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PLANEJAMENTO FAMILIAR

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Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
219
MED RESUMOS 2011
ELOY, Yuri Leite; NETTO, Arlindo Ugulino.
GINECOLOGIA _________
P L A N E J A M E N T O F A M I L I A R
( P r o f e s s o r a R i e v a n i d e S o u z a D a m i ã o )
O planejamento familiar  um direito que o casal possui, na sociedade moderna, de optar por ter ou n…o filhos. Embora em 
outros pa‡ses o planejamento familiar envolva outras questes, que n…o sŠ a gravidez, no Brasil, podemos definir o planejamento 
familiar como uma srie de medidas adotadas pelo casal que visa impedir uma gravidez indesejada. Da mesma forma, o planejamento 
familiar, inclui aquelas medidas que tem como inten‚…o contemplar o casal infrtil com um filho. 
Com isso, a Constitui‚…o Federal Brasileira d„ o direito ao casal de evitar uma gravidez indesejada, ou em momento 
inoportuno, assim como permite o aux‡lio para aqueles casais que, por motivos diversos n…o conseguem ter filhos. 
Neste cap‡tulo iremos abordar os dois extremos do planejamento familiar, ou seja, o manejo cl‡nico do casal infrtil, e as 
medidas contraceptivas mais utilizadas para se evitar uma gravidez.
CONSIDERA†‰ES GERAIS
De acordo com a Constitui‚…o Federal, o planejamento familiar,  o direito que o casal possui a informa‚…o, 
assist€ncia especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou n…o filhos. 
Para a realiza‚…o de um planejamento familiar adequado, o mdico deve ter um profundo conhecimento dos principais 
mtodos contraceptivos.
Desde os primŠrdios da civiliza‚…o moderna, o homem tenta adotar medidas para evitar uma poss‡vel gravidez, 
podendo esta ser realizada de v„rias formas, como por exemplo, o simples coito interrompido como mtodo 
contraceptivo, sendo esta † forma mais primitiva para se evitar uma gravidez. Entretanto, devido ao grande ‡ndice de 
falhas, constantemente tem-se tentado melhorar os mtodos contraceptivos ideais que tem como inten‚…o principal: (1) 
evitar a gravidez de forma efetiva, com menor ‡ndice de falhas poss‡veis, (2) menor nƒmero de complica‚es 
principalmente em rela‚…o † fertilidade feminina, (3) n…o trazer nenhum desconforto durante o ato sexual, (4) ter a 
comodidade de ser interrompido, em qualquer fase da vida reprodutiva feminina ou masculina, sem trazer preju‡zos para 
fertilidade, (5) mtodo que esteja adaptado a vida social e profissional, (6) baixo custo, (7) f„cil acesso e administra‚…o.
Conhecendo os itens de um mtodo contraceptivo ideal, na indica‚…o de uma terapia devemos sempre lembrar, 
principalmente, dos seguintes itens: efetividade, seguran‚a e custo. 
 A e f i c á c i a seria definida como a capacidade do mtodo contraceptivo. Entretanto, somente com a atua‚…o do 
mtodo essa seguran‚a n…o ser„ completa, pois paralelamente est…o outras vari„veis de grande importncia 
como: fertilidade do casal, per‡odo ovulatŠrio, seguimento correto das orienta‚es dadas pelo mdico. Com isso, 
antes de iniciar a terap€utica para um casal, deve-se primeiramente estabelecer seu perfil e com isso, 
determinar um mtodo que se encaixe em seu padr…o de vida.
 Com rela‚…o † s e g u r a n ç a , obviamente existem mtodos mais seguros que outros, e por isso, mais caros. Por 
exemplo, os mtodos hormonais, constituem fatores de risco para pacientes obesas, hipertensas, doen‚as 
imunolŠgicas. A seguran‚a tambm est„ relacionada com a transmiss…o de doen‚as sexualmente 
transmiss‡veis, nesse aspecto a utiliza‚…o dos mtodos de barreira traz uma maior seguran‚a (camisinha 
masculina e feminina), em rela‚…o † transmiss…o de DST e cncer de colo uterino, alm ter uma efic„cia 
anticoncepcional relativamente boa, entretanto menor que os mtodos hormonais. Tendo isso em vista, 
normalmente a terap€utica contraceptiva, n…o est„ baseada somente em um ƒnico mtodo, ou seja, para um 
casal podemos tranquilamente indicar o uso de camisinha (mtodo de barreira – evitando doen‚as) e 
anticoncepcionais para a mulher, trazendo assim uma maior seguran‚a para o casal.
 Quanto ao c u s t o , sabe-se que os mtodos mais eficazes tendem a ser mais caros, da‡ a importncia de 
estabelecer o perfil do casal, tentando adaptar a sua condi‚…o econ‘mica aos melhores mtodos contraceptivos.
MTODOS CONTRACEPTIVOS
Os principais tipos de mtodos contraceptivos utilizados atualmente est…o listados abaixo:
 Comportamentais
 Barreira
 D.I.U (Dispositivo Intrauterino)
 Hormonais: Orais, Injet„veis, Implantes
 Definitivos ou Cirƒrgicos
M É T O D O S C O M P O R T A M E N T A I S
Os mtodos comportamentais s…o os mais antigos, e s…o utilizados at os dias atuais, entretanto sem orienta‚…o 
mdica adequada, elevando assim seu ‡ndice de falhas. A ado‚…o desses mtodos exige um treinamento, ensinamento 
do mdico em rela‚…o ao paciente. Esse mtodo  individual de cada casal, ou seja, sua ado‚…o leva em considera‚…o 
vari„veis pertinentes ao casal, especialmente as mulheres, como ciclo menstrual, freq€ncia de rela‚es sexuais etc.
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
220
Tomando como ponto de partida as vari„veis citadas acima, tanto o mdico, e principalmente a paciente, deve 
ter pleno conhecimento do seu ciclo menstrual. Essas informa‚es devem ser passadas a paciente de forma clara e 
leiga, informando da seguinte forma: “O c i c l o m e n s t r u a l e s t á e m t o r n o d e 2 8 a 3 0 d i a s e m m é d i a , e p o s s u i b a s i c a m e n t e 
d u a s f a s e s . A e t a p a m a i s p r o v á v e l d e o v u l a ç ã o s e r i a e x a t a m e n t e n o m e i o d o c i c l o , e m m é d i a 1 4 º d i a , e s s a d a t a , 
e n t r e t a n t o , é v a r i á v e l , s e n d o n e c e s s á r i o a d o t a r m e d i d a s d e s e g u r a n ç a , q u e i n c l u i a i n t e r r u p ç ã o d a r e l a ç ã o s e x u a l 5 d i a s 
a n t e s e 5 d i a s a p ó s a o v u l a ç ã o , p o i s e s s e p e r í o d o é c o n s i d e r a d o o perŽodo fŒrtil da mulher”.
A efic„cia desse mtodo est„ intimamente relacionada com o entendimento da informa‚…o citada acima. Alm 
disso, o mdico deve informar a paciente todos os comemorativos que est…o relacionados com a ovula‚…o, ou seja, s…o 
sinais cl‡nicos que sugerem o per‡odo da ovula‚…o:
 C a l e n d á r i o ( t a b e l i n h a ) : O in‡cio e o trmino do per‡odo frtil (nƒmero de dias) depende da dura‚…o dos ciclos 
menstruais.
 M u c o c e r v i c a l ( B i l l i n g s ) : Presen‚a de muco cervical aumentado corresponde ao per‡odo frtil. 
 T e m p e r a t u r a c o r p o r a l b a s a l : a temperatura corpŠrea, em repouso, sobe levemente no per‡odo apŠs a 
ovula‚…o. O efeito da progesterona, apŠs a ovula‚…o, age no hipot„lamo, ocasionando uma varia‚…o da 
temperatura da mulher em torno de 0 a 3“C. Dessa forma, durante o ciclo menstrual a paciente deve registrar 
sua temperatura diariamente, registrando sua mdia (36“C, por exemplo), nos dias do ciclo em que h„ eleva‚…o 
dessa temperatura, indica prov„vel ovula‚…o, com isso, espera-se 3 dias da data do registro da temperatura 
aumentada, para sŠ ent…o ter rela‚es. 
 S i n t o t é r m i c o s : consiste no uso dos tr€s mtodos descritos acima de forma combinada, alm de outros sinais ou 
medidas que podem contribuir para detectar a ovula‚…o de maneira mais precisa.
Ž um mtodo de baixa efic„cia, pois caso tenha alguma varia‚…o do ciclo menstrual, ou n…o acompanhamento 
correto do que foi exposto † paciente pode vir a engravidar, por isso necessita compreens…o de ambos os parceiros.
Uma forma de aumentar a efic„cia desse mtodo  a pr„tica do coito interrompido, entretanto, sua contribui‚…o  
simplŠria, pois existe o pr-ejaculado onde h„ libera‚…o de espermatozŠides vi„veis. Alm disso,  um mtodo que n…o 
tr„s nenhuma prote‚…o em rela‚…o † transmiss…o de doen‚as sexualmente transmiss‡veis,ou ocorr€ncia de cncer 
cervical.
O B S 1 : As medidas comportamentais servem como indica‚…o †quelas pacientes que possuem um ciclo menstrual 
normal, ou seja, 28 dias regulares. Entretanto, naquelas pacientes que possuem um ciclo irregular, o mdico deve 
orientar a paciente para registrar os ciclos menstruais nos primeiros 6 meses. A partir deste registro, deve-se s u b t r a i r 1 8 
d i a s d o m e n o r m ê s e 1 1 d o m a i o r e, com isso, estabelecer um prov„vel per‡odo de ovula‚…o. Por exemplo, caso o 
menor ciclo tenha sido 26 dias (26 – 18 = 8 dias), e o maior 30 (30 – 11 = 19), dessa forma, o dia mais prov„vel da 
ovula‚…o ser„ do 8“ ao 19“ dia do ciclo menstrual, sendo este o per‡odo em que se deve priorizar a abstin€ncia sexual.
M É T O D O S D E B A R R E I R A
Ž um mtodo que est„ baseado principalmente na interrup‚…o da progress…o dos gametas masculinos atravs 
do trato reprodutivo feminino. Os dispositivos de barreira mais utilizados s…o: diafragma, esponjas e espermicidas, DIU 
(sem horm‘nios) e c o d o m ou preservativo (masculino e feminino).
C a m i s i n h a M a s c u l i n a .
Este  o mtodo contraceptivo mais utilizado em todo o mundo, que ajuda n…o sŠ no planeamento familiar como 
tambm reduz o risco de transmiss…o de diversas DSTs. Ž feito de l„tex ou poliuretano e geralmente vem j„ lubrificado, 
existindo em v„rias cores, aromas e tamanhos. Sua utiliza‚…o deve ser feita com alguns passos para melhorar sua 
efic„cia como mtodo contraceptivo de barreira:
 Primeiramente, verifica‚…o da data de vencimento do preservativo na caixa ou na embalagem. N…o se deve 
utiliz„-lo se tal data j„ estiver expirada (eles podem parecer normais, mas se rompem mais facilmente).
 A abertura da embalagem deve ser feita cuidadosamente em um de seus lados, evitando a abertura com dentes 
e unhas, o que poderia causar a ruptura do preservativo.
 O usu„rio deve apertar levemente a extremidade (reservatŠrio de s€men) do preservativo para evitar o acƒmulo 
de ar nesta regi…o. As bolsas de ar podem romper um preservativo facilmente.
 Deve-se verificar o lado correto do preservativo antes de desenrol„-lo. O preservativo deve ser colocado na 
ponta do p€nis ereto. H„ duas maneiras de coloc„-lo, mas o preservativo se desenrola em somente uma delas.
 O preservativo deve ser desenrolado sobre o p€nis, at a base.
 Antes de come‚ar a rela‚…o sexual,  recomend„vel testar se o preservativo n…o est„ "folgado" no p€nis.
 Nunca se deve utilizar o mesmo preservativo mais de uma vez. Cada rela‚…o sexual necessita de um novo 
preservativo.
 O preservativo deve ser retirado do p€nis logo apŠs a ejacula‚…o. Segurar o preservativo enquanto retira o p€nis 
da vagina ou anus evita vazamentos.
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
221
C a m i s i n h a F e m i n i n a .
É formada por um plástico de polietano e deve ser colocada na vagina previamente à relação sexual. É 
composta por dois anéis, um maior e outro menor: o menor tem uma pequena cobertura, que deve ser colocada voltada 
para o colo uterino, enquanto o anel maior fica exposto. 
Tem uma proteção comprovada contra a gravidez e ainda doenças sexualmente transmissíveis, tendo assim 
uma boa eficácia. Apesar disso, o uso da camnisinha culturalmente, no Brasil, é um hábito masculino. Geralmente as 
mulheres muitas vezes, desconhecem a camisinha feminina, algumas conhecem mas nunca usaram, podendo perceber 
uma certa resistência em relação ao seu uso.
D i a f r a g m a .
É um composto formado por látex ou de silicone 
(utilizado como alternativa naquelas pacientes que tem alergia 
ao látex). Ele apresenta uma pequena concavidade, que deve 
ficar voltada para o colo uterino. A mulher deve acopla-la ao 
colo uterino, antes da relação sexual. Entretanto, não está 
comprovado cientificamente sua eficácia em evitar a gravidez, 
por isso, deve ser utilizado juntamente com espermicida (deve 
ser aplicado cerca de 1 hora antes da relação para ter efeito 
adequado). O diafragma deve ser retirado somente 6 a 8 
horas após a relação sexual, para que o espermicida atue 
eliminando os espermatozóides.
Em resumo temos: O diafragma, como um método 
vaginal de anticoncepção, que consiste em material de 
borracha (látex ou silicone) côncavo com borda flexível, que 
recobre o colo uterino. É colocado na vagina antes da relação 
sexual. Deve ser utilizado com geléia ou creme espermicida.
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
222
M É T O D O S H O R M O N A I S
Podem ser utilizados na forma de anticoncepcionais orais e injet„veis. Alm disso, ainda temos os implantes, 
anis vaginais e ainda os anticoncepcionais transdrmicos, utilizados na forma de adesivos. Essas s…o as principais 
formas que os horm‘nios podem ser distribu‡dos.
De um modo geral, todas essas vias produzem nos pacientes efeitos sist€micos semelhantes, mudando somente 
a efic„cia, tempo de atua‚…o e dura‚…o. Entre as principais a‚es dos anticoncepcionais temos:
 S u p r i m e m a o v u l a ç ã o : este mecanismo est„ associado principalmente a n‡veis elevados de progesterona e 
estrŠgeno no sangue, que determina um feedback negativo sobre o hipot„lamo diminuindo a secre‚…o de 
gonadotropinas. Com isso, as quedas de FSH n…o estimulam o processo de matura‚…o folicular, e dessa forma, 
mesmo na presen‚a de espermatozŠides, n…o h„ Švulo para ser fecundado.
 Reduzem o transporte ovular nas trompas;
 Alteram o endomtrio e dificultam a nida‚…o;
 Tornam mais espesso o muco cervical, evitando a penetra‚…o dos espermatozŠides;
A n t i c o n c e p c i o n a i s H o r m o n a i s C o n j u g a d o s .
Os anticoncepcionais orais combinados (AOCs), mais conhecidos como p‡lula, s…o usados por cerca de 20% das 
mulheres em idade frtil (15-49 anos) no Brasil. Recebem essa denomina‚…o (“combinado”), pois em sua composi‚…o 
qu‡mica, existe estrog€nio e progesterona ou progest„genos (progesterona sinttica). Ž o mtodo anticoncepcional 
revers‡vel mais utilizado no pa‡s.
No mercado farmac€utico existem formula‚es de 15 a 50 microgramas de etinilestradiol, ou seja, toda p‡lula de 
AOC, o estrog€nio presente  na forma de etinilestradiol. De acordo com esses valores podemos dizer se a droga  de 
alta, mdia e baixa dosagem. 
Em rela‚…o † progesterona, est…o disponibilizadas da 1“ a 4“ gera‚…o. Seus respectivos representantes s…o: 
Noretisterona, Levonorgestrel, desogestrel e dienogestrel. Atualmente as mais utilizadas s…o as de 3” e 4“ gera‚…o de 
progest„genos, pois, essas drogas tem uma efic„cia maior em menores doses e com isso, trazendo menos efeitos 
colaterais.
Comercialmente as p‡lulas combinadas podem ser apresentar da seguinte forma:
 M o n o f á s i c a s - mais comuns, com cartelas de 21 comprimidos. S…o comprimidos ativos (mesma composi‚…o e 
dose), alguns com 6 ou 7 de placebo para completar 28 comprimidos. Essas drogas possuem os dois horm‘nios 
em doses fixas em um ƒnico comprimido.
 B i f á s i c a s - cont€m dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com horm‘nios em propor‚es de 
estrŠgeno e progesterona diferentes. S…o utilizados dessa forma para estabilizar o ciclo menstrual da mulher e 
ainda evitar os efeitos colaterais.
 T r i f á s i c a s - cont€m tr€s tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com horm‘nios em propor‚es 
diferentes. Tem a mesma inten‚…o das apresenta‚es bif„sicas.
 P í l u l a s p a r a u s o v a g i n a l -  uma p‡lula monof„sica, contendo 21 comprimidos ativos na embalagem. 
O B S 2 : Devido † introdu‚…o das p‡lulas de 3” e 4” gera‚…o, em que se tem menores concentra‚es e com isso, menos 
efeitos tŠxicos, a maioria das apresenta‚es est„ na forma monof„sica, n…o sendo necess„rio mais o fracionamento das 
doses, como ocorre nas apresenta‚es bif„sicas e trif„sicas.
O B S 3 : O ‡ndice de VEAL  utilizadopara avaliar a efic„cia dos anticoncepcionais. Esse ‡ndice  calculado atravs do 
nƒmero de gravidez em 100 mulheres em um ano. Quanto maior o ‡ndice de VEAL, menor a efic„cia daquela droga.
Efeitos colaterais
EstrŠgenos
 N„usea, tonturas,
 Leve mastalgia
 Pteriogietacsias
 Dores de cabe‚a ou manchas,
 Cloasma,
 Pequeno grau de reten‚…o h‡drica (progest„geno),
 Tromboflebites, tromboses, tromboembolia
 Cefalias vasculares.
Progest„geno
 Diminui‚…o da Libido
 Depress…o
 Altera‚es do Humor
 Fadiga
 Acne
 Aumento do Tamanho das mamas
 Altera‚es do Metabolismo dos lip‡dios
O uso de anticoncepcionais est„ totalmente contra-indicado naquelas pacientes que s…o portadoras de doen‚a 
vascular coronariana ou cerebral, cncer de mama, gesta‚…o, diabetes complicada, doen‚a ou tumor hep„tico, 
hipertens…o severa, enxaqueca grave, LES. 
Estas situa‚es constituem contra-indica‚es absolutas ao uso de ACO, pois estes medicamentos podem
predispor † trombose e a tromboembolia. 
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
223
Benefícios não anticonceptivos
 Diminuem o fluxo menstrual e cólicas menstruais, 
melhorando anemia.
 Regulam o Ciclo Menstrual
 Aliviam a tensão pré-menstrual
 Reduz incidência de dismenorréia
 Protegem contra o câncer ovariano e endometrial
 Diminuem a incidência das doenças mamárias 
benignas e dos cistos ovarianos
 Evitam a gravidez ectópica
Limitações
 Podem causar um pouco de náusea, tonturas, 
leve mastalgia, dores de cabeça ou manchas, 
cloasma, pequeno grau de retenção hídrica 
(progestágeno), tromboflebites, cefaléias 
vasculares. 
 A eficácia pode diminuir quando certas drogas são 
tomadas
 O esquecimento aumenta as falhas do método
 Não protegem contra DSTs 
M i n i p í l u l a s .
As minipílulas são compostas somente de progestageno em dose muito baixa (em torno da 1/2 a 1/10 da 
quantidade dos Anticonceptivos Orais Combinados). Não contém estrogênio e estão indicados principalmente naquelas 
pacientes que estão amamentando. Isso ocorre, pois, o estrogênio e progesterona atuando juntos podem alterar a 
qualidade e quantidade do leite materno. Apesar de sua indicação, mulheres que não estão amamentando também 
podem fazer uso dessa medicação.
Benefícios anticonceptivos
 Eficazes quando tomadas diariamente à mesma 
hora (0,05-5 gravidezes por 100 mulheres no 1º 
ano de uso)
 Eficácia imediata (menos de 24 horas)
 Não afetam a amamentação
 Retorno imediato da fertilidade quando suspenso 
o uso
 Poucos efeitos colaterais
Benefícios não-anticonceptivos
 Podem diminuir as cólicas menstruais
 Podem reduzir o sangramento menstrual
 Podem melhorar a anemia
 Protegem contra o câncer do endométrio
 Diminuem as doenças benignas das mamas
 Diminuem a incidência de gravidez ectópica
C o n t r a c e p ç ã o d e E m e r g ê n c i a .
Consiste em uma forma de contracepção que utiliza altas dosagens de estrógeno e progesterona. Apesar de sua 
existência há muitos anos, só foi devidamente regulamentado pelo Ministério da Saúde há aproximadamente 10 anos. 
Pode ser ingerida uma única vez logo após a relação sexual. Naquelas pacientes em que houve atraso, pode 
fazer o uso até 72 horas após o ato sexual, tomando duas pílulas de alta dosagem de 12 em 12 horas. 
Essa forma de contracepção atua impedindo a implantação de uma possível fecundação, com isso, seu principio 
está baseado principalmente em alterações expressivas do endométrio.
É importante salientar que atualmente não é mais considerada um método de contracepção, e sim, método de 
emergência, sendo utilizada, por exemplo, nos casos em que há o rompimento da camisinha ou estupro. Dessa forma a 
anticoncepção oral de emergência pode ajudar a prevenir gestações indesejadas e consequente aborto clandestino, 
após uma relação sexual sem proteção. É também conhecida como anticoncepção pós-coital ou pílula do dia seguinte. 
Não deve ser utilizada de rotina como método anticoncepcional, mas apenas em situações de emergência. Além 
dos efeitos colaterais essas pílulas vão perdendo o efeito.
M é t o d o s H o r m o n a i s I n j e t á v e i s M e n s a i s .
As diferentes formulações contêm estradiol e um progestogênio sintético, diferentemente dos anticoncepcionais 
orais combinados, pois ambos os hormônios são sintéticos. Podem ser utilizados através de injeções mensais e 
trimestrais.
Seu principal representante é o acetato de medroxiprogesterona (de depósito) que é um método 
anticoncepcional injetável apenas de progestogênio, utilizado por aproximadamente 14 milhões de mulheres em todo o 
mundo. É um progestogênio semelhante ao produzido pelo organismo feminino, que é liberado lentamente na circulação 
sanguínea. Sua administração é feita trimestralmente. Os anticoncepcionais combinados são utilizados mensalmente. 
Estas drogas, com essa administração, têm uma excelente eficácia, com um índice de VEAL muito baixo. Seu 
índice de falha está em torno de 0,3 gravidezes, por 100 mulheres estudadas. Dados epidemiológicos mostram que sua 
eficácia é maior que a própria esterilização feminina.
Essa eficácia é justificada principalmente pelo seu mecanismo de liberação, ou seja, sua liberação lenta e 
constante determina uma concentração plasmática plena, diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados. Com 
isso, podemos dizer que o método contraceptivo de maior eficácia são os métodos injetáveis ou de depósito. 
Uma das desvantagens do uso dessa droga, é que, após a interrupção do tratamento, algumas pacientes ainda 
podem ficar cerca de 9 meses sem ovular. Com isso, não é a droga de escolha quando se deseja retorno precoce da 
fertilidade, após a interrupção do tratamento.
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
224
Efeitos colaterais
 Sangramentos intermenstruais ou durante todo o mês, entretanto há tendência de normalização 
sem ocorrência de novos sangramentos.
 Cefaléia e Enxaqueca: são manifestações que ocorrem principalmente devido ao uso da 
progesterona.
 Ganho de Peso
 Retorno Tardio da Fertilidade: geralmente quando a paciente faz uso por tempo prolongado, ou 
seja, 2 a 3 anos.
A d e s i v o s T r a n s d é r m i c o s .
Equivalente à pílula combinada. Consiste em uma 
combinação de progestogênio (moreprogestorina) e estrogênio
(etinilestradiol), liberado de forma contínua (ex. sete dias, 
embalagens com três unidades), através de adesivos cutâneos. São 
utilizados principalmente naquelas pacientes após a menopausa. A 
absorção cutânea é muito eficiente e garante nível contínuo de 
hormônios com alta eficácia, tendo sua eficácia semelhante aos 
anticoncepcionais orais. Entretanto tem um custo elevado.
O principal efeito colateral relacionado aos adesivos é principalmente a presença de sangramentos irregulares. 
Apesar disso, não há efeitos adversos semelhantes aos ACO, devido a não metabolização hepática. Sendo está uma 
boa opção para aquelas pacientes que tem efeitos colaterais exacerbados das pílulas, ou ainda, presença de contra-
indicações absolutas como: glicemia elevada (diabetes), hipertensão, obesidade. Além disso, pode ocorrer o 
descolamento do adesivo, devido ao suor, banhos, etc.
I m p l a n t e s S u b d é r m i c o s .
O implante subdérmico é dispositivo 
contendo hormônio, no formato de bastonete, que 
deve ser inserido sob a pele na parte superior do 
braço. O bastonete contém progestogênio (o mais 
comum é o acetato de metoxiprogesterona), muito 
parecido com o hormônio natural, que é liberado
lentamente em doses constantes. 
É um método recentemente aprovado para uso pelo Ministério da Saúde no Brasil. Seu índice de falha está em 
torno de 0 - 0,2%, considerando uma eficácia de 100%, assim como os injetáveis.
É um método de depósito que difere do injetável, pois a droga que é administrado nesses casos ficaarmazenada em uma localização anatômica diferente das drogas injetáveis, ou seja, enquanto a forma injetável fica 
armazenada mo músculo, os implantes subdérmicos, permanecem estocados na própria subderme. Tem uma duração 
média de 3 anos.
Uma das principais desvantagens desse método é a ocorrência de sangramentos irregulares. Geralmente são 
sangramentos intensos, e não S p o t t i n g , como ocorre nas drogas injetáveis. 
A n é i s V a g i n a i s .
Consiste em um anel formado por polietileno, que tem em sua estrutura 
levonorgestrel e etinilestradiol. O anel é colocado pela própria paciente, 
permanecendo fixo no fundo de saco posterior e colo uterino. O dispositivo que é 
colocado permanece liberando de forma constante as substâncias citadas 
anteriormente. 
Entre os efeitos colaterais do uso desse tipo de medicamento, nessa forma de 
administração são: sangramentos irregulares, leucorréia, inconveniente de ser 
percebido tanto pela paciente como para o parceiro. Apesar disso, não apresenta 
nenhum efeito colateral semelhante aos ACO, pois não sofrem metabolização 
hepática. 
A troca do dispositivo deve ser realizada a cada três semanas, com 
interrupção de uma semana.
Arlindo Ugulino Netto – GINECOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2
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D i s p o s i t i v o I n t r a - U t e r i n o ( D I U ) .
O dispositivo intra-uterino (DIU) e mtodo anticoncepcional 
hormonal mais utilizado em todo o mundo, com aproximadamente 
100 milhes de usu„rias. Podem ser de v„rios, tipos: DIU com 
cobre -TCu 380” e MLCu-375, DIU que libera progest„geno, DIU 
inerte, n…o medicado - al‚a de Lippes. 
De um modo geral podemos dizer que o DIU vai atuar da 
seguinte forma:
 Interfere com a capacidade do esperma em atravessar a 
cavidade uterina
 Tornam mais espesso o muco cervical (somente com 
progest„geno)
 Interfere com o processo reprodutivo antes que os ovos 
cheguem † cavidade uterina
 Modificam o endomtrio
No Brasil o DIU  feito polietileno e revestido de cobre. O cobre nesses casos desempenha uma importante fun‚…o 
atuando como espermecida, ou seja, impedindo a condu‚…o do espermatozŠide.
O Mirena  outro tipo de DIU, um endoceptivo que libera horm‘nio (levonorgestrel) diretamente no ƒtero. Alm 
de atuar como espermicida e servir como uma barreira f‡sica para os espermatozŠides  utilizada como mtodo 
anticoncepcional, no tratamento de distƒrbios menstruais e na terapia de reposi‚…o hormonal. Essas pacientes 
geralmente apŠs 3 meses de uso permanecem em amenorria, sendo esta uma vantagem. Alm disso, diminui a dor 
plvica por dismenorria (por endometriose ou mioma), reduz os focos de endometriose e previne o seu 
desenvolvimento. 
Outras vantagens  o custo do medicamento, pois tem uma dura‚…o mdia de 5 anos, ou seja, avaliando o custo 
em rela‚…o ao uso de ACO sairia mais barato; n…o impede a ovula‚…o, sendo este importante por manter a libido da 
paciente, n…o sofre metaboliza‚…o hep„tica; n…o passa em grandes quantidades para corrente sangu‡nea, e com isso, 
n…o provoca efeitos colaterais; restabelece a fertilidade apŠs sua retirada.
As desvantagens desse mtodo contraceptivo seriam a n…o prote‚…o contra doen‚as sexualmente 
transmiss‡veis, e n…o tem os mesmos benef‡cios dos ACO, pois no DIU de Mirena a paciente ainda ovula.
Embora n…o seja uma contra-indica‚…o absoluta, n…o se recomenda o uso de DIU em pacientes que ainda n…o 
tiveram filhos. As infec‚es s…o as principais preocupa‚es na usu„ria de DIU.
Em resumo temos:
Vantagens
 N…o requer interfer€ncia do casal para sua efic„cia.
 N…o interfere no ato sexual
 Tem efeito prolongado
 Mantm a Libido da Paciente
 N…o tem Efeitos colaterais sist€micos
 Baixo custo
Desvantagens
 Est„ relacionado com a eleva‚…o de doen‚as 
inflamatŠrias plvicas benignas
 Interfere na Infertilidade – associado somente ao DIU de 
cobre, por aumentar as chances de DIP e com isso 
levar a sequelas das trompas.
 Dismenorria – DIU de cobre
 Gesta‚…o de Cobre – DIU de cobre
 N…o previne contra DSTs.
M É T O D O D E F I N I T I V O 
Consiste na realiza‚…o de procedimentos 
cirƒrgicos para impedir a condu‚…o dos 
espermatozŠides at o Švulo. Alm disso,  importante 
salientar que, embora definitivo, esses mtodos n…o 
impedem com que a fertilidade da paciente seja 
restabelecida espontaneamente ou cirurgicamente.
Isso pode ser comprovado pela literatura, com 
relatos de reestrutura‚…o do ducto deferente, como 
tambm, recanaliza‚…o espontnea das tubas uterinas.
Os principais mtodos definitivos s…o:
 V a s e c t o m i a ( d e f e r e n t e c t o m i a ) :  um mtodo contraceptivo atravs da ligadura dos canais deferentes no 
homem. Ž uma pequena cirurgia realizada sob anestesia local que n…o necessita de interna‚…o. As taxas de 
falha da vasectomia, s…o menores que 1%, mas a efici€ncia da opera‚…o e os ‡ndices de complica‚es variam 
com o n‡vel de experi€ncia do cirurgi…o que faz a opera‚…o e a tcnica cirƒrgica utilizada. Embora uma falha 
tardia (causada pela recanaliza‚…o dos ductos deferentes) seja muito rara, ela tambm foi documentada.
 L a q u e a d u r a : consiste no mtodo de esteriliza‚…o feminina caracterizado pelo corte e/ou ligamento cirƒrgico das
tubas uterinas, que fazem o caminho dos ov„rios at o ƒtero. Ž um procedimento seguro que pode ser feito de 
v„rias maneiras, sendo necess„ria interna‚…o e anestesia geral ou regional. ApŠs a opera‚…o, o risco de 
gravidez da mulher  de menos de 1%.

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