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Universidade Federal de Pernambuco CCEN - Departamento de F´ısica Gabarito da Segunda Chamada de F´ısica Geral 2 - 2012/2 Questa˜o 1: a) (1,0) Pela lei da gravitac¸a˜o universal, temos que F = −G mM ′ r2 em que M ′ e´ uma frac¸a˜o da massa da Terra. Por outro lado, a densidade da Terra vale ρ = M 4 3 piR3 = M ′ 4 3 pir3 , ou seja M ′ = Mr3 R3 . Portanto, F = −G mM R3 r b) (1,0) Pela segunda lei de Newton, segue que m d2r dt2 = −G mM R3 r que constitui a equac¸a˜o do oscilador harmoˆnico simples, de frequ¨eˆncia angular ω = √ GM R3 c) (1,5) O tempo para se chegar ao centro e´ exatamente tc = T/4, em que T e´ o per´ıodo do movimento oscilato´rio. Portanto, tc = 2pi 4 1√ 4 3 pi √ 4 3 piR3 GM ou seja, tc = pi 2 1√ 4 3 pi √ 1 Gρ . Assim, se as densidades dos planetas forem as mesmas, os tempos sa˜o os mesmos. Questa˜o 2: (3,0) O colapso dos pre´dios se deveu a um efeito de ressonaˆncia. Edif´ıcios com alturas em torno de h = 50 m se encontraram ressonantes com a frequeˆncia de os- cilac¸a˜o associada ao terremoto, igual a νT = vT/λT = 10 Hz. Supondo um edif´ıcio como estrutura alta e delgada, com altura y, sua frequeˆncia fundamental de oscilac¸a˜o ν(y) para 1 perturbac¸o˜es transversais e´ encontrada impondo-se como condic¸o˜es de contorno que sua base seja um no´ de onda estaciona´ria e que sua cobertura seja um ventre. Assim, a onda estaciona´ria deve possuir comprimento de onda λ(y) tal que λ(y)/4 = y, ou seja, ν(y) = v/λ(y) = v/(4y). Para edif´ıcios com y = h, tem-se ν(h) = v/(4h) = 10 Hz, e portanto estes se encontram ressonantes com a frequeˆncia de vibrac¸a˜o da terra; ja´ edif´ıcios altos apresentam ν(H) = v/(4H) = 5 Hz, ficando mais distantes da ressonaˆncia exata. Estruturas baixas possuem frequeˆncias de oscilac¸a˜o maiores que ν(h), encontrando-se tambe´m mais distantes da ressonaˆncia. Como a amplitude de oscilac¸a˜o na ressonaˆncia e´ ma´xima, edif´ıcios com h = 50 m sofreram maior dano estrutural do que outros, apresen- tando maior probabilidade de colapso. Questa˜o 3: a) (2,0) Consideremos que o relo´gio, funcionando sem atrasar ou adiantar, execute N oscilac¸o˜es dia´rias. Para uma temperatura T1=15 ◦C, o peˆndulo de nosso relo´gio realiza N oscilac¸o˜es em (n-5) segundos, onde n=86.400 e´ o nu´mero de segundos em um dia. Da mesma forma, a uma temperatura T2=30 ◦C, o peˆndulo oscila N vezes em (n+10) segundos. Assim, os respectivos per´ıodos de oscilac¸a˜o sera˜o τ1=(n-5)/N e τ2=(n+10/N). Desta forma, N = n− 5 τ1 = n+ 10 τ2 , τ1 τ2 = 1− 5/n 1 + 10/n ≈ (1− 5/n)(1− 10/n) = 1− 10 n − 5 n + 15 n2 ≈ 1− 15 n . Mas sabemos que τ = 2pi √ L/g. Assim, τ1 τ2 = √ L1/L2. Sabemos que Li = L0 + αL0∆Ti. Desta forma, τ1 τ2 = √ 1 + α∆T1 1 + α∆T2 ≈ √ (1 + α∆T1)(1 + α∆T2) ≈ √ 1 + α(T1 − T2) ≈ 1 + α(T1 − T2) 2 . Igualando ao resultado anterior, 1− 15 n = 1 + α(15◦C − 30◦C) 2 , tal que 15/n = 15α/2, de modo que α = 2/n = 2/86.400 = 1/43.200 ≈ 2, 3× 10−5/◦C. b) (1,0) Os comprimentos L1, L2 e L3 das barras devem ser escolhidos de forma que o comprimento do conjunto de barras na˜o varie (peˆndulo mantenha seu comprimento constante). Com a dilatac¸a˜o das barras tipo 1 e 2, os planos ligados pelas barras do tipo 3 se afastam por ∆L′ = (L1 + L2)αp∆T . Esta e´ a dilatac¸a˜o que as barras do tipo 3 teˆm que sofrer para compensar a separac¸a˜o anterior: ∆L′′ = L3αg∆T . Assim, impondo ∆L′ = ∆L′′, (L1 + L2)αp∆T = L3αg∆T, o que leva a (L1 + L2)αp = L3αg. 2
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