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Cálculos Previdenciários
Profa. Samantha Marques
Advogada
Especialista em Servidor Público e RPPS
Pós-Graduada em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário
Professora de Cursos e Pós-Graduação e Extensão
Autora de diversos artigos jurídicos
Coordenadora do Núcleo da ESA de São José dos Campos - SP
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Cálculos Previdenciários 
Professora: Samantha Marques
Material de apoio a disciplina: bloco de notas, cadernos, notebooks ou qualquer elemento de anotação de conteúdo, Legislação Previdenciária e Constituição da República.
A apostila, não deve ser entendida como material total, podendo os slides serem alterados, suprimidos ou acrescentados a critério do professor.
 
Email: profsamantha@direitonapratica.com.br 
Todos os direitos autorais pertencem a Samantha da Cunha Marques e são protegidos por lei. Qualquer cópia ou reprodução ilegal é considerada como crime. Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.
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CONCEITUAÇÃO
 A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. 
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SEGURIDADE SOCIAL
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Siglas importantes:
PBC
SC
SB
RMI
ALÍQUOTA
FP
ÍNDICE
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PBC
O PBC corresponde ao período básico de cálculo, ou seja, lapso temporal utilizado para se obter a média dos Salários-de-Contribuição que serão utilizados para compor o Salário-de-Benefício e a correspondente Renda Mensal Inicial. Vejamos como isto ocorreu no Brasil:
Os cálculos dos benefícios concedidos até a vinda da CF/88;
O Período da Constituição de 1988 até a edição da Lei 9.876/99, ou seja, até a data de 28/11/99;
O Período posterior a Lei 9.876/99, até os dias atuais;
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Segurado com DER posterior a 75 e anterior a CF 1988, o período básico de cálculo será formado pelos 48 meses, do qual serão retirados os 36 SC corrigindo-se os 24 primeiros. 
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Segurado com direito a benefícios de risco com DER posterior a 75 e anterior a CF 1988, o período básico de cálculo será formado pelos 18 meses, do qual serão retirados os 12 SC imediatamente anteriores a DER sem correção
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LOPS – LEI 5890/73
Art 3º O valor mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, será calculado tomando-se por base o salário-de-benefício, assim entendido: 
I - para o auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez, a pensão e o auxílio-reclusão, 1/12 (um doze avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 12 (doze), apurados em período não superior a 18 (dezoito) meses; 
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês do afastamento da atividade, até o máximo de 48 (quarenta e oito) apurados em período não superior a 60 (sessenta) meses; 
III - para o abono de permanência em serviço, 1/48 (um quarenta e oito avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 48 (quarenta e oito), apurados em período não superior a 60 (sessenta) meses. 
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses; (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. (Redação dada pela Lei nº 6.887, de 1980)
III - para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados no período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
§ 1º Nos casos dos itens Il e III deste artigo, os salários-de-contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos meses serão previamente corrigidos de acordo com coeficientes de reajustamento, a serem periodicamente estabelecidos pela Coordenação dos Serviços Atuariais do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
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§ 2º Para o segurado facultativo, o autônomo, o empregado doméstico, ou o desempregado que esteja contribuindo em dobro, o período básico para apuração do salário-de-benefício será delimitado pelo mês da data de entrada do requerimento. 
§ 3º Quando no período básico de cálculo o segurado houver percebido benefício por incapacidade, o período de duração deste será computado, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-benefício que tenha servido de base para o cálculo da prestação. 
§ 4º O salário-de-beneficio não poderá, em qualquer hipótese, ser inferior ao valor do salário-mínimo mensal vigente no local de trabalho do segurado, à data do início do benefício, nem superior a 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 5º O valor mensal dos benefícios de prestação continuada não poderá ser inferior aos seguintes percentuais, em relação ao valor do salário-mínimo mensal de adulto vigente na localidade de trabalho do segurado: 
I - a 90% (noventa por cento), para os casos de aposentadoria; 
II - a 75% (setenta e cinco por cento), para os casos de auxílio doença; 
III - a 60% (sessenta por cento), para os casos de pensão. 
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 48 (quarenta e oito) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou de reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva. 
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva. (Redação dada pela Lei nº 6.210, de 1975)
§ 7º O valor mensal das aposentadorias de que trata o inciso II não poderá exceder 95% (noventa e cinco por cento) do salário-de-benefício
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APURAÇÃO DE SB 
 Assim, nos termos da Lei, temos que para os benefícios – aux. Doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e aux. Reclusão, o SB será apurado com base em 1/12 da soma dos sc imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até no máximo de 12 em período não superior a 18 meses.
 
 
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 Quando estivermos falando de aposentadorias, o SB será apurado com base em 1/48 avos da soma dos SCs imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até o limite de 48 em período não superior a 60 meses.
 Nestes casos, os 12 últimos SCs eram corrigidos de acordo com os coeficientes de reajuste, dados pela Coordenação de Serviços Atuariais do Min. Do Trabalho e Previdência – ORTN. 
 
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OBSERVAÇÕES
Se houver benefício por incapacidade dentro do PBC, seu valor de SB serviria de SC
COEFICIENTES:
90% para aposentadorias
75% no caso do auxílio-doença
60% no caso de pensão
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Particularidade
Menor Valor Teto – Valor correspondente a 10 vezes o valor da unidade salarial e Maior Valor Teto – Valor correspondente a 20 vezes o valor da unidade salarial:
 
Estes serviam de base para o cálculo darenda básica mensal, quando o SB fosse superior ao próprio valor do Menor Teto. Ex.: Após apurado o SB de um segurado que tinha 32 anos de tempo de serviço, este restou no valor de CZ$ 72.812,00, sendo que o valor do Menor Teto era de CZ$ 197.340,00, nesta hipótese, o valor do benefício como ficou abaixo do Menor Teto seria desconsiderado, ficando o cálculo da forma simples, ou seja, no caso do Homem seria 80% do SB para cada 30 anos de contribuição mais 3 % para cada ano que ultrapasse aos 30 anos de serviço, podendo chegar a 15% ou ao total de 95%, se fosse mulher seria 95% aos 30 anos de serviço. Neste tipo de benefício o valor não alcançava 100%.
Agora se o valor transpasse o Menor Teto a parcela Básica ficaria limitada ao Valor do Menor Teto, acrescida de uma parcela complementar formada por 1 grupo para cada 12 salários de contribuição que excedessem o valor do Menor Teto, limitados ao Valor do Maior Teto. 
Vejamos:
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 SB= 44.730,42;
 Maior Teto= 33.100,00			EXEMPLO 1
Menor Teto= 16050,00
Parcela Básica= 80% + 3% por cada ano – limitado a 95% se homem e se mulher 95% aos 30 anos. Desta sorte deveria-se pegar o valor do Menor Teto e aplicar o correspondente percentual, peguemos por base o exemplo da lamina anterior, restando o cálculo da seguinte forma: 30 anos = 80% + 02 anos = 6% (86%), o qual restaria no valor de CZ$13.803,00 (parcela Básica)+ 1/30 avos por cada grupo de 12 contribuições (Parcela Acessória) que transpasse o valor do menor teto, desta sorte se o segurado contasse com 132 meses de contribuição acima do menor teto, este teria um acréscimo de mais de 11 grupos, pelo exemplo acima, deveria dividir o valor do Menor Teto – CZ$ 16050,00 por 30 e multiplicar por 11 - limitados a 80 % do valor excedente ao Menor Teto, não podendo ser superior ao Maior Teto. Desta sorte o Valor do Benefício restaria assim: 13.803,00 (Parcela Básica) + 5.885,00 (Parcela Acessória)= CZ$ 19.688,00
OBS: Importante, verificar o cálculo do maior e menor teto com base no decreto 83.080/79 e com base no decreto 89.312, pois existe uma diferença sutil.
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Exemplo 2
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO, SEGURADO (HOMEM), COM 33 ANOS, 8 MESES E 23 DIAS DE SERVIÇO.
Dados:
DER: 15/04/87 SB: Cz$ 6.997,57
Menor teto			Maior teto
Cz$ 7.332,00		Cz$ 14.664,00
Como se calcular a RMI?
 - Se deve observar os termos dos artigos 40 e 41 do Decreto 83.080/79.
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Exemplo 2
A RMI então ficará em Cz$ 6.227,83.
Como se chegar neste valor?
Observem que o SB ficou abaixo do menor teto, então, basta aplicar o coeficiente do benefício.
Neste caso será de 80% + 9% (equivalente aos três anos de trabalho acima de 30 anos)
Logo: SB: Cz$ 6.997,57 x 89% = Cz$ 6.227,83
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OBSERVAÇÃO
Decreto 83080: 
Art. 41. …..
§ 4º A renda mensal do benefício não pode ser inferior a: 
 a) 90% (noventa por cento) do salário-mínimo mensal de adulto de localidade da trabalho do segurado, para a aposentadoria;
 b) 75% (setenta e cinco por cento) do mesmo salário-mínimo, para o auxílio-doença;
 c) 60% (sessenta por cento) do mesmo salário-mínimo, para a pensão ou o auxílio-reclusão.
 § 5º Nenhuma renda mensal pode ser superior, no seu valor global, a 18 (dezoito) vezes a maior unidade-salarial do país (artigo 430), salvo nos casos do § 3º do artigo 170 e dos artigos 177 e 178.
§ 6º A renda mensal das aposentadorias de que tratam os itens III e IV deste artigo não pode ser superior a 95% (noventa e cinco por cento) do salário-de-benefício, observado, no caso de aposentadoria por tempo de serviço, o disposto no artigo 59.
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Decreto 89312:
Não desprezar o teor das regras abaixo:
Art. 23. ….§ 2º O valor do benefício de prestação continuada não pode ser inferior aos percentuais seguintes do salário mínimo mensal de adulto da localidade de trabalho do segurado:
a) 90% (noventa por cento), para a aposentadoria;
b) 75% (setenta e cinco por cento), para o auxílio-doença;
c) 60% (sessenta por cento), para a pensão.
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Exemplo 3
Aposentadoria por tempo de serviço – segurada – 30 anos de serviço.
Dados:
DER: 20/01/1986		SB: Cr$ 189.093,25 
Menor teto			Maior teto
Cr$96.710,00		Cr$ 193.420,00
Como se calcular a RMI?
 
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Como seu SB é superior ao Menor Valor Teto, teremos aqui a parcela básica e a parcela adicional.
Parcela básica: Cr$ 96.710,00 x 0,95 = 91.874,50 – OBS: Aqui se aplica os 95% em observância ao artigo 41, IV, “a”, dec. 83.080/79 - “a) a primeira parte é utilizada para o cálculo da parcela básica da renda mensal, na forma do artigo 41 e seus parágrafos;”.
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Parcela adicional: “ b) a segunda parte é utilizada, até o máximo de 80% (oitenta por cento) do seu valor, para o cálculo da parcela adicional de renda mensal, multiplicando-se o valor dessa parte por tantos 1/30 (um trinta avos) quantos sejam os grupos de 12 (doze) contribuições, consecutivas ou não, acima de 10 (dez) vezes a maior unidade-salarial (artigo 430) do país;” 
Assim, precisamos localizar dentro do histórico laboral, quantas contribuições houveram acima do Menor Teto (10 unidades salariais).
No nosso exemplo, houveram 180 contribuições neste sentido, logo, basta se dividir por 12 para localizar a quantidade de grupos:
180/12 = 15 grupos de 12 contribuições
Assim, o cálculo ficará assim:
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 SB = Cr$ 189.093,25 
Parcela Básica = Cr$ 96.710,00
 Cr$ 92.383,25 – esta é a segunda parte!
 OBS 1: Dessa segunda parte, o limite é de Cr$ 92.383,25 * 0,80 = Cr$ 73.906,60.
 OBS 2: Sobre este valor, aplicamos a alínea “b”, do inc. II do art. 40, do Decr. 83.080, onde:
 Cr$ 92.383,25 x 15 / 30 = Cr$ 46.191,24 – este é o valor da parcela adicional. 
 
Aqui se faz subtração
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Para se fechar a RMI, basta somarmos a parcela básica com a parcela adicional:
Cr$ 91.874,50 + Cr$ 46.191,24 = Cr$ 138.066,12
Porém, ainda devemos observar se ultrapassou os limites.
Basta observar se ultrapassou 90% de 20 unidades salariais do país.
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Exercícios
1. Calcule a RMI do exercício da aula anterior.
2. Calcule a RMI de uma aposentadoria por velhice de uma segurada, que conta com 18 anos e 2 meses de atividade. DER 01.03.1986, pagou somente 33 meses acima do menor valor teto. SB = Cr$ 1.930.622,90
Para ambos os casos:
 Menor Valor Teto – Cr$ 1.415.490,00
 Maior Valor Teto – Cr$ 2.830,890,00
 Unidade – Cr$ 141.549,00
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Resposta: 
1° Passo: localizar as duas partes – parcela básica e parcela adicional.
Para localizar a parcela básica:
 Valor do menor valor teto * pela alíquota – aqui ela será de 88%, posto que já se tem os 70% + 18% (equivalente aos 18 anos de contribuição da segurada).
 
 Ficará assim = Cr$ 1.415.490,00 x 88% = 1.245.631,20
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Para localizar a parcela acessória:
 Basta se subtrair a parcela básica do SB, onde ficará assim:
 
Cr$ 1.930.622,90 – 1.415.490,00 = 515.132,90.
Só que do valor acima, só podemos nos valer de até 80%, que resultará em:
515.132,90 * 0,80 = Cr$ 412.106,32 – valor limite
Nos resta ainda aplicar a segunda parte do alínea “b”, do inciso II do art. 40, o qual apresenta o seguinte resultado:
33/12 = 2,75 – 2 grupos de 12 contribuições.
Este valor será assim empregado: Cr$ 515.132,90 x 2 /30 = Cr$ 32.342,19 – essa é a segunda parte ou parcela acessória.
RMI = parcela básica + parcela adicional
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Revisão Menor Teto
Em 1974, o governo duplicou o valor do teto previdenciário. Como a aposentadoria da época era calculada com base nas 36 últimas contribuições, o INSS criou um mecanismo para evitar distorções no benefício denominados como: maior teto e menor teto, como acabamos de ver. 
Ocorre que em meados de 1979, fora determinado pelo Poder Executivo que a correção da parcela correspondente ao Menor Teto fosse corrigida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ocorreque para variar a Autarquia Previdenciária, continuou a realizar os reajustes através de índices diversos dos determinados legalmente, os quais eram inferiores ao INPC índice oficial de reajustamento da parcela do Menor Teto. 
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Assim, com a reavaliação do valor da parcela do Menor Teto através da aplicação do INPC, o valor em ato reflexo do benefício previdenciário também seria reajustado. 
Tal revisão é provável tanto para os segurados como para os pensionistas que se sub-rogam no direito a revisão por força do artigo artigo 112 da Lei 8.213/91, tal revisão pode, inclusive, ser possível caso o segurado tenha recebido auxílio-doença na época da aplicação da aludida revisão e tiveram o benefício transformado em aposentadoria por invalidez. Precedentes STJ. REsp nº 910.005/RS e REsp nº 909.867/RS)
Vejamos a tabela de Correção:
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LEI 6.210/75
Art 4º O art. 3º da Lei número 5.890, de 8 de junho de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações: 
"II - para as demais espécies de aposentadoria, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês de afastamento da atividade, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses; 
III - para o abono de permanência em serviço, 1/36 (um trinta e seis avos) da soma dos salários-de-contribuição imediatamente anteriores ao mês da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados no período não superior a 48 (quarenta e oito) meses. 
§ 6º Não serão considerados, para efeito de fixação do salário-de-benefício, os aumentos que excedam os limites legais, inclusive os voluntariamente concedidos nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo, quanto aos empregados, se resultantes de promoções reguladas por normas gerais da empresa, admitidas pela legislação do trabalho, de sentenças normativas ou reajustamentos salariais obtidos pela categoria respectiva. 
§ 7º O valor mensal das aposentadorias de que trata o inciso II não poderá exceder 95% (noventa e cinco por cento) do salário-de-benefício". 
Art 5º O § 1º do artigo 10 da Lei número 5.890, de 8 de junho de 1973, passa a ter a seguinte redação: 
"§ 1º Para o segurado do sexo masculino que continuar em atividade após 30 (trinta) anos de serviço, o valor da aposentadoria, referido no item I, será acrescido de 3% (três por cento) do salário-de-benefício para cada novo ano completo de atividade abrangida pela previdência social, até o máximo de 95% (noventa e cinco por cento) desse salário aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço". 
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DICAS:
Os SC utilizados no cálculo do SB não eram corrigidos monetariamente no caso do aux.doença, invalidez, pensão e aux reclusão.
Já no caso das aposentadorias e do abono de permanência, ocorria somente atualização dos 24 sc mais antigos, ou seja, depois dos 12 últimos.
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Segurado com direito a benefícios com DER posterior a CF 1988 até 1999, o período básico de cálculo será formado pelos 48 meses, do qual serão retirados os 36 SC imediatamente anteriores a DER com correção integral total
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Situação pós 8.213/91
Carência:: 
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial e abono de permanência em serviço: 180 (cento e oitenta) contribuições mensais.
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família, salário-maternidade, auxílio-acidente e pecúlios;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
O que se nota de pronto é que houvera o aumento da carência, onde ainda seu cômputo é tido em competências, que quer dizer, meses efetivamente pagos.
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PBC E SB
Conforme reza o artigo 29, em sua redação original, o PBC seguiu a situação pré-constitucional, permanecendo em 48 contribuições, vejamos:
Art. 29 O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48(quarenta e oito) meses.
§ 1º No caso de aposentadoria por tempo de serviço, especial ou por idade, contando o segurado com menos de 24 (vinte e quatro) contribuições no período máximo citado, o salário-de-benefício corresponderá a 1/24(um vinte e quatro avos) da soma dos salários-de-contribuição apurados.
§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-contribuição na data de início do benefício.
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RMI
Aposentadoria por tempo de serviço:
Art. 53. A aposentadoria por tempo de serviço, observado o disposto na Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de:
I - para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço;
II - para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço.
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Aposentadoria por tempo de serviço proporcional:
 - Caso usemos a primeira parte do disposto dos incisos I e II do artigo 53 originário, teremos as seguintes alíquotas:
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Exercícios
1.Considerando o SB de R$ 582,00, calcule:
a) Aposentadoria por tempo de serviço de um homem com 30 anos de atividade comum e 3 anos de especial sob nocividade mínima:
b) Aposentadoria por tempo de serviço de uma mulher com 15 anos de atividade comum e 12 anos de atividade especial de nocividade mínima:
c) Calcular a RMI do exercício entregue
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Aposentadoria por idade:
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, ou 60 (sessenta), se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I e nos incisos IV e VII do art. 11.
Parágrafo único. A comprovação de efetivo exercício de atividade rural será feita com relação aos meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua, durante período igual ao da carência do benefício, ressalvado o disposto no inciso II do art. 143.
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SB DA APOSENTADORIA POR IDADE:
 Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
Exercício:
1. Qual será a parcela acessória da alíquota de um segurado que pretende a aposentadoria por idade, sendo que ele conta com 6.125 dias trabalhados.
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Aposentadoria Especial:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei, ao segurado que tiver trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme a atividade profissional, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto na Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 85% (oitenta e cinco por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
§ 2º A data de início do benefício será fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.
§ 3º O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em atividade profissional sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão, segundo critérios de equivalência estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, para efeito de qualquer benefício.
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Aposentadoria por invalidez:
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, observado o disposto na Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal correspondente a:
a) 80%(oitenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício; ou
b) 100% (cem por cento) do salário-de-benefício ou do salário-de-contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.
§ 1º No cálculo do acréscimo previsto na alínea a deste artigo, será considerado como período de contribuição o tempo em que o segurado recebeu auxílio-doença ou outra aposentadoria por invalidez.
§ 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de reajustamento, for superior ao previsto neste artigo
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Auxílio-doença
Art. 61. O auxílio-doença, observado o disposto na Seção III deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal correspondente a:
a) 80% (oitenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo ultrapassar 92% (noventa e dois por cento) do salário-de-benefício; ou
b) 92% (noventa e dois por cento) do salário-de-benefício ou do salário-de-contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.
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Lei 9032/1995
Com a vinda de aludida lei federal, alguns aspectos se alteraram, principalmente no tocante aos coeficientes de cálculos, vejamos:
Aposentadoria por invalidez: 
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta lei.
Aposentadoria Especial:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
§ 1º A aposentadoria especial, observado o disposto no art. 33 desta lei, consistirá numa renda mensal equivalente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
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Lei 9032/1995
Cumpre ainda destacar: 
 § 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado.
 § 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.
 § 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício.
 § 6º É vedado ao segurado aposentado, nos termos deste artigo, continuar no exercício de atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos constantes da relação referida no art. 58 desta lei.
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Lei 9032/1995
Auxílio-doença: Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei. 
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Lei 9.032/1995
Pensão por morte :
Art. 75. O valor mensal da pensão por morte, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta lei.
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais.
 § 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar.
 § 2º A parte individual da pensão extingue-se:
 I - pela morte do pensionista;
 II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido;
 III - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.
 § 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á.
Observar que com a vinda da Lei 9.528/97, o coeficiente ganhou outra conotação: Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 33 desta lei
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Lei 9.032/1995
Pecúlio – totalmente revogado.
Auxílio-Acidente - Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza que impliquem em redução da capacidade funcional.
 § 1º O auxílio-acidente mensal e vitalício corresponderá a 50% (cinqüenta por cento) do salário-de-benefício do segurado.
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Emenda Constitucional n° 20
Art. 1. º
	Art. 201 ...
	§ 7º - É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
 	 I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
Art. 9º - Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é assegurado o direito à aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos:
I - contar com cinquenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e
b) umperíodo adicional de contribuição equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
§ 1º - O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do "caput", e observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes condições:
I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior;
II - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento do valor da aposentadoria a que se refere o "caput", acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento.
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Com a vinda da EC 20/98 a Aposentadoria por tempo de contribuição teve sua forma de concessão alterada, surgindo uma situação atípica, onde o mesmo segurado poderia se valer de pelo menos dois cálculos para o mesmo período de cálculo e para o mesmo benefício, porém com índices diversos, senão vejamos: 
1- Direito Adquirido, até 15.12.98, segurado com 30 anos de tempo de serviço, nesta hipótese corrigir-se-iam os SCs dos últimos 36 meses de contribuição de novembro de 1998 a dezembro de 1995. 
2- Direito Adquirido, até 15.12.98, segurado com 30 anos de tempo de serviço, nesta hipótese corrigir-se-iam os SCs dos últimos 36 meses de contribuição de contribuição do mesmo período, ou seja de novembro de 1998 a dezembro de 1995, só que nesta hipótese o segurado, estando aposentado desde 15.12.98, pede-se sua desaposentação em junho de 2005.
Com base nesta informação vejamos, como poderíamos melhorar o benefício do segurado, para tanto devemos fazer os dois cálculos, ou seja, o primeiro com a DER de 98 e após a devida atualização monetária pelos índices que corrigiram seu benefício até junho de 2005 e após realizar o cálculo como se ele estivesse pedindo o benefício em junho de 2005 com o cálculo atualizado do mesmo período pela portaria que corrigiu os SCs para quem pedisse benefício em 2005. Vejamos:
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 ProcessoAGEDAG 200501976432 Relator(a)GILSON DIPP FonteDJ DATA:10/04/2006 
 Ementa PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÔMPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO. REQUISITOS. RGPS. ART. 3º DA EC 20/98. CONCESSÃO ATÉ 16/12/98. DIREITO ADQUIRIDO. REQUISITO TEMPORAL. INSUFICIENTE. ART. 9º DA EC 20/98. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. REGRAS DE TRANSIÇÃO. IDADE E PEDÁGIO. PERÍODO ANTERIOR E POSTERIOR À EC 20/98. SOMATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. APOSENTADORIA INTEGRAL. REQUISITOS. INOBSERVÂNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. I - A questão posta em debate restringe-se em definir se é possível a obtenção de aposentadoria proporcional após a vigência da Emenda Constitucional 20/98, sem o preenchimento das regras de transição ali estabelecidas. II - Ressalte-se que as regras aplicáveis ao regime geral de previdência social encontram-se no art. 201 da Constituição Federal, sendo que as determinações sobre aaposentadoria estão em seu parágrafo 7º, que, mesmo após a Emenda Constitucional 20/98, manteve a aposentadoria por idade e a por tempo de serviço, esta atualmente denominada por tempo de contribuição. III - A Emenda Constitucional 20/98 assegura, em seu artigo 3º, a concessão de aposentadoria proporcional aos que tenham cumprido os requisitos até a data de sua publicação, em 16/12/98. IV - No caso do direito adquirido em relação à aposentadoria proporcional, faz-se necessário apenas o requisito temporal, ou seja, 30 (trinta) anos de trabalho no caso do homem e 25 (vinte e cinco) no caso da mulher, requisitos que devem ser preenchidos até a data da publicação da referida emenda. Preenchidos os requisitos de tempo de serviço até 16/12/98 é devida ao segurado a aposentadoria proporcional independentemente de qualquer outra exigência, podendo este escolher o momento da aposentadoria. V - Para os segurados que se encontram filiados ao sistema previdenciário à época da publicação da EC 20/98, mas não contam com tempo suficiente para requerer a aposentadoria – proporcional ou integral – ficam sujeitos as normas de transição para o cômputo de tempo de serviço. Assim, as regras de transição só encontram aplicação se o segurado não preencher os requisitos necessários antes da publicação da emenda. VI - A referida emenda apenas aboliu a aposentadoria proporcional, mantendo-a para os que já se encontravam vinculados ao sistema quando da sua edição, com algumas exigências a mais, expressas em seu art. 9º. VII - O período posterior à Emenda Constitucional 20/98 não poderá ser somado ao período anterior, com o intuito de se obter aposentadoria proporcional, senão forem observados os requisitos dos preceitos de transição, consistentes em idade mínima e período adicional de contribuição equivalente a 20% (vinte por cento), este intitulado "pedágio" pelos doutrinadores. VIII - Não contando a parte-autora com o período aquisitivo completo à data da publicação da EC 20/98, inviável o somatório de tempo de serviço posterior com anterior para o cômputo da aposentadoria proporcional sem observância das regras detransição. IX - In casu, como não restaram sequer atendidos os requisitos para a aposentadoria proporcional, o agravante não faz jus à aposentadoria integral. X - Agravo interno desprovido.
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Aposentadoria por tempo de contribuição
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Como interpretar?
De acordo com o Decreto 3048/99, temos a seguinte regulamentação:
 
 Art.188-B. Fica garantido ao segurado que, até o dia 28 de novembro de 1999, tenha cumprido os requisitos para a concessão de benefício, o cálculo do valor inicial segundo as regras até então vigentes, considerando-se como período básico de cálculo os trinta e seis meses imediatamente anteriores àquela data, observado o §2º do art. 35, e assegurada a opção pelo cálculo na forma do art. 188-A, se mais vantajoso. (Artigo acrescentado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
 Art. 188-A. Para o segurado filiado à previdência social até 28 de novembro de 1999, inclusive o oriundo de regime próprio de previdência social, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput e § 14 do art. 32. (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
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APELAÇÃO CÍVEL Nº 2008.71.12.002601-9/RS RELATOR Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA
APELANTE:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS
APELADO:HEITOR SOARES
EMENTA
	PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM. INVIÁVEL APÓS 28-05-1998. LEI N.º 9.711/98. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL. EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 20/98. REGRAS DE TRANSIÇÃO. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL. EFEITOS FINANCEIROS. TUTELA ESPECÍFICA.
	5. Para contagem do tempo trabalhado após 16-12-1998, é necessário que o segurado possua idade mínima (53 anos - homem, 48 - mulher), mesmo se na data de publicação da EC n.º 20/98 contasse com mais de 30 anos de serviço, se homem, ou 25 anos, se mulher, a teor do disposto no art. 9,§ 1º, inciso II, da Emenda Constitucional n.º 20/98. 6. O direito adquirido ao cálculo do salário de benefício pela média aritmética simples dos últimos trinta e seis salários de contribuição atualizados e sem aplicação do fator previdenciário, prevalece somente com a contagem do tempo trabalhado até 28-11-1999, data da publicação da Lei n.º 9.876/99. 7.Para os benefícios deferidoscom contagem de tempo após 16-12-1998, o coeficiente de cálculo será de 70% do salário de benefício acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma do tempo de 30 anos, se homem, ou 25 anos, se mulher, com o adicional de 40%, regra aplicável também para o período anterior a EC n.º 20/98, nos termos do inciso IIda alínea b do art. 9º da EC n.º 20/98, combinados com os arts. 52 e 53, inciso I, da Lei n.º8.213/91. 8. O percentual da renda mensal inicial - RMI da aposentadoria por tempo de contribuição, na forma proporcional, atende ao disposto no inciso II da alínea b do art. 9º da EC nº 20/98 - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do valor da aposentadoria que se refere o "caput", acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de 100%, descontando-se o período adicional de contribuição cumprido, conforme entendimento deste Regional.Precedentes. 9. Uma vez que o direito ao cômputo do tempo de serviço ora reconhecido já estava incorporado ao patrimônio do segurado quando do requerimento administrativo de concessão da aposentadoria, o termo inicial do benefício deve ser mantido na DER (artigo54 c/c o artigo 49, inciso II, da Lei n.º 8.213/91). 10. Determina-se o cumprimento imediato do acórdão naquilo que se refere à obrigação de implementar o benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que deverá ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a necessidade de um processo executivo autônomo ( sine intervallo ).
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Processo: APELREE 3814 SP 2003.61.83.003814-2
Relator(a): DESEMBARGADORA FEDERAL MARIANINA GALANTE
Julgamento: 05/09/2011
Órgão Julgador: OITAVA TURMA
Ementa
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OBSCURIDADE. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. EXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO. EMENDA 20/98. CONTRADIÇÃO SUPRIDA.
I - Existência de contradição no Julgado unânime proferido pela 8ª. Turma.
II - Embargante alega a existência de obscuridade no V. acórdão, quanto à contagem do tempo de serviço até a Emenda 20/98, tendo em vista a possibilidade de aplicação das regras de transição.
III - Admissível o cômputo do tempo de serviço, com a somatória dos interstícios de 26/05/1999 a 04/06/1999 e de 29/06/1999 a 13/07/1999, como pretende o embargante, tendo em vista que perfez 58 anos em 13/09/1995.
IV - Por equívoco, na primeira contagem do tempo de serviço até a Emenda nº 20/98 constou que o segurado perfazer 30 anos, 05 meses e 21 dias de serviço, no entanto, o correto é 30 anos, 11 meses e 07 dias de serviço.
V - Refeitos os cálculos somando os períodos de 26/05/1999 a 04/06/1999 e de 29/06/1999 a 13/07/1999, totalizou 31 anos e 01 dia de serviço, fazendo jus à aposentadoria com renda mensal no percentual de 75% (setenta e cinco por cento), conforme dispõe o artigo 9º, § 1º, inciso II, da Emenda 20/98.
VI - Embargos acolhidos a fim de suprir a contradição apontada.
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TRF 4, Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL Processo: 2008.71.12.002601-9 
 PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM COMUM. INVIÁVEL APÓS 28-05-1998. LEI N.º 9.711/98. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL. EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 20/98. REGRAS DE TRANSIÇÃO. CÁLCULO DA RENDA MENSALINICIAL. EFEITOS FINANCEIROS. TUTELA ESPECÍFICA. 5. Para contagem do tempo trabalhado após 16-12-1998, é necessário que o segurado possua idade mínima (53 anos - homem, 48 - mulher), mesmo se na data de publicação da EC n.º 20/98 contasse com mais de 30 anos de serviço, se homem, ou 25 anos, se mulher, a teor do disposto no art. 9, § 1º, inciso II, da Emenda Constitucional n.º 20/98.  6. O direito adquirido ao cálculo do salário de benefício pela média aritmética simples dos últimos trinta e seis salários de contribuição atualizados e sem aplicação do fator previdenciário, prevalece somente com a contagem do tempo trabalhado até 28-11-1999, data da publicação da Lei n.º 9.876/99.  7. Para os benefícios deferidos com contagem de tempo após 16-12-1998, o coeficiente de cálculo será de 70% do salário de benefício acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma do tempo de 30 anos, se homem, ou 25 anos, se mulher, com o adicional de 40%, regra aplicável também para o período anterior a EC n.º 20/98, nos termos do inciso II da alínea "b" do art. 9º da EC n.º 20/98, combinados com os arts. 52 e 53, inciso I, da Lei n.º 8.213/91. 8. O percentual da renda mensal inicial - RMI da aposentadoria por tempo de contribuição, na forma proporcional, atende ao disposto no inciso II da alínea "b" do art. 9º da EC nº 20/98 - o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do valor da aposentadoria que se refere o "caput", acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de 100%, descontando-se o período adicional de contribuição cumprido, conforme entendimento deste Regional. Precedentes.  9. Uma vez que o direito ao cômputo do tempo de serviço ora reconhecido já estava incorporado ao patrimônio do segurado quando do requerimento administrativo de concessão da aposentadoria, o termo inicial do benefício deve ser mantido na DER (artigo 54 c/c o artigo 49, inciso II, da Lei n.º 8.213/91).  10. Determina-se o cumprimento imediato do acórdão naquilo que se refere à obrigação de implementar o benefício, por se tratar de decisão de eficácia mandamental que deverá ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentença stricto sensu previstas no art. 461 do CPC, sem a necessidade de um processo executivo autônomo (sine intervallo).
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Segurado com direito a benefícios com DER posterior a 1999, o período básico de cálculo será formado pelos 80% maiores SC, apurados da competência de julho de 1994 (se anterior a 28/11/99, se posterior a partir da inscrição/filiação) 
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SEGURADOS
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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
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SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
O Salário de Contribuição é tema mais do que importante para o entendimento do assunto “custeio”, posto ser este a principal base de cálculo das contribuições arrecadadas.
CONCEITO: é o valor que serve de base para incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias (fonte de custeio) e como base para o cálculo do salário-de-benefício. Segundo o artigo 214, do Decreto 3048/99 Salário de Contribuição, pode ser assim explicitado, senão vejamos:
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 I - para o EMPREGADO e o TRABALHADOR AVULSO: a remuneração auferida, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; 
	
 II - para o EMPREGADO DOMÉSTICO: a remuneração registrada na CTPS, observados os limites mínimo e máximo legais; 
	
 III - para o CONTIBUINTE INDIVIDUAL: o valor por ele percebido, não podendo exceder o limite legal.; 
	
 IV - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de empregado:a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou por ambas; 
	
 V - para o DIRIGENTE SINDICAL: na qualidade de trabalhador avulso: remuneração paga, devida ou creditada pela entidade sindical;
 
 VI- para o SEGURADO FACULTATIVO: o valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máximo do Salário de Contribuição.
 OBS: Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive doméstico, ocorrer no curso do mês, o Salário de Contribuição será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados. 
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PARCELAS INTEGRANTES E NÃO-INTEGRANTES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
Segundo Hugo Goes, integram o salários-de-contribuição todas as parcelas de natureza remuneratória, ouseja, aquelas pagas em retribuição aos serviços prestados pelo trabalho. As parcelas relativas à indenização e ao ressarcimento, em geral, não estão incluídas nos conceitos de salários-de-contribuição e de remuneração.
INTEGRANTES (em regra a Lei 8.212/91 e o Decreto 3.048/99 apenas narram as parcelas não integrantes, assim por eliminação todas as parcelas que não encontram-se no rol das não integrantes, fazem parte do rol das integrantes) abaixo citamos algumas delas:
I - remuneração adicional de férias;
II- gratificação natalina - décimo terceiro salário: exceto para o cálculo do salário-de-benefício, sendo devida a contribuição quando do pagamento ou crédito da última parcela ou na rescisão do contrato de trabalho – Súmula 688 do STF: É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º sálario;
III- o valor das diárias para viagens, QUANDO excedente a 50 % da remuneração mensal do empregado, integra o salário-de-contribuição pelo seu valor total;
IV – salário maternidade- único benefício previdenciário que tem sua base integrante ao SC – art. 28 da Lei 8.212/91;
V- Aviso prévio trabalhado e indenizado (a partir de 2009), salário in natura (utilidades) nos moldes do artigo 468 da CLT e remuneração do aposentado que retorna ao emprego;
VI - os adicionais de qualquer espécie tais como: adicional noturno, horas extras, adicional insalubridade, periculosidade, penosidade, de transferência, de tempo de serviço dentre outros. 
Nota: Todas estas parcelas integram o Salário de Contribuição, devido a sua natureza remuneratória.
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 NÃO – INTEGRANTES ( Não integram o SC as parcelas tipificadas no artigo 28 § 9º da Lei 8.212/91 e artigo 214 do Dec. 3.048/99), abaixo citamos as principais:
I - os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, ressalvado o disposto no § 2º;
  II - a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973;
  III - a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976;
  IV - as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho;
  V - as importâncias recebidas a título de: 
  a) indenização compensatória de quarenta por cento do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
  b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
  c) indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis do Trabalho;
       
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 d) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato, conforme disposto no art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973;
 e) incentivo à demissão;
 f) aviso prévio indenizado; (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de 2009)
 g) indenização por dispensa sem justa causa no período de trinta dias que antecede a correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
 h) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do Trabalho;
  i) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da Consolidação das Leis do Trabalho;
   j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário;
   j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
  l) licença-prêmio indenizada; e
  m) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei;
 VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
 VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da Consolidação das Leis do Trabalho;
       
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VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a cinqüenta por cento da remuneração mensal do empregado;
        IX - a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 1977;
        X - a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica;
        XI - o abono do Programa de Integração Social/Programa de Assistência ao Servidor Público;
        XII - os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
        XIII - a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
        XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
        XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de previdência complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho;
        XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou com ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa;
       
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 XVII - o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
 XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;
 XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando devidamente comprovadas; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
 XIX - o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 1996, e a cursos de capacitação e qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo;
 XX - a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até dezesseis anos de idade, nos termos da legislação específica; (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
 XXI - os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; e
 XXII - o valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho, conforme previsto no § 8º do art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.
 XXIII - o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas; (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
 XXIV - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuiçãoprevidenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade da criança; e (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
 XXV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9o e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho.    (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
 NOTA: As parcela não integrantes qando pagas ou creditadas de acordo com a Lei, integraram o SC para todos os efeitos.
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SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde ao piso salarial legal ou normativo da categoria ou, INEXISTINDO ESTE, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário;
O limite máximo do salário-de-contribuição é aquele publicado mediante portaria do Ministério da Previdência sempre quando ocorrer alteração no valor dos benefícios, atualmente a tabela de Contribuição encontra-se da seguinte forma:
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SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
OBS: As alíquotas voltaram a seguir a regra esculpida no artigo 20 da lei 8212/91 devido ao cancelamento da CPMF, ou seja, 0,35% de redução para quem ganhava até 3 SM foi cancelada, voltando as alíquotas originais de 8%, 9% e 11%.
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Salário de Benefício
CONCEITO
O salário de benefício é o valor básico usado para o cálculo da renda mensal inicial (RMI), dos principais benefícios previdenciários. 
É a importância apurada a partir dos salários de contribuição do segurado. Mas não há correspondência absoluta entre o valor do salário de benefício e o valor do benefício, pois este último resulta de nova apuração aritmética. 
 Definição Legal
Artigo 28 da Lei 8.213/91 define o salário de benefício como sendo " o valor do benefício de prestação continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente de trabalho, exceto o salário família e o salário maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício."
Artigo 31 do Decreto 3048/99 define o salário de benefício como " o valor-básico utilizado para cálculo da renda mensal inicial dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário maternidade e os demais benefícios de legislação especial."
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Salário de Benefício
BENEFÍCIOS QUE NÃO SERÃO CALCULADOS COM BASE NO SALÁRIO DE BENEFÍCIO
 Salário família: o valor é o mesmo para todos aqueles que têm direito;
Salário maternidade:
- remuneração integral no caso da empregada e avulsa;
- valor do último salário de contribuição para a doméstica;
- 1/12 do valor sobre o qual incidiu a última contribuição anual para a segurada especial;
- 1/12 da média dos últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a 15 meses, para a segurada contribuinte individual.
Pensão por morte: o valor é calculado com base no valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se tivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
 Auxílio reclusão: o valor é de 100% da aposentadoria que o segurado percebia no dia de sua prisão ou que teria se estivesse aposentado por invalidez.
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Nota: A partir da entrada em vigor da Lei 10.403/02, o INSS passou a utilizar, para fins de cálculo do SB, as informações constantes do CNIS, relativo as contribuições dos segurados. Lembrando que o segurado poderá solicitar alteração das informações do CNIS, trazendo provas da divergência
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Renda Mensal Inicial
CONCEITO
	É a a primeira parcela do benefício de prestação continuada a ser pago pela Previdência Social. O valor dependerá da espécie de benefício e do valor do salário do benefício.
Formula do cálculo:
RMI= SBXCF
RMI - Renda Mensal Inicial
SB - Salário de Benefício
CF - Coeficiente de Cálculo (cada benefício tem o seu)
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Renda Mensal Inicial
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Fator Previdenciário
CONCEITO
Estabelecido pela Lei 9.876/99, é um coeficiente atuarial que busca devolver ao
segurado a poupança acumulada (contribuições pagas), distribuída ao longo da
vida de aposentado.
Principais Pontos:
 
Foi a forma do governo estimular as pessoas a se aposentarem mais tarde. 
Na prática o fator previdenciário é a aplicação da idade mínima para
aposentadoria, que foi rejeitada na votação da EC 20/98.
E é aplicado aos segurados filiados ao RGPS a partir de 29/11/1999 no cálculo da
Aposentadoria por tempo de contribuição, sendo entretanto opcional na
Aposentadoria por idade.
É levado em consideração para o cálculo do Fator Previdenciário:
 a) idade do segurado na data de sua aposentadoria;
 b) o tempo que ele contribuiu para a previdência;
 c) sua expectativa de sobrevida, ou seja o prazo médio o qual o benefício será pago (fonte IBGE). 
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Fator Previdenciário
Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do segurado serão adicionados: (artigo 29 parágrafo 9° da Lei 9.876/99)
a) cinco anos, quando se tratar de mulher; 
b) cinco anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo  de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental médio; 
c) dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental médio. 
OBS: Por conseguinte, para as mulheres e professores, com exceção dos professores do 3° Grau, nasceu um bônus de cinco anos para o cálculo do fator previdenciário. Desta sorte, professores e mulheres que por exemplo se aposentem com trinta e três anos de serviço, têm seu cálculo realizado como se o período de contribuição fosse de 38 anos.
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Fator Previdenciário
FÓRMULA DE CÁLCULO
f= Tc x a x [1+(Id + Tc X a)]
 Es 100
f - fator previdenciário
Es - expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria
Tc - tempo de contribuição até o momento da aposentadoria
Id - idade no momento da aposentadoria
a - alíquota de contribuição correspondente a 0,31 (20% da empresa e 11% do segurado)
Ex: JOSÉ PINTO, tem 55 anos de idade e contribuiu para o RGPS por 35 anos, sua expectativa de sobrevida de acordo com o IBGE é de 24,7 anos. Sendo ainda, importante narrar que o SB dele é de R$ 2000,00. Assim pergunta-se qual o valor do FP de Pinto? E, mais qual é o valor da sua RMI?
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Es= 24,7; Tc= 35; Id= 55; a= 0,31
f= 35x 0,31 x [1+ (55+ 35 x 0,31)]= 
 24,7 100
f= 10,85 x [1+ (55+ 10,85)]= 
 24,7 100
0,4392 x [1 + 65,85]= 
 100
f= 0,4392 x [1+ 0,6585]=
f= 0,4392 x 1,6585=
f= 0,7285
 
Nota: Para o cálculo do Valor do SB, se deve levar em consideração a média dos SC multiplicada pelo FP. 
Ex: R$2000,00 (M) X 0,7285 (f)= R$1457,00 
OBS: Se o índice apurado for menor que 1 o fator previdenciário incidirá de forma negativa e se for maior ou igual a 1 o fator previdenciário não provocará redução na RMI, podendo inclusive majorá-la.
 
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FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA DA INCONSTITUCIONALIDADE 
 
	Ante o exposto, julgo procedente o pedido, resolvendo o mérito da causa com fulcro no art. 269, I do CPC, condenando o INSS a recalcular a renda mensal inicial benefício de aposentadoria por idade em nome do autor Albertino José da Silva, sem a aplicação do fator previdenciário, nos termos do preceituado no art.7º da lei 9.876/99.
 
 Sobre os atrasados, observada a prescrição qüinqüenal, incidirão os juros de mora 1% ao mês, a partir da citação, nos termos do art. 406 do Código Civil e do art. 161, 1º, do Código Tributário Nacional, incidindo tais juros até a data de expedição do precatório, caso este seja pago noprazo estabelecido pelo art. 100 da CF/88 (STF, RE nº 298.616-SP, Relator Ministro Gilmar Mendes, maioria, julgado em 31 de outubro de 2002).A correção monetária incide sobre as prestações em atraso, desde os respectivos vencimentos, na forma das Súmulas 148 do E. STJ e nº 8 do E. TRF da 3ª Região e da Resolução nº 242 do Conselho da Justiça Federal, acolhida pelo artigo 454 do Provimento nº 64, de 28/04/2005 da E. Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região.Fixo os honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação devidamente liquidado, excluídas as prestações vencidas após a sentença nos termos da Súmula 111 do Superior Tribunal de Justiça.Custas "ex lege".Sentença sujeita ao duplo grau, nos termos do art. 10, da Lei n.º 9.469/97. Disponibilizacao D. Eletrônico de sentença : 01/08/2008 ,pag 0 Proc. n° 200761830034804 .
 
 Vide também O posicionamento do Juiz Federal Marcus Orione, em sua festejada obra “Curso de Direito da Seguridade Social, dos Magistrados e doutrinadores João Batista Lazzari e Carlos Alberto de Castro (Manual de Direito Previdenciário, 2007, p. 412), de Jelson Carlos Accardrolli (Revista RPS 249/583), o parecer da Fiesp/Ciesp (Disponível em http://www.ciesp.org.br/hotsite_dejur/pareceres_juridicos/039-01.pdf), Processo: 2005.63.15.000133-5 – JEF SÃO PAULO, dentre outros. 
*
Indo na mesma linha há que se comentar que recentemente a 1ª Vara Previdenciária de São Paulo ao julgar um caso análogo assim se manifestou:
Registre-se, no entanto, que entendemos que o fator previdenciário é inconstitucional. Na lei, são introduzidos elementos de cálculo que influem diretamente no próprio direito ao benefício, concebendo-se, por via obliquo, limitações distintas das externadas nos requisitos impostos constitucionalmente para a obtenção, em especial, da aposentadoria por tempo de contribuição. Diversamente do setor público, no setor provado rechaçou-se a adição da idade para a obtenção do benefício (art. 201, §7º da Constituição Federal de 1988). Do mesmo modo, não há qualquer previsão, para que o benefício seja concedido, de elementos como a expectativa de vida. Portanto a lei ordinária acrescentou, para fins de obtenção do valor do benefício, requisitos que, ainda que indiretamente, dificultam o acesso ao próprio direito ao benefício. 
Nem se diga que uma coisa é requisito para obtenção do benefício – que continuaria a ser apenas o tempo de contribuição – e outra, totalmente diversa, é o cálculo do seu valor inicial. Ora, o raciocínio é falacioso: somente é possível se obter o benefício a partir da utilização dos elementos indispensáveis para o cálculo da renda mensal inicial. Assim, utilizando-se, para obtenção desta, de elementos não permitidos – ou mais, desejados – pela Constituição, obviamente que violado se encontra o próprio direito ao beneficio em si.
Ressalte-se, também, que não há elementos suficientes para se tem como conclusivo que o fator previdenciário garanta o “equilíbrio financeiro e atuarial” do sistema. Trata-se, isto sim, de elemento que consubstancia intolerável “retrocesso social”, afastado em vários momentos pela melhor doutrina (CANOTILHO E FLÁVIA PIOVESAN, dentre outros)
*
 
Constate-se, finalmente, que os requisitos postos no cálculo do fator previdenciário não consideram especificações regionais, equiparando, v.g., quanto a idade ou expectativa de vida, situações diversas. É inadmissível, por exemplo, considerar-se que estes elementos possam ser dimensionados da mesma forma se considerarmos um benefício postulado pó um segurado de São Paulo e por outro do sertão do Nordeste. Logo, sem considerar estas peculiaridades, o fator previdenciário atinge frontalmente o princípio da igualdade, insculpido no art. 5º, “caput”, da Constituição Federal de 1988.
Não há, aqui, que se atribuir efeitos vinculantes ou “erga omnes” às Adins 2.110-9 e 2.111-7 (relatadas , com liminar penas, pelo Min. Sydney Sanches).
Não havendo qualquer insurreição quanto aos demais elementos constantes da Lei n. 9876/99, devem estes ser mantidos no recálculo da renda mensal inicial da parte autora.Ante todo o exposto, julgo procedente o pedido constante da inicial, para que se promova ao recálculo da renda mensal inicial do benefício da parte autora sem a incidência do fator previdenciário, nos moldes da fundamentação, observada a prescrição qüinqüenal.Os juros moratórios são fixados à razão de 1% ao mês, nos termos do art. 406 do CC e do art. 161, 1º, do CTN.A correção monetária incide sobre as diferenças apuradas desde o momento em que se tornaram devidas, na forma do atual Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela resolução 561/2007 do Presidente do Conselho da Justiça Federal. Os honorários devem ser arbitrados em 15% sobre o total da condenação. O INSS encontra-se legalmente isento do pagamento de custas.Sentença sujeita ao duplo grau, nos termos do art. 10, da Lei nº. 9.469/97. Publique-se. Registre-se. Intime-se. ( 
Processo n. 2009.61.83.007350-8 – Primeira Vara Previdenciária de São Paulo, DOE. 16/11/2009.
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 CÁLCULOS
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 PARTICULARIDADES – Trazidas pela Lei 9.876/99 – Regra de transição – aplicada basicamente a todos que estão em condições de requererem o Benefício – ficando quase como regra obrigatória atualmente, senão vejamos:
Art. 3º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei. 
§ 2º No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o § 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo 
Assim, para poder atender o requisito trazido pela norma, necessário se saber a quantidade de SC existentes, para de posse desta informação realizar o cálculo que o § 2º determina.
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Entendendo o conceito da norma:
Primeiramente, deve-se observar que período contributivo é diferente de período transcorrido da competência de julho de 1994 até a data da entrada do requerimento, sendo que tal locução ainda deve ser conjugada com o caput do artigo, ou seja, encontrar a real interpretação entre o termo “no mínimo” do caput do artigo 3º c/c “limitado” do § 2º do mesmo artigo. 
Tal entendimento poderia nos levar a conclusão que o aludido divisor é inócua, defendendo-se a teoria que no cálculo das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial, devessem tomar por base apenas o períodos efetivamente contribuídos, extirpando o parágrafo segundo por ser colidente com o caput do artigo. 
No entanto, vejamos o que o STJ vem entendendo:
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PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. REVISÃO. PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO. AMPLIAÇÃO. EC 20/1998 E LEI 9.876/1999. UM PARA O CÁLCULO DA MÉDIA. PERÍODO CONTRIBUTIVO.
A partir da promulgação da Carta Constitucional de 1988 apuração das beneficias de prestação continuada, como a aposentadoria, correspondia à média dos 36 últimos salários-de-contribuição ( art.202, caput)
Com a Emenda Constitucional 20, de 1998. o número de contribuições integrantes do Período Básico de Cálculo deixou de constar do texto constitucional, que atribuiu essa responsabilidade ao legislador ordinário (201. § 3º).
Em seguida veio à lume a Lei 9.876 cuja entrada em vigor se deu em 29.11.1999. Instituiu-se o fator previdenciário no cálculo dasaposentadorias e ampliou-se o período de apuração dos salários-de-contribuição.
Conforme a nova Lei, para aqueles que se filiassem à Previdência a partir da Lei 9.876/1999, o período de apuração envolveria os salários-de-contribuição desde a data da filiação até a Data de Requerimento – DER, isto é, todo o período contributivo do segurado.
De outra parte, para os filiados antes da edição da aludida Lei, o período de apuração passou a ser o interregno entre julho de 1994 e a DER.
O Período básico de cálculo dos segurados foi ampliado pelo disposto no art. 3º, caput, da Lei 9.876/99. Essa alteração legislativa veio em benefício dos segurados. Porém, só lhes beneficia se houver contribuições. 
 Na espécie, a recorrente realizou apenas uma contribuição desde a competência de julho de 1994, até a entrada do requerimento – DER, em janeiro de 2004.
O caput do art. 3º da Lei 9.876/99 determina que, na média considerar-se-á os maiores salários-de-contribuição, na forma do artigo 29, inc. I, da Lei 8.213/1991, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo desde julho de 1994. E o § 2º do referido art. 3º da Lei 9.876/99 limita o divisor a 100% do período contributivo.
Não há qualquer referência a que o divisor mínimo para apuração da média seja limitado ao número de contribuições.
Recurso Especial a que se nega provimento. (Resp 929.032/RS DJe 27.04.2009)
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Outro pensamento que nos chama a atenção é a definição dada no julgamento do processo 2002.7208.005249-9-SC, o qual narra:
Assim: se todo o período contributivo for inferior a 60% do período de apuração (07-1994 até a DIB), inviável a eleição dos 80% maiores valores, desprezando-se os demais. A média, assim, parte da integralidade do período contributivo, adotando-se como divisor o próprio número de salários-de-contribuição. Aqui, se trata da aplicação da segunda parte do § 2 do artigo 3º, onde o divisor está limitado a cem por cento de todo o período contributivo...
	
OBS.: Tal entendimento acabaria por complicar o sistema contributivo, na opinião deste nobre articulista. Posto que acaba sendo mais interessante ter uma única contribuição, posto que o mínimo divisor no caso em tela será o próprio salário-de-contribuição e não o núcleo duro do artigo 3°, § 2 da Lei 9.876/99. Tal pensamento também é coadunado pela Juíza Federal Marina Vasques. (Direito Previdenciário, p. 133. 2010) 
Tal mecânica também restou assim ementada nos processos: 2006.72.59.001504-4 e 2007.72.95.004764-9 ambos julgados pela Turma Recursal de SC.
 
Tentemos entender a mecânica do cálculo então:
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Caso 01:
Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da competência de julho de 1994 até a DER recolhido todas as contribuições. Desta forma contando com 100 meses transcorridos e 100 meses pagos no valor de 500 reais, seu cálculo se daria da seguinte forma:
 
Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
60% do período transcorrido: 60 meses
 
Período contribuído= 100 contribuições
80% maiores contribuições= 80
 
Cálculo:
SB= 80x500,00 ( período contribuído)
 80 (porque não inferior a 60% do período decorrido)
 
SB= 40.000,00: 80= 500
 
Obs.: Lembrando que os SC’s que apuraram o SB devem ser devidamente corrigidos em sua fórmula matemática;
*
Caso 02:
Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da competência de julho de 1994 até a DER recolhido 70 contribuições. Desta forma contando com 100 meses transcorridos e 70 meses pagos, dos quais 56 foram no valor de 500 reais e 14 no valor de 100, seu cálculo se daria da seguinte forma:
Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
60% do período transcorrido: 60 meses
Período contribuído= 70 contribuições
80% maiores contribuições= 56
Cálculo:
SB= 56x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 4 SC’s de 100,00 – correpondendo a 85,7% do total de meses contributivos (pegos dentre os 20% menores para integralizar no mínimo 60% de contribuição, posto que dente os 20% menores eu posso integralizar até 100% para tentar atingir o mínimo divisor de meses relativos aos SC’s) divididos por 60 (60% do período decorrido)
SB= 28.400,00: 60= 473,33
OBS.: Para se apurar a razão percentual devemos: 70-------100
 60---------X
*
Caso 03:
Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da competência de julho de 1994 até a DER recolhido 60 contribuições. Desta forma contando com 100 meses transcorridos e 60 meses pagos, dos quais 48 foram no valor de 500 reais e 12 no valor de 100, seu cálculo se daria da seguinte forma:
Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
60% do período transcorrido: 60 meses
Período contribuído= 60 contribuições
80% maiores contribuições= 48
Cálculo:
SB= 48x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 12 SC’s de 100,00 – correpondendo a 100% do total de meses contributivos (pegos dentre os 20% menores para integralizar no mínimo 60% de contribuição, posto que dente os 20% menores eu posso integralizar até 100% para tentar atingir o mínimo divisor de meses relativos aos SC’s) divididos por 60 (60% do período decorrido)
SB= 25.200,00: 60= 420
*
Caso 04:
Antonio Rego D´ouro requereu sua aposentadoria em 01.11.2002. Tendo da competência de julho de 1994 até a DER recolhido 48 contribuições. Desta forma contando com 100 meses transcorridos e 48 meses pagos, dos quais 39 foram no valor de 500 reais e 09 no valor de 100, seu cálculo se daria da seguinte forma:
 
Período transcorrido de 07/94 até a DER=100 meses
60% do período transcorrido: 60 meses
Período contribuído= 48 contribuições
80% maiores contribuições= 39
Cálculo:
SB= 39x500,00 (maiores SC’s do período contribuído) + 09 SC’s de 100,00 – correspondendo a 100% do total de meses contributivos (pegos dentre os 20% menores para integralizar no mínimo 60% de contribuição, posto que dente os 20% menores eu posso integralizar até 100% para tentar atingir o mínimo divisor de meses relativos aos SC’s, contudo, no caso em epígrafe mesmo depois de realizar isto não fora possível atingir o número de contribuições relativos ao mínimo divisor, deste modo, soma-se todos os salários e dividi-se pelo mínimo divisor) divididos por 60 (60% do período decorrido)
SB= 20.400,00: 60= 340,00
*
Visão do INSS: Artigo 175 da IN 45 – Antigo artigo 83, III, “a” e “b”
Artigo 175(...)
Parágrafo único. Tratando-se de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e aposentadoria especial, para apuração do valor do salário-de-benefício, deverá ser observado:
 
I - contando o segurado com menos de sessenta por cento de contribuições no período decorrido de julho de 1994 até a data do início do benefício - DIB, o divisor a ser considerado no cálculo da média aritmética simples dos oitenta por cento maiores salários de contribuição de todo o período contributivo desde julho de 1994, não poderá ser inferior a sessenta por cento desse mesmo período; e
II - contando o segurado com sessenta por cento a oitenta por cento de contribuições no período decorrido de julho de 1994 até a DIB, aplicar-se-á a média aritmética simples.
*
Exemplificando o cálculo pelo INSS: 
Caso 01
DER 07/2004
PBC=120
Contribuições= 70
Mínimo divisor= 72 (120X60%)
O cálculo será a soma dos 70SC devidamente corrigidos divididos pelo mínimo divisor 72.
Caso 02
DER=07/2003
PBC=108
Contribuições= 70
Mínimo divisor= 64 (108X60%)
O cálculo será a média aritmética simples, ou seja, a soma dos 70SC devidamente corrigidos, divididos pela quantidade numérica de meses contribuídos, vez que este é superior a 60% e inferior a 80%.
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Nota: A partir da entrada em vigor da Lei 10.403/02, o INSS passou a utilizar, para fins de cálculo do SB, as informações constantes do CNIS, relativo as contribuições dos segurados. 
Lembrando que o segurado poderá solicitaralteração das informações do CNIS, trazendo provas da divergência.
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Atividades Concomitantes
	O artigo 32 da Lei nº 8.213/91 ao referir-se a atividades concomitantes, diz respeito ao exercício de mais de uma atividade vinculada ao Regime Geral da Previdência Social, seja exercida em idêntica categoria de segurado ou não.
	Não há restrição ou limitação legal no sentido de que não seja aplica o referido dispositivo quando se tratar de duas atividades na condição de empregado.
	
	Vejamos como se dá a redação do referido artigo:
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Atividades Concomitantes
 Segue a redação do artigo 32 da Lei nº 8.213/91, que assim dispõe:
 Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 e as normas seguintes:
 I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido, o salário-de-beneficio será calculado com base na soma dos respectivos salários-de-contribuição;
 II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício corresponde à soma das seguintes
 parcelas:
 a) o salário-de-benefício calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades em relação às quais são atendidas as condições do benefício requerido;
 b) um percentual da média do salário-de-contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completo de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;
 III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da alínea "b" do inciso II será o resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício.
 § 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do salário-de-contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes.
 § 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que tenha sofrido redução do salário-de-contribuição das atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário.
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 Portanto, a regra geral encontra-se no caput e inciso I do artigo citado (quando o segurado atendeu todos os requisitos para concessão do benefício em ambas as atividades) e a regra excepcional (quando o segurado preenche os requisitos para concessão somente em uma das atividades) está disposta nos incisos II e III.
 
 Então, os casos de maior dúvida estão nas situações onde o segurado que possui mais de uma atividade não atinge os pressupostos para alçar o benefício em todas elas.
 
 Para já se visualizar, o beneficiário mais apenado com esta regra é aquele que almeja o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição (integral ou proporcional) e a aposentadoria especial, pois nestes casos o percentual da alínea b, corresponderá ao resultado da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício.
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 No caso do inciso II do artigo 32, devemos observar qual é a atividade principal e quais são as acessórias, para isso, devemos ver em qual atividade houve o maior tempo de contribuição, ou qual a atividade que melhor garanta a subsistência do cliente, sendo então as demais as atividades secundárias.
 
 Dito isto, o que nos cabe realizar são os cálculos, onde, para cada atividade haverá a apuração do SB. 
 Certo é que o SB da atividade secundária será considerado de forma proporcional, havendo então a figura do numerador e do denominador que serão aplicados.
 Uma informação importante é que, no mês, ou meses, onde o Segurado realizou contribuição somente em relação a uma das atividades concomitantes, a atividade múltipla não será considerada, situação que também ocorre quando se tratar de atividades em mesmo grupo empresarial, por força da IN INSS/Pres n° 11, em seu artigo 88, parágrafo quarto.
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Assim, vejamos como serão fixados os numeradores e os denominadores:
 
 1. Numerador: parcela igual ao total de contribuições mensais de todo o período concomitante, para aposentadoria por idade, auxílio-doença e por invalidez, ou a anos completos de contribuição de toda a atividade concomitante, para as demais aposentadorias. 
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2. Denominador: será igual a:
2.1 – Ao número estipulado como período de carência constante na tabela transitória, para os segurados inscritos até 24.7.1991, e de 180 meses para os inscritos após esta data, para a aposentadoria por idade;
2.2 - A doze, para o auxílio-doença e para a aposentadoria por invalidez;
2.3 - A 15, 20 ou 25 anos, para a aposentadoria especial;
2.4 – A 25, para mulher e 30, para o homem, quando se tratar de aposentadoria do professor;
2.5 - Ao número mínimo de anos de serviço considerado para a concessão da aposentadoria por tempo de serviço, no período de 25.7.1991 a 16.12.1998 (o denominador a que se refere o inciso II do artigo 32, deverá ser igual a 35, se homem, ou 25 se mulher, no caso de aposentadoria proporcional de tempo de serviço);
2.6 – Ao número de anos completos de tempo de contribuição considerado para a concessão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, à partir da EC 20;
2.7 - A 30, para mulher e 35 para o homem, para a aposentadoria por tempo de contribuição do segurado que ingressou na Previdência a partir de 17.12.1998.
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E como se calcula?
Para se visualizar como fica a fração:
15 numerador
 35 denominador
 Exemplo: No caso de um segurado que exerce atividades concomitantes, completou 35 anos de contribuição em uma das atividades e 15 anos na segunda atividade. Ao requerer a sua aposentadoria por tempo de contribuição, o seu salário-de-benefício será calculado da seguinte forma:
- na 1ª atividade, será feita a média normal e encontrado o salário-de-benefício da 1ª atividade;
- na 2ª atividade, será feita a média normal, após este valor será multiplicado por 15/35 (+/- 42,86% - resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício) e encontrado o salário-de-benefício da 2ª atividade;
- após a apuração acima, serão somados os dois valores e apurado o salário-de-benefício final, sobre o qual será aplicado o fator previdenciário e apurada a Renda Mensal Inicial. 
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Julgados interessantes
 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 2003.72.06.000283-5/SC
 EMENTA - PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. REVISÃO DA RMI. EX-SERVIDOR PÚBLICO OPTANTE PELO PDV. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES CONCOMITANTES, UMA VINCULADA AO RGPS E OUTRA SUBMETIDA AO REGIME PRÓPRIO. POSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO PARA FINS DE CONTAGEM RECÍPROCA. NÃO-PREENCHIMENTO EM NENHUMA DELAS ISOLADAMENTE DOS REQUISITOS PARA A APOSENTAÇÃO. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO CALCULADO SEGUNDO OS INCISOS II, "A" E III DO ART. 32 DA LEI 8.213/91. CONSIDERAÇÃO DA ATIVIDADE MELHOR REMUNERADA COMO PRINCIPAL. CÁLCULO JUDICIAL. NÃO-HOMOLOGAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Em se tratando de ex-servidor público, optante pelo Programa de Desligamento Voluntário do funcionalismo público federal, inexiste vedação para a utilização, para fins de aposentação pelo RGPS, dos salários-de-contribuição relativos à atividade pública, uma vez que não utilizado o respectivo tempo de serviço para obtenção de benefício junto ao regime estatutário, bem assim garantido o seu aproveitamento para fins de contagem recíproca, tanto pelas normas previdenciárias quanto pelo regulamento que norteou a adesão ao PDV. 2. Quando há duas atividades concomitantes, uma como empregado e outra na condição de contribuinte individual, sendo que em nenhuma delas isoladamente o segurado preencheu os requisitos para a aposentação, deve ser considerada como principalpara efeito do cálculo do salário-de-benefício, nos termos das alíneas a e b do inciso II c/c inciso III do artigo 32 da Lei 8.213/91, a melhor remunerada, o que implica que a média corrigida dos salários-de-contribuição dessa atividade é considerada de forma integral, enquanto na secundária o cálculo é proporcional. 3. Constatado, de plano, que os salários-de-contribuição utilizados pela Contadoria Judicial não correspondem aos empregados para o cálculo do salário-de-benefício na seara administrativa, tampouco aos informados pelo empregador, deixa-se de homologar os cálculos judiciais, postergando o cômputo da RMI definitiva para o processo executório. 4. A base de cálculo da verba honorária abrange, tão-somente, as parcelas devidas até a sentença de procedência ou do acórdão que reforme a sentença de improcedência.
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 AÇÃO RESCISÓRIA. PREVIDENCIÁRIO. LEI Nº 8.213/91, ART. 32.ATIVIDADES CONCOMITANTES. CONTAGEM EM DOBRO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PERÍODO COMO AUTÔNOMO. NECESSIDADE DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES RESPECTIVAS.8.213321. O exercício de atividades, de forma concomitante, não confere ao segurado o direito à dupla contagem de tempo de serviço. O que a legislação previdenciária autoriza é o cômputo das contribuições vertidas para efeitos de cálculo do salário-de-benefício, nos termos do artigo 32 da Lei nº 8.213/91.328.2132. Não tendo sido vertidas as respectivas contribuições no período trabalhado como autônomo (01-01-70 a 30-10-70), não pode o referido período ser reconhecido como tempo de serviço. (145798 SC 2000.04.01.145798-3, Relator: JOSÉ PAULO BALTAZAR JUNIOR, Data de Julgamento: 14/04/2005, TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJ 25/05/2005 PÁGINA: 544)
 PREVIDENCIÁRIO. LEI Nº 8.213/91, ART. 32. ATIVIDADES CONCOMITANTES.CONTAGEM EM DOBRO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.8.21332- O exercício de atividades, de forma concomitante, não confere ao segurado o direito à dupla contagem de tempo de serviço. O que a legislação previdenciária autoriza, é o cômputo das contribuições vertidas para efeitos de cálculo do salário-de-benefício, nos termos do artigo 32 da Lei nº 8.213/91.328.213. (23630 RS 1999.71.00.023630-5, Relator: LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO, Data de Julgamento: 13/08/2002, SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJ 28/08/2002 PÁGINA: 808)
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BIBLIOGRAFIA: 
LEMES, Emerson Costa, Manual dos Cálculos Previdenciários - Benefícios e Revisões - 2ª Ed. – Ampliada, Revista e Atualizada, 2011
ALENCAR, Hermes Arrais. Cálculo de Benefícios Previdenciários – Teses Revisionais. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2011. 
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