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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) Queridos Alunos! Aula 7 de Direito Processual Civil para o STJ!!! Agora vamos lá! Ricardo Gomes Por sua aprovação no STJ! AVISOS: • Disponibilizamos Cursos de: • REGIMENTO INTERNO DO STJ- TEORIA E EXERCÍCIOS • DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA O STJ – TEORIA E EXERCÍCIOS • Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus conhecimentos! SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 2 QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1.Atos judiciais: despachos, decisões interlocutórias e sentenças. 2. Sentenças e decisões: conceito, requisitos, preclusão, coisa julgada. EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 191: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª Região] - 05/04/2009. Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos ordinatórios. COMENTÁRIOS: O CPC prevê que os Atos do Juiz (Atos Judiciais – praticados pelo Juiz), são os Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentenças. CPC Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Todavia, os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrig\atória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo ser praticados e revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 3 Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores. CPC Art. 162. § 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) Desse modo, os Atos do Juiz são os Despachos, Decisões Interlocutórias, Sentenças e Atos Ordinatórios. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 192: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/12/2009. Com relação aos atos processuais, considere: I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões incidentes. II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz. III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo decidindo o mérito da causa. IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar andamento ao processo. É correto o que consta APENAS em a) I e III. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 4 b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. COMENTÁRIOS: Item I – correto. As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento. Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co- autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória. CPC Art. 162. § 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de Decisão Interlocutória. Fácil, não? Item II – errado. Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 5 decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), podendo ser revistos e praticados pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Vale ressaltar que os Atos Ordinatórios podem ser praticados pelos Juízes, apenas independem de Despacho deles. Isso não impede que os Juízes também o façam, ok? Por isso, os Atos Ordinatórios são atos dos Juízes e dos Servidores. CPC Art. 162. § 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) Item III – errado. Pegadinha essa, hen? Quem não estudou direito pode errar essa. A Sentença é o Ato Judicial que implica na extinção da Fase de Conhecimento COM e SEM análise do mérito, nas hipóteses previstas no art. 267 e art. 269 do CPC. Resumo: o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). Ashipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 6 Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado. Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC): o quando o Juiz indeferir a petição inicial; o quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes; o quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS; o quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; o quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; o quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; o pela convenção de arbitragem; o quando o AUTOR desistir da ação; o quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; o quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU; o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 7 (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão de mérito já pacificada na Sentença Definitiva). Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo (Art. 269 do CPC): o quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor; o quando o Réu reconhecer a procedência do pedido; o quando as Partes transigirem (transação); o quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; o quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.** Item IV – correto. Os Despachos, comumente chamados de Mero Expediente, são atos sem nenhum cunho decisório que têm por finalidade tão somente impor a marcha normal do procedimento, por força do Princípio Processual do Impulso Oficial. Em outros termos, os Despachos são todo e qualquer provimento emitido pelo Juiz que tem por finalidade dar andamento ao processo, sem decidir qualquer questão processual ou de mérito. Exemplo: marcação de nova data de audiência a pedido da parte ou de ofício. O Código de Processo Civil conceitua os Despachos como todos os demais atos praticados pelo Juiz, que não sejam Sentença e nem Decisão Interlocutória, de ofício (por conta própria) ou a requerimento da parte, que não disponham de outra forma estabelecida em lei. Portanto, os Despachos SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 8 têm um caráter residual, são atos sem cunho decisório e que não se encaixam no conceito de Sentença e nem de Decisão Interlocutória. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 193: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 16/03/2009. Ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Trata-se de a) sentença mista. b) despacho. c) ato meramente ordinatório. d) acórdão. e) decisão interlocutória. COMENTÁRIOS: As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento. Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co- autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória. CPC Art. 162. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 9 § 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 194: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 15/07/2008. Assinale a alternativa incorreta: Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam de fundamentação. COMENTÁRIOS: As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais: 1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva. 2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor). 3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa). SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 10 CPC Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: I - o relatório,que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem. Como visto, as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO. No entanto, todas as decisões, inclusive as Decisões Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida). CPC Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 195: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009. Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese. COMENTÁRIOS: Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 11 de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, deve revisá-los. CPC Art. 162. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 196: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 19/09/2010. Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e decisões, respectivamente, a) 3 e 5 dias. b) 2 e 10 dias. c) 2 e 5 dias. d) 3 e 10 dias. e) 1 e 5 dias. COMENTÁRIOS: Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido: o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 12 DIAS o Despachos de Expediente – 2 DIAS RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 197: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho. COMENTÁRIOS: Vamos analisar esta questão. Esta decisão de determinar a citação põe fim à Fase de Conhecimento? Não, ao contrário, implica em seu início. Portanto não pode ser uma SENTENÇA. Este provimento não tem cunho decisório? Tem sim, pois é uma determinação judicial para citação do réu, que não pode ser praticada por servidor. Portanto, também não pode ser um mero DESPACHO. Esse é um típico exemplo de Decisão Interlocutória, tomada no decorrer do processo para dar impulso aos atos processuais. Quando o autor interpõe a Ação, um dos pedidos é exatamente o de citar o réu. Se o processo estiver regular, o Juiz assim determinará por meio de Decisão Interlocutória, resolvendo esta questão incidente. As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento. CPC Art. 162. § 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 13 RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 198: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. COMENTÁRIOS: Sim, os atos ordinatórios independem de Despacho, devendo ser praticados pelo servidor e revistos pelo Juiz. No entanto, o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial são hipóteses sem cunho decisório, de competência do servidor? Não é possível, pois são de competência do Juiz. Devem ser decididos por Decisão Interlocutória, jamais por atos dos servidores. Exemplos de Decisões Interlocutórias: quando o Magistrado indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co- autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. CPC Art. 162. § 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 14 CPC Art. 162. § 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 199: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 24ª] - 24/02/2007. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente. COMENTÁRIOS: O CPC determina que todos os Despachos, Decisões, Sentenças e Acórdãos devem ser redigidos, datados e assinados pelos Juízes competentes. Da mesma forma, as Decisões proferidas oralmente (exemplo: em Audiência) devem ser reduzidas a termo, revistas e assinadas pelos Juízes. CPC Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos,verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. Portanto, é possível sim decisões orais, que devem ser reduzidas a termo (registradas). SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 15 RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 200: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – Advogado [AOCP] - 18/04/2010 Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte Autora. Esta sentença se caracteriza como um ato a) nulo. b) anulável. c) válido. d) inexistente. e) passível de convalidação pelo juiz de direito. COMENTÁRIOS: Esta é uma questão envolve um assunto complexo do Direito Processual Civil (o tema Nulidades). Mas com os conhecimentos dessa aula já dá para respondermos, não é verdade? Uma decisão de competência do Juiz proferida por Delegado pode ser reconhecida? Para a doutrina majoritária e para a jurisprudência, esta decisão é uma NÃO-DECISÃO, ela sequer EXISTE! Por ser praticada por autoridade absolutamente incompetente, não se considera na esfera jurídica a sua existência. É uma não-sentença. Se fosse praticada um Juiz de outra comarca, seria uma Sentença, mas nula. Nesse caso, sequer é sentença (é um ato inexistente), pois é Ato de competência de JUIZ e não de Delegado. RESPOSTA CERTA: D SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 16 QUESTÃO 201: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/07/2008. No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. COMENTÁRIOS: Os Atos Ordinatórios, que são aqueles que não dependem de Despacho do Magistrado, por serem mais simples ainda, sem cunho decisório e de observância obrigatória por força de determinação legal, devem ser praticados pelo Serventuário da Justiça (servidores), bem como revistos pelo Juiz. Portanto, os servidores da Justiça também praticam atos processuais, como, por exemplo, a juntada de petição ou documento aos autos e a vista obrigatória dos autos processo. Mesmo que o Juiz não os pratique, deve revisá-los. CPC Art. 162. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e REVISTOS pelo juiz quando necessários. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 202: [TRT 24ª] - 13/05/2007. O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as decisões no prazo de dez dias. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 17 COMENTÁRIOS: Determina o art. 189 do CPC que o Juiz deve praticar seus atos dentro de um limite temporal, assim resumido: o Decisões (Decisões Interlocutórias e Sentenças) – 10 DIAS o Despachos de Expediente – 2 DIAS RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 203: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto que das Sentenças cabe o recurso de Agravo. COMENTÁRIOS: Em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO. Por não ser propriamente uma Decisão, dos Despachos NÃO cabem qualquer Recurso! CPC Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269). Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento. Art. 504. Dos despachos NÃO cabe recurso. RESPOSTA CERTA: E SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 18 QUESTÃO 204: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser confeccionadas com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo. COMENTÁRIOS: As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais: 1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva. 2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor). 3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor, ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa). As Decisões Interlocutórias deverão ostentar, ao menos, a FUNDAMENTAÇÃO. Vimos que as Sentenças e os Acórdãos devem conter os 3 (três) elementos estudados acima: RELATÓRIO, FUNDAMENTAÇÃO e DISPOSITIVO. Deve-se ressaltar que todas as decisões, inclusive as Decisões Interlocutórias, devem ser FUNDAMENTADAS, isto é, devem conter motivação, mesmo que seja de modo conciso (motivação resumida). CPC Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as demais decisões SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 19 serão fundamentadas, ainda que de modo conciso. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 205: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões. COMENTÁRIOS: Com o advento do Processo Eletrônico, no qual as peças dos autos do processo são todas digitais (em meio eletrônico), inclusive as Decisões Judiciais, as assinaturas dos juízes poderão ser confeccionadas eletronicamente (assinaturas eletrônicas). CPC Art. 164. Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.(Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006). RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 206: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quantona hipótese dele renunciar ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por meio de Sentença. COMENTÁRIOS: Cuidado, hen! Esta é uma diferença sutil: uma coisa é o autor desistir da Ação (antes mesmo do Juiz debruçar-se sobre a Petição Inicial, o autor manifesta seu interesse SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 20 de não mais prosseguir no processo). Pela lógica, neste caso o Juiz nem analisa o mérito! Outra coisa é o autor renunciar ao direito sobre que se funda a Ação. A renúncia do direito dentro do Processo implicará na análise de mérito pelo Juiz, decidindo de forma definitiva acerca daquela questão jurídica controvertida. Após a renúncia do direito, com o provimento judicial sobre este ato do autor, em regra não poderá mais ser modificada a decisão judicial sobre o caso. Sentença Terminativa, SEM resolução do mérito do Processo (Art. 267 do CPC): a. quando o Juiz indeferir a petição inicial; b. quando ficar parado durante mais de 1 ANO por negligência das partes; c. quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o AUTOR abandonar a causa por mais de 30 DIAS; d. quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; e. quando o Juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; f. quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; g. pela convenção de arbitragem; h. quando o AUTOR desistir da ação;*** i. quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; j. quando ocorrer confusão entre AUTOR e RÉU; Sentença Definitiva, COM resolução do mérito do Processo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 21 (Art. 269 do CPC): a. quando o Juiz ACOLHER ou REJEITAR o pedido do autor; b. quando o Réu reconhecer a procedência do pedido; c. quando as Partes transigirem (transação); d. quando o Juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; e. quando o AUTOR renunciar ao direito sobre que se funda a ação.*** RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 207: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa. COMENTÁRIOS: Como vimos, esta será uma SENTENÇA Terminativa, SEM análise do mérito e não uma Decisão Interlocutória. É só pensar que com o indeferimento da inicial o processo encerrou-se naquele ato, logo não poderia ser uma Decisão Interlocutória. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 208: TCE - SP - Procurador do Ministério Público [FCC] - 10/04/2011. Sobre a sentença e a coisa julgada é correto afirmar: a) A verdade dos fatos estabelecida como fundamento da sentença faz coisa julgada. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 22 b) A coisa julgada formal enseja a impossibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em qualquer outro. c) A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. d) Se a questão prejudicial for decidida como questão principal em outro processo, civil ou penal, a sentença que sobre ela versar não faz coisa julgada formal ou material. e) Os motivos farão coisa julgada se forem importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença. COMENTÁRIOS: Item A – errado. A coisa julgada também tem seus limites. Não é tudo que está descrito e abrangido pela sentença que fará coisa julgada. Só é atingida pela imutabilidade a parte dispositiva da sentença (dispositivo), a própria decisão. Desse modo, NÃO fazem coisa julgada: • os motivos, mesmo que sejam importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença – os motivos são as razões de fato e de direito (fundamentos). Estes não se tornam imutáveis, pois os mesmos fatos ou fundamentos jurídicos podem servir de embasamento para qualquer demanda, em qualquer processo, não precluindo suas alegações em um único processo. • a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença – isso porque a interpretação conferida para os fatos pode ser alterada de acordo com a circunstância fática e com o tempo decorrido. Não existe uma verdade absoluta e imutável. • a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo. Item B – errado. A doutrina classifica a coisa julgada em duas vertentes: • Coisa Julgada FORMAL – imutabilidade do efeito formal SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 23 de extinção dentro do próprio processo, pelo fato de a sentença não estar mais sujeita a nenhum recurso ordinário ou extraordinário. A coisa julgada formal impede o novo julgamento ou reexame da sentença dentro do mesmo processo. Todas as sentenças transitadas em julgado geram este efeito de extinção do processo, tanto as sentenças definitivas quanto as terminativas. As Sentenças terminativas fazem apenas coisa julgada formal, pois não analisam o mérito da questão. • Coisa Julgada MATERIAL – imutabilidade dos efeitos materiais da sentença de mérito, que impede o reexame da questão discutida dentro e fora do processo. A sentença de mérito transitada em julgado tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas no processo. A coisa julgada material torna imutável a sentença dentro e fora processo, portanto, englobando a coisa julgada formal. Somente as Sentenças Definitivas fazem coisa julgada formal + material, pois geram a indiscutibilidade da decisão dentro e fora do processo. Item C – correto. CPC Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. Item D – errado. Como vimos, a apreciação da questão prejudicial pode de forma incidente ou principal. As questões jurídicas podem ser decididas de forma principal ou incidente. Se a questão for principal, a decisão fará coisa julgada material; se a questão for meramente incidente, não fará coisa julgada material, mas apenas formal (somente dentro do processo). Com isso, a questão prejudicial decidida incidentemente no processo não poderá ser contestada no mesmo processo, mas poderá ser atacada em qualquer outro. Se a parte desejar que a questão prejudicial seja alcançada pela coisa julgada material (torne-se imutável dentro e fora do processo), deverá apresentar Declaração Incidente. Para tanto, a parte deve requerer, o Juiz deve ser SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. RicardoGomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 24 o competente em razão da matéria para julgar a declaração e a questão deve constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide (Questão Prejudicial). CPC Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide. Item E – errado. Como visto no item, não fazem nunca coisa julgada. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 209: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. Em relação à coisa julgada, é correto afirmar: a) forma-se pela verdade dos fatos, desde que estabelecida como fundamento da sentença. b) se ocorreu preclusão, pode-se discutir no curso do processo as questões já decididas, desde que em Primeira Instância. c) uma vez formada, com resolução de mérito, ter-se-ão como deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor tanto ao acolhimento como à rejeição do pedido. d) a resolução da questão prejudicial não a forma em nenhum caso. e) o julgamento da relação jurídica continuativa, da qual sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, é imutável pela formação de coisa julgada material. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Como estudamos, a verdade dos fatos não faz coisa julgada. Item B – errado e Item C - correto. Caso a parte não alegue as questões de defesa no momento oportuno, não será mais possível alegá-las SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 25 posteriormente no mesmo processo, dada a ocorrência da preclusão (perda da faculdade processual de deduzir questões postas em juízo). De outro lado, a eficácia preclusiva da coisa julgada é uma espécie de preclusão que impede a parte de rediscutir em novo processo a alegação ou defesa que deveria ter trazido aos autos no momento oportuno. CPC Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo respeito se operou a preclusão. Art. 474. Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido. Item D – errado. A questão prejudicial poderá formar coisa julgada material se requerida pela parte (Declaração Incidente). Item E – errado. A regra é que o conteúdo da sentença seja imutável, especialmente com o seu trânsito em julgado. No entanto, a decisão judicial não pode ser contrária aos fatos, especialmente quando as circunstâncias forem alteradas. Com isso, o art. 471 do CPC prevê a possibilidade de nova decisão sobre a mesma questão quando a relação jurídica for continuativa e sobrevier modificação no estado de fato ou de direito. Nestes casos, será possível solicitar a revisão da sentença. A cláusula rebus sic stantibus determina que a ocorrência de fato imprevisto e imprevisível posterior à decisão possibilita sua alteração nas condições. Exemplo: valor determinado na Sentença de Ação de Alimentos pode alterado se as condições do alimentando e do provedor forem alteradas ao longo do tempo. CPC Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 26 RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 210: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] - 27/03/201. São requisitos essenciais da sentença, dentre outros, a) os fundamentos em que o juiz analisará apenas as questões de fato. b) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. c) os fundamentos em que conterão os nomes da partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo. d) o relatório, em que o juiz analisará e resolverá as questões de fato e de direito. e) o dispositivo em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. COMENTÁRIOS: As Sentenças e os Acórdãos deverão ser redigidos com observância de 3 (três) requisitos essenciais: 1) RELATÓRIO – é o histórico dos fatos que ocorreram no processo, contendo resumo da Petição Inicial, da Defesa, dos principais incidentes do processo e das provas produzidas. É uma parte descritiva da decisão judicial, que consiste numa exposição circunstanciada de toda a marcha do procedimento, de forma sucinta e objetiva. 2) FUNDAMENTAÇÃO – o Juiz expõe as razões do convencimento (motivação), os motivos pelos quais vai decidir em determinado sentido (acolhimento ou não do pedido do autor). São os motivos de fato e de direito para a decisão. A falta de motivação gera a nulidade da sentença. 3) DISPOSITIVO ou CONCLUSÃO – parte que contém a efetiva Decisão. É nesta parte que o Juiz resolve as SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 27 questões que lhe foram submetidas, com o acolhimento ou rejeição do pedido do autor (Sentença Definitiva), ou mesmo extinguindo o processo sem julgamento de mérito (Sentença Terminativa). É a decisão propriamente dita. O Juiz julga o acusado após a fundamentação da sentença. CPC Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe submeterem. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 211: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010 (ADAPTADA). Assinale a alternativa INCORRETA. a) A sentença pode produzir os efeitos de uma vontade não exteriorizada, substituindo-a. b) O juiz pode agir de ofício na imposição de multa diária ao réu, para compeli- lo ao cumprimento de ordem judicial. c) A hipoteca judiciária produzida pela sentença condenatória somente será inscrita após o seu trânsito em julgado. COMENTÁRIOS: Item A – correto. É muito comum ocorrer das partes contratantes SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 28 celebrarem um contrato preliminar (pré-contrato ou promessa de contratar), recusando-se, depois, uma delas, a celebrar o contrato definitivo. Neste caso, surge a dificuldade em impelir o cumprimento pela parte recalcitrante. Nesse sentido, o art.466-A do CPC prevê que a sentença, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida. Com isso, em um contrato de promessa de compra e venda de imóvel, a sentença do Juiz substitui a vontade do vendedor, valendo a sua transcrição, no oficio de registro de imóveis, como se fosse a declaração do devedor. CPC Art. 466-A. Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a sentença, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida. Item B – correto. O Juiz pode fixar a multa a pedido da parte ou mesmo de ofício, com periodicidade diária, semanal, mensal, etc (ampla liberdade do magistrado, com o objetivo de melhor adequar a coerção ao caso concreto). Ademais, o Magistrado poderá alterar o valor e a periodicidade da multa a qualquer tempo (ampliar ou reduzir). Item C – errado. O CPC prevê que a sentença de condenação do réu no pagamento de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa (de dar), valerá como título constitutivo de hipoteca judiciária, que poderá ser inscrita em eventual imóvel do réu, como garantia do pagamento da prestação, na forma prescrita na Lei de Registros Públicos. A Sentença, tão logo emitida, poderá ser inscrita, não necessitando de trânsito em julgado. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 212: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010 (ADAPTADA). A coisa julgada SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 29 a) é formada pela parte dispositiva. b) uma vez formada, impede a revisão de questões que se protraiam no tempo, haja vista sua imutabilidade. c) pode ser relativizada sempre que houver interesse da União ou do Estado membro da federação. d) só se forma quando o juiz julgar o mérito da causa. COMENTÁRIOS: Item A – correto. A coisa julgada também tem seus limites. Não é tudo que está descrito e abrangido pela sentença que fará coisa julgada. Só é atingida pela imutabilidade a parte dispositiva da sentença (dispositivo), a própria decisão. Item B – errado. A regra é que o conteúdo da sentença seja imutável, especialmente com o seu trânsito em julgado. No entanto, a decisão judicial não pode ser contrária aos fatos, especialmente quando as circunstâncias forem alteradas. Com isso, o art. 471 do CPC prevê a possibilidade de nova decisão sobre a mesma questão quando a relação jurídica for continuativa e sobrevier modificação no estado de fato ou de direito. Nestes casos, será possível solicitar a revisão da sentença. A cláusula rebus sic stantibus determina que a ocorrência de fato imprevisto e imprevisível posterior à decisão possibilita sua alteração nas condições. Exemplo: valor determinado na Sentença de Ação de Alimentos pode alterado se as condições do alimentando e do provedor forem alteradas ao longo do tempo. Item C – errado. Não há qualquer relativização quando envolver interesse da União ou do Estado. Item D – errado. Não, pois é possível a coisa julgada formal, com a extinção do processo sem resolução de mérito. RESPOSTA CERTA: A SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 30 QUESTÃO 213: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010 (ADAPTADA). A sentença a) deverá conter sempre relatório, fundamentação e parte dispositiva, podendo o juiz decidir de forma concisa. b) é nula quando proferida ultra petita, isto é, além do pedido inicial. c) não pode condenar o vencido em juros moratórios se não forem pedidos pela parte vencedora. d) quando resolver o processo sem julgamento do mérito não necessita de fundamentação. COMENTÁRIOS: Item A – correto e D - errado. São os 3 requisitos da Sentença. Com a provação do Estado-Juiz por meio da Petição Inicial, o Juiz deve decidir a lide, aplicando o direito à espécie. Como vimos, após o trâmite regular do processo o Juiz decidirá COM resolução de mérito (acolhendo ou rejeitando o pedido do autor, em sua totalidade ou apenas em parte) ou SEM resolução de mérito. Neste caso, o CPC prevê que a decisão será concisa. Portanto, a sentença sem resolução de mérito será concisa. Esta concisão dependerá do próprio caso, mas a dispensa de fundamentação e o relatório só poderá ser possível em casos excepcionais, nos quais restem comprovada a sua desnecessidade. Item B – errado. Sentença Ultra Petita – o Juiz decide além do que foi pedido (o Juiz dá mais do que foi pedido) Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede A e B; autor pede danos emergentes e o juiz concede os danos emergentes e os lucros cessantes. Neste caso, a Sentença será anulada apenas na parte que extrapolou o pedido (nulidade da parte ultra pedido), não sendo toda ela nula. Item C – errado. O Juiz detém de amplos poderes legais para forçar o réu ao cumprimento da obrigação. Por isso, a Lei autoriza o Juiz determinar as medidas necessárias para garantir a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente à obrigação. Dentre os meios coercitivos, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 31 destacam-se: imposição de multa por tempo de atraso; busca e apreensão; remoção de pessoas e coisas; desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. Os juros moratórios poderão ser utilizados como uma das medidas necessárias adotadas pelo juiz para a tutela específica da obrigação. RESPOSTA CERTA: A QUESTÃO 214: TCE - RO - Auditor Substituto de Conselheiro [FCC] - 05/09/2010. Em matéria de coisa julgada material, é correto afirmar: a) O vício provocado pela falta de citação é abrangido pela eficácia preclusiva da coisa julgada material. b) A coisa julgada material não alcança decisões interlocutórias. c) A eficácia subjetiva da coisa julgada material somente pode alcançar o substituto processual e não o substituído. d) A eficácia preclusiva da coisa julgada material impede o reexame do dispositivo de sentença, ainda que por fundamentos de defesa não deduzidos no processo. COMENTÁRIOS: Item A – errado. A falta de citação gera nulidade absoluta do processo, podendo ser arguida em qualquer tempo e grau de jurisdição. Item B – errado. A coisa julgada material alcança as decisões interlocutórias e sentenças/acórdãos, quando decidirem o mérito da causa (há decisões interlocutórias de mérito). Item C – errado. Ao contrário, a coisa julgada atinge especialmente o eventual substituído, titular do direito discutido. Item D – correto. Isto mesmo, pois o mérito já foi analisado e não há como esperar possíveis outros fundamentos para por fim a uma lide. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 32 RESPOSTA CERTA: D QUESTÃO 215: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/2010. Se, na decisão,o magistrado, sem analisar o pedido deduzido, delibera sobre pedido não formulado, a decisão será a) válida. b) ultra petita. c) extra petita. d) citra petita. e) condicional. COMENTÁRIOS: Sentença Extra Petita – quando o Juiz decide de forma diversa da que foi postulada pela parte. A sentença será totalmente nula porque foi exarada fora do pedido da parte (extra pedido; fora do pedido). O pedido da parte resta intocado, pois o Juiz decidiu de forma totalmente estranha ao pedido. Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede B; autor pede danos emergentes e o juiz concede apenas lucros cessantes. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 216: METRÔ - Secretária Pleno [FCC] - 21/03/2010. Considerando que um juiz proferiu sentença julgando extinto o processo sem resolução de mérito, por entender que o pedido era juridicamente impossível, não havendo recurso de nenhuma das partes, julgue o item abaixo. Nessa situação, formou-se a coisa julgada material, a qual impede que o objeto da lide seja discutido em outro processo. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 33 COMENTÁRIOS: Sentença que não julga o mérito faz coisa julgada meramente formal. O legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 267 e 269 do CPC: o Sentença TERMINATIVA - Art. 267 – Extinção da Fase de Conhecimento SEM Resolução de Mérito - O art. 267 prevê hipóteses processuais de extinção do processo (leia-se: extinção da Fase de Conhecimento) SEM resolução de mérito, isto é, sem a análise da questão de fundo, a questão principal pela qual foi instaurado o processo (exemplo: Ação de Alimentos é encerrada porque o Autor desistiu da Ação). As hipóteses previstas no art. 267 do CPC implicam na chamada Sentença Terminativa – põe fim a Fase do Processo SEM o exame do mérito. Por não decidir o mérito do processo (o que mais almeja a parte), em regra, a Sentença Terminativa faz coisa julgada meramente formal, isto é, torna a decisão imutável apenas dentro do processo em que foi proferida, não impedindo que seja rediscutido em outro processo eventualmente iniciado. o Sentença DEFINITIVA – Art. 269 – Extinção da Fase de Conhecimento COM Resolução de Mérito - O art. 269 prevê hipóteses processuais de resolução da Fase de Conhecimento COM resolução de mérito, isto é, com o exame da questão principal do processo requerida pela parte (Exemplo: Ação de Investigação de Paternidade – o Juiz decidirá se Fulano é ou não Pai da criança, acolhendo ou rejeitando o pedido da parte). Esta Sentença enseja a extinção definitiva da Fase de Conhecimento, com o exame do mérito, decidindo definitivamente a questão de direito discutida nos autos (questão principal – mérito): SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 34 acolhendo ou não a pretensão do autor. Esta Sentença Definitiva faz coisa julgada formal e material, torna a questão de mérito indiscutível no processo em que foi proferida e em qualquer outro. Assim, após o esgotamento dos prazos de recursos, a questão posta em juízo não poderá mais ser discutida em nenhum outro processo (ou seja, não poderá mais ser instaurado novo processo para rediscutir a mesma questão de mérito já pacificada na Sentença Definitiva). RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 217: TJ - PA - Oficial de Justiça Avaliador [FCC] - 24/05/2009. Publicada a sentença, o juiz poderá alterá-la de ofício a) quando se arrepender da solução dada ao caso. b) para retificar erros de cálculo. c) quando houver obscuridade. d) quando houver contradição. e) quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se. COMENTÁRIOS: A regra é que a Sentença não poderá ser alterada após a sua publicação (imutabilidade da sentença). No entanto, 2 exceções legais, nas quais o legislador permite a alteração da Sentença: • para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo (Ex: nome da parte envolvida; valores equivocados na definição do quantum devido pelo réu – réu condenado a R$ 1.000,00 e a Sentença previu condenação de R$ 1 MILHÃO). • por meio de embargos de declaração (recurso hábil ao SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 35 esclarecimento de ponto duvidoso, obscuro ou omisso) – neste caso, caso seja deferido o recurso, a sentença poderá ser alterada para o esclarecimento do ponto questionado. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 218: MPE - SE - Analista do Ministério Público – Direito [FCC] - 19/04/2009. A apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo a) fará coisa julgada, desde que constitua verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença. b) só fará coisa julgada, se tiver sido objeto de reconvenção. c) não faz coisa julgada, salvo se promovida ação declaratória incidental, sendo o juiz competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide. d) sempre faz coisa julgada material. e) só fará coisa julgada se também constituir motivo importante para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença. COMENTÁRIOS: Não faz coisa julgada material a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo. As questões jurídicas podem ser decididas de forma principal ou incidente. Se a questão for principal, a decisão fará coisa julgada material; se a questão for meramente incidente, não fará coisa julgada material, mas apenas formal (somente dentro do processo). Com isso, a questão prejudicial decidida incidentemente no processo não poderá ser contestada no mesmo processo, mas poderá ser atacada em qualquer outro. Se a parte desejar que a questão prejudicial seja alcançada pela coisa julgada material (torne-se imutável dentro e fora do processo), deverá apresentar Declaração Incidente. Para tanto, a parte deve requerer, o Juiz SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 36 deve ser o competente em razão da matéria para julgar a declaração e a questão deve constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide (Questão Prejudicial). CPC Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer (arts. 5o e 325), o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 219: TJ - ES - Analista Judiciário 2 – Administrativa [CESPE] - 03/04/2011. Pode o juiz, desde que devidamente fundamentado, condenar o réu em objeto diverso do que lhe foi demandado. COMENTÁRIOS: Sentença Extra Petita – quando o Juiz decide de forma diversa da que foi postulada pela parte. A sentençaserá totalmente nula porque foi exarada fora do pedido da parte (extra pedido; fora do pedido). O pedido da parte resta intocado, pois o Juiz decidiu de forma totalmente estranha ao pedido. Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede B; autor pede danos emergentes e o juiz concede apenas lucros cessantes. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 220: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] - 13/09/2009. De acordo com o CPC, faz coisa julgada material a) o motivo importante que determine o alcance da parte dispositiva da sentença. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 37 b) a apreciação de questão prejudicial decidida incidentalmente no processo. c) a resolução de questão prejudicial, se a parte o requerer, o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide. d) a verdade dos fatos estabelecidos como fundamento da sentença. COMENTÁRIOS: NÃO fazem coisa julgada: • os motivos, mesmo que sejam importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença – os motivos são as razões de fato e de direito (fundamentos). Estes não se tornam imutáveis, pois os mesmos fatos ou fundamentos jurídicos podem servir de embasamento para qualquer demanda, em qualquer processo, não precluindo suas alegações em um único processo. • a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença – isso porque a interpretação conferida para os fatos pode ser alterada de acordo com a circunstância fática e com o tempo decorrido. Não existe uma verdade absoluta e imutável. • a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo – as questões jurídicas podem ser decididas de forma principal ou incidente. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 221: OAB - Exame de Ordem 2009-2 [CESPE] - 13/09/2009. Com base na legislação processual civil, assinale a opção correta acerca da sentença. a) O juiz pode modificar sentença já publicada para correção de erro material. b) A sentença deve ser certa, com exceção da hipótese em que se julga SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 38 relação jurídica condicional. c) É vedado ao juiz considerar, no momento de proferir sentença, fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito ocorrido depois da propositura da ação, ainda que influa no julgamento da lide. d) É permitido ao juiz, na sentença, condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. COMENTÁRIOS: Item A – correto. A regra é que a Sentença não poderá ser alterada após a sua publicação (imutabilidade da sentença). No entanto, 2 exceções legais, nas quais o legislador permite a alteração da Sentença: • para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de cálculo (Ex: nome da parte envolvida; valores equivocados na definição do quantum devido pelo réu – réu condenado a R$ 1.000,00 e a Sentença previu condenação de R$ 1 MILHÃO). • por meio de embargos de declaração (recurso hábil ao esclarecimento de ponto duvidoso, obscuro ou omisso) – neste caso, caso seja deferido o recurso, a sentença poderá ser alterada para o esclarecimento do ponto questionado. Item B – errado. O CPC veda que a Sentença esteja sujeita a evento futuro e incerto (condição). Segundo o Código Civil, a condição é a cláusula que subordina o negócio jurídico a evento futuro e incerto (Exemplo: autor pede ao Juiz que lhe conceda o direito à usucapião de um imóvel quando e se ele alcançar o prazo legal para aquisição do direito à propriedade). Neste caso, a Sentença só poderia ser exarada se o autor comprovasse o completo cumprimento dos requisitos legais para aquisição ao direito de propriedade. Portanto, a Sentença deve ser certa (não pode ficar dependente de condição futura e incerta), isto é, não se admite sentença condicional. O conteúdo da Sentença não pode ser condicional, mas poderá decidir relação jurídica condicional. Nesta hipótese, a Sentença definirá se existe ou não SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 39 direito sujeito à condição. Ou seja, a Sentença poderá declarar a existência de direito, mas que este direito somente será executado se for comprovada a realização da condição. CPC Art. 460 Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional. Item C – errado. Quando o Juiz for julgar o processo poderá levar em consideração os fatos que aconteceram depois da propositura da ação? Ou o juiz tem de julgar apenas com base na época da propositura da ação? O juiz tem de exarar uma solução na data da decisão e não com base na antiga data da propositura da ação. Exemplo: Cobrança de dívida não vencida; o réu se defende, mas na época da decisão a dívida já está vencida. Então o juiz julga como vencida e não como dívida a vencer (não há como contrariar os fatos. Desse modo, todo fato superveniente à propositura da demanda, relevante para o julgamento da causa, deve ser levado por consideração pelo juiz, até mesmo ex officio. CPC Art. 462. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a sentença. Item D – errado. Sentença Ultra Petita – o Juiz decide além do que foi pedido (o Juiz dá mais do que foi pedido) Exemplo: o autor pede A e o Juiz concede A e B; autor pede danos emergentes e o juiz concede os danos emergentes e os lucros cessantes. Neste caso, a Sentença será anulada apenas na parte que extrapolou o pedido (nulidade da parte ultra pedido). RESPOSTA CERTA: A SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 40 EXERCÍCIOS com GABARITO QUESTÃO 191: TRT 3ª Região - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 3ª Região] - 05/04/2009. Os atos do juiz são sentenças, decisões interlocutórias, despachos e atos ordinatórios. QUESTÃO 192: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/12/2009. Com relação aos atos processuais, considere: I. A decisão interlocutória é o ato por meio do qual resolvem-se as questões incidentes. II. Os atos meramente ordinatórios são praticados exclusivamente pelo juiz. III. Só é chamado de sentença o ato do juiz que põe termo ao processo decidindo o mérito da causa. IV. Os despachos são atos do juiz, sem conteúdo decisório, destinados a dar andamento ao processo. É correto o que consta APENAS em a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. QUESTÃO 193: TRF - 5 ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 16/03/2009. Ato pelo qual o juiz, no curso do processo,resolve questão incidente. Trata-se de a) sentença mista. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 41 b) despacho. c) ato meramente ordinatório. d) acórdão. e) decisão interlocutória. QUESTÃO 194: TRT 13ª - Juiz do Trabalho Substituto [TRT 13ª] - 15/07/2008. Assinale a alternativa incorreta: Os acórdãos e sentenças devem ser fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam fundamentados, as decisões interlocutórias não necessitam de fundamentação. QUESTÃO 195: IRB – Advogado [ESAF] - 21/03/2009. Os atos do juiz são de três tipos: sentenças, decisões e despachos de mero expediente; os atos ordinatórios, como a juntada, são praticados pelo escrivão, sem necessidade de revisão pelo juiz em nenhuma hipótese. QUESTÃO 196: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] - 19/09/2010. Com relação aos atos processuais praticados pelo juiz, o Código de Processo Civil prevê como prazos para proferir despachos de mero expediente e decisões, respectivamente, a) 3 e 5 dias. b) 2 e 10 dias. c) 2 e 5 dias. d) 3 e 10 dias. e) 1 e 5 dias. QUESTÃO 197: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. O ato pelo qual o juiz determina a citação do réu classifica-se como despacho. QUESTÃO 198: PGDF – Procurador [ESAF] - 25/03/2007. Os atos meramente ordinatórios, como o deferimento de liminar e a análise de emenda à petição inicial, independem de despacho, devendo ser praticados de SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 42 ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. QUESTÃO 199: TRT 24ª - Juiz do trabalho substituto - 1ª etapa [TRT 24ª] - 24/02/2007. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos Juízes, não podendo ser proferidos verbalmente. QUESTÃO 200: Caixa RS - Agência de Fomento - Téc- em Desenv. – Advogado [AOCP] - 18/04/2010 Em uma comarca do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que se encontrava, momentaneamente, sem juiz designado, o delegado em exercício proferiu decisão em um processo, devido à urgência demonstrada pela parte Autora. Esta sentença se caracteriza como um ato a) nulo. b) anulável. c) válido. d) inexistente. e) passível de convalidação pelo juiz de direito. QUESTÃO 201: TRT - 15 Região - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/07/2008. No que se refere aos atos processuais é certo que os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. QUESTÃO 202: [TRT 24ª] - 13/05/2007. O juiz proferirá os despachos de expediente no prazo de dois dias e as decisões no prazo de dez dias. QUESTÃO 203: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). Dos Despachos e Decisões Interlocutórias cabe recurso de Apelação, enquanto que das Sentenças cabe o recurso de Agravo. QUESTÃO 204: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 43 As Sentenças, Acórdãos e Decisões Interlocutórias devem ser confeccionadas com 3 (três) elementos básicos: Relatório, Fundamentação e Dispositivo. QUESTÃO 205: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). É possível que o Juiz assine apenas eletronicamente as suas decisões. QUESTÃO 206: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). Tanto na hipótese do autor desistir da ação, quanto na hipótese dele renunciar ao direito sobre que se funda a ação, o Juiz decidirá o mérito da causa por meio de Sentença. QUESTÃO 207: (PROCESSO CIVIL – RICARDO). A decisão do Juiz que indefere a petição inicial tem natureza de Decisão Interlocutória, posto não analisar o mérito da causa. QUESTÃO 208: TCE - SP - Procurador do Ministério Público [FCC] - 10/04/2011. Sobre a sentença e a coisa julgada é correto afirmar: a) A verdade dos fatos estabelecida como fundamento da sentença faz coisa julgada. b) A coisa julgada formal enseja a impossibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em qualquer outro. c) A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. d) Se a questão prejudicial for decidida como questão principal em outro processo, civil ou penal, a sentença que sobre ela versar não faz coisa julgada formal ou material. e) Os motivos farão coisa julgada se forem importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença. QUESTÃO 209: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. Em relação à coisa julgada, é correto afirmar: a) forma-se pela verdade dos fatos, desde que estabelecida como fundamento da sentença. b) se ocorreu preclusão, pode-se discutir no curso do processo as questões já SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 44 decididas, desde que em Primeira Instância. c) uma vez formada, com resolução de mérito, ter-se-ão como deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor tanto ao acolhimento como à rejeição do pedido. d) a resolução da questão prejudicial não a forma em nenhum caso. e) o julgamento da relação jurídica continuativa, da qual sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, é imutável pela formação de coisa julgada material. QUESTÃO 210: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] - 27/03/201. São requisitos essenciais da sentença, dentre outros, a) os fundamentos em que o juiz analisará apenas as questões de fato. b) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. c) os fundamentos em que conterão os nomes da partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo. d) o relatório, em que o juiz analisará e resolverá as questões de fato e de direito. e) o dispositivo em que o juiz analisará as questões de fato e de direito. QUESTÃO 211: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010 (ADAPTADA). Assinale a alternativa INCORRETA. a) A sentença pode produzir os efeitos de uma vontade não exteriorizada, substituindo-a. b) O juiz pode agir de ofício na imposição de multa diária ao réu, para compeli- lo ao cumprimento de ordem judicial. c) A hipoteca judiciária produzida pela sentença condenatória somente será inscrita após o seu trânsito em julgado. QUESTÃO 212: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010 (ADAPTADA). SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 7 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”.
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