ao STJ, o qual somente concederá a medida liminar requerida, 
se for o caso, depois de prestadas informações pela autoridade coatora. 
QUESTÃO 237: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental - 02/08/2008. 
De acordo com iterativa jurisprudência do STJ, sempre que o juiz verificar que 
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38 
se acham presentes os requisitos da medida liminar em mandado de 
segurança, deverá deferi-la. Contudo, não poderá estabelecer caução, ainda 
que sob a justificativa de evitar danos irreversíveis ao erário, exceto nos casos 
expressamente previstos em lei. 
QUESTÃO 238: TCU - ACE - Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental - 02/08/2008. 
Considere a seguinte situação hipotética. Embora houvesse previsão legal, um 
ministério demorou três anos para efetuar a promoção dos membros de uma 
categoria de fiscais federais a diversos níveis da carreira e a fez sem o 
pagamento dos atrasados. Entendendo ser líquido e certo o seu direito, um 
grupo de trinta servidores constituiu advogado para impetrar mandado de 
segurança com pedido de liminar contra a omissão do secretário de recursos 
humanos da pasta, visando obrigá-lo a efetuar imediatamente o pagamento 
das parcelas em atraso. Nessa situação, o juiz não precisará ouvir a autoridade 
apontada como coatora antes de apreciar o pedido de medida liminar, pois não 
se trata de mandado de segurança coletivo; quanto à medida liminar 
requestada, deverá ser indeferida, pois existe legislação específica que proíbe 
sua concessão para o pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias a 
servidores públicos. 
QUESTÃO 239: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto - 
02/12/2007. 
No mandado de segurança, com concessão de liminar, impõe-se, além da 
notificação da autoridade coatora, a citação da pessoa jurídica a quem essa se 
vincula, para providências relativas à suspensão ou impugnação de medida 
liminar. 
QUESTÃO 240: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto - 
02/12/2007. 
É cabível, na ação de mandado de segurança, o impetrante pleitear o 
pagamento de verbas pecuniárias relativas a glosa de vencimentos, bem como 
a incorporação de parcelas remuneratórias que não tenham sido reconhecidas 
administrativamente. A sentença concessiva, havendo danos patrimoniais a 
compor, determinará o pagamento de todos os valores devidos, isto é, as 
parcelas vencidas e vincendas. 
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QUESTÃO 241: TJ - PI - Juiz de Direito Substituto - 21/10/2007. 
A entidade representativa de classe tem legitimidade para impetrar mandado 
de segurança para proteção de direitos individuais de seus associados. Não se 
exige, no caso, nem que se comprove a constituição da entidade, segundo as 
exigências legais e o seu funcionamento de pelo menos um ano, não se 
exigindo, também, autorização desses associados. 
QUESTÃO 242: TJ - DFT - Juiz Substituto - 04/07/2006. 
Servidor do Distrito Federal, alegando que determinada lei, concessiva de 
aumento salarial às categorias que enumera, deveria alcançá-lo, impetra 
mandado de segurança, objetivando lhe seja estendido o aumento, apoiado no 
princípio da isonomia. O juiz processante, atendendo à pretensão do 
impetrante, concedeu-lhe liminar. À vista da legislação de regência, quer de 
ordem constitucional, quer de ordem infraconstitucional, tem-se essa decisão 
por: 
a) correta, porque os servidores devem receber tratamento igualitário. 
b) equivocada, porque o princípio da isonomia tem como destinatário o 
legislador. 
c) injurídica, porque, em situação que tal, não é lícita a concessão de liminar. 
d) acertada, desde que, na aplicação da lei, deve observar sua finalidade 
social. 
QUESTÃO 243: OAB - Exame de Ordem 2010-1 - 13/06/2011. 
Júlia, que está desempregada, não conseguiu pagar a tarifa de energia elétrica 
de sua residência, referente ao mês de janeiro de 2010. Por esse motivo, o 
fornecimento de energia foi suspenso por ordem da diretoria da concessionária 
de energia elétrica, sociedade de economia mista. 
Considerando essa situação hipotética, não caberia mandado de segurança 
contra o ato da diretoria da concessionária, porque ela não é autoridade 
pública. 
QUESTÃO 244: IPAJM - ES – Advogado - 30/05/2011. 
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou 
com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou 
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40 
houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
for e sejam quais forem as funções que exerça. 
QUESTÃO 245: AGU - Proc- - Procurador Federal de Segunda Categoria 
 - 27/03/2010. 
Paulo ingressou com mandado de segurança individual para que voltasse a 
receber uma parcela remuneratória que lhe fora suprimida. Ocorre, no 
entanto, que o sindicato a que ele pertence já havia ingressado com mandado 
de segurança coletivo com o mesmo objeto. Nessa situação, o juiz deverá 
extinguir, sem julgamento de mérito, o mandado de segurança individual, já 
que há litispendência. 
QUESTÃO 246: Banco Central - Procurador do Banco Central do Brasil 
- 30/08/2009. 
Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo 
ativo da ação do mandado de segurança. 
QUESTÃO 247: TCE - AC - Analista de Controle Externo - Administração 
Pública ou de E - 26/04/2009. 
O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a 
retificação de dados relativos ao impetrante nos 
QUESTÃO 248: ANTAQ - Analista Administrativo - 05/04/2009. 
As resoluções editadas pelas agências reguladoras com vistas a regular o 
serviço público concedido, quando dotadas de características de abstração e 
generalidade,como no caso apresentado, não poderão ser impugnadas 
diretamente por meio de mandado de segurança, mesmo que haja direito 
líquido e certo. 
QUESTÃO 249: POLICIA CIVIL - PB - Delegado de Polícia - 
29/03/2009. 
Pedro, empregado de uma empresa pública federal, na qual ingressou em 
4/4/1983, requereu sua aposentadoria após preencher todos os requisitos 
exigidos, a qual foi devidamente concedida. O Tribunal de Contas da União 
(TCU) promoveu o registro dessa aposentadoria em abril de 1997. No entanto, 
em julho de 2002, no mesmo dia em que Pedro requereu a revisão do ato de 
aposentadoria, com vistas a receber uma gratificação não incorporada aos 
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41 
seus proventos, o TCU, sem ouvir Pedro, houve por bem anular aquela 
decisão, após processo administrativo instaurado a pedido do Ministério Público 
junto ao TCU, em janeiro de 1999, ao entendimento de que o ato de registro 
da aposentadoria foi ilegal, pois Pedro teria ingressado na citada empresa 
pública sem concurso público, fato esse que impediria a sua aposentadoria. 
Acerca da situação hipotética apresentada, será compete para julgar o 
mandado de segurança contra o ato do TCU a justiça federal de primeira 
instância. 
QUESTÃO 250: ANATEL - Analista Administrativo – Direito - 
08/03/2009. 
Julgue os itens seguintes, acerca do controle da administração pública. 
O mandado de segurança individual tem como requisito para sua impetração a 
fundamentação em alegações que dependam exclusivamente de dilação 
probatória, segundo jurisprudência pacífica dos tribunais. 
QUESTÃO 251: SEFAZ - ES - Consultor do Executivo – Administração - 
08/02/2009. 
O fornecimento de energia elétrica da casa de Rosa foi suspenso por falta de 
pagamento. Rosa alega ser pobre e que está desempregada, razão pela qual 
pretende ingressar com ação judicial visando restabelecer o serviço. 
Rosa poderá impetrar mandado de segurança contra o diretor responsável da 
concessionária de serviço de energia elétrica, mesmo sendo essa uma empresa 
privada não integrante da administração pública. 
QUESTÃO 252: Pref- Municipal de Natal - Assessor Jurídico - 
17/08/2008. 
O mandado de segurança é meio de controle da administração pública cuja 
finalidade é a invalidação de atos e contratos administrativos ilegais, lesivos ao 
patrimônio público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente. 
QUESTÃO 253: Pref- Municipal de Natal - Procurador Municipal - 
17/08/2008. 
Com relação às autarquias, o dirigente de autarquia não pode figurar como 
autoridade coatora em mandado de segurança. 
QUESTÃO 254: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado - 
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42 
21/11/2010 
Equiparam-se às autoridades, para os efeitos de mandado de segurança, os 
representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de 
entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as 
pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições. 
QUESTÃO 255: DPE - PI - Defensor Público - 29/11/2009. 
Para que uma entidade de classe possa ajuizar mandado de segurança 
coletivo, a pretensão veiculada deve ser de interesse da totalidade da 
respectiva categoria. 
GABARITOS OFICIAIS 
222 223 224 225 226 227 228 229 230 231
C E C E E C E E E E 
232 233 234 235 236 237 238 239 240 241
E E E C E C C E E C 
242 243 244 245 246 247 248 249 250 251
C E E E E E C E E C 
252 253 254 255 
E E C E 
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43 
RESUMO DA AULA 
Entre outros, o Legislador previu três importantes instrumentos dos 
Administrados contra os Atos praticados pelos Agentes Estatais que se afastam 
da finalidade da Lei e dos Princípios da Administração Pública. São os famosos: 
Mandado de Segurança (MS), Ação Civil Pública (ACP) e a Ação Popular 
(AP). Além destes, destacam-se o Habeas Corpus, Mandado de Injunção e 
Habeas Data. 
A maioria dos doutrinadores conceitua o Mandado de Segurança 
como uma Ação Constitucional (pois prevista no texto da CF-88), de natureza 
CIVIL, mesmo que o ato impugnado seja penal, administrativo, trabalhista, 
eleitoral, jurisdicional, etc. 
Para que seja impetrado o Mandado de Segurança, segundo o texto 
da CF-88 e da Lei nº 12.016/2009, é necessário o preenchimento dos 
seguintes requisitos: 
1. Ato de Autoridade – de qualquer espécie; 
2. Ilegalidade do Ato ou Abuso de Poder; 
3. Lesão ou Ameaça de Lesão; 
4. Direito Individual ou Coletivo; 
5. Direito Líquido e Certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data. 
O Ato de Autoridade refere-se aos atos práticos pelo Poder 
Público, pelo Estado na função administrativa, por seus Agentes. São tidas 
por autoridade públicas para fins de cabimento de MS, além das que 
exercem cargos propriamente públicos, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos, os administradores de entidades autárquicas (Autarquias), 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de 
atribuições do poder público. 
Para que o MS seja aceito, deve-se provar que o Direito seja LÍQUIDO e 
CERTO, ou seja, Direito comprovado e induvidoso, que seja 
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44 
provado/demonstrado de plano, sem necessidade diligências comprobatórias 
complexas (dilação probatória). 
Características do Mandado de Segurança: 
• Ação Constitucional 
• Natureza CÍVEL – mesmo que o processo seja 
penal/criminal 
• Caráter Residual/Subsidiário – cabível apenas se o direito 
amparado não for amparado por HC e HD 
• Rito Processual Próprio/Especial – procedimento da ação 
previsto na lei específica 
A Lei nº 12.016/2009 preleciona algumas situações de não 
cabimento do Mandado de Segurança, que a seguir delineio. NÃO é cabível 
Mandado de Segurança: 
1. de ato do qual caiba Recurso Administrativo COM efeito 
SUSPENSIVO, independentemente de caução - se o 
Administrado interpor Recurso Administrativo do ato atacado, 
COM efeito SUSPENSIVO, ficará impedido de apresentar o 
Mandado de Segurança, até porque a decisão em tese ilegal 
sequer gerou efeitos. Se o recurso não tiver efeito 
suspensivo, a decisão gera efeitos e, nesse caso, será cabível 
o MS. Vale frisar que o Recurso aqui tratado não pode 
depender de caução, pois caso seja exigida, também autoriza 
a interposição do MS. Vale colocar que quando se tratar de 
OMISSÃO de autoridade, será cabível MS mesmo se 
pender recurso administrativo com efeito suspensivo, pois a 
suspensão do efeito não ensejará no resguardo do direito do 
impetrante (no caso, o MS imporá a atuação da autoridade 
que está omissa). Esta é a redação da Súmula 429 do STF. 
2. de Decisão Judicial da

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