Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiopatologias do Sistema Endócrino I [Hipófise (GH), Adrenais e Paratiróide] Profa Dra. Gisele Giannocco Aula 1 Funções do Sistema Endócrino Hormônios Crescimento e o desenvolvimento Reprodução Regulação do meio interno (homeostasia) Produção, utilização e estoque de energia Hormônios Substâncias químicas não nutriente capazes de conduzir determinada informação entre uma ou mais células e induzir uma resposta celular. céls endócrinas =======���� glândula =======����hormônio agrupadas Baixas concentrações (Altamente potentes) As Glândulas Endócrinas Saladin, Anatomy & Physiology:The Unity of Form and Function, 3ª edição Hipotálamo Hipófise Pineal Tireóide Paratireóide Pâncreas Adrenal Ovário Testículo Retroalimentação Negativa -- - Hipotálamo Hipófise Glândula Endócrina -+ + + TRH TSH Produto: T4 e T3 T4 e T3 TSH Tireóide SS Situação em que o produto final de uma reação inibe a sua própria produção. Remove o estímulo inicial Controle da Produção dos Hormônios Regulação pelo Produto A produção e liberação de um determinado hormônio pode ser regulada pelos níveis circulantes do substrato (nutrientes ou íons) que ele controla. Níveis normais de glicose 99 - 70 mg/dL Insulina Glucagon Cortisol Hormônio do crescimento Epinefrina Níveis normais de cálcio Calcitonina Paratormônio 10,6 - 8,8 mg/dL Rang & Dale, Farmacologia, 7ª edição Mecanismos de Ação dos Hormônios Hormônio do crescimento (GH), insulina. IGF-1. Testosterona, estradiol, progesterona, cortisol, vitamina D Epinefrina, hormônios hipotalâmicos e hipofisários, paratormônio, calcitonina, glucagon. Tipos de distúrbios endócrinos Os distúrbios podem ser: Primários Originam-se na glândula, célula ou tecido responsável pela produção hormonal. Secundários Produção de hormônio alterada devido a níveis alterados de hormônios estimulantes ou fatores de liberação do sistema hipofisário Terciários Resulta de disfunção hipotalâmica, afetando tanto a produção de hormônios hipofisários quanto dos órgãos- alvo Hipofunção Defeitos congênitos ↓ Ausência ou mal desenvolvimento da glândula Isquemia, Infecção, inflamação, doença auto-imune ou neoplasias ↓ Destruição da glândula Envelhecimento ↓ Declínio da função da glândula Tratamento com drogas ↓ Atrofia da glândula Defeito de receptores ↓ Ausência de ação hormonal (Resistência aos hormônios) Hormônios biologicamente inativos ↓ Ausência de ação hormonal Hiperfunção Geralmente associada à produção hormonal excessiva: • Estimulação excessiva das células endócrinas; • Hiperplasia da glândula endócrina; • Tumor da glândula capaz de produzir hormônios. Hormônio do crescimento (GH) e Fator de crescimento insulina símile-1 (IGF-1) 1. autópsia & distúrbios do crescimento 2. estudos em animais de experimentação Após →→→→ alterações metabólicas Antes →→→→ nanismoPUBERDADE - extratos de hipófise - remoção cirúrgica (hipofisectomia) Histórico PUBERDADE Antes →→→→ gigantismo Após →→→→ acromegalia Hipotálamo e a Hipófise Margarida de Melo Aires, Fisiologia, 3ª edição Núcleos hipotalâmicos Somatotrofos mulher homem GH IGF-1 ↓↓↓↓ Captação de glicose ↑↑↑↑ Captação de glicose e aminoácidos ↑↑↑↑ Crescimento linear ↑↑↑↑ colágeno, síntese protéica ↑↑↑↑ Tamanho e no de células ↑↑↑↑ Tamanho e função dos órgãos ↑↑↑↑ Síntese de DNA, RNA e proteínas Age em todos os tecidos GH e IGF-1 ↑↑↑↑ Lipólise ↑↑↑↑ Massa muscular IGF-1 Regulam o crescimento e o metabolismo ↑↑↑↑ Neoglicogênese Condrócitos ↑↑↑↑ Lipase horm. sensível Condrócitos Osteoblastos Disco epifisário Regulação da Secreção do GH + + Arginina + Hipoglicemia + H.T. - AGL + Endorfinas Margarida de Melo Aires, Fisiologia, 2ª edição + Sono de ondas lentas + VIP + Exercício físico Margarida de Melo Aires, Fisiologia, 2ª edição Secreção do GH • pulsátil • diminui com a idade (↑↑↑↑Somatostatina) • rítmo ultradiano • intervalos variáveis - Isakssom, Binder, Hall, Hokfelt, Growth Hormone Basic and Clinical Aspects, 1997 6 anos de idade 37 anos de idade G H n o p l a s m a n g / m L G H n o p l a s m a n g / m L Crescimento Margarida de Melo Aires, Fisiologia, 2ª edição Importância relativa dos hormônios no crescimento humano Idade (anos) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 Hormônio do crescimento Hormônios Tiroidianos Androgênios e estrogênios Crescimento Pós-Natal Alterações da Secreção de GH na Infância Você é XX e tem menos que 1,40 m ou XY e menos que 1,45 m? Peter Dinklage Ator Natália Cruz Mídia social Falta ou deficiência de GH na infância NANISMO 1- ESTATURA NORMAL AO NASCER, SEGUIDO DE ↓ DA TAXA DE CRESCIMENTO; 2- BAIXA ESTATURA; 3- OBESIDADE; 4- TRAÇOS FACIAIS IMATUROS; 5- RETARDO NA MATURAÇÃO ÓSSEA; 6- EM NEONATOS: HIPOGLICEMIA E CONVULSÕES. 7- DEFICIÊNCIA DE GH ~ 1:3500; 8- MENINOS:MENINAS – 2,5:1; Características Menina 18 cm mais baixa que a irmã que é apenas 1 ano e meio mais velha. Distúrbios do Crescimento devido a problemas na liberação do GH Local do defeito Condição clínica Hipotálamo Deficiência de GHRH (idiopático), tumores hipotalâmicos ou defeitos congênitos. Hipófise Displasia, agenesia, trauma, cirurgia ou tumor da glândula hipófise; defeito do gene do GH ou nos fatores de transcrição; Pan-hipopituitarismo. Locais de produção do IGF Deficiência primária de IGF; defeito do receptor do GH (síndrome de Laron = ↑ GH e ↓ IGF); Deficiências na via de sinalização do GH Cartilagem Insuficiência de crescimento induzida por glicocorticoides; Resistência ao IGF-1. Gardner & Shoback, Endocrinologia Básica e clínica, 9ª edição Diagnóstico Diagnóstico Razões HISTÓRICO FAMILIAR Peso ao nascimento e idade gestacional; Abuso pré-natal de substâncias tóxicas; Complicações do parto; Estaturas familiares; Idade da puberdade ou menarca da família; Doenças crônicas; Dieta. EXAME FÍSICO Sinais de síndromes; Peso e IMC; Exame neurológico. EXAMES LABORATORIAIS Painel bioquímico; Hemograma; T4 e TSH para excluir o hipotireoidismo; cariótipo; IGF-1 entre outros. EXAME RADIOGRÁFICO Idade óssea; RM para determinar a presença de tumor no SNC. EXAMES DO GH Apenas quando outros diagnósticos falham ou apenas na suspeita de gigantismo Gardner & Shoback, Endocrinologia Básica e clínica, 9ª edição Idade Óssea Pode ser determinada pela radiografia dos ossos e pela determinação de que ossos sofreram o fechamento epifisário. Tratamento Reposição com hGH recombinante GH é injetável Nome genérico: somatropina 191 aa Excesso da secreção de GH na Infância Excesso da secreção de GH na Infância Gigantismo Excesso de GH na infância ↓ Antes da fusão das epífises dos ossos longos ↓ ↑IGF-1 Crescimento da cartilagem/ósseo excessivo Robert P. Wadlow ao lado do irmão Aos 20 anos, ao lado da mãe. GIGANTISMO 1- CRESCEM EXCESSIVAMENTE RÁPIDO; 2- ALTA ESTATURA; 3- CAUSA PRINCIPAL: SECREÇÃO EXCESSIVA DE GH POR ADENOMAS SOMATOTRÓFICOS; 4- INTOLERÂNCIA À GLICOSE, DIABETES MELITO, HIPOGONADISMO, TIREOMEGALIA; Características Robert Wadlon chegou a medir 2,72 m. Gigantismo Causa principal: Secreção excessiva de GH por adenomas somatotróficos Richard Kiel Excesso da secreção de GH pós-puberdade Excesso da secreção deGH pós-puberdade Acromegalia Excesso de GH na Puberdade ↓ Depoisda fusão das epífises dos ossos longos ↓ ↑IGF-1 Crescimento da cartilagem/ósseo excessivo em ossos chatos, o qual ainda apresentam cartilagem ACROMEGALIA ETIOLOGIA 1- ADENOMAS SOMATOTRÓFICO (75% MACRO E 25% MICROADENOMAS; 2- ↑↑↑↑ SECREÇÃO DE GHRH POR TUMORES HIPOTALÂMICOS; 3- SECREÇÃO ECTÓPICA DE GHRH POR TUMORES NÃO ENDÓCRINOS (CÂNCER DE PULMÃO); 4- SECREÇÃO DE GH POR TUMORES NÃO ENDÓCRINOS. ACROMEGALIA PATOGENIA 1- OS TECIDOS MOLES CONTINUAM A CRESCER = VISCEROMEGALIA; 2- ↑↑↑↑ PEQUENOS OSSOS DAS MÃOS E DOS PÉS; 3- ↑↑↑↑ OSSOS MEMBRANOSOS DA FACE E DO CRÂNIO; • Isto leva a: • Aumento acentuado das mãos e dos pés • Nariz largo e bulboso • Maxilar inferior em protusão (prognatismo) • Testa inclinada Acromegalia Prognatismo: Projeção do queixo adiante do plano frontal Acromegalia Macroglossia Língua na acromegalia vs. língua normal A língua da direita provém de um paciente com adenoma da hipófise, que secretava hormônio de crescimento (GH). Isto causou acromegalia, da qual faz parte a macroglossia demonstrada. ACROMEGALIA PATOGENIA 1- SEPARAÇÃO DOS DENTES→ distúrbio da mordida e dificuldade de mastigação; 2- ↑↑↑↑ DAS ESTRUTURAS CARTILAGINOSAS DA LARINGE E DO TRATO RESPIRATÓRIO → Voz mais grossa e tendência ao desenvolvimento de bronquites 3- CRESCIMENTO ÓSSEO EXCESSIVO → Artralgias e artrite degenerativa da coluna, quadris e joelho 4- ↑↑↑↑ CORAÇÃO E A ATEROSCLEROSE → Podem levar à morte prematura Separação dos dentes Vance M. Acromegaly: a fascinating pituitary disorder. Neurosurg Focus 2010;29(4):1. ACROMEGALIA PATOGENIA - METABOLISMO 1- ↑↑↑↑ LIBERAÇÃO DE AGL PELO TECIDO ADIPOSO → ↑ DE AGL CIRCULANTES; 2- ↑↑↑↑ A FORMAÇÃO DE CORPOS; CETÔNICOS E UTILIZAÇÃO DE AGL P/ PRODUÇÃO DE ATP; 3- ↓↓↓↓ CAPTAÇÃO DE GLICOSE PELOS TECIDOS; 50% intolerância à glicose 10-25% com Diabetes Mellitus 4- ↓↓↓↓ PRODUÇÃO DE GLICOSE PELO FÍGADO 5- ↓↓↓↓ SECREÇÃO DE INSULINA 6- ↑↑↑↑ A OLEOSIDADE DA PELE ↑↑↑↑ IGF Hiperglicemia GH e o Metabolismo dos carboidratos Hiperinsulinemia Diabetes Mellitus •Efeitos similares à insulina •Efeitos antagônicos à insulina (PEPCK-gliconeogênese) gliconeogênese+ glicose hepática Resistência à insulina Interfere na via de sinalização da insulina, pós receptor (Ser-P) ↓ utilização de glicose Tratamento: Gigantismo e Acromegalia Cirurgia (se o tumor for pequeno – transfenoidal); Radioterapia de hipófise; Análogos de somatostatina*; Análogos de SS de ação prolongada Sandostatin, LAR, Lanreotida, Bromocriptina Análogos de dopamina Cabergolina, quinagolida. *Nome genérico: acetato de octreotida Objetivo: Correção das anormalidades metabólicas Prognóstico Com o tratamento: • Redução das alterações metabólicas; • Interrupção das deformações físicas. Diminuição não patológica da secreção do GH na vida adulta Perda de elasticidade → Emagrecimento, flacidez e enrugamento da pele Perda de massa óssea → Osteoporose Perda de força muscular→ Debilidade e fraqueza Tecido gorduroso aumentado → Acúmulo de gordura (visceral) Perda de contratilidade do músculo cardíaco → Falência miocárdica Perfil lipídico desfavorável→ Aumento do Colesterol e redução do HDL Resistência à insulina Perda de disposição física e mental Perda do vigor sexual e libido Senescência Uso de GH Exógeno Madonna Ronaldo Arnold Schwarzenegger Adrenais ou Supra-renais Anatomia Medula Adrenal Córtex Adrenal Cápsula fibrosa Peritônio 90% 10% Histologia 15% 75% 10% Glicorticóides Aldosterona Catecolaminas Hormônios Sexuais Regiões da Glândula Adrenal Medula Córtex Hormônios da Adrenal ↑↑↑↑ Gliconeogênese ↑↑↑↑ Glicemia Músculo ↓↓↓↓ utilização de glicose e aa Tecido Adiposo ↑↑↑↑ AGL e ↑↑↑↑ glicerol Fígado SNC ↑↑↑↑ Disponibilidade de aa na circulação Ação do Cortisol Ação da Aldosterona Aumento da natremia (concentração de sódio no sangue) • Transporte ativo de sódio da para o espaço extracelular • Reabsorção passiva de sódio de filtrado urinário Diminuição da calemia (concentração de potássio no sangue) • ���� da reabsorção de cloro do filtrado urinário • ���� da excreção de potássio para o filtrado urinário • Secreção de ions de H+ para o filtrado urinário Aumento da pressão arterial e da volemia (volume de sangue circulante) • ���� de reabsorção de água Distúrbios das Glândulas Supra- renais Síndrome de Cushing Conjunto de alterações decorrentes de Hipercortisolismo Forma Hipofisária ↑↑↑↑ ACTH Forma Supra-renal Resultante de tumor benigno ou maligno da glândula Forma Ectópica Resultante de tumor não hipofisário secretor de ACTH www.nebenniere.de/infoarzt-cushing.htm Síndrome de Cushing Aterações emocionais – variam de euforia leve à um quadro psicótico Aumento da sela túrcica Face de lua Osteoporose – degradação das proteínas ósseas e alteração do metabolismo do cálcio Hipertrofia cardíaca – Hipertensão (decorrente da retenção de sódio – efeito mineralocorticóide) Corcova de búfalo Obesidade (central) Tumor ou hiperplasia da adrenal Pele fina e/ou enrugada – catabolismo do tecido subcutâneo Estrias abdominais, podendo ocorrer também nos seios e coxas Amenorréia Fraqueza muscular – catabolismo protéico ���� lib. de aa pelo músculo, e desgaste muscular Púrpuras e petéquias Úlceras e feridas – cicatrização prejudicada Fígado ���� gliconeogênese com os aa e são transformados em gordura. Rim ���� perda de cálcio na urina. Síndrome de Cushing Outros efeitos do hipercortisolismo: • > secreção gástrica – úlceras e sangramentos gástricos • Diabetes mellitus • Hipocalemia – excreção excessiva de potássio – efeito mineralocorticóide • Inibição inflamatória e imune - > suscetibilidade à infecções ↑ dos níveis de androgênios ↓ Hirsutismo, acne e irregularidades menstruais Síndrome de Cushing Mulher com adenoma hipofisário produtor de ACTH Observa-se: face de lua, corcova de búfalo, hirsutismo e cabelos mais ralos no couro cabeludo Síndrome de Cushing Tratamento • Ressecção cirúrgica do tumor – quando possível • Radioterapia hipofisária • Adrenalectomia – uni ou bilateral • Fármacos que inibem a síntese de esteróides Etomidato, mitotano, cetoconazol, metirapona e aminoglutetimida Objetivo: Remover ou corrigir a origem do hipercortisolismo Prognóstico Se não for tratada: • Evolui para morbidade grave – óbito • Elevado risco de suicídio Doença autossômica recessiva ↓ Deficiência em qualquer uma das enzimas necessárias à síntese do cortisol Hiperplasia Supra-renal congênita ou Síndrome Adreno-genital 2 deficiências enzimáticas mais comuns: 21-hidroxilase 11-β-hidroxilase Hiperplasia Supra-renal congênita ou Síndrome Adreno-genital 1. Forma virilizante simples: ↓ síntese de cortisol Síntese dos esteróides é desviada para síntese de androgênios 2. Forma com perda de sal ↓ síntese de cortisol e de aldosterona Leva à distúrbios hidroeletrolíticos depois do 5º dia de vida: hiponatremia, hipercalemia, vômito, desidratação e choque Síntese excessiva de androgênios ↑ Síntese de 11-desoxicorticosterona que tem ação mineralocorticóide. Leva à: hipertensão Hormônios da Adrenal Hormônios da Adrenal Leva à virilização em lactentes do sexo feminino Hiperplasia Supra-renal Congênita ou Síndrome Adreno-Genital Hipertrofia do clitóris e fusão parcial das pregas labioescrotais – pseudo-hermafroditismo feminino • Reposição oral ou parenteral do cortisol • Administração de mineralocorticóidespara crianças com perda de sal • Em caso de virilização: cirurgia reconstrutiva durante os 2 primeiros anos de vida Tratamento 2 FORMAS: PRIMÁRIA SECUNDÁRIA Insuficiência Cortical da Supra-renal DOENÇA DE ADDISON Destruição das adrenais Decorre de distúrbio do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal Destruição autoimune de todas as camadas do córtex da adrenal Doença de Addison Causas comuns: • Tuberculose • Carcinomas metastáticos • Infecções fúngicas • Infecções virais: HIV, citomegalovírus • Doença amilóide • Hemocromatose (acúmulo de ferro tecidual decorrente de excesso no organismo) Deficiência de mineralocorticóides: • Perdas urinárias de sódio, cloro e água • Menor excreção de potássio Leva à: • Perda de LEC, • ↓ débito cardíaco, • Hiponatremia, • Hipercalemia • Hipotensão ortostática, • Desidratação, • Fraqueza e fadiga. Pode evoluir para: choque e óbito Manifestações da Doença de Addison Deficiência de glicocorticóides: • Baixa tolerância ao estresse Leva à: • Hipoglicemia, • Letargia, • Fraqueza, • Febre • Sintomas gastrintestinais como anorexia, náusea, vômito e perda de peso Manifestações da Doença de Addison Aumento do ACTH: • Hiperpigmentação – ACTH tem sequência de aminoácidos semelhante à do hormônio melanócito estimulante (α-MSH) Leva à aparência de: • Pele bronzeada de sol • Gengivas e mucosas orais negro-azuladas Manifestações da Doença de Addison Manifestações da Doença de Addison • Reposição oral de glicocorticóide e mineralocorticóide Tratamento Paratiroides A Glândula Paratiroide 1. Células principais: são arredondadas com citoplasma homogêneo e levemente acidófilo, produtoras de paratormônio (PTH). 2. Células oxífilas: são maiores com citoplasma acidófilo e aparecem na puberdade, aumentando progressivamente em número com o avançar da idade. Não secretam PTH e têm função ainda desconhecida. Todas as células dispõem-se em arranjo cordonal, entremeadas por lóbulos de tecido gorduroso. Cálcio •••• Coagulação sanguínea •••• Sinalização intracelular •••• Manutenção do potencial de membrana •••• Transmissão sináptica •••• Contração muscular •••• Exocitose, secreção hormonal •••• Formação de cristais de hidroxiapatita junto com o fosfato 5º elemento mais comum na Terra. 2% do peso corporal 99% encontrado nos ossos 1% dentes, compartimento intracelular 0,1% no compartimento extracelular Climáterio Necessidades Diáriais de Cálcio de Acordo com a Idade 1200 - 1500 mg/dia 400 - 800 mg/dia 1200 - 1500 mg/dia 800 - 1000 mg/dia GestaçãoCrescimentoAdulto Fósforo •••• Estrutura e função das membranas •••• Sinalização intracelular •••• Regulação metabólica •••• Armazenamento e decodificação do código genético •••• Sustentação •••• Metabolismo energético 1% do peso corporal 86% encontrado nos ossos 14% nos líquidos intracelulares 0,03% nos líquidos extracelulares Cálcio Fosfato Proporção: 2:1 Proporção entre Cálcio e Fosfato extracelulares Calcitonina Paratormônio - PTH Calcitriol Tiroide Paratiroide Pele, fígado e rim ↑↑↑↑ Calcemia ↓↓↓↓ Calcemia 1,25-dihidróxi-vitamina D Hormônios Calciotrópicos Efeitos Biológicos do PTH Intestino delgado Molina, Fisiologia Endócrina, 2ª edição 40% do cálcio absorvido é pelo PTH ↑↑↑↑ indiretamente a reabsorção de Ca++ ↑↑↑↑ a síntese de 1,25- (OH)2-D. Efeitos Biológicos do PTH →→→→ ↑↑↑↑ Reab. de Ca++ →→→→ ↓↓↓↓ Reab. de PO4-- →→→→ ↑↑↑↑ ativação de Vit D →→→→ Fase rápida: osteólise osteocística →→→→ Fase tardia: ↑↑↑↑ atividade osteoclástica Túbulo distal PTH Intestino (indireta) Absorção cálcio OSSO Reabsorção Óssea RIM Reabsorção Cálcio Reabsorção Fosfato Ativa Vitamina D ↓↓↓↓ Osteoclasto: ↓↓↓↓ reabsorção óssea. Diminui as concentrações plasmáticas de cálcio. Rim: inibe a reabsorção tubular renal de cálcio. This immunoperoxidase stain with antibody to calcitonin identifies the "C" cells (parafollicular cells) of the thyroid interstitium between the follicles or adjacent to the epithelium of follicles. Calcitonina Calcitonina osteoclasto Mudanca na mobilidade e forma do osteoclasto o inativando. Inibe Reabsorção Óssea Inibe reabsorção renal cálcio e fosfato Osso Reduz Calcemia e Fosfatemia Dieta/produção na pele colesterol lanoesterol Ergosterol 7-desidrocolesterol Pré-vitamina D3 Raios ultravioleta vitamina D3 calor vegetais animais Vitamina D ou Calcitriol vitamina D3 fígado 25 (OH) D3 RINS 1αααα hidroxilase 24- hidroxilase 24,25 (OH)2D inativa 1,25 (OH)2 vitD ativa CORRENTE SANGÜÍNEA 2ºhidroxilação 1º hidroxilação DIETA Vitamina D ou Calcitriol INTESTINO OSSOS RINS ↑↑↑↑ absorção de cálcio, fosfato e magnésio ↓↓↓↓ Atividade da 1αααα hidrosilase ↑↑↑↑ atividade osteoclástica ↑↑↑↑ elementos envolvidos na mineralização Vitamina D ou Calcitriol INTESTINO Absorção Cálcio e Fosfato OSSO Potente Indutor de Reabsorção Regula mineralização RIM Reabsorção de Cálcio Opõe-se ao efeito fosfatúrico Calcitriol Raquitismo é uma doença do metabolismo da Vitamina D, vital para a mineralização óssea. Deficiência de Vitamina D na dieta é a forma mais comum de raquitismo mas também pode ser devido a alterações genéticas que afetam os vários aspectos do metabolismo da Vitamina D. Raquitismo Alterações das Paratiroides Hipoparatireoidismo ↓ � Ressecção cirúrgica � Neoplasias � Auto-imune � Pós-radiação � Supressão de PTH - hipercalcemia Hiperparatireoidismo ↓ � Primário � Secundário � Terciário Tipos de Alteração Hiperparatiroidismo Resultado da hipersecreção persistente do paratormônio podendo ser Primário ↓ Afeta as Paratireóides: � Adenoma � Hiperplasia � Carcinoma Secundário ↓ Estímulos extraglandulares: � Hipocalcemia � Doenças renais: ↓ da síntese de calcitriol e↓reabsorção renal Terciário ↓ Proliferação autônoma das células em pacientes portadores de hiperparatireoidismo secundário Hiperparatiroidismo Paratireóide normal Hiperplasia da Paratireóide Prospero JD et al. Acta ortop. bras. (17): 2, 2009 doi: 10.1590/S1413-78522009000200011 Prospero JD et al. Acta ortop. bras. (17): 2, 2009 Adenoma de Paratiroide Sinais e Sintomas � Hipercalcemia e hipercalciúria: formação de cálculos renais � Reabsorção óssea crônica: � Desmineralização difusa, � Fraturas, � Lesões ósseas císticas. Complicações � ↑ Níveis séricos de cálcio � ↑ Níveis séricos do PTH � Exames de imagem das paratireóides Diagnóstico Prospero JD et al. Acta ortop. bras. (17): 2, 2009 Reabsorção Óssea Prospero JD et al. Acta ortop. bras. (17): 2, 2009 Osteíte Fibrocística Prospero JD et al. Acta ortop. bras. (17): 2, 2009 Cálculos Renais � Resolução da hipercalcemia com ↑ da ingestão hídrica � Tratamento com bifosfonatos – inibidores da reabsorção óssea � Tratamento com calcitriol – supressão da síntese de PTH e controle do crescimento da glândula � Evitar ingestão de anti-ácidos contendo cálcio, diuréticos tiazídicos que ↑ a reabsorção de cálcio pelo rim � Paratireoidectomia Tratamento Hipoparatiroidismo � Ressecção cirúrgica � Neoplasias � Auto-imune � Pós-radiação � Supressão de PTH - hipercalcemia Etiologia � Tetania com câimbras musculares � Espasmo carpopedal (sinal de trousseau) � Convulsões � Parestesias da área perioral, mãos e pés � Hipotensão� Insuficiência cardíaca � Letargia � Ansiedade e alterações da personalidade � Visão turva devido à cataratas � Tremores decorrentes da calcificação dos gânglios da base Sinais e Sintomas Relacionados à hipocalcemia HIPOparatireoidismo Deficiência de Vitamina D Hipocalcemia Aplicação, com esfingmomanômetro, de pressão 20 mmHg acima da pressão sistólica por 3 min., causa contração generalizada dos músculos do antebraço e flexão do pulso. Sinal de Trousseau � ↓ Níveis séricos de cálcio � ↑ Níveis séricos de fosfato � ↓ Níveis séricos do PTH � ↓ Níveis séricos de magnésio Diagnóstico � Hipoparatireoidismo crônico: ingestão oral de cálcio e vitamina D; �Tetania – gliconato de cálcio endovenoso e ingestão oral de sais de cálcio e vitamina D; � Hipomagnesia: reposição de magnésio; � Monitoramento constante dos níveis séricos de cálcio – para evitar hipercalciúria e lesões renais. Tratamento Bibliografia � AIRES, M. M. Fisiologia, 4ª ed., Ed. Guanabara Koogan/GEN, 2012. � KOEPPEN, B. M. & STANTON, B. A.. Berne & Levy: Fisiologia, 6ª ed., Ed. Elsevier, 2009. � McPHEE, SJ.; GANONG, WF. Fisiopatologia da doença: uma introdução à medicina clinica. 5ª ed. McGraw-Hill - LANGE, 2007. � KUMAR V., ABBAS A.K., FAUSTO N. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das doenças. 8ª ed. Elsevier, 2012. � Departamento de Anatomia Patológica da Unicamp, disponível em http://anatpat.unicamp.br/. � CENTERS OF DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Disponível em: http://www.cdc.gov/.
Compartilhar