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ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 1 Administração Geral: Teoria e Exercícios Preparatório para Analista de Defesa do Consumidor Administrador – Procon DF 2011 Aula 0 – Motivação em organizações PROFESSOR FLÁVIO POMPÊO Índice I ‐ Introdução ........................................................................................................................................ 1 II. Apresentação do professor .............................................................................................................. 2 III. Conteúdos abordados ..................................................................................................................... 3 IV. Cronograma .................................................................................................................................... 3 1. Motivação. ....................................................................................................................................... 5 1.1. Teorias de condicionamento ........................................................................................................ 5 1.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow ..................................................................... 5 1.3. A Teoria ERC de Alderfer ............................................................................................................... 7 1.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg ......................................................................................... 8 1.5. A Teoria da Determinação de Metas de Edwin Locke .................................................................. 9 1.6. Teoria da equidade ..................................................................................................................... 10 1.7. Teoria da expectativa (ou expectância) de Victor Vroom .......................................................... 11 1.8. Teorias X e Y de McGregor .......................................................................................................... 12 2. Lista de Questões ........................................................................................................................... 12 3. Questões comentadas ................................................................................................................... 15 4. Gabarito ......................................................................................................................................... 20 I - Introdução Olá a todos e a todas! Sejam bem-vind@s à aula 0 (aula demonstrativa) do curso de “Administração Geral: Teoria e Exercícios”, preparatório para o cargo de Analista de Defesa do Consumidor - Administração do concurso do Procon-DF 2011. Neste curso, ao longo de SEIS aulas (mais esta aula 0), vamos estudar os tópicos de Administração Geral, que são parte dos conhecimentos específicos do edital de Administração do Procon. Utilizaremos algumas questões da banca organizadora Iades, instituição que organiza o concurso do Procon-DF. Porém como há poucas questões dessa banca, utilizarei também questões da Esaf (e, se necessário, do Cespe) para ilustrar os conteúdos. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 2 Além disso, o curso dispõe de fórum disponibilizado pelo Ponto para que vocês possam tirar dúvidas a respeito dos conteúdos. Esta aula 0 é uma amostra do curso, para que vocês conheçam a minha proposta e forma de trabalhar. Após esta introdução, temos o tópico “Apresentação do professor”. Nele vocês poderão me conhecer um pouco melhor. Em seguida, temos o tópico “Programa do curso”, no qual são apresentadas as principais características das aulas preparatórias que iremos realizar (cronograma, metodologia etc). Finalmente, estudaremos parte do conteúdo do curso. Para esta aula 0, estudaremos o tópico Motivação. II. Apresentação do professor Sou o Flávio e tenho 29 anos. Em 2003, inscrevi-me em meu primeiro concurso (TJDFT). Cheguei a comprar uma apostila, mas não li mais de uma ou duas páginas. O resultado foi óbvio: não alcancei a nota mínima e fui eliminado. Saí da prova desse concurso com a ideia de que a prova foi “fácil para quem estudou”. Sempre escuto isso de candidatos, mas esta ideia é enganosa. Somente quem realmente estuda tem condições para avaliar o quão difícil foi a prova, com suas sutilezas, pegadinhas, relações entre questões e referências indiretas a leis, autores e conteúdos. Continuei fazendo concursos, estudando de maneira errática. Após algumas eliminações, percebi que só com estudos sistemáticos a aprovação viria. Assim, comecei a levar as coisas mais a sério e estudar com mais consistência. Em 2004, tive a imensa felicidade de ser aprovado no concurso de Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas da União. No TCU, como técnico, trabalhei três anos na Secretaria de Planejamento e Gestão, onde estive envolvido em trabalhos relativos a temas como avaliação da gestão, estrutura organizacional, processos de trabalho e outros. Lá tive contato profissional com praticamente todos os temas que iremos estudar ao longo deste curso. Em 2006, concluí minha graduação (bacharelado em Ciência Política pela UnB). Somente em 2007 criei coragem para voltar a estudar para concursos. Resolvi focar no cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU. O concurso de tal ano foi segmentado, então escolhi a área de Educação Corporativa. Sempre tive afinidade com as áreas estratégicas e de apoio organizacional. Retomar os estudos para concursos (e, em algumas disciplinas, começar os estudos do zero) não foi fácil. Consegui manter o foco, estudar todos os dias e, acima de tudo, resolver muitos itens de provas de concursos anteriores. Elaborei cronogramas, metas de leitura por dia, metas de resolução de exercícios por dia, metas de acerto dos exercícios de prova. Alcancei meu objetivo, a aprovação, tendo alcançado a 2ª colocação no concurso. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 3 Atualmente, estou lotado no Instituto Serzedello Corrêa, no Serviço de Educação a Distância. Além disso, fiz mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília. Desenvolvi pesquisa sobre aprendizagem e modalidades educacionais. Colaboro com o Ponto dos Concursos desde abril de 2008. Já ministrei dezenas de cursos aqui, em disciplinas como “administração geral”, “gestão de pessoas”, “planejamento e gestão” e “gestão governamental”. III. Conteúdos abordados Neste curso, iremos estudar os tópicos de ADMINISTRAÇÃO GERAL selecionados de conhecimentos específicos do edital de Administrador do Procon. Para que fique claro, o escopo deste curso abrange os seguintes tópicos: ADMINISTRAÇÃO GERAL: 2 Dinâmica das organizações. Cultura organizacional, motivação e liderança, comunicação, processo decisório, descentralização e delegação. 3 Processo grupal nas organizações. Comunicação interpessoal e intergrupal, trabalho em equipe e relação chefe- subordinado. 4 Processo organizacional. Planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação. 5 Organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. 6 A Organização como um sistema social. 7 Gestão de processos. 9 Qualidade e produtividade nas organizações. Princípio de Deming, relação cliente-fornecedor e principais ferramentas da qualidade. 10 Impacto do ambiente nas organizações. Visão sistêmica, turbulência, adaptação e flexibilidade organizacional.11 Planejamento organizacional. Planejamento estratégico, tático e operacional. 14 Noções de Administração de Recursos Humanos. Gerenciamento de conflitos, avaliação de desempenho, desenvolvimento de pessoal e gestão por competências. IV. Cronograma Para que vocês possam planejar os estudos, é bom que vocês definam previamente o que irão estudar em cada período, certo? Os conteúdos deste curso serão vistos na ordem listada abaixo. Para este curso, seguiremos o seguinte cronograma: Aula 0: Motivação. Aula 1 (15/09): Dinâmica das organizações. Cultura organizacional. Liderança. Comunicação, Comunicação interpessoal e intergrupal. Aula 2 (22/09): Processo grupal nas organizações. Trabalho em equipe e relação chefe-subordinado. A Organização como um sistema social. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 4 Aula 3 (29/09): Processo organizacional. Planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação. Organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração, descentralização e delegação. Processo decisório. Aula 4 (06/10): Gestão de processos. Qualidade e produtividade nas organizações. Princípio de Deming, relação cliente-fornecedor e principais ferramentas da qualidade. Aula 5 (13/10): Impacto do ambiente nas organizações. Visão sistêmica, turbulência, adaptação e flexibilidade organizacional. Planejamento organizacional. Planejamento estratégico, tático e operacional. Aula 6 (20/10): Noções de Administração de Recursos Humanos. Gerenciamento de conflitos, avaliação de desempenho, desenvolvimento de pessoal e gestão por competências. Provas: 5/11/2011 *** É isso aí, pessoal. Minha proposta está feita. Espero que estejam todos de acordo e ansiosos para começarmos o curso. Para esta aula 0, iremos estudar o tema “Motivação”. Vamos começar? ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 5 1. Motivação. Motivação é aquilo que impulsiona o indivíduo para a ação. Assim, o entendimento de tal fenômeno é essencial para o sucesso organizacional, já que a motivação tem reflexo direto no desempenho. No contexto público, em que são poucos e de difícil aplicação os mecanismos de punição de servidores que não apresentam bom comportamento, a promoção da motivação é fundamental para o alcance de resultados. Julgue a afirmativa abaixo: Existem dezenas, talvez centenas, de teorias a respeito da motivação humana. Algumas, porém, são consagradas e costumam ser cobradas em concursos. Veremos, abaixo, que teorias são estas. 1.1. Teorias de condicionamento A teoria do reflexo condicionado surge com o russo Ivan Pavlov (1849-1936). Pavlov realizou famosos experimentos com cães. Nestes experimentos, havia estímulos sonoros, tais como o soar de um sino, associados a estímulos na alimentação dos animais. Posteriormente, observou-se que os cães passavam a salivar simplesmente com determinados estímulos sonoros, mesmo que a alimentação não fosse ocorrer. Destes experimentos, concluiu-se que alguns comportamentos decorriam de estímulos condicionados. Frederic Skinner (1904-1990), psicólogo americano, foi fortemente influenciado pelos estudos de Pavlov e também realizou experimentos com animais. Skinner é considerado o pai da psicologia comportamentalista, ou behaviorista, que advoga que o comportamento humano decorre, fundamentalmente, do binômio estímulo-resposta. Segundo esta teoria, construída com base em experimentos científicos e de base relativamente mecânica, o ser humano é fortemente influenciado pelo ambiente. As pessoas identificariam estímulos do ambiente com determinadas conseqüências, positivas, ou negativas, e, assim, aprenderiam a agir de acordo com tais estímulos. Para concluir, ressalto que as teorias do condicionamento são alvo de fortes críticas. São criticadas por serem muito mecânicas, simplistas e, acima de tudo, são criticadas com argumentos de base ética. 1.2. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow Esta é, provavelmente, a mais famosa das teorias da motivação. A maioria das pessoas que já fez provas de concurso nas áreas de Administração, Recursos Humanos ou Gestão de Pessoas já viu itens que abordavam esta teoria. Abraham Maslow foi um psicólogo dos EUA que, nas décadas de 40-50, formulou uma teoria que organiza nossos desejos em cinco grandes categorias: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 6 sociais e de amor, necessidades de auto-estima e necessidades de auto- realização. Para Maslow, “a motivação é algo constante, infinito e complexo encontrado em todos os seres humanos”1. De acordo com a hierarquia das necessidades de Maslow, estas categorias que vimos são dadas de forma crescente. O indivíduo só terá necessidades de segurança após suprir suas necessidades fisiológicas. Ele só terá necessidades sociais se suprir as necessidades de segurança. Ele só terá necessidades de auto-estima se suprir as necessidades sociais e só terá necessidades de auto- realização se suprir as necessidades de auto-estima. Ou seja, existe uma hierarquia entre estas necessidades, e o indivíduo só sente as necessidades mais altas na hierarquia após satisfazer aquelas que ocupam uma posição mais baixa na hierarquia. Vamos ver quais são as cinco categorias de necessidades humanas, segundo Maslow? • Necessidades fisiológicas: são aquelas de menor valor na pirâmide, e referem-se às necessidades imediatas do organismo. Incluem fome, sede, necessidade de respirar, inclui a necessidade biológica de reprodução (sexo) etc. É fácil entender isto. Uma pessoa que está passando fome estará motivada para procurar comida ou para ter amigos e compor uma ópera? Obviamente, esta pessoa irá procurar comida. Somente após ter a fome saciada ela irá tomar ações que contemplem necessidades de nível mais alto na hierarquia; • Necessidades de segurança: após suprir as necessidades do primeiro nível, o indivíduo irá preocupar-se com a sua segurança. Irá querer um abrigo, um local em que não esteja ameaçado por perigos imediatos, não seja perseguido, enfim, que possa viver de maneira segura. Também está relacionada a ter um salário e uma certa estabilidade na vida; • Necessidades sociais e de amor: com a garantia das condições básicas de sobrevivência, a pessoa irá buscar interações significativas com outras pessoas. Estas interações podem ser formas de amor, de amizade, filhos, família e outras relações sociais; • Necessidades de estima e de ego: são necessidades que o indivíduo tem de ter uma imagem positiva e estável de si mesmo (auto-estima) e perante outras pessoas, principalmente aquelas próximas a ele; • Necessidades de auto-realização: são aquelas relacionadas à expressão plena do potencial do indivíduo. Para a expressão desta necessidade, todas as anteriores precisam estar satisfeitas. A pirâmide abaixo representa esta teoria: 11 FFlleeuurryy,, MMaarriiaa TTeerreezzaa ((oorrgg..)).. AAss ppeessssooaass nnaa oorrggaanniizzaaççããoo.. EEddiittoorraa GGeennttee,, 22000022,, pp.. 225511 ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 7 Este conteúdo não é difícil, né? Em relação a esta teoria, temos que saber, ainda, que ela foi criada não por expressão de testes e experimentos empíricos, e sim de forma dedutivapor seu autor. O próprio Maslow, quando ficou mais velho, apontou diversas limitações desta teoria, e apresentou algumas idéias para aperfeiçoá-la. Alguns testes e experimentos científicos mostraram que esta teoria tem pouco potencial para prever o comportamento de indivíduos. Mesmo assim, esta teoria continua sendo muito estudada, e, acima de tudo, continua caindo muito nos concursos no Brasil! É por isso que temos que conhecê-la. 1.3. A Teoria ERC de Alderfer A sigla ERC refere-se aos três níveis de motivação previstos por esta teoria: Existência, Relacionamento e Crescimento. Em inglês, esta teoria é conhecida como ERG (Existence, Relatedness and Growth). Clayton Alderfer foi um psicólogo americano que se interessou pela teoria de Maslow e adaptou-a Ele enquadrou, dentro das categorias ERC, as cinco necessidades da hierarquia de Maslow. Ou seja, segundo a teoria de Alderfer, a Existência abrange as necessidades de primeira ordem de Maslow, que são as necessidades fisiológicas e de segurança. Alderfer dividiu a necessidade de quarto nível de Maslow (estima) em duas partes: o componente externo da estima (social) e o componente interno da estima (auto-estima). Assim, no nível Relacionamento, ele incluiu as necessidades sociais e o componente externo da estima. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 8 Finalmente, no nível Crescimento, Alderfer incluiu a auto-estima e a necessidade de auto-realização. O quadro abaixo representa a adaptação que Cleyton Alderfer fez na teoria das necessidades de Maslow para criar a teoria ERC: Percebam que o quarto nível da hierarquia de Maslow é divido em dois na teoria de Alderfer. Existem, ainda, duas outras diferenças fundamentais entre as duas teorias. A primeira diferença refere-se à simultaneidade nas necessidades. Vimos, no tópico anterior, que, para Maslow, as necessidades não podem ser simultâneas. Para Alderfer, porém, as necessidades de todos os níveis podem existir de maneira simultânea e complexa. A segunda diferença refere-se a um componente de regressão das necessidades. Para Alderfer, quando uma necessidade de nível mais alto não é atendida, o indivíduo aumenta a necessidade dos níveis mais baixos. 1.4. A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg Ao contrário de Maslow, Frederick Herberg elaborou sua teoria por meio de pesquisas científicas, realizadas com entrevistas para investigar desejos e motivações. Herzberg descobriu que há dois grandes blocos de necessidade humanas: os fatores de higiene (extrínsecos) e os fatores motivacionais (intrínsecos). Os fatores de higiene, também chamados insatisfacientes, são fatores extrínsecos, ou exteriores ao trabalho. Para Herzberg, eles podem causar a insatisfação e desmotivação se não atendidos, mas, se atendidos, não ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 9 necessariamente causarão a motivação. Entre estes fatores, estão os seguintes: “segurança, status, relações de poder, vida pessoal, salário, condições de trabalho, supervisão, política e administração da empresa”2. Os fatores motivadores, também chamados satisfacientes, são os fatores intrínsecos, internos ao trabalho. Estes fatores podem causar a satisfação e a motivação. Entre eles, estão os seguintes: “crescimento, progresso, responsabilidade, o próprio trabalho, o reconhecimento e a realização”3. Percebam que a principal sutileza desta teoria refere-se ao fato de que ações organizacionais que contemplem apenas os fatores de higiene não irão causar motivação. Veja que salário está entre os fatores de higiene. Então, se a organização der um salário enorme, isto irá criar uma não-insatisfação, mas não irá, necessariamente, criar uma satisfação. Para criar a satisfação e a motivação, a organização precisa atribuir ao indivíduo trabalhos estimulantes, possibilidades de ascensão na carreira, de sentimento de desenvolvimento, de responsabilidade etc. Tânia Casado nos mostra uma comparação entre as teorias de Maslow, Alderfer e Herzberg4: Maslow Alderfer Herzberg Auto-realização Crescimento Fatores motivacionais Estima Relacionamento Fatores higiênicos Sociais Segurança Existência Fisiológicas Estas três teorias que vimos até agora podem ser ditas teorias da motivação de conteúdo estático. Estas teorias “tratam do conteúdo do que efetivamente motiva as pessoas. Estes modelos também são chamados de estáticos, porque observam apenas um (ou poucos) ponto(s) no tempo, e assim são orientados para o passado ou para o presente”5. As teorias que veremos a seguir, por sua vez, são consideradas teorias do processo motivacional. 1.5. A Teoria da Determinação de Metas de Edwin Locke Quando você vai estudar, você estuda sem rumo, sem objetivos? Não. Para nos motivarmos, precisamos de objetivos concretos, de metas. Isso se aplica também à realidade organizacional. O trabalhador precisa conhecer objetivos, diretrizes e metas, para agir de forma a alcançá-las. “O papel do gestor, 2 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254. 3 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254. 4 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 254, p. 254. 5 Bowditch, James L. Buono, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. Pioneira Thompson Learning, 2004, p. 41. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 10 portanto, será o de definir e clarificar metas para seus liderados, o que os fará empregar determinado esforço na sua consecução”6. Outro princípio importante desta teoria é a participação do trabalhador na definição das metas. O trabalhador irá ficar mais motivado para alcançar metas que ele ajudou a definir. Elas não podem, portanto, ser impostas: devem ser construídas conjuntamente, entre o líder e os liderados. As metas devem também ter como requisito a clareza. Elas precisam ser compreendidas pelo trabalhador para que ele possa agir no sentido de alcançá- las. Em relação à dificuldade das metas, elas não podem ser muito fáceis, nem muito difíceis. Elas têm que ser desafiadoras, mas seu alcance tem que ser possível. Metas muito fáceis ou impossíveis não irão gerar motivação. Esta teoria tem muitas implicações quanto à gestão do desempenho humano. Um dos pontos é o feedback: ao determinar uma meta, o gerente tem que dar ao profissional um feedback, um retorno, em relação ao alcance ou não das metas. Além disso, é necessário que a pessoa possa fazer, sozinha, um acompanhamento de como está indo, de quais metas está conseguindo alcançar, de forma que possa adaptar comportamentos no rumo desejado. Esta teoria tem aplicações na chamada Administração por Objetivos (APO), forma de organizar o trabalho na qual líder e liderado acordam os objetivos em função dos quais o liderado irá trabalhar. 1.6. Teoria da equidade Trata-se de teoria relativamente nova, segundo a qual a motivação está diretamente relacionada à percepção que o indivíduo tem a respeito da justiça de sua situação profissional. É também conhecida como teoria da comparação social. “O grau de equidade é definido em termos da razão entre a entrega individual (o esforço, por exemplo) e a recompensa, comparada a uma relação similar para outra pessoa que seja relevante em termos de comparação”7. Ou seja, o trabalhador faz entregas para a organização, e, em troca, recebe recompensas. O mesmo vale para outros trabalhadores. É normalque eles se comparem com seus pares. A eqüidade será maior se os empregados acharem que estão sendo recompensados de maneira justa, em relação à forma com que seus pares estão sendo recompensados. Assim, “O tema central [desta] teoria motivacional é que o maior determinante do desempenho e da satisfação no trabalho é o grau de equidade ou iniquidade percebido na situação profissional”8. 6 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. 7 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. 8 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 255. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 11 Caso o indivíduo tenha uma percepção de que não há eqüidade, ele poderá ficar desmotivado ou insatisfeito, e isto terá reflexos em sua forma de se relacionar com a organização e com ela contribuir. Em última instância, ele poderia, inclusive, pedir demissão. Entre os autores que colaboraram para a elaboração desta teoria, podemos citar Adams, Festinger e Lawler. 1.7. Teoria da expectativa (ou expectância) de Victor Vroom Esta teoria é construída em função da relação entre três variáveis: Valência, força (instrumentalidade) e expectativa, referentes a um determinado objetivo. Valência, ou valor, é a “orientação afetiva em direção a resultados particulares. Pode-se traduzi-la como a preferência em direção, ou não, a determinados objetivos. Valência positiva atrai o comportamento em sua direção, valência zero é indiferente e valência negativa é algo que o indivíduo prefere não buscar”9. Em outras palavras, a valência tem a ver com o desejo do indivíduo em relação a determinado resultado. No caso de valência positiva, o resultado pode ser uma recompensa ou algo que o indivíduo deseja. Valência negativa é um evento que o indivíduo não quer que ocorra. Expectativa é o grau de probabilidade que o indivíduo atribui a determinado evento, em função da relação entre o esforço que vai ser despendido no evento e o resultado que se busca alcançar. Força, ou instrumentalidade, por sua vez, é o grau de energia que o indivíduo irá ter que gastar em sua ação para alcançar o objetivo. Parece complicado, né? Mas não é não, pessoal. Vamos ver um exemplo pra esclarecer esta teoria, que apenas expressa uma relação motivação ou ação em um contexto de trabalho. Se o indivíduo quer muito alguma coisa (uma promoção, por exemplo), pode-se dizer que esta promoção tem alta valência. Para conseguir esta promoção, ele vai ter que trabalhar mais, vai ter que abrir mão de uma série de coisas da sua vida, vai ter que colocar energia nestas ações (força). Ao tomar a decisão de se dedicar a isto ou não, ele vai levar em consideração a probabilidade (expectativa) de alcançar a promoção (alta valência). Ficou mais claro com este exemplo? Esta relação pode ser expressa pela fórmula matemática M = E x I x V, onde M é motivação, e é expectativa, i é instrumentalidade e v é valência. Acabamos de estudar que, na teoria da expectativa, a motivação é dada em função da fórmula M = E x I x V. Agora, se vier um item de prova dizendo que a fórmula é M = E x V, o gabarito será “certo”! A verdade é que há as duas fórmulas. O próprio Antonio Maximiano apresenta a última fórmula utilizada. Vejam o que diz o Maximiano a respeito deste assunto: 9 Fleury, Maria Tereza (org.). As pessoas na organização. Editora Gente, 2002, p. 256. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 12 “De acordo com a teoria da expectativa, a motivação é função da crença de que é possível alcançar um resultado, multiplicada pelo valor atribuído ao resultado: Motivação = Expectativa (crença de que o esforço produz o resultado) x valor atribuído ao resultado. A teoria da expectativa procura explicar a cadeia de causas e efeitos que liga o esforço inicial ao resultado ou recompensa final. Os componentes principais da teoria da expectativa são os seguintes: o valor dos resultados, a associação entre o desempenho e a recompensa e a associação entre o esforço e o desempenho”10. 1.8. Teorias X e Y de McGregor O psicólogo americano Douglas McGregor (1906-1964) afirmava que havia duas abordagens principais de motivação e liderança: as teorias X e Y. A teoria X apresentava uma visão negativa da natureza humana: pressupunha que os indivíduos são naturalmente preguiçosos, não gostam de trabalhar, precisam ser guiados, orientados e controlados para realizarem a contento os trabalhos. É o famoso chicote, pessoal. Esta teoria resulta em práticas gerenciais autoritárias. A teoria Y é o oposto: diz que os indivíduos são auto-motivados, gostam de assumir desafios e responsabilidades e irão contribuir criativamente para o processo se tiverem suficientes oportunidades de participação. Chegamos ao final da aula demonstrativa. Ao final de cada aula, teremos uma lista de questões relacionadas, para que vocês possam testar seu desempenho com questões reais de prova e saber quais conhecimentos dominam e em quais ainda há lacunas. 2. Lista de Questões Questão 1 (IADES / CFA 2011) Segundo a teoria de Maslow, o comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos, tornando-se assim fontes de motivação. Quanto a Pirâmide de Maslow, assinale a alternativa incorreta. (A) Necessidades humanas podem ser dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, formando uma pirâmide onde a base são as necessidades fisiológicas. 10 Maximiano, Teoria Geral da Administração, p. 253. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 13 (B) O nível básico da pirâmide é o atendimento das necessidades básicas. (C) A medida que necessidades de níveis menores vão sendo satisfeitas, outras de nível mais elevados guiam o comportamento do indivíduo. (D) Mesmo que uma necessidade seja atendida, ela continua sendo motivadora do comportamento. (E) O nível mais elevado da pirâmide é a auto realização, o sucesso pessoal. Questão 2 (IADES / CFA 2011) A aplicação de metas e de prêmios contribui para a motivação das equipes internas. Na empresa privada, a participação nos lucros é um excelente prêmio proporcional à conquista de resultados positivos. No setor público, a aplicação de metas interfere no comportamento organizacional (A) na medida em que apoia a necessidade de coerência interna, destacando os valores dos indivíduos e o compromisso dos servidores com os resultados da organização pública. (B) pois a elaboração de uma meta ideal, mesmo que seja inviável na aplicabilidade, motiva os servidores para o trabalho. (C) pelo resultado individual comparativo de cada servidor público e a remuneração financeira de seus vencimentos mensais. (D) na justa necessidade de proporcionar um ambiente favorável para mensurar as competências internas. (E) de forma genérica, pois acomoda todos os servidores públicos frente às suas reponsabilidades. Questão 3 (Esaf / CGU 2008) A motivação é algo presente em nossa vida desde o momento que nascemos e seu entendimento tem-se constituído em um desafio para as pessoas que ocupam funções gerenciais. Assinale se as frases a seguir sobre motivação são verdadeiras ou falsas. I. Por motivação se entende uma força intrínseca que impulsiona na direção de alguma coisa. II. Estímulossão energias internas que determinam o comportamento dos indivíduos. III. A teoria de motivação conhecida como teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa. IV. A teoria de motivação de Maslow é conhecida como teoria das necessidades humanas. V. As motivações para o trabalho são iguais para indivíduos que exercem cargos do mesmo grupo ocupacional. Escolha a opção correta. a) I, II e III são verdadeiras. b) III, IV e V são falsas. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 14 c) II e V são verdadeiras. d) I, III e IV são verdadeiras. e) II, III e IV são falsas. Questão 4 (Esaf / STN 2005) Uma forma de analisar o desempenho do indivíduo no trabalho é conhecer suas necessidades, interesses e aptidões. Outra é, analisar o tipo de fator, motivacional ou higiênico, preponderante na organização. Selecione a opção que explicita corretamente o significado do enunciado. a) Fator higiênico refere-se ao exercício da responsabilidade. b) Fator motivacional refere-se a política de remuneração adotada pela empresa. c) O desempenho do indivíduo depende do conhecimento acumulado na empresa. d) Necessidades, interesses e aptidões dizem respeito à motivação externa do indivíduo. e) O desempenho do indivíduo depende de motivos internos e externos. Questão 5 (Esaf / STN 2008) São características das teorias motivacionais de Maslow e Herzberg, respectivamente: a) as necessidades humanas podem ser colocadas em uma hierarquia de importância; e há uma alta correlação entre a necessidade de realização e o desenvolvimento eficaz da organização. b) as necessidades mais básicas do homem são as fisiológicas e as de segurança; e os administradores com grande poder usam esses poderes mais em benefícios de si próprios que da organização. c) as necessidades obedecem a uma hierarquia que pode ser influenciada pela cultura; os fatores motivadores relacionam-se com o contexto do trabalho. d) uma necessidade satisfeita não motiva mais o comportamento; e existem fatores que não motivam, mas que contribuem para a insatisfação se não estão presentes. e) a motivação gera grande necessidade de feedback para a organização; e um homem motivado deixa de se importar com as pequenas dificuldades do dia-a- dia, ainda que sejam perenes. Questão 6 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ao adotar o estilo de liderança da Teoria Y, um gestor de pessoas: ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 15 a) estimula a criação de várias equipes de trabalho, fazendo questão de presidir todas elas. b) não se furta a usar o poder da autoridade para resolver um conflito, se necessário. c) como principal instrumento motivacional, vale-se de punições ou recompensas salariais. d) estimula o desenvolvimento de competências, já que boa parte dos indivíduos não se interessa por novos aprendizados. e) ao mesmo tempo que empodera os indivíduos e enriquece suas tarefas, centraliza as decisões. Questão 7 (Esaf / CGU 2008) A motivação é algo presente em nossa vida desde o momento que nascemos e seu entendimento tem-se constituído em um desafio para as pessoas que ocupam funções gerenciais. Assinale se as frases a seguir sobre motivação são verdadeiras ou falsas. I. Por motivação se entende uma força intrínseca que impulsiona na direção de alguma coisa. II. Estímulos são energias internas que determinam o comportamento dos indivíduos. III. A teoria de motivação conhecida como teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa. IV. A teoria de motivação de Maslow é conhecida como teoria das necessidades humanas. V. As motivações para o trabalho são iguais para indivíduos que exercem cargos do mesmo grupo ocupacional. Escolha a opção correta. a) I, II e III são verdadeiras. b) III, IV e V são falsas. c) II e V são verdadeiras. d) I, III e IV são verdadeiras. e) II, III e IV são falsas. 3. Questões comentadas Questão 1 (IADES / CFA 2011) Segundo a teoria de Maslow, o comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos, tornando-se assim fontes de motivação. Quanto a Pirâmide de Maslow, assinale a alternativa incorreta. (A) Necessidades humanas podem ser dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, formando uma pirâmide onde a base são as necessidades fisiológicas. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 16 (B) O nível básico da pirâmide é o atendimento das necessidades básicas. (C) A medida que necessidades de níveis menores vão sendo satisfeitas, outras de nível mais elevados guiam o comportamento do indivíduo. (D) Mesmo que uma necessidade seja atendida, ela continua sendo motivadora do comportamento. (E) O nível mais elevado da pirâmide é a auto realização, o sucesso pessoal. 1. Gabarito: D. O erro da alternativa D é afirmar que, na teoria de Maslow, a necessidade atendida continua sendo motivadora. Em tal teoria, quando um nível de necessidade é atendido, ele deixa de ser motivador e o indivíduo passa a ser mais influenciado pelo nível seguinte de necessidades da pirâmide, ou seja, o nível seguinte passa a ser o motivador do comportamento. Questão 2 (IADES / CFA 2011) A aplicação de metas e de prêmios contribui para a motivação das equipes internas. Na empresa privada, a participação nos lucros é um excelente prêmio proporcional à conquista de resultados positivos. No setor público, a aplicação de metas interfere no comportamento organizacional (A) na medida em que apoia a necessidade de coerência interna, destacando os valores dos indivíduos e o compromisso dos servidores com os resultados da organização pública. (B) pois a elaboração de uma meta ideal, mesmo que seja inviável na aplicabilidade, motiva os servidores para o trabalho. (C) pelo resultado individual comparativo de cada servidor público e a remuneração financeira de seus vencimentos mensais. (D) na justa necessidade de proporcionar um ambiente favorável para mensurar as competências internas. (E) de forma genérica, pois acomoda todos os servidores públicos frente às suas reponsabilidades. 2. Gabarito: A. A alternativa A representa a forma como as metas podem motivar indivíduos e melhorar o desempenho em uma organização pública. Ao ter uma meta explícita, o servidor sabe quais são os resultados dele, quais valores deve utilizar para alcançar tais resultados. A alternativa B é incorreta, pois não se deve jamais estabelecer metas inviáveis, que podem gerar desmotivação. A alternativa C é errada porque não existe esse resultado individual comparativo. Apesar de alguns órgãos públicos terem adotado remuneração financeira variável, a formulação confusa do item C faz com que o descartemos. Em relação ao item D, também é confuso, não existe essa relação de consequência entre tal necessidade de ambiente e a adoção de ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 17 metas. Finalmente, a alternativa E também é errada, pois as metas não devem ser genéricas nem favorecer a acomodação. Questão 3 (Esaf / CGU 2008) A motivação é algo presente em nossa vida desde o momento que nascemos e seu entendimento tem-se constituído em um desafio para as pessoas que ocupam funções gerenciais. Assinale se as frases a seguir sobre motivação são verdadeiras ou falsas. I. Por motivação se entende uma força intrínseca que impulsiona na direção de alguma coisa.II. Estímulos são energias internas que determinam o comportamento dos indivíduos. III. A teoria de motivação conhecida como teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa. IV. A teoria de motivação de Maslow é conhecida como teoria das necessidades humanas. V. As motivações para o trabalho são iguais para indivíduos que exercem cargos do mesmo grupo ocupacional. Escolha a opção correta. a) I, II e III são verdadeiras. b) III, IV e V são falsas. c) II e V são verdadeiras. d) I, III e IV são verdadeiras. e) II, III e IV são falsas. 3. Gabarito: D. Vejamos as frases cobradas pela Esaf: I – Certo. Prestem atenção a esta definição de motivação. Quando a afirmativa fala em força intrínseca, fez uma pegadinha. Aqui, não falamos dos dois fatores de Herzberg, e sim do fato de que a motivação é uma força interna ao indivíduo que o impulsiona à ação. II – Errado. Estímulos são energias externas, não internas, que podem gerar uma resposta do indivíduo. Na motivação, o estímulo é associado às teorias do condicionamento humano, como, por exemplo, o behaviorismo. Tais teorias trabalham essencialmente com o binômio estímulo-resposta. III – Certo. A teoria da expectativa prevê que o indivíduo, ao relacionar três fatores (valência, expectativa e força) irá avaliar se vale a pena ter determinado desempenho e alcançar determinada recompensa. IV – Certo. A teoria de Maslow é conhecida por teoria da hierarquia das necessidades ou por teoria das necessidades humanas. V – Errado. Cada indivíduo pode ter motivações diferentes, dependendo de suas percepções, contexto individual etc. Questão 4 (Esaf / STN 2005) Uma forma de analisar o desempenho do indivíduo no trabalho é conhecer suas necessidades, interesses e aptidões. Outra é, analisar o tipo de fator, motivacional ou higiênico, preponderante na organização. Selecione a opção que explicita corretamente o significado do enunciado. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 18 a) Fator higiênico refere-se ao exercício da responsabilidade. b) Fator motivacional refere-se a política de remuneração adotada pela empresa. c) O desempenho do indivíduo depende do conhecimento acumulado na empresa. d) Necessidades, interesses e aptidões dizem respeito à motivação externa do indivíduo. e) O desempenho do indivíduo depende de motivos internos e externos. 4. Gabarito: E. A teoria bifatorial de Herzberg diz que a ação humana decorre de dois fatores principais: os higiênicos (“motivos externos”) e os motivacionais (“motivos internos”). Questão 5 (Esaf / STN 2008) São características das teorias motivacionais de Maslow e Herzberg, respectivamente: a) as necessidades humanas podem ser colocadas em uma hierarquia de importância; e há uma alta correlação entre a necessidade de realização e o desenvolvimento eficaz da organização. b) as necessidades mais básicas do homem são as fisiológicas e as de segurança; e os administradores com grande poder usam esses poderes mais em benefícios de si próprios que da organização. c) as necessidades obedecem a uma hierarquia que pode ser influenciada pela cultura; os fatores motivadores relacionam-se com o contexto do trabalho. d) uma necessidade satisfeita não motiva mais o comportamento; e existem fatores que não motivam, mas que contribuem para a insatisfação se não estão presentes. e) a motivação gera grande necessidade de feedback para a organização; e um homem motivado deixa de se importar com as pequenas dificuldades do dia-a- dia, ainda que sejam perenes. 5. Gabarito: D. A alternativa correta enuncia que, para Maslow, uma necessidade satisfeita não motiva mais o comportamento, que passa a ser direcionado pelo nível superior da hierarquia das necessidades; e enuncia que, para Herzberg, um homem motivado é orientado por fatores intrínsecos, mesmo que haja dificuldades e pequenas barreiras exteriores. Questão 6 (Esaf / EPPGG-MPOG 2009) Ao adotar o estilo de liderança da Teoria Y, um gestor de pessoas: a) estimula a criação de várias equipes de trabalho, fazendo questão de presidir todas elas. ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 19 b) não se furta a usar o poder da autoridade para resolver um conflito, se necessário. c) como principal instrumento motivacional, vale-se de punições ou recompensas salariais. d) estimula o desenvolvimento de competências, já que boa parte dos indivíduos não se interessa por novos aprendizados. e) ao mesmo tempo que empodera os indivíduos e enriquece suas tarefas, centraliza as decisões. 6. Gabarito: B. Mesmo que adotemos um estilo de liderança baseado na Teoria Y, segundo a qual as pessoas são auto-motivadas, se interessam pelo trabalho, temos que lembrar um princípio geral da administração: os modelos têm que ser contextualizados e enfrentam diversas sutilezas na vida real. Mesmo num modelo de teoria Y, em que acreditamos no potencial criador dos subordinados, pode haver indivíduos ou situações com conflitos ou que exijam uma intervenção mais firme. A autoridade é inerente ao cargo de gestor de pessoas e, caso seja necessário, o gestor deverá usar tal poder. Questão 7 (Esaf / CGU 2008) A motivação é algo presente em nossa vida desde o momento que nascemos e seu entendimento tem-se constituído em um desafio para as pessoas que ocupam funções gerenciais. Assinale se as frases a seguir sobre motivação são verdadeiras ou falsas. I. Por motivação se entende uma força intrínseca que impulsiona na direção de alguma coisa. II. Estímulos são energias internas que determinam o comportamento dos indivíduos. III. A teoria de motivação conhecida como teoria da expectativa relaciona desempenho com recompensa. IV. A teoria de motivação de Maslow é conhecida como teoria das necessidades humanas. V. As motivações para o trabalho são iguais para indivíduos que exercem cargos do mesmo grupo ocupacional. Escolha a opção correta. a) I, II e III são verdadeiras. b) III, IV e V são falsas. c) II e V são verdadeiras. d) I, III e IV são verdadeiras. e) II, III e IV são falsas. 7. Gabarito: D. Vejamos as frases cobradas pela Esaf: I – Certo. Prestem atenção a esta definição de motivação. Quando a afirmativa fala em força intrínseca, fez uma pegadinha. Aqui, não falamos dos dois ADMINISTRAÇÃO GERAL PARA PROCON 2011 – CURSO PREPARATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO Prof. Flávio Pompêo www.pontodosconcursos.com.br 20 fatores de Herzberg, e sim do fato de que a motivação é uma força interna ao indivíduo que o impulsiona à ação. II – Errado. Estímulos são energias externas, não internas, que podem gerar uma resposta do indivíduo. Na motivação, o estímulo é associado às teorias do condicionamento humano, como, por exemplo, o behaviorismo. Tais teorias trabalham essencialmente com o binômio estímulo-resposta. III – Certo. A teoria da expectativa prevê que o indivíduo, ao relacionar três fatores (valência, expectativa e força) irá avaliar se vale a pena ter determinado desempenho e alcançar determinada recompensa. IV – Certo. A teoria de Maslow é conhecida por teoria da hierarquia das necessidades ou por teoria das necessidades humanas. V – Errado. Cada indivíduo pode ter motivações diferentes, dependendo de suas percepções, contexto individual etc. 4. Gabarito 1.D; 2.A; 3.D; 4.E; 5.D; 6.B; 7.D.
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