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Direito Previdenciário e a Constituição Federal 
Por F.Santos Advocacia & Consultoria / 25 de março de 2022 
SEGURIDADE SOCIAL 
A Seguridade Social (segurança social) surgiu com a previsão do artigo 194 da CF/88, e tem como 
primordial finalidade assegurar a dignidade da pessoa humana, para isso sendo composta por três 
vertentes: 
1. SAÚDE (196/200 CF e regulamentada pela Lei 8.080/90) não requer caráter contributivo; 
2. ASSISTÊNCIA SOCIAL (203/204 CF) não requer caráter contributivo; 
3. PREVIDÊNCIA SOCIAL (201/202 CF) requer caráter contributivo e compulsório. 
Já a previdência social é subdividida em três: 
o REGIME PRÓPRIO (RPPS): 40 CF ➛ destinado aos servidores públicos do união, estado e 
municípios que prefiram organizar seu pessoal por um estatuto próprio. 
o REGIME GERAL (RGPS): 201 CF ➛ regime obrigatório para todos (1) empregados, (2) que 
exercem atividade remunerada, (3), facultativo apenas para os segurados facultativos que mesmo sem 
exercer atividade remunerada optam por contribuir como segurados. Regime administrado pelo INSS, 
excetuados os que sejam vinculados à regime próprio (221 §5º), 
o REGIME COMPLEMENTAR: 202 CF ➛ regime não obrigatório devendo ter a expressa 
adesão do trabalhador para sua contratação. 
 Regime de Previdência Complementar dos Servidores Públicos; 
 Regime de Previdência Complementar Privada. 
Financiamento da Seguridade Social (195 CF) 
Art. 195. A seguridade social (não somente a previdência social) será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais. 
1. Orçamentos da União, Estados, Municípios e Distrito Federal; 
2. Contribuições sociais de trabalhadores e empresas; 
3. Concursos de prognósticos; 
4. Contribuição sobre o importador de bens e serviços do exterior; 
5. Outras fontes, que podem ser criadas por lei complementar. 
Por óbvio, o que a mídia e os discursos políticos divulgam como déficit da previdência na verdade é 
déficit da SEGURIDADE SOCIAL que divide suas receitas com a saúde e a assistência social. 
Saúde 
A saúde não tem caráter contributivo, portanto, o Estado deve oferecer serviços de saúde sem exigir a 
contraprestação de de contribuição, conforme prevê o artigo 196 da CF: 
Art. 196. A saúde é DIREITO de todos e DEVER do Estado (U,E,M,DF), garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Mesmo não exigindo contribuição em contraprestação, a saúde oferece um benefício pecuniário 
chamado Auxílio-Reabilitação Psicossocial. Esse benefício custeado pela Saúde é concedido a pessoas 
que ficaram internadas em tratamento psiquiátrico aos cuidas do Estado com a finalidade de inseri-los à 
https://www.fabiosantos.adv.br/author/fabio/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art194
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#tituloviiicapituloiisecaoii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#tituloviiicapituloiisecaoii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#tituloviiicapituloiisecaoiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art202
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art196
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art196
sociedade. (Internação no mínimo 2 anos). Esse benefício é chamado de Programa de Volta para Casa, 
está regulamentado pelas leis 10. 708/03 e 10.216/01. 
MEDICAMENTOS EXPERIMENTAIS OU NÃO HOMOLOGADOS PELA ANVISA 
Concretização de políticas públicas: O dever do estado em promover SAÚDE, SEGURANÇA, 
ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA, como por exemplo fornecer, tratamento medico ou 
fornecer medicamentos.pode ser requerido judicialmente o efetivo cumprimento, pois o descumprimento 
dessas “obrigações” resulta na inconstitucionalidade por descumprir o direito a saúde e a dignidade 
da pessoa humana . 
Em repercussão Geral do RE 657.718, discutes-se a obrigação do Estado em promover o custeio de 
medicamentos que estão em caráter experimental, mas que comprovadamente surtam resultado, ou, 
que ainda não foram homologados pela ANVISA, que fixou as seguintes regras: 
1. Como regra geral, o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos não registrados na 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por decisão judicial. O registro na Anvisa 
constitui proteção à saúde pública, atestando a eficácia, segurança e qualidade dos fármacos 
comercializados no país, além de garantir o devido controle de preços. 
 
2. No caso de medicamentos experimentais, i.e., sem comprovação científica de eficácia e 
segurança, e ainda em fase de pesquisas e testes, não há nenhuma hipótese em que o Poder 
Judiciário possa obrigar o 
Estado a fornecê-los. Isso, é claro, não interfere com a dispensação desses fármacos no âmbito de 
programas de testes clínicos, acesso expandido ou de uso compassivo, sempre nos termos da 
regulamentação aplicável. 
 
3. No caso de medicamentos com eficácia e segurança comprovadas e testes concluídos, mas ainda 
sem registro na ANVISA, o seu fornecimento por decisão judicial assume caráter absolutamente 
excepcional e somente poderá ocorrer em uma hipótese: a de mora irrazoável da Anvisa em 
apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016). Ainda nesse caso, porém, será 
preciso que haja prova do preenchimento CUMULATIVO de três requisitos. São eles: 
 
(i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos 
para doenças raras e ultrarraras); 
 
(ii) a existência de registro do medicamento pleiteado em renomadas agências de regulação no exterior 
(e.g., EUA, União Europeia e Japão); e 
 
(iii) a inexistência de substituto terapêutico registrado na ANVISA. 
 
Ademais, tendo em vista que o pressuposto básico da obrigação estatal é a mora da agência, as 
ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão 
necessariamente ser propostas em face da União. 
Direito de todos e dever do Estado (art.2º, da Lei 8.080/90) entendimento externado no STJ, AgInt 
no AREsp 474.300/PE: 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. DEVER DO ESTADO. DIREITO 
FUNDAMENTAL À VIDA E À SAÚDE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES 
FEDERATIVOS PELO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. 
PRECEDENTES DESTA CORTE (AGRG NO ARESP. 350.065/CE, AGRG NO RESP. 
1.297.893/SE). ACÓRDÃO RECORRIDO ESTÁ EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4143144
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15344900727&ext=.pdf
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=64897995&num_registro=201400291930&data=20160912
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=64897995&num_registro=201400291930&data=20160912
STJ. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83/STJ. MATÉRIAS NÃO APRECIADAS PELA ORIGEM. 
FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. ÓBICE DA SÚMULA 211/STJ. AGRAVO INTERNO DO 
ESTADO DE PERNAMBUCO DESPROVIDO. 1. O Tribunal de origem dirimiu, fundamentadamente, 
as questões que lhe foram submetidas, apreciando integralmente a controvérsia posta nos autos. 2. A 
saúde é um direito fundamental do serhttps://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/turma-nacional-de-uniformizacao/temas-representativos
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
XXV – o diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de natureza 
não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, em atividade sem fins lucrativos; 
XXVIII – aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade 
comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei 
nº6 .586, de 6 de novembro de 1978; (revendedores de produtos – Avon, lingerie e etc…) 
XXIX – aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos 
hortifrutigranjeiros ou assemelhados. 
XXX – a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins lucrativos; 
(serventes, pedreiros) 
XXXII – o Micro Empreendedor Individual – MEI, de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e 
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. 
Para ser MEI, é necessário: 
➛ Faturar até R$ 81.000,00 por ano ou R$ 6.750,00 por mês; 
➛ Não ter participação em outra empresa (como sócio ou titular); 
➛ Ter no máximo 01 empregado contratado (que receba o salário mínimo ou piso da categoria). 
Dentre outras qualificações do citado dispositivo, que em regra, resume-se em, pessoa física que 
aufere renda (com fins lucrativos ou não)! 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
EQUIPARADO À EMPRESA 
Parágrafo único (Art. 15 Lei 8.212/91). Equiparam-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o 
contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção 
civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a 
entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira 
estrangeiras. (Redação dada pela Lei nº 13.202, de 2015) 
 CAEPF (Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física) – A IN RFB 1.828/18 a partir de 
10.09.2018 tornou obrigatória a inscrição no CAEPF das pessoas físicas que exercem atividade econômica 
equiparados à empresa e o Segurado Especial. 
Art. 5º da IN RFB 1.828 de 10/09/18: A inscrição no CAEPF será efetuada da seguinte forma: 
I – pela pessoa física: 
a) no portal do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC); ou 
b) nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição; e 
 
II – de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 
 CNO (Cadastro Nacional de Obras) – veio para substituir o CEI (Cadastro Específico do INSS) – 
obrigatórios a partir de 21.01.2019. Art. 3º – IN RFB 1.845 – Devem ser inscritas no CNO todas as obras de 
construção civil, conforme definidas no art. 2º, exceto as obras a que se refere o art. 4º. 
Art. 2º IN RFB 1.845 – Considera-se obra de construção civil, a construção, a demolição, a 
reforma, a ampliação de edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao 
subsolo, conforme discriminação no Anexo VII da Instrução Normativa RFB nº 971/09. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13202.htm#art12
ENUNCIADO 2 – Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de 
contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao segurado. 
Presunção de Recolhimento 
do Contribuinte Individual PRESTADOR DE SERVIÇOS. 
ENUNCIADO 2 
I – Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o 
doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do contribuinte individual 
prestador de serviço. 
VEDAÇÃO DE PRESUNÇÃO DE RECOLHIMENTO 
Segurado INDIVIDUAL Empresário 
ENUNCIADO 5 
V – As contribuições do contribuinte individual empresário não se presumem descontadas e 
recolhidas, nos termos do art. 4º da Lei nº 10.666/03, quando exercida atividade na empresa da 
qual seja titular (a responsabilidade de recolhimento é própria), diretor não empregado, membro de 
conselho de administração, sócio ou administrador não empregado. 
VALOR PROBATÓRIO DA CTPS 
ENUNCIADO 2 
II – Não é absoluto o valor probatório da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), mas é 
possível formar prova suficiente para fins previdenciários se esta não tiver defeito formal que lhe 
comprometa a fidedignidade, salvo existência de dúvida devidamente fundamentada. 
ENUNCIADO 5 CRPS – Contribuinte Individual (Atualizado) 
RECOLHIMENTO EM ATRASO 
O recolhimento em atraso de contribuições previdenciárias devidas pelo contribuinte individual 
exige a comprovação do efetivo exercício de atividade remunerada (59 IN77, Orientação Interna 
177/07 e art.12, 19-B RPS), na forma do art. 55, §3º da Lei nº 8.213/91. 
ENUNCIADO 5 
I – A concessão de prestações ao contribuinte individual em débito ou aos seus dependentes é 
condicionada ao recolhimento prévio (vedado recolhimento pós morte), pelo segurado, das 
contribuições necessárias à reaquisição da qualidade de segurado, salvo em relação ao prestador de 
serviço à empresa, a partir da competência abril de 2003. 
CONTRIBUIÇÃO ATRASADA 
(Cômputo para CARÊNCIA/CONTRIBUIÇÃO) 
Considera-se contribuição em atraso (para o contribuinte INDIVIDUAL) aquela recolhida após a perda 
da qualidade de segurado nos termos do artigo 28, II do RPS: “Art. 28. O período de carência é contado: II 
– para o segurado contribuinte individual, observado o disposto no § 4º do art. 26, e o segurado 
facultativo, inclusive o segurado especial que contribua na forma prevista no § 2º do art. 200, a partir 
da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, e não serão consideradas, para 
esse fim (carência), as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, 
observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos § 3º e § 4º do art. 11″. (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
 § 4º do art.11 – Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não 
tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art19b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art28ii..
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
 VI, art. 13 – até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. (atenção ao período de graça 
que estende esse prazo). 
Logo, as contribuições vertidas antes do primeiro recolhimento em dia, não servem como carência, 
apenas como tempo de contribuição, por não obedecer a fundamentação acima (Art. 28, II do RPS 
c/c § 4º do art.11 ). 
COMUNICADO DIVBEN 02/2021 (pág. 2) “As contribuições em atraso realizadas a partir de 
01/07/2020 somente são computadas para carência se tiverem sido pagas dentro do mesmo período de 
qualidade de segurado, ou seja, desde que exista uma contribuição de competência anterior em dia, 
na mesma categoria, referente a qual nunca tenha havido a perda da qualidade de segurado entre ela 
e a data de pagamento da contribuição em atraso que está sendo analisada. Exceto no caso do 
segurado facultativo, o lapso de tempo entre a competência contribuída e a data de pagamento da 
contribuição não é importante, desde que nesse lapso não tenha ocorrido perda da qualidade de 
segurado, ainda que em diferentes categorias. Importante destacar queessa regra se aplica a 
qualquer benefício, inclusive às aposentadorias.” 
Portaria PRES/INSS 1382-21, 
“Art. 3º “Para os segurados elencados no art. 2º, a contribuição recolhida com atraso após a perda 
da qualidade de segurado não será computada para carência. 
 
§ 1º Observada a necessidade do primeiro recolhimento ser efetuado em dia, serão considerados para 
fins de carência os recolhimentos realizados em atraso, desde que o pagamento tenha ocorrido dentro 
do período de manutenção da qualidade de segurado e na mesma categoria de segurado.” 
 
“Art. 7º Para os segurados elencados no art. 2º, a contribuição recolhida com atraso após a perda da 
qualidade de segurado poderá ser computada para tempo de contribuição, desde que o recolhimento 
regularmente realizado seja anterior à data do fato gerador do benefício pleiteado. Art. 8º Para os 
segurados elencados no art. 2º, a contribuição recolhida com atraso após a perda da qualidade de 
segurado poderá ser computada para efeito de manutenção de qualidade de segurado, desde que o 
recolhimento regularmente realizado seja anterior à data do fato gerador do benefício pleiteado.” 
 
“Art. 9º, § 5º Para fins de análise a direito adquirido, somente poderão ser considerados os 
recolhimentos em atraso efetuados até a data da verificação do direito. Os recolhimentos com data de 
pagamento posterior à data da análise do direito não integrarão o cálculo de tempo de contribuição 
nessa regra, mesmo que se refiram a competências anteriores. 
 
§ 6º Para fins de verificação do tempo de contribuição apurado até 13 de novembro de 2019, 
utilizado para verificação das regras de transição da aposentadoria por tempo de contribuição 
com pedágio de 50% (cinquenta por cento) e de 100% (cem por cento), previstos nos arts. 17 e 20 
da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, os recolhimentos realizados em 
atraso em data posterior não serão considerados. 
 
§ 7º Todos os recolhimentos em atraso realizados até a data de entrada do requerimento serão 
considerados, inclusive para cômputo no tempo total calculado para a verificação do direito às regras 
de transição aplicadas nas aposentadorias por idade, tempo de contribuição, do professor e especial, 
observado o disposto no § 6º.” 
ENUNCIADO 5 CRPS 
(convalidou o entendimento do INSS (inviabilizando recurso administrativo): 
 
III – As contribuições recolhidas em atraso pelo contribuinte individual após o período de graça 
não serão computadas como carência, nem para fins de manutenção da qualidade de segurado, 
mas apenas como tempo de contribuição. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art28ii..
Importante lembrar que o JEF corrobora a tese aplicada pelo INSS, editando o TEMA 192 TNU 
(25.03.2013): “Contribuinte individual. Recolhimento com atraso das contribuições posteriores ao 
pagamento da primeira contribuição sem atraso. Perda da qualidade de segurado. Impossibilidade 
de cômputos das contribuições recolhidas com atraso relativas ao período entre a perda da 
qualidade de segurado e a sua reaquisição para efeito de carência.“ 
 Logo, o entendimento do INSS abre discussão para arguir inconstitucionalidade por afronta ao 
art. 45-A da Lei 8.212/91 (previsão legal de recolhimento em atraso no prazo quinquenal), 
somente poderá ser discutido na Justiça COMUM, onde não há entendimento contrário consolidado. Deve 
ser interposto MS (por ser direito líquido e certo com base em lei 45-A) com requerimento (1) para anular a 
decisão administrativa,(2) reabertura do processo administrativo (3) retificando a decisão arbitrária, (4) 
reconhecendo o tempo de contribuição e o preenchimento dos requisitos, (5) e a consequente concessão do 
benefício administrativamente (método mais célere de apreciação do requerimento). 
Procedentes Legais: 
TRF 4 – Remessa necessária cível – 5006782-76.2021.4.04.7202/SC – 08/10/2021 
(…) “2. Com a revogação do artigo 59 do Decreto nº 3.048/99, promovida pelo Decreto nº 10.410/2020, o INSS 
expediu o 
Comunicado DIVBEN nº 02/2021, passando a entender que as contribuições recolhidas em atraso a partir de 
01/07/2020 não poderiam ser consideradas para fins de cálculo do tempo de contribuição em 13/11/2019, 
data da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº103/2019, ou seja, não poderia ser computado para fins 
de aplicação do pedágio. 3. A interpretação conferida pelo INSS, ao recolhimento em atraso de contribuições 
relativas ao labor rural cujo exercício foi regularmente reconhecido, carece de fundamento de validade em lei. 
4. Manutenção da sentença que concedeu, em parte, a segurança, a fim de anular a decisão administrativa 
pertinente ao NB 199.946.008-9, fixando prazo para reabertura do processo administrativo e prolação de 
nova decisão acerca do preenchimento dos requisitos para aposentadoria, considerando, na contagem do 
tempo de contribuição, o período de labor cujas contribuições foram regularmente indenizadas.” 
 
RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
Carência Somente com Contribuições Sem Atraso 
ENUNCIADO 5 
IV – Havendo perda da qualidade de segurado, somente serão consideradas para fins de carência as 
contribuições efetivadas sem atraso, após nova filiação do contribuinte individual (28 §4º RPS) ao 
Regime Geral de Previdência Social. 
Recolhimento em Atraso e Carência 
do Segurado Individual Empresário 
ENUNCIADO 5 
VI – A carência do segurado empresário até 24/07/1991, véspera da publicação da Lei nº 8.213/91, 
será computada a partir da data de sua filiação, podendo ser reconhecidas como carência as 
contribuições referentes até esta data, mesmo recolhidas em atraso, desde que comprovado o efetivo 
exercício de atividade nessa categoria. (Alterado pela RESOLUÇÃO Nº 35/CRPS, DE 30 DE ABRIL 
DE 2021, publicada no DOU em 06/12/2021 | Edição: 228 | Seção: 1 | Página: 132) 
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
ENUNCIADO 5 
II – Perde a qualidade de segurado o contribuinte individual que, embora em exercício de atividade 
remunerada, deixa de recolher suas respectivas contribuições por tempo superior ao período de 
graça (12 meses - uma contribuição vertida dentro desse período garante a qualidade 
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/uploads/sCrjp7BG.pdf
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/turma-nacional-de-uniformizacao/temas-representativos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art45a
de segurado, que garante o recolhimento indenizado computado como carência ) (art. 15, 
§4º da Lei nº 8.213/91), salvo quando não for o responsável pelo seu recolhimento. 
INDENIZAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO 
Em Período Prescrito/Decadente 
RECOLHIMENTO EM ATRASO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
Art. 45-A da 8.212/91. O contribuinte individual que pretenda contar como tempo de contribuição, 
para fins de obtenção de benefício no Regime Geral de Previdência Social ou de contagem recíproca 
do tempo de contribuição, período de atividade remunerada alcançada pela decadência (COM ATRASO 
SUPERIOR A 5 ANOS) deverá indenizar o INSS. 
➛ Repisa-se que, a INDENIZAÇÃO é feita somente para recolhimentos em atraso superior a 5 anos, 
exclusivamente pelo servidor – link de acesso. 
➛ Para recolhimentos inferiores a 5 anos o cálculos de atrasados é feito pelo próprio segurado no 
Link SAL no site do INSS 
➛ Para complementação de Contribuição Recolhida a menor (SICALC Web – cód. 1872). Pelo 
segurado no App meu INSS. 
NOTA IMPORTANTE: Se dentro do processo administrativo sobrevier a necessidade do 
Recolhimento é cabível (preferencialmente já no ato do requerimento) que seja requerido que o INSS 
emita as guias para recolhimento, caso comprovado período em que o segurado era contribuinte 
obrigatório. 
VALOR DA INDENIZAÇÃO 
§ 1o O valor da indenização a que se refere o caput deste artigo e o § 1o do art. 55 da Lei no 8.213, de 
24 de julho de 1991, corresponderá a 20% (vinte por cento): 
FORMA DE CÁLCULO 
I – da (1) média aritmética simplesdos (2) maiores salários-de-contribuição, (3) reajustados, (4) 
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de (5) todo o período contributivo decorrido desde a 
competência (6) julho de 1994; ou 
JUROS e MULTA da INDENIZAÇÃO 
§ 2o Sobre os valores apurados na forma do § 1o deste artigo incidirão juros moratórios de 0,5% 
(cinco décimos por cento) ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual máximo de 50% 
(cinqüenta por cento), e multa de 10% (dez por cento). 
PROCEDIMENTO DE INDENIZAÇÃO 
O Memorando – Circular Conjunto DIRBEN/ DIRAT/INSS 50/15, ora vigente, prevê que os cálculos 
de atrasados prescritos serão realizados pelo INSS através do sistema SALWEB. 
 link de acesso: acesse a área de cálculo. 
CONVALIDAÇÃO DE RECOLHIMENTO 
Recolhimento Realizado Sem a Devida Comprovação de Inscrição como Segurado 
INDIVIDUAL cabe Convalidação para Recolhimento como Segurado FACULTATIVO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art45a
http://sal.receita.fazenda.gov.br/PortalSalInternet/faces/pages/index.xhtml
http://sal.receita.fazenda.gov.br/PortalSalInternet/faces/pages/calcContribuicoesCI/filiadosApos/selecionarOpcoesCalculoApos.xhtml
https://sicalc.receita.economia.gov.br/sicalc/rapido/contribuinte
https://sicalc.receita.economia.gov.br/sicalc/rapido/contribuinte
https://meu.inss.gov.br/#/cism/consulta
https://meu.inss.gov.br/#/cism/consulta
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art55§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art55§1
http://sal.receita.fazenda.gov.br/PortalSalInternet/faces/pages/index.xhtml
Art. 66, § 2º, IN 77/15 – § 2º Nos recolhimentos efetuados pelo filiado de forma indevida ou 
quando não comprovada a atividade como segurado obrigatório, caberá a convalidação destes para 
o código de facultativo,observada a tempestividade dos recolhimentos e a concordância expressado 
segurado. 
Entretanto, para a convalidação ser aceita, o pagamentos à época devem ter sido realizados no prazo 
de recolhimento (atrasados não geram direito à convalidação). Isto porque o segurado facultativo tem 
recolhimento pontual, inadmitido recolhimento em atraso. 
Ademais, a convalidação deve ser requerida com declaração formal (concordância com a 
convalidação). 
AJUSTE DE RECOLHIMENTO 
Recolhimento de Valor menor do que Devido 
Do ajuste de guia de recolhimento do contribuinte individual,empregado doméstico, segurado 
facultativo e segurado especial que contribui facultativamente 
Art. 66. Entende-se por ajuste de Guia, as operações de inclusão, alteração, exclusão, transferência 
ou desmembramento de recolhimentos a serem realizadas em sistema próprio, a fim de corrigir no 
CNIS as informações divergentes dos comprovantes de recolhimentos apresentados pelo contribuinte 
individual, empregado doméstico, facultativo e segurado especial que contribui facultativamente, 
sendo que: 
I – inclusão é a operação a ser realizada para inserir contribuições inexistentes no CNIS e na Área 
Disponível para Acerto ADA, mas comprovadas em documentos próprios de arrecadação,sendo 
permitida inserção de contribuições efetivadas em Guias de Recolhimento (GR, GR1 e GR2), Carnês 
de Contribuição, Guias de Recolhimento de Contribuinte Individual (GRCI), Guias de 
Recolhimento da Previdência Social (GRPS 3) e microficha; 
II – alteração é a operação a ser realizada para o mesmo NIT,a fim de corrigir as informações 
constantes no CNIS, que estão divergentes das comprovadas em documento próprio de arrecadação,ou 
decorrentes de erro de preenchimento do mesmo, sendo permitido, nessa situação, alterar 
competência, data de pagamento, valor autenticado, valor de contribuição e código de 
pagamento, desde que obedecidos os critérios definidos; 
Parágrafo único. Os acertos de GPS que envolvam solicitação do filiado para inclusão de 
recolhimento, alteração da data de pagamento e alteração de valor autenticado, bem como a 
operação de transferência de CNPJ/CEI para NIT serão realizadas, exclusivamente, pela RFB. 
QUALIDADE DE SEGURADO 
A qualidade de segurado é uma condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que possua 
inscrição junto à Previdência Social e realize pagamentos mensais. É indispensável no ato do 
requerimento do benefício, em obediência ao caráter contributivo da previdência. O dependente deixa 
de receber a pensão por morte por ausência de qualidade de segurado. 
É exigida a qualidade de segurado para os seguintes benefícios: 
 Aposentadoria 
➛Aposentadoria por Invalidez; 
➛Aposentadoria Especial; 
 Auxílios 
➛Incapacidade Temporária 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
➛Acidente; 
➛Reclusão; 
 Salários 
➛Família; 
➛Maternidade; 
 Pensão 
➛por Morte. 
INDEPENDEM DE QUALIDADE DE SEGURADO 
➛Aposentadoria por Idade 
➛Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
➛ Aposentadoria da Pessoa com Deficiência 
➛Pensão por morte – SOMENTE quando preenchidos os requisitos para concessão de aposentadoria 
em vida pelo segurado. Nos demais casos da pensão por morte é exigida a qualidade de segurado. 
MOMENTO DE AQUISIÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
➛ Contribuinte INDIVIDUAL: com o PRIMEIRA CONTRIBUIÇÃO vertida ao INSS. 
➛ DEMAIS SEGURADOS: ➛ com o INICIO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (ainda que sem 
recolhimento pelo empregador). 
* Empregado 
* Doméstico 
* Avulso 
* Especial 
*** Individual prestador de serviços. 
Logo uma vez adquirida a qualidade de segurado – com o efetivo labor ou pagamento – (ainda que com 
uma ÚNICA CONTRIBUIÇÃO) é aplicável o art. 15, da Lei 8.213/91 e art 13/14 do Decreto 3.048 
sendo aplicável a manutenção extraordinária da qualidade de segurado que é taxativa ao constar o 
termo “INDEPENDENTE DE CONTRIBUIÇÕES”. 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
ENUNCIADO 2 CRPS: Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de 
contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao segurado. 
I – Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o 
doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do contribuinte individual 
prestador de serviço (avulso e individual prestadores de serviço). 
PERÍODO DE GRAÇA 
O período de graça é simplesmente a MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO mesmo 
que a pessoa não esteja contribuindo ao INSS. É a extensão da qualidade de segurado pelo INSS. 
Entretanto, para isso é necessário o cumprimento de alguns requisitos – e um deles é estar na 
qualidade de segurado. 
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
(art. 15, da Lei 8.213/91) 
Mantém a qualidade de segurado, a pessoa que: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
→ Ordinariamente: o segurando que verte contribuições ao INSS; 
→ Extraordinariamente (art. 15 da 8.213/91): em gozo de benefícios (inciso I) (exceto Auxílio 
Acidente após18.06.2019); 
→ Período de Graça (Demais casos além do INCISO I) art. 15 da 8.213/91).
 
A manutenção da qualidade de segurado pode ocorrer de duas formas: 
1. ORDINÁRIA 
➛ quando o segurado mantém a condição de segurado OBRIGATÓRIO (empregado, Doméstico, 
Individual, Avulso e Especial) ou 
➛ PAGAMENTO (no caso de segurado facultativo). 
2. EXTRAORDINÁRIA ➛ se mantém nas hipóteses do art. 15, da Lei 8.213/91 e art 13/14 do 
Decreto 3.048. 
➛ Sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, QUALQUER BENEFÍCIO inclusive 
seguro desemprego, exceto: 
Exceto o auxílio-acidente! Após o art.24 da Lei 13.846/19 nesse período deve manter os 
recolhimentos. Antes desta lei o segurado tem direito adquirido. Antes desta alteração o auxilio 
acidente mantinha a qualidade de segurado (direito adquirido). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
➛Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade 
remunerada (TODOS OS OBRIGATÓRIOS, exceto facultativo inciso VI) abrangida pela Previdência 
Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; (desemprego) 
Seguro-desemprego: é benefício previdenciário e mantém a condição de segurado (art. 7º, inciso II, 
da CF e art. 201, inciso III, da CF). Entretanto, o marco inicial se da após o ultimo dia da relação de 
trabalho encerrada, e não do final da percepção do seguro desemprego (entendimento jurisprudencial 
que regulamentou a omissão da lei, exceto na vigência da MP 905/19, art. 43). Sobre o segura 
INDIVIDUAL, computa-se a partir da “ultima competência” recolhida. 
➛ Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação 
compulsória; 
➛ Até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; 
Atenção: deve ter qualidade de segurado no momento da prisão! 
➛ Até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço 
militar; 
Atenção: aquele que já era segurado antes de prestar o serviço militar permanece nessa condição 
durante o período junto as Forças Armadas, até 3 meses depois do licenciamento ou baixa. 
➛Até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado FACULTATIVO. 
*** Até 12 meses após a cessação do benefício por incapacidade (temporária ou permanente). 
Previsão que não esta presente no rol do artigo 15 da 8.213, mas que encontra permissivo no artigo 13, 
II do Decreto 3.048/99, com redação dada pelo Decreto nº 10.491, de 2020 ***. 
MANUTENÇÃO da Qualidade de Segurado 
Previsão na IN 77/2015 
A IN 77/2015 no seu artigo 137, parágrafos 7º a 9º regulamenta sobre a manutenção da qualidade de 
segurado: 
§ 7º O segurado FACULTATIVO, APÓS A CESSAÇÃO DE BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE 
(auxílio doença, e aposentadoria por invalidez) e SALÁRIO-MATERNIDADE, manterá a qualidade 
de segurado pelo prazo de doze meses; 
§ 8º O segurado OBRIGATÓRIO que, durante o gozo de período de graça [12 (doze), 24 (vinte e 
quatro) ou 36 (trinta e seis) meses, conforme o caso], se filiar ao RGPS na categoria de facultativo, 
ao deixar de contribuir nesta última (facultativo), terá direito de usufruir o período de graça de sua 
condição anterior (obrigatório), se mais vantajoso; (se filiou-se no período de graça) 
§ 9º O segurado OBRIGATÓRIO que, durante o período de manutenção da qualidade de segurado 
decorrente de percepção do benefício por incapacidade, salário maternidade ou auxílio-reclusão, se 
filiar ao RGPS na categoria de facultativo, terá direito de usufruir do período de graça decorrente da 
sua condição anterior, se mais vantajoso. (se filou durante percebimento benefício) 
EXTENSÃO da Qualidade de Segurado 
O artigo 15, da Lei 8.213/91, ainda nos seus parágrafos trazem situações em que o período de graça 
estabelecido em seu artigo será ESTENDIDO nos seguintes casos: 
 12 meses extensivo aos segurados nos termos do inciso II, do art. 15, da Lei 8.213/91 (Todos os 
segurados obrigatórios que deixarem de exercer atividade remunerada). Administrativamente o INSS entende 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art7ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art7ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10491.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
como comprovação de desemprego o recebimento do seguro desemprego ou cadastro no SINE (previsão da 
IN 77). Judicialmente a lei não restringe os meios de prova, podendo ainda ser provado por CTPS sem anotação 
ou prova exclusivamente testemunhal (porém é prova fraca – mas vale o livre convencimento do juiz). Logo, a 
ausência de registros no CNIS e na CTPS não constitui prova cabal do desemprego (STJ, Pet 7.115/PR). 
o § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o 
segurado desempregado, desde que COMPROVADA ESSA SITUAÇÃO PELO REGISTRO NO ÓRGÃO PRÓPRIO DO 
MINISTÉRIO DO TRABALHO e da Previdência Social. 
o Judicialmente: a Súmula 27, da TNU prevê que o segurado pode provar por meio de 
outros meios de prova a efetiva condição de trabalho não remunerado (seguro desemprego, SINE, PAT, 
etc.). “A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego 
por outros meios admitidos em Direito”. 
 
Jurisprudência STJ “Dessa forma, esse registro não deve ser tido como o único meio de prova da condição de 
desempregado do segurado, especialmente considerando que, em âmbito judicial, prevalece o livre 
convencimento motivado do Juiz e não o sistema de tarifação legal de provas. Assim, o registro perante o 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá ser suprido quando for comprovada tal situação por 
outras provas constantes dos autos, inclusive a testemunhal” (Pet nº 7.115 / 3 ª Seção, Rel Min Napoleão 
Nunes Maia Filho, DJE 6 4 2010. 
 
TEMA 239 TNU ➛ Contribuinte INDIVIDUAL pode requerer prorrogação do período de graça pelo 
desemprego: 
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL PREVIDENCIÁRIO INCAPACIDADE 
QUALIDADE DE SEGURADO EXTENSÃO DO PERÍODO DE GRAÇA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL SITUAÇÃO 
INVOLUNTÁRIA DE NÃO TRABALHO INCIDENTE CONHECIDO E DESPROVIDO. 5. A Turma Nacional de 
Uniformização firmou tese de que o período de graça previsto no artigo 15 § 2 º, da Lei n 8 213 91 também é 
aplicável para os contribuintes individuais (PEDILEF nº 0500946-65.2014.4.05.8400 (PROCESSO 5009209-
81.2014.4.04.7205 ORIGEM: SC SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA). 
 24 meses de manutenção de segurado se “nunca perdeu a qualidade de segurado” por mais de 
10 anos. Será prorrogado para até 24 meses se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições mensais 
(no mínimo 121) sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. Note que o dispositivo não fala que o 
segurado tem que verter 121 contribuições consecutivas, e sim, que ele NÃO PODE PERDER A QUALIDADE DE 
SEGURADO EM nesse período. 
o § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o 
segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a 
perda da qualidade de segurado. 
TNU, PUIL 0001377-02.2014.4.03.6303/SP: determinou que a extensão de mais 12 meses incorpora 
definitivamente ao patrimônio jurídico do segurado quando houver contribuído por mais de 120 meses 
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado e TEMA 255 TNU/2020. 
Apenas para entendimento, a corrente minoritária defende que a extensão é aplicável inclusive para 
períodos descontínuos (com perda da qualidade de segurado), vejamos: 
“Muito embora a norma legal preveja que sejam necessárias 120 (cento e vinte) contribuições mensais 
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado entendemos que a prorrogação se aplica 
também aos casos em que esse quantitativo é atingido de forma descontínua (com perda da qualidade 
de segurado) Isso porque, com o reingresso do segurado ao sistema, as contribuições anteriores são 
computadas, inclusive, para efeito de carência É possível identificar precedentes jurisprudenciais que 
adotam a orientação da possibilidade de as contribuições serem feitas de forma descontínua v g TRF/4 
AC 92 0428875 2 / DJ 29 10 1997 APELREEX 2008. 71.07.002421-5 de 16.3.2010″ (Castro, Carlos 
Alberto Pereira de Manual de Direito Previdenciário Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista 
Lazzari. 23 ed. – Rio de JaneiroForense, 2020). 
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj8nNmEopT3AhUsuZUCHWyICFMQFnoECAgQAQ&url=https%3A%2F%2Fprocesso.stj.jus.br%2FSCON%2Fjurisprudencia%2Ftoc.jsp%3Flivre%3D%2528PET.clas.%2Be%2B%2540num%253D%25227115%2522%2529%2Bou%2B%2528PET%2Badj%2B%25227115%2522%2529.suce.&usg=AOvVaw2X0Oj06V3wwejeJyon0kT4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§2
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=27&PHPSESSID=1ubcn80qk2m8gljjp6rflli6g5
https://www.cjf.jus.br/publico/pdfs/05042729120184058400-TEMA239.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§1
https://www.cjf.jus.br/publico/pdfs/00013770220144036303.pdf
https://www.cjf.jus.br/publico/pdfs/05097171420184058102.pdf
 36 meses se o segurado cumular as 121 contribuições ininterruptas + se deixou de contribuir em 
razão de desemprego comprovado (seguro desemprego. 
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
Alterada pela EC 103/19 
A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo para 
recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos 
fixados neste artigo e seus parágrafos (§ 4º 15 8.213/91). 
Melhor explicando este dispositivo, perde-se a qualidade de segurado no dia seguinte, do mês 
posterior ao final do prazo do período de graça em seu ultimo dia de prazo para recolhimento. 
Para analisar a efetiva data da perda da qualidade de segurado precisamos analisar quatro passos: 
1. Verificar a última contribuição do segurado (tendo como base o mês de referência); 
2. Projetar os meses do período de graça nos termos do artigo 15 da Lei 8.213/91 (06/12/24/36 
meses); 
o Art.15, II da 8.213/91 ➛ + 12 MESES ➛ por deixar de exercer atividade remunerada; 
o Art.15, § 1º da 8.213/91 ➛ + 12 MESES ➛ por possuir 121 contribuições continuas; 
o Art.15, § 2º da 8.213/91 ➛ + 12 MESES ➛ por comprovada a situação de desemprego. 
3. Aplicar o mês imediatamente posterior; 
4. Utilizar como prazo ad quem o último dia para recolhimento da contribuição. 
Recuperação da Qualidade de Segurado 
Uma vez perdida a qualidade do segurado, assegura o artigo 27-A da Lei 8.213/91 decorrente da 
conversão da MP na Lei 13.846/2019 que recupera a qualidade de segurado, com a metade da carência 
exigida a cada benefício: 
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de 
auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o 
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos 
períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.” (NR) 
Logo, o segurado que voltou a contribuir após a perda da qualidade de segurado, ao contribuir com 
a metade da carência exigida (6 meses) ganha o direito de destravar o período anterior e somar com 
todas as suas contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado, para que totalize os 12 meses 
de carência exigida. 
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO 
A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições é do empregador, conforme o teor do artigo 
30 da Lei 8.212/91: 
A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade 
Social obedecem às seguintes normas (Art. 30): 
1. a empresa é obrigada a: 
o a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu 
serviço, descontando-as da respectiva remuneração; (inciso I); 
2. o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência 
(inciso V); 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30
3. o contribuinte individual que presta serviços a PESSOA JURÍDICA também tem a obrigação de 
recolhimento do seu tomador de serviços nos termos do artigo 4º da Lei n.10.666/2003: “Fica a empresa 
obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da 
respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 
10 (dez) do mês seguinte ao da competência”. 
o Salvo os serviços prestados pelo Contribuinte Individual (i) se o tomador for equiparado à 
empresa; (ii) ao produtor rural pessoa física; (iii) em missão diplomática; (iv) repartição consular de carreira 
estrangeiras; (v) brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é 
membro efetivo. 
o Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, 
da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa (equivalente a 11%), efetivamente 
recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove 
por cento do respectivo salário-de-contribuição. (art. 30 §4º da Lei 87.212/91). Não se confunde com plano 
simplificado. É um direito assegurado em lei. 
Por óbvio, se esses trabalhadores acima elencados não possuem a obrigação no recolhimento, eles 
não podem ser penalizados pela ausência de contribuição nesses casos. Esse inclusive e o 
entendimento do ENUNCIADO 2 do CRPS: “ENUNCIADO 2 Não se indefere benefício sob 
fundamento de falta de recolhimento de contribuição previdenciária quando a responsabilidade 
tributária não competir ao segurado – I Considera se presumido o recolhimento das contribuições 
do segurado empregado, inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência 
abril de 2003 do contribuinte individual prestador de serviço“. 
4. II – o contribuinte individual (não prestador de serviços) e facultativo estão 
obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês 
seguinte ao da competência; 
TESE DE RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR 
O segurado que tem um terceiro como responsável tributário não pode ser prejudicado pela falta do 
recolhimento, de acordo com os artigos 30 e 33 da Lei 8.212/91: 
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as 
atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das 
contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a 
título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009). 
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito 
oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se 
eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou 
arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 
ENUNCIADO 2 do CRPS. Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de 
contribuição previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao segurado. 
I – Considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, inclusive o 
doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da competência abril de 2003, do contribuinte individual 
prestador de serviço. 
Enunciado nº 18 do CRPS – Seguridade social. CRPS. Benefício. Não se indefere sob fundamento 
de falta de recolhimento de contribuição previdenciária quando esta obrigação fordevida pelo 
empregador (Suprimido) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.666.htm#art4
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/conselho-de-recursos-da-previdencia-social/Despacho.37.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33..
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
→ 1. Se o segurado morre durante uma prestação de serviços à terceiros SEM ANOTAÇÃO DO 
CONTRATO DE TRABALHO pode ser ingressado com reclamação trabalhista para requerer o 
reconhecimento do vínculo e posteriormente buscar a pensão por morte (Saída técnica nessa 
reclamação trabalhista, tentar incluir o INSS no polo passivo para participar da prova produzida). 
Contudo, inicialmente o requerimento administrativo deve ser realizado para fixar a DER mais 
benéfica, pois a posição do STJ atual é que a prova produzida posteriormente pode ser utilizada para 
requerimento anterior podendo inclusive receber os retroativos. OU 
 
→ 2. ingressar com a ação de concessão da pensão por morte e realizando prova para não reconhecer o 
vínculo, apenas comprovação que o segurado mantinha qualidade de segurado empregado citando os 
arts. 30 e 33 da Lei 8.212 e art. 34 da 8.213 (juntando os respectivos documentos). 
 
A IN 77 trata do assunto nos artigos 71 e seguintes. A Súmula 31 da TNU esclarece que a decisão de 
homologação de acordo trabalhista é início de prova material. STJ tem o PUIL 293 aguardando 
julgamento sobre esse tema. O entendimento prevalecente e que para o reconhecimento e possível se 
existir início de prova material. 
Atenção para a situação em que o segurado que “deveria” estar em gozo de benefício (artigo. 15, 
inciso I, da Lei 8.213/91 – TRF4, APELREEX 2008.70.00.010341) 
DEPENDENTES 
São considerados dependentes para fins previdenciários, as pessoas listadas no art. 16 e no art. 76, § 
2º, da Lei 8.213/91. A dependência e fixada de acordo com dois critérios (Econômico e Familiar), e 
são subdivididos em três classes (primeira, segunda e terceira classe). 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76%C2%A72
Regras para os Dependentes 
1. Dependentes de classe superior, excluem o direito daqueles de classe inferior. Logo, Só se 
habilitam os dependentes de uma classe inferior, na existência de dependentes da classe superior; 
2. Dependente da mesma classe, concorrem em partes iguais ao benefício; 
3. Perdida a condição de dependente os valores serão recalculados e partilhados com os 
dependentes remanescentes. 
4. A DEPENDÊNCIA FINANCEIRA dos dependentes de PRIMEIRA CLASSE é presumida, não precisa 
ser provada. Entretanto há correntes que defendam que é presumida somente ao CÔNJUGE, COMPANHEIRA e 
FILHO MENOR DE 21 ANOS, sendo obrigatório, ainda que de primeira classe a comprovação de dependência 
financeira do enteado, menor tutelado. cônjuge divorciado que receba alimentos e o menor sob guarda. 
5. A DEPENDÊNCIA FINANCEIRA dos dependentes de SEGUNDA E TERCEIRA CLASSE devem ser 
comprovadas mediante documentos contemporâneos ao óbito, elencados de forma EXEMPLIFICATIVA no §3º 
do artigo 22 do Decreto 3.048/99 e artigo 59 da IN 77, que exigem no mínimo, 02 (dois) documentos: 
o Início de Prova Material Contemporânea dos fatos (morte/prisão), vedada a prova 
EXCLUSIVAMENTE testemunhal (salvo caso fortuito ou força maior previsto no § 2º do 143), nos termos do § 
6º-A do artigo 16 do decreto 3.048/99 – não sendo estas superiores a 24 meses anteriores a morte/prisão. 
o Início de Prova Material (a partir de 18/06/2019): prova material que demonstre a 
união/dependência nos 02 anos antes do óbito/prisão, nos termos do § 8º do artigo 16 do decreto 3.048/99), 
para posteriormente poder ser complementada com prova testemunhal. Saída técnica é invocar a Súmula 63 
da TNU, que veio pacificar que prescinde (não necessita) de prova material esta prova, sob a justificativa que o 
Decreto 3.048/99 (art. 22) não pode ampliar o sentido da lei (lei esta que não prevê a exigência de prova 
material como início de prova), portanto, o decreto não tem força para inovar nessa limitação de prova, pois 
conforme art. 84, IV da CF o decreto tem função exclusiva para determinar e regulamentar o FIEL EXECUÇÃO 
DA LEI. Assim, antes de 18/06/2019 é discutível a exigência de prova material. posterior a esta data ficou 
pacificado com a EC 109 que ensejou na Lei 13.846/19. 
 certidão de nascimento de filho havido em comum; 
 certidão de casamento religioso; 
 declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu 
dependente; 
 disposições testamentárias; 
 declaração especial feita perante tabelião; 
 prova de mesmo domicílio; 
 prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos 
da vida civil; 
 procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
 conta bancária conjunta; 
 registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como 
dependente do segurado; 
 anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
 apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa 
interessada como sua beneficiária (INSS tem o dever de oficiar – conforme IN 77); 
 ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado 
como responsável; 
 escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; 
 declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou 
 quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
 Caso o dependente possua apenas 01 documento de prova material 
contemporânea, a saída é invocar o artigo 135 da IN 77 que prevê que nesses caso será oportunizado o 
processamento de JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA – JA para complementar a prova. Este procedimento 
inclusive deveria ser instaurado administrativamente pelo INSS, que entretanto deixa de cumprir a lei nesses 
casos (devendo ser arguido pelo advogado no recurso para a junta de recursos). 
6. TRANSMISSÃO DE BENEFÍCIO: O beneficio concedido a um dependente de uma classe superior, que 
posteriormente venha a falecer este beneficiário, não pode ser transmitido para dependentes de uma classe 
interior. Entretanto, havendo outros dependentes da MESMA CLASSE ainda que não habilitados ao benefício, 
esses podem habilitar-se ao benefício. Igualmente, havendo mais de um beneficiário, na ausência de um, os 
outros ratearam a parte do dependente falecido. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art22§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art22§3
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art143§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art143§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art16§6a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art16§6a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art16§6a
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=63&PHPSESSID=bifehr6mdhohepbhkai7fo21e6
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=63&PHPSESSID=bifehr6mdhohepbhkai7fo21e6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art84iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13846.htm
7. DEVER DO INSS OFICIAR AS INSTITUIÇÕES: O INSS tem o dever de oficiar as instituições 
apontadas pelo dependente como detentoras exclusiva de documentos que comprovem sua 
dependência/união (art. IN 77). Não fazendo o advogadodeve sustentar a inobservância na junta de recursos, 
e se for o caso no judiciário, de forma a justificar o ofício judicial para suprir o descumprimento da lei pelo 
INSS. 
PRIMEIRA CLASSE 
(a) Cônjuge; Companheira/Companheiro; 
(b) Cônjuge divorciado ou separado judicialmente/ou de fato, que receba pensão alimentícia 
(inclusive pensionato informal ou que renunciou o recebimento formal Súmula 336 do STJ, Súmula 
64 do ex-TFR e APELREEX 5003540-74.2010.404.7112.) – (art. 76, § 2º, da Lei 8.213/91); 
(c) Filho menor de 21 anos (não emancipado) de qualquer condição; 
(d) Filho invalido de qualquer idade; 
(e) Filho deficiente de qualquer idade com deficiência intelectual/mental ou deficiência grave; 
(f) Enteado (incluído pelo art. 23 § 6º da EC 103/19); Anteriormente era vedado pela Lei 9.528/97, 
mas revisto pelo judiciário que aplicava o art. 227 da CF/88 e art. 33 § 3º do ECA; 
(g) Menor Tutelado (incluído pelo art. 23 § 6º da EC 103/19). Anteriormente era vedado pela Lei 
9.528/97, mas revisto pelo judiciário que aplicava o art. 227 da CF/88 e art. 33 § 3º do ECA; 
(h) Menor sob guarda (Lei 9.528/97 afirma que não é dependente; contrariando dos permissivos do 
Tema 732 do STJ, e REsp repetitivo 1.411.258/RS) que reafirmam a proteção do art. 227 da CF/88 e 
art. 33 § 3º do ECA. que como saída técnica apontam inconstitucionalidade da lei supressora (ADI 
5083 contido na ADI 4878 teve julgamento no sentido de que O STF julgou procedente a ADI 4878 
(processo apensado ADI 5083 e reconheceu a 
condição de dependente para fins previdenciários do menor sob guarda, contudo, não contempla a 
redação do Art 23 da EC 103 19, portanto, não se aplica no pós reforma: “Os pedidos formulados nas 
ADIs 5083 e 4878 contudo, não contemplaram a redação do art 23 da EC 103 2019 razão pela qual, 
ao revés do e Ministro Relator, não procedo à verificação da constitucionalidade do dispositivo em 
homenagem ao princípio da demanda De toda sorte, os 
argumentos veiculados na presente manifestação são em todo aplicáveis ao art 23 referido”) 
SEGUNDA CLASSE 
(j) Os Pais. 
(k) Os Avós – quando assumem o papel dos pais (STJ, REsp 1.574.859/SP). 
TERCEIRA CLASSE 
(l) Irmão menor de 21 anos (não emancipado), de qualquer condição; 
(m) Irmão de qualquer idade que tenha deficiência intelectual/mental; 
(n) Irmão de qualquer idade que tenha deficiência grave. 
NOTA: Tios e sobrinhos não são dependentes previdenciários. 
(1) Ex-Cônjuge e ex-companheiro 
Prevê o art. 76 §2 º e §3 º da Lei de benefícios 8.213/91 que terá direito à pensão por morte, se: 
 O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou separado de fato que recebia pensão de 
alimentos concorrerá em igualdade de condições com o cônjuge, companheiro e filho menor de 21 anos ou 
filho inválido (§ 2º). 
 Se na data de seu falecimento, o cônjuge estava obrigadoa pagar alimentostemporários a ex 
cônjuge, ex companheiro ou ex companheira (por determinação judicial) a pensão por morte será devida pelo 
prazo remanescente na data do óbito (Incluído pela Lei nº 13 846 de 2019 (§ 3º). 
o O art 371 da IN 77 2015 além de regulamentar que o cônjuge separado de fato ou 
divorciado, e o ex companheiro, terão direito à pensão por morte, mesmo que este benefício tenha sido 
https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2012_28_capSumula336.pdf
https://www.vademecumprevidenciario.com.br/sumula/busca?tri=tfr&num=64#topo
https://www.vademecumprevidenciario.com.br/sumula/busca?tri=tfr&num=64#topo
https://consulta.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pesquisa&txtValor=50035407420104047112&selOrigem=TRF&chkMostrarBaixados=&selForma=NU&hdnRefId=&txtPalavraGerada=
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art23§6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm#art33§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art23§6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm#art33§3
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=732&cod_tema_final=732
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271411258%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271411258%27).suce.)&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271411258%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271411258%27).suce.)&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm#art33§3
http://portal.stf.jus.br/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=5083&numProcesso=5083
http://portal.stf.jus.br/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=5083&numProcesso=5083
http://portal.stf.jus.br/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=3109365&s1=4878&numProcesso=4878
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201503187353&dt_publicacao=14/11/2016
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art76§3
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
requerido e concedido à companheiro(a) ou novo cônjuge, desde que recebedor de pensão alimentícia, 
equipara a pensão alimentícia (no seu § 1º) com o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob 
qualquer forma, observando se, no que couber, o rol exemplificativo do art 135. 
 Alimentos renunciados (ainda que expressamente no termo do divórcio) e se posteriormente, 
comprovado que existia assistência alimentar (formal ou informal), também geram o direito à pensão por 
morte. Entende-se como pensão informal a mera ajuda financeira nos termos do artigo 371 § 1º da IN 77. 
Prevê a SÚMULA 336 do STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão 
previdenciária por morte do ex marido, comprovada a necessidade econômica superveniente. 
(2) Dependência do Inválido e Deficiente (Filho ou Irmão) 
Com base na redação anterior do artigo 108 do Decreto 3.048/99, o INSS administrativamente adota o 
entendimento que somente é considerado dependente o filho/irmão inválido/deficiente que: 
 A invalidez/deficiência tenha computada ainda no período em vida do segurado; 
 A invalidez/deficiência tenha surgido antes dos 21 anos de idade do dependente. 
Esse entendimento era combatido judicialmente pois a Lei de Benefícios (16, I e III Lei 8.212/91) não 
regulamentou o limite de idade, o que impedia o decreto regulamentar de impor obrigação não prevista 
em lei, afronta do art. 84, IV da C que prevê expressamente que o decreto tem função EXCLUSIVA 
para determinar e regulamentar o FIEL EXECUÇÃO DA LEI. Contudo com o advento do Decreto nº 
10.410, de 2020, a nova redação pacificou a controversa, expurgando o limite de idade do dispositivo. 
A jurisprudência já havia se posicionado pela inaplicabilidade do artigo 108 do Decreto, inclusive ao 
ser editada a PORTARIA CONJUNTA Nº 4 DE 5 DE MARÇO DE 2020 decorrente da decisão 
proferida na Ação Civil Pública nº 005982686 2010 4 01 3800 /MG, teor: 
Art1 º Comunicar para cumprimento a decisão judicial proferida na Ação Civil Pública ACP nº 
0059826 86 2010 4 01 3800 / determinando ao INSS que reconheça, para fins de concessão de 
pensão por morte, a dependência do filho inválido ou do irmão inválido, quando a invalidez 
tenha se manifestado após a maioridade ou emancipação, mas até a data do óbito do segurado, 
desde que atendidosos demais requisitos da lei 
Art 2 º A determinação judicial a que se refere o artigo 1 º produz efeitos para benefícios com Data de 
Entrada de Requerimento DER a partir de 19 08 2009 e alcança todo o território nacional. 
Art 7 º Para os requerimentos indeferidos, cuja DER seja a partir de 19 08 2009 caberá reanálise 
mediante requerimento de revisão a pedido dos interessados. 
RECONHECIMENTO PRÉVIO DA CONDIÇÃO 
(Inválida, intelectual ou grave) 
O reconhecimento antecipado da condição inválida, com deficiência intelectual ou grave é muito 
comum por pais ou responsáveis, que em vida, buscam assegurar a dependência do filho, que já se 
sabe não tem condições de promover sua subsistência, antevendo a busca de reconhecimento de 
dependência ainda em vida. 
PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE 
Deixa de ser dependente para fins previdenciários, perdendo o direito aos benefícios a que estejam 
em gozo (pensão por morte, auxílio reclusão) as pessoas que se enquadrarem no artigo 17 do Decreto 
3.048/99: 
I – para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato, enquanto não lhe for assegurada a prestação de 
alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art108
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art84iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-conjunta-n-4-de-5-de-marco-de-2020-246503483
https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-conjunta-n-4-de-5-de-marco-de-2020-246503483
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art17
II – para a companheira/companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou 
segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos; 
III – ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado, ou 
nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente aos completar 21 anos: (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
a) casamento; 
b) início do exercício de emprego público efetivo; 
c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, 
desde que o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; 
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o 
menor tiver dezesseis anos completos; e 
 IV – para os dependentes em geral: 
a) pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; ou (Redação dada pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
 b) pelo falecimento. 
TEMAS RELEVANTES 
 Prova da união estável: o art. 16, § 5º, da Lei 8.213/91, alterado pela MP 871/19, diz que é 
necessária a apresentação de início de prova material contemporâneo (não superior a 24 meses anterior à 
data do óbito/prisão), para a comprovação da união estável, para fins previdenciários, não se admitindo prova 
exclusivamente testemunhal. NOTA a declaração de união estável ou mesmo a própria sentença judicial que 
reconheceu a união estável, não é prova absoluta da união, é apenas um dos documentos contemporâneos 
que indicam a existência da união (§4º do artigo 135 da IN 77): 
 Prorrogação da pensão por morte para o filho universitário ou estudante curso técnico: NÃO é 
possível pois o tema já foi julgado em sede de recurso repetitivo no REsp repetitivo 1.369.832/SP). 
 Comprovação de carência econômica anterior ao óbito: É possível estabelecer a dependência 
mesmo quando o ex não recebia auxílio financeiro do segurado falecido (TNU, Processo 2007.38.00.73.6982-
0). 
 Distinção entre Companheira e Concubina (STF, RE 397.762) 
Concubinato: COMPANHEIRA E CONCUBINA – DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível 
é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL – PROTEÇÃO 
DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está 
incluído o concubinato. PENSÃO – SERVIDOR PÚBLICO – MULHER – CONCUBINA – DIREITO. (…) A titularidade 
da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento 
jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a 
concubina. (STF, RE 397.762, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 03/06/2008, DJe-
172 DIVULG 11-09-2008 PUBLIC 12-09-2008) 
 Requerida a condição de dependente, instaurado o benefício, após a cessação da pensão por 
morte, não será passível de transmissão do benefício (maior de 21, morte e etc. ) 
 Tese da INEXIGIBILIDADE e DEVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES (RE 437.640/RS); “A contribuição 
previdenciária do aposentado que retorna à atividade está amparada no princípio da universalidade do 
custeio da Previdência Social (CF, art. 195); o art. 201, § 4º, da Constituição Federal ‘remete à lei os casos em 
que a contribuição repercute nos benefícios’”. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art16§5
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271369832%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271369832%27).suce.)&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur87718/false
 Tese de Revisão (RE 381.367/RS); 
 Tese de Desaposentação (RE 661.256/SC); unifica-se o tempo de contribuição no, e pede-se nova 
aposentadoria. Tema 503 STF. 
 Tese de Reaposentação (RE 827.833/SC); contribuiu, se aposentou, continua trabalhando, e 
adquire um benefício melhor. (julgado improcedente no tema 503 STF). 
Tese de Despensão (REsp 1.515.929/RS). 
ACÚMULO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
Entende-se por cumulação de benefício a possibilidade do segurado receber mais de um benefício 
previdenciário ao mesmo tempo, desde que, cumprido os requisitos exigidos para cada um deles. 
Explicando melhor, caso uma pessoa em gozo de pensão por morte, completas os requisitos para 
também implementar uma aposentadoria por idade, ela poderá manter os dois benefícios, sem 
problema algum. Entretanto, essa cumulação não é permitida para todo e qualquer benefício, então 
passamos a estudar o artigo 124 da Lei 8.213/91, regulamentado pelo artigo 167 do Decreto 3.048/99 
acerca da VEDAÇÃO aos casos de cumulação: 
 aposentadoria e auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença); Decreto nº 10.410, 
de 2020 
 mais de uma aposentadoria; (Lei nº 9.032, de 1995) 
 aposentadoria e abono de permanência em serviço; 
 salário-maternidade e auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença); Decreto nº 
10.410, de 2020 
 mais de um auxílio-acidente; (Lei nº 9.032, de 1995) 
 mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela 
mais vantajosa (§ 1º 167 Decreto 3.048). (Lei nº 9.032, de 1995). Novo casamentonão cessa a pensão por 
morte recebida, entretanto, o óbito do atual companheiro não gera direito à cumulação de ambas pensões por 
morte, mas pode optar pela segunda se o benefício for maior que a primeira já instituída. 
o AUTORIZADA A CUMULAÇÃO deixada por parentescos distintos (cônjuge/companheiro + 
pai + mãe + filhos). 
 auxílio-acidente com qualquer aposentadoria. 
 SEGURO DESEMPREGO com qualquer benefício, exceto pensão por morte , auxílio reclusão , 
auxílio-acidente ,auxílio suplementar ou auxílio de permanência em serviço (§2º do Decreto 3.048). (Lei nº 
9.032, de 1995) 
 Auxilio Reclusão sendo pago aos beneficiários, impede a cumulação pelo recluso ao benefício de 
aposentadoria e salário maternidade, salvo pela opção do benefício mais vantajoso que deve ser feita pelo 
RECLUSO + DEPENDENTES (§ 4º do artigo 167 do Decreto 3.048). 
 LOAS (BPC) com qualquer benefício previdenciário (§4º do artigo 20 da Lei 8.792/93), assegurado 
a opção do benefício mais vantajoso prevista no artigo 533 da IN77, exceto nos casos de aposentadorias 
programáveis que são irrenunciáveis nos termos do art. 181-B do RPS, mas totalmente renunciáveis às 
pensões. 
Por exceção ao artigo anterior, PODEM SER CUMULADOS: 
 Pensão por morte do cônjuge/companheiro RGPS + Pensão por morte demais regimes; 
 Pensão por morte do cônjuge/companheiro RGPS + Pensões dos militares (42 e 142 CF/88); 
 Pensão por morte do cônjuge/companheiro RGPS + Aposentadoria RGPS ou Próprio; 
 Pensão por morte do cônjuge/companheiro RGPS + Benefícios da inatividade militar (42 e 142 
CF/88); 
 Pensões Militar (42 e 142 CF/88) + Aposentadoria RGPS ou Regime Próprio. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art124
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#art20§4
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
 Benefício previdenciário + Beneficio da Talidomida – Lei 7.070/82 (§3º do art. 167 do Decreto 
3.048) 
NOTA IMPORTANTE: É lícito ao segurado aposentado pelas aposentadorias programáveis (idade e 
tempo de contribuição) oportunidade em que será a contribuição obrigatória (com contribuição 
obrigatória), assegurada a aposentadoria implementada mais os salários mensais, exceto os segurados 
aposentados especial, que ficam vedados aposentarem e continuarem exercendo o LABOR 
ESPECIAL (prejudicial a saúde), contudo, autorizado o labor em condições não degradantes. 
Ademais, prevê o artigo 173 do Decreto 3.048/99, que o segurado aposentado que voltar a contribuir à 
previdência fará jus apenas ao salário família, reabilitação profissional e salário maternidade como 
retribuição às contribuições. Vedada outras cumulações. Inclusive esses valores já não servem mais 
para requerer a revisão do beneficio concedido (teses de desaposentação vencidas). 
Custeio. Recolhimento. Alíquota. Ajustes. Indenização de Contribuição em Atraso. 
Auxílio Reclusão 
Cnis 
ANALISANDO O CNIS CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é o registro previdenciário 
do segurado, ou seja é um banco de dados do Governo Federal que armazena todas as informações 
previdenciárias de uma pessoa. É o sistema de verificação mais importante do INSS, pois suas 
informações servirão como base de… 
Comprovação de Vínculo e Remuneração 
PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE DA CTPS 
A CTPS guarda presunção de veracidade, salvo dúvida fundada, conforme entendimento da Súmula 
75 da TNU. Logo, se o INSS suscitar alguma duvida, ao requerer documentação complementar DEVE 
justificar e fundamentar seu pedido. Normalmente a justificativa do INSS está pautada na falha 
cronológica das contribuições ou vínculo. 
SÚMULA 75 DA TNU: A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em relação à qual não 
se aponta defeito formal que lhe comprometa a fidedignidade goza de presunção relativa de 
veracidade, formando prova suficiente de tempo de serviço para fins previdenciários, ainda que a 
anotação de vínculo de emprego não conste no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). 
Quando a CTPS apresenta ordem cronológica nas informações (datas dos vínculos posteriores à emissão 
do documento) sem qualquer vício (rasuras e conservação), o INSS não pode solicitar documentos 
complementares, em decorrência da presunção relativa da CTPS, salvo existência de dúvida fundada. 
(60, § 2º, IN 77) 
§ 2º Para os casos em que a data da emissão da CP ou da CTPS for anterior à data fim do contrato de 
trabalho, o vínculo relativo a este período poderá ser computado, sem necessidade de quaisquer 
providências, salvo existência de dúvida fundada. 
Caso a CTPS apresente data de emissão posterior à data fim do período objeto de análise por parte do 
INSS (hipótese de CTPS extraviada) o período em questão poderá ser comprovado por: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art167§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art173
https://www.fabiosantos.adv.br/custeio-recolhimento-aliquota-ajustes-indenizacao/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=889&relatedposts_position=0
https://www.fabiosantos.adv.br/auxilio-reclusao/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=889&relatedposts_position=1
https://www.fabiosantos.adv.br/cnis/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=889&relatedposts_position=2
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=75&PHPSESSID=gnuch3l3lot1m89i24bhtp79d6
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
LRE (livro de registro de empregado); 
FRE (ficha de registro de empregado); 
Registros contábeis da empresa; 
Dentre outros documentos (não é rol taxativo). 
§ 3º No caso de contrato de trabalho, cuja data fim seja anterior à data da emissão da CP ou da CTPS, 
deverá ser exigida prévia comprovação da relação de trabalho, por ficha de registro de empregado, 
registros contábeis da empresa, admitindo-se outros documentos que levem à convicção do fato a 
comprovar. 
RASURAS 
Havendo omissão, emenda ou rasura nas datas dos vínculos, as anotações contemporâneas serão 
consideradas para o reconhecimento da data a que se referir, servindo como parâmetro, os registros de 
admissão e de saída nos empregos anteriores ou posteriores (60, § 1º, IN 77): 
§ 1º No caso de omissão, emenda ou rasura em registro quanto ao início ou ao fim do período de 
trabalho, as anotações contemporâneas serão consideradas para o reconhecimento da data a que se 
referir, servindo como parâmetro, os registros de admissão e de saída nos empregos anteriores ou 
posteriores. 
VÍNCULOS NÃO RECONHECIDOS 
Não é incomum no CNIS restar a ausência de determinados vínculos de emprego, seja por algum erro 
material, ou pelo fato do empregador nunca optar pelo recolhimento previdenciário durante todo o 
contrato de trabalho. 
Nesses casos, o vínculo pode ser corroborado com alguns documentos: 
 Declaração do empregador juntamente com livro ou ficha de registro de empregados; 
 Extrato analítico do FGTS (emitido direto na agência, com carimbo da CEF). 
RECONHECIMENTO DE PERÍODO CONTRIBUTIVO 
Quando existem períodos contributivos não reconhecidos no CNIS, o contribuintedeve realizar um 
requerimento administrativo para que seja reconhecido o período não computado (com a juntada da 
cópia do carnê ou demonstrado o vínculo). 
Muito embora o contribuinte tenha direito previsto pela IN 77 em solicitar as correções de informações 
em seu CNIS (guias, vínculos e remunerações), o INSS demonstra-se muito relutante em atender esse 
requerimento, se negando muitas vezes em receber o protocolo, alegando que as retificações devem ser 
feitas junto com o requerimento do benefício, o que pode muitas vezes ocasionar o perecimento da prova 
ou documento que se pretende retificar. 
Contudo, é um direito do contribuinte realizar o protocolo a qualquer tempo, desde que no ato do 
requerimento seja apresentada a documentação onde conste a informação a ser corrigida, ou 
acrescentada, conforme consta do artigo 61 da IN 77: 
Art. 61. O filiado poderá solicitar a qualquer tempo inclusão, alteração, ratificação ou 
exclusão das informações constantes do CNIS, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 58, independente 
de requerimento de benefício, de acordo com os seguintes critérios: 
I – para atualização de dados cadastrais da pessoa física será exigido: 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
a) dados pessoais: o documento legal de identificação; 
b) no caso de endereço: declaração do segurado; 
c) para determinar a titularidade da inscrição do filiado e não filiado, o comprovante de inscrição do 
NIT Previdência, PIS/PASEP/SUS ou outro NIS ou qualquer outro documento que comprove a 
titularidade. 
Esse requerimento deverá ser feito pelo INSS digital, podendo ainda ser feito mediante agendamento via 
meu INSS do cliente, contudo, essa segunda opção deve ser procedida somente quando o requerimento 
for exclusivo pelo INSS digital por ausência de previsão do serviço no termo de cooperação (nesses 
casos o advogado deve sempre juntar a cópia da procuração e OAB do advogado). 
O art. 59 da IN77 elenca os meios de prova do tempo de contribuição ou serviço: 
Art. 59. Para a prova do tempo de serviço ou contribuição, além da documentação comprobatória 
disposta nesta IN, observada a forma de filiação poderão ser aceitos, no que couber, os seguintes 
documentos: 
I – o contrato individual de trabalho, a CP, a CTPS; 
II – a carteira de férias; 
III – a carteira sanitária; 
IV – a caderneta de matrícula; 
V – a caderneta de contribuições dos extintos institutos de aposentadoria e pensões; 
VI – a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendência do 
Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas; 
VII – as declarações da RFB; 
VIII – certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional,acompanhada do documento que 
prove o exercício da atividade; 
IX- contrato social e respectivo distrato, quando for o caso,ata de assembleia geral e registro de 
empresário; 
X – certificado de sindicato ou órgão gestor de mão de obra que agrupa trabalhadores avulsos; ou 
XI – Certificado da Condição de Microempreendedor Individual, emitido no Portal do Empreendedor, 
no sítio www.portaldoempreendedor.gov.br. 
Parágrafo único. Os documentos devem ser contemporâneos aos fatos a comprovar e mencionar datas 
de início, término e outras informações relativas ao vínculo e período de atividade, quando se tratar de 
trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado. 
PROVA DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
Para comprovação do vínculo e remunerações do empregado para fins de inclusão, alteração, 
ratificação e exclusão dos dados no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS devemos nos 
ater para a previsão do Artigo 10, I e II da Instrução Normativa 77/2015: 
Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a comprovação do vínculo e das remunerações do empregado 
urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes documentos: 
I – da comprovação do vínculo empregatício: 
a) Carteira Profissional – CP ou Carteira de Trabalho e PrevidênciaSocial – CTPS; 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro de Registro de 
Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador acompanhada de declaração fornecida 
pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável; 
c) contrato individual de trabalho; 
d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como signatário e comprove seu 
registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho – DRT; 
e) termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo de Garantia de Tempo de 
Serviço – FGTS; 
f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por empregado da Caixa, 
desde que constem dados do empregador,data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e 
atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período em que se quer comprovar; 
g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a necessária identificação do 
empregador e do empregado; 
h) declaração fornecida pela empresa, devidamente assinada e identificada por seu responsável 
acompanhada de cópia autenticada do cartão, livro ou folha de ponto; ou 
i) outros documentos contemporâneos que possam vir a comprovar o exercício de atividade junto à 
empresa; 
II - da comprovação das remunerações: 
a) contracheque ou recibo de pagamento contemporâneos ao período que se pretende comprovar, com 
a identificação do empregador e do empregado; 
b) ficha financeira; 
c) anotações contemporâneas acerca das alterações de remuneração constantes da CP ou da CTPS 
com anuência do filiado;ou 
d) original ou cópia autenticada da folha do Livro de Registro de Empregados ou da Ficha de Registro 
de Empregados, onde conste a anotação do nome do respectivo filiado, bem como das anotações de 
remunerações, com a anuência do filiado e acompanhada de declaração fornecida pela empresa, 
devidamente assinada e identificada por seu responsável. 
Comprovação do Vínculo URBANO Mediante ATESTADO DE EMPRESA existente 
§ 1º Na impossibilidade de apresentação dos documentos previstos no caput, poderá ser aceita a 
declaração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou 
certidão de órgão público ou entidade representativa, devidamente assinada e identificada por seu 
responsável, com afirmação expressa de que as informações foram prestadas com base em documentação 
constante nos registros efetivamente existentes e acessíveis para confirmação pelo INSS. 
§ 2º A declaração referida no § 1º deste artigo deverá estar acompanhada de informações que 
contenham as remunerações quando estas forem o objeto da comprovação. 
§ 3º Nos casos de comprovação na forma prevista nos §§ 1ºe 2º deste artigo, deverá ser emitida 
Pesquisa Externa, exceto nos casos de órgão público ou entidades oficiais por serem dotados de fé 
pública. 
Comprovação RURAL Mediante DECLARAÇÃO 
No caso de comprovação para trabalhador RURAL mediante DECLARAÇÃO DO EMPREGADOR 
deverá cumular ainda: 
§ 4º A declaração do empregador, nos termos do § 1º deste artigo, no casohumano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício (art. 2o., Lei 8.080/90). O acórdão recorrido está em harmonia 
com a jurisprudência do STJ. 3. A mera alegação não é suficiente para se ter a matéria como 
prequestionada, instituto que, para sua caracterização, mister se faz, além da alegação, a discussão e 
apreciação judicial. 4. Agravo Interno do Estado de Pernambuco desprovido. (STJ,1ª Turma, AgInt no 
AREsp 474300 / PE – RECURSO EXTRAORDINÁRIO 657.718 MINAS GERAIS, Relator MIN. MARCO 
AURÉLIO, Data do Julgamento 27/06/2017). 
Assistência Social 
Assistência social não é direito de todos, apenas dos que necessitam em cumprimento dos requisitos 
previstos em lei, conforme preconiza o artigo 203 da CF/88 “A ASSISTÊNCIA SOCIAL será prestada 
a quem dela necessitar, INDEPENDENTEMENTE de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos” 
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua 
família, conforme dispuser a lei. Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um 
salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais 
que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua 
família. 
Previdência Social 
Espécies de Benefícios do RGPS 
(Regra do 4, 3, 2, 1) 
04 aposentadorias ➛ Idade, Contribuição, Invalidez, Especial; 
03 auxílios ➛ incapacidade temporária (antigo auxílio Doença), Acidente e Reclusão; 
02 salários ➛ Família e Maternidade; 
01 pensão ➛ Morte. 
 NOTA IMPORTANTE: Em regra, todos os benefícios previdenciários são devidos aos SEGURADOS, 
exceto a pensão por morte e o auxílio reclusão são devidos aos DEPENDENTES. 
São benefícios Programáveis: as APOSENTADORIAS por: idade; contribuição; pessoa com 
deficiência; professor e especial). 
São benefícios de proteção à Família e a Maternidade: Pensão por morte; auxílio reclusão; Salário 
Família; Salário Maternidade; 
São benefícios por Incapacidade Laboral: Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio 
doença); aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez); Auxílio 
Acidente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art203
OS RISCOS DE COBERTURA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL (201) 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e 
de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, 
nos termos da lei, a: 
I – cobertura dos eventos de incapacidade temporária (auxílio doença) ou permanente 
(aposentadoria por invalidez) para o trabalho e idade avançada (aposentadoria por idade); 
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante (salário maternidade); 
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário (seguro desemprego); 
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, 
observado o disposto no § 2º. 
VEDAÇÃO DE REQUISITOS OU CRITÉRIOS DIFERENCIADOS AOS SEGURADOS (201 
§1º CF) 
Exceção à Pessoa com Deficiência e atividade Especial 
É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, 
nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos 
da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: 
1. pessoa com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial (passa a ter status 
constitucional) realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar (Médico e Assistente Social); 
2. atividades especiais: sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação (texto legal excluiu a proteção à integridade física). 
BENEFÍCIO NÃO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO (221 §2º CF) 
Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do 
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
NOTA IMPORTANTE: lembrando que as quotas divididas pelos DEPENDENTES, em especial à 
pensão por morte, auxilio reclusão, podem ser inferiores, pois o BENEFÍCIO SERÁ ASSEGURADO 
O VALOR SO SALÁRIO MÍNIMO, contudo as quotas pessoais são rateadas entre eles. 
ATUALIZAÇÃO DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PARA OS CÁLCULOS (221 §3º CF) 
Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente 
atualizados, na forma da lei (atualmente no mês de janeiro). 
Atentemos que os benefícios requeridos na data base de um determinado ano e que sejam concedidos e 
implementados somente no ano posterior DEVEM SER ATUALIZADOS com pagamento das 
parcelas já constando a devida correção. O atraso na análise do benefício, não prejudica a atualização do 
benefício. 
REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS (221 §4º CF) 
É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor 
real, conforme critérios definidos em lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§4
VEDAÇÃO DO SEGURADO FACULTATIVO NO REGIME GERAL. PARTICIPANTE DO 
REGIME PRÓPRIO (221 §5º CF) 
É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de 
pessoa participante de regime próprio de previdência. 
DÉCIMO TERCEIRO NOS BENEFÍCIOS (221 §6º CF) 
A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de 
dezembro de cada ano. 
* Exceto o LOAS, que é um beneficio de prestação continuada, é exceção por não se enquadrar no 
texto da lei como benefício previdenciário (e um benefício assistencial). 
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS 
(1) Interpretação constitucional: nada mais é do que retirar o sentido constitucional da norma, 
desvendando o sentido e o alcance das normas constitucionais. Sabendo da previsão constitucional, é 
correto aplicar a metodologia para estudo do direito previdenciário aplicando-se à partir da Constituição 
Federal dando entendimento constitucional à Lei Federal e a Lei Especial (Lei 8.213 – Lei de 
Benefícios), sem esquecer das Instruções Normativas, Memorandos, Circulares, Ofícios, Portarias para 
dar interpretação à Lei Federal à luz do que defende a Constituição Federal. 
Cabe-se destacar que atualmente, com a entrada em vigor da EC 103, as Leis de beneficio e custeio, 
assim como a IN 77 não estão atualizadas com as alterações da EC 103. Por isso faz-se necessário 
ater-se à alterações constitucionais não contidas nas leia. Apenas o Decreto 3.048 é que se encontra 
atualizado. 
(2) A interpretação deve ser sistemática: É imprescindível esclarecer que um artigo de lei nem sempre 
é igual à norma, pois o artigo é o suporte fático da norma, podendo conter várias normas. Citamos por 
exemplo o artigo 1º CF que em um único artigo expressa várias normas. De outro norte,de trabalhador rural, 
também deverá conter: 
I – a qualificação do declarante, inclusive os respectivos números do Cadastro de Pessoa Física – CPF 
e do Cadastro Específico do INSS – CEI, ou, quando for o caso, do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
– CNPJ; 
II – identificação e endereço completo do imóvel rural onde os serviços foram prestados, bem como, 
a que título detinha a posse deste imóvel; 
III – identificação do trabalhador e indicação das parcelas salariais pagas, bem como das datas de 
início e término da prestação de serviços; e 
IV – informação sobre a existência de registro em livros,folhas de salários ou qualquer outro 
documento que comprove o vínculo. 
Comprovação de atividade RURAL Específica para APOSENTADORIA POR IDADE 
§ 5º A comprovação da atividade rural para os segurados empregados para fins de aposentadoria por 
idade de que trata o art.143 da Lei nº 8.213, de 1991, até 31 de dezembro de 2010, além dos documentos 
constantes no caput, desde que baseada em início de prova material, poderá ser feita por meio de 
declaração fundamentada de sindicato que represente os trabalhadores rurais ou por duas 
declarações de autoridades, na forma do inciso II do art. 47 ou do art.100, respectivamente, 
homologadas pelo INSS. 
Comprovação de trabalho RURAL por PEQUENO PRAZO e natureza TEMPORÁRIA 
§ 6º De acordo com o art. 14-A da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, com redação dada pela Lei nº 
11.718, de 20 de junho de 2008, a comprovação da relação de emprego do trabalhador rural por 
pequeno prazo, de natureza temporária, poderá ser feita mediante contrato contendo no mínimo as 
seguintes informações: 
I – expressa autorização em acordo coletivo ou convenção; 
II – identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho foi realizado e identificação 
da respectiva matrícula; e 
III – identificação do trabalhador, com a indicação do respectivo NIT. 
Contrato de Trabalho NULO e seus EFEITOS 
§ 7º O contrato de trabalho considerado nulo produz efeitos previdenciários até a data de sua 
nulidade, desde que tenha havido a prestação efetiva de trabalho remunerado, observando que a filiação 
à Previdência Social está ligada ao efetivo exercício da atividade, na forma do art. 20 do RPS, e não à 
validade do contrato de trabalho. 
SERVIDOR PÚBLICO 
§ 8º No caso de servidor público contratado conforme a Lei nº 8.745, de 1993, além dos documentos 
constantes no caput, poderão ser aceitos outros documentos funcionais, tais como atos de nomeação 
e de exoneração, que demonstrem o exercício da atividade e a vinculação ao RGPS, ou ainda a 
declaração do Órgão Público que o contratou, contendo no mínimo: 
I – dados cadastrais do trabalhador; 
II – matrícula e função; 
III – assinatura do agente público responsável pela emissão e a indicação do cargo que ocupa no órgão 
público; 
IV – período trabalhado; 
V – indicação da lei que rege o contrato temporário; 
VI – descrição, número e data do ato de nomeação; 
VII – descrição, número e data do ato de exoneração, se houver; e 
VIII – deve constar, no corpo da declaração, afirmação expressa de que as informações foram 
prestadas com base em documentação constante dos registros daquele órgão, e que se encontram à 
disposição do INSS para consulta. 
Art. 35 e 36 da LB (Lei 8.213/91): Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador 
avulso que não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição, será concedido o 
benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova 
dos salários de contribuição. 
Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham cumprido 
todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de 
seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor 
mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de 
contribuição. 
Art. 36. Para o segurado empregado doméstico que, tendo satisfeito as condições exigidas para a 
concessão do benefício requerido, não comprovar o efetivo recolhimento das contribuições devidas, 
será concedido o benefício de valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da 
apresentação da prova do recolhimento das contribuições. 
Comprovação do VÍNCULO do CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
Art. 32. A comprovação do exercício de atividade do segurado contribuinte individual e aqueles 
segurados anteriormente denominados”empresários“, “trabalhador autônomo” e o “equiparado a 
trabalhador autônomo“, observado o disposto no art. 58, conforme ocaso, far-se-á: 
I – para os profissionais liberais que exijam inscrição em Conselho de Classe, pela inscrição e 
documentos que comprovem o efetivo exercício da atividade; 
II – para o motorista, mediante carteira de habilitação, certificado de propriedade ou co-propriedade 
do veículo, certificado de promitente comprador, contrato de arrendamento ou cessão do automóvel,para, 
no máximo, dois profissionais sem vínculo empregatício,certidão do Departamento de Trânsito – 
DETRAN ou quaisquer documentos contemporâneos que comprovem o exercício da atividade; 
III – para o ministro de confissão religiosa ou de membro de instituto de vida consagrada, o ato 
equivalente de emissão de votos temporários ou perpétuo ou compromissos equivalentes que habilitem 
ao exercício estável da atividade religiosa e ainda, documentação comprobatória da dispensa dos votos 
ou dos compromissos equivalentes,caso já tenha cessado o exercício da atividade religiosa; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art36
IV – para o médico residente mediante apresentação do contrato de residência médica ou declaração 
fornecida pela instituição de saúde responsável pelo referido programa, observado o inciso I desde 
artigo; 
V – para o titular de firma individual, mediante apresentação do documento registrado em órgão oficial 
que comprove o início ou a baixa, quando for o caso; 
VI – para os sócios nas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria, para os sócios-gerentes 
e para o sócio-cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho na sociedade por cota de 
responsabilidade limitada, mediante apresentação de contratos sociais, alterações contratuais ou 
documento equivalente emitido por órgãos oficiais, tais como: junta comercial, secretaria municipal, 
estadual ou federal da Fazenda ou, na falta desses documentos, certidões de breve relato que comprovem 
a condição do requerente na empresa, bem como quando for o caso, dos respectivos distratos, 
devidamente registrados, ou certidão de baixa do cartório de registro público do comércio ou da junta 
comercial, na hipótese de extinção da firma; 
VII – para o diretor não empregado, os que forem eleitos pela assembleia geral para os cargos de 
direção e o membro do conselho de administração, mediante apresentação de atas da assembleia geral 
constitutivas das sociedades anônimas e nomeação da diretoria e conselhos, publicados no DOU ou em 
Diário Oficial do Estado em que a sociedade tiver sede, bem como da alteração ou liquidação da 
sociedade; 
VIII – a partir de 5 de setembro de 1960; publicação da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960 (Lei 
Orgânica da Previdência Social – LOPS); a 28 de novembro de 1999, véspera da publicação da Lei nº 
9.876, de 1999, para o contribuinte individual empresário, deverá comprovar a retirada de pró-
labore ou o exercício da atividade na empresa; 
IX – a partir de 29 de novembro de 1999, publicação da Lei9.876, de 1999 até 31 de março de 2003, 
conforme art. 15 da Lei nº10.666, de 2003, para o contribuinte individual prestador de serviço à 
empresa contratante e para o assim associado à cooperativa, deverá apresentar documentos que 
comprovem a remuneração auferida em uma ou mais empresas, referente a sua contribuição mensal, 
que, mesmo declarada em GFIP, só será consideradase efetivamente recolhida; 
X- a partir de abril de 2003, conforme os arts. 4º, 5º e 15 da Lei nº 10.666, de 2003, para o contribuinte 
individual prestador de serviço à empresa contratante e para o assim associado à cooperativa na 
forma do art. 216 do RPS, deverá apresentar recibo de prestação de serviços a ele fornecido onde conste 
a razão ou denominação social, o CNPJ da empresa contratada, a retenção da contribuição efetuada, o 
valor da remuneração percebida, valor retido e a identificação do filiado; 
XI – para o Microempreendedor Individual o Certificado da Condição de Microempreendedor 
Individual, que é o documento comprobatório do registro do Empreendedor Individual e o Documento 
de Arrecadação ao Simples Nacional – DASMei, emitido, exclusivamente, pelo Programa Gerador do 
DAS do Microempreendedor Individual – PGMEI, constante do Portal do Empreendedor,no sítio 
www.portaldoempreendedor.gov.br; 
XII – para o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de 
qualquer natureza ou finalidade, bem como para o síndico ou administrador eleito para exercer 
atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração, mediante apresentação de 
estatuto e ata de eleição ou nomeação no período de vigência dos cargos da diretoria, registrada em 
cartório de títulos e documentos; (não é o caso do síndico que tem mera isenção de taxa 
condominial) 
XIII – para o contribuinte individual que presta serviços por conta própria a pessoas físicas ou 
presta serviço a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a produtor rural pessoa física, 
a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira; ou brasileiro civil que 
trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, com 
apresentação das guias ou carnês de recolhimento, observado o seguinte: 
a) poderá deduzir da sua contribuição mensal, 45% (quarenta e cinco por cento) da contribuição patronal 
do contratante, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que este lhe tenha 
pagado ou creditado, no respectivo mês, limitada a 9%(nove por cento) do respectivo salário de 
contribuição; e 
b) para efeito de dedução, considera-se contribuição declarada a informação prestada na Guia de 
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social ou 
declaração fornecida pela empresa ao segurado, onde conste, além de sua identificação completa, 
inclusive com o número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, o nome e o número da inscrição do 
contribuinte individual, o valor da remuneração paga e o compromisso de que esse valor será incluído 
na citada Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência 
Social e efetuado o recolhimento da correspondente contribuição; 
XIV- para os autônomos em geral, por comprovante do exercício da atividade ou inscrição na prefeitura 
e respectivos recibos de pagamentos do Imposto Sobre Serviço – ISS, em época própria ou declaração 
de imposto de renda, entre outros. 
§ 1º Entende-se como empresa e sociedades de natureza urbana ou rural, formalmente constituída, 
conforme descrito nos incisos VI, VII, VIII e XI deste artigo, aquela com registros de seus atos 
constitutivos nos órgãos competentes, tais como: Junta Comercial,Cartório de Registros de Títulos e 
Documentos, Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, considerando-se para fins de início da atividade, 
salvo prova em contrário, a data do referido registro. 
§ 2º Para fins de cômputo do período de atividade do contribuinte individual, enquanto titular de firma 
coletiva ou individual deve ser observada a data em que foi lavrado o contrato ou documento equivalente, 
ou a data de início de atividade prevista em cláusulas contratuais. 
Cnis 
ANALISANDO O CNIS CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é o registro previdenciário 
do segurado, ou seja é um banco de dados do Governo Federal que armazena todas as informações 
previdenciárias de uma pessoa. É o sistema de verificação mais importante do INSS, pois suas 
informações servirão como base de… 
 
Pensão Por Morte 
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Aposentadoria por Idade 
Carência e Tempo de Contribuição 
 
CARÊNCIA (art. 24, e seguintes da Lei 8.213/91). 
https://www.fabiosantos.adv.br/aposentadoria-por-idade/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=921&relatedposts_position=2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art24
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 CARÊNCIA → é o tempo de efetiva contribuição previdenciária (dias, meses e anos trabalhados) 
indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do primeiro dia dos meses 
de suas competências. 
o Apesar do tempo “contribuição mensal” não é necessário que o efetivo trabalho seja 
relativa ao mês inteiro para configurar a carência mensal, ou seja, basta um dia de trabalho em determinado 
mês para que a contribuição previdenciária mensal ter efeito de carência. 
 TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO → é o número de contribuições mensais (não importando quantos 
dias foram trabalhados – computa-se o mês de competência). 
Exemplo para fixação: Um segurado que trabalhou de 25 de abril à 05 de maio (10 
dias) = Possui 10 dias de tempo de contribuição e 2 contribuições mensais de 
carência - A carência pode ser muito superior ao tempo de contribuição. 
Exemplo 2: Se o segurado tem 14 anos, 11 meses e 1 dia de contribuição, poderia 
requerer aposentadoria por idade ANTES DA REFORMA, pois esse “1 dia” para fins de 
carência é computado, entendendo-se que já possui as 180 contribuições mensais. 
Fundamentação: 
→ art. 24 e seguintes da Lei 8.213/9; 
→ art. 26 e seguintes, do Decreto 3.048/99; 
→ art. 145 e seguintes da IN INSS/PRES 77/2015. 
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos 
seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: 
I – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; 
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 
contribuições mensais. 
III – salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 e o 
art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39; e 
IV –auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições mensais. 
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será 
reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. 
Na forma do art. 25, da Lei 8.213/91, a concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de 
Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência: 
→ auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 contribuições mensais. 
Exceto, quando o benefício for decorrente de acidente de qualquer natureza (de trabalho ou não) ou de 
doença considerada grave (Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/01 e artigo 151 da 8.213/91). 
→ aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial e da 
pessoa com deficiência: 180 contribuições mensais. 
→ salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, facultativa e especial: 10 
contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 da Lei 8.213/91. (único 
benefício que sobre o desconto da contribuição previdenciária) 
→ auxílio-reclusão: 24 contribuições mensais (somente para prisão a partirde 18/01/2019 – MP 
871/19, convertida na Lei 13.846/2019). 
→ Pensão por morte não tem carência. O que há é uma limitação do tempo do benefício 
→ Auxilio Acidente em qualquer modalidade (comum ou de trabalho) não exige carência. 
→ Salário família: não exige carência. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art26
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art25
https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-interministerial-2998-2001_181816.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art151
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art39p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13846.htm
Conforme o art. 142, da Lei 8.213/91 (regra de transição), para o segurado inscrito até 24 de julho 
de 1991, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à 
seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições 
necessárias à obtenção do benefício: 
 
Na forma do art. 26, da Lei 8.213/91, independe de carência: 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I – pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; 
II – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou 
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao 
RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos 
Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os 
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
III – os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no 
inciso VII do art. 11 desta Lei; 
IV – serviço social; 
V – reabilitação profissional. 
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada 
doméstica. 
Conforme dispõe o art. 27, da Lei 8.213/91, para cômputo do período de carência, serão 
consideradas as contribuições: 
 a carência é contada a partir: 
o Quanto ao segurado empregado, doméstico, avulso: desde o primeiro dia de trabalho 
(devido a responsabilidade de recolhimento ser de terceiros – empregador). Extensivo ainda ao contribuinte 
individual que presta serviço para PJ (a partir de abr/2003). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art26
o Quanto ao segurado facultativo e contribuinte individual: a partir do primeiro 
recolhimento em dia. Não importando se os demais forem recolhidos fora do prazo. O marco inicial será a 
partir da primeira contribuição em dia (art. 30, inciso I, da IN INSS/PRES 77/2015). Embora não haja previsão 
em lei, aplica o INSS o entendimento de que se a pessoa o contribuinte individual contribui em dia, e, deixa de 
contribuir sem dar baixa na sua inscrição, poderá recolher o período em atraso, pois é presumido que haja 
labor. 
 Realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem 
atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a 
competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, 
respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13, da Lei 8.213/91. 
Para fins de indenização de período contributivo a ser recolhido (individual) se recolhido a primeira 
contribuição em dia, e não houver os próximos recolhimentos, basta que comprove continuar no 
exercício da atividade (ex. advogado, dentista etc.). (b) Em outras hipóteses sequer precisa comprovar: 
é o caso quando se declara o exercício de determinada função, pugnando pela indenização (com as 
devidas correções). (c) Se a pessoa não recolheu nenhuma contribuição e já exercia uma atividade 
remunerada (ex. advogado) e pleiteia ter reconhecido o direito do recolhimento indenizado, basta 
requerer a “retroação o DIC” (data do início da contribuição) e fazer prova do início da atividade. 
Contribuinte Individual 
ENUNCIADO 5 – CRPS (Atualizado) 
O recolhimento em atraso de contribuições previdenciárias devidas pelo contribuinte individual 
exige a comprovação do efetivo exercício de atividade remunerada (59 IN77, Orient. interna 
177/07 e art.12, 19-B RPS), na forma do art. 55, §3º da Lei nº 8.213/91. 
I – A concessão de prestações ao contribuinte individual em débito ou aos seus dependentes é 
condicionada ao recolhimento prévio (vedado recolhimento pós morte), pelo segurado, das 
contribuições necessárias à reaquisição da qualidade de segurado, salvo em relação ao prestador de 
serviço à empresa, a partir da competência abril de 2003. 
II – Perde a qualidade de segurado o contribuinte individual que, embora em exercício de atividade 
remunerada, deixa de recolher suas respectivas contribuições por tempo superior ao período de 
graça (12 meses - uma contribuição vertida dentro desse período garante a qualidade 
de segurado, que garante o recolhimento indenizado computado como carência ) (art. 15, 
§4º da Lei nº 8.213/91), salvo quando não for o responsável pelo seu recolhimento. 
III – As contribuições recolhidas em atraso pelo contribuinte individual após o período de graça 
não serão computadas como carência, nem para fins de manutenção da qualidade de segurado, 
mas apenas como tempo de contribuição. 
IV – Havendo perda da qualidade de segurado, somente serão consideradas para fins de carência as 
contribuições efetivadas sem atraso, após nova filiação do contribuinte individual (28 §4º RPS) ao 
Regime Geral de Previdência Social. 
V – As contribuições do contribuinte individual empresário não se presumem descontadas e 
recolhidas, nos termos do art. 4º da Lei nº 10.666/03, quando exercida atividade na empresa da 
qual seja titular (a responsabilidade de recolhimento é própria), diretor não empregado, membro de 
conselho de administração, sócio ou administrador não empregado. 
VI – A carência do segurado empresário até 24/07/1991, véspera da publicação da Lei nº 8.213/91, 
será computada a partir da data de sua filiação, podendo ser reconhecidas como carência as 
contribuições referentes até esta data, mesmo recolhidas em atraso, desde que comprovado o efetivo 
exercício de atividade nessa categoria. (Alterado pela RESOLUÇÃO Nº 35/CRPS, DE 30 DE ABRIL 
DE 2021, publicada no DOU em 06/12/2021 | Edição: 228 | Seção: 1 | Página: 132) 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art13
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art19b
Utilização do tempo em gozo de BENEFICIO POR INCAPACIDADE 
para fins de TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
Para utilização do período em gozo de benefício por incapacidade (temporária ou permanente) basta 
haver (uma única contribuição) contribuição após a cessação do benefício. Logo, se após o afastamento o 
segurado contribuir para a previdência, (qualquer contribuição, inclusive facultativa) será o período de 
afastamento reconhecido EXCLUSIVAMENTE como TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 
Esse entendimento está previsto no inciso II, do artigo 55 da Lei 8.213/91 prevê que caso ocorra o 
recebimento de aposentadoria por invalidez ou auxílio doença(incapacidade temporária) servirá 
como tempo de contribuição desde que, vertida uma contribuição após o seu término. 
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, 
além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta 
Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: 
II – o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez; 
AFASTAMENTO POR ACIDENTE DE TRABALHO 
ANTES da EC 103/2019 caso o afastamento fosse por acidente de trabalho, o segurado teria o 
cômputo do período de afastamento INDEPENDENTE DE CONTRIBUIÇÃO INTERCALADA, 
pois era previsto pelo inciso III do artigo 60 do Decreto 3.048/99. Contudo, tal previsão foi Revogado 
pelo Decreto nº 10.410, de 2020, logo, pós reforma, MESMO EM CASO DE AFASTAMENTO POR 
ACIDENTE DE TRABALHO há a necessidade de intercalar uma contribuição para o efetivo cômputo 
como tempo de contribuição. 
Em ambos os casos (para acidente de trabalho ou afastamento comum), essa contribuição intercalada, 
pode ser feita tanto por recolhimento pela empresa (com o retorno ao trabalho) como recolhimento 
facultativo (pagamento de carnê), é a previsão do inciso IV do artigo 117 da IN 20/2007: 
Art. 117. Não serão computados como tempo de contribuição os períodos: 
IV – em que o segurado recebeu benefício por incapacidade, ressalvadas as hipóteses de volta à 
atividade ou ao recolhimento de contribuições como facultativo, observado o disposto no inciso IX do 
art. 60 do RPS; 
Utilização do tempo em gozo de BENEFICIO POR INCAPACIDADE 
para fins de CARÊNCIA 
Entretanto, a utilização do benefício por incapacidade prevista em lei era EXCLUSIVA para o cômputo 
para fins de tempo de contribuição e NÃO DE CARÊNCIA. 
Daí, foram criada teses jurídicas para o cômputo também para a carência, alegando que a o inciso II, do 
artigo 64, da IN 20 2007 fazia uma interpretação restritiva dos direitos do segurado: 
Não será computado como período de carência: 
II – o período em que o segurado está ou esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez, inclusive decorrente de acidente do trabalho ou de qualquer natureza, salvo os períodos 
entre 1º de junho de 1973 a 30 de junho de 1975 em que o segurado esteve em gozo de Auxílio-Doença 
Previdenciário ou Aposentadoria por Invalidez Previdenciária; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art6
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/ininss2_2007.htm
Contra este dispositivo restritivo, foi argumentado que o §5º do art. 29 da Lei 8.213/91 não fazia qualquer 
restrição de ao computo dos benefícios por incapacidade, não cabendo o INSS determinar que seria 
extensivo apenas ao TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO e não a CARÊNCIA. 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: 
§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua 
duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-
benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos 
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. 
Desta tese adveio o entendimento da Súmula 73 da TNU: 
Súmula n. 73 da TNU: O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não 
decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência 
quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência 
social. 
Entendimento coadunado pela Súmula 102 do TRF-4: “É possível o cômputo do interregno em que o 
segurado esteve usufruindo benefício por incapacidade (auxílio doença ou aposentadoria por 
invalidez) para fins de carência, desde que intercalado com períodos contributivos ou de efetivo 
trabalho“. 
Entendimento do STJ 
(…) O entendimento do Tribunal de origem coaduna-se com o disposto no § 5º do art. 29 da Lei n. 
8.213/1991, bem como com a orientação desta Corte, segundo os quais deve ser considerado, para 
efeito de carência, o tempo em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez, desde que intercalado com períodos contributivos. (…) (AgInt no REsp1574860/SP, Rel. 
Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/04/2018, DJE 09/05/2018). 
Inclusive foi publicada a PORTARIA CONJUNTA Nº 12 DE 19 DE MAIO DE 2020 que carrega o 
mesmo entendimento em seu artigo 2º: 
Art. 2º Até que seja julgado o recurso interposto pelo INSS e expedido um parecer de força executória 
definitivo, deve ser cumprida a decisão judicial desta ACP nos moldes da ACP de nº 2009.71.00.004103-
4/RS, ou seja, computar, para fins de carência, o período em gozo de benefício por incapacidade, 
inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição 
ou atividade, conforme artigo 153, § 1º, da Instrução Normativa nº 77/PRES/INSS, de 21/01/2015. 
Posteriormente à estes entendimentos, sobreveio o entendimento do §1º do artigo 19-C do Decreto 
3.048/99 que vem sendo veemente combatido pela jurisprudência sob a alegação de prevalece o 
entendimento da ACP determinado pela PORTARIA CONJUNTA Nº 12 DE 19 DE MAIO DE 2020: 
Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais 
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período: (Incluído pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma do 
disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto para efeito de 
carência. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29§5
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=73&PHPSESSID=dde444mub3dn7ln9506j76j853
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=73&PHPSESSID=dde444mub3dn7ln9506j76j853
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-12-de-19-de-maio-de-2020-258324861
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19c
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-12-de-19-de-maio-de-2020-258324861
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
RETROAÇÃO DA DIC 
Retroação da DIC é o ato do contribuinte individual que nunca recolheu suas contribuições para o INSS, 
indenizar o INSS em suas contribuições que não foram pagas no período devido. Entretanto, com a EC 
103/2019 esse período pago em atraso não será computado como período de carência, apenas como 
tempo de contribuição. 
Para requerer a retroação da DIC, é necessário que o segurado inicie um processo administrativo junto 
ao INSS, para requerer a concessão da retroação da DIC, COMPROVANDO com sua documentação 
que, de fato, exerceu atividade remunerada em período anterior, onde oportunamente o INSS irá analisar, 
deferir e emitir as guias de regularização das contribuições não vertidas para o devido pagamento. 
Recuperação da Qualidade de Segurado 
Uma vez perdida a qualidade do segurado, assegura o artigo 27-A da Lei 8.213/91 decorrente da 
conversão da MP na Lei 13.846/2019 que recupera a qualidade de segurado, com a metade da carência 
exigida a cada benefício: 
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de 
auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidadee de auxílio-reclusão, o 
segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade 
dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.” (NR) 
Carência Congelada 
Carência congelada é o fenômeno decorrente da regra de transição do artigo 142 da Lei 8.213/91 
prevendo que o segurado que completou a idade na em determinado ano da tabela, ainda que não tenha 
completada a contribuição exigida naquela data, tem a contribuição exigida à época, e quando 
completar o total de contribuições exigidas (independente do ano a ser cumprida) fará jus ao benefício). 
Nesse sentido, sobre a carência congelada ensina Lazzari: 
“Ressalta-se que a carência exigida para a concessão da aposentadoria por idade é a do ano em que 
preenchido o requisito etário, em conformidade com o art.142 da LBPS, também chamada de ‘carência 
congelada’”. 
Exemplo para fixação: se o segurado completou 60 anos de idade em 2002, ele terá que 
ter 126 contribuições para requerer a aposentadoria por idade. Contudo, se à época 
ele apenas apresentava 102 contribuições, CONGELA-SE SUA CARÊNCIA nos 126 exigidos, 
e quando o requisito for completado poderá requerer o benefício (independente do ano 
em que ele for completado). A carência não será aumentada pelo fato do segurado não ter cumprido 
esse requisito no ano em que completou a idade mínima. 
 
Entendimento Previsto em Súmula 
(Súmula 44 da TNU) 
Súmula n. 44 da TNU: Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência 
prevista no art. 142 da Lei nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado 
completa a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja 
preenchido posteriormente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=44&PHPSESSID=1ujkcmmj6iofa1hkfbaojdg7u7
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=44&PHPSESSID=1ujkcmmj6iofa1hkfbaojdg7u7
Utilização do tempo em gozo de benefício por incapacidade para fins de carência 
Súmula n. 73 da TNU: O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não 
decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de 
carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a 
previdência social. 
Resumo: basta haver contribuição após a cessação do benefício (uma) para o período de afastamento ser 
reconhecido como carência (qualquer contribuição, inclusive facultativa). Se não contribuir 
posteriormente, não se computa. 
Mensalidade de recuperação: Quando um benefício recebido por um longo período é cessado ele 
continua recebendo por 18 meses após a cessação. Nos primeiros 6 meses de forma integral. E depois 
50% com redução em escalonamento. 
A IN 77 prevê que somente a partir da primeira redução (para 50%) é que o segurado pode requerer um 
novo benefício. 
Ao fazer o requerimento do novo benefício, é imprescindível que na petição inicial seja requerido que 
só seja cancelado a mensalidade de recuperação caso seja deferido o novo benefício. 
Muitas vezes, atualmente comum com a operação pente fino do INSS, os benefícios por incapacidade 
estão sendo cessados, e em alguns casos, é mais fácil requerer o benefício de aposentadoria por idade 
quando o segurado já tem idade mínima, pois pede-se para reconhecer o tempo de afastamento como 
período de contribuição (administrativa e judicial). 
Superior Tribunal de Justiça 
(…) O entendimento do Tribunal de origem coaduna-se com o disposto no § 5º do art. 29 da Lei n. 
8.213/1991, bem como com a orientação desta Corte, segundo os quais deve ser considerado, para 
efeito de carência, o tempo em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez, desde que intercalado com períodos contributivos. (…) (AgInt no REsp1574860/SP, Rel. 
Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/04/2018, DJE 09/05/2018) 
Mensalidade de Recuperação 
Mensalidade de recuperação é quando um benefício recebido por um longo período é cessado. Por lei 
ele continua sendo pago por 18 meses após a cessação, de forma escalonada: 
 Nos primeiros 6 meses de forma integral. 
A partir do 7º mês com redução de 50% . 
Ademais, a IN 77 prevê que somente a partir da primeira redução (para 50%) é que o segurado pode 
requerer um novo benefício. Contudo, ao realizar requerimento de novo benefício, é imprescindível 
que na petição de novo beneficio seja requerido que só seja cancelado a mensalidade de recuperação 
caso seja deferido o novo benefício. Isto porque, atualmente com a operação pente fino do INSS, e 
comum a cessação dos benefícios por incapacidade, e em alguns casos, é mais fácil requerer o benefício 
de aposentadoria por idade quando o segurado já tem idade mínima, pois pede-se para reconhecer o 
tempo de afastamento como período de contribuição (administrativa e judicial). 
ARRECADAÇÃO Responsabilidade 
A responsabilidade de arrecadar e recolher as contribuições do trabalhador, inclusive rural e 
doméstico, é EXCLUSIVA do EMPREGADOR, conforme prevê o artigo 30 da Lei 8.212/91: 
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à 
Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
I – a empresa é obrigada a: 
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, 
descontando-as da respectiva remuneração; 
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o 
inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações 
pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e 
contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; 
Por isso, é imprescindível entender que não se indefere benefício sob fundamento de “falta de 
recolhimento de contribuição” previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao 
segurado. Inclusive esse é o entendimento do ENUNCIADO 2 do CRPS – Conselho de Recursos da 
Previdência Social: 
ENUNCIADO 2: Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de contribuição 
previdenciária quando a 
responsabilidade tributária não competir ao segurado. I – Considera-se presumido o recolhimento das 
contribuições do segurado empregado, inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da 
competência abril de 2003, do contribuinte individual prestador de serviço. 
Entendimento este, reforçado no §5º do artigo 33 da Lei 8.212/91, sendo DEVER da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividade, em especial 
FISCALIZAR a arrecadação tributária: 
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito 
oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se 
eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou 
arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 
RECOLHIMENTO. ALTERAÇÃO PÓS REFORMA 
A partir da EC 103/2019 que alterou o art.195 §14 da CF, bem como a vigência do art. 19-E do 
Decreto 10.410/2020 a contribuição recolhida em quantia inferior ao salário de contribuição 
mínimo não será computada para fins de carência, tempo de contribuição ou manutenção da qualidade 
de segurado PARA TODOS OS SEGURADOS. Anteriormente essa regra era aplicada somente aos 
contribuintes INDIVIDUAL e FACULTATIVO por serem os responsáveis exclusivos pelo próprio 
recolhimento. 
§ 14. O segurado somente teráreconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima 
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. 
Art.19-E. A partir de 13 de novembro de 2019 para fins de aquisição e manutenção da qualidade de 
segurado de carência de tempo de contribuição e de cálculo do salário de benefício exigidos para o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30
https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-n-37/2019-227382969?inheritRedirect=true
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19e
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19e
reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e para fins de contagem recíproca, somente serão 
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo 
mensal do salário de contribuição. 
COMPLEMENTAÇÃO, COMPENSAÇÃO ou AGRUPAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES FEITAS EM VALOR 
INFERIOR AO MÍNIMO 
Conforme vimos anteriormente, prevê o artigo 195 da CF, em seu §14º, incluído pela EC 103/2019, 
que o recolhimento somente será computado se recolhido em valor igual ou superior ao valor da 
contribuição mínima mensal exigida. Entretanto, a própria EC 109/2019, em seu artigo 29 criou uma 
regra de transição que até que seja criada a lei que assim disponha, 
Art. 29. Até que entre em vigor lei que disponha sobre o § 14 do art. 195 da Constituição Federal, o 
segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de 1 (um) mês, receber remuneração 
inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá: 
I – complementar a sua contribuição , de forma a alcançar o limite mínimo exigido; 
II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de contribuição de uma competência 
em outra (COMPENSAÇÃO); ou 
III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para 
aproveitamento em contribuições mínimas mensais. 
Parágrafo único. Os ajustes de complementação ou agrupamento de contribuições previstos nos incisos 
I, II e III do caput somente poderão ser feitos ao longo do mesmo ano civil. 
No que tange ao previsto no artigo 29 da EC 103/19, veio o Decreto 3.048/99, que regulamenta os 
benefícios regulamentar, criando o § 27-A do artigo 216, atenuando de modo ficto o PU do art.29 da 
EC 103/19 determinando que os ajustes deverão ser feitos entre as complementações do mesmo ano 
civil, mas poderão ser requeridas a qualquer tempo, ainda que em anos posteriores: 
§ 27-A. O segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de um mês, receber 
remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá solicitar o ajuste 
das competências pertencentes ao mesmo ano civil, na forma por ele indicada, ou autorizar que os 
ajustes sejam feitos automaticamente, para que o limite mínimo mensal do salário de contribuição seja 
alcançado, por meio da opção por: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
I – complementar a sua contribuição, observado que: 
a) o recolhimento da complementação deverá ser efetuado pelo próprio segurado até o dia quinze do 
mês seguinte ao da competência de referência e, após essa data, com incidência dos acréscimos legais 
de que tratam os art. 238 e art. 239; 
b) para o empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso, a complementação será efetuada 
por meio da aplicação da alíquota de sete inteiros e cinco décimos por cento, inclusive para o mês em que exista 
contribuição concomitante na condição de contribuinte individual; e 
c) para o contribuinte individual que preste serviço a empresa, de que trata o § 26, e que contribua 
exclusivamente nessa condição, a complementação será efetuada por meio da aplicação da alíquota de 
vinte por cento; (Incluída pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de uma competência em outra, 
observado que: 
a) para efeito de utilização da contribuição, serão considerados os salários de contribuição apurados 
por categoria, consolidados na competência de origem; 
b) o salário de contribuição poderá ser utilizado para complementar uma ou mais competências com 
valor inferior ao limite mínimo, mesmo que em categoria distinta; 
c) poderão ser utilizados valores excedentes ao limite mínimo do salário de contribuição de mais de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art216§27a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
uma competência para compor o salário de contribuição de apenas uma competência; e 
d) utilizado o valor excedente, caso o salário de contribuição da competência favorecida ainda 
permaneça inferior ao limite mínimo, esse valor poderá ser complementado nos termos do 
disposto no inciso I; ou 
III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para 
aproveitamento em contribuições mínimas mensais, observado que: 
a) as competências que não atingirem o valor mínimo do salário de contribuição poderão ser agrupadas 
desde que o resultado do agrupamento não ultrapasse o valor mínimo do salário de contribuição; 
b) na hipótese de o resultado do agrupamento ser inferior ao limite mínimo do salário de contribuição, 
o segurado poderá complementar na forma prevista no inciso I ou utilizar valores excedentes na 
forma prevista no inciso II; e 
c) as competências em que tenha havido exercício de atividade e tenham sido zeradas em 
decorrência do agrupamento poderão ser objeto de recolhimento pelo segurado, respeitado o 
limite mínimo. 
 
 
Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
 
A aposentadoria por tempo de contribuição (B-42) deixou de existir com a EC 103/19, para os 
segurados filiados a partir 13.11.2019 – passando a ser possível somente como regra de transição 
aos filiados anteriormente à EC 103/19. 
Isto porquê a reforma previdenciária institui a idade mínima para a concessão da aposentadoria por 
tempo de contribuição -revogando a aposentadoria por tempo de contribuição, passando existir 
somente uma modalidade de APOSENTADORIA PROGRAMADA – por idade e tempo. 
Beneficiários: todos os segurados, ressalvado (1) o segurado especial que exige o recolhimento de 
contribuições facultativas, na forma da Súmula 272, do STJ; (2) o recolhimento simplificado do 
Individual e do Facultativo e do segurado de Baixa Renda. 
EXCEÇÕES do DIREITO ao BENEFÍCIO: 
(1) O contribuinte individual e o segurado facultativo que recolher na alíquota de 11%, não terão direito 
ao benefício (art. 21, § 2º, da Lei 8.212/91). 
(2) Igualmente ao segurado de baixa renda que recolher na alíquota de 5 % não terão direito ao benefício 
da aposentadoria por tempo de contribuição. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art21§2
(3) O segurado especial (pesca, agropecuária, regime de economia familiar e etc.) só pode requerer 
aposentadoria por tempo de contribuição se recolher facultativamente (S. 272 STJ) “O 
trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a 
produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço, se recolher 
contribuições facultativas.”. 
Tempo de Contribuição 
Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de dataa data, desde o início até a data do 
requerimento ou do desligamento da atividade abrangida pela Previdência Social. (art. 59, do Decreto 
3.048/99) 
 Empregado, Avulso e Doméstico: é toda e qualquer atividade laborativa, sendo 
presumidas as contribuições previdenciárias a cargo do empregador ou contratante do serviço. 
(art. 30 e 33, da Lei 8.212/91 e art. 34, da Lei 8.213/91). 
 Individual: a empresa a responsável pela retenção e pelo recolhimento da contribuição 
previdenciária (§ 1º, do art. 45, da Lei 8.212/91). 
 Facultativo: pagamento de contribuições, não sendo admitido recolhimento extemporâneo 
(06 meses). 
Carência 
Faz-se mister destacar que o Decreto 10.410/20 alterou o Decreto 3.048/99 determinando a exigência 
de carência em TODAS AS REGRAS DE TRANSIÇÃO. 
Logo, quando o segurado pleiteia benefício com enquadramento de APOSENTADORIA POR 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, aplicando qualquer das 4 (quatro) regras de transição, SERÁ 
EXIGIDA CARÊNCIA mínima de180 meses. Sendo requisito para qualquer requerimento de 
aposentadoria por contribuição: 
 Tempo de Contribuição; 
 Carência: 
o Idade mínima (apenas para algumas regras de transição). 
Qualidade de Segurado 
A partir da edição da Lei 10.666/03, a perda da qualidade de segurado não é mais impedimento para 
a concessão das aposentadoria por tempo de contribuição, bem como para as aposentadorias por idade 
e especial. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art34
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art45§1
 
Outros Recolhimentos que Computam como Tempo de Contribuição 
O tempo de serviço militar, o tempo de serviço em mandato eletivo, período em que o segurado tenha 
sido colocado pela empresa em disponibilidade remunerada, desde que tenha havido contribuições, 
também considera-se como tempo de contribuição (art. 201, § 9º-A, da CF e art. 55 da 8.213). 
Contagem Recíproca (compensação financeira) 
É assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social 
e os regimes próprios conforme determina o art. 201, § 9º, da CF “§ 9º Para fins de aposentadoria, será 
assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social 
e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a compensação financeira, de 
acordo com os critérios estabelecidos em lei”. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
Período de Recebimento de Benefício por Incapacidade 
Nos termos do art. 29,§ 5º da Lei 8.213/91 c/c o art. 164, inciso XVI, da IN 77/2015, são contados 
como tempo de contribuição os períodos de recebimento de benefício por incapacidade, entre 
períodos de atividade e o de benefício por incapacidade decorrente de acidente do trabalho, 
intercalado ou não. “Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por 
incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, 
o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas 
épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.” 
Art. 164. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, entre 
outros, conforme previsto no art. 60 do RPS: 
XVI – o período de recebimento de benefício por incapacidade: 
Evolução Histórica da Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
Se faz- imprescindível o estudo da evolução histórica de cada benefício, pois no direito previdenciário 
rege o Princípio do tempus regit actum que significa que em matéria previdenciária é aplicada aos 
fatos não pela lei em vigor atualmente, mas pela legislação aplicada no tempo da celebração do fato 
jurídico (implemento dos requisitos de cada benefício). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29§5
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
A aposentadoria por tempo de contribuição sofreu alterações marcantes ao longo dos anos com a 
apresentação de pequenas reformas de concessão, sendo as mais atuais e marcantes: 
→ 1998 (EC 20) extinguiu a Aposentadoria Proporcional (permitida somente em regra de transição), 
bem como mudou a nomeclatura de tempo de serviço/por tempo de contribuição; 
→ 1999 (Lei 9.876/99) – Regulamentou a EC 20 e criou o Fator Previdenciário e o mínimo divisor; 
→ 2015 (instituiu a Regra de Pontos 85/95); que afastaria a aplicação do fator previdenciário. 
→ 2019 (EC 103) alterou todos benefícios e criou somente uma forma de aposentadoria programada. 
Entretanto, para fins didáticos passaremos a analisar toda alteração histórica da APOSENTADORIA 
POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 
 Lei Eloy Chaves: (Decreto Legislativo 4.682/23). 
Foi a primeira legislação brasileira que se reconhece o direito desse benefício. Esse Decreto apelidado 
de lei trouxe 04 espécies de prestações previdenciárias, que eram: (1) os socorros médicos em caso de 
doença; (2) os medicamentos obtidos por preço especial; (3) a pensão por morte; (4) a aposentadoria. 
 
Sobre a aposentadoria a Lei Eloy Chaves trouxe duas espécies: 
 
→ Ordinária (era a nossa atual aposentadoria por tempo de contribuição) 
→ Por invalidez. 
o Requisitos da aposentadoria ORDINÁRIA: empregado ou operário com, no 
mínimo, 30 anos de serviço e 50 anos de idade (integral). Podia ser “proporcional”, para aquele que 
implementasse apenas o tempo de serviço sem a idade estabelecida. A partir dos 25 anos de serviço e 
com 60 anos de idade, também podia se aposentar com valor reduzido. 
 Lei 3.807/60 (LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social) 
A aposentadoria ordinária passa a ser denominada de aposentadoria por tempo de serviço. 
o Requisitos: 30 ou 35 anos de serviço, com proventos integrais ou proporcionais e, 
pelo menos, 55 anos de idade. Com 30 anos era de 100% para a mulher 80% para o homem. 
o Idade mínima: eliminada pela Lei 4.130, de 28.08.62. 
 Decreto-Lei 66/1966 
Acrescentou o requisito de, no mínimo, 60 contribuições mensais (carência). 
 CF de 1967 
Trouxe a previsão com status constitucional, pois anteriormente era infralegal do tempo de serviço 
mínimo da mulher de 30 anos para a aposentadoria integral. 
 CF de 1988 (Art. 202): 
É assegurada aposentadoria, nos termos da lei, calculando-se o benefício sobre a média dos trinta e seis 
últimos salários de contribuição, corrigidos monetariamente mês a mês, e comprovada a regularidade 
dos reajustes dos salários de contribuição de modo a preservar seus valores reais e obedecidas as 
seguintes condições: 
o (…) II – após trinta e cinco anos de trabalho, ao homem, e após trinta, à mulher, 
ou em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física, definidas em lei; (…) 
o § 1º É facultada aposentadoria proporcional, após trinta anos de trabalho, ao 
homem, e, após vinte e cinco, à mulher. 
 Lei 8.213/91 (arts. 52 e 53) 
Aumentou a carência de 60 para 180 contribuições (regra de transição no art. 142). 
o Proporcional – Homem: 30 aos 34 anos (70% + 6%). 
o Proporcional – Mulher: 25 aos 29 anos (70% + 6%). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/historicos/dpl/dpl4682-1923.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l3807.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0066.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art202
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art52
o Integral – Homem: 35 anos. 
o Integral – Mulher: 30 anos. 
 EC 20/98 (15.12.1998): Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá 
outras providências. 
A PEC 33/95 serviu como base para a EC 20/98 previa a instituição de idade mínima de 60 anos para 
homens e 55 para mulheres. Entretanto, NÃO foi aprovada, por um voto de abstenção do Deputado 
Antônio Kandir. 
A EC 20 EXTINGUIU a aposentadoria PROPORCIONAL, passando a conceder aposentadoria 
somente para os segurados que preencherem os requisitos INTEGRALMENTE – a homens e mulheres 
que comprovem, respectivamente, 35H/30M anos de contribuição. 
1. Linha do Tempo – Aposentadoria ANTES da EC 20/98 15.12.1998 
Antes da EC 20/98 o benefício era conhecido como aposentadoria por tempo de serviço e seus 
requisitos de concessão eram apenas (TC 30M/35H + Carência). 
Como inexistia outros critérios ou vedação, era assegurada a aposentadoria PROPORCIONAL ao 
segurado que implementasse o requisito mínimo de contribuição (25M/30H): 
 I – para a mulher: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 25 (vinte e cinco) 
anos de serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o 
máximo de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de serviço; 
 II – para o homem: 70% (setenta por cento) do salário-de-benefício aos 30 (trinta) anos de 
serviço, mais 6% (seis por cento) deste, para cada novo ano completo de atividade, até o máximo 
de 100% (cem por cento) do salário-de-benefício aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço. 
DIREITO ADQUIRIDO Aposentadoria Proporcional 
O segurado que estava FILIADO contribuições (mínimo 01) até 16/12/1998 (antes da EC 20) tem o 
direito adquirido à requerer aposentadoria PROPORCIONAL. 
CARÊNCIA 
Antes da EC 20/98 
O inciso II do art. 25 da Lei 8.213/91 vigente na época determinava que ” A concessão das 
prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de 
carência, ressalvado o disposto no art. 26″: 
 
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial e abono de 
permanência em serviço: 180 (cento e oitenta) contribuições mensais. 
CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
Antes da EC 20/98 
Antes da entrada em vigor da EC 20/98, todo o segurado que implementasse os requisitos até 
15.12.1998 (ou até 31.12.2011 de acordo com a regra de transição) faz jus ao cálculo do SB mais 
vantajoso nos termos do artigo 29 da Lei 8.213/91 vigente à época: 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-
contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc20.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29
entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 
(quarenta e oito) meses. 
Ou seja, no ato do requerimento, apurava-se dentre os últimos 48 meses de trabalho do segurado, a 
média aritmética simples levando em conta somente os últimos 36 SC (quantidade de meses trabalhados 
divididos pelo numero de meses) do qual se extraia o salário de benefício do segurado. 
2. Linha do tempo – Aposentadoria APÓS a EC 20/98 
Após a EC 20/98 (15.12.1998) a aposentadoria por tempo de serviço passa a ser denominada 
aposentadoria por tempo de contribuição (art. 4º, da EC 20/98). 
Foi EXTINTA a aposentadoria PROPORCIONAL (70% do SB para 25M/30H), passando a conceder 
aposentadoria aos segurados filiados após 15.12.1998 somente para os segurados que preencherem os 
requisitos INTEGRALMENTE – 30M/35H anos de contribuição. 
Com o advento da emenda além do TC e Carência; passou-se a exigir também Idade mínima 
(48M/53H); e pedágio (40% do tempo que faltava para atingir o mínimo), logo é muito mais vantajoso 
ao segurado enquadrar-se antes da EC 20/98. 
REGRA DE TRANSIÇÃO EC 20/98 
(a) 53 anos de idade, se homem ou 48 anos de idade, se mulher + 
(b) 30 anos de contribuição, se homem ou 25 anos, se mulher + 
(c) pedágio de 40% do tempo faltante para atingir o tempo mínimo necessário. 
A EC 20/98 trouxe em seu artigo 9º uma regra de transição possibilitando o requerimento de 
aposentadoria integral para os segurados que já estavam FILIADOS ao sistema em sua data de entrada 
em vigor (que tinham no mínimo 01 contribuição antes da publicação emenda): 
Art. 9º – Observado o disposto no art. 4º desta Emenda e ressalvado o direito de opção a aposentadoria 
pelas normas por ela estabelecidas para o regime geral de previdência social, é assegurado o direito à 
aposentadoria ao segurado que se tenha filiado ao regime geral de previdência social, até a data de 
publicação desta Emenda, quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos: 
IDADE MÍNIMA 
I – contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se 
mulher; 
PEDÁGIO – (40% TC restante do mínimo) 
§ 1º – O segurado de que trata este artigo, desde que atendido o disposto no inciso I do “caput”, e 
observado o disposto no art. 4º desta Emenda, pode aposentar-se com valores proporcionais ao tempo 
de contribuição, quando atendidas as seguintes condições: 
 I – contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: 
o a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e 
o b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta 
por cento do tempo que, na data da publicação desta Emenda, 
faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior; 
VALOR DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc20.htm
Com a vigência da EC 20/98, inclusive na regra de transição o salário de benefício na aposentadoria 
proporcional sofreu alteração, passando de 70% + 6% por cada ano adicional de contribuição, para 70% 
+ 5% por cada ano adicional de contribuição. 
II – o valor da aposentadoria proporcional será equivalente a setenta por cento do valor da 
aposentadoria a que se refere o “caput”, acrescido de cinco por cento por ano de contribuição que supere 
a soma a que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento. 
DIREITO ADQUIRIDO 
Aposentadoria Proporcional 
O segurado que estava FILIADO contribuições (mínimo 01) até 16/12/1998 (antes da EC 20) tem o 
direito adquirido à requerer aposentadoria PROPORCIONAL. 
CARÊNCIA 
A partir da EC 20/98 
O inciso II do art. 25 da Lei 8.213/91 vigente na época determinava que ” A concessão das 
prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de 
carência, ressalvado o disposto no art. 26″: 
 
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço, aposentadoria especial e abono de 
permanência em serviço: 180 (cento e oitenta) contribuições mensais. 
 
Entretanto, o art. 142 da Lei 8.213/91 traz uma regra de transição para os segurados FILIADOS antes 
de 15.12.1998 (tabela) que implementaram os requisitos até 2011 possuem uma carência 
diferenciada escalonada anualmente. 
Entretanto, todos os segurados que implementarem os requisitos a partir de 2011 JÁ TERÃO A 
EXIGÊNCIA DA CARÊNCIA DE 180 MESES. 
CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
Antes da EC 20/98 
Antes da entrada em vigor da EC 20/98, todo o segurado que implementasse os requisitos até 
15.12.1998 (ou até 31.12.2011 de acordo com a regra de transição) faz jus ao cálculo do SB mais 
vantajoso nos termos do artigo 29 da Lei 8.213/91 vigente à época: 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-
contribuição dos meses imediatamente anterioresao do afastamento da atividade ou da data da 
entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 
(quarenta e oito) meses. 
Ou seja, no ato do requerimento, apurava-se dentre os últimos 48 meses de trabalho do segurado, a 
média aritmética simples levando em conta somente os últimos 36 SC (quantidade de meses 
trabalhados divididos pelo numero de meses) do qual se extraia o salário de benefício do segurado. 
Requisitos: (Art. 201, § 7º, inciso I CF): 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas 
as seguintes condições: 
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
 Lei 9.876/99 (26/11/1999) Dispõe sobre a contribuição previdenciária e cálculo do benefício 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9876.htm
Esta lei é o marco que altera o cálculo do salário de benefício do segurado! 
Deixou de ficar o salário de benefícios sob a M.A.S (Média Aritmética Simples) dos últimos 36 
salários de contribuição do segurado para fórmula de cálculo que alterou o artigo 29 do Lei. 
8.213/91: 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: 
I – para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples 
dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período 
contributivo (a partir de jul/94 – art. 3º, lei 9.876/99), multiplicada pelo fator previdenciário; 
 Lei 13.183/2015 (Lei convertida da MP 676/15 – 17/06/15): 
A MP 676/15 foi convertida na Lei 13.183/2015 e inseriu o artigo 29-C na lei 8.213/91 que trouxe um 
SISTEMA DE PONTOS(85/95) que possibilitou o afastamento do FATOR PREVIDENCIÁRIO 
tendo como único requisito que o segurado tivesse 35 anos de contribuição, se homem; ou 30 anos 
de contribuição, se mulher. A idade servia apenas para aumentar a pontuação 85/95. 
 
Entretanto, o §2º trouxe uma regra de transição que aumentaria gradativamente a pontuação 
mínima exigida até chegar na pontuação máxima 90/100, vejamos: 
 
§ 2º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão majoradas em um ponto 
em: 
I – 31 de dezembro de 2018 – 86/96; 
II – 31 de dezembro de 2020 – 87/97; 
III – 31 de dezembro de 2022 – 88/98; 
IV – 31 de dezembro de 2024 – 89/99; 
V – 31 de dezembro de 2026– 90/100. 
 
Entretanto, a MP 103/ alterou essa majoração acelerando essa pontuação***** 
Fator Previdenciário 
Fórmula (fator previdenciário) 
f = Tc x a x [1+(Id + Tc x a)] = Es 100 
 
f = fator previdenciário 
Tc = tempo de contribuição (em anos) 
a = alíquota (fixa) de contribuição (0,31) 
Es = expectativa de sobrevida (em anos) 
Id = idade do trabalhador (em anos) 
Fundamentação: O fator previdenciário foi criado com a Lei 9.876/99, alterando a redação do art. 29, 
inciso I e §§ 7º a 9º, da Lei 8.213/91. 
Aplicação: o fator previdenciário tem aplicação exclusiva obrigatória para a aposentadoria por 
tempo de contribuição (Regra 85/95 progressiva) e na aposentadoria por idade (somente se beneficiar 
o segurado). 
Tempo de contribuição adicional: 
05 anos, quando se tratar de mulher. 
05 anos, quando se tratar de professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13183.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2
10 anos, quando se tratar de professora que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
TESES DE INCONSTITUCIONALIDADE DO FATOR PREVIDENCIÁRIO 
Efeito: como ensina o Prof. Marcus Orione Gonçalves Correia, “se inexiste efeito ‘erga omnes’ no caso 
de improcedência em ações diretas de inconstitucionalidade, este, com muito mais razão, incorrerá no 
caso de indeferimento de medidas liminares nestas mesmas demandas”. 
 Inconstitucionalidade da própria fórmula: Estão em tramitação duas Ações Diretas de 
Inconstitucionalidade –ADI 2110 e ADI 2111 (STF) aguardando julgamento desde junho/2022- sob os 
argumentos “bis in idem” quando a idade; tratamento desigual na aplicação da expectativa de 
sobrevida (entre Estados e gênero de sexo – Existem regiões do país cuja expectativa é menor – 
homem tem a expectativa de vida menor que as mulheres ferindo o Principio da Isonomia); vedação ao 
retrocesso social; e a afronta ao artigo 201, § 3º CF que determina que a base de cálculo para esse 
benefício é tão somente o Salário de Contribuição). 
 Inconstitucionalidade da aplicação do fator nas aposentadorias concedidas na regra 
de transição do art. 9º, da EC 20/98: RE 639.856/RS (STF). Precedentes positivos: Processo 
0007564- 09.2009.404.7100, do TRF da 4ª Região e Processo 2007.72.95.007023-4, da 1ª Turma 
Recursal de SC. 
 Inconstitucionalidade da aplicação do fator previdenciário na aposentadoria do 
professor: tema 1.011, REsp`s repetitivos 1.799.305/PE e 1.808.156/SP (STJ). Atenção para as 
Justificativas Legislativas da EC 18/81. Precedentes positivos: TRF4: Arg. Inc. 5012935-
13.2015.4.04.0000; 3ª Turma Recursal do JEF do Paraná: Recurso Cível nº 5001532-
98.2011.404.7007/PR; 3ª Vara Federal de São José dos Campos – São Paulo: Processo nº 0004072-
15.2012.403.6103; 1ª Vara Cível de Pindamonhangaba – São Paulo: Processo nº 0007060-
96.2013.8.26.0445. Precedentes negativos: STJ: AgRg no REsp 1.481.976/RS (STJ); STF: RE 
1.029.608/RS (quanto a admissibilidade do RE – eventual afronta seria indireta). 
 EC 103/19 (Convertida pela Lei) 13.11.2019 
→ Revogou a Aposentadoria por Tempo de Contribuição B-42 INTEGRAL e 
PROPORCIONAL(desde EC 20 /98) – possível apenas na regra de transição, passando a existir para 
os novos segurados apenas a APOSENTADORIA PROGRAMADA (REQUISITOS: idade mínima 
+ TC). 
→ Manteve REGRA DE PONTOS, em sua regra de transição; 
→ Manteve FATOR PREVIDENCIÁRIO, em sua regra de transição; 
→ Revogou a aplicação da M.A.S. dos últimos 36 meses de contribuição; 
→ Alteração do cálculo do Salário de Benefício (100% das contribuições). 
A EC 103/19 alterou o art. 201, §7º, da CF que inseriu a APOSENTADORIA PROGRAMADA e 
seus requisitos: 
 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas 
as seguintes condições: 
I – 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimo de 
contribuição; 
No que tange a regulamentação da exigência do tempo de contribuição, a própria EC/103 no seu artigo 
19 trouxe os critérios contributivos para a concessão da aposentadoria programada: 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1795150
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1795149
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
Art. 19. Até que lei disponha sobre o tempo de contribuição a que se refere o inciso I do § 7º do art. 
201 da Constituição Federal, o segurado filiado ao RegimeGeral de Previdência Social após a data 
de entrada em vigor desta Emenda Constitucional será aposentado aos 62 (sessenta e dois) anos de 
idade, se mulher, 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, com 15 (quinze) anos de tempo de 
contribuição, se mulher, e 20(vinte) anos de tempo de contribuição, se homem. 
Para os segurados já inscritos, e assegurando a expectativa de direito dos que estavam prestes à direito 
cumprir os requisitos da aposentadoria por tempo de contribuição, a EC 103/19 criou 04 (quatro) 
REGRAS DE TRANSIÇÃO para este benefício: 
1. PONTOS (art. 15); 
2. IDADE MÍNIMA (art. 16); 
3. PEDÁGIO 50% (art. 17); 
4. PEDÁGIO 100% (art. 20). 
(1) REGRA DE PONTOS 
 
É uma regra que relembra os critérios da MP 676/15 convertida na Lei 13.183/2015, só que com 
critérios de pontuação próprios. Para fazer jus a esta regra o segurado OBRIGATORIAMENTE deve 
contribuir no mínimo (30M/35H). Já o requisito IDADE poderá ser variável (sem mínimo de idade 
exigível). 
Art. 15. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, 
cumulativamente, os seguintes requisitos: 
→ 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e 
→ somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 86 pontos, se 
mulher, e 96 pontos, se homem, observado o disposto nos §§ 1º e 2º. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201§7i.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201§7i.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13183.htm
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação a que se refere o inciso II do caput será acrescida 
a cada ano de 1 (um) ponto, até atingir o limite de 100 (cem) pontos, se mulher, e de 105 (cento e 
cinco) pontos, se homem. 
(Note que aqui não lei não limita a 100% do benefício - podendo um benefício ser 
fixado em porcentagem superior a 100% da M.A.S.). 
(2) IDADE MÍNIMA (16) 
 
Igualmente é uma regra que o segurado OBRIGATORIAMENTE deve contribuir no mínimo 
(30M/35H). E nesta regra, a IDADE mínima exigida será prefixada de forma escalonada, de acordo 
com a regra de transição do art. 16 da EC 103/19. 
Art. 16. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional fica assegurado o direito à aposentadoria quando preencher, 
cumulativamente, os seguintes requisitos: 
 I – 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e 
II – idade de 56 anos, se mulher, e 61 anos, se homem. 
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade a que se refere o inciso II do caput será acrescida de 6 
(seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e 
cinco) anos de idade, se homem. 
(Note que aqui não lei não limita a 100% do benefício - podendo um benefício ser 
fixado em porcentagem superior a 100% da M.A.S.). 
(3) PEDÁGIO 50% (17) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art17
 
Essa é uma regra de transição bem restrita, pois alcança somente aos segurados que 
OBRIGATORIAMENTE possuam o mínimo de 28 anos de contribuição ou 33 anos de contribuição 
em 13.11.2019. 
Art. 17. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional e que na referida data contar com mais de 28 (vinte e oito) anos de 
contribuição, se mulher, e 33 (trinta e três) anos de contribuição, se homem, fica assegurado o direito 
à aposentadoria quando preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
 I – 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e 
 II – cumprimento de período adicional correspondente a 50% (cinquenta por cento) do 
tempo que, na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, faltaria para atingir 30 (trinta) anos 
de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem. 
Aos segurados que se enquadrarem nesta regra, OBRIGATORIAMENTE terão a aplicação do fator 
previdenciário no cálculo do beneficio, conforme determina o PÚ do artigo 17 da EC:103/2019. Nesta 
regra, a EC 103 não tratou da possibilidade de afastamento do fator previdenciário decorrente da regra 
de pontos da MP 676, sendo aplicação do fator obrigatória. 
Parágrafo único. O benefício concedido nos termos deste artigo terá seu valor apurado de acordo com 
a média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações calculada na forma da lei, 
multiplicada pelo fator previdenciário, calculado na forma do disposto nos §§ 7º a 9º do art. 29 da Lei 
nº 8.213, de 24 de julho de 1991. 
(4) PEDÁGIO 100% (20) 
 
Essa regra determina a IDADE MÍNIMA FIXA e TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO FIXO aos segurados 
que queiram exigir seu enquadramento. Preenchido cumulativamente esses requisitos, cabe ao segurado 
pagar pedágio de 100% do tempo que faltava para implementação dos requisitos do benefício (30M/35H) 
na data de entrada da EC 103 (13.11.2019). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art29§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art29§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art20
Ainda que o segurado, não tenha implementado a idade mínima ou o tempo de contribuição mínimo 
na data de vigência da EC 103/19 (13.11.2019), fará jus ao benefício, desde que, adicionalmente, 
contribua com 100% do período que faltava para a implementação desses requisitos. 
Imprescindível esclarecer que o pedágio atinge apenas o tempo de contribuição faltante. Sobre a 
idade não incide pedágio! Logo, se o segurado já tinha a contribuição necessária na entrada em vigor 
da EC 103/19, mas falta a idade, basta esperar a complementação simples da idade mínima 
(57M/60H). 
Lembrando que, o marco que fixa o tempo do pedágio é o tempo de contribuição que o segurado 
possuía em 13.11.2019 computada o período faltante até completar o requisito legal 30M/35H. 
Art. 20. O segurado ou o servidor público federal que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdência 
Social ou ingressado no serviço público em cargo efetivo até a data de entrada em vigor desta Emenda 
Constitucional poderá aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: 
I – 57 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem; 
II – 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; 
 
IV – período adicional de contribuição correspondente ao tempo (100%) que, na data de entrada em 
vigor desta Emenda Constitucional, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição referido 
no inciso II. 
REGRA DE CÁLCULO (Pedágio 100%) 
→ Base de Cálculo: MÉDIA dos 100% dos Salários de Contribuição, a partir de JUL/94. 
→ Coeficiente: 60% da M.A.S, acrescida de 2% para cada ano excedente aos mínimo 15/20 anos. 
Prevê o artigo 26 da EC 103/19 que “Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime 
próprio de previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a 
média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como base para 
contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social, ouo mais comum 
é que uma norma pode estar prevista em vários artigos, citamos como exemplo o direito de 
propriedade que está previsto no caput do artigo 5º CF; no art. 5º, XXII; art. 5º, XXIII (função social); 
art. 5º, XXIV (desapropriação); arts. 182 e 184 (função social das propriedades urbana e rural). 
DIFERENÇA ENTRE NORMA E PRINCÍPIO 
Faz-se imprescindível destacar que as normas jurídicas podem tutelar regras ou princípios, o que as 
diferencia e a qualidade e a intensidade nos efeitos por elas produzidos. As regras jurídicas 
disciplinam diretamente uma relação jurídica especifica, por isso tem uma alta carga normativa e baixa 
carga valorativa (Exemplo: § 7º 201). Já os princípios são o inverso, não visam disciplinar uma 
conduta, e sim atribuir vetores/valores (Exemplo: art. 1º CF), assim possuindo baixa carga normativa 
e alta carga valorativa. 
Consequência da Violação aos Princípios 
O princípio é aplicado nos limites das suas possibilidades (sociais, jurídicas, econômicas). A afronta ao 
princípio é mais intensa, gravosa e prejudicial, por isso é correto afirmar que se os princípios são o 
alicerce de um determinado direito, uma afronta à um princípio basilar pode trazer a ruína de um 
negócio jurídico, pois se o principio é o vetor que indica o caminho de interpretação da norma, a lei 
ou a conduta não pode ser exercida em sentido contrário. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art1
PRINCÍPIOS PREVIDENCIÁRIOS 
(1) PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE 
A interpretação dos direitos fundamentais deve ser realizada à luz do princípio da máxima 
efetividade em matéria de hermenêutica ao tutelar direitos fundamentais. Na interpretação de 
direitos fundamentais constitucionais deve-se atribuir o sentido de maior eficácia, utilizando todas as 
suas potencialidades. Por se tratarem de direitos fundamentais, deve se dar a interpretação mais ampla, 
extensiva e generosa nesses direitos. 
Nesse sentido prevê o art. 5º, §1º, CF/88 que “As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata”. 
Interpretação dos Direitos FUNDAMENTAIS 
Art. 5º (Individuais) Art. 6º (Sociais) 
Faz-se imprescindível esclarecer que TODOS os direitos à Previdência Social, Assistência Social e 
Saúde são espécies de direitos sociais e individuais, que, por sua vez, são direitos FUNDAMENTAIS. 
Sempre que tutelados esses direitos, administrativamente, mas em especial judicialmente a interpretação 
desses direitos (à Previdência, Assistência e Saúde) a eles serão atribuídos o caráter de direitos 
fundamentais. 
Isso quer dizer que as leis infraconstitucionais que regulamentam esses direitos podem ser aplicadas, 
desde que não afronte o entendimento e as garantias constitucionais asseguradas, portanto, é óbvio 
que em caso de violação de direitos constitucionais FUNDAMENTAIS nasce o direito de requerera 
tutela jurisdicional para exigir o cumprimento dos direitos fundamentais. 
Nesse sentido o permissivo do art. 5º, §2º CF: prevê que “Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. Isto deixa bem claro que 
os direitos fundamentais não são apenas os previstos no artigo 5º e 6º, abrangendo os tutelados em outros 
capítulos, inclusive tutelados por Tratados Internacionais e Princípios Constitucionais. 
O § 3º do art. 5º prevê que os tratados aprovados por quórum qualificado de Emenda Constitucional, 
tem caráter de EC – caso do tratado/convenção internacional das pessoas com deficiência – LOAS “§ 3º 
Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais”. 
Por derradeiro, é mister entender os direitos fundamentais não são só os elencados no artigo 5º da CF 
mas todos tutelados por princípios, tratados, e regulamentados pelas Leis ordinárias, por tanto, 
mesmo que a regulamentação específica da Previdência Social, Assistência Social e Saúde esteja fora 
do Título II da Constituição (especialmente nos artigos 194 a 204), ainda são direitos fundamentais e, 
como tais, merecem uma interpretação coerente com essa natureza jurídica. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#tituloii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art3
(2) VINCULAÇÃO AO PODER PÚBLICO 
A compreensão dos direitos à Previdência Social, à Saúde e à Assistência Social como direitos 
fundamentais atrai a aplicação do Princípio da Vinculação aos Poderes Públicos. Assim, é correto 
afirmar que os Poderes Públicos (juízes) estão vinculados ao que determina a Constituição Federal. 
(3) VINCULAÇÃO ÀS DEMANDAS REPETITIVAS 
O artigo 927, inciso III do CPC/15 obriga os juízes obedecerem os entendimentos dos recursos de 
demandas repetitivas aos casos análogos. “Os juízes e os tribunais observarão: III – os acórdãos em 
incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de 
recursos extraordinário e especial repetitivos“; 
(4) SEGURANÇA JURÍDICA 
“SEGURANÇA” na Constituição Federal de 1988: Repisamos que seguridade social é sinônimo de 
segurança social. Logo, a segurança é um direito fundamental por ser um direito social (prevista no 
artigo 5º), contudo, igualmente é um “direito fundamental” por estar previsto nos “direitos sociais” 
(artigo 6º), sendo certo de visualizar pois que o direito à segurança está presente nos artigos mais 
importantes na Constituição Federal vigente: 
Preâmbulo CF: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, 
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos 
de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, 
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção 
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (…)”. 
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição”. 
(5) DIREITO ADQUIRIDO PREVIDENCIÁRIO 
Direito Adquirido (art. 5º CF, XXXVI) “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeitocomo base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da 
Constituição Federal, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do 
período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela 
competência“. 
Em regra geral, a EC 103/19 trouxe uma NOVA FORMULA DE CÁLCULO com base de cálculo na 
M.A.S dos 100% de todo período contributivo do segurado, a partir de julho de 1994 (não mais os 
80 maiores), conforme o dispositivo caput, sendo aplicável como forma de cálculo, o coeficiente de 
60% da M.A.S , acrescida de 2% para cada ano excedente aos 20 anos (ou 15 para mulher), 
conforme prevê o §2º: 
§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) da média 
aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos 
percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição 
nos casos (Note que aqui não lei não limita a 100% do benefício - podendo um 
benefício ser fixado em porcentagem superior a 100% da M.A.S.): 
 
I – do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do § 2º do art. 18; 
II – do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º e no § 4º deste artigo; 
III – de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do Regime Geral de Previdência 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
Social, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; e 
IV – do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo. 
Exemplo para fixação: Segurado homem, com 35 anos de contribuição, tem como 
coeficiente fixo para aposentadoria 60% da M.A.S (§2º art.26 EC 103/19) mais 30% 
por cumular 2% nos 15 anos de contribuição que excederam os 20 anos de 
contribuição da lei (in fine §2º art. 26). Portanto, seu coeficiente será de 90% 
da M.A.S (60% + 2% x 15 TC). 
Entretanto, para esta regra (Pedágio 100%) aplica-se como exceção o § 3º da EC 103/19, que garante 
ao segurado o salário de benefício calculado com coeficiente de 100% da média aritmética simples, e 
não 60%, lhe sendo mais vantajoso. 
§ 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% (cem por cento) da média 
aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º: 
I – no caso do inciso II do § 2º do art. 20; 
II – no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando decorrer de acidente de 
trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. 
VEDADO BENEFÍCIO INFERIOR AO S.M. 
§ 3º O valor das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo não será inferior ao 
valor a que se refere o § 2º do art. 201 da Constituição Federal e será reajustado: 
DIB (Data de Início do Benefício) 
Dispõe o art. 54 da Lei 8.213/91 que “A data do início da aposentadoria por tempo de serviço será 
fixada da mesma forma que a da aposentadoria por idade, conforme o disposto no art. 49.“ 
 ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: 
a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 (noventa) dias 
depois dela; ou 
o b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou 
quando for requerida após o prazo previsto na alínea “a”; 
 aos demais segurados, da data da entrada do requerimento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art54
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art49
 
Aposentadoria do Professor 
Fundamentação: art. 201, § 8º, da CF e art. 56, da Lei 8.213/91. 
A aposentadoria do professor (B-57) não e uma aposentadoria especial, é uma aposentadoria que 
decorre da aposentadoria por tempo de contribuição (B-42), entretanto que possui requisitos de tempo 
de contribuição diferenciados decorrentes da modalidade profissional do professor. Logo, por não ser 
uma aposentadoria especial, não há que se falar em conversão de tempo de exercício de magistério em 
comum! 
O regime diferenciado se dá pela atividade do professor ser dotada do status de “atividade penosa” 
(mas tecnicamente é qualificada como tempo COMUM de professor – não atividade insalubre), 
entretanto, esta condição benéfica não atinge toda a classe profissional, apenas parte dela que se 
enquadra em alguns requisitos. 
REGRA (TRANSITÓRIA) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art56
A regra TRANSITÓRIA, não se confunde com as regras de transição! A regra transitória tem 
eficácia e validade enquanto a lei não regulamentar em sentido PERMANENTE (§ 8º do art. 201, da 
CF criado pelo art. 19 da EC 103/19)“8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será 
reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar“ (lei 
complementar ainda não criada). 
O único requisito trazido pela CF/88 é a IDADE, cabendo os outros critérios serem fixados por “lei 
complementar” A EC 103/19 trouxe em seu art. 19 a regulamentação TRANSITÓRIA para 
aposentadoria do professor. Já o art. 54 do Decreto 3.048/99 (que apenas serve para regulamentar um 
benefício existente), com nova redação dada pelo Decreto 10.410/20 determina as diretrizes: 
→ 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem; 
→ 25 anos de efetivo magistério para ambos os sexos; 
→ carência de cento e oitenta contribuições mensais, para ambos os sexos. 
Regra de Cálculo do Benefício (art.53 do Dec. 3048/99). 
→ Base de Cálculo: MÉDIA dos 100% dos Salários de Contribuição, a partir de JUL/94. 
→ Coeficiente: 60% da M.A.S, acrescida de 2% para cada ano excedente aos 15/20 anos. 
ENQUADRAMENTO do PROFESSOR e ABRANGÊNCIA 
O tempo de contribuição básico para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição do 
professor é (30M/35H anos) e será reduzido em 05 anos (25M/30H), para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio (excluído o ensino superior, técnico, especialização ou cursinhos). 
O art. 239 da IN 77 determina quem se enquadra como professor e quais atividades estão abrangidas 
“A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao professor que comprovar, 
exclusivamente, tempo de atividade exercida em funções de magistério (vide § 1º) em 
estabelecimento de educação básica (vide § 2º), bem como em cursos de formação autorizados e 
reconhecidos pelos Órgãos competentes do Poder Executivo Federal,Estadual, do Distrito Federal ou 
Municipal, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996e 
alterações posteriores, após completar trinta anos se homem e 25(vinte e cinco) anos, se mulher, 
independentemente da idade, e desde que cumprida a carência exigida para o benefício. 
 
§ 1º Função de magistério são as atividades exercidas por professores em estabelecimento de 
educação básica em seus diversos níveis e modalidades (qualquer matéria, inclusive 
Ed.Física), conforme definidos na Lei nº 9.394, de 1996. 
 
§ 2º Educação básica é a formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio nas 
modalidades presencial e à distância.” 
EQUIPARAÇÃO ao PROFESSOR 
A Lei 11.301/2006 incluiu ao assessor e coordenador pedagógico, e o diretor de unidade escolar a 
equiparação aos benefícios estendidos ao professor, dispondo que o art. 67 da Lei 9.394/96 tivesse 
incluso o § 2º no bojo do dispositivo “Para os efeitos dodisposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do art. 
201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e 
especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em 
estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da 
docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico”. 
Inclusive, o professor auxiliar goza das mesmas prerrogativas dos professores titulares (art.242, 
inciso VI da IN77/15). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art19
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art54
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art54
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art53
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11301.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#art67
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
O art. 241 da IN 77/15 regulamenta as funções equiparadas a função de professor: “Para fins de 
aposentadoria por tempo de contribuição de professor, poderão ser computados os períodos de 
atividades exercidas pelo professor em entidade educacional, da seguinte forma: 
I – como docentes, a qualquer título; 
II – em funções de direção de unidade escolar, de coordenação e assessoramento pedagógico; ou 
III – em atividades de administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional. 
(desde que exercidas por professores). 
No julgamento da ADI 3772 (DJe 28/10/2009), o STF assentou o posicionamento no sentido de que as 
atividades mencionadas na Lei, de exercício de direção de unidade escolar e as de coordenação e 
assessoramento pedagógico também gozam do benefício, desde que exercidas por professores. Ou 
seja, para gozar desse benefício o diretor escolar, coordenador ou assessor pedagógico devem 
necessariamente ser professores. 
Pacificando esse entendimento no RE 1039644 (DJe 13/11/2017), reconhecida a Repercussão geral no 
TEMA 965 do STF (Dje 29/11/2017) “TESE: Para a concessão da aposentadoria especial de que 
trata o art. 40, § 5º, da Constituição, conta-se o tempo de efetivo exercício, pelo professor, da 
docência e das atividades de direção de unidade escolar e de coordenação e assessoramento 
pedagógico, desde que em estabelecimentos de educação infantil ou de ensino fundamental e médio.” 
CÔMPUTO DE PERÍODOS – AFASTAMENTOS 
O art. 242 da IN77/15 prevê as situações em que mesmo afastado, terá o computo do período como 
tempo COMUM diferenciado de professor: “Considera-se, também, como tempo de serviço para 
aposentadoria por tempo de contribuição de professor os períodos: 
I – de Serviço Público Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal; 
II – de afastamento em decorrência de percepção de benefício por incapacidade (comum), entre 
períodos de atividade de magistério (se após o afastamento, exercer outra atividade 
distinta do magistério, hão será computado o período), desde que à data do afastamento o 
segurado estivesse exercendo atividade de docente; 
III – de afastamento em decorrência de percepção de benefício por incapacidade decorrente de 
acidente de trabalho, intercalado ou não, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse 
exercendo atividade de docente; 
IV – os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias e salário-
maternidade; 
V – de licença prêmio no vínculo de professor; 
VI – de professor auxiliar que exerce atividade docente, nas mesmas condições do titular”. 
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE DE PROFESSOR 
É imprescindível a prova da condição especial de professor, em especial, no enquadramento das 
atividades previstas em lei (educação básica em ensino infantil, fundamental e médio) para fazer jus a 
benesse. 
Logo, a mera apresentação de CTPS, CNIS ou outro documento constando a anotação como 
“Professor” NÃO É SUFICIENTE para demonstrar a atividade de professor em educação básica de 
ensino infantil fundamental e médio (o correto é “Professor de ensino infantil, fundamental e médio”). 
A saída técnica é complementar a informação já produzida no documento com uma declaração do 
estabelecimento de ensino TOMADOR da atividade. E é nesse sentido que o artigo 240 da IN77/15 
elenca os os meios de comprovação da atividade do professor: “A comprovação do período de 
atividade de professor far-se-á: 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=605033
https://www.stf.jus.br/portal/diarioJustica/verDiarioProcesso.asp?numDj=257&dataPublicacaoDj=13/11/2017&incidente=5261187&codCapitulo=2&numMateria=30&codMateria=7
https://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5166891&numeroProcesso=1039644&classeProcesso=RE&numeroTema=965
I – mediante a apresentação da CP ou CTPS, complementada, quando for o caso, por declaração do 
estabelecimento de ensino onde foi exercida a atividade, sempre que necessária essa informação, para 
efeito de sua caracterização; 
II – informações constantes do CNIS; ou 
III – CTC nos termos da Contagem Recíproca para o período em que esteve vinculado a RPPS. 
 
Parágrafo único. A comprovação do exercício da atividade de magistério é suficiente para o 
reconhecimento do período trabalhado para fins de concessão de aposentadoria de professor, 
presumindo-se a existência de habilitação (diploma não é imprescindível). 
APOSENTADORIA DO PROFESSOR – ANTES DA EC 103/19 
Requisitos: Os requisitos para aposentadoria do professor seguem o da aposentadoria por tempo de 
contribuição (com redução de 5 anos no tempo de contribuição e na idade). Antes da EC 103/19 os 
requisitos para aposentadoria do professor eram: 
→ Atividade de Professor (educação básica: em ensino infantil, fundamental e médio); 
→ Tempo de Contribuição (25M/30H); 
→ Carência (180 meses). 
Forma de Cálculo: Antes da EC 103/19 o cálculo do benefício de aposentadoria por tempo de 
contribuição do professor considerava: 
1. → 100% DO SB = M.A.S. dos 80% MAIORES SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO a 
partir de JUL/94. 
o → Aplicava-se o FATOR PREVIDENCIÁRIO da MP 676/15 (após a somatória de 
TC + IDADE do PROFESSOR, atribui-se um ACRÉSCIMO de 5 ANOS no TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO DO HOMEM e 10 ANOS da MULHER na fórmula do fator previdenciário), SE 
 → Caso o segurado não houvesse atingido a PONTUAÇÃO 81M/91H em 
2019, com MAGISTÉRIO OBRIGATORIAMENTE de 25M/30H. 
Atingindo a pontuação (81M/91H) AFASTA-SE O FATOR PREVIDENCIÁRIO. 
APOSENTADORIA DO PROFESSOR – APÓS EC 103/19 
Os requisitos para aposentadoria do professor seguem o da aposentadoria por tempo de contribuição 
(com reduçãode 5 anos no tempo de contribuição e na idade), e após a EC 103/19 passaram (art.188-N 
Dec. 3.048/99): 
→ Atividade de Professor (educação básica: em ensino infantil, fundamental e médio); 
→ Tempo de Contribuição (25M/30H); 
→ Carência (180 meses); 
→ IDADE MÍNIMA (57M/60H): art.16, §2º. 
Direito Adquirido 
Prevê o art. 188-A do Decreto nº 3.048/99 (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020) o direito 
adquirido para os segurados que implementarem INTEGRALMENTE TODOS os requisitos até a data 
em vigor da EC 103 (13.11.2019):“Será assegurada a concessão de aposentadoria, a qualquer tempo, 
ao segurado do RGPS, inclusive o oriundo de regime próprio de previdência social, que, até 13 de 
novembro de 2019, uma vez cumprido o período de carência exigido, tenha cumprido os seguintes 
requisitos: 
II, a) para os professores que comprovem tempo de efetivo exercício exclusivamente em função de 
magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188n
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188n
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
1. trinta anos de contribuição, se homem; ou 
2. vinte e cinco anos de contribuição, se mulher. 
REGRA DE TRANSIÇÃO 
Não há previsão da regra de transição de pedágio 50% para o professor (Apenas IDADE MÍNIMA; 
PONTOS; e PEDÁGIO 100%) com requisitos diferenciados. 
REGRA 1 – IDADE MÍNIMA (16 2º da EC 103/19 do Dec. 3048/99): 
Art. 16. Ao segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até a data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional fica assegurado o direito à aposentadoria quando preencher, 
cumulativamente, os seguintes requisitos: 
 PARA O PROFESSOR (redução de 05 anos na idade e contribuição) 
o → 25 anos de efetivo magistério, se mulher, e 30 anos de efetivo magistério, se 
homem; e (TC idêntico antes da EC); 
o → idade de 51 anos, se mulher, e 56 anos, se homem (escalonado em 6 meses a 
cada ano, igual a regra geral). 
 → carência de cento e oitenta contribuições mensais, para ambos os sexos. 
Regra de Cálculo do Benefício (§ 3º do art.188-H do Dec. 3048/99). 
→ Base de Cálculo: MÉDIA dos 100% dos Salários de Contribuição, a partir de JUL/94. 
→ Coeficiente: 60% da M.A.S, acrescida de 2% para cada ano excedente aos 15/20 anos. 
REGRA 2 – PONTOS (art.188-M do Dec. 3048/99) 
→ 25 anos de efetivo magistério, se mulher, e 30 anos de efetivo magistério, se homem; 
→ somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 81 pontos, se 
mulher, e 91 pontos, em 2019. → acrescendo 1 ponto a cada ano até 92 pontos, se mulher em 2030; 
e 100 pontos, para o homem em 2028; 
→ carência de cento e oitenta contribuições mensais, para ambos os sexos. 
Regra de Cálculo do Benefício (§ 4º do art.188-M do Dec. 3048/99). 
→ Base de Cálculo: MÉDIA dos 100% dos Salários de Contribuição, a partir de JUL/94. 
→ Coeficiente: 60% da M.A.S, acrescida de 2% para cada ano excedente aos 15/20 anos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188h§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188m
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188h§3
 
REGRA 3 – PEDÁGIO 100% (art.188-O do Dec. 3048/99) 
→ 52 anos, se mulher, e 55 anos, se homem; 
→ 25 anos de efetivo magistério, se mulher, e 30 anos de efetivo magistério, se homem; 
→ cumprimento de período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, em 13 de 
novembro de 2019, faltaria para atingir 25M/30H. 
→ carência de cento e oitenta contribuições mensais, para ambos os sexos. 
Regra de Cálculo do Benefício (§ 2º do art.188-O do Dec. 3048/99). 
→ Base de Cálculo: MÉDIA dos 100% dos Salários de Contribuição, a partir de JUL/94. 
→ Coeficiente: 100% da M.A.S (art. 32 do Dec. 3048/99). “Art. 32. O salário de benefício a ser 
utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata este Regulamento, inclusive aqueles previstos em 
acordo internacional, consiste no resultado da média aritmética simples dos salários de contribuição 
e das remunerações adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social 
ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e art. 
142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados monetariamente, 
correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188o
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art188o§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art32
desde o início da contribuição, se posterior a essa competência”. (Redação dada pelo Decreto nº 
10.410, de 2020). 
 
Cálculos Previdenciários 
Aposentadoria por Idade 
 
Aposentadoria Especial 
Aposentadoria Rural 
APOSENTADORIA RURAL 
 Previsão legal → art. 48, §1º e § 2º da Lei 8.213/91. 
o Base legal: art. 39 da Lei 8.213/91 c/c art. 143 da Lei 8.213/91 
o Regulamentação: art. 137; 142 PÚ; 159; 203; 231; e 232 da IN 77/15. 
Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime Geral de 
Previdência Social, na forma da alínea “a” do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode 
requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, durante quinze anos, contados a 
partir da data de vigência desta Lei, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que 
descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses 
idêntico à carência do referido benefício. 
Inclusive é o entendimento do PARECER nº 39/06 da CJ/MPS, entendimento já pacificado do STJ 
que não se aplica a aposentadoria por idade rural a regra do artigo 3º da Lei 1066/2003 que diz que 
“A perda da qualidade de segurado não será considerada (relevante) para a concessão das 
aposentadorias por tempo de contribuição e especial”. Logo, para aposentadoria por idade rural é 
IMPRESCINDÍVEL a qualidade de segurado especial no momento do requerimento, salvo para o 
empregado rural (que pode completar o requisito IDADE em momento futuro a qualidade de 
segurado) – artigos 142, PÚ e 203 da IN 77/15. 
Logo a discussão da descontinuidade do trabalho rural (art. 158, PÚ da IN 77/15) é mais vantajosa na 
esfera administrativa, por força dos artigos 137, 159 e 231 e 232 da IN 77/15, tendo como saída 
técnica a aplicação do § 5º do art. 117 e 157 PÚ da IN77/15 “Na hipótese de períodos intercalados de 
exercício de atividade rural e urbana, observado o disposto nos arts.159 e 233, o requerente deverá 
apresentar um documento de início de prova material do exercício de atividade rural após cada 
período de atividade urbana” . 
Já na esfera judicial, o entendimento é mais prejudicial ao segurado por força do Tema 145 TNU 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
https://www.fabiosantos.adv.br/calculos-previdenciarios/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=944&relatedposts_position=0
https://www.fabiosantos.adv.br/aposentadoria-por-idade/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=944&relatedposts_position=1
https://www.fabiosantos.adv.br/aposentadoria-especial/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=944&relatedposts_position=2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art48%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art143
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.mds.gov.br/webarquivos/inss/CRPS/jurisprudencia_administrativa/COLET%C3%82NEA%20de%20PARECERES%20%20VINCULANTES%20-%20CRPS.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.666.htm#art3
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.fabiosantos.adv.br/aposentadoria-especial/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=944&relatedposts_position=2
“Para a obtenção de aposentadoria por idade rural, é indispensável o exercício e a demonstração da 
atividade campesina correspondente à carência no período imediatamente anterior ao atingimento 
da idade mínima ou ao requerimento administrativo.”e Resp 1354908/SP que exigem a qualidade de 
segurado na data do requerimento. 
A descontinuidade do trabalho rural (com atividade urbana), anteriormente, por força do TEMA 37 
da TNU, entendia-se que “breves afastamentos” da atividade rural não ensejavam na perda da 
qualidade de segurado. Entretanto, o judiciário aplicava que havia qualidade de segurado na 
descontinuidade inferior a 36 meses de afastamento da atividade rural (fundamento: art. 15 da Lei 
8.213/91 trazido pelo Tema 37), contudo, o entendimento atual é que é aceitável o afastamento 
máximo de 12 meses. 
 Requisitos da aposentadoria por idade rural → IDADE + TEMPO RURAL 
→ 55 anos (se mulher) 
→ 60 anos (se homem) 
o 15 ANOS de ATIVIDADE RURAL (para ambos) 
§ 1o Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de 
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I, na alínea g 
do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99) 
CONCEITO DE ATIVIDADE RURAL 
O artigo 2º da Lei 8.023/90 traz um conceito do que é atividade rural: 
Art. 2º Considera-se atividade rural: 
I – a agricultura; 
II – a pecuária; 
III – a extração e a exploração vegetal e animal; 
IV – a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outras culturas 
animais; 
V – a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição e as características 
do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas 
atividades rurais, utilizando exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a 
pasteurização e o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em embalagem de 
apresentação. (Redação dada pela Lei nº 9.250, de 1995) 
 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à mera intermediação de animais e de produtos agrícolas. 
O artigo 59 da Lei 9.430/96 traz também como atividade rural o cultivo de florestas para o consumo 
industrial: 
 Art. 59. Considera-se, também, como atividade rural o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, 
consumo ou industrialização. 
CONCEITO DE PRODUTOR RURAL 
Considera-se produtor rural os trabalhadores com atividades previstas no Art. 25, § 3º da Lei 
8.212/91: 
§ 3º Integram a produção, para os efeitos deste artigo, os produtos de origem animal ou vegetal, (em 
estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização rudimentar), assim 
compreendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, 
descascamento, lenhamento, pasteurização, resfriamento, secagem, fermentação, embalagem, 
cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento, destilação, moagem e torrefação, bem como os 
subprodutos e os resíduos obtidos por meio desses processos, exceto, no caso de sociedades 
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201202472193&dt_publicacao=10/02/2016
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/uploads/IloL6fqG.pdf
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/uploads/IloL6fqG.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8023.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9250.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9430.htm#art59
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art25§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art25§3
cooperativas, a parcela de produção que não seja objeto de repasse ao cooperado por meio de fixação 
de preço. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020) 
VISÃO CONSTITUCIONAL 
Até a Constituição Federal de 1988 a proteção previdenciária no campo era muito reduzida, entretanto 
como advento da CF/88 passou-se a contar com uma nova realidade para o meio rural, sendo inseridos 
entre os direitos constitucionais os Princípios da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços 
às populações urbanas e rurais”. Com essa constitucionalização cita-se as principais garantias: 
 Uniformidade = mesmos benefícios 
 Equivalência = mesmos valores 
 A inclusão e a forma de contribuição dos produtores que trabalham em regime de economia 
familiar (art. 11§ 1º trabalhador rural informal). 
 Manteve a forma anterior de contribuição = sobre a produção 
 Incluiu os pescadores artesanais. 
Contudo, entre a promulgação da Constituição até a efetiva implantação de benefícios passaram-se 
mais de três anos, e nesse período tivemos o adventos da legislação ordinária (Leis 8.212/91, de 
custeio e 8.213/91, de benefícios) somente foi publicada em 24 de julho de 1991 e os decretos 
regulamentadores, em dezembro do mesmo ano. 
Somente em 1994 foi estendido o salário maternidade às trabalhadoras rurais. 
TRABALHADORES RURAIS 
• São considerados trabalhadores rurais, de acordo com o conceito trazido pela Convenção n.º 141 
da OIT – Organização Internacional do Trabalho – previsto no artigo 2º, definindo como: 
Art. 2º – 1. Para efeito da presente Convenção, a expressão “trabalhadores rurais” abrange todas as 
pessoas dedicadas, nas regiões rurais, a tarefas agrícolas ou artesanais ou a ocupações similares 
ou conexas, tanto se se trata de assalariados como, ressalvadas as disposições do parágrafo 2 deste 
artigo, de pessoas que trabalhem por conta própria, como arrendatários, parceiros e pequenos 
proprietários. 
É importante esclarecer que o termo “trabalhadores rurais” (é um gênero) que pode ser classificado 
por em 4 (quatro) espécies conforme determina o art. 11 da Lei 8.213/91: 
1. Empregado (art. 11, inciso I da Lei 8.213/91); 
1. Inclusive Doméstico (art. 11, inciso II da Lei 8.213/91); 
2. Contribuinte Individual (art. 11, inciso V da Lei 8.213/91); 
3. Avulso (art. 11, inciso VI da Lei 8.213/91); 
4. Segurado Especial (art. 11, inciso VII da Lei 8.213/91). 
(1) EMPREGADO RURAL 
Empregados rurais são aqueles previstos no art. 11, inciso I, “a” da Lei 8.213/91, ou seja, aqueles que 
preenchem os requisitos do vínculo empregatício da CLT (art. 3º CLT) – pessoalidade, subordinação, 
habitualidade e remuneração: 
 a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob 
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L13986.htm#art55.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11§1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11ia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11Vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11Vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11ia
Entretanto, para caracterizar o labor como labor rural a IN 77/2015 que em seu artigo 7º , inciso IV, que 
a caracterização do trabalho como rural, depende da natureza das atividades prestadas pelo 
trabalhador e não do meio em que se inserem, não dependendo da ENQUADRAMENTO FORMAL 
do seu empregador, e sim do enquadramento das atividades do empregado: 
Art. 7º Observadas às formas de filiação dispostas nos arts.8º, 13, 17, 20 e 39 a 41, deverão ser 
consideradas as situações abaixo: 
IV – a caracterização do trabalho como urbano ou rural, para fins previdenciários, conforme 
disciplina inciso V do caput do art. 8º, depende da natureza das atividades efetivamente prestadas pelo 
empregado ou contribuinte individual e não do meio em que se inserem. 
No mesmo sentido, a IN 77, no seu inciso V exclui do ROL DE TRABALHADORES RURAIS, 
prestadores de serviços, que ainda prestados no campo e à serviço de empregador rural, NÃO são 
considerados trabalhadores rurais: 
V- o segurado, ainda que tenha trabalhado para empregador rural ou para empresa prestadora de 
serviço rural, no período anterior ou posterior à vigência da Lei nº 8.213, de 1991, será considerado como filiado ao regime 
urbano como empregado ou contribuinte individual, conforme o caso, quando enquadrado, dentre 
outras, nas seguintes categorias: 
a) carpinteiro, pintor, datilógrafo, cozinheiro, doméstico e toda atividade que não se caracteriza como 
rural; 
b) motorista, com habilitação profissional, e tratorista; 
c) empregado do setor agrário específico de empresas industriais ou comerciais, assim entendido o trabalhador 
que presta serviços ao setor agrícola ou pecuário, desde que tal setor se destine,conforme o caso, à produção de matéria-prima utilizada 
pelas empresas agroindustriais ou à produção de bens que constituíssem objeto de comércio por parte 
das empresas agrocomerciais, que, pelo menos,desde 25 de maio de 1971, vigência da Lei 
Complementar – LC nº 11,de 25 de maio de 1971, vinha sofrendo desconto de contribuições para o ex-
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, ainda que a empresa não as tenha recolhido; 
d) empregado de empresa agroindustrial ou agrocomercial que presta serviço, indistintamente, ao setor 
agrário e ao setor industrial ou comercial; 
e) motosserrista; 
f) veterinário e administrador e todo empregado de nível universitário; 
g) empregado que presta serviço em loja ou escritório; e 
h) administrador de fazenda, exceto se demonstrado que as anotações profissionais não 
correspondem às atividades efetivamente exercidas. 
Tecnicamente, o que caracteriza o trabalho rural é a natureza das atividades rurais exercidas, em 
regime familiar, inclusive para o trabalhador doméstico. Vejamos o entendimento jurisprudencial 
acerca do tema: 
Parecer 2.522/01 CJ MPS : EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ENQUADRAMENTO DE 
SEGURADOS COMO TRABALHADORES RURAIS TENDO EM VISTA A NATUREZA DA 
ATIVIDADE DO EMPREGADO E NÃO DAS EMPRESAS. Os empregados que exercem atividades 
tipicamente rurais em agroindústrias, especificamente em usinas de cana de açúcar, são tidos, para fins 
de concessão de aposentadoria por idade, como trabalhadores rurais e não urbanos. Necessidade de 
https://www.normasbrasil.com.br/norma/parecer-2445-2001_91315.html
adequação das normas regulamentares e da rotina do Instituto Nacional do Seguro Social a este 
entendimento. Art. 201, § 7º, inciso II da Constituição Federal e dispositivos da Lei 8.212, de 24 de 
julho de 1991. 
TRF4 -2005.71.00.044110-9 –STJ 1148040: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APELAÇÃO DO INSS E 
RECURSO ADESIVO DA PARTE AUTORA. NÃO CONHECIMENTO. SINDICATO. 
LEGITIMIDADE ATIVA. UNIÃO FEDERAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. ATIVIDADES 
URBANAS/RURAIS. CARACTERIZAÇÃO. 1. Não conhecido o apelo interposto pelo INSS, 
porquanto dissociado das razões de decidir. 2. Não conhecido o recurso adesivo da parte autora, pois se 
trata de inovação recursal, formulando pedido não veiculado na inicial. 3. O Sindicato, in casu , a 
Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul FETAG, tem legitimidade ativa 
para propor ação civil pública 
em defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que 
representam. 4. A União Federal é parte ilegítima para figurar no pólo passivo da presente ação civil 
pública, pois o ato impugnado provém de norma administrativa expedida pela presidência do INSS. 5. 
A comprovação do exercício da atividade urbana ou rural é questão de valoração da prova 
material 
produzida pelo interessado, não decorrendo de prévia definição ou categorização legal. Via de 
conseqüência , diante da valoração da prova quanto ao exercício da atividade desenvolvida, pode se ter 
trabalho rural na cidade, bem como trabalho urbano no meio rural. (TRF4, APELREEX 
2005.71.00.044110 9, QUINTA TURMA, Relator ARTUR CÉSAR DE SOUZA, D.E. 16/02/2009). 
Tema 115 TNU: Não é ramo de exploração de atividade econômica do empregador que define a 
natureza do trabalho desempenhado pelo empregado, se rural ou urbano, para fins de concessão do 
benefício previdenciário de aposentadoria. 
PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA DE RURÍCOLA DEFINIDA PELA ATIVIDADE 
DESENVOLVIDA PELO TRABALHADOR E NÃO DO EMPREGADOR. PRECEDENTE DO 
STJ EM RECURSO REPETITIVO. DIVERGÊNCIA COM O ACÓRDÃO DE ORIGEM. 
QUESTÃO DE ORDEM 20 DA TNU. ANULAÇÃO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO 
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O recorrente pretende a modificação do acórdão que reputou 
indevida a concessão de aposentadoria por idade, por não lhe reconhecer a condição de trabalhador 
rural. Alega que o serviço desempenhado determina a natureza rural ou urbana do trabalhador e não o 
ramo de atividade do empregador. Indicou os acórdãos proferidos no REsp 591.370/MG e no Pedilef 
2007.83.00.524562-5 desta Turma. 2. A sentença julgou improcedente o pedido, porque não 
comprovada a condição de empregado rural do autor (f. 28/29). A turma recursal de origem 
inicialmente manteve a sentença por seus próprios fundamentos (f. 42/43). Posteriormente, ao 
desprover embargos de declaração, firmou a tese, baseada na Súmula 196 editada pelo Supremo 
Tribunal Federal no ano de 1963, de que o empregado de empresa industrial ou comercial, ainda que 
exerça atividade rural, é considerado trabalhador urbano (f. 50). 3. O Superior Tribunal de Justiça 
definiu no REsp 1.133.662/PE, julgado em regime de recursos repetitivos pela 1ª Seção (DJ 19-8-
2010), de que foi relator o Sr. Ministro Mauro Campbell Marques, que a atividade efetivamente 
exercida pelo empregado é que define a sua condição de trabalhador rural ou urbano. 4. Não obstante a 
Súmula 196 não ter sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal, ela foi editada em outra época, sob 
os auspícios de outra legislação, devendo ser feito o distinguishing. O entendimento adotado pelo 
Superior Tribunal de Justiça mostra-se mais adequado ao caso, porque proferido de acordo com o art. 
11, I, a) e art. 48, § 1º, ambos da PODER JUDICIÁRIO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL 
TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS FEDERAIS Lei 8.213/91, que consideram a natureza do serviço prestado para qualificar o 
trabalhador como rural, independentemente da espécie de atividade econômica do empregador. 
SAÍDA TÉCNICA: Logo, considerando que o INSS sempre irá negar o beneficio ao trabalhador rural 
nos casos em que não existir a anotação expressa em CTPS da expressão “trabalhador rural” a saída 
https://consulta.trf4.jus.br/trf4/processos/visualizar_documento_gedpro.php?local=trf4&documento=2879899&hash=e9110d250072ff8f0a278bebc09e2f78https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/uploads/CYJewFdq.pdf
para o deferimento e apresentar o “PPP” descrevendo as atividades rurais do trabalhador rural; 
prova testemunhal; ou ainda declaração do próprio empregador; 
Contribuição do Empregado Rural: 
A contribuição do empregado rural está prevista no art. 28 da Lei 8.212/91 e está vinculada sobre o 
salário de contribuição: 
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
 
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim 
entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o 
mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos 
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos 
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços 
nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa; 
II – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo 
empregatício e do valor da remuneração; 
III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo 
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere 
o § 5o; 
IV – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se 
refere o § 5o. 
A alíquota para o recolhimento é fixada anualmente, para o ano de 2021, por exemplo, estão 
estabelecidas as seguintes alíquotas progressivas? 
 Salário de Contribuição (R$) (2021) Alíquota 
Até um Salário Mínimo (R$ 1.100,00) 7,5% 
De R$ 1.100,01 a R$ 2.203,48 9% 
De R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22 12% 
De R$ 3.305,23 até R$ 6.433,57 14% 
Prevê o artigo 195 da CF, em seu §14º, incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, que o 
recolhimento somente será computado se recolhido em valor igual ou superior ao valor da 
contribuição mínima mensal exigida: 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima 
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. 
Entretanto, a própria EC 109/2019, em seu artigo 29 criou uma regra de transição que até que seja 
criada a lei que assim disponha, 
Art. 29. Até que entre em vigor lei que disponha sobre o § 14 do art. 195 da Constituição Federal, o 
segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de 1 (um) mês, receber 
remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§14
I – complementar a sua contribuição , de forma a alcançar o limite mínimo exigido; 
II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de contribuição de uma competência 
em outra (COMPENSAÇÃO); ou 
III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para 
aproveitamento em contribuições mínimas mensais. 
Parágrafo único. Os ajustes de complementação ou agrupamento de contribuições previstos nos incisos 
I, II e III do caput somente poderão ser feitos ao longo do mesmo ano civil. 
No que tange ao previsto no artigo 29 da EC 103/19, veio o Decreto 3.048/99, que regulamenta os 
benefícios regulamentar, criando o § 27-A do artigo 216, atenuando de modo ficto o PU do art.29 da 
EC 103/19 determinando que os ajustes deverão ser feitos entre as complementações do mesmo 
ano civil, mas poderão ser requeridas a qualquer tempo, ainda que em anos posteriores: 
§ 27-A. O segurado que, no somatório de remunerações auferidas no período de um mês, receber 
remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá solicitar o ajuste 
das competências pertencentes ao mesmo ano civil, na forma por ele indicada, ou autorizar que os 
ajustes sejam feitos automaticamente, para que o limite mínimo mensal do salário de contribuição 
seja alcançado, por meio da opção por: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
I – complementar a sua contribuição, observado que: 
a) o recolhimento da complementação deverá ser efetuado pelo próprio segurado até o dia quinze do 
mês seguinte ao da competência de referência e, após essa data, com incidência dos acréscimos legais 
de que tratam os art. 238 e art. 239; 
b) para o empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso, a complementação será efetuada 
por meio da aplicação da alíquota de sete inteiros e cinco décimos por cento, inclusive para o mês em que exista 
contribuição concomitante na condição de contribuinte individual; e 
c) para o contribuinte individual que preste serviço a empresa, de que trata o § 26, e que contribua 
exclusivamente nessa condição, a complementação será efetuada por meio da aplicação da alíquota de 
vinte por cento; (Incluída pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
II – utilizar o valor da contribuição que exceder o limite mínimo de uma competência em outra, 
observado que: 
a) para efeito de utilização da contribuição, serão considerados os salários de contribuição apurados 
por categoria, consolidados na competência de origem; 
b) o salário de contribuição poderá ser utilizado para complementar uma ou mais competências com 
valor inferior ao limite mínimo, mesmo que em categoria distinta; 
c) poderão ser utilizados valores excedentes ao limite mínimo do salário de contribuição de mais de 
uma competência para compor o salário de contribuição de apenas uma competência; e 
d) utilizado o valor excedente, caso o salário de contribuição da competência favorecida ainda 
permaneça inferior ao limite mínimo, esse valor poderá ser complementado nos termos do 
disposto no inciso I; ou 
III – agrupar contribuições inferiores ao limite mínimo de diferentes competências, para 
aproveitamento em contribuições mínimas mensais, observado que: 
a) as competências que não atingirem o valor mínimo do salário de contribuição poderão ser agrupadas 
desde que o resultado do agrupamento não ultrapasse o valor mínimo do salário de 
contribuição; 
b) na hipótese de o resultado do agrupamento ser inferior ao limite mínimo do salário de contribuição, 
o segurado poderá complementar na forma prevista no inciso I ou utilizar valores excedentes na 
forma prevista no inciso II; e 
c) as competências em que tenha havido exercício de atividade e tenham sido zeradas em 
decorrência do agrupamento poderão ser objeto de recolhimento pelo segurado, respeitado o 
limite mínimo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art216§27a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
Súmula 14 TNU: Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de 
prova material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício. 
 
Súmula 577 do STJ:É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais 
antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o 
contraditório. 
(2) TRABALHADOR AVULSO RURAL 
O trabalhador AVULSO rural encontra previsão na lei em seu art. 11, inc. VI da Lei 8.213/91, mas 
que na prática inexiste, definido em lei como aquele trabalhador que, sem vínculo empregatício, 
presta serviços a diversos empregadores: 
Art.11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
 VI – como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, 
serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento; 
A definição do inciso VI, do art. 11 da 8.213 está prevista no art. 9, inciso VI, do Decreto 3.048/91: 
a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem 
vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do 
disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato da categoria, assim considerados: 
 
1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga e 
vigilância de embarcação e bloco; 
2. o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; 
3. o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); 
4. o amarrador de embarcação; 
5. o ensacador de café, cacau, sal e similares; 
6. o trabalhador na indústria de extração de sal; 
7. o carregador de bagagem em porto; 
8. o prático de barra em porto; 
9. o guindasteiro; e 
 
b) exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos termos do disposto na Lei nº 12.023, de 27 
de agosto de 2009, em áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria, por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, nas atividades de: 
 
1. cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, 
ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação de carga, amostragem, 
arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova 
de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; 
2. operação de equipamentos de carga e descarga; e 
3. pré-limpeza e limpeza em locais necessários às operações ou à sua continuidade; 
Existem códigos específicos de recolhimento para o trabalhador avulso rural (diarista, boia-fria), 
embora o INSS os considere como contribuintes individuais. Entretanto, o STJ enquadra esse 
segurado como segurado especial. Não havia recurso repetitivo sobre o tema, contudo a justificativa se 
dá pelo teor da Súmula 149 STJ: “A prova exclusivamente testemunhal não basta a comprovação da 
atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário” prova esta que veio sendo 
mitigada pelos tribunais, sendo necessária a discussão pelo REsp 1321493 – Tema repetitivo 554: 
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=14&PHPSESSID=i4fes9imqcuql99dtruu2v3736
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art9vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art9vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12023.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12023.htm
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271321493%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271321493%27).suce.)&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&sg_classe=REsp&num_processo_classe=1321493
“Aplica-se a Súmula 149/STJ (‘A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da 
atividade rurícola, para efeitos da obtenção de benefício previdenciário’) aos trabalhadores rurais 
denominados ‘boias-frias’, sendo imprescindível a apresentação de início de prova material. Por 
outro lado, considerando a inerente dificuldade probatória da condição de trabalhador campesino, a 
apresentação de prova material somente sobre parte do lapso temporal pretendido não implica 
violação da Súmula 149/STJ, cuja aplicação é mitigada se a reduzida prova material for 
complementada por idônea e robusta prova testemunhal.“ 
EMPRESÁRIO RURAL 
O EMPRESÁRIO/EMPREGADOR RURAL está previsto na alínea “a” do inciso V, do art.11 da Lei 
8.213/91 que teve alteração dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99: 
V – como contribuinte individual: 
a) a pessoa física (proprietária ou não), que explora atividade agropecuária (a qualquer título), em 
caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em 
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados 
“permanentes ou além dos 120 dias/ano” ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses 
dos §§ 9o e 10 deste artigo; 
Essa condição de empresário ou empregador rural, que, exerce a atividade rural com auxílio de 
empregados permanentes ou além dos 120 dias/ano, ou ainda acima de 4 módulos fiscais, se 
estende aos demais integrantes do grupo familiar. Esse entendimento é corroborado pelo art. 20 da IN 
77, especificamente no inciso I, alíneas “a” e “b” 
(1) SEGURADO ESPECIAL RURAL 
O segurado ESPECIAL encontra previsão no artigo 195, §8º da CF/88 e é regulamentado pelo art. 
11, inc. VII da Lei 8.213/91 e art. 9º, § 20 do Decreto 3.048/99: 
§ 8º: O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
 VII – como segurado especial: a (1) pessoa física (2) residente no imóvel rural (ou em aglomerado 
urbano ou rural próximo a ele) que, (3) individualmente ou em regime de economia familiar (ainda que com o 
auxílio eventual de terceiros), na condição de: 
o a) produtor (quer seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou 
meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais), que explore atividade: 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais (medido em hectares 
- 1hetares = 10.000 m²); 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do 
inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio 
de vida; 
o b) pescador artesanal (ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou 
principal meio de vida); e 
o c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade (ou a 
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem 
com o grupo familiar respectivo). 
§ 20. Para os fins deste artigo, considera-se que o segurado especial reside em aglomerado urbano ou 
rural próximo ao imóvel rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11va
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11va
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art195§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art9§20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art2xii
situação do imóvel onde desenvolve a atividade rural, ou em município contíguo ao em que 
desenvolve a atividade rural. 
São os Segurados Especiais: 
→ usufrutuário (art. 40, inciso II IN77) apenas considerado o usufrutolegal do Código Civil – 
(usufrutuário formal, não o de fato); 
→ possuidor (art. 40, inciso III IN77) é considerado por ter a posse precária da propriedade, sem 
documentação legal – o justo título (conceito civil); 
→ assentado (art. 40, inciso IV IN77) aquele que recebe a terra para produção, sem justo título desta); 
→ parceria outorgada (art. 40, inciso VI IN77) o parceiro é aquele que divide os riscos da produção e 
dos prejuízos). Conceito L4.504/64 e Dec 59.566/66; 
→ meação (meeiro da terra- art. 40, inciso VII IN77). Conceito na Lei 4.504/64 e Decreto 59.566/66; 
→ comodato (art. 40, inciso VIII IN77) aquele que recebe a terra gratuitamente para produzir nela. 
Conceito do Código Civil); 
→ arrendamento (art. 40, inciso IX IN77) aquele que recebe a terra em decorrência de aluguel). 
Conceito na Lei 4.504/64 e Decreto 59.566/66; 
→ condômino (art. 40, inciso I IN77) que produz na terra em condomínio (muito comum em heranças 
de família sem inventário); 
→ quilombolas (art. 40, inciso X IN77) integrantes em associação de quilombolas que tiveram suas 
terras regularizadas por serem remanescentes de quilombos; 
→ seringueiro ou extrativista vegetal (art. 40, inciso XI IN77) que exerça suas atividades nos termos 
da Lei 9.985/00 com a exploração sustentável dos recursos naturais renováveis); 
→ Garimpeiro: desde que trabalhado em regime de economia familiar, somente até 1998 (EC 20/98); 
→ Pescador artesanal (art. 41 da IN77 e art. 9º, § 14 do Decreto 3.048/99): é aquele que faz da pesca 
sua profissão habitual ou principal meio de vida, desembarcado ou em embarcação de pequeno porte 
(de acordo com a arqueação bruta de até 20, de acordo com a Lei 11.959/09 ESTATUTO DA 
PESCA). 
→ Assemelhado ao pescador (art. 9º, § 14-A do Decreto 3.048/99): aquele que confecciona e repara 
artigos de pesca; reparos em embarcações de pequeno porte; e processamento da pesca (peixeiro); 
→ Indígena (Art.39, §4º da IN 77): Apenas os reconhecidos formalmente pela FUNAI. Independente 
do local (Urbano ou Rural) que realize suas atividades, desde que exerça atividade rural e viva em 
regime de economia familiar como principal meio de sustento. É irrelevante a definição de aldeado ou 
não, em vias de integração social ou não.. 
→ Cônjuge ou Companheiro: é segurado Especial, o cônjuge ou companheiro de qualquer categoria 
respectiva (ENUNCIADO 8, inciso IV do CRPS) “IV – Quem exerce atividade rural em regime de 
economia familiar, além das tarefas domésticas em seu domicílio, é considerado segurado especial, 
aproveitando-se-lhe as provas em nome de seu cônjuge ou companheiro (a), corroboradas por 
outros meios de prova.”. 
→ Filho maior de 16 anos (ou a este equiparado – enteado/adotado): Decorre da idade mínima 
constitucional para o trabalho (art. 7º, XXXIII). 
REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR 
Sobre o conceito de regime de economia familiar, dispõe o § 1º do artigo 11 da Lei 8.213/91: 
§ 1o Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da 
família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo 
familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de 
empregados permanentes 
Esse entendimento é reproduzido e melhor detalhado, trazendo além do conceito, quem são os 
segurados compreendidos pelo grupo familiar (cônjuge, companheiro e filho menor de 16 anos) e 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art9§14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11959.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art9§14a
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-n-37/2019-227382969?inheritRedirect=true
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art7xxxiii
os excluídos do grupo familiar (filhos casados, divorciados, irmãos, genros, tios, sobrinhos etc) INSS 
no art. 39 da IN 77/15: 
Art. 39. São considerados segurados especiais o (1) produtor rural e o (2) pescador artesanal ou a 
este assemelhado, desde que exerçam a atividade rural individualmente ou em regime de economia 
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros. 
§ 1º A atividade é desenvolvida em regime de economia familiar quando o trabalho dos membros 
do grupo familiar é “indispensável à sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico”, sendo 
exercido em condições de mútua dependência e colaboração,sem a utilização de empregados 
permanentes, independentemente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da 
sua produção, quando houver, observado que: 
I – integram o grupo familiar, também podendo ser enquadrados como segurado especial, o cônjuge 
ou companheiro, inclusive homoafetivos, e o filho solteiro maior de dezesseis anos de idade ou a este 
equiparado, desde que comprovem a participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar; 
II – a situação de estar o cônjuge ou o companheiro em lugar incerto e não sabido, decorrente do 
abandono do lar, não prejudica a condição de segurado especial do cônjuge ou do companheiro que 
permaneceu exercendo a atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; 
III – o falecimento de um ou ambos os cônjuges ou companheiros não retira a condição de segurado 
especial do filho maior de dezesseis anos, desde que permaneça exercendo a atividade, 
individualmente ou em regime de economia familiar; 
IV – não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos casados, separados, divorciados, 
viúvos e ainda aqueles que estão ou estiveram em união estável, inclusive os homoafetivos, os irmãos, 
os genros e as noras, os sogros, os tios, os sobrinhos, os primos, os netos e os afins; e 
V – os pais podem integrar o grupo familiar dos filhos solteiros que não estãoou estiveram em 
união estável. 
FATOS QUE NÃO DESCARACTERIZAM A QUALIDADE ESPECIAL 
O fato de 1 integrante do grupo familiar possuir renda, por si só, não descaracteriza como segurados 
especiais os demais, apenas aquele segurado que possui renda. Esse é o entendimento da Súmula 41 
da TNU: 
“A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não 
implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que 
deve ser analisada no caso concreto”. 
Dando base para o caso concreto vem o STJ nos TEMAS 532 e 533 (REsp 1304479): 
Tese Firmada 532: O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não descaracteriza, por 
si só, os demais integrantes como segurados especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade 
do trabalho rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das instâncias ordinárias 
(Súmula 7/STJ). 
Tese firmada 533: Em exceção à regra geral (…), a extensão de prova material em nome de um 
integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando aquele passa a exercer trabalho 
incompatível com o labor rurícola, como o de natureza urbana. 
Além desses entendimentos jurisprudenciais a própria Lei 8.213/91 e a IN77/15 preveem algumas 
exceções: 
 A IN 77 em seu artigo 42, determina que a contratação de empregados ou trabalhadores 
temporários , desde que a mão de obra contratada não ultrapasse 120 dias no ano civil (1 trabalhador por 10 
dias; 2 por 60 dias; 3 por 40 dias e etc.), não descaracteriza a qualidade de segurado especial (inciso VII do art. 
42 IN77). 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=41&PHPSESSID=2n3bjiklgrgmnnrbr2ktrggfm5
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=41&PHPSESSID=2n3bjiklgrgmnnrbr2ktrggfm5
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=532&cod_tema_final=532
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=533&cod_tema_final=533
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1186238&num_registro=201200114831&data=20121219&formato=PDF
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
o EXCEÇÃO 
1. a limitação a possível de converter a contratação temporária em horas, desde 
que a contratação não ultrapasse o limite de 120 ao ano (Exemplo: 120 dias é = a 960 horas, 
trabalhadas à 8h diárias). 
2. quando qualquer dos integrantes do grupo familiar é afastado com recebimento 
de benefício por incapacidade. Os dias de afastamento (exemplo 60 dias) são somados aos 120 de 
contratação, autorizando que a contratação de serviços temporários chegue a 180 dias para suprir o labor que 
efetivamente não pode ser realizado. 
 Ainda, a cessão de terra, de até 50% em parceria, meação ou comodato, não descaracteriza a 
qualidade especial do segurado (inciso I do art. 42 IN77). 
 O exercício de atividade turística (inclusive hospedagem) por até 120 dias no ano civil 
(Exemplo: guia ou dono de pousada) – inciso II do art. 42 IN77); 
 Ser beneficiário de plano de Previdência Complementar (apenas de entidade classista – inciso IIII 
do art. 42 IN77).; 
 Ser beneficiário (ou fazer parte de grupo familiar) de programa assistencial oficial do governo – 
inciso IV do art. 42 IN77 (bolsa família, Brasil etc.) 
 Ser beneficiário de LOAS – benefício de prestação continuada, só descaracteriza de especial o 
integrante da família que efetivamente recebe o benefício (IN77/15 art. 42, IV); 
 A utilização na exploração da atividade de processo de beneficiamento ou industrialização 
artesanal (inciso V do art. 42 IN77), assim entendido aquele realizado diretamente pelo próprio produtor rural 
pessoa física, observado o disposto no § 5º do art. 200 do RPS, desde que não sujeito à incidência do Imposto 
sobre Produtos Industrializados- IPI; 
 A associação à cooperativa agropecuária (inciso VI do art. 42 IN77). Desde que a coooperativa 
seja exclusivamente de segurados especiais. 
 Ser beneficiário de pensão por morte, auxilio acidente ou reclusão (inciso VIII do art. 42 IN77). 
Caso haja mais de um beneficiário por benefício leva-se em conta a quota parte de cada um – desde que a 
quota seja inferior a um salário mínimo, há o enquadramento como segurado especial. 
 Exercício de atividade remunerada urbana, desde que não superior a 120 dias, consecutivos ou 
intercalados no ano civil (inciso VIII “d” do art. 42 IN77); 
 Participação em sociedade empresária (ou em sociedade simples, como empresário individual ou 
como titular, de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial 
ou agroturístico), considerada microempresa nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que, 
mantido o exercício da sua atividade rural na forma desta Seção, a pessoa jurídica componha-se apenas de 
segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo município ou em município limítrofe àquele em que eles 
desenvolvam suas atividades (inciso IX do art. 42 IN77). 
o MEI: existe uma listra própria com as atividades permitidas (Ofício Circular 46 
DIRBEN/INSS de 2019) 
ARRECADAÇÃO 
Responsabilidade 
A responsabilidade de arrecadar e recolher as contribuições do trabalhador, inclusive RURAL, é 
EXCLUSIVA do EMPREGADOR, conforme prevê o artigo 30 da Lei 8.212/91: 
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à 
Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
I – a empresa é obrigada a: 
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, 
descontando-as da respectiva remuneração; 
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a que se refere o 
inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as 
remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
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https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
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https://www.andriellyscrobot.com.br/wp-content/uploads/2020/06/ofcircular46DIRBEN-INSS3.pdf
https://www.andriellyscrobot.com.br/wp-content/uploads/2020/06/ofcircular46DIRBEN-INSS3.pdf
https://www.andriellyscrobot.com.br/wp-content/uploads/2020/06/ofcircular46DIRBEN-INSS3.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30
avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da 
competência; 
Por isso, é imprescindível entender que não se indefere benefício sob fundamento de “falta de 
recolhimento de contribuição” previdenciária quando a responsabilidade tributária não competir ao 
segurado. Inclusive esse é o entendimento do ENUNCIADO 2 do CRPS – Conselho de Recursos da 
Previdência Social: 
ENUNCIADO 2: Não se indefere benefício sob fundamento de falta de recolhimento de contribuição 
previdenciária quando a 
responsabilidade tributária não competir ao segurado. I – Considera-se presumido o recolhimento das 
contribuições do segurado empregado, inclusive o doméstico, do trabalhador avulso e, a partir da 
competência abril de 2003, do contribuinte individual prestador de serviço. 
Link dos Enunciados CRPS 
Entendimento este, reforçado no §5º do artigo 33 da Lei 8.212/91, sendo DEVER da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividade, em especial 
FISCALIZAR a arrecadação tributária: 
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito 
oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se 
eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou 
arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 
MÓDULO FISCAL 
Área Aproveitável e NÃO Aproveitável 
A única legislação que trata sobre o tema “módulo fiscal” definindo-o e aplicando diretrizes de cálculo 
é a Lei 4.504/64 (ESTATUTO DA TERRA), que em seu artigo 50 determina a alíquota do imposto. 
 A referida lei determina ainda que o modulo fiscal será calculo aproveitando apenas a área 
aproveitável do imóvel rural (§ 3º art. 50). 
o É considerado área aproveitável: área agrícola pecuária e florestal (§4º art. 50); 
o É considerado área não aproveitável: áreas ocupadas por benfeitorias, matas de 
preservação, reflorestamento de essências nativas e por área imprestável (§4º art. 50). 
Na prática, quando a área total da propriedade ultrapassar os 4 módulos fiscais o segurado deverá 
comprovar a área aproveitável para fins de apuração do modulo fiscal, e se enquadrar no limite legal 
para aproveitar os benefícios e se enquadrar como segurado especial rural. 
Poderá fazer prova da real área aproveitável apresentando o IPTU rural, que descreve as informações 
de todos das áreas do imóvel rural, ou, apresentação do CAR – Cadastro Ambiental Rural que detalha 
igualmente a área do imóvel rural. 
Na ausência do CAR, o segurado pode providenciar ainda um laudo técnico, descrevendo a 
propriedade, especificando as áreas aproveitáveis ou não, para demonstrar para fins previdenciários a 
área explorada. 
Para requerimentos na esfera judicial, a jurisprudência também é utilizada, o que inclusive, e mais 
branda para determinar a área aproveitável da propriedade rural e inclusive permitir o enquadramento 
do segurado especial quando a área rural é superior a 4 módulos fiscais: 
https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-n-37/2019-227382969?inheritRedirect=true
https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-n-37/2019-227382969?inheritRedirect=true
https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-n-37/2019-227382969?inheritRedirect=true
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm#art50§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm#art50§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm#art50§4
• IN 77/15: O ACAMPADO era administrativamente reconhecido como segurado especial, pois o 
INSS analisa meramente a função desempenhada rural e não a legalidade da ocupação, contudo após a 
ACP 00038079520114058300 que alterou a IN 77, o acampado passou a não ser considerado como 
segurado especial, o que seguramente tem saída técnica para discussão judicial. Isto porque o termo 
“produtor” está vinculado a terra e não a legalidade da propriedade. Inclusive o produtor pode produzir 
em terras alheias como todos os SEGURADOS ESPECIAIS PREVISTOS EM LEI (todos listados 
anteriormente). 
IDADE MÍNIMA para o cômputo do TRABALHO 
Ofício Circular Conjunto nº 25 /DIRBEN/PFE/INSS Em 13 de maio de 2019. Em face da decisão 
judicial proferida na Ação Civil Pública ACP nº 5017267 34.2013.4.04.7100, determinou se ao INSS 
que passe a aceitar, como tempo de contribuição, o trabalho comprovadamente exercido na categoria 
de segurado obrigatório de qualquer idade, exceto o segurado facultativo, bem como, devem ser 
aceitos os mesmos meios de prova exigidos para o trabalho exercido com a idade permitida. 
Assunto: Decisão proferida na Ação Civil Pública nº 5017267-34.2013.4.04.7100. Admitir ao 
menor de dezesseis anos, como tempo de contribuição, o trabalho comprovadamente exercido de 
segurado obrigatório, além de aceitar para a comprovação do exercício os mesmos meios 
probatórios postos à disposição dos demais segurados obrigatórios maiores de dezesseis anos, 
exceto segurado facultativo, em âmbito nacional. 
1. Em face da decisão judicial proferida na Ação Civil Pública-ACP nº 5017267-34.2013.4.04.7100, 
determinou-se ao INSS que passe a aceitar, como tempo de contribuição, o trabalho comprovadamente 
exercido na categoria de segurado obrigatório de qualquer idade, exceto o segurado facultativo, bem 
como, devem ser aceitos os mesmos meios de prova exigidos para o trabalho exercido com a idade 
permitida. 
2. A determinação judicial produz efeitos para benefícios com Data de Entrada de Requerimento-DER 
a partir de 19/10/2018 e alcança todo o território nacional. 
3. Para o cumprimento da decisão judicial deverão ser observadas as orientações a seguir: 
a) o período exercido como segurado obrigatório realizado abaixo da idade mínima permitida à época 
deverá ser aceito como tempo de contribuição, devendo o benefício ser habilitado no sistema PRISMA 
com motivo de requerimento “ACP”, conforme vigência de idade mínima descrita abaixo: 
a.1) até a data de 14/03/1967, aos menores de quatorze anos de idade; 
a.2) de 15/03/1967 a 4/10/1988, aos menores de doze anos; 
a.3) a partir de 5/10/1988 a 15/12/1998, aos menores de quatorze anos, exceto para o menor aprendiz, 
que será permitido ao menor de doze anos; e 
a.4) a partir de 16/12/1998, aos menores de dezesseis anos, salvo para o menor aprendiz, que será 
admitido ao menor de quatorze anos; 
b) para a comprovação do tempo de contribuição devem ser aceitos os mesmos meios de prova 
exigidos para o trabalho exercido com a idade legalmente permitida, vigentes na data da comprovação; 
b.1) Os documentos comprobatórios do exercício de atividade em idade inferior à legalmente 
permitida deverão atender aos mesmos requisitos necessários para a comprovação da atividade em 
idade permitida, inclusive, devem conter dados de identificação do menor que exerce a atividade, à 
exceção daquele enquadrado como membro de família que labora na condição de segurado especial em 
regime de economia familiar, cujo documento é em nome de um dos titulares. 
4. Os períodos comprovados na forma da ACP serão válidos para todos os fins de reconhecimento de 
direitos de benefícios e serviços previdenciários de acordo com cada categoria de segurado obrigatório. 
5. Para os requerimentos indeferidos com base nesta ACP e quee a coisa julgada”: É aquele direito que foi incorporado à pessoa ou ao seu patrimônio em 
decorrência de um fato ou ato praticado em acordo com a previsão de uma norma jurídica. Direito 
adquirido previdenciário ocorre quando NA VIGÊNCIA DA LEI ANTERIOR, estiverem preenchidos 
TODOS OS REQUISITOS EXIGIDOS para implementação do beneficio. O fato de o segurado não 
ter exercido o seu direito, na vigência da lei anterior, não renúncia seu direito adquirido NÃO 
PODENDO TRANSMUDAR EM EXPECTATIVA DE DIREITO, pois EXPECTATIVA DE DIREITO 
E ALGO QUE ANTECEDE A SUA AQUISIÇÃO. Inclusive esse é o entendimento extraído do STF 
RE 11395: 
Inclusive o STF já assentou o direito adquirido ao beneficio mais vantajoso sempre que o segurado 
PODERIA ter direito a mais de um beneficio (RE 630.501 de 26/08/2013), ou seja, após o cumprimento 
dos requisitos de um determinado benefício, as ações posteriores não podem trazer prejuízo ao benefício 
– inclusive recolhimentos de contribuição que venham a diminuir o benefício (média para cálculo dos 
benefícios). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art927iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xxxvi
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur125091/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur125091/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?base=acordaos&sinonimo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&queryString=DIREITO%20ADQUIRIDO%20APOSENTADORIA%20SE,%20NA%20VIGENCIA%20DA%20LEI%20ANTERIOR,%20O%20IMPETRANTE%20PREENCHERA%20TODOS%20OS%20RE&sort=_score&sortBy=desc
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=630025
(6) PROIBIÇÃO DO RETROCESSO SOCIAL 
É um princípio criado pela doutrina decorrente da ideia de proteção de alguns direitos constitucionais, 
em especial aos direitos sociais: 
 Os direitos tutelados e já concretizados por leis regulamentadoras não podem ser suprimidos; 
 Os direitos tutelados constitucionalmente já concretizados por lei geram perspectiva de aquisição; 
 Os direitos já concretizados podem ser ampliados, mas nunca reduzidos “efeito cliquet”. 
Inclusive o STF já vem reconhecendo e aplicando o princípio doutrinário da vedação ao retrocesso 
social, citando como exemplo a ADI 2.069 de 13/10/20210; com aplicação a casos concretos como ADI 
3.104 de 09/11/2017; AI 598.212 de 24/04/2014 (obrigatoriedade de Defensoria Pública); RE 581.352 
de 22/11/2013 (ampliação do atendimento à gestante); ADI 1.946 de 16/05/2003 (licença-gestante), 
dentre outros. 
(7) PROTEÇÃO DA CONFIANÇA 
A confiança de que se trata, é um aspecto que decorre da segurança jurídica do ponto de vista do 
jurisdicionado, criada pelas expectativas geradas ao poder publico sobre a tutela de determinado direito. 
Ou seja, o Estado não pode mudar de entendimento sobre determinado tema repentinamente, 
traindo a confiança do jurisdicionado que confiava no seu entendimento já firmado, pois as pessoas 
passam a adotar comportamentos de acordo como sinaliza o entendimento aceitável do Estado. Logo, 
qualquer revisão de entendimento pacificado não pode ser feita de modo a surpreender o jurisdicionado 
frustrando a confiança e expectativa do jurisdicionado, muito comum na expectativa de alguns segurados 
que possuem expectativas de implementar um benefício, que, repentinamente, tem suas regras alteradas. 
Por isso, considera-se proteção da confiança, a existência de regras de transição entre regimes 
jurídicos, a impossibilidade de retroação de novos entendimentos, assim como o dever de coerência 
do Poder Público impedindo mudanças caprichosas de critérios decisórios. Inclusive previsto no §4º 
do artigo 927 do CPC/15: 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: (….) § 4º A modificação de enunciado de súmula, de 
jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de 
fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da 
confiança e da isonomia. 
Assim é notório que o STF vem aplicando o princípio da proteção a confiança, também chamado de 
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA LEGÍTIMA no direito previdenciário, citando como exemplo o 
TEMA 445 do STF de 19/02/2020 já transitado em julgado que defende a tese de que: “Em atenção 
aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao 
prazo de 5 anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma 
ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas”. 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA SEGURIDADE SOCIAL 
O artigo 194 da CF/88 prevê os princípios organizadores da seguridade social que objetivam tutelar a 
prestação jurisdicional, vejamos: 
(i) PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
É o princípio que prevê a proteção de duas vertentes universais, pois ele visa proteger todos os riscos 
que possam ocasionar uma situação de desamparo do jurisdicionado; como também visa proteger 
todos que necessitem de atendimento da seguridade social. 
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754212134
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=493832
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=493832
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5698082
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=4904100
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=4904100
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266805
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art927§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art927§4
http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4043019&numeroProcesso=636553&classeProcesso=RE&numeroTema=445
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art194
(ii) PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
ÀS POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS 
É o princípio que, a partir da CF/88 surgiu para proteger o direito à igualdade e equivalência entre os 
benefícios urbanos e rurais, minimizando a desigualdade discriminatória do trabalhador rural que 
antecedia a CF/88. 
(iii) PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS 
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
É um princípio de dupla proteção; a seletividade dispõe que o legislador selecione as prestações e 
contingências sociais a serem cobertas pelo Estado, em coerência com as possibilidades financeiras 
Estatal; já a distributividade diz respeito a escolha das necessidades mais prementes e mais urgentes 
devem ser satisfeitas de forma prioritária. 
(iv) IRREDUTIBILIDADE DOS VALORES DOS BENEFÍCIOS 
É o princípio que assegura que nenhuma lei poderá instituir redução do valor do benefício devidamente 
concedido (irredutibilidade nominal). Abrange inclusive que o benefício tenha que ser reajustado 
periodicamente (anual art. 41-A da Lei 8.213/91) para assegurar o seu poder real de compra, evitando 
sua defasagem (irredutibilidade real), atendendo o disposto no artigo 201, §4º da CF. 
(v) EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DO CUSTEIO 
Basicamente assegura IGUALDADE de forma proporcional no custeio da seguridade social. Trata da 
capacidade contributiva de cada grupo de beneficiários levando em consideração a capacidade 
contributiva de cada segurado, bem como o grupo de beneficiário que onera mais a seguridade 
social, graduando e escalonando as alíquotas de contribuição. 
(vi) DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO 
A diversidade da base de financiamento, promove que a segurança social deve conter diversas bases 
de financiamento para seu custeio, identificando-se, em rubricastenham DER a partir de 19/10/2018, 
caberá reanálise mediante requerimento de revisão dos interessados. 
6. A comprovação do tempo de contribuição em idade inferior à legalmente permitida, conforme 
determinado na ACP, será realizada diretamente nos sistemas de benefícios, por ocasião do 
requerimento, até a adequação do Portal CNIS. 
7. O Sistema Prisma será adequado para permitir a concessão dos benefícios alcançados pela 
determinação judicial proferida na ACP nº 5017267-34.2013.4.04.7100. 
8. Os requerimentos realizados de acordo com as orientações expressas neste Ofício-Circular Conjunto 
https://iape.com.br/oficio-circular-conjunto-no-25-dirbenpfeinss/
devem ter o tipo de benefício “001” (ação civil pública), informando o número do processo 
50172673420134047100, sem pontos, hífen, barra e UF, e serem decididos com despacho normal. O 
presente ofício circular foi REVOGADO pela PORTARIA CONJUNTA Nº 7, DE 9 DE ABRIL 
DE 2020. 
Conforme visto em linhas pretéritas, para fins de reconhecimento de tempo de serviço e de 
contribuição pelo exercício das atividades descritas no art. 11 da Lei 8.213/91, mostra-se possível ser 
computado período de trabalho realizado antes dos 12 anos de idade, qual seja sem a fixação de 
requisito etário. 20. Recurso do INSS desprovido. Apelação do MPF provida. (TRF4, AC 5017267-
34.2013.4.04.7100, SEXTA TURMA, Relatora para Acórdão SALISE MONTEIRO SANCHOTENE, 
juntado aos autos em 12/04/2018). 
COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL 
Evolução histórica da comprovação do trabalho rural: 
 
→ Até 2002: entrevista com o segurado; o INSS realizava a pesquisa in loco (pesquisa no local das 
atividades); 
→ Até 2017: entrevista com o segurado (em busca da verdade real das atividades); oitiva de 
testemunhas no INSS; 
→ De 2017 à 2019: Declaração do trabalhador rural (auto entrevista); cruzamento de dados; JA – 
justificação administrativa (declaração do sindicato – anexo XII – que substituía a prova testemunhal); 
→ A partir de 2019 (MP 871): auto declaração (Ofício Circular 46), em substituição a declaração do 
sindicato, até ser instituído o cadastro de segurado especial; 
A comprovação da atividade rural pode ser comprovada por diversos documentos, a própria legislação 
enumera mais de 50 documentos de cunho comprobatórios, entre a LN e a IN77/15. Entretanto, a 
comprovação da atividade rural sofreu consideráveis alterações com a MP 871/19 que foi convertida 
na Lei 13.846/19, em especial com a alteração do artigo 106 da Lei 8.213/91: 
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à 
autodeclaração de que trata o § 2º e ao cadastro de que trata o § 1º, ambos do art. 38-B desta Lei, por 
meio de, entre outros: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; 
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; 
III – (revogado); 
IV – Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, 
de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por 
documento que a substitua – Consulta do Extrato DAP; 
V – bloco de notas do produtor rural; 
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7º do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de 
julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado 
como vendedor; 
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto 
de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; 
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da 
comercialização da produção; 
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da 
comercialização de produção rural; ou 
X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. 
Detalhamento de Algumas Formas de Prova de Atividade Rural 
https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/servlet/INPDFViewer?jornal=515&pagina=32&data=14/04/2020&captchafield=firstAccess
https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/servlet/INPDFViewer?jornal=515&pagina=32&data=14/04/2020&captchafield=firstAccess
https://www.gov.br/inss/pt-br/centrais-de-conteudo/formularios/Anexo_I___Autodeclaracao_do_Segurado_Especial_Rural.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art106
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art38
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm#art2ii
http://smap14.mda.gov.br/extratodap/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art30§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art30§7
A CTPS → é documento de relevante importância para comprovar o vínculo rural. Entretanto o INSS 
muitas vezes faz uma análise fria da CTPS descartando o trabalho rural anotado com cargos genéricos 
como “serviços gerais” ou “servente” mas que de fato desempenham atividades rurais. Todavia 
esse problema é facilmente solucionado com a mera consulta na CTPS digital no qual a 
ocupação rural pode ser qualificada mais detalhada (trabalhador volante da agropecuária, dentre 
outras). 
Em complemento a CTPS, são igualmente aceitas declarações dos empregadores que complementem 
as descrições da atividade rural. 
O Contrato Individual de Trabalho → é imprescindível para sanar a omissão formal da anotação do 
vínculo em CTPS, ou prova em caso de extravio da CTPS, ou que contenha a descrição da 
atividade mais detalhada. 
Os Contratos Agrários → [arrendamento (3º), parceria (4º) e meação (40, VII, IN77)] são baseados no 
Estatuto da Terra – Lei 4.504/64 regulamentado pelo Decreto 59.566/66. Esses contratos visam 
essencialmente trazer garantias aos trabalhadores rurais que trabalhasse na área rural de 
propriedade de outrem. Entretanto, para o INSS o arrendatário que cede suas terras para o cultivo de 
terceiros, perde a qualidade de SEGURADO ESPECIAL. 
Para o reconhecimento do contrato agrário, o INSS exige reconhecimento de firma em cartório (de 
pelo menos uma das partes – registro à época da contratação) ou registro averbado no CRI, constando 
data inicial e final do contrato (Ofício Circular 46/19 – item 7, II “c”). Importante destacar que o art. 
409 do CPC/15 traz outras situações para se comprovar a contemporaneidade do documento, tendo 
aplicabilidade a terceiros (ex: da sua apresentação em repartição pública ou em juízo a época de sua 
confecção). 
O Contrato de Comodato → segundo o art. 579 do Código Civil, é o empréstimo gratuito da terra e 
se perfaz com a tradição. Igualmente e o entendimento da IN 77/2015, em seu art. 40, VIII: 
comodatário é aquele que, por meio de acordo, explora a terra pertencente a outra pessoa, por 
empréstimo gratuito , por tempo determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou 
hortifrutigranjeira”. 
O Comprovante de cadastro no INCRA → Anteriormente era previsto na Lei 8.213/91 com a 
finalidade de comprovar exercício de atividade rural por nele constar a titularidade da terra e o 
período. No entanto, a partir da Lei 13.846/2019, foi excluído do rol do art. 106 da Lei 8.213/91. O 
CCIR (Certificado de Cadastro do Imóvel Rural) pode ser obtido no sitio do INCRA. 
A DAP (Declaração de Aptidão ao PRONAF) → utilizado para a retificação de autodeclaração. 
Bloco de Notas do Produtor Rural → são as notas fiscais de produtor rural inscrição estadual de 
contribuinte. A circulação dos produtos rurais deve impreterivelmente sofrer a emissão da respectiva 
nota fiscal de circulação do produto. Logo essa consulta pode ser feita através de um Sistema 
Integrado de Informações de circulação de produtos e mercadorias (SEFAZ) que guarda o banco de 
dados por estado da federação, podendo comprovar o labor rural de determinado 
produtor/propriedade, inclusive esse documentofaz menção a todo grupo familiar existente – 
consulte aqui. 
Nota Fiscal de Entrada de Mercadorias → são as notas emitidas pela empresa adquirente da 
produção, com a 
indicação do nome do segurado especial como vendedor, também conhecidas como “contra nota” 
são armazenadas no site da Receita Federal. 
Documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola → são documentos 
que viabilizam a indicação do segurado especial como vendedor ou consignante e são 
armazenadas no site da Receita Federal. 
https://servicos.mte.gov.br/#/trabalhador.carteira
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm#art4
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4504.htm#art
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d59566.htm#art
https://www.andriellyscrobot.com.br/wp-content/uploads/2020/06/ofcircular46DIRBEN-INSS3.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art409
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art409
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao?windowId=4eb
http://smap14.mda.gov.br/extratodap/
http://www.sintegra.gov.br/
Comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização 
da produção → recolhimento na GPS código 2704, inclusive MEI (conforme previsão da Ofício 
Circular 46/19 pág. 83/84) – link para recolhimento. 
Declaração de Imposto de Renda → é obrigada apenas ao trabalhador que auferir renda 
exclusivamente rural anual superior a R$ 142.789,50 (2022). 
Licença de Ocupação/Permissão INCRA → é o documento utilizado pelos ASSENTADOS, e pode ser 
consultado aqui. 
Cadastro Ambiental Rural – CAR → é obrigatório para todos os imóveis rurais do país, constitui se 
no primeiro passo para a regularização ambiental e dá acesso a benefícios previstos no Código 
Florestal (Lei nº 12.651/2012). Foi criado para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar 
as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação 
Permanente, previsto pela Lei nº 12.651/2012, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre 
Meio Ambiente SINIMA, e regulamentado pela Instrução Normativa MMA nº 2, de 5 de maio de 
2014. 
Escritura pública de imóvel ou título de imóvel rural → Dispõe o art. 108 do CC/2002 que “Não 
dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que 
visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor 
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País”. Já o art. 215 “A escritura pública, 
lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena. § 1 o Salvo 
quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter: (…)” 
Recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa para entidade sindical rural → nos 
termos do art. 8º da CF/88 “É livre a associação profissional ou sindical (…)” 
Registro em processos administrativos → no qual em algum momento da vida do segurado juntou-se 
documentos comprobatórios da atividade rural, bem como a profissão ou residência em localidade 
rural, inclusive em nome do cônjuge (extensiva ao outro cônjuge). 
Registro em processos judiciais → em que o segurado tenha figurado como Testemunha; Autor; Réu 
extraindo prova de atividade rural que comprove a profissão do segurado ou residência registrada em 
localidade rural. 
Registro em inquéritos → em que o segurado tenha figurado como Denunciante; Denunciado; 
Testemunha extraindo a prova de atividade rural que comprovará a profissão do segurado ou 
residência registrada em localidade rural. 
Documentos da Área da saúde → como ficha ou registro em casa de saúde, postos de saúde e 
hospitais, testemunho do agente de saúde (por meio de declaração) prontuários médicos ou 
participação em Programa dos Agentes Comunitários de Saúde ou Programa de Saúde da 
Família, extraindo a prova de atividade rural que comprovará a profissão do segurado ou residência 
registrada em localidade rural. 
Ficha médica → médico ou odontológico que se comprove a profissão ou endereço no meio rural. 
Carteira de Vacinação → extraindo a prova de atividade rural que comprovará a profissão do 
segurado ou residência registrada em localidade rural. 
Recibo de implementos agrícolas → comprovantes como notas de compras referente a maquinários 
rurais em geral, trator, máquinas 
de arado, semeador, dentre outras. 
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/duvidas-frequentes
http://saladacidadania.incra.gov.br/Beneficiario/ConsultaPublica
https://institutoagro.com.br/implementos-agricolas/
Recibo de insumos agrícolas → notas de compra de sementes, agrotóxicos, fertilizantes, mudas, etc. 
Comprovante de empréstimo bancário para a área rural → junto ao Pronaf para o custeio e 
investimento; ou qualquer outro programas ao desenvolvimento rural (Pronamp – máquinas; Crédito 
fundiário etc.). 
Informações públicas ou notórias → Publicação na imprensa ou informativos de circulação pública; 
Publicação em jornais referentes à produção agropecuária do segurado, ou que se refira ao segurado 
como agricultor e afins. 
Certidão da FUNAI → Prevê o Decreto 3048/99 em seu art. 19-D: § 13 que “A condição de segurado 
especial dos índios será comprovada por meio de certidão fornecida pela Fundação Nacional do Índio 
– Funai (…)” 
Certificado de participação em curso ou palestras de qualificação de trabalho rural → Curso de 
Aprendizagem Rural; Curso sobre Plantio Direto; Capacitação em manejo da água e eficiência hídrica 
na produção animal; Controle biológico de pragas: teoria e prática dentre outros. 
Ficha de inscrição em sindicato ou colônia de pescadores → (ou entidades congêneres) ou contribuição 
sindical; Quando o segurado for sócio ou tiver sido sócio de STR, deve solicitar a ficha de inscrição. 
Título de aforamento → nos termos do art. 2.038 do Código Civil “Fica proibida a constituição de 
enfiteuses e subenfiteuses, subordinando se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código 
Civil anterior, Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 , e leis posteriores.” 
Recolhimento de ITR → nos termos da Lei 9.393/96 “o imposto não incide sobre pequenas glebas 
rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel”. 
Dentre outros que constarão a profissão ou residência rural → certidão de casamento; casamento 
religioso, de união estável, certidão de nascimento de filhos, de batismo, de tutela ou curatela, titulo de 
eleitor, certificado de alistamento militar, comprovante de matricula escolar, matricula de filhos em 
estabelecimento rural, ficha de associado em cooperativa, livro caixa de cooperativa, recebimento de 
benefícios exclusivamente rurais (luz pra todos, programa de construção de cisternas, troca troca de 
sementes, etc.), comprovante de recebimento de assistência técnica e extensão rural; 
QUALIDADE DA PROVA RURAL 
Tema nº 629 STJ: A ausência de conteúdo probatório eficaz a instruir a inicial, conforme determina 
o art. 283 do CPC, implica a carência de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do 
processo, impondo sua extinção sem o julgamento do mérito (art. 267, IV do CPC) e a consequente 
possibilidade de o autor intentar novamente a ação (art. 268 do CPC), caso reúna os elementos 
necessários à tal iniciativa. 
IRDR nº 17 STJ (Transitadoem julgado em 25/08/2020): Não é possível dispensar a produção de 
prova testemunhal em juízo, para comprovação de labor rural, quando houver prova oral colhida 
em justificação realizada no processo administrativo e o conjunto probatório não permitir o 
reconhecimento do período e/ou o deferimento do benefício previdenciário. 
 
Exigência de Início de Prova Material 
O INSS não admite a comprovação da materialização de prova, EXCLUSIVAMENTE 
TESTEMUNHAL. Se faz necessária um início com indícios de prova MATERIAL e 
CONTEMPORÂNEA aos fatos, conforme farta previsão legal nesse sentido: 
https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=64982309&tipo_documento=documento&num_registro=201202342171&data=20160919&formato=PDF
https://www.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=irdr_listar
 Art. 55, § 3º da Lei 8.213/91 (exigência de início de prova material contemporânea); 
 Súmula 149 STJ; 
 REsp 1321493 – Tema repetitivo 554; 
 Súmula 577 STJ (Superada); 
 Art. 106 da Lei 8.213/91; 
 Art. 54 IN 77/15. 
DA PROVA CONTEMPORÂNEA 
No que tange à contemporaneidade da prova, verifica-se a contemporaneidade do documento 
considerando a data de emissão/registro/homologação do cadastro ou documento: 
Para a aposentadoria por idade rural, o documento anterior ao período de carência será considerado 
se for contemporâneo ao fato nele declarado, devendo ser complementado por documento 
contemporâneo ao período de carência, caso não haja elemento posterior que descaracterize a 
continuidade da atividade rural. 
Já os documentos de caráter permanente – documentos de propriedade, posse, ou um dos tipos de 
outorga (arrendamento, parceria, comodato, cessão etc.), são válidos até sua desconstituição, até 
mesmo para caracterizar todo o período de carência. 
EXTENSÃO DA PROVA A TODO GRUPO FAMILIAR 
Toda e qualquer prova material vale para qualquer membro do grupo familiar, devendo o titular do 
documento possuir condição de SEGURADO ESPECIAL no período pretendido, caso contrário a 
pessoa interessada deverá apresentar documento em nome próprio; 
O fato do cônjuge ou companheiro(a) em lugar incerto e não sabido, decorrente de abandono do lar, 
não prejudica a condição 
do cônjuge ou companheiro(a) remanescente. 
IRDR º 21 do TRF-4: Discute-se a viabilidade de consideração, como início de prova material, dos 
documentos em nome de 
terceiros, integrantes do núcleo familiar, após o retorno do segurado ao meio rural, quando corroborada 
por prova testemunhal idônea.(Afetação em 24/10/2018. Acórdão em 28/08/2019. Aguardando REsp 
para transito em julgado). 
VALIDADE DO DOCUMENTO 
Se o segurado não possuir condição de SEGURADO ESPECIAL na data do documento, este não 
terá validade, sem prejuízo da análise de outros elementos constantes do processo. 
Havendo períodos intercalados de atividade rural e urbana SUPERIOR a 120 (cento e vinte) dias 
no ano civil, deverá ser apresentado instrumento ratificador (base governamental ou documento) a 
cada retorno à atividade rural. 
Os períodos reconhecidos pelo INSS, tanto no CNIS, quanto nos sistemas de benefícios, devem ser 
considerados válidos para todos os fins. Já quanto aos períodos não reconhecidos pelo INSS, caso o 
segurado apresente nova documentação com base nas novas regras vigentes, esta deverá ser analisada. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55§3
https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2010_10_capSumula149.pdf
https://scon.stj.jus.br/SCON/pesquisar.jsp?i=1&b=ACOR&livre=((%27RESP%27.clas.+e+@num=%271321493%27)+ou+(%27REsp%27+adj+%271321493%27).suce.)&thesaurus=JURIDICO&fr=veja
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&sg_classe=REsp&num_processo_classe=1321493
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=stj&num=577
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art106
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://consulta.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pesquisa&selForma=NU&txtValor=50328833320184040000&chkMostrarBaixados=&todasfases=&todosvalores=&todaspartes=&txtDataFase=&selOrigem=TRF&sistema=&txtChave=
APOSENTADORIA HÍBRIDA 
A aposentadoria Híbrida (também chamada de Mista) é uma espécie de aposentadoria em que os 
segurados podem somar os tempos de trabalho urbano e tempo de atividade rural visando reunir o 
tempo necessário para requerer o benefício previdenciário. 
Abrigou trabalhadores rurais que passaram a exercer temporária ou permanentemente períodos 
em atividade urbana, já que antes da inovação legislativa o mesmo segurado se encontrava num 
paradoxo jurídico de desamparo previdenciário: ao atingir idade avançada, não podia receber a 
aposentadoria rural porque exerceu trabalho urbano e não tinha como desfrutar da aposentadoria 
urbana em razão de o curto período laboral não preencher o período de carência. 
 Fundamentação: Introduzida no ordenamento jurídico pela Lei 11.718/08 (art.10). 
o Previsão Legal → § 3º do art. 48 da Lei 8.213/91 
 Cálculo da aposentadoria híbrida → § 4º 
Tempo Rural Anterior a 1991 
Não há vedação para que o tempo rural anterior à Lei 8.213/91. 
A própria Lei 8.213/91 no § 2º do artigo 55 assim prevê: 
 Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, 
compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata 
o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: 
o § 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de 
vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele 
correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento. 
Inclusive o TEMA 131 da TNU (DJE 24/11/2016) entende como tese firmada que “Para a concessão 
da aposentadoria por idade híbrida ou mista, na forma do art. 48, § 3º, da Lei n. 8.213/91, cujo 
requisito etário é o mesmo exigido para a aposentadoria por idade urbana, é irrelevante a natureza 
rural ou urbana da atividade exercida pelo segurado no período imediatamente anterior à 
implementação do requisito etário ou ao requerimento do benefício. Ainda, não há vedação para que 
o tempo rural anterior à Lei 8.213/91 seja considerado para efeito de carência, mesmo que não 
verificado o recolhimento das respectivas contribuições.” 
ENTENDIMENTO INSS e JUDICIÁRIO 
Entende o INSS que a aposentadoria híbrida somente é possível nos casos em que a última atividade 
do segurado seja rural, logo só é possível aproveitar o tempo de labor URBANO em pedido de 
aposentadoria RURAL – O NÃO O INVERSO! Aplica ainda o entendimento de que não é possível 
computar período rural antes de 1991 – com base no art. 55 § 2º da Lei 8.213/91 “O tempo de 
serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será 
computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para 
efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento.” 
Judicialmente, tem se admitido entendimento diverso. O TRF- passou a entender que a última 
atividade exercida pelo segurado pode ser URBANA– AC nº 0014935-23.2010.404.9999/RS: 
No mesmo sentido: REsp 1367479/RS: “Como expressamente previsto em lei, a aposentadoria por 
idade urbana exige a idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulher, além de 
contribuição pelo período de carência exigido. Já para os trabalhadores exclusivamente rurais, as 
idades são reduzidas em cinco anos e o requisito da carência restringe-se ao efetivo trabalho rural 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11718.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art48§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art48§4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55§2
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/uploads/whKfbalZ.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55§2
https://processo.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201301513091&dt_publicacao=28/11/2014
(art. 39, I, e 143 da Lei 8.213/1991). A Lei 11.718/2008, ao incluir a previsão dos §§ 3º e 4º no art. 48 
da Lei 8.213/1991, abrigou, como já referido, aqueles trabalhadores rurais que passaram a exercer 
temporária ou permanentemente períodos em atividade urbana, já que antes da inovação legislativa o 
mesmo segurado se encontrava num paradoxo jurídico de desamparo previdenciário: ao atingir idade 
avançada, não podia receber a aposentadoria rural porque exerceu trabalho urbano e não tinha como 
desfrutar da aposentadoria urbana em razão de o curto período laboral não preencher o período de 
carência”. Sob o ponto de vista do princípio da dignidade da pessoa humana, a inovação trazida pela 
Lei 11.718/2008 consubstancia a correção de distorção da cobertura previdenciária: a situação 
daqueles segurados rurais que, com a crescente absorção da força de trabalho campesina pela 
cidade, passam a exercer atividade laborais diferentes das lides do campo, especialmente quanto ao 
tratamento previdenciário. Assim, a denominada aposentadoria por idade híbrida ou mista (art. 48, 
§§ 3º e 4º, da Lei 8.213/1991) aponta para um horizonte de equilíbrio entre as evolução das relações 
sociais e o Direito, o que ampara aqueles que efetivamente trabalharam e repercute, por 
conseguinte, na redução dos conflitos submetidos ao Poder Judiciário. Essa nova possibilidade de 
aposentadoria por idade não representa desequilíbrio atuarial, pois, além de exigir idade mínima 
equivalente à aposentadoria por idade urbana (superior em cinco anos à aposentadoria rural), conta 
com lapsos de contribuição direta do segurado que a aposentadoria por idade rural não exige. Para o 
sistema previdenciário, o retorno contributivo é maior na aposentadoria por idade híbrida do que se o 
mesmo segurado permanecesse exercendo atividade exclusivamente rural, em vez de migrar para o 
meio urbano, o que representará, por certo, expressão jurídica de amparo das situações de êxodo 
rural, já que, até então, esse fenômeno culminava em severa restrição de direitos previdenciários aos 
trabalhadores rurais. Tal constatação é fortalecida pela conclusão de que o disposto no art. 48, §§ 3º 
e 4º, da Lei 8.213/1991 materializa a previsão constitucional da uniformidade e equivalência entre os 
benefícios destinados às populações rurais e urbanas (art. 194, II, da CF), o que torna irrelevante a 
preponderância de atividade urbana ou rural para definir a aplicabilidade da inovação legal aqui 
analisada. Assim, seja qual for a predominância do labor misto no período de carência ou o tipo de 
trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento 
administrativo, o trabalhador tem direito a se aposentar com as idades citadas no § 3º do art. 48 da 
Lei 8.213/1991, desde que cumprida a carência com a utilização de labor urbano ou rural. Por 
outro lado, se a carência foi cumprida exclusivamente como trabalhador urbano, sob esse regime o 
segurado será aposentado (caput do art. 48), o que vale também para o labor exclusivamente 
rurícola (§§1º e 2º da Lei 8.213/1991). REsp 1367479(Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2014, DJe 10/09/2014 e REsp 1407613/RS, Rel. 
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 28/11/2014)”. 
De acordo com a disciplina hierárquica, a TNU, seguindo o posicionamento do STJ passou a admitir 
para a aposentadoria híbrida que a última atividade do segurado fosse URBANA – PEDILEF 
50009573320124047214 da TNU (DOU 19/12/2014). 
Entretanto, em 2018, a TNU novamente mudou seu posicionamento acerca da ultima atividade do 
segurado no TEMA 168 da TNU:“Para a concessão do benefício de aposentadoria por idade híbrida, 
não é possível somar ao período de carência, urbano ou rural, o tempo de serviço prestado 
remotamente na qualidade de trabalhador rural sem contribuição. Para fins dessa tese, entende se 
por tempo remoto aquele que não se enquadra na descontinuidade admitida pela legislação, para fins 
de aposentadoria rural por idade, a ser avaliada no caso concreto.“ 
Pacificando o tema, o STJ julgou o REsp 1674221/SP (Dje 04/09/2019) – RECURSO REPETITIVO – 
que editou o TEMA 1007 STJ (DJe de 22/3/2019) em : “O tempo de serviço rural, ainda que remoto 
e descontínuo, anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência 
necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o 
recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual for a 
predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no 
momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo.” 
https://processo.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201301513091&dt_publicacao=28/11/2014
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/mostra_publicacao.php?tipo=teor&num=50009573320124047214121114
https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/mostra_publicacao.php?tipo=teor&num=50009573320124047214121114
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO AO RITO DOS 
RECURSOS REPETITIVOS. OBSERVÂNCIA DO ARTIGO 1.036, § 5o. DO CÓDIGO FUX E DOS 
ARTS. 256-E, II, E 256-I DO RISTJ. APOSENTADORIA HÍBRIDA. ART. 48, §§ 3o. E 4o. DA LEI 
8.213/1991. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DE ISONOMIA A TRABALHADORES RURAIS E 
URBANOS. MESCLA DOS PERÍODOS DE TRABALHO URBANO E RURAL. EXERCÍCIO DE 
ATIVIDADE RURAL, REMOTO E DESCONTÍNUO, ANTERIOR À LEI 8.213/1991 A DESPEITO DO 
NÃO RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DO TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS 
DE CARÊNCIA. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DO LABOR CAMPESINO POR 
OCASIÃO DO IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERIMENTO 
ADMINISTRATIVO. TESE FIXADA EM HARMONIA COM O PARECER MINISTERIAL. RECURSO 
ESPECIAL DA SEGURADA PROVIDO. 
• 1. A análise da lide judicial que envolve a proteção do Trabalhador Rural exige do julgador 
sensibilidade, e é necessário lançar um olhar especial a esses trabalhadores para compreender a 
especial condição a que estão submetidos nas lides campesinas. 
• […] 
• 3. A Lei 11.718/2008, ao incluir a previsão dos §§ 3o. e 4o. no art. 48 da lei 8.213/1991, abrigou, 
como já referido, aqueles Trabalhadores Rurais que passaram a exercer temporária ou 
permanentemente períodos em atividade urbana, já que antes da inovação legislativa o mesmo 
Segurado se encontrava num paradoxo jurídico de desamparo previdenciário: ao atingir idade 
avançada, não podia receber a aposentadoria rural porque exerceu trabalho urbano e não tinha como 
desfrutar da aposentadoria urbana em razão de o curto período laboral não preencher o período de 
carência (REsp. 1. 407.613/RS, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 28.11.2014). 
• 4. A aposentadoria híbrida consagra o princípio constitucional de uniformidade e equivalência dos 
benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, conferindo proteção àqueles Trabalhadores que 
migraram, temporária ou definitivamente, muitas vezes acossados pela penúria, para o meio urbano, 
em busca de uma vida mais digna, e não conseguiram implementar os requisitos para a concessão de 
qualquer aposentadoria, encontrando-se em situação de extrema vulnerabilidade social. 
• 5. A inovação legislativa objetivou conferir o máximo aproveitamento e valorização ao labor rural, 
ao admitir que o Trabalhador que não preenche os requisitos para concessão de aposentadoria rural 
ou aposentadoria urbana por idade possa integrar os períodos de labor rural com outros períodos 
contributivos em modalidade diversa de Segurado, para fins de comprovação da carênciade 180 
meses para a concessão da aposentadoria híbrida, desde que cumprido o requisito etário de 65 anos, 
se homem, e 60 anos, se mulher. 
• 6. Analisando o tema, esta Corte é uníssona ao reconhecer a possibilidade de soma de lapsos de 
atividade rural, ainda que anteriores à edição da Lei 8.213/1991, sem necessidade de recolhimento de 
contribuições ou comprovação de que houve exercício de atividade rural no período contemporâneo 
ao requerimento administrativo ou implemento da idade, para fins de concessão de aposentadoria 
híbrida, desde que a soma do tempo de serviço urbano ou rural alcance a carência exigida para a 
concessão do benefício de aposentadoria por idade. 
• 7. A teste defendida pela Autarquia Previdenciária, de que o Segurado deve comprovar o exercício 
de período de atividade rural nos últimos quinze anos que antecedem o implemento etário, criaria 
uma nova regra que não encontra qualquer previsão legal. Se revela, assim, não só contrária à 
orientação jurisprudencial desta Corte Superior, como também contraria o objetivo da legislação 
previdenciária. 
• 8. Não admitir o cômputo do trabalho rural exercido em período remoto, ainda que o Segurado não 
tenha retornado à atividade campesina, tornaria a norma do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991 
praticamente sem efeito, vez que a realidade demonstra que a tendência desses Trabalhadores é o 
exercício de atividade rural quando mais jovens, migrando para o atividade urbana com o avançar da 
idade. Na verdade, o entendimento contrário, expressa, sobretudo, a velha posição preconceituosa 
contra o Trabalhador Rural, máxime se do sexo feminino. 
• 9. É a partir dessa realidade social experimentada pelos Trabalhadores Rurais que o texto legal 
deve ser interpretado, não se podendo admitir que a justiça fique retida entre o rochedo que o 
legalismo impõe e o vento que o pensamento renovador sopra. A justiça pode ser cega, mas os juízes 
não são. O juiz guia a justiça de forma surpreendente, nos meandros do processo, e ela sai desse 
labirinto com a venda retirada dos seus olhos. 
• 10. Nestes termos, se propõe a fixação da seguinte tese: o tempo de serviço rural, ainda que remoto e 
descontínuo, anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência 
necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o 
recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual for a 
predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no 
momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo. 
• 11. Recurso Especial da Segurada provido, determinando-se o retorno dos autos à origem, a fim de 
que prossiga no julgamento do feito analisando a possibilidade de concessão de aposentadoria 
híbrida. (REsp 1674221/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 14/08/2019, DJe 04/09/2019). 
De acordo com a disciplina hierárquica a TNU teve que se adequar ao entendimento do STJ e adequou 
o TEMA 168, anteriormente proferido:“Tese firmada no Tema 1007/STJ: O tempo de serviço rural, 
ainda que remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para 
fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido 
efetivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual 
for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido 
no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo.” 
VALOR DO BENEFÍCIO 
O valor do benefício da aposentadoria por idade HÍBRIDA, em regra, é de 1(um) salário mínimo 
federal. Entretanto pode ser superior quando: 
Exceções: 
→ Segurado Especial – que contribui facultativamente (em valor superior ao piso); 
→ Contribuinte Individual – que recolheu contribuições em valor superior ao piso; 
→ Empregado rural – que recebia salários superior ao piso. 
PROGRAMA PERMANENTE DE REVISÃO 
Prevê o artigo 69 da Lei 8.212/91 que “O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS manterá 
programa permanente de revisão da concessão e da manutenção dos benefícios por ele 
administrados, a fim de apurar irregularidades ou erros materiais“. 
A redação da lei anterior falava em “falhas existentes“, entretanto, a nova legislação trouxe o termo 
“erros materiais” o que acabou protegendo mais amplamente o servidor do INSS. 
A lei anterior também previa prazo de notificação para apresentar defesa, provas ou documentos, em 
30 dias, todavia o Ministério Público reduziu para 10 dias (mas esse prazo já constava na Lei 
10.666/03) e atualmente será de 30 DIAS PARA O URBANO;60 DIAS PARA O RURAL, sendo que 
a notificação poderá se dar: 
 
→ Pela rede bancária 
→ Por meio eletrônico 
→ Por via postal por carta simples com AR 
→ Em mãos (pessoalmente) 
→ Por Edital 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art69
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art69
APOSENTADORIA POR IDADE URBANA (B-41) 
Risco social coberto: idade avançada. 
Beneficiários: todos os segurados (Contribuinte Individual, Especial, Empregado, Doméstico, Avulso 
e Facultativo). 
 Base Legal: constitucional: art.201, I, e § 7º da CF/88; legal: art. 48 e ss da Lei nº 8.213/91; 
infralegal : art.51 e ss do Decreto 3.048/99: art. 51e ss; e art.225 e ss da IN 77/2015. 
REQUISITOS 
 
→ Antes da reforma (EC 103/19) os requisitos eram (idade + carência). 
→ Após a reforma (EC 103/19) os requisitos passaram a ser (idade + tempo de contribuição) + 
CARÊNCIA 180 meses (INSS). 
Logo se faz imprescindível distinguir a diferença e o conceito de carência x tempo de contribuição: 
 CARÊNCIA → é o tempo de efetiva contribuição previdenciária (dias, meses e anos trabalhados). 
o Apesar do tempo “contribuição mensal” não é necessário que o efetivo trabalho seja 
relativa ao mês inteiro para configurar a carência mensal, ou seja, basta um dia de trabalho em determinado 
mês para que a contribuição previdenciária mensal ter efeito de carência. 
 TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO → é o número de contribuições mensais (não importando quantos 
dias foram trabalhados). 
Exemplo para fixação: Um segurado que trabalhou de 25 de abril à 05 de maio (10 
dias) = Possui 10 dias de tempo de contribuição e 2 contribuições mensais de 
carência - A carência pode ser muito superior ao tempo de contribuição. 
Exemplo 2: Se o segurado tem 14 anos, 11 meses e 1 dia de contribuição, poderia 
requerer aposentadoria por idade ANTES DA REFORMA, pois esse “1 dia” para fins de 
carência é computado, entendendo-se que já possui as 180 contribuições mensais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art48
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art51
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
→ Homem: 65 anos de idade 
→ Mulher: 60 anos de idade 
→ Carência: 180 contribuições mensais, ou; 
*Regra transitória do art.142, da Lei nº 8.213/91 (Essa regra transitória é destinada aos trabalhadores 
que se encontravam inscritos na Previdência Social Urbana antes da vigência da Lei nº 8.213/91, bem 
como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Rural). 
Leva em conta, para fins de fixação do período de carência exigido para o B41, o ano em que o 
segurado completou a idade mínima nos respectivos anos (ano em que cumpriu o requisito idade): 
Vejamos: 
 
 a carência é contada a partir: 
o Quanto ao segurado empregado, doméstico, avulso: desde o primeiro dia de trabalho 
(devido a responsabilidade de recolhimento ser de terceiros – empregador). 
o Quanto ao seguradofacultativo e contribuinte individual: a partir do primeiro 
recolhimento em dia. Não importando se os demais forem recolhidos fora do prazo. O marco inicial será a 
partir da primeira contribuição em dia. 
→ (a) Para fins de indenização de período contributivo a ser recolhido (individual) se recolhido a 
primeira contribuição em dia, e não houver os próximos recolhimentos, basta que comprove continuar 
no exercício da atividade (ex. advogado, dentista etc.). (b) Em outras hipóteses sequer precisa 
comprovar: é o caso quando se declara o exercício de determinada função, pugnando pela indenização 
(com as devidas correções). (c) Se a pessoa não recolheu nenhuma contribuição e já exercia uma 
atividade remunerada (ex. advogado) e pleiteia ter reconhecido o direito do recolhimento indenizado, 
basta requerer a “retroação o DIC” (data do início da contribuição) e fazer prova do início da atividade. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
 
PÓS REFORMA (EC 103/2019) 
Após a vigência da EC 103/2019 a aposentadoria por idade passou a ter duas formas de 
requerimento: 
1. REGRA DE TRANSIÇÃO → facultada aos segurados que já contribuíam para a previdência até 
13.11.2019. 
2. REGRA DEFINITIVA→ obrigatória para os segurados que passaram a contribuir para a previdência 
após 13.11.2019. 
REGRA DEFINITIVA 
A regra definitiva para concessão de aposentadoria por idade está prevista no §7º do artigo 201 da 
CF, que foi alterado pela EC 103/2019 e passou a exigir além do requisito de idade mínima, passou a 
exigir tempo de contribuição mínima para homens e mulheres (substituindo a carência anteriormente 
exigida de 180 meses): 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas 
as seguintes condições: 
1. URBANO: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201%C2%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201%C2%A77
o 65 anos, se homem, completados 20 anos de tempo contribuição; 
62 anos se mulher (congelando em 62 em 2023), completados 15 anos de tempo contribuição; 
o CARÊNCIA de 180 meses. O INSS aplica a exigência de carência de 180 meses (Ofício SEI 
circular 64/2019 DIRBEN; Portaria 450 e art. 29 do Decreto 3.048/99) embora haja entendimento sendo 
construido de ser inconstitucional, por não estar previsto na previsão constitucional do artigo 201 § 7ºda CF. 
2. RURAL: para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
o 60 anos, se homem, completados 20 anos de tempo contribuição; 
55 anos se mulher, completados 15 anos de tempo contribuição; 
3. PROFESSOR: será reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio (excluído o UNIVERSITÁRIO) 
fixado em lei complementar (§ 8º). 
o 60 anos, se homem, completados 25 anos de tempo contribuição; 
57 anos se mulher, completados 25 anos de tempo contribuição. 
 
TEMPO ESPECIAL convertido em COMUM 
Devemos lembrar que a conversão de período especial em comum reflete na contagem de tempo para 
fins de aposentadoria apenas quanto a aposentadoria por tempo de serviço/contribuição. 
Isto porque, na aposentadoria por idade, o tempo ficto apurado não influencia no número de 
contribuições efetivamente recolhidas, deixando de repercutir na majoração da aposentadoria (*** 
salvo única exceção se o período especial a ser convertido for tão considerável 
que venha a alterar o fator previdenciário para positivo). 
→ Não é permitido que o segurado tenha convertido período de contribuição parcialmente especial 
(ex.: 22 anos especiais) em tempo de contribuição comum para fins de majoração de coeficiente de 
cálculo (RMI). 
Isto porque o tempo especial não é um período de efetivo labor, é um tempo ficto, onde o segurado 
não trabalhou efetivamente por todo aquele período (ex.: trabalhou por 10 anos em tempo especial 
e após a conversão majorou-se para 14 anos). Nesse caso, o período ficto (04 anos) não pode ser 
computado para majoração do coeficiente de cálculo porque não foi efetivamente trabalhado. 
→ A conversão de tempo especial é exclusiva para aposentadoria por tempo de contribuição não 
por idade. 
→ para fins de aumento de número de contribuições (aposentadoria por tempo de contribuição) é 
permitido. 
→ para fins de carência (aposentadoria por tempo de idade) NÃO é permitida a conversão. 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE -NATUREZA ESPECIAL DE 
ATIVIDADES -NÃO RECONHECIMENTO PARA EFEITO DE MAJORAÇÃO DA RMI DA 
APOSENTADORIA POR IDADE. (…) 
II. Não há previsão legal de conversão do tempo de serviço especial em comum, no caso da 
aposentadoria por idade de trabalhador urbano. Portanto, o tempo de serviço do autor não sofre 
aplicação de fator de conversão, de forma a majorá-lo. (TRF-3 – RemNecCiv: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art29
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§8
00061448520074036317 SP, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL MARISA SANTOS, Data 
de Julgamento: 21/08/2019, NONA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 
DATA:04/09/2019) 
“Embora a conversão de período especial em comum reflita na contagem de tempo para fins de 
aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, esta não repercute na majoração da aposentadoria 
por idade, pois o tempo ficto apurado não influencia o número de contribuições efetivamente 
recolhidas”. 
(TRF-3 – AC: 00017042420124036106SP, Relator: JUIZ CONVOCADO RODRIGO ZACHARIAS, 
Data de Julgamento: 26/09/2016, NONA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA: 
10/10/2016) 
RETROAÇÃO DA DIC 
Retroação da DIC é o ato do contribuinte individual que nunca recolheu suas contribuições para o INSS, 
indenizar o INSS em suas contribuições que não foram pagas no período devido. Entretanto, com a EC 
103/2019 esse período pago em atraso não será computado como período de carência, apenas como 
tempo de contribuição. 
Para requerer a retroação da DIC, é necessário que o segurado inicie um processo administrativo junto 
ao INSS, para requerer a concessão da retroação da DIC, COMPROVANDO com sua documentação 
que, de fato, exerceu atividade remunerada em período anterior, onde oportunamente o INSS irá analisar, 
deferir e emitir as guias de regularização das contribuições não vertidas para o devido pagamento. 
Valor (RMI): 
A fórmula para calculo da aposentadoria por idade é RMI = SB X ALÍQUOTA DO BENEFÍCIO 
(70% do SB + 1% a cada 12 contribuições) 
RMI → Renda Mensal Inicial (Valor do Primeiro benefício a ser recebido). 
SB → Média dos Salários de Contribuição (antes da reforma 80% das contribuições. Depois da 
Reforma 100% das contribuições). 
 
ALÍQUOTA DO BENEFÍCIO → 70% do SB + 1% a cada ano completo de contribuição (12 meses), 
não podendo ultrapassar 100% do salário de benefício (Previsão do art. 50, da lei nº 8.213/91), mas 
o benefício não pode ser inferior a 1(um) Salário Mínimo Federal (previsão do §2º do art. 201 da 
CF/88). 
Exemplo para fixação: homem que atingiu a idade (65 anos) e comprovou 29 anos de 
contribuição que apresenta média de SB de R$3.000,00. Sua RMI será R$3.000,00 x 
(70% + 29% = 99% do SB) RMI de R$ 2.970,00. 
 É importante lembrar que grupo de “12 meses de contribuições” é diferente de “12 meses de 
trabalho”, podendo o segurado ter efetivamente trabalhado e não haver recolhimento. 
Aplicação FACULTATIVA do Fator Previdenciário 
O art.7º, da lei 9.876/99 determina que “É garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade 
a opção pela não aplicação do fator previdenciário a que se refere o art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, 
com a redação dada por esta Lei”. Ou seja, poderá haver a aplicação do fator previdenciário, caso este, 
caracterize condição mais benéfica para o segurado.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9876.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art29
Data de Início do Benefício (DIB) 
A data de início do beneficio é fixada a depender do tipo do segurado, e do momento de 
requerimento. Isto porquê segundo o art. 49, da Lei nº8.213/91, a aposentadoria por idade será 
devida: 
1. ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir: 
o a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 
(noventa) dias depois dela; ou 
o b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando 
for requerida após o prazo previsto na alínea “a”; 
2. para os demais segurados, da data da entrada do requerimento. 
Carência Congelada 
Carência congelada é o fenômeno decorrente da regra de transição do artigo 142 da Lei 8.213/91 
prevendo que o segurado que completou a idade na em determinado ano da tabela, ainda que não tenha 
completada a contribuição exigida naquela data, tem a contribuição exigida à época, e quando 
completar o total de contribuições exigidas (independente do ano a ser cumprida) fará jus ao benefício). 
Nesse sentido, sobre a carência congelada ensina Lazzari: 
“Ressalta-se que a carência exigida para a concessão da aposentadoria por idade é a do ano em que 
preenchido o requisito etário, em conformidade com o art.142 da LBPS, também chamada de 
‘carência congelada’”. 
Exemplo para fixação: se o segurado completou 60 anos de idade em 2002, ele terá 
que ter 126 contribuições para requerer a aposentadoria por idade. Contudo, se à 
época ele apenas apresentava 102 contribuições, CONGELA-SE SUA CARÊNCIA nos 126 
exigidos, e quando o requisito for completado poderá requerer o benefício 
(independente do ano em que ele for completado). A carência não será aumentada pelo fato 
do segurado não ter cumprido esse requisito no ano em que completou a idade mínima. 
 
Entendimento Previsto em Súmula 
(Súmula 44 da TNU) 
Súmula n. 44 da TNU: Para efeito de aposentadoria urbana por idade, a tabela progressiva de carência 
prevista no art. 142 da Lei nº 8.213/91 deve ser aplicada em função do ano em que o segurado completa 
a idade mínima para concessão do benefício, ainda que o período de carência só seja preenchido 
posteriormente. 
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA 
A chamada aposentadoria compulsória, prevista no artigo 51 da LB é considerada uma previsão 
desaprovada e discriminatória. NO âmbito administrativo é reproduzida pelo artigo 228 da IN 77: 
Art. 228. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha 
cumprido a carência, quando este completar setenta anos de idade, se do sexo masculino, ou 65(sessenta 
e cinco), se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a 
indenização prevista na legislação trabalhista (40% FGTS), considerada como data da rescisão do 
contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art49
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art142
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=44&PHPSESSID=1ujkcmmj6iofa1hkfbaojdg7u7
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=44&PHPSESSID=1ujkcmmj6iofa1hkfbaojdg7u7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art51
A doutrina justifica tal aposentadoria porque o empregado perde sua capacidade de trabalho com o 
passar do tempo (COELHO, ASSAD e COELHO, 2006, p. 191), não apresentando as condições de 
trabalho anteriores (MARTINEZ, 2013, p. 847), ou porque é meramente um direito potestativo do 
empregador, face o permissivo legal (BACHUR e AIELLO, 2009, p. 381). Além do mais, o 
ordenamento pátrio adora a presunção de incapacidade decorrente da idade – critério adotado pela 
OIT em 1933 e 1934 e seguido pela legislação brasileira. 
Crítica: A crítica a aposentadoria compulsória é a afronta ao artigo 3º da CF/88, além de nos exortar a 
construir uma sociedade livre, justa e solidária (inciso I), que garanta o desenvolvimento nacional 
(inciso II), erradicando a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
(inciso III), em especial para a promoção do bem de todos, veda expressamente preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, porque são estes os 
objetivos da República Federativa do Brasil. 
É notório que a proibição de tratamento discriminatório por motivo de idade, no tocante a salários e 
critérios de admissão (art. 7º, inciso XXXI), é um direito fundamental e garantia individual. 
 
Inclusive, Luiz Carlos Amorim Robortella e Jorge Cavalcanti Boucinhas Filho ensinam: 
“Curiosamente, não obstante proibir a idade como critério de admissão, nada menciona o constituinte 
sobre sua validade para efeito de demissão do empregado.”. (ROBORTELLA. Luiz Carlos Amorim; 
BOUCINHAS FILHO, Jorge Cavalcanti. Aposentadoria – discriminação por idade: rescisão contratual 
e plano de previdência complementar. In: Revista Magister de Direito Trabalhista e Previdenciário nº 
31 – Jul/Ago de 2009, Porto Alegre: Magister, 2009). 
 
Wladimir Novaes Martinez também tece comentários: “Fórmula a ser revista em sua concepção, 
pois pode ser utilizada politicamente. Se perfeitamente válida a promovida pela empresa em relação 
ao trabalhador braçal, não tem muito sentido quando intelectual ” (MARTINEZ, Wladimir Novaes. 
Curso de direito previdenciário. 5. ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 846). 
Segundo Horvath Junior: “Inicialmente, o descanso após a prestação de longos anos de serviço era 
tido como recompensa do senhor feudal a seus súditos que se destacavam pela presteza e qualidade, 
como sinal de gratidão. Com o passar do tempo, esta recompensa foi estendida aos funcionários 
públicos e posteriormente a todos os trabalhadores”(HORVATH JÚNIOR, Miguel. Direito 
previdenciário. 7. ed. São Paulo: Quartier Latin, 2008, p.224) 
Para Coelho, Assad e Coelho: “Ao prever a aposentadoria por idade o legislador considerou que a 
idade avançada do segurado interfere na sua capacidade de trabalho – incapacidade presumida – e na 
própria inclusão ou retorno ao mercado de trabalho”.(COELHO, Fábio Alexandre; ASSAD, Luciana 
Maria; COELHO, Vinícius Alexandre. Manual de direito previdenciário: benefícios. São Paulo: 
Editora Juarez de Oliveira, 2006, p.189. 
Utilização do tempo em gozo de BENEFICIO POR INCAPACIDADE 
para fins de TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
Para utilização do período em gozo de benefício por incapacidade (temporária ou permanente) basta 
haver (uma única contribuição) contribuição após a cessação do benefício. Logo, se após o afastamento o 
segurado contribuir para a previdência, (qualquer contribuição, inclusive facultativa) será o período de 
afastamento reconhecido EXCLUSIVAMENTE como TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 
Esse entendimento está previsto no inciso II, do artigo 55 da Lei 8.213/91 prevê que caso ocorra o 
recebimento de aposentadoria por invalidez ou auxílio doença (incapacidade temporária) servirá 
como tempo de contribuição desde que, vertida uma contribuição após o seu término. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art55
Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, 
além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 
desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: 
II – o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez; 
AFASTAMENTO POR ACIDENTE DE TRABALHO 
ANTES da EC 103/2019caso o afastamento fosse por acidente de trabalho, o segurado teria o 
cômputo do período de afastamento INDEPENDENTE DE CONTRIBUIÇÃO INTERCALADA, 
pois era previsto pelo inciso III do artigo 60 do Decreto 3.048/99. Contudo, tal previsão foi 
Revogado pelo Decreto nº 10.410, de 2020, logo, pós reforma, MESMO EM CASO DE 
AFASTAMENTO POR ACIDENTE DE TRABALHO há a necessidade de intercalar uma 
contribuição para o efetivo cômputo como tempo de contribuição. 
Em ambos os casos (para acidente de trabalho ou afastamento comum), essa contribuição intercalada, 
pode ser feita tanto por recolhimento pela empresa (com o retorno ao trabalho) como recolhimento 
facultativo (pagamento de carnê), é a previsão do inciso IV do artigo 117 da IN 20/2007: 
Art. 117. Não serão computados como tempo de contribuição os períodos: 
IV – em que o segurado recebeu benefício por incapacidade, ressalvadas as hipóteses de volta à 
atividade ou ao recolhimento de contribuições como facultativo, observado o disposto no inciso IX do 
art. 60 do RPS; 
Utilização do tempo em gozo de BENEFICIO POR INCAPACIDADE 
para fins de CARÊNCIA 
Entretanto, a utilização do benefício por incapacidade prevista em lei era EXCLUSIVA para o 
cômputo para fins de tempo de contribuição e NÃO DE CARÊNCIA. 
Daí, foram criada teses jurídicas para o cômputo também para a carência, alegando que a o inciso II, 
do artigo 64, da IN 20 2007 fazia uma interpretação restritiva dos direitos do segurado: 
Não será computado como período de carência: 
II – o período em que o segurado está ou esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por 
invalidez, inclusive decorrente de acidente do trabalho ou de qualquer natureza, salvo os períodos 
entre 1º de junho de 1973 a 30 de junho de 1975 em que o segurado esteve em gozo de Auxílio-Doença 
Previdenciário ou Aposentadoria por Invalidez Previdenciária; 
Contra este dispositivo restritivo, foi argumentado que o §5º do art. 29 da Lei 8.213/91 não fazia qualquer 
restrição de ao computo dos benefícios por incapacidade, não cabendo o INSS determinar que seria 
eXtensivo apenas ao TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO e não a CARÊNCIA. 
Art. 29. O salário-de-benefício consiste: 
§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade, sua 
duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no período, o salário-de-
benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos 
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art6
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/ininss2_2007.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art29§5
Desta tese adveio o entendimento da Súmula 73 da TNU: 
Súmula n. 73 da TNU: O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não 
decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou para fins de carência 
quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência 
social. 
Entendimento coadunado pela Súmula 102 do TRF-4: 
“É possível o cômputo do interregno em que o segurado esteve usufruindo benefício por incapacidade 
(auxílio doença ou aposentadoria por invalidez) para fins de carência, desde que intercalado com 
períodos contributivos ou de efetivo trabalho“. 
Entendimento do Superior Tribunal de Justiça 
(…) O entendimento do Tribunal de origem coaduna-se com o disposto no § 5º do art. 29 da Lei n. 
8.213/1991, bem como com a orientação desta Corte, segundo os quais deve ser considerado, para 
efeito de carência, o tempo em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez, desde que intercalado com períodos contributivos. (…) (AgInt no REsp1574860/SP, Rel. 
Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/04/2018, DJE 09/05/2018). 
Inclusive foi publicada a PORTARIA CONJUNTA Nº 12 DE 19 DE MAIO DE 2020 que carrega o 
mesmo entendimento em seu artigo 2º: 
Art. 2º Até que seja julgado o recurso interposto pelo INSS e expedido um parecer de força executória 
definitivo, deve ser cumprida a decisão judicial desta ACP nos moldes da ACP de nº 2009.71.00.004103-
4/RS, ou seja, computar, para fins de carência, o período em gozo de benefício por incapacidade, 
inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição 
ou atividade, conforme artigo 153, § 1º, da Instrução Normativa nº 77/PRES/INSS, de 21/01/2015. 
Posteriormente à estes entendimentos, sobreveio o entendimento do §1º do artigo 19-C do Decreto 
3.048/99 que vem sendo veemente combatido pela jurisprudência sob a alegação de prevalece o 
entendimento da ACP determinado pela PORTARIA CONJUNTA Nº 12 DE 19 DE MAIO DE 2020: 
Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais 
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período: (Incluído pelo 
Decreto nº 10.410, de 2020). 
§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma do 
disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto para efeito de 
carência. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
Mensalidade de Recuperação 
Mensalidade de recuperação é quando um benefício recebido por um longo período é cessado. Por lei 
ele continua sendo pago por 18 meses após a cessação, de forma escalonada: 
 Nos primeiros 6 meses de forma integral. 
 A partir do 7º mês com redução de 50% . 
Ademais, a IN 77 prevê que somente a partir da primeira redução (para 50%) é que o segurado pode 
requerer um novo benefício. Contudo, ao realizar requerimento de novo benefício, é imprescindível 
que na petição de novo beneficio seja requerido que só seja cancelado a mensalidade de recuperação 
caso seja deferido o novo benefício. Isto porque, atualmente com a operação pente fino do INSS, e 
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=73&PHPSESSID=dde444mub3dn7ln9506j76j853
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=73&PHPSESSID=dde444mub3dn7ln9506j76j853
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-12-de-19-de-maio-de-2020-258324861
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19c
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-12-de-19-de-maio-de-2020-258324861
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
comum a cessação dos benefícios por incapacidade, e em alguns casos, é mais fácil requerer o benefício 
de aposentadoria por idade quando o segurado já tem idade mínima, pois pede-se para reconhecer o 
tempo de afastamento como período de contribuição (administrativa e judicial). 
Período de Trabalho RURAL 
em Empresa Agroindustrial 
para fins de CARÊNCIA URBANA – B41 
Inicialmente, é necessário diferenciar o trabalho rural com registro em CTPS daquele exercido em 
regime de economia familiar. Existem várias modalidades de trabalhadores rurais abrangidos pela 
previdência: 
1. O segurado especial (aquele que trabalha de forma individual ou em regime de 
economia familiar, [tirando o sustento próprio e de sua família a partir da 
atividade] sem vínculo empregatício. 
2. O contribuinte individual rural (segurados que fazem sua própria contribuição 
para o INSS através de guias de recolhimento). 
3. O Empregado rural (trabalhador com vínculo). 
Para o Empregado Rural, a legislação determina que deve ser considerado o período de trabalho deste 
segurado, inclusive para fins de carência para benefício urbano. Sem anecessidade de ser requerida a 
aposentadoria híbrida. Nesse caso é requerido a aposentadoria por idade urbana e considerado como 
empregador urbanos por se ativarem em usinas e empresas agroindustrial (ex.: cortador de cana de uma 
usina). 
Segundo Marisa Santos: 
“Com o Decreto-lei n.764, foram incluídos no rol dos segurados obrigatórios do Plano Básico de 
Previdência Social os empregados do setor agrário de empresa agroindustrial, bem como os 
empregados das empresas produtoras e fornecedoras de produto agrário in natura, e os empreiteiros 
ou organização não constituídos sob a forma de empresa, que utilizassem mão de obra para produção 
e fornecimento de produto agrário in natura. 
Estando esses trabalhadores rurais incluídos no rol dos segurados obrigatórios do Plano Básico, 
podem também contar o período de contribuição, inclusive para efeito de carência. 
Nesse caso existe também para o trabalhador rural a responsabilidade de recolhimento do empregador, 
sendo presumido o efetivo recolhimento (art. 30 LB). Não podendo o segurado ser penalizado pelo 
que a lei incumbiu a terceiros (empregador). Sendo duplamente penalizado, primeiro por ter sua 
contribuição recolhida, e segundo por não ter seu pleito atendido pelo judiciário. Logo, não há que se 
falar em falta de contribuição quando a lei elegeu responsável pelo recolhimento o empregador. 
Entendimento TNU 
“Em suma, só o tempo de serviço de empregado rural prestado após 1991, ou anterior, se empregado 
de empresa agroindustrial ou agrocomercial, pode ser computado para efeito de carência da 
aposentadoria por idade URBANA. (PEDILEF 2007.70.55.001504-5 – Rel. Juiz Federal Jose Antônio 
Savaris). 
A TNU já se manifestou, neste mesmo sentido os pedidos de uniformização: 2010.70.61.00873-7 (Rel. 
Juiz Federal Rogerio Moreira Alves) 0516170-28.2009.4.05.8300 (Rel. Juiz Federal Douglas Camarinha 
Gonzales). 
https://web.trf3.jus.br/acordaos/Acordao/BuscarDocumentoGedpro/7084940
Súmula 76 TNU: A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o 
coeficiente de cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei nº 
8.213/91. 
Aposentadoria por Idade 
Sem a Qualidade de Segurado 
Uma vez materializado o direito ao benefício, cumprido os requisitos previstos em lei, ainda que 
posteriormente tenha perdido a condição de segurado, o segurado faz jus ao recebimento do 
benefício. 
Fundamentos legais: Lei nº 10.666/03 (art.3º, § 1º) c/c Lei nº 10.741/03 (art.30). 
Art. 3º, DA LEI Nº 10.666/03 
§1º Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será considerada 
para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição 
correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício. 
Art.30, DA LEI Nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso) 
Art.30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria 
por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao 
exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício. 
EMPREGADO DOMÉSTICO 
Carência e Tempo de Contribuição 
→ Importante lembrar que até a entrada em vigor da LC 150/2015 o INSS não considerava 
presumido o recolhimento do INSS pelo Empregador doméstico. 
→ Ainda que estivesse a anotação em CTPS , mas se não tivesse apontamento no CNIS, o INSS não 
reconhecia o período. → Contudo, o ônus probatório é do INSS (IN 77). → Ele que tem que oficiar 
para o responsável tributário (Empregador doméstico) para comprovar o recolhimento. 
Tese: direito ao cômputo do período de carência independentemente da comprovação do recolhimento 
das contribuições previdenciárias devidas em decorrência do exercício da atividade de doméstico. Isto 
porque, anterior a LC 150 deve-se requerer a aplicação por analogia do art. 33, §5º da L 8.212/91 que 
já previa que há presunção de recolhimento quando o responsável tributário é o Empregador (inclusive 
o doméstico). Como é o contribuinte individual que presta serviço para empresa desde abr/2003. 
Fundamento legal: Art. 30, V da Lei nº 8.212/91 e Art. 33, § 5º, Lei nº 8.212/91 
V – o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da 
competência; (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015). 
Art. 33, § 5º, Lei nº 8.212/91 
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito 
oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se 
eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou 
arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art30v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art33§5
Entendimento Jurisprudencial 
Agravo regimental. Recurso especial. Previdenciário. Aposentadoria por invalidez. Empregada 
doméstica. Carência. Comprovação. 
I –A legislação atribuiu exclusivamente ao empregador doméstico, e não ao empregado, a 
responsabilidade quanto ao recolhimento das contribuições previdenciárias (ex vi do art. 30, inc. V, 
da lei nº 8.212/91). 
II – alegada falta de comprovação do efetivo recolhimento não permite, como consequência lógica, a 
inferência de não cumprimento da carência exigida. (AgRg no Resp 331.748/SP, Rel. Min. Felix Fischer, 
5ª Turma, julgamento 28.10.2003, DJ 09.12.2003) 
EMPREGADO DOMÉSTICO SEM VÍNCULO RECONHECIDO 
→ Se não há o vínculo em CTPS, ainda é possível a presunção, caso haja início de prova material 
robusta (da época da prestação dos serviços domésticos), mediante o reconhecimento na Justiça 
Federal Previdenciária decorrente de prova testemunhal. Pode-se ainda pedir a prova testemunhal de 
forma elastecida, ampliando o prazo inicialmente demonstrado com a prova documental inicial, vejamos 
o entendimento sumulado sobre o tema: 
Súmula 14 TNU: Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova 
material corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício. 
 
Súmula 577 do STJ:É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais 
antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o 
contraditório. 
Sobre o INDEFERIMENTO de qualquer espécie de benefício, em especial ao rural aqui tratado, não se 
indefere benefício por falta de recolhimento de contribuição quando a obrigação é do empregador. 
Enunciado 18 do CRSS: NÃO SE INDEFERE BENEFICIO POR FALTA DE RECOLHIMENTO DE 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA QUANDO ESTA OBRIGAÇÃO FOR DEVIDA PELO 
EMPREGADOR 
REVISÃO ADMINISTRATIVA 
do Requerimento Indeferido da Aposentadoria por Idade 
→ Prazo Recursal (de qualquer decisão) é apenas 30 dias. 
Quando o segurado tem um benefício indeferido e o advogado vê a possibilidade de concessão 
administrativamente, existem saídas técnicas. 
1ª SAÍDA: Recorrer da Decisão em 30 dias; 
2ª SAÍDA: caso ultrapassado o prazo de 30 dias para recurso cabe pedido de revisão de benefício 
indeferido independe do prazo de indeferimento nos termos do artigo 561 da IN77/15: 
Art. 561. No caso de pedido de revisão de ato de indeferimento, deverão ser observados os seguintes 
procedimentos: 
I – sem apresentação de novos elementos, o INSS reanalisará o ato, observado o prazo decadencial; 
ou 
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=14&PHPSESSID=i4fes9imqcuql99dtruu2v3736
II –com a apresentação de novos elementos, esgotada a possibilidade de revisão do ato com os 
elementos originários do processo, o pedido será indeferido, e o servidor orientará sobre a possibilidade 
de novo requerimento de benefício, com fundamento no § 2º do art. 347 do RPS. 
Parágrafo único. Quando a decisão não atender integralmente ao pleito do interessado, o INSS deverá 
oportunizar prazo para recurso. 
 
→ Para executar esse procedimento deve-se agendar um pedido de revisão do indeferimento (da 
resposta da negativa do requerimento) prevista no artigo 889 da IN77/15. 
Art. 559. A revisão é o procedimento administrativo utilizado para reavaliação dos atos praticados pelo 
INSS, observadas as disposições relativas a prescrição e decadência. 
 
→ Requerida a revisão do indeferimento, abre-se novo prazo de 30 dias para recurso (do deferimento 
parcial também cabe recurso). Interposto o recurso no prazo de 30 dias, nele deve se requerer a reanalise 
nos termos do art. 537 da IN77/15. 
Art. 537. Das decisões proferidas pelo INSS poderão os interessados, quando não conformados, 
interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos do CRPS. 
§ 2º Os recursos serão interpostos pelo interessado, preferencialmente,perante o órgão do INSS que 
proferiu a decisão sobre o seu benefício, que deverá proceder a sua regular instrução. 
§ 3º O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os 
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. 
§ 4º Admitir, ou não, o recurso é prerrogativa do CRPS, sendo vedado ao INSS recusar o seu 
recebimento ou sustar-lhe o andamento, exceto nas hipóteses expressamente disciplinadas no 
RegimentoInterno do CRPS, aprovado pela Portaria MPS nº 548, de 13de setembro de 2011 
 Mesmo que o recurso seja interposto de forma intempestiva, se comprovado que o 
indeferimento se deu por ERRO DO SERVIDOR a intempestividade deve ser relevada (IN 77 543, §1º). 
Art. 543. O recurso intempestivo do interessado deve ser encaminhado ao respectivo órgão julgador 
com as devidas contrarrazões do INSS, apontada a ocorrência da intempestividade. 
§ 1º A constatação da intempestividade não impede a revisão de ofício pelo INSS quando 
incorreta a decisão administrativa. 
 
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência 
Por F.Santos Advocacia & Consultoria / 28 de junho de 2022 
A aposentadoria da pessoa com deficiência se subdivide em duas espécies de benefícios: 
1. Aposentadoria por IDADE da PCD; 
2. Aposentadoria POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO da PCD. 
https://www.fabiosantos.adv.br/author/fabio/
Deficiência não se confunde com incapacidade! A PCD pode ser plenamente capaz, inclusive para o 
exercício de labor na condição de PCD – inclusive há lei de quotas para PCD (lembrando que a quota 
para PCD, por si só, não garante deficiência para fins de aposentadoria). 
Art 429 da IN 77/2015: O segurado aposentado de acordo com as regras da Lei Complementar nº 142 
de 2013 não estará obrigado ao afastamento da atividade que exercer na condição de pessoa com 
deficiência. 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
 CF/88 -art.22, XXIII (Previsão na EC 47/2005 e EC 103/19); 
 Lei Complementar nº 142/13 (DOU em 09/05/2013) Regulamentou a Previsão Constitucional; 
 Lei Federal 13.146/15 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA); 
 Decreto 8.145/13; 
 Decreto 3.048/99; 
 Portaria Interministerial nº1 de 27/01/2014 (Regulamenta a perícia para enquadramento da 
deficiência); 
IN 77/15 – arts 413 e seguintes. 
A aposentadoria da Pessoa com Deficiência surgiu na EC 47/2005 (05/07/2005), entretanto, foi 
regulamentada somente pela Lei Complementar nº 142/13 (09/05/2013), eu seu art.11 que teve suas 
diretrizes regulamentadoras determinadas pelo Decreto 8.145/13. Nesse ínterim, o Brasil assina a 
Convenção de Nova York (Assinada em 30/03/2007) aprovada pelo Congresso Nacional em 
09/07/2008 e internacionalizada pelo presidente em 25/08/2009, entra no direito brasileiro com força de 
norma constitucional que passou a enxergar a PCD não apenas sobre o ponto de vista físico, mas sob 
o prisma médico/social (análise com base na CIF). Em 27/01/2014 editou-se a Portaria Interministerial 
nº1 que vai definir os critérios IFBra, regulamentando em especial, a perícia para enquadramento da 
deficiência. 
Aposentadoria da PCD – IDADE 
 
Fundamentação: art. 70-C, do Decreto 3.048/99. 
→ Carência 180 meses (Sem alteração em relação a PESSOA COMUM) – art 70-C.; 
→ 15 anos de tempo de contribuição na condição de deficiente (independente do grau); §1º 70-C 
→ 55 anos de idade/60 anos de idade (Redução de 5 anos na idade em relação a PESSOA COMUM) – 
art 70-C. 
→ É imprescindível que a deficiência seja verificada na DER ou na data da implementação dos 
requisitos (art. 70-A do Decreto nº 3.048/99 alterado pelo Decreto 8.145/2003). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm#art22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm#art
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d8145.htm#art
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30050742/do1-2014-01-30-portaria-interministerial-n-1-de-27-de-janeiro-de-2014-30050738
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d8145.htm#art
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70c§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art70a
→ valor do benefício (art. 8º, II da LCP142/13): corresponde a 70% da M.A.S. de 100% do período 
contributivo, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais até o máximo de 30%. 
A aposentadoria da pessoa com deficiência foi a única das aposentadorias que não sofreu alteração na 
sua forma de cálculo. Também nessa modalidade não se aplica o FATOR PREVIDENCIÁRIO, salvo 
em caso mais benéfico (Art. 9º, I, da LC 142/13). 
Divergência de Entendimento: 1 → O INSS entende que a carência não precisa ser cumprida na 
condição de pessoa com deficiência. Isto porquê a LC 142/14 não prevê a necessidade de carência do 
Art 70-B do Decreto 3.048/19, extrapolando o texto legal ao EXIGIR UMA OBRIGAÇÃO NÃO 
PREVISTA EM LEI. 
2 → O INSS entende que os 15 anos de contribuição e os 15 anos de deficiência devem ser cumpridos 
concomitantemente. Discute-se na jurisprudência, que é desnecessário, pois, por interpretação literal 
do inciso IV do art. 3o LCP 142/13, a exigência não é concomitante pelo teor da lei, podendo o 
segurado cumprir o TC em primeiro momento e cumular os 15 anos de TC posteriormente. 
Aposentadoria da PCD – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
 
A aposentadoria da PCD por tempo de contribuição, não determina idade mínima (como prevê para 
a pessoa sem deficiência) para concessão do benefício, sendo muito comum pessoas muito jovens com 
direito à esse benefício. 
→ É imprescindível que a deficiência seja verificada na DER ou na data da implementação dos 
requisitos (art. 70-A do Decreto nº 3.048/99 alterado pelo Decreto 8.145/2003). 
Assim, acontábeis específicas para cada área 
(separando o que é destinado à previdência; à assistência e a saúde), as receitas e as despesas vinculadas 
a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência 
social; o teor deste artigo (inciso VI do artigo 194 CF) está diretamente ligado ao 195 da CF que trata 
do custeio, que defende que a seguridade social será assegurada por toda a sociedade. 
 
(vii) CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO (somente 
nos órgãos colegiados) 
O caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados 
(alteração acrescida com a EC 103 – limitando o caráter democrático e a descentralização). 
Princípios de Interpretação Constitucional 
Criados pela doutrina hermeneuticamente apresentados pela CF/88 
 PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO: prevê que a CF é una, portanto é um sistema de 
interpretação cronológica e lógica, sendo necessária um interpretação que analise seu inteiro teor e não 
partes de artigos separadamente (a visão global evita o erro interpretativo do tema). 
 PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA ou HARMONIZAÇÃO: havendo conflito de princípios ou 
bens jurídicos, este princípio prevê que a interpretação deverá harmonizá-los, sem que a aplicação de um 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art41a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§4
resulte no desrespeito ao outro. Não significa excluir o de menor valor axiológico, mas sim, assegurar que 
ambos sejam respeitados harmonicamente. 
 PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO: exprime o conceito de que a constituição é 
norma suprema de máxima hierarquia entre as leis e não deve ser deve ser suprimida em razão de lei 
hierarquicamente inferior. 
 PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO DAS LEIS: Preconiza que a interpretação das leis deve se dar de 
acordo com o entendimento da constituição, e não o contrário. Os vetores interpretativos devem alcançar a a 
ordem constitucional tutelada, ainda que afrontei a lei. 
 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS e dos ATOS DO PODER PÚBLICO: 
Há presunção RELATIVA de que as leis do ordenamento jurídico são COMPATÍVEIS com a CF/88. Contudo essa 
incompatibilidade pode ser arguida e defendida pois mediante os controles de constitucionalidade. 
HISTÓRICO DE REFORMAS RECENTES 
Primeiramente, é cediço que as Emendas Constitucionais seguem a ritualística formal do artigo 60 
da CF/88 e têm seu alcance limitado (vedação às cláusulas pétreas) nos termos do § 4º do artigo 60 
da CF/88 (ex.: direitos e garantias fundamentais): 
a) Lei nº 13.063/2014 (acaba com as perícias periódicas para aposentados por invalidez com mais de 
60 anos – exceto para verificar o direito ao adicional de 25%, ou a pedido do segurado ou pensionista 
que se julgarem aptos ou para auxiliar o judiciário na concessão de curatela). 
 
b) LC 150/2015 (regulamenta a Emenda Constitucional nº 72/2014 – “PEC das domésticas”). 
 
c) Lei nº 13.134/2015 (conversão da MP 665/2014) – seguro defeso 
 
d) Lei nº 13.135/2015 (fruto de conversão da MP 664/2014) – auxílio-doença, pensão por morte, etc. 
 
e) Lei nº 13.183/2015 (fruto da conversão da MP 676/2015) – fórmula 85/95 (exclui fator 
previdenciário) 
 
f) Medidas Provisórias nº 739/2016 (perdeu eficácia) e 767/2017 (convertida na Lei nº 13.457/2017): 
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. 
 
g) Medida Provisória nº 871/2019 (novo “pente fino”, prova união estável, dependência econômica e 
atividade rural, carência, decadência, acesso a dados dos segurados, LOAS, etc.) – convertida, com 
alterações, na Lei nº 13.846/2019. 
 
g) EC nº 103/2019 (desconstitucionalização de diversas matérias previdenciária – matérias 
constitucionais que passaram a ser regulamentas por Lei Federal). 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
O controle de constitucionalidade é o procedimento previsto na constituição federal que tem por 
finalidade impedir a introdução de normas inconstitucionais (preventivo – Legislativo 
[CCJ]/Executivo [veto] no ordenamento jurídico ou minimizar os efeitos quando já introduzidas nele 
(repressivo – judiciário [controle difuso e concentrado]). 
Pressupostos Necessários para o Controle de Constitucionalidade 
1. Supremacia da CF; 
2. Constituição Rígida (ato solene para ser alterada- Art. 60 c/c art. 47 da CF). 
Parâmetros do Controle 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art60§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art60§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art47
Ao exercer o controle de constitucionalidade, o operador do direito deve verificar se a norma analisada 
seguiu o controle de QUALIDADE seguindo os previstos no texto constitucional: 
1. FORMA: é o controle de vício de formação da lei (processo legislativo de criação – art. 61/69); 
2. CONTEÚDO (material): verificar se o conteúdo da norma é compatível com o conteúdo do texto 
constitucional. Se a lei não afronta direitos fundamentais já tutelados. 
O controle de constitucionalidade mais comum utilizado em matéria previdenciária é o controle de 
EXCEÇÃO/ DEFESA/ CONCRETO/INCIDENTAL. 
Todos são sinônimos (exceção pois só atinge a parte que excepcionalmente acionou o judiciário; 
Defesa pois está em defesa dos interesses do particular; Concreto por visa reconhecer a 
inconstitucionalidade para determinado caso concreto; e incidental pois incidentalmente dentro do 
processo deve ser requerida a inconstitucionalidade da norma para que posteriormente seja deferido o 
pedido principal do jurisdicionado). E esse controle pode ser declarado por qualquer juiz, em 
qualquer grau de jurisdição, respeitada à competência pela matéria, respeitada a Súmula Vinculante 10 
do STF. 
Benefícios Recebidos por Tutela Provisória. 
Posteriormente Revogada. 
Entendimento atual do STJ. 
O STJ fixou o entendimento de que os benefícios previdenciário pagos indevidamente estão sujeitos 
repetição, através do Recurso Especial REPETITIVO (REsp 1401560/MT de 2015) que de acordo 
com a hierarquia judiciária prevista no artigo 927, III do CPC/15 (em que os juízes devem se vincular 
às teses firmadas em Recursos REPETITIVOS), fixou o entendimento tendo como base o permissivo 
do artigo 115, II da Lei 8.213/91 que expressamente autoriza que os benefícios previdenciários pagos 
indevidamente devem ser devolvidos, e podem ser descontados inclusive do próprio beneficio 
concedido, desde que não ultrapasse 30%, evitando o enriquecimento sem causa previsto no artigo 
884 do Código Civil. Vejamos: 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. 
REVERSIBILIDADE DA DECISÃO. O grande número de ações, e a demora que disso resultou para 
a prestação jurisdicional, levou o legislador a antecipar a tutela judicial naqueles casos em que, desde 
logo, houvesse, a partir dos fatos conhecidos, uma grande verossimilhança no direito alegado pelo autor. 
O pressuposto básico do instituto é a reversibilidade da decisão judicial. Havendo perigo de 
irreversibilidade, não há tutela antecipada (CPC, art. 273, §2º). Por isso, quando o juiz antecipa a tutela, 
está anunciando que seu decisum não é irreversível. Mal sucedida a demanda, o autor da ação 
responde pelo recebeu indevidamente. O argumento de que ele confiou no juiz ignora o fato de que a 
parte, no processo, está representada por advogado, o qual sabe que a antecipação de tutela tem natureza 
precária. Para essa solução, há ainda o reforço do direito material. Um dos princípios gerais do direito é 
o de que não pode haverPCD em relação a pessoa comum poderá, mediante perícia prévia, ter a redução do tempo de 
contribuição de acordo com a gravidade de sua deficiência: 
→ Carência 180 meses (Sem alteração em relação a PESSOA COMUM) – art 70-C.; 
→ Tempo de Contribuição na condição de deficiente (nada mudou com a reforma): 
20 anos/25 anos para deficiência GRAVE – Redução de 10 anos do TC; 
24 anos/29 anos para deficiência MODERADA – Redução de 6 anos do TC; 
28 anos/33 anos para deficiência LEVE – Redução de 2 anos TC. 
→ valor do benefício (art. 8º, I da LCP 142/13): corresponde a 100% (cem por cento), no caso da 
aposentadoria de que tratam os incisos I, II e III do art. 3º, da LCP 142/13 
A aposentadoria da pessoa com deficiência foi a única das aposentadorias que não sofreu alteração 
na sua forma de cálculo. Também nessa modalidade não se aplica o FATOR PREVIDENCIÁRIO, 
salvo em caso mais benéfico (Art. 9º, I, da LC 142/13). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art8ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art9i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art70a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art70c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art8i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art9i
Beneficiários: Empregado, doméstico, avulso, individual e facultativo (exceto o segurado especial à 
este somente se contribuir como facultativo na alíquota 20% (art. 70-B, parágrafo único, ou os 
participantes dos planos simplificados). 
CONCEITO DE PCD 
Segundo o conceito legal trazido pelo art 2º da LC 142/13 “Para o reconhecimento do direito à 
aposentadoria de que trata esta Lei Complementar, considera-se pessoa com deficiência aquela que 
tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdade de condições com as demais pessoas.” 
Já o conceito trazido pelo §3º do art. 70-D do decreto 3.048/99 (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 
2013) “§ 3o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas. 
O próprio art. 413, da IN 77/15 conceitua: “Para o reconhecimento do direito às aposentadorias de 
que trata a Lei Complementar nº 142, de 2013, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem 
impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em 
igualdade de condições com as demais pessoas.” 
 414, § 4º, IN 77/15: Considera-se impedimento de longo prazo, para fins no disposto do art. 413, 
aquele que produza efeitos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, pelo prazo mínimo de dois 
anos, contados de forma ininterrupta. 
Entendimento este também presente no art. 3º da PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1 DE 
27/01/2014 “Art.3º Considera se impedimento de longo prazo, para os efeitos do Decreto n°3 048 de 
1999 aquele que produza efeitos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, pelo prazo 
mínimo de 02 (anos, contados de forma ininterrupta”. 
 Elemento biológico → impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial; 
 Elemento social → obstrução de participação plena e efetiva na sociedade. 
Conceito = da LOAS (lei 8.742/93): 
NOTA IMPORTANTE: Súmula 80 da TNU à “Nos pedidos de benefício de prestação continuada 
(LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais, 
sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa com deficiência na 
sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistente social ou outras providências 
aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social pelo requerente”. 
IDENTIFICAÇÃO DA DEFICIÊNCIA 
Para fins de aposentadoria, apuração de deficiência se dá obrigatoriamente, pela regra específica, 
mediante realização de perícia biopsicossocial e avaliação multidisciplinar (avaliação médica e 
avaliação psicossocial), com intuito de se identificar o grau e o início, além de existência de variação 
em nível de deficiência e o período de variação, conforme §1º do artigo 201 CF. 
A PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1 DE 27/01/2014 trata do tema trazendo em seu artigo 2º que 
“Compete à perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, por meio de avaliação 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp142.htm#art2
https://www.fabiosantos.adv.br/cnis/
https://www.fabiosantos.adv.br/cnis/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8145.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8145.htm
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30050742/do1-2014-01-30-portaria-interministerial-n-1-de-27-de-janeiro-de-2014-30050738
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30050742/do1-2014-01-30-portaria-interministerial-n-1-de-27-de-janeiro-de-2014-30050738
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§11
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/30050742/do1-2014-01-30-portaria-interministerial-n-1-de-27-de-janeiro-de-2014-30050738
médica e funcional, para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, (1) avaliar 
o segurado e (2) fixar a data provável do início da deficiência e o (3) respectivo grau, assim como (4) 
identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada 
grau”. 
Assim os seus §§ 1º e 2º dão as diretrizes de como será a realização desta perícia: 
§ 1º A avaliação funcional indicada no caput será realizada com base no conceito de funcionalidade 
disposto na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF, da 
Organização Mundial de Saúde, e mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro 
Aplicado para Fins de Aposentadoria – IFBrA,conforme o instrumento anexo a esta Portaria. 
§ 2º A avaliação médica e funcional, disposta no caput, será realizada pela perícia própria do INSS, 
a qual engloba a pericia médica e o serviço social, integrantes do seu quadro de servidores públicos. 
Administrativamente, o INSS reconhece essa necessidade ao ter como base o art. 414 da IN 77/15 que 
reproduz o mesmo entendimento: “A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por 
idade ao segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia 
própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da 
condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento – DER ou na data da 
implementação dos requisitos mínimos para o benefício a partir de 9 de novembro de 2013, data da 
entrada em vigor da Lei Complementar nº 142, de 2013.” 
§ 1º Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, compete à perícia própria 
do INSS avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o respectivo grau, assim 
como identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em 
cada grau, por meio de instrumento de avaliação desenvolvido especificamente para esse fim, aprovado 
pela Portaria Interministerial SDH/MPS/MF/MPOG/AGU nºenriquecimento sem causa. Sendo um princípio geral, ele se aplica ao direito 
público, e com maior razão neste caso porque o lesado é o patrimônio público. O art. 115, II, da Lei nº 
8.213, de 1991, é expresso no sentido de que os benefícios previdenciários pagos indevidamente 
estão sujeitos à repetição. Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que viesse a desconsiderá-lo 
estaria, por via transversa, deixando de aplicar norma legal que, a contrario sensu, o Supremo Tribunal 
Federal declarou constitucional. Com efeito, o art. 115, II, da Lei nº 8.213, de 1991, exige o que o art. 
130, parágrafo único na redação originária (declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal -
ADI 675) dispensava. Orientação a ser seguida nos termos do art. 543-C do Código de Processo Civil: 
a reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação a devolver os benefícios 
previdenciários indevidamente recebidos. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1401560/MT, 
Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/ Acórdão Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA SEÇÃO, 
julgado em 12/02/2014, DJe 13/10/2015). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art61
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula746/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula746/false
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201200985301&dt_publicacao=13/10/2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art927iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art115ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art884
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art884
Em sentido contrário, e o Entendimento do do STF no ARE 734242 de2015 entendendo que os 
benefícios recebidos de boa-fé por se tratar de caráter alimentar e que não configura 
inconstitucionalidade do artigo 115 da Lei 8.213/91. Logo embora o STJ seja o guardião da interpretação 
das leis Federais o STF é o guardião da interpretação da constituição, sob a égide dos direitos 
constitucionais do segurado. Vejamos: 
“DIREITO PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA 
ALIMENTAR. RECEBIMENTO DE BOA-FÉ EM DECORRÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL. 
TUTELA ANTECIPADA REVOGADA. DEVOLUÇÃO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal já assentou que o benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo segurado, em decorrência de 
decisão judicial, NÃO ESTÁ SUJEITO À REPETIÇÃO DO INDÉBITO, em razão de seu caráter 
alimentar. Precedentes. 2. Decisão judicial que reconhece a impossibilidade de descontos dos valores 
indevidamente recebidos pelo segurado não implica declaração de inconstitucionalidade do art. 115 da 
Lei nº 8.213/1991. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 734242 AgR, 
Relator(a):Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 04/08/2015, DJe-175 08.9.2015). 
Em razão deste julgado do STF, com entendimento em sentido contrário, em dezembro/2018, o STJ 
afetou o tema na Pet nº 12482/DF para uma possível revisão do tema). 
No mesmo sentido, a Súmula 51 da TNU de , embora cancelada, dispunha: “os valores recebidos por 
força de antecipação dos efeitos de tutela, posteriormente revogada em demanda previdenciária, são 
irrepetíveis em razão da natureza alimentar e da boa-fé no seu recebimento”. 
Em suma a tese básica e que fere o princípio da dignidade da pessoa humana, pois o ordenamento 
jurídico brasileiro volta-se para a persecução do bem-estar social. É o que se se depreende de uma 
Constituição fundamentada no princípio da dignidade humana e preocupada com contingentes sociais. 
E o Direito Previdenciário é voltado justamente ao saneamento de necessidades de todo ser humano 
para uma vida digna. Desse modo, preveem-se instrumentos capazes de efetivar as garantias previstas 
em lei.Por isso deve-se em inicial questionar a violação da CF antes de se receber uma decisão decisiva 
de primeira instância para dar prequestionamento desde a inicial. 
Na sentença, caso o juiz não se manifestar sobre a sua alegação à violação CF deve-se obrigatoriamente 
EMBARGAR DE DECLARAÇÃO para o tribunal se manifestar da OMISSÃO do juiz monocrático. E 
ainda, cabe esclarecer que se o advogado discutir apenas violação à lei federal a discussão só chega ao 
STJ, devendo devolver os valores. Se discute uma violação à CF, chega até o STF e não é devido a 
devolução dos valores. 
A minirreforma ainda acrescentou parágrafos no art. 115 da Lei 8.213 para dar efetividade na 
cobrança da devolução dos valores recebidos indevidos, vejamos: 
PREVISÃO DE INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA 
Dívida de Benefício Revogado 
Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo INSS 
em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do devido, 
inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos termos da 
Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial (§ 3º). 
Será objeto de inscrição em dívida ativa, para os fins do disposto no §3º deste artigo, em conjunto ou 
separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do benefício pago 
indevidamente em razão de fraude, de dolo ou de coação, desde que devidamente identificado em 
procedimento administrativo de responsabilização (§ 4º). 
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9334423
https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201701881444&dt_publicacao=01/03/2019
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=51&PHPSESSID=njejov20fbget3pbl0v1h1dh84
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art115
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art115§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art115§4
O procedimento de que trata o §4º deste artigo será disciplinado em regulamento, nos termos da Lei nº 
9.784, de 29 de janeiro de 1999, e no art. 27 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (§ 5º). 
 
Aposentadoria por Tempo de Contribuição 
Princípios Constitucionais Gerais e Previdenciários 
Finalidade dos Princípios: A finalidade dos princípios é orientar, dar diretrizes, apontar vetores de 
interpretação, a integração e a aplicação do direito.Defesa contra o legislador (ordinário ou 
constitucional). Principalmente em época de Reformas previdenciárias.Defesa judicial: reformas de 
decisões que não tutelaram princípios assegurados, dando interpretação a Lei contrária ao previsto… 
Beneficiários. Filiação. Qualidade de Segurado. 
Período de Graça. Recolhimento. 
Cadastramento de PIS, PASEP, NIT ou NIS 
§ 10 do art. 18 RPS – Ao segurado cadastrado no Programa de Integração Social – PIS, no Programa 
de Formação do Patrimônio do Servidor Público – Pasep ou no Número de Identificação Social – NIS, 
não caberá novo cadastramento. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020). Para os múltiplos 
atualmente existentes é necessário requerer o elo! 
Códigos de Recolhimento (GPS) 
 
1007 – Contribuinte Individual – Recolhimento Mensal 
1104 – Contribuinte Individual – Recolhimento Trimestral 
1163 – Contribuinte Individual – Plano simplificado (autônomo não prestador de serviços à empresas) 
– Recolhimento Mensal 
1406 – Facultativo Mensal 
1457 – Facultativo Trimestral 
1473 – Facultativo – Plano Simplificado – Recolhimento Mensal 
1686 – Facultativo – Optante LC 123/2006 – Recolhimento Mensal – Complementar 
1830 – Facultativo Baixa Renda – Recolhimento Mensal 
Serviços Previdenciários 
De Competência da Receita Federal 
§ 7º, art. 19-B RPS – Serão realizados exclusivamente pela Secretaria Especial da Receita Federal 
do Brasil do Ministério da Economia os acertos de: 
I – inclusão de recolhimento, alterações de valor autenticado ou data de pagamento da GPS ou 
documento que venha a substituí-la; 
II – transferênciade contribuição com identificador de pessoa jurídica ou equiparada para o 
CNIS; e 
III – inclusão da contribuição liquidada por meio de parcelamento. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art115§5
https://www.fabiosantos.adv.br/aposentadoria-por-tempo-de-servico/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=868&relatedposts_position=0
https://www.fabiosantos.adv.br/principios-constitucionais-gerais-e-previdenciarios/?relatedposts_hit=1&relatedposts_origin=868&relatedposts_position=1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art19b§7
Espécies de Benefícios 
 04 Aposentadorias 
➛Idade 
➛Tempo de Contribuição 
➛Invalidez 
➛Especial 
 03 Auxílios 
➛Incapacidade Temporária 
➛Acidente 
➛Reclusão 
 02 Salários 
➛Família 
➛Maternidade 
 01 Pensão 
➛por Morte 
(i) Benefícios Programáveis 
São considerados benefícios programáveis todas as APOSENTADORIAS 
➛ por idade; 
➛ por contribuição; 
➛ da pessoa com deficiência; 
➛ do professor; e 
➛ especial. 
NOTA IMPORTANTE: É lícito ao segurado aposentado pelas aposentadorias programáveis (idade e 
tempo de contribuição) ter assegurada a implementação da respectiva aposentadoria e continuar 
exercendo suas atividades laborais, mediante salário. Exceto os segurados aposentados especial, que 
ficam vedados se aposentarem e continuarem exercendo o LABOR ESPECIAL (prejudicial a saúde), 
contudo, autorizado o labor em condições NÃO PREJUDICIAIS A SAÚDE. 
 
Ademais, prevê o artigo 173 do Decreto 3.048/99, que o segurado aposentado que voltar a contribuir à 
previdência fará jus apenas ao salário família, reabilitação profissional e salário maternidade como 
retribuição às contribuições. Vedada outras cumulações. Inclusive esses valores já não servem mais 
para requerer a revisão do beneficio concedido (teses de desaposentação vencidas). 
(ii) Benefícios à Família e Dependentes 
➛ Pensão por Morte; 
➛ Auxílio Reclusão; 
➛ Salário Família; 
➛ Salário Maternidade; 
(iii) Benefícios por Incapacidade Laboral: 
➛ Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio doença); 
➛ Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez); 
➛ Auxílio Acidente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art173
BENEFÍCIO NÃO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO 
(221 §2º CF) 
Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho terá valor 
mensal inferior ao salário mínimo. 
DÉCIMO TERCEIRO NOS BENEFÍCIOS (221 §6º CF) 
A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de 
dezembro de cada ano. 
Exceto o LOAS, que é um beneficio de prestação continuada, é exceção por não se enquadrar no texto 
da lei como benefício previdenciário (é um benefício assistencial, não previdenciário). 
FILIAÇÃO 
FILIAÇÃO: é o vínculo jurídico que se estabelece entre pessoas que contribuem como segurado da 
Previdência Social e esta, vínculo este do qual decorrem direitos e obrigações (art. 20, caput, do Decreto 
3.048/99). 
A filiação decorre automaticamente do início da relação jurídica ou exercício de atividade remunerada 
para os segurados obrigatórios. A filiação do segurado facultativo se perfaz com o pagamento da 
primeira contribuição. 
Reconhecimento de filiação (art. 22, da IN 77): é o direito do segurado de ter reconhecido, a qualquer 
tempo, o tempo de exercício de atividade anteriormente abrangida pela Previdência Social. 
INSCRIÇÃO 
INSCRIÇÃO DO SEGURADO: é o ato formal da filiação com o registro dos dados cadastrais do 
segurado. 
Retroação de Data do Início da Contribuição – DIC (art. 23, da IN 77): trata-se do reconhecimento 
de filiação em período anterior a inscrição mediante comprovação de atividade e recolhimento das 
contribuições. 
Idade Mínima para Inscrição 
➛14 anos: na condição de menor aprendiz 
➛16 anos: para os demais casos (inclusive para o facultativo). 
Contudo, é imprescindível esclarecer que a idade mínima para inscrição teve muitas alterações ao longo 
do tempo. Estabelecendo uma linha do tempo podemos explicar da seguinte forma. Até 28.02.1967: 14 
anos (CF/1946); De 01.03.1967 a 05.10.1988: 12 anos (CF/1967); 06.10.1988 a 15.12.1998: 14 anos, 
permitida a filiação na condição de aprendiz, se contratado desta forma, a partir dos 12 anos (CF/1988 e 
ECA); A partir de 16.12.1998: 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. 
No mesmo norte, foi editada a Portaria Conjunta nº 7 de 2020 que veio para regulamentar e prever as 
possibilidade de inscrição anterior aos prazos previstos em lei, que determina que deve-se computar, 
para fins de filiação e contribuição, todo período de labor ainda que anterior a idade mínima legal. 
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL: Segundo o STJ, o tempo de contribuição também deve 
ser considerado a partir dos 12 anos de idade (REsp 573.556/RS). No mesmo sentido é o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art201§6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art20
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-7-de-9-de-abril-de-2020-252275418
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-7-de-9-de-abril-de-2020-252275418
posicionamento da TNU (Processo 0002118-23.2006.4.03.6303). Nesses casos é considerado como 
trabalho precoce na condição de segurado especial. 
TEMA 219 DA TNU: Sobre o tema, está em julgamento com a questão se é possível o cômputo de 
tempo de serviço rural àquele que tenha menos de 12 anos de idade. 
REsp 573.556/RS – EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. TRABALHADOR RURAL. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE 
SERVIÇO RURAL DO MENOR DE 12 ANOS. POSSIBILIDADE, INDEPENDENTEMENTE DE 
EFETIVAS CONTRIBUIÇÕES. HIPÓTESE DIVERSA DA CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE 
SERVIÇO. PRECEDENTES DO STF E DESTA CORTE… 1. É assente na Terceira Seção desta Corte de 
Justiça o entendimento de que, comprovada a atividade rural do trabalhador menor de 14 anos, em 
regime de economia familiar, esse tempo deve ser contado para fins previdenciários. 
TNU (Processo 0002118-23.2006.4.03.6303). EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. LABOR URBANO 
REALIZADO POR MENOR DE IDADE INFERIOR A DOZE ANOS. RECONHECIMENTO PARA 
FINS PREVIDENCIÁRIOS. FINALIDADE PROSPECTIVA-PROTETIVA DA NORMA. SÚMULA 
Nº 5/TNU. QUESTÃO DE ORDEM N. 20/TNU. INCIDENTE PROVIDO. 
Segurado aposentado: é aquele que continua ou retorna ao trabalho após a aposentadoria. É considerado 
contribuinte obrigatório. 
Pecúlio e obrigatoriedade de contribuição do trabalhador aposentado: extinção do pecúlio com a 
Lei 8.870/94. Contribuição do aposentado é restabelecida com a Lei 9.032/95 que altera a redação do 
art. 12, da Lei 8.212/91. Art. 11, § 3º, da Lei 8.213/91. Não pode pedir a restituição paga a partir de 
1994. Após esta data não existe essa possibilidade. 
INSCRIÇÃO PÓS MORTE 
O entendimento do STJ no Resp 1.328.298-PR de 2012 e do Resp 1.346.852 de 2013 e o artigo 17 §7ª 
da Lei 8.213/91 prevê que não será reconhecido a inscrição do segurado post mortem. Inclusive e o 
entendimento da Súmula 52 da TNU que inadmitem inscrição post mortem do contribuinte individual. 
NOTA: O beneficiário não tem o dever de pedir o valor das contribuições de volta caso não receba 
benefícios, devido ao princípio da contribuição coletiva solidária – princípio da solidariedade (artigos 
3º, I e 194 CF). 
NOTA: fato imponível para contribuição é“trabalho remunerado” (de qualquer natureza) 
A EC 103/19, trouxe a novidade em seu art. 23, §5º que o dependente inválido ou com deficiência 
intelectual, mental ou deficiência grave poderá ADMINISTRATIVAMENTE ter sua condição 
reconhecida previamente ao óbito do segurado por meio de avaliação biopsicossocial (realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar), observada revisão periódica na forma da legislação. 
Na prática, o INSS atualmente não possui recursos para realizar a avaliação biopsicossocial, portanto, 
para o exercício desta novação trazida com a EC 103/19, deve o segurado, requerer administrativamente, 
e com a negativa exigir o CUMPRIMENTO DA LEI (23 § 5º da EC 103) na esfera judicial. 
VEDAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO Post Mortem 
O contribuinte Individual, responsável pelo próprio reconhecimento tributário, uma vez deixando 
de realizar o recolhimento tempestivo em vida, não pode ter a regularização feita pelos seus 
dependentes para fins de tempo de contribuição e qualidade de segurado, EXCETO QUANDO for 
prestador de serviços. É o entendimento da Súmula 52 da TNU: “Para fins de concessão de pensão 
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=52
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=52&PHPSESSID=v3bnfhouauqfmuig55s1p35uo0
por morte, é incabível a regularização do recolhimento de contribuições de segurado contribuinte 
individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições devam ser arrecadadas por 
empresa tomadora de serviços.“ 
Entretanto, a partir da inclusão pelo Decreto nº 10.410, de 2020, é permitida a complementação pelo 
dependente de recolhimento feito a menor pelo falecido ainda em vida (Art. 19-E, §7º RGPS): § 
7º Na hipótese de falecimento do segurado, os ajustes previstos no § 1º poderão ser solicitados por 
seus dependentes para fins de reconhecimento de direito para benefício a eles devidos até o dia quinze 
do mês de janeiro subsequente ao do ano civil correspondente, observado o disposto no § 4º. 
BENEFICIÁRIOS 
São beneficiários do Regime Geral da Previdência Social todas as pessoas APTAS a receberem 
benefícios previdenciários junto ao INSS. Esses beneficiários são classificados em dois grupos 
(Segurados Obrigatórios e Facultativos e Beneficiários): 
SEGURADOS 
SEGURADO: é segurado da Previdência Social de forma compulsória, a pessoa física que exerce 
atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo de 
emprego, a título precário ou não, bem como aquele que a lei define como tal, observadas quando for o 
caso, as exceções previstas no texto legal, ou exerceu alguma atividade das mencionadas no período 
imediatamente anterior ao chamado “período de graça”. 
(a) OBRIGATÓRIOS (art. 11 da Lei 8.213/91;): aqueles que devem contribuir compulsoriamente 
para a Seguridade Social, com benefícios pecuniários e serviços (reabilitação e serviço social) a 
encargo da Previdência Social. 
I – Empregado (art. 2º e 3º da CLT, art. 12, inciso I, da Lei 8.212/91); 
II – Doméstico (Lei 5.859/72; Decreto 71.885/73 e LC 150/2015) 
V – Contribuinte Individual; (exerce atividade remunerada mas não pertence a outro grupo de 
segurados) 
VI – Trabalhador Avulso; 
VII – Segurado Especial; 
(b) FACULTATIVOS (art. 12 e 14 da Lei 8.212/91) 
Facultativo (Art. 14): são queles que não exercem atividade remunerada, desde que maior de 14 
anos de idade. 
➛ art. 13, da Lei 8.213/91, 
➛ art. 14, da Lei 8.212/91, 
➛ art. 11, do Decreto 3.048/99 e 
➛ art. 55 e seguintes, da IN 77/2015). 
(c) Segurados que deixaram de existir: 
➛Autônomo 
➛Empresário 
Foram reunidos/abrangidos pela categoria do Contribuinte INDIVIDUAL com o advento da Lei 
9.876/99; 
(1)EMPREGADO DOMÉSTICO 
É segurado na categoria de empregado doméstico, conforme o inciso II do caput do art. 9º do RPS, 
aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art19e§7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11vi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art11vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm#art14
residencial desta, em atividades sem fins lucrativos (lucros configura empresas = empregado), a partir da 
competência abril de 1973, em decorrência da vigência do Decreto nº 71.885, de 9 de março de 1973, 
que regulamentou a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972.(Art.17. da IN 77/15) 
Logo, somente é considerado empregado doméstico a partir de abr/1973 com previsão pela Lei 
5.859/72, regulamentada pelo Decreto 71.885/73, ambos revogados pela vigente LC 150/2015 (Art.17. 
da IN 77/15) – que conta sua entrada em vigor em jun 2015 a presunção de recolhimento (§4º-A do 
art. 26 RPS). 
VÍNCULO FAMILIAR (Vedado) 
Art. 19, § 9º, da IN INSS/PRES 77/15 veda reconhecimento de vínculos empregatícios entre cônjuges, 
pais e filhos e irmãos, salvo , pais e filhos e irmãos quando: 
§ 9º A partir de 21 de março de 1997, não é considerado vínculo empregatício o contrato de 
empregado doméstico entre cônjuges, pais e filhos, observando-se que: 
I – o contrato de trabalho doméstico celebrado entre pais e filhos, bem como entre irmãos, não gerou 
filiação previdenciária entre o período de 11 de julho de 1980 a 8 de março de 1992 (Parecer CGI/EB 040/80, Circular 601-
005.0/282, de 11 de julho de 1980, e até a publicação da ORDEM DE SERVIÇO/INSS/DISES nº 078 , 
de 9 de março de 1992). Entretanto, o período de trabalho, mesmo que anterior a essas datas, será 
reconhecido desde que devidamente comprovado e com as respectivas contribuições vertidas em 
épocas próprias; 
II- no período da vigência da OS/INSS/DISES nº 078, de 9 de março de 1992 até 20 de março de 1997 (ORIENTAÇÃO 
NORMATIVA/SPS nº 08, de 21 de março de 1997) admitia-se a relação empregatícia entre pais, filhos 
e irmãos, entretanto, serão convalidados os contratos de trabalho doméstico entre pais e filhos 
iniciados no referido período e que continuarem vigendo após a ON/SPS nº 08, de 1997, desde que 
devidamente comprovado e com as respectivas contribuições vertidas em épocas próprias, não 
sendo permitida, após o término do contrato, a sua renovação. 
 RECOLHIMENTO TARDIO (TEMA 29 TNU – 24.01.2012) O recolhimento tardio de contribuições a 
cargo do empregador não implica prejuízo de ordem previdenciária à segurada empregada doméstica 
(presunção de recolhimento antes da LC 105/15). 
 RECOLHIMENTO ANTERIOR A 1972 – Lei 5.859/72 (TEMA 155 TNU – 03.11.2014) Não é exigível 
que o trabalhador doméstico recolha contribuições à Previdência social para os períodos laborados antes da 
entrada em vigor da Lei n. 5.859/72. 
 E-SOCIAL – Desde 1/10/15 os empregadores domésticos devem realizar os lançamentos dos 
empregados domésticos pelo e-Social. Após o cadastramento do empregador doméstico e do empregado, 
mensalmente a contribuição deverá ser paga pelo DAE – Documento de Arrecadação do e-Social. 
Valores pagos pelo EMPREGADOR doméstico: 
➛ 8,0% de contribuição patronal previdenciária; 
➛ 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho (GILRAT); 
➛ 8,0% de FGTS; 
➛ 3,2% de indenização compensatória (Multa FGTS). 
Valores retidos do salário do EMPREGADO doméstico: 
➛ Contribuição previdenciária (alíquota variável – consultar); 
➛ Imposto de Renda (caso a remuneração do empregado ultrapasse a faixa de incidência). 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5859.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5859.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/d71885.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp150.htm#art
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art26§4a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art26§4a
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/turma-nacional-de-uniformizacao/temas-representativos
https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/turma-nacional-de-uniformizacao/temas-representativos
(2) CONTRIBUINTE FACULTATIVO 
Podem filiar-se na qualidade de facultativo os maiores de 16 anos, mediante contribuição, desde que 
não estejam exercendo atividade remunerada que os enquadre como filiados obrigatórios do RGPS 
(Art.55 IN 77/15). 
2.1. CONTRIBUINTE EM DOBRO 
Vale lembrar que até 24/07/1991 existiu o CONTRIBUINTE EM DOBRO, que nada mais é do que uma 
espécie de segurado que precedeu ao FACULTATIVO (antes das Leis 8.212 e 8.213 que instituiu o 
facultativo), que com outra nomeclatura se equiparava ao segurado individual, conforme Art. 9º da 
Lei 3.807/60 (LOPS): 
 Art. 9º Ao segurado que deixar de exercer emprego ou atividade que o submeta ao regime desta lei é 
facultado manter a qualidade de segurado, desde que passe a efetuar em dobro, o pagamento mensal 
da contribuição. 
 § 1º O pagamento a que se refere este artigo deverá ser iniciado a partir do segundo mês seguinte 
ao da expiração do prazo previsto no art. 8º e não poderá ser interrompido por mais de doze meses 
consecutivos, sob pena de perder o segurado essa qualidade. 
QUEM PODE SE FILIAR COMO FACULTATIVO 
§ 1º Art.55 IN 77/15 – Podem filiar-se facultativamente, entre outros: 
I – a dona de casa; 
II – o síndico de condomínio, desde que não remunerado (nem receba isenção da taxa condominial – 
será contribuinte individual neste caso); 
III – o estudante; 
IV – o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
V – aquele que deixou de ser segurado obrigatório da Previdência Social; 
VI – o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 daLei nº 8.069, de 1990, quando não 
remunerado e desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; 
VII – o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, de acordo com a Lei nº 11.788, de 
2008; 
VIII – o bolsista que se dedica em tempo integral à pesquisa, curso de especialização, pós-
graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a 
qualquer regime de previdência social; 
IX – o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de 
previdência social; 
X – o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país 
com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; 
XI – o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste 
serviço (dentro ou fora da unidade penal), a uma ou mais empresas, (com ou sem intermediação da 
organização carcerária ou entidade afim), ou que exerce atividade artesanal por conta própria; 
XII – o beneficiário de auxílio-acidente ou de auxílio suplementar, desde que simultaneamente não 
esteja exercendo atividade que o filie obrigatoriamente ao RGPS; e 
XIII – o segurado sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no 
âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de baixa renda, com pagamento de 
alíquota de 5% (cinco por cento), observado que: 
a) o segurado facultativo que auferir renda própria não poderá recolher contribuição na forma prevista 
no inciso II, b, do art. 21da Lei nº 8.212, de 1991, salvo se a renda for proveniente, exclusivamente,de 
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l3807.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l3807.htm#art9
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/32120879/do1-2015-01-22-instrucao-normativa-n-77-de-21-de-janeiro-de-2015-32120750
auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária e de valores oriundos de programas sociais 
de transferência de renda (Bolsa família, Seguro Desemprego, dentre outros); 
b) considera-se de baixa renda, para os fins do disposto no inciso XIII do caput deste artigo, aquele 
segurado inscrita no CadÚnico,cuja renda mensal familiar seja de até dois salários mínimos; 
c) o conceito de renda própria deve ser interpretado de forma a abranger quaisquer rendas auferidas 
pela pessoa que exerce trabalho doméstico no âmbito de sua residência e não apenas as rendas 
provenientes de trabalho; e 
d) as informações do CadÚnico devem ser atualizadas pelo menos a cada dois anos. 
PAGAMENTOS EM ATRASO DO FACULTATIVO 
Art. 11, § 3º RPS – A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente 
a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições 
relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28. 
§3º do art. 128 RPS – Para os segurados a que se refere o inciso II (individual, facultativo e especial), optantes pelo 
recolhimento trimestral na forma prevista nos §§ 15 e 16 do art. 216, o período de carência é contado a partir do mês de 
inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da primeira contribuição no prazo estipulado no referido § 15. 
Art. 11, § 4º RPS – § 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso 
quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13. 
CADASTRAMENTO (Filiação) DO FACULTATIVO 
 Art. 18 RPS. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual 
o segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte forma: 
 
VI – segurado facultativo – por ato próprio, por meio do cadastramento de informações pessoais que 
permitam a sua identificação, desde que não exerça atividade que o enquadre na categoria de 
segurado obrigatório. 
PERÍODO DE GRAÇA DO FACULTATIVO 
 Art. 13 RPS – Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
 VI – até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
RECOLHIMENTO COMO FACULTATIVO – BAIXA RENDA 
TEMA 181 TNU (25.01.2019): A prévia inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal – CadÚnico é requisito essencial para validação das contribuições previdenciárias 
vertidas na alíquota de 5% (art. 21, § 2º, inciso II, alínea “b” e § 4º, da Lei 8.212/1991 – redação dada 
pela Lei n. 12.470/2011), e os efeitos dessa inscrição não alcançam as contribuições feitas 
anteriormente. 
(3) CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
É segurado na categoria de contribuinte individual (conforme o inciso V do caput do art. 9º do 
RPS): (Art.20 IN 77) 
XXII – a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não (ex: autônomo); 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art11§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art11§4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm#art13

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