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FARMACOLOGIA II ROTEIROS DE ESTUDO NEUROFARMACOLOGIA 2017/2 PROFa. RESPONSÁVEL: ELINE MATHEUS SALA 01 – BLOCO J – CCS elinematheus@terra.com.br elinematheus@hotmail.com 2 1° SEMINÁRIO: OPIÓIDES – 02/10/2017 1. Através da figura abaixo explicar a condução da dor e o mecanismo de ação dos fármacos opióides 2. Quais os parâmetros importantes que podemos tirar da curva dose x efeito abaixo (lembre-se do que foi dado em FI) e avalie-os de acordo com os fármacos representados no gráfico. 3 3. Caso clínico 1: A.M.C., 50 anos, do sexo masculino, submeteu-se à cirurgia odontológica para remoção de cisto de grande volume, identificado radiograficamente. O ato cirúrgico constou de remoção de tábua óssea sob irrigação, curetagem do cisto e apicetomia do dente 33. No período pós-operatório, apresentou edema e dor forte e constante. Não foi possível receitar anti-inflamatório, pois o paciente era portador de úlcera péptica, estando em tratamento com antiulcerosos. Optou-se, então, pela aplicação de gelo no local e emprego de uma associação de codeína e paracetamol, enquanto persistisse a dor. PERGUNTAS: a) Qual a vantagem desta associação analgésica? b) A presença de paracetamol nesta associação acarreta maior dano digestivo ao paciente? c) Quais os efeitos adversos potenciais com o uso desta associação? Há risco de dependência física e de o paciente tornar-se adicto ao opióide? 4, Caso clínico 2: Um homem de 18 anos é levado ao serviço de emergência depois de ter sido encontrado irresponsivo na rua. Ele encontra-se letárgico e não responde as perguntas. Durante o exame, sua freqüência cardíaca é de 60 bpm e a freqüência respiratória de 8 rpm e superficial. Suas pupilas estão puntiformes e não reativas. Existem várias marcas de trajeto intravenoso em seus braços bilateralmente. O médico da emergência conclui que o paciente estava num quadro de overdose de algum opióide. PERGUNTAS: a) Qual(is) o(s) tratamento(s) indicado(s) para esse paciente? b) Como o(s) fármaco(s) sugerido(s) na questão anterior atua(m)? 5. Caso clínico 3: Um homem de 60 anos com história de DPOC moderada dá entrada na emergência com uma fratura no quadril após acidente de carro. Ele reclama de dor severa. PERGUNTAS: a) Qual o tratamento mais apropriado para esse paciente? b) Quais são precauções necessárias? 6. Caso clínico 4: A.L.M, 42 anos, masculino, branco, divorciado, médico. Aos 40 anos enfrentou uma série de problemas familiares que o levaram ao divórcio, os quais vieram se superpor à frustração de sua incompleta realização profissional. Já abusava, previamente, de bebidas alcoólicas, além de ser fumante. Nessa época, fez uma cirurgia ortopédica, tendo usado meperidina no pós-operatório. A partir da alta hospitalar, passou a fazer uso de propoxifeno por via parenteral, inicialmente com objetivo analgésico e, após, em adição e substituição às bebidas alcoólicas. Usou doses progressivamente maiores e mais freqüentes de propoxifeno, substituindo-o, adiante, por meperidina e morfina, cujas doses também tiveram de ser aumentadas para a obtenção dos efeitos euforizantes. Conseguia os medicamentos com receituário próprio e em hospitais. Na falta eventual destes fármacos, tornava-se irriquieto, ansioso e tinha dificuldade para dormir. Em uma ocasião, ficou 24 horas sem usar opióides, o que determinou acentuação das manifestações descritas e o surgimento de espirros incoercíveis, náuseas, vômitos e calafrios. O próprio tinha consciência de sua dependência física aos opióides. Tendo procurado atendimento em serviço especializado neste tipo de problema, recebeu o seguinte tratamento: a) hospitalização inicial; b) administração de metadona, numa dose inicial de 10mg por via oral, com avaliação das necessidades de manutenção, de acordo com a evolução c) uso de clonidina (dose entre 0,3-1,2 mg/dia) PERGUNTAS: 1) Por que o paciente teve que fazer uso de doses progressivamente aumentadas de opióides para obter os efeitos euforizantes? 2) Explique o mecanismo de gênese das manifestações apresentadas pelo paciente quando da falta de opióides 3) Justifique a indicação de metadona feita no tratamento do paciente 4 4) Comente o uso de clonidina nesse caso? 5) Comente a indicação da naloxona nesse paciente. 7.Observe as estruturas abaixo, discuta as diferenças entre elas (família química) e as características farmacodinâmicas. 5 2o SEMINÁRIO: ANESTÉSICOS LOCAIS - 09/10/2017 1.Discutir a influência do pH do meio extracelular para a ação dos anestésicos locais, utilizando a tabela abaixo (preencha a última coluna): 2.Discutir o bloqueio diferencial promovido pelos anestésicos locais, utilizando o gráfico ao lado. Os anestésicos foram aplicados por via epidural, avaliando-se o grau de bloqueio sensorial e motor. Explique a sensibilidade das fibras frente ao bloqueio. 3.Caso clínico 1: A.C.R., de 60 anos, necessitou de extração de dois restos radiculares, com vistas à instalação de prótese total. Na anamnese, o paciente referiu ser hipertenso leve e ter eventuais distúrbios do ritmo cardíaco, condições tratadas com beta-bloqueador (atenolol, 50 mg/dia). O dentista resolveu, então, anestesiá-lo com LIDOCAÍNA a 2% sem vasoconstritor. Necessitou-se de suplementação anestésica e houve grande sangramento local, dificultando o procedimento. Assim, para a segunda extração, o dentista solicitou ao médico do paciente um laudo de liberação para usar anestésico com vasoconstritor. PERGUNTAS: a) Por que foi necessária a suplementação? b) O dentista poderia ter utilizado outro anestésico ao invés da lidocaína? Qual? Justifique. c) Explique a razão do sangramento excessivo. d) Deve o dentista preocupar-se com o risco cardiovascular do uso de vasoconstritor associado a anestésico local neste paciente? e) Na sua opinião, qual o vasoconstritor seria mais adequado para este paciente? Explique comparando as substâncias utilizadas como vasoconstrictores em associação com anestésicos locais. 0 25 50 75 100 0 ,25 0 ,5 0 ,75 0 ,5 1,0 1,5 Concentração (%) B lo qu ei o (% ) sensorial motor ETIDOCAÍNABUPIVACAÍNA 6 4 - Caso clínico 2: Uma mulher de 30 anos apresenta-se no consultório para tratar uma unha encravada. Durante as 3 últimas semanas, ela teve piora progressiva da vermelhidão, inchaço e dor na área ao redor da unha do hálux (dedão) direito. Ao exame o médico observa que o canto distal, medial da unha do hálux direito está encravando. A pele na borda medial da unha está vermelha e sensível. Há drenagem purulenta visível. O médico prescreve uma semana de cefalexina oral e pede que retorne ao consultório. No acompanhamento o medico observou que a vermelhidão diminuíra bastante e não há mais drenagem. O médico corrige cirurgicamente a unha encravada depois de fazer uma anestesia local com lidocaína a 2% injetada para infiltrar os nervos digitais. PERGUNTAS: 1) Por que o tratamento da infecção aumenta a eficácia do anestésico local? 2) Qual o mecanismo de ação e as características físico-químicas da lidocaína? 7 3° SEMINÁRIO: ANESTÉSICOS GERAIS - 10/10/2017 1. Com base na tabela abaixo, relacione a CAM com a potência, tempo de início e término da ação dos anestésicos fármacos inalatórios. 2.Casoclínico 1: Um homem de 35 anos está na ala pré-cirúrgica do hospital sendo avaliado para uma posterior cirurgia de correção de hérnia. Nervoso, ele pergunta ao anestesiologista qual o tipo de “gás anestésico” será utilizado. Relata que tem medo de anestesia geral pois no ano anterior sua mãe desenvolveu graves problemas hepáticos após uma histerectomia. O paciente pergunta se pode ser utilizado apenas o óxido nitroso, pois ouviu falar que ele era um fármaco seguro e de uso “agradável”. Para acalmar o paciente, o anestesiologista propôs a realização do procedimento com anestesia local. a) Qual o anestésico mais provável de ter sido utilizado na cirurgia da mãe do paciente? Justifique sua resposta. b) A proposta do paciente de utilização do óxido nitroso poderia ser utilizada? O óxido nitroso é realmente um anestésico inalatório mais seguro que os demais? Justifique sua resposta. c) No caso da realização do procedimento com anestesia geral, poderia ser utilizado um anestésico intravenoso para a indução da anestesia? Qual? 3.Caso clínico 2: J.G., masculino, 23 anos, portador de feocromocitoma, PA: 190/120 mmHg, hematócrito 50% e funções renal e pulmonar normais. As catecolaminas estão elevadas e o tumor está bem definido. A cirurgia foi agendada e o anestesista precisa selecionar o anestésico. a) Qual o menos indicado para esse quadro? Explique. b) Qual o mais seguro pro paciente? Explique 4. O mecanismo de ação dos anestésicos gerais ainda não está totalmente esclarecido. Baseado nas figuras abaixo discuta os possíveis mecanismos envolvidos. 8 5. Uma mulher de 50 anos realizará uma colonoscopia e o procedimento, apesar de não ser uma cirurgia, exige o uso de anestésico geral. Na avaliação clínica feita previamente, a paciente relata não ser hipertensa e nem portadora de doença cardíaca, não ser diabética, não fumar há mais de 30 anos, mas ter asma. O procedimento foi realizado com a utilização de um anestésico venoso e um analgésico. 1) qual o anestésico mais seguro pra essa paciente? Explique sua resposta. 2) Mecanismo de ação do anestésico sugerido. 3) comente a indicação do analgésico para essa paciente. 9 4° SEMINÁRIO: ANOREXÍGENOS – 16/10/2017 1. Explique quais mediadores e como atuam no controle da fome e da saciedade? 2. Como são classificados e quais as principais características das estruturas químicas dos anorexígenos. 3. Discuta o mecanismo de ação, os efeitos, vantagens e desvantagens das seguintes substâncias já utilizadas no tratamento da obesidade: i. derivados da anfetamina (mazindol, anfepramona, femproporex) ii. sibutramina iii. orlistat 4. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2011, proibiu a prescrição e comercialização das 3 substâncias catecolaminérgicas (Anfepramona, Femproporex e Mazindol), mas no dia 05 de setembro de 2014 um decreto do Congresso suspendeu a resolução da ANVISA e os 3 foram, novamente, liberados. Sob a luz da farmacodinâmica e dos novos alvos terapêuticos, proponha um fármaco que na sua opinião seria “ideal” para o tratamento da obesidade comparando-o com os já existentes no mercado, inclusive os 3 citados na questão anterior. 5. As figuras abaixo avaliam 3 parâmetros observados com o uso de derivados anfetamínicos, explique-as lembrando dos conhecimentos da farmacocinética e farmacodinâmica. 6. Caso clínico: Uma mulher de 30 anos, diabética (tipo 1), medindo 1.65 m de altura pesando 80kg, sedentária e apenas fazendo uma dieta leve para controle da glicemia procurou um endocrinologista para emagrecer. O especialista prescreveu SIBUTRAMINA (pela manhã) + LORAZEPAN (ao deitar). Avalie a prescrição feita. Discuta o que vc acha que está certo, o que está errado e o que ficou faltando. 7. N.B.J., 46 anos, feminina, branca, casada, dona de casa. A paciente queixou-se de múltiplos sintomas: tontura, cefaleia, dor no peito, perturbações digestivas e outras. No interrogatório, relatou estar passando por problemas com o filho adolescente, e o médico não relacionou nenhuma das queixas com alguma patologia específica. Na revisão dos sistemas, informou que está muito nervosa, com insônia, não conseguindo concentrar-se nas suas tarefas, e, que há meses iniciou um tratamento para a obesidade. No exame clínico a PA estava 150:100 mmHg. PERGUNTAS: 1) Discuta os sintomas apresentados pela paciente e sugira o que pode estar acontecendo. 2) Discuta a necessidade da introdução de fármacos anorexígenos para essa paciente. 10 5° SEMINÁRIO: ANSIOLÍTICOS/HIPNÓTICOS – 24/10/2017 1) Comparar o mecanismo de ação celular dos benzodiazepínicos e dos barbitúricos e discuta a vantagem de um grupo sobre o outro quanto ao efeito ansiolítico utilizando a figura abaixo. 2) Discutir a importância do metabolismo hepático para o efeito farmacológico do diazepam, utilizando a figura abaixo: 3) Comparar as características farmacodinâmicas e efeitos (desejáveis e indesejáveis) dos benzodiazepínicos, zolpidem, zaleplom (utilizando a figura abaixo) e buspirona. 11 4.Caso clínico 1: IDENTIFICAÇÃO: N.B.J., 46 anos, feminina, branca, casada, dona-de-casa. HISTÓRIA CLÍNICA: A paciente queixou-se de múltiplos sintomas: tontura, cefaléia, dor no peito, perturbações digestivas e outras. No interrogatório, demonstrou-se que nenhuma das queixas era sugestiva de alguma patologia específica. Na revisão dos sistemas, informou estar muito nervosa, com insônia, não conseguindo concentrar-se nas suas tarefas. Há muito tempo, tinha problemas de relacionamento com o filho adolescente, que se intensificaram nos últimos meses. Os demais dados da história eram irrelevantes. EXAME CLÍNICO: Além de discreta obesidade, não havia outras anormalidades evidenciadas no exame físico. CONDUTA: O médico interpretou a sintomatologia da paciente como manifestação funcional de ansiedade patológica. Tranqüilizou-a quanto à doença orgânica. Fez com que falasse mais sobre os seus problemas, relacionando-os à sua sintomatologia. Como medida complementar, prescreveu um ansiolítico e orientou-a para retornar à consulta em uma semana. PERGUNTAS: 1- Justifique, farmacodinamicamente, a indicação do ansiolítico neste caso; 2- Escolha um representante para administrar à paciente, citando seu esquema de administração, e as justificativas para tal; 3- Assinale os potenciais riscos do tratamento proposto e as recomendações que devem ser feitas à paciente para minimizá-los; 5.Caso clínico 2: Uma mulher de 22 anos é trazida para o serviço de emergência por ambulância devido a uma tentativa de suicídio. Logo depois de um passeio, ela chamou o namorado dizendo que havia tomado muitas pílulas para dormir. Durante o exame, ela está letárgica, mas geme e move todas as extremidades sob estímulos dolorosos. Suas pupilas têm tamanho normal e são reativas à luz. No local, ela recebeu naloxona iv, sem resposta. Seu namorado, com quem teve uma discussão, não soube dizer se ela tomou lorazepam ou fenobarbital. PERGUNTAS: 1- Qual é o perigo de uma dose excessiva com essas classes de medicamentos? 2- Qual é o mecanismo celular de ação dessa classe de medicamentos? 3- Quais as diferenças entre os benzodiazepínicos e os barbitúricos? 4- Que agente farmacológico pode ser usado para tratar essa paciente, e qual o seu mecanismo de ação? O que deve ser administrado para desintoxicar essa paciente? 6. Caso clínico3: Uma professora de ensino médio, durante seu exame físico anual, queixou-se de dificuldade em iniciar o sono, acordando várias vezes a noite após ter adormecido. Esses episódios vêm ocorrendo quase todas as noites e estão tendo um impacto negativo sobre seu trabalho. Ela tentou vários remédios de vendalivre para dormir, porém foram de pouca ajuda, causando efeitos de “ressaca” no dia seguinte. A saúde geral está boa. A paciente não apresenta sobrepeso e ainda usa fármacos de venda livre. Ela bebe uma xícara de café descafeinado pela manhã; entretanto, toma até seis latas de refrigerante de cola diet por dia. Bebe uma taça de vinho ao jantar, porém não gosta de bebidas mais fortes. Que outros aspectos da história dessa paciente devem ser conhecidos? Que medidas terapêuticas são apropriadas para esse caso? Que fármaco (ou fármacos) devem ser prescritos? 12 6° SEMINÁRIO: ANTICONVULSIVANTES – 30/10/2017 1- Indique no gráfico as respostas que correspondem a depuração de fenobarbital em urina ácida (pH < 7.0) ou alcalina (pH 7.8-8.0), e discuta a importância do pH urinário na excreção de fármacos: 2. Baseado nos gráficos abaixo discuta a associação do diazepam e fenitoína no tratamento de uma crise convulsiva. 3 .Caso clínico 1: Uma mulher de 28 anos tratada com anticonvulsivantes há muitos anos procura o medico para informar que está com 2 meses de gravidez. Atualmente ela apresenta 2 ou 3 convulsões generalizadas tônico-clônicas por mês. Ela informa que só teve um episódio durante os últimos 2 meses e que gostaria de suspender os medicamentos com medo que prejudiquem o bebê. Ela está usando OXICARBAZEPINA, ÁCIDO VALPRÓICO e ETOSSUXIMIDA. 1) Algum desses anticonvulsivantes é mais teratogênico do que o outro? 2) O que vc sugere para tratar a paciente? 13 4.Caso clínico 2: Um homem de 18 anos com história clínica de epilepsia desde a infância apresenta-se via ambulância no pronto socorro devido a estado de mal epilético. Ele foi estabilizado, finalmente, por doses repetidas de lorazepam por via IV. Sua mãe afirma que ele teve história de nascimento sem intercorrências, nenhum traumatismo craniano prévio e RM de crânio negativa no passado. Ele não se trata com antiepilético fenitoína. Sua última convulsão foi há três meses e, geralmente, é controlada se toma o medicamento regularmente. No PS, o paciente encontra-se confuso, combativo, mas tem exame neurológico e cardiovascular normais. Também não há evidências de qualquer trauma. Seus exames laboratoriais iniciais, incluindo hemograma, painel metabólico abrangente e análise de urina para rastreamento de drogas, são negativos. O nível de fenitoína é indetectável. O médico administra uma dose IV de fenitoína e prescreve a dose oral para tomar em casa. PERGUNTAS: 1 – qual o mecanismo de ação da fenitoína? 2 – quais os principais efeitos adversos da fenitoína? 3 – qual seria outra alternativa farmacológica? 5. Explique os mecanismos de ação dos anticonvulsivantes, utilizando as figuras abaixo: 14 6. Caso clínico 3: F.B., homem, 43 anos, foi diagnosticado em criança como epilético com convulsão generalizada tônico-clônica, e suas crises estavam sendo controladas com durante anos. Mais recentemente, ele estava usando carbamazepina (800 mg/dia – comprimidos de 200mg 4x/dia). Um mês atrás, ele queixou-se de tonturas e visão borrada, e a dose foi reduzida para 600 mg/dia (1 comp 200mg 3x/dia). Ele, usualmente, tomava o comprimido após a alimentação. Há duas semanas atrás, ele machucou suas costas quando levantava uma caixa no trabalho. Ele recebeu o primeiro atendimento e o terapeuta diagnosticou uma luxação aguda lombosacral. O tratamento de fisioterapia, diariamente as 17h, consistia em calor, ultrassom e terapia manual. Ele continuou trabalhando, mas evitando levantar pesos. Numa sessão, F.B., chegou afirmando que havia tido um longo dia de trabalho. Ele foi colocado na mesa de fisioterapia e recebeu as bolsas quentes nas costas. Assim que o calor foi aplicado ele começou a dormir. Cinco minutos depois ele teve uma convulsão. 1) o que teria precipitado esta crise convulsiva? 2) o que o médico deve fazer para evitar novas crises? 7.Explique a figura abaixo: 15 7° SEMINÁRIO: ANTIDEPRESSIVOS – 06/11/2017 1. Utilizando o esquema abaixo, explique o envolvimento da transmissão noradrenérgica e serotoninérgica na depressão e discuta o mecanismo de ação das diferentes classes de medicamentos antidepressivos. 2. Explique, utilizando as figuras abaixo, o que ocorre quando se inicia o tratamento com antidepressivos. 3. Caso clínico 1: IDENTIFICAÇÃO: E.C.T., 56 anos, feminina, branca, solteira. HISTÓRIA CLÍNICA: A paciente foi trazida à consulta por familiares que relataram notar um progressivo desânimo, desde há 4 meses, acompanhado de desinteresse pelas atividades habituais, falta de apetite e cansaço fácil. A paciente ainda referiu que tinha dificuldade em concentrar-se, estava constipada e acordava-se 2 horas mais cedo do que habitualmente. Na história pregressa, não referiu sintomas similares. Pela história familiar, constatou-se quadro semelhante um uma irmã mais velha. EXAME OBJETIVO: Na entrevista, a paciente falava lentamente, como se lhe estivessem faltando as palavras, respondendo com monossílabos e em voz baixa; sua postura era curvada, permanecendo com os olhos voltados para o chão. O exame físico não evidenciou anormalidades. Frente ao quadro de desordem afetiva do tipo depressivo, iniciou-se tratamento com imipramina e psicoterapia. PERGUNTAS: 16 1- Justifique, farmacodinamicamente, a indicação da imipramina neste caso; 2- Como deve ser administrada? Justifique farmacocineticamente; 3- Qual é o seu período de latência; 4- Quais os potenciais efeitos adversos do seu emprego? 5- Compare a imipramina aos antidepressivos alternativos e aos inibidores da MAO, em relação a indicações e riscos. Qual a sua sugestão para tratar farmacologicamente essa paciente? 4. Caso clínico 2: Uma mulher de 30 anos comparece ao consultório para avaliação de fadiga. Nos últimos dois meses ela tem se sentido exaurida. Diz que não tem vontade de participar de atividades que anteriormente apreciava. Não tem dormido bem e não tem muito apetite. Ao ser questionada, admite sentir-se triste na maior parte do tempo e chora com frequência, Ela nunca passou por isso antes. Nega qualquer pensamento de querer ferir a si mesma ou a qualquer outra pessoa. Nega qualquer sintoma atual ou anterior de mania. Também nega qualquer alucinação visual/auditiva, paranoia, ilusões ou outros sintomas psicóticos. Afora o fato de ficar com os olhos marejados durante a consulta, o exame físico é normal. Os exames de sangue, como hemograma completo e função da tireoide, são normais. O diagnóstico foi de depressão maior e o tratamento foi iniciado com fluoxetina. PERGUNTAS: 1- Qual o mecanismo de ação da fluoxetina? 2- Quais os efeitos colaterais mais comuns? 3- Em quanto tempo a paciente vai se sentir melhor? Discuta a relação entre tempo e efeito. 4- E quais as recomendações importantes para essa paciente? 5. Caso clínico 3: HISTÓRIA CLÍNICA: M.S. 46 anos, secretária, que se queixou de fadiga na primeira consulta médica. Ela disse estar se sentindo sem energia há 2 meses e com dificuldade de manter suas responsabilidades em casa e no trabalho. Embora cansada, não consegue dormir a noite toda e acorda várias vezes. Estava com menos apetite e havia perdido peso. Seu marido contou que ela havia perdido o interesse nos seus hobbies e se afastado dos amigos. Nesta visita médica M.S. estava adequadamente vestida, apropriada na conversa, mas preocupada no porque ela tornou-se incapaz de executar suas tarefas no trabalho e de ter prazer com sua família e amigos. Ela conta ao médico que tem uma irmã com história de depressão maior, sendo tratada, satisfatoriamente, com a sertralina, e a mãe havia sido tratada com a imipramina e fenelzina. EXAMES: Os exames bioquímicos foram normais. Frente ao diagnóstico de depressãomaior, o médico decidiu iniciar o tratamento com a prescrição de um antidepressivo atípico; PERGUNTAS: 1. Sugira o antidepressivo mais adequado para essa paciente. Justifique-o clinicamente. 2. Como deve ser administrada? Justifique farmacocineticamente. 3. Quais os potenciais efeitos adversos do seu emprego? 4. Compare a imipramina, a fenelzina e a sertralina em relação a interações com outros fármacos, alimentos e fitoterápicos. 6. Comparar os efeitos indesejáveis no sistema nervoso central (sedação/estimulação/convulsões), no sistema cardiovascular (hipotensão/hipertensão), no sistema nervoso autônomo colinérgico, além de náusea, vômito diarréia e ganho de peso, dos diferentes fármacos antidepressivos 17 8° SEMINÁRIO: ANTIPSICÓTICOS - 07/11/2017 1. Caso clínico 1: Uma mulher de 29 anos que foi diagnosticada com esquizofrenia há mais de 5 anos foi tratada inicialmente com HALOPERIDOL, que depois de alguns meses foi substituído pelo TIOTIXENO. Os efeitos extrapiramidais apareceram antes mesmo dos episódios de psicose aguda diminuírem. O médico decidiu testar a TIORIDAZINA, porém os efeitos extrapiramidais tb apareceram. a) qual o antipsicótico seria o mais apropriado como próxima escolha? b) Por qual mecanismo os efeitos extrapiramidais aparecem e porque surgiram antes dos episódios da psicose aguda diminuírem? c) Quais as preocupações primárias com este novo agente e quais as precauções devem ser tomadas durante o tratamento? 2. Caso clínico 2 : Um homem de 19 anos é levado ao consultório médico por sua mãe que estava muito preocupada. Ele foi expulso do dormitório na faculdade por seu comportamento. Acusou vários colegas estudantes e professores de espiona-lo para a polícia. Parou de frequentar as aulas e passa todo o seu tempo assistindo televisão, e diz que os anunciantes estão enviando- lhe mensagens secretas sobre como salvar o mundo. Ele parou de tomar banho e troca de roupas apenas uma vez por semana. No consultório, ele se encontra despenteado, silencioso e sem demonstrar emoção. A única declaração espontânea que ele faz é quando pergunta por que a mãe o levou para o escritório de “outro espião do governo”. O exame físico e de sangue estão normais. O exame farmacológico deu negativo. O diagnóstico foi de psicose aguda provavelmente secundária a esquizofrenia. Ele foi internado na unidade psiquiátrica do hospital e tratado com Clorpromazina. PERGUNTAS: a) Discuta o quadro apresentado pelo rapaz. b) Qual o mecanismo de ação da Clorpromazina? c) Como será a evolução do quadro? d) Alguma outra sugestão para o tratamento ambulatorial? 3, Caso clínico 3: Um homem de 29 anos é levado para o centro de emergência em estupor por embriaguez. Ele é acompanhado por sua esposa, que afirma que ele não tem sido ele mesmo nos últimos meses. De acordo com sua esposa, ele foi avaliado com depressão por seu médico pessoal há cerca de três meses e começou o tratamento com ISRS. Respondeu muito bem a terapia ao longo dos dois meses subsequentes. Começou a sentir-se tão bem e com tanta energia que suspendeu o medicamento. Ele descobriu que precisava dormir cada vez menos, até o ponto em que atualmente dorme apenas 2 a 3 horas por dia. Tem comprado mercadorias muito caras e atingiu o limite máximo em todos os cartões de crédito. Ele tem sido extremamente romântico e apresentado libido maior do que em qualquer momento anterior. Também começou a beber muito e já desmaiou embriagado mais de uma vez. Seu trabalho foi afetado, e seu chefe disse que ele corria perigo de ser demitido se não melhorasse. Tirando o fato de estar bêbado, o exame físico e os exames de sangue estão normais. Ele foi internado na unidade psiquiátrica com diagnóstico de desordem bipolar e começou o tratamento com lítio PERGUNTAS: a) Qual o mecanismo de ação do lítio? b) Quais os efeitos colaterais mais comuns? c) Quais são as possíveis alterações que o paciente deve ficar atento? d) Quais as interações relevantes que devemos informar ao paciente? 18 4. Discuta os efeitos adversos dos antipsicóticos. Explique a figura abaixo: 19 9° SEMINÁRIO: ANTIPARKINSONIANOS – 13/11/2017 1) Descreva a fisiopatologia da doença de Parkinson. Explique a figura baixo, enfatizando a área do cérebro onde ocorre: 2) Discuta o mecanismo de ação dos fármacos usados na DP, a forma de administração, os efeitos colaterais e vantagens da associação de alguns fármacos. Preencha os espaços em branco na figura abaixo de acordo com o local de ação dos antiparkinsonianos. 20 3) Explique a figura abaixo a respeito do tratamento: 4.CASO CLÍNICO 1: A Sra. A. R. é uma mulher de 64 anos de idade que queixa-se de que o lado esquerdo do corpo está fraco e esquisito. Tem tremor há vários anos, e recentemente piorou tanto que ela foi ao médico da família. Este pediu uma consulta neurológica, porque pensou que ela havia tido um derrame. A paciente diz que se sente toda dura e que tem dificuldade para iniciar a marcha. Pisca raramente. Há quatro anos, a Sra. A. R. desenvolveu um tremor na mão esquerda. Ao longo de alguns meses, o tremor se espalhou para a perna esquerda. Nunca foi tratada com fenotiazinas, haloperidol, ou substâncias semelhantes. Não há história de doença neurológica na sua familia. Orienta-se quanto ao tempo e ao espaço. Não há déficits de memória. Todas as funções dos nervos cranianos estão dentro dos limites normais. A fisionomia de A. R. é sem expressão, mesmo quando envolvida em conversação animada ou contando uma anedota. Não ajusta sua postura, nem faz muitos movimentos subconscientes, quando sentada na cadeira. Quando de pé, sua postura é curvada, mantendo os braços ligeiramente aduzidos e fletidos. Tem marcha arrastada e não balança os braços enquanto anda. Quando se vira, fica no lugar e arrasta os pés, girando em torno de um ponto único, como se estivesse sobre um pedestal. Todos os seus movimentos são lentos e deliberados. Está um pouco mais rígida do lado esquerdo do que do direito; não há sinais de espasticidade ou clônus. Não há atrofias musculares. Durante os movimentos voluntários, o tremor diminui ou mesmo desaparece. Não há fasciculações. Sua percepção da picada do alfinete e do toque com algodão e simétrica e dentro dos limites normais. Os reflexos de estiramento muscular estão todos dentro dos limites normais e são simétricos. Os sinais plantares são em flexão. O diagnóstico clínico definiu-se como doença de Parkinson. Evolução: A Sra. A. R. iniciou o tratamento com AMANTADINA, porém, alguns dias depois retornou ao médico queixando-se de mosqueamento arroxeado nas pernas. O médico substituiu o fármaco pela associação de levodopa com carbidopa. A Sra. A. R. está passando bem. Seu desempenho motor geral é mais lento que o normal, mas ela é capaz de caminhar sem ser assistida e de desempenhar todas as atividades da vida diária. Está morando sozinha e tem vida social ativa. Perguntas: a) Porque o clínico suspeitou do uso prévio de fenotiazinas e haloperidol? b) Discuta a indicação da amantadina. Porque o decidiu-se suspende-la? c) Discuta a indicação da levodopa+carbidopa. Quais as vantagens e riscos desse tratamento? d) Se a paciente desenvolver delírios e alucinações, qual a conduta? 21 10° SEMINÁRIO: FÁRMACOS ANTI-ALZHEIMER - 14/11/2017 1) Descreva a fisiopatologia da doença de Alzheimer, utilizando a figura abaixo 2) Discuta os mecanismos de ação dos fármacos antialzheimer mais empregados na clínica, utilizando a figura abaixo. Preencha o espaço em branco na figura com os fármacos utilizados para o tratamento. 3) Discuta ospossíveis novos alvos para tratamento da Doença de Alzheimer. 22 4) CASO CLÍNICO 1. M.S., 72 anos, masculino, branco, casado, aposentado, procedente de Sobradinho -RS. História clínica: O paciente procurou atendimento devido à dificuldade progressiva de realizar tarefas cotidianas, tais como vestir-se, além de fala desconexa, mudança de humor e desorientação no tempo e espaço. Negou outras queixas específicas. Exames físicos: Os sinais vitais eram normais. Peso: 75,1 kg; 1,67m. A pressão arterial foi de 140x110 mmHg; FC 84 bpm; FR 20 irpm; TAx 36°C. O exame laboratorial é normal, inclusive hematológico, bioquímico, função tireoidiana, negativo para sífilis e outras doenças venéreas. Chamava a atenção o aspecto apático e tristonho do paciente. O Mini-exame do estado mental permitiu o diagnóstico de doença de Alzheimer. Foi diagnosticada ainda hipertensão em estágio I. Tratamento: Para o tratamento, instituiu-se rivastigmina (1,5 mg; 2x ao dia); memantina (10 mg, 3x ao dia) e várias medidas de apoio. Cogitou-se o uso simultâneo de antidepressivo tricíclico, a amitriptilina (50 mg, 2x/dia). Para o tratamento da hipertensão, prescreveu-se atenolol (100 mg/dia). Perguntas: a) Discuta a prescrição dos fármacos anti-alzheimer, em particular a necessidade da associação. b) Qual a provável causa dos efeitos adversos descritos pelo paciente?