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Aula 92 Direito Processual Civil Aula 07

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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 7 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
1.Atos judiciais: despachos, decisões interlocutórias e 
sentenças. 
2. Sentenças e decisões: conceito, requisitos, 
preclusão, coisa julgada. 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
QUESTÃO 191: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª 
Região] - 05/04/2009. 
Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos 
ordinatórios. 
COMENTÁRIOS: 
O CPC prevê que os Atos do Juiz (Atos Judiciais – praticados pelo 
Juiz), são os Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentenças. 
CPC 
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões 
interlocutórias e despachos. 
Todavia, os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não 
dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem 
cunho decisório e de observância obrig\atória por força de determinação legal, 
devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo 
ser praticados e revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também 
praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou 
documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos 
Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes 
também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos 
Servidores. 
CPC 
Art. 162. 
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei 
não estabelece outra forma. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser 
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
Desse modo, os Atos do Juiz são os Despachos, Decisões 
Interlocutórias, Sentenças e Atos Ordinatórios. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 192: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
05/12/2009. 
Com relação aos atos processuais, considere: 
I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões 
incidentes. 
II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz. 
III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo 
decidindo o mérito da causa. 
IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar 
andamento ao processo. 
É correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
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b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
COMENTÁRIOS: 
Item I – correto. As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide 
uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser 
decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à 
Fase de Conhecimento. 
Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, 
indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-
autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de 
assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de 
liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 
1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o 
Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua 
normalmente após a Decisão Interlocutória. 
CPC 
Art. 162. 
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; 
a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja 
assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão 
também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem 
debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta 
questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de 
Decisão Interlocutória. Fácil, não? 
Item II – errado. Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem 
de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho 
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decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem 
ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo ser 
revistos e praticados pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também 
praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou 
documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. 
Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos 
Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes 
também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos 
Servidores. 
CPC 
Art. 162. 
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei 
não estabelece outra forma. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser 
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
Item III – errado. Pegadinha essa, hen? Quem não estudou direito pode errar 
essa. A Sentença é o Ato Judicial que implica na extinção da Fase de 
Conhecimento COM e SEM análise do mérito, nas hipóteses previstas no art. 
267 e art. 269 do CPC. Resumo: 
o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase 
de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267
prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: 
extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de 
mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão 
principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação 
de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). 
Ashipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na 
chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo 
SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo 
(o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença 
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Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, 
torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que 
foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro 
processo eventualmente iniciado. 
Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do 
Processo (Art. 267 do CPC): 
o quando o Juiz indeferir a petição inicial; 
o quando ficar parado durante mais de 1 ANO por 
negligência das partes; 
o quando, por não promover os atos e diligências que lhe 
competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 
DIAS; 
o quando se verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
o quando o Juiz acolher a alegação de perempção, 
litispendência ou de coisa julgada; 
o quando não concorrer qualquer das condições da ação, 
como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes 
e o interesse processual; 
o pela convenção de arbitragem; 
o quando o AUTOR desistir da ação; 
o quando a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal; 
o quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU; 
o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de 
Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269
prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de 
Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o 
exame da questão principal do processo requerida pela parte 
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(Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz 
decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou 
rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a 
extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame 
do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito 
discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo 
ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz 
coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito 
indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer 
outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a 
questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em 
nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser 
instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão 
de mérito já pacificada na Sentença Definitiva). 
Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo 
(Art. 269 do CPC): 
o quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor; 
o quando o Réu reconhecer a procedência do pedido; 
o quando as Partes transigirem (transação); 
o quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
o quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se 
funda a ação.** 
Item IV – correto. Os Despachos, comumente chamados de Mero 
Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão 
somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio 
Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e 
qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento 
ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: 
marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício. 
O Código de Processo Civil conceitua os Despachos como todos os 
demais atos praticados pelo Juiz, que não sejam Sentença e nem Decisão 
Interlocutória, de ofício (por conta própria) ou a requerimento da parte, que 
não disponham de outra forma estabelecida em lei. Portanto, os Despachos 
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têm um caráter residual, são atos sem cunho decisório e que não se encaixam 
no conceito de Sentença e nem de Decisão Interlocutória. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 193: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[FCC] - 16/03/2009. 
Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Trata-se 
de 
a) sentença mista. 
b) despacho. 
c) ato meramente ordinatório. 
d) acórdão. 
e) decisão interlocutória. 
COMENTÁRIOS: 
As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma 
mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser 
decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à 
Fase de Conhecimento. 
Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, 
indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-
autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de 
assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de 
liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 
1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o 
Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua 
normalmente após a Decisão Interlocutória. 
CPC 
Art. 162. 
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§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 194: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 
15/07/2008. 
Assinale a alternativa incorreta: 
Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões 
interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não 
necessitam de fundamentação. 
COMENTÁRIOS: 
As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com 
observância de 3 (três) requisitos essenciais: 
1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no 
processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos 
principais incidentes do processo e das provas produzidas. É 
uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa 
exposição circunstanciada de toda a marcha do 
procedimento, de forma sucinta e objetiva. 
2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do 
convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai 
decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do 
pedido do autor). 
3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a 
efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões 
que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do 
pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem 
julgamento de mérito (Sentença Terminativa). 
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CPC 
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: 
I - o relatório,que conterá os nomes das partes, a suma do 
pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais 
ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato 
e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as 
partes lhe submeterem. 
Como visto, as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 
(três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e 
DISPOSITIVO. 
No entanto, todas as decisões, inclusive as Decisões 
Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter 
motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida). 
CPC 
Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com 
observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão 
fundamentadas, ainda que de modo conciso. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 195: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009. 
Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero 
expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, 
sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese. 
COMENTÁRIOS: 
Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de 
Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e 
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de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser 
praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos 
pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos 
processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos 
e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, 
deve revisá-los. 
CPC 
Art. 162. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser 
praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz 
quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 196: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 
19/09/2010. 
Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo 
Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e 
decisões, respectivamente, 
a) 3 e 5 dias. 
b) 2 e 10 dias. 
c) 2 e 5 dias. 
d) 3 e 10 dias. 
e) 1 e 5 dias. 
COMENTÁRIOS: 
Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos 
dentro de um limite temporal, assim resumido: 
o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 
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DIAS
o Despachos de Expediente – 2 DIAS
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 197: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. 
O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar esta questão. Esta decisão de determinar a citação 
põe fim à Fase de Conhecimento? Não, ao contrário, implica em seu início. 
Portanto não pode ser uma SENTENÇA. 
Este provimento não tem cunho decisório? Tem sim, pois é uma 
determinação judicial para citação do réu, que não pode ser praticada por 
servidor. Portanto, também não pode ser um mero DESPACHO. 
Esse é um típico exemplo de Decisão Interlocutória, tomada no 
decorrer do processo para dar impulso aos atos processuais. Quando o autor 
interpõe a Ação, um dos pedidos é exatamente o de citar o réu. Se o processo 
estiver regular, o Juiz assim determinará por meio de Decisão Interlocutória, 
resolvendo esta questão incidente. 
As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma 
mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser 
decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à 
Fase de Conhecimento. 
CPC 
Art. 162. 
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
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RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 198: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. 
Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de 
emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados de 
ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
COMENTÁRIOS: 
Sim, os atos ordinatórios independem de Despacho, devendo ser 
praticados pelo servidor e revistos pelo Juiz. 
No entanto, o deferimento de liminar e a análise de emenda à 
petição inicial são hipóteses sem cunho decisório, de competência do servidor? 
Não é possível, pois são de competência do Juiz. Devem ser 
decididos por Decisão Interlocutória, jamais por atos dos servidores. 
Exemplos de Decisões Interlocutórias: quando o Magistrado 
indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co-
autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de 
assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de 
liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 
1º juízo de admissibilidade recursal. 
CPC 
Art. 162. 
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do 
processo, resolve questão incidente. 
Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de 
Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e 
de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser 
praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos 
pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos 
processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos 
e a vista obrigatória dos autos processo. 
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CPC 
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§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no 
processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei 
não estabelece outra forma. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser 
praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 199: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 
24ª] - 24/02/2007. 
Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e 
assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente. 
COMENTÁRIOS: 
O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e 
Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. 
Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) 
devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes. 
CPC 
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão 
redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem 
proferidos,verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os 
registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 
Portanto, é possível sim decisões orais, que devem ser reduzidas a 
termo (registradas). 
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RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 200: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – 
Advogado [AOCP] - 18/04/2010 
Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se 
encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício 
proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte 
Autora. 
Esta sentença se caracteriza como um ato 
a) nulo. 
b) anulável. 
c) válido. 
d) inexistente. 
e) passível de convalidação pelo juiz de direito. 
COMENTÁRIOS: 
Esta é uma questão envolve um assunto complexo do Direito 
Processual Civil (o tema Nulidades). Mas com os conhecimentos dessa aula já 
dá para respondermos, não é verdade? 
Uma decisão de competência do Juiz proferida por Delegado pode 
ser reconhecida? 
Para a doutrina majoritária e para a jurisprudência, esta decisão é 
uma NÃO-DECISÃO, ela sequer EXISTE! Por ser praticada por autoridade 
absolutamente incompetente, não se considera na esfera jurídica a sua 
existência. É uma não-sentença. 
Se fosse praticada um Juiz de outra comarca, seria uma Sentença, 
mas nula. Nesse caso, sequer é sentença (é um ato inexistente), pois é Ato de 
competência de JUIZ e não de Delegado. 
RESPOSTA CERTA: D
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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QUESTÃO 201: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
12/07/2008. 
No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente 
ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessários. 
COMENTÁRIOS: 
Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de 
Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e 
de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser 
praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos 
pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos 
processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos 
e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, 
deve revisá-los. 
CPC 
Art. 162. 
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser 
praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz 
quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 202: [TRT 24ª] - 13/05/2007. 
O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as 
decisões no prazo de dez dias. 
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COMENTÁRIOS: 
Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos 
dentro de um limite temporal, assim resumido: 
o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS
o Despachos de Expediente – 2 DIAS
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 203: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto 
que das Sentenças cabe o recurso de Agravo. 
COMENTÁRIOS: 
Em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das 
Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO. 
Por não ser propriamente uma Decisão, dos Despachos NÃO 
cabem qualquer Recurso! 
CPC 
Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269). 
Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO, 
no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se 
tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de 
difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e 
nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando 
será admitida a sua interposição por instrumento. 
Art. 504. Dos despachos NÃO cabe recurso. 
RESPOSTA CERTA: E
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QUESTÃO 204: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser confeccionadas 
com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo. 
COMENTÁRIOS: 
As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com 
observância de 3 (três) requisitos essenciais: 
1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no 
processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos 
principais incidentes do processo e das provas produzidas. É 
uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa 
exposição circunstanciada de toda a marcha do 
procedimento, de forma sucinta e objetiva. 
2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do 
convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai 
decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do 
pedido do autor). 
3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a 
efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões 
que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do 
pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem 
julgamento de mérito (Sentença Terminativa). 
As Decisões Interlocutórias deverão ostentar, ao menos, a 
FUNDAMENTAÇÃO. 
Vimos que as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) 
elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO. 
Deve-se ressaltar que todas as decisões, inclusive as Decisões 
Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter 
motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida). 
CPC 
Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com 
observância do disposto no art. 458; as demais decisões
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serão fundamentadas, ainda que de modo conciso. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 205: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões. 
COMENTÁRIOS: 
Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos 
do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões 
Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas 
eletronicamente (assinaturas eletrônicas). 
CPC 
Art. 164. 
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de 
jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da 
lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006). 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 206: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quantona hipótese dele renunciar 
ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por 
meio de Sentença. 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado, hen! 
Esta é uma diferença sutil: uma coisa é o autor desistir da Ação (antes mesmo 
do Juiz debruçar-se sobre a Petição Inicial, o autor manifesta seu interesse 
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de não mais prosseguir no processo). Pela lógica, neste caso o Juiz nem 
analisa o mérito! 
Outra coisa é o autor renunciar ao direito sobre que se funda a Ação. A 
renúncia do direito dentro do Processo implicará na análise de mérito pelo Juiz, 
decidindo de forma definitiva acerca daquela questão jurídica controvertida. 
Após a renúncia do direito, com o provimento judicial sobre este ato do autor, 
em regra não poderá mais ser modificada a decisão judicial sobre o caso. 
Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do 
Processo (Art. 267 do CPC): 
a. quando o Juiz indeferir a petição inicial; 
b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por 
negligência das partes; 
c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe 
competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 
30 DIAS; 
d. quando se verificar a ausência de pressupostos de 
constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; 
e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, 
litispendência ou de coisa julgada; 
f. quando não concorrer qualquer das condições da 
ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade 
das partes e o interesse processual; 
g. pela convenção de arbitragem; 
h. quando o AUTOR desistir da ação;*** 
i. quando a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal; 
j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU; 
Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo 
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(Art. 269 do CPC): 
a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do 
autor; 
b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido; 
c. quando as Partes transigirem (transação); 
d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a 
prescrição; 
e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se 
funda a ação.*** 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 207: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão 
Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa. 
COMENTÁRIOS: 
Como vimos, esta será uma SENTENÇA Terminativa, SEM análise do mérito 
e não uma Decisão Interlocutória. É só pensar que com o indeferimento da 
inicial o processo encerrou-se naquele ato, logo não poderia ser uma Decisão 
Interlocutória. 
RESPOSTA CERTA: E
QUESTÃO 208: TCE - SP - Procurador do Ministério Público [FCC] - 
10/04/2011. 
Sobre a sentença e a coisa julgada é correto afirmar: 
a) A verdade dos fatos estabelecida como fundamento da sentença faz coisa 
julgada. 
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b) A coisa julgada formal enseja a impossibilidade de modificação da sentença 
naquele mesmo processo ou em qualquer outro. 
c) A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos 
limites da lide e das questões decididas. 
d) Se a questão prejudicial for decidida como questão principal em outro 
processo, civil ou penal, a sentença que sobre ela versar não faz coisa julgada 
formal ou material. 
e) Os motivos farão coisa julgada se forem importantes para determinar o 
alcance da parte dispositiva da sentença. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. A coisa julgada também tem seus limites. Não é tudo que 
está descrito e abrangido pela sentença que fará coisa julgada. Só é atingida 
pela imutabilidade a parte dispositiva da sentença (dispositivo), a própria 
decisão. 
Desse modo, NÃO fazem coisa julgada: 
• os motivos, mesmo que sejam importantes para determinar 
o alcance da parte dispositiva da sentença – os motivos são 
as razões de fato e de direito (fundamentos). Estes não se 
tornam imutáveis, pois os mesmos fatos ou fundamentos 
jurídicos podem servir de embasamento para qualquer 
demanda, em qualquer processo, não precluindo suas 
alegações em um único processo. 
• a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento 
da sentença – isso porque a interpretação conferida para os 
fatos pode ser alterada de acordo com a circunstância fática 
e com o tempo decorrido. Não existe uma verdade absoluta e 
imutável. 
• a apreciação da questão prejudicial, decidida 
incidentemente no processo. 
Item B – errado. A doutrina classifica a coisa julgada em duas vertentes: 
• Coisa Julgada FORMAL – imutabilidade do efeito formal 
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de extinção dentro do próprio processo, pelo fato de a 
sentença não estar mais sujeita a nenhum recurso ordinário 
ou extraordinário. A coisa julgada formal impede o novo 
julgamento ou reexame da sentença dentro do mesmo 
processo. Todas as sentenças transitadas em julgado geram 
este efeito de extinção do processo, tanto as sentenças 
definitivas quanto as terminativas. 
As Sentenças terminativas fazem apenas coisa julgada formal, 
pois não analisam o mérito da questão. 
• Coisa Julgada MATERIAL – imutabilidade dos efeitos 
materiais da sentença de mérito, que impede o reexame 
da questão discutida dentro e fora do processo. A 
sentença de mérito transitada em julgado tem força de lei 
nos limites da lide e das questões decididas no processo. A 
coisa julgada material torna imutável a sentença dentro e 
fora processo, portanto, englobando a coisa julgada formal. 
Somente as Sentenças Definitivas fazem coisa julgada formal
+ material, pois geram a indiscutibilidade da decisão dentro e 
fora do processo. 
Item C – correto. 
CPC 
Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem 
força de lei nos limites da lide e das questões decididas. 
Item D – errado. Como vimos, a apreciação da questão prejudicial pode de 
forma incidente ou principal. As questões jurídicas podem ser decididas de 
forma principal ou incidente. Se a questão for principal, a decisão fará coisa 
julgada material; se a questão for meramente incidente, não fará coisa julgada 
material, mas apenas formal (somente dentro do processo). Com isso, a 
questão prejudicial decidida incidentemente no processo não poderá ser 
contestada no mesmo processo, mas poderá ser atacada em qualquer outro. 
Se a parte desejar que a questão prejudicial seja alcançada pela coisa julgada 
material (torne-se imutável dentro e fora do processo), deverá apresentar 
Declaração Incidente. Para tanto, a parte deve requerer, o Juiz deve ser 
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o competente em razão da matéria para julgar a declaração e a questão deve 
constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide (Questão 
Prejudicial). 
CPC 
Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão 
prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for 
competente em razão da matéria e constituir pressuposto 
necessário para o julgamento da lide. 
Item E – errado. Como visto no item, não fazem nunca coisa julgada. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 209: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. 
Em relação à coisa julgada, é correto afirmar: 
a) forma-se pela verdade dos fatos, desde que estabelecida como fundamento 
da sentença. 
b) se ocorreu preclusão, pode-se discutir no curso do processo as questões já 
decididas, desde que em Primeira Instância. 
c) uma vez formada, com resolução de mérito, ter-se-ão como deduzidas e 
repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor tanto ao 
acolhimento como à rejeição do pedido. 
d) a resolução da questão prejudicial não a forma em nenhum caso. 
e) o julgamento da relação jurídica continuativa, da qual sobreveio modificação 
no estado de fato ou de direito, é imutável pela formação de coisa julgada 
material. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Como estudamos, a verdade dos fatos não faz coisa julgada. 
Item B – errado e Item C - correto. Caso a parte não alegue as questões de 
defesa no momento oportuno, não será mais possível alegá-las 
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posteriormente no mesmo processo, dada a ocorrência da preclusão (perda da 
faculdade processual de deduzir questões postas em juízo). 
De outro lado, a eficácia preclusiva da coisa julgada é uma 
espécie de preclusão que impede a parte de rediscutir em novo processo a 
alegação ou defesa que deveria ter trazido aos autos no momento oportuno. 
CPC 
Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso do processo, as 
questões já decididas, a cujo respeito se operou a preclusão. 
Art. 474. Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão 
deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte 
poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido. 
Item D – errado. A questão prejudicial poderá formar coisa julgada material se 
requerida pela parte (Declaração Incidente). 
Item E – errado. A regra é que o conteúdo da sentença seja imutável, 
especialmente com o seu trânsito em julgado. No entanto, a decisão judicial 
não pode ser contrária aos fatos, especialmente quando as circunstâncias 
forem alteradas. Com isso, o art. 471 do CPC prevê a possibilidade de nova 
decisão sobre a mesma questão quando a relação jurídica for continuativa e 
sobrevier modificação no estado de fato ou de direito. Nestes casos, será 
possível solicitar a revisão da sentença. 
A cláusula rebus sic stantibus determina que a ocorrência de fato 
imprevisto e imprevisível posterior à decisão possibilita sua alteração nas 
condições. Exemplo: valor determinado na Sentença de Ação de Alimentos
pode alterado se as condições do alimentando e do provedor forem alteradas 
ao longo do tempo. 
CPC 
Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já 
decididas, relativas à mesma lide, salvo: 
I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio 
modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a 
parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; 
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RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 210: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e 
Registros [FCC] - 27/03/201. 
São requisitos essenciais da sentença, dentre outros, 
a) os fundamentos em que o juiz analisará apenas as questões de fato. 
b) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. 
c) os fundamentos em que conterão os nomes da partes, a suma do pedido e 
da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no 
andamento do processo. 
d) o relatório, em que o juiz analisará e resolverá as questões de fato e de 
direito. 
e) o dispositivo em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. 
COMENTÁRIOS: 
As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com 
observância de 3 (três) requisitos essenciais: 
1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no 
processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos 
principais incidentes do processo e das provas produzidas. É 
uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa 
exposição circunstanciada de toda a marcha do 
procedimento, de forma sucinta e objetiva. 
2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do 
convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai 
decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do 
pedido do autor). São os motivos de fato e de direito para a 
decisão. A falta de motivação gera a nulidade da sentença. 
3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a 
efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as 
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questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou 
rejeição do pedido do autor (Sentença Definitiva), ou mesmo 
extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença 
Terminativa). É a decisão propriamente dita. O Juiz julga o 
acusado após a fundamentação da sentença. 
CPC 
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do 
pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais 
ocorrências havidas no andamento do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato 
e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as 
partes lhe submeterem. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 211: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010 (ADAPTADA). 
Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A sentença pode produzir os efeitos de uma vontade não exteriorizada, 
substituindo-a. 
b) O juiz pode agir de ofício na imposição de multa diária ao réu, para compeli-
lo ao cumprimento de ordem judicial. 
c) A hipoteca judiciária produzida pela sentença condenatória somente será 
inscrita após o seu trânsito em julgado. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. É muito comum ocorrer das partes contratantes 
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celebrarem um contrato preliminar (pré-contrato ou promessa de contratar), 
recusando-se, depois, uma delas, a celebrar o contrato definitivo. Neste caso, 
surge a dificuldade em impelir o cumprimento pela parte recalcitrante. Nesse 
sentido, o art.466-A do CPC prevê que a sentença, uma vez transitada em 
julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida. 
Com isso, em um contrato de promessa de compra e venda de 
imóvel, a sentença do Juiz substitui a vontade do vendedor, valendo a sua 
transcrição, no oficio de registro de imóveis, como se fosse a declaração do 
devedor. 
CPC 
Art. 466-A. Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a 
sentença, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os 
efeitos da declaração não emitida. 
Item B – correto. O Juiz pode fixar a multa a pedido da parte ou mesmo de 
ofício, com periodicidade diária, semanal, mensal, etc (ampla liberdade do 
magistrado, com o objetivo de melhor adequar a coerção ao caso concreto). 
Ademais, o Magistrado poderá alterar o valor e a periodicidade da multa a 
qualquer tempo (ampliar ou reduzir). 
Item C – errado. O CPC prevê que a sentença de condenação do réu no 
pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa (de 
dar), valerá como título constitutivo de hipoteca judiciária, que poderá ser 
inscrita em eventual imóvel do réu, como garantia do pagamento da 
prestação, na forma prescrita na Lei de Registros Públicos. 
A Sentença, tão logo emitida, poderá ser inscrita, não necessitando de trânsito 
em julgado. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 212: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010 (ADAPTADA). 
A coisa julgada 
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a) é formada pela parte dispositiva. 
b) uma vez formada, impede a revisão de questões que se protraiam no 
tempo, haja vista sua imutabilidade. 
c) pode ser relativizada sempre que houver interesse da União ou do Estado 
membro da federação. 
d) só se forma quando o juiz julgar o mérito da causa. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. A coisa julgada também tem seus limites. Não é tudo que 
está descrito e abrangido pela sentença que fará coisa julgada. Só é atingida 
pela imutabilidade a parte dispositiva da sentença (dispositivo), a própria 
decisão. 
Item B – errado. A regra é que o conteúdo da sentença seja imutável, 
especialmente com o seu trânsito em julgado. No entanto, a decisão judicial 
não pode ser contrária aos fatos, especialmente quando as circunstâncias 
forem alteradas. Com isso, o art. 471 do CPC prevê a possibilidade de nova 
decisão sobre a mesma questão quando a relação jurídica for continuativa e 
sobrevier modificação no estado de fato ou de direito. Nestes casos, será 
possível solicitar a revisão da sentença. 
A cláusula rebus sic stantibus determina que a ocorrência de fato 
imprevisto e imprevisível posterior à decisão possibilita sua alteração nas 
condições. Exemplo: valor determinado na Sentença de Ação de Alimentos
pode alterado se as condições do alimentando e do provedor forem alteradas 
ao longo do tempo. 
Item C – errado. Não há qualquer relativização quando envolver interesse da 
União ou do Estado. 
Item D – errado. Não, pois é possível a coisa julgada formal, com a extinção 
do processo sem resolução de mérito. 
RESPOSTA CERTA: A 
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QUESTÃO 213: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010 (ADAPTADA). 
A sentença 
a) deverá conter sempre relatório, fundamentação e parte dispositiva, podendo 
o juiz decidir de forma concisa. 
b) é nula quando proferida ultra petita, isto é, além do pedido inicial. 
c) não pode condenar o vencido em juros moratórios se não forem pedidos 
pela parte vencedora. 
d) quando resolver o processo sem julgamento do mérito não necessita de 
fundamentação. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto e D - errado. São os 3 requisitos da Sentença. Com a 
provação do Estado-Juiz por meio da Petição Inicial, o Juiz deve decidir a lide, 
aplicando o direito à espécie. Como vimos, após o trâmite regular do processo 
o Juiz decidirá COM resolução de mérito (acolhendo ou rejeitando o pedido 
do autor, em sua totalidade ou apenas em parte) ou SEM resolução de 
mérito. Neste caso, o CPC prevê que a decisão será concisa. 
Portanto, a sentença sem resolução de mérito será concisa. Esta 
concisão dependerá do próprio caso, mas a dispensa de fundamentação e o 
relatório só poderá ser possível em casos excepcionais, nos quais restem 
comprovada a sua desnecessidade. 
Item B – errado. Sentença Ultra Petita – o Juiz decide além do que foi 
pedido (o Juiz dá mais do que foi pedido) Exemplo: o autor pede A e o Juiz 
concede A e B; autor pede danos emergentes e o juiz concede os danos 
emergentes e os lucros cessantes. Neste caso, a Sentença será anulada 
apenas na parte que extrapolou o pedido (nulidade da parte ultra pedido), não 
sendo toda ela nula. 
Item C – errado. O Juiz detém de amplos poderes legais para forçar o réu ao 
cumprimento da obrigação. Por isso, a Lei autoriza o Juiz determinar as 
medidas necessárias para garantir a tutela específica ou a obtenção do 
resultado prático correspondente à obrigação. Dentre os meios coercitivos, 
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31 
destacam-se: imposição de multa por tempo de atraso; busca e apreensão; 
remoção de pessoas e coisas; desfazimento de obras e impedimento 
de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
Os juros moratórios poderão ser utilizados como uma das medidas necessárias 
adotadas pelo juiz para a tutela específica da obrigação. 
RESPOSTA CERTA: A 
QUESTÃO 214: TCE - RO - Auditor Substituto de Conselheiro [FCC] - 
05/09/2010. 
Em matéria de coisa julgada material, é correto afirmar: 
a) O vício provocado pela falta de citação é abrangido pela eficácia preclusiva 
da coisa julgada material. 
b) A coisa julgada material não alcança decisões interlocutórias. 
c) A eficácia subjetiva da coisa julgada material somente pode alcançar o 
substituto processual e não o substituído. 
d) A eficácia preclusiva da coisa julgada material impede o reexame do 
dispositivo de sentença, ainda que por fundamentos de defesa não deduzidos 
no processo. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. A falta de citação gera nulidade absoluta do processo, 
podendo ser arguida em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
Item B – errado. A coisa julgada material alcança as decisões interlocutórias e 
sentenças/acórdãos, quando decidirem o mérito da causa (há decisões 
interlocutórias de mérito). 
Item C – errado. Ao contrário, a coisa julgada atinge especialmente o eventual 
substituído, titular do direito discutido. 
Item D – correto. Isto mesmo, pois o mérito já foi analisado e não há como 
esperar possíveis outros fundamentos para por fim a uma lide. 
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32 
RESPOSTA CERTA: D 
QUESTÃO 215: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2010. 
Se, na decisão,o magistrado, sem analisar o pedido deduzido, delibera sobre 
pedido não formulado, a decisão será 
a) válida. 
b) ultra petita. 
c) extra petita. 
d) citra petita. 
e) condicional. 
COMENTÁRIOS: 
Sentença Extra Petita – quando o Juiz decide de forma diversa da que foi 
postulada pela parte. A sentença será totalmente nula porque foi exarada fora 
do pedido da parte (extra pedido; fora do pedido). O pedido da parte resta 
intocado, pois o Juiz decidiu de forma totalmente estranha ao pedido. 
Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede B; autor pede danos emergentes e o 
juiz concede apenas lucros cessantes. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 216: METRÔ - Secretária Pleno [FCC] - 21/03/2010. 
Considerando que um juiz proferiu sentença julgando extinto o processo sem 
resolução de mérito, por entender que o pedido era juridicamente impossível, 
não havendo recurso de nenhuma das partes, julgue o item abaixo. 
Nessa situação, formou-se a coisa julgada material, a qual impede que o 
objeto da lide seja discutido em outro processo. 
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33 
COMENTÁRIOS: 
Sentença que não julga o mérito faz coisa julgada meramente 
formal. 
O legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato 
do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 
267 e 269 do CPC: 
o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase 
de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267
prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: 
extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de 
mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão 
principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação 
de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). 
As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na 
chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo 
SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo 
(o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença 
Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, 
torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que 
foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro 
processo eventualmente iniciado. 
o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de 
Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269
prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de 
Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o 
exame da questão principal do processo requerida pela parte 
(Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz 
decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou 
rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a 
extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame 
do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito 
discutida nos autos (questão principal – mérito): 
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acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença 
Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a 
questão de mérito indiscutível no processo em que foi 
proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento 
dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá 
mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não 
poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a 
mesma questão de mérito já pacificada na Sentença 
Definitiva). 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 217: TJ - PA - Oficial de Justiça Avaliador [FCC] - 
24/05/2009. 
Publicada a sentença, o juiz poderá alterá-la de ofício 
a) quando se arrepender da solução dada ao caso. 
b) para retificar erros de cálculo. 
c) quando houver obscuridade. 
d) quando houver contradição. 
e) quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se. 
COMENTÁRIOS: 
A regra é que a Sentença não poderá ser alterada após a sua 
publicação (imutabilidade da sentença). No entanto, 2 exceções legais, nas 
quais o legislador permite a alteração da Sentença: 
• para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, 
inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo
(Ex: nome da parte envolvida; valores equivocados na 
definição do quantum devido pelo réu – réu condenado a R$ 
1.000,00 e a Sentença previu condenação de R$ 1 MILHÃO). 
• por meio de embargos de declaração (recurso hábil ao 
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esclarecimento de ponto duvidoso, obscuro ou omisso) – 
neste caso, caso seja deferido o recurso, a sentença poderá 
ser alterada para o esclarecimento do ponto questionado. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 218: MPE - SE - Analista do Ministério Público – Direito [FCC] 
- 19/04/2009. 
A apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo 
a) fará coisa julgada, desde que constitua verdade dos fatos, estabelecida 
como fundamento da sentença. 
b) só fará coisa julgada, se tiver sido objeto de reconvenção. 
c) não faz coisa julgada, salvo se promovida ação declaratória incidental, 
sendo o juiz competente em razão da matéria e constituir pressuposto 
necessário para o julgamento da lide. 
d) sempre faz coisa julgada material. 
e) só fará coisa julgada se também constituir motivo importante para 
determinar o alcance da parte dispositiva da sentença. 
COMENTÁRIOS: 
Não faz coisa julgada material a apreciação da questão 
prejudicial, decidida incidentemente no processo. As questões jurídicas 
podem ser decididas de forma principal ou incidente. Se a questão for 
principal, a decisão fará coisa julgada material; se a questão for meramente 
incidente, não fará coisa julgada material, mas apenas formal (somente dentro 
do processo). Com isso, a questão prejudicial decidida incidentemente no 
processo não poderá ser contestada no mesmo processo, mas poderá ser 
atacada em qualquer outro. 
Se a parte desejar que a questão prejudicial seja alcançada pela 
coisa julgada material (torne-se imutável dentro e fora do processo), deverá 
apresentar Declaração Incidente. Para tanto, a parte deve requerer, o Juiz 
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36 
deve ser o competente em razão da matéria para julgar a declaração e a 
questão deve constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide
(Questão Prejudicial). 
CPC 
Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão 
prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for 
competente em razão da matéria e constituir pressuposto 
necessário para o julgamento da lide. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 219: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] 
- 03/04/2011. 
Pode o juiz, desde que devidamente fundamentado, condenar o réu em objeto 
diverso do que lhe foi demandado. 
COMENTÁRIOS: 
Sentença Extra Petita – quando o Juiz decide de forma diversa da que foi 
postulada pela parte. A sentençaserá totalmente nula porque foi exarada fora 
do pedido da parte (extra pedido; fora do pedido). O pedido da parte resta 
intocado, pois o Juiz decidiu de forma totalmente estranha ao pedido. 
Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede B; autor pede danos emergentes e o 
juiz concede apenas lucros cessantes. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 220: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] - 13/09/2009. 
De acordo com o CPC, faz coisa julgada material 
a) o motivo importante que determine o alcance da parte dispositiva da 
sentença. 
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37 
b) a apreciação de questão prejudicial decidida incidentalmente no processo. 
c) a resolução de questão prejudicial, se a parte o requerer, o juiz for 
competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o 
julgamento da lide. 
d) a verdade dos fatos estabelecidos como fundamento da sentença. 
COMENTÁRIOS: 
NÃO fazem coisa julgada: 
• os motivos, mesmo que sejam importantes para determinar 
o alcance da parte dispositiva da sentença – os motivos são 
as razões de fato e de direito (fundamentos). Estes não se 
tornam imutáveis, pois os mesmos fatos ou fundamentos 
jurídicos podem servir de embasamento para qualquer 
demanda, em qualquer processo, não precluindo suas 
alegações em um único processo. 
• a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento 
da sentença – isso porque a interpretação conferida para os 
fatos pode ser alterada de acordo com a circunstância fática 
e com o tempo decorrido. Não existe uma verdade absoluta e 
imutável. 
• a apreciação da questão prejudicial, decidida 
incidentemente no processo – as questões jurídicas podem 
ser decididas de forma principal ou incidente. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 221: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] - 13/09/2009. 
Com base na legislação processual civil, assinale a opção correta acerca da 
sentença. 
a) O juiz pode modificar sentença já publicada para correção de erro material. 
b) A sentença deve ser certa, com exceção da hipótese em que se julga 
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relação jurídica condicional. 
c) É vedado ao juiz considerar, no momento de proferir sentença, fato 
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito ocorrido depois da propositura 
da ação, ainda que influa no julgamento da lide. 
d) É permitido ao juiz, na sentença, condenar o réu em quantidade superior ou 
em objeto diverso do que lhe foi demandado. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. A regra é que a Sentença não poderá ser alterada após a sua 
publicação (imutabilidade da sentença). No entanto, 2 exceções legais, nas 
quais o legislador permite a alteração da Sentença: 
• para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, 
inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo
(Ex: nome da parte envolvida; valores equivocados na 
definição do quantum devido pelo réu – réu condenado a R$ 
1.000,00 e a Sentença previu condenação de R$ 1 MILHÃO). 
• por meio de embargos de declaração (recurso hábil ao 
esclarecimento de ponto duvidoso, obscuro ou omisso) – 
neste caso, caso seja deferido o recurso, a sentença poderá 
ser alterada para o esclarecimento do ponto questionado. 
Item B – errado. O CPC veda que a Sentença esteja sujeita a evento futuro e 
incerto (condição). 
Segundo o Código Civil, a condição é a cláusula que subordina o 
negócio jurídico a evento futuro e incerto (Exemplo: autor pede ao Juiz que lhe 
conceda o direito à usucapião de um imóvel quando e se ele alcançar o prazo 
legal para aquisição do direito à propriedade). Neste caso, a Sentença só 
poderia ser exarada se o autor comprovasse o completo cumprimento dos 
requisitos legais para aquisição ao direito de propriedade. 
Portanto, a Sentença deve ser certa (não pode ficar dependente 
de condição futura e incerta), isto é, não se admite sentença condicional. O 
conteúdo da Sentença não pode ser condicional, mas poderá decidir relação 
jurídica condicional. Nesta hipótese, a Sentença definirá se existe ou não 
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39 
direito sujeito à condição. Ou seja, a Sentença poderá declarar a existência de 
direito, mas que este direito somente será executado se for comprovada a 
realização da condição. 
CPC 
Art. 460 
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando 
decida relação jurídica condicional. 
Item C – errado. Quando o Juiz for julgar o processo poderá levar em 
consideração os fatos que aconteceram depois da propositura da ação? Ou o 
juiz tem de julgar apenas com base na época da propositura da ação? 
O juiz tem de exarar uma solução na data da decisão e não com 
base na antiga data da propositura da ação. Exemplo: Cobrança de dívida não 
vencida; o réu se defende, mas na época da decisão a dívida já está vencida. 
Então o juiz julga como vencida e não como dívida a vencer (não há como 
contrariar os fatos. 
Desse modo, todo fato superveniente à propositura da demanda, 
relevante para o julgamento da causa, deve ser levado por consideração pelo 
juiz, até mesmo ex officio. 
CPC 
Art. 462. Se, depois da propositura da ação, algum fato 
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no 
julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de 
ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a 
sentença. 
Item D – errado. 
Sentença Ultra Petita – o Juiz decide além do que foi pedido (o Juiz dá mais 
do que foi pedido) Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede A e B; autor pede 
danos emergentes e o juiz concede os danos emergentes e os lucros 
cessantes. Neste caso, a Sentença será anulada apenas na parte que 
extrapolou o pedido (nulidade da parte ultra pedido). 
RESPOSTA CERTA: A 
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40 
EXERCÍCIOS com GABARITO 
QUESTÃO 191: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª 
Região] - 05/04/2009. 
Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos 
ordinatórios. 
QUESTÃO 192: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
05/12/2009. 
Com relação aos atos processuais, considere: 
I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões 
incidentes. 
II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz. 
III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo 
decidindo o mérito da causa. 
IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar 
andamento ao processo. 
É correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
QUESTÃO 193: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[FCC] - 16/03/2009. 
Ato pelo qual o juiz, no curso do processo,resolve questão incidente. Trata-se 
de 
a) sentença mista. 
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41 
b) despacho. 
c) ato meramente ordinatório. 
d) acórdão. 
e) decisão interlocutória. 
QUESTÃO 194: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 
15/07/2008. 
Assinale a alternativa incorreta: 
Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões 
interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não 
necessitam de fundamentação. 
QUESTÃO 195: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009. 
Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero 
expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, 
sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese. 
QUESTÃO 196: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 
19/09/2010. 
Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo 
Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e 
decisões, respectivamente, 
a) 3 e 5 dias. 
b) 2 e 10 dias. 
c) 2 e 5 dias. 
d) 3 e 10 dias. 
e) 1 e 5 dias. 
QUESTÃO 197: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. 
O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho. 
QUESTÃO 198: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. 
Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de 
emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados de 
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42 
ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
QUESTÃO 199: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 
24ª] - 24/02/2007. 
Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e 
assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente. 
QUESTÃO 200: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – 
Advogado [AOCP] - 18/04/2010 
Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se 
encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício 
proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte 
Autora. 
Esta sentença se caracteriza como um ato 
a) nulo. 
b) anulável. 
c) válido. 
d) inexistente. 
e) passível de convalidação pelo juiz de direito. 
QUESTÃO 201: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
12/07/2008. 
No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente 
ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando 
necessários. 
QUESTÃO 202: [TRT 24ª] - 13/05/2007. 
O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as 
decisões no prazo de dez dias. 
QUESTÃO 203: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto 
que das Sentenças cabe o recurso de Agravo. 
QUESTÃO 204: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
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43 
As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser confeccionadas 
com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo. 
QUESTÃO 205: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões. 
QUESTÃO 206: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quanto na hipótese dele renunciar 
ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por 
meio de Sentença. 
QUESTÃO 207: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). 
A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão 
Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa. 
QUESTÃO 208: TCE - SP - Procurador do Ministério Público [FCC] - 
10/04/2011. 
Sobre a sentença e a coisa julgada é correto afirmar: 
a) A verdade dos fatos estabelecida como fundamento da sentença faz coisa 
julgada. 
b) A coisa julgada formal enseja a impossibilidade de modificação da sentença 
naquele mesmo processo ou em qualquer outro. 
c) A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos 
limites da lide e das questões decididas. 
d) Se a questão prejudicial for decidida como questão principal em outro 
processo, civil ou penal, a sentença que sobre ela versar não faz coisa julgada 
formal ou material. 
e) Os motivos farão coisa julgada se forem importantes para determinar o 
alcance da parte dispositiva da sentença. 
QUESTÃO 209: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. 
Em relação à coisa julgada, é correto afirmar: 
a) forma-se pela verdade dos fatos, desde que estabelecida como fundamento 
da sentença. 
b) se ocorreu preclusão, pode-se discutir no curso do processo as questões já 
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44 
decididas, desde que em Primeira Instância. 
c) uma vez formada, com resolução de mérito, ter-se-ão como deduzidas e 
repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor tanto ao 
acolhimento como à rejeição do pedido. 
d) a resolução da questão prejudicial não a forma em nenhum caso. 
e) o julgamento da relação jurídica continuativa, da qual sobreveio modificação 
no estado de fato ou de direito, é imutável pela formação de coisa julgada 
material. 
QUESTÃO 210: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e 
Registros [FCC] - 27/03/201. 
São requisitos essenciais da sentença, dentre outros, 
a) os fundamentos em que o juiz analisará apenas as questões de fato. 
b) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. 
c) os fundamentos em que conterão os nomes da partes, a suma do pedido e 
da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no 
andamento do processo. 
d) o relatório, em que o juiz analisará e resolverá as questões de fato e de 
direito. 
e) o dispositivo em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. 
QUESTÃO 211: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010 (ADAPTADA). 
Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A sentença pode produzir os efeitos de uma vontade não exteriorizada, 
substituindo-a. 
b) O juiz pode agir de ofício na imposição de multa diária ao réu, para compeli-
lo ao cumprimento de ordem judicial. 
c) A hipoteca judiciária produzida pela sentença condenatória somente será 
inscrita após o seu trânsito em julgado. 
QUESTÃO 212: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010 (ADAPTADA). 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 7 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”.

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