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Vamos definir o que é Pan-africanismo O pan-africanismo é um conjunto de ideologias que associa movimentos políticos e a liderança de intelectuais africanos educados na Europa e trazem a noção de que as marcas de apartheid e colonialismo seriam entendidos como o problema para África. Muitos de seus líderes acabam pensados como heróis contemporâneos, como o congolês Patrice Lumumba, o ganês Kwame Nkrumah, o guineense cabo-verdiano Amílcar Cabral, o angolano Agostinho Neto, o moçambicano Samora Machel, líderes de suas independências, algumas com guerras infelizmente sangrentas que trataremos na próxima aula. Seu primeiro movimento foi marcado pela violência do discurso racista, que propunha uma guerra aberta, defendida por Marcus Mosiah Garvey, fundador da Associação Universal para o Progresso dos Negros. William Edward Bughart Du Bois, americano, negro, inicia um movimento de conscientização e em defesa das origens e dos negros. Suas conferências são consideradas um embrião do pan-africanismo. A primeira ocorreu em 1919 e seus movimentos geraram, em 1945, os discursos falando em independência total e irrestrita de todos os povos africanos. Segundo a Fundação Cultural Palmares: o termo pan-africanismo foi cunhado pela primeira vez por Sylvester Willians, advogado negro de Trinidad, por ocasião de uma conferência de intelectuais negros realizada em Londres, em 1900. Willians levantava sua voz contra a expropriação das terras dos negros sul-africanos pelos europeus e conclamava o direito dos negros a sua própria personalidade. Essa reivindicação propiciou o surgimento de uma consciência africana que começou a se expressar a partir do I Congresso Pan-africano, organizado em Paris, em 1919, sob a liderança de Du Bois. Naquela época, Du Bois profetizou que o racismo seria um problema central no século XX e reivindicou um código internacional que garantisse, na África tropical, o direito dos nativos, bem como um plano gradual que conduzisse à emancipação final das colônias.