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Tipologia de conteúdo e sequência didática Prática Educativa – unidades de análise Buscar competência em seu ofício é característica de qualquer bom profissional. Modelo de interpretação que contrapões àquele que o professor é um aplicador de fórmulas herdadas da tradição fundamentando se no pensamento prático e na capacidade reflexiva do docente. Recomenda-se constante avaliação do profissional em uma perspectiva processual as fases do planejamento, aplicação e avaliação, devem assegurar um sentido integral às variáveis metodológicas que caracterizam as unidades da intervenção pedagógica. A função social do ensino e da concepção sobre os processos de aprendizagem A finalidade da escola é promover a formação integral dos alunos – crítica as ênfases atribuídas ao aspecto cognitivo. Aprendizagem se dá através das experiências vividas. Reflexão profunda - condição de cidadania dos alunos e em que contexto social vivem. Conteúdos da aprendizagem – seus significados vão além da questão de ensinar, a indagação é para que ensinar? Tipologias da Aprendizagem Para se ensinar devem ser abordadas as dimensões das tipologias de aprendizagem: Factual ou conceitual (O que se deve aprender?) Procedimental ( O que se deve fazer?) Atitudinal (Como se deve ser?) A concepção de aprendizagem deve se deter em como os alunos aprendem, baseado nos aspectos da diversidade. Construtivismo é eleito como concepção metodológica em virtude da validação dos princípios psicopedagógicos: esquemas de conhecimento, nível de desenvolvimento, conhecimentos prévios e aprendizagem significativa. As variáveis metodológicas da intervenção na aula Sequências didáticas Papel do professor Organização social da aula Utilização do espaço e tempo Maneira de organizar os conteúdos Materiais curriculares Sentido e papel da avaliação Referências para análise da prática Finalidades, propostas e objetivos: pontos de partida. Função do conhecimento das disciplinas e das matérias: a função social do ensino constitui, a fonte sociológica da análise. Concepção dos processos de ensino – aprendizagem: fonte psicológica e didática. Condicionantes do contexto educativo. Papel dos objetivos: indicar as capacidades que se pretende desenvolver com os educandos. As sequências didática e as sequências de conteúdos A ordenação articulada das atividades é o elemento diferenciador das metodologias. Não dar ênfase a uma única tipologia Relações interativas na sala de aula: o papel do professor e do aluno. O valor das relações que se estabelecem entre professores, alunos e os conteúdos no processo, ensino aprendizagem sobrepõe as sequências didáticas. Dentro da concepção construtivista, o papel dos professores e alunos e as suas relações estabelecem uma interação direta entre eles. O professor possui funções nessa relação: o planejamento e a aplicação, levar em conta as contribuições do aluno, auxilia-los a encontrar sentido no que fazem, estabelecer metas, oferecer ajuda, exigir dos alunos análise, síntese e avaliação do trabalho, facilitar a auto estima e auto-conceito, promover comunicação entre professor/aluno, aluno/aluno; potencializar a autonomia e avaliar o aluno conforme o esforço. Conteúdos procedimentais e atitudinais Procedimentais: perceber e criar condições adequadas às necessidades específicas de cada aluno Atitudinais: articular ações formativas, para se aprender é preciso viver, por isso trabalhar conteúdos atitudinais é difícil. Organização Social da Classe Analisar as diferentes formas de organização social dos alunos vivenciadas na escola: Duas características: homogeneidade e heterogeneidade Levar em conta o tipo de aprendizagem que esta sendo levado pelos alunos e os objetivos expressos pela própria escola. Importância de reorganizar os alunos. A organização social da classe tem relação direta com a aprendizagem. Organização dos conteúdos Ao longo da história os conhecimentos foram alocados em disciplinas, em uma lógica da organização curricular. Métodos globalizadores: rompem com a organização por unidades centradas exclusivamente em disciplinas Zabala defende a organização dos conteúdos nesses métodos, pois há uma capacidade de compreensão da realidade manifesta globalmente. Por isso recomenda: possibilidades de trabalho com centros de interesse (Decroly), método de projetos (Kilpatrick), estudo do meio e projetos de trabalhos globais Temas transversais Materiais Curriculares e outros recursos didáticos São instrumentos que proporcionam referências e critérios para tomar decisões: no planejamento, no processo ensino aprendizagem e na avaliação. Materiais curriculares para conteúdos conceituais: quadro negro/audiovisuais e livros didáticos; conteúdos procedimentais: textos, dados estatísticos, revistas e jornais; conteúdos atitudinais: vídeos e textos em debate. Avaliação Por que temos que avaliar? Entender qual deve ser o objeto da avaliação e o sujeito da avaliação. – Idéia de que avaliação é somente para o aluno como sujeito que aprende, propõe também uma avaliação para o professor que ensina. Por isso avaliação reguladora, não formativa, por acompanhar o processo de ensino. O que avaliar propõe conceitos, procedimentos e atitudes. Procedimentos só podem ser avaliados enquanto um saber fazer. Atitudes implica na observação das mesmas em diferentes situações, ao que não se é dado o devido valor. O médico não possui instrumento para medir a dor, o enjôo, o stress, nem por isso deixa de diagnosticar ou medicar. Considerações Finais Prática Educativa: problematização de vivências, inclusão dos alunos, organização das condições de ensino e aprofundamento significativo e integral dos conteúdos nas três dimensões. Sobre as sequências didáticas Para Zabala (1998, p.18) sequências didáticas são “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos” Não é qualquer sequência didática que favorece o desenvolvimento da autonomia entre os estudantes, indispensável à formação para a cidadania. Aquelas, por exemplo, que enfatizam a recepção de conteúdos e sua reprodução mecânica retira dos educandos a possibilidade de autoria na produção de conhecimentos. Sobre as sequências didáticas A concepção construtivista e a atenção à diversidade A aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, implica a contribuição por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua experiência. Este conhecimento nos permite estabelecer uma série de perguntas acerca das diferentes seqüências didáticas, com o objetivo de reconhecer sua validade mas, sobre tudo, de nos facilitar pistas para reforçar algumas atividades ou acrescentar outras novas. As perguntas podem ser feitas da seguinte forma: Na sequência didática existem atividades: a) que permitam determinar os conhecimentos prévios? b) cujos conteúdos sejam significativos e funcionais'? c) que são adequadas ao nível de desenvolvimento? d) Que representem um desafio alcançável, levando em conta suas competências atuais, que permitam criar zonas de desenvolvimento proximal? e) Que provoquem um conflito cognitivo e promovam a atividade mental do aluno? f) Que promovam uma atitude favorável, quer dizer, que sejam motivadoras em relação à aprendizagem de novos conteúdos? Na sequência didática existem atividades: g) Que estimulem a auto-estima e o auto conceito em relação às aprendizagens que se propõem, quer dizer que o aluno possa sentir que em certo grau aprendeu, que seu esforço valeu a pena? h) Que ajudem o aluno a adquirir habilidades relacionadas com o aprender a aprender, que lhe permitam ser cada vez mais autônomo em suas aprendizagens? Somos favoráveis às sequências didáticas que levem em consideração o contextodos educandos, suas necessidades e conhecimentos que trazem consigo sobre as várias dimensões do cotidiano e da vida. Além disso, entendemos que problematização da realidade, levantamento de hipóteses, análise e interpretação de dados e sistematização de conhecimentos devem ser ações estimuladas entre os educados. Em outras palavras, acreditamos na pesquisa como principio educacional e possibilidade real de aprendizagem significativa. Por isso, das unidades apresentadas por Zabala (1998), aproximamo-nos mais da quarta opção.
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