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Resenha sobre "O turismo nas favelas de Copacabana: percursos narrativos"

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza 
Instituto de Geociências 
Departamento de Geografia 
Geografia e História 
Professora: Ana Maria Daou 
Aluno: Rita Maria Cupertino Bastos 
 
 Resenha sobre "O turismo nas favelas de Copacabana: percursos narrativos" 
 O tema "O turismo nas favelas de Copacabana: percursos narrativos", desenvolvido por 
Lívia Simões de Castro, Paulo Cesar da Costa Gomes, Letícia Parente Ribeiro e Rafaela Alcântara da 
Silva disserta sobre os roteiros turísticos nas favelas de Copacabana: Pavão Pavãozinho, Cantagalo, 
Morro dos Cabritos e Ladeira dos Tabajaras. A partir do anos 1990, houve um aumento na procura 
de turismo nas favelas, sendo o Vidigal, a Rocinha e o Santa Marta as mais visitadas. 
 Turismo é o deslocamento de um lugar habitual para um lugar extraordinário e o Rio de 
Janeiro é um destino muito diversificado. As favelas são áreas historicamente estigmatizadas como 
violentas e que deveriam ser evitadas. Esse conceito vem sendo modificado com o reconhecimento 
da favela como parte da cultura popular e com o planejamento de roteiros turísticos conectando a 
favela ao restante da cidade, que antes eram espaços descontínuos. Entretanto, boa parte das 
agências de turismo não integram as favelas em seus roteiros com a justificativa de serem locais de 
criminalização e instabilidade. Nas favelas da pesquisa, a primazia era a de agentes moradores das 
favelas realizando os roteiros. 
 Nas favelas de Tabajaras e Cabritos havia exaltação e personificação do que era local, 
uma interface cidade e natureza, valorização da fauna e da flora e o foco era da imagem visual que 
se obtinha da cidade estando no topo do morro. Já no Pavão Pavãozinho e no Cantagalo, havia um 
contraste entre a visão da cidade formal e do interior da favela, valorização do local assim como nas 
favelas anteriores, maior integração entre visitantes e moradores e o roteiro era focado na história 
do morro e nos relatos de precariedade ainda existentes, como saneamento precário e deficiência 
no abastecimento de água. 
 Pode-se concluir que a estigmatização histórica de que as favelas são áreas a serem 
evitadas e que colocam em risco a segurança da população vem sido derrubada devido essa 
refuncionalização do espaço antes apenas de habitação e agora, também, de turismo.Também há 
uma singularidade em cada favela, criada a partir da sua geografia com relação a cidade e da sua 
história, acarretando em diferenças entre os elementos centrais nos roteiros turísticos, podendo ser 
a história da favela em si ou a vista da cidade.

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