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Aula 5 REGRAS E PRINCIPIOS NA TEORIA DE DWORKIN E (1)

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07/11/2017
1
REGRAS E PRINCIPIOS NA
TEORIA DE DWORKIN E ALEXY
Hermenêutica e Lógica Jurídica
Prof. Antônio Henrique 
Email: ahmcorrea17@gmail.com 
Introdução
•O conceito de princípios, no contexto atual,
assume a forma de princípios constitucionais,
pois nesse uso sua dimensão significativa
aproxima-se da ideia de legitimação da força,
pelo Estado, em face de seus cidadãos.
•Nesse aspecto os princípios constitucionais
representam a faceta limitadora do poder
judicial que se manifesta nas decisões
judiciais.
07/11/2017
2
Sobre o Autor
• Ronald Myles Dworkin (Worcester,
Massachusetts, 11 de dezembro de
1931 — Londres, 14 de fevereiro de
2013) foi um filósofo do Direito
norte-americano. As últimas
posições acadêmicas por ele
ocupadas foram a de professor de
Teoria Geral do Direito na
University College London e na New
York University School of Law. É
conhecido por suas contribuições
para a Filosofia do Direito e
Filosofia Política. Sua teoria do
direito como integridade é uma das
principais visões contemporâneas
sobre a natureza do direito.
1977 1986
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
• A finalidade do estudo de Dworkin foi fazer uma ataque geral ao
Positivismo, sobretudo no que se refere ao modo aberto de
argumentação permitido pela aplicação do que ele viria a definir
como princípios.
• Dworkin nos oferece uma teoria pragmática que parte do
pressuposto que o direito seja uma prática interpretativa.
• Quando se encara o direito como uma prática interpretativa, todos
os procedimentos metodológicos são instalados em função das
controvérsias que cada um de nós temos sobre o que seja direito e
até onde é legítima a coerção exercida pelo Estado sob o signo do
direito.
• Logo, Dworkin não aceita nenhum tipo de discriocionariedade
judicial, pois permitir que o juiz decida de modo a inovar na seara
jurídica pode representar um exercício arbitrário não justificado
em princípios da comunidade moral) da coerção estatal,
colocando-se no tênue liame que sustenta o exercício legítimo da
força e a exceção.
07/11/2017
3
Considerações
•Norma Jurídica é o gênero e princípios e
regras são as espécies de normas jurídicas.
•Dworkin considera que as regras são as
normas jurídicas positivas nos textos jurídicos
(Constituição, Leis, precedentes) e os
princípios são os princípios de moralidade
política que justificam as regras.
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
• Para Dworkin, as REGRAS são aplicadas ao modo tudo ou
nada (all-or-nothing), no sentido de que, se a hipótese de
incidência de uma regra é preenchida, ou é a regra é valida e a
consequência normativa deve ser aceita, ou ela não é
considerada válida. No caso de colisão entre regras, uma delas
deve ser considerada inválida.
• É possível enumerar todas as exceções previstas em uma
regra, pois a regra já trás em seu enunciado todas as exceções.
•A regra possui uma relação condicional “ Se, Então”, ou seja,
caso ocorra o previsto em seu enunciado se dá a consequência
jurídica.
SUPORTE FATICO CONSEQUENCIA JURIDICA
07/11/2017
4
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
•As REGRAS possuem três características:
1. Está no âmbito da validade/ invalidade
2. Relação Includente/Excludente (relação da regra e sua 
exceção)
3. Relação condicional “Se, Então” (suporte fático e 
consequência jurídica)
Exemplo:
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Regra valida/ aplicada , porém existe exceção: as excludente de 
ilicitude
Legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento 
do dever legal, etc.
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
•Os PRINCÍPIOS, ao contrário, não determinam
absolutamente a decisão, mas somente contêm
fundamentos, os quais devem ser conjugados com outros
fundamentos provenientes de outros princípios. Dai a
afirmação de que os princípios, ao contrario das regras,
possuem uma dimensão de peso (dimension of weight),
demonstrável na hipótese de colisão entre os princípios,
caso em que o principio com peso relativo maior se
sobrepõe ao outro, sem que este perca sua validade.
•A distinção elaborada por Dworkin não consiste numa
distinção de grau, mas numa estrutura logica baseada em
critérios classificatórios.
07/11/2017
5
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
•Os PRINCÍPIOS são todos os demais padrões de
moralidade transcendentes ao direito positivo, isto é, são
todos aqueles padrões morais e políticos que as decisões
jurídicas recorrem para decidir os casos que não são
suficientemente solucionados pelas regras do direito
positivo.
•Os PRINCÍPIOS tem seu cumprimento baseados na
adequação, na coerência.
•Os PRINCÍPIOS, não são válidos ou inválidos, mas sim
questões de peso, de importância, questões de
fundamento, de justificação adequada. Princípios
prevalecem ou não prevalecem.
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
•Os PRINCÍPIOS são aplicados a maneira do peso ou
importância;
•Existem PRINCÍPIOS que em determinados casos
concretos permanecem em detrimento de outros;
•Não podemos dizer que os princípios são inválidos e
devem ser excluídos do ordenamento jurídico.
Características dos princípios:
•Apresentam-se numa dimensão valorativa (peso);
•Um princípio não tem exceção um ao outro (não são
enumeráveis e são mais abertos);
•Os princípios não conduzem a uma única decisão
jurídica.
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6
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
EXEMPLO:
•Direito a informação x Direito a intimidade (vida
privada)
Paparazzi fotografa alguém, como se estabelece se estas
fotos podem ser publicadas ou não? Em que medida
estas fotos são ofensivas a intimidade / vida privada das
pessoas?
Temos duas situações:
Pessoa comum: a tendência é que prevaleça o direito a
intimidade.
Pessoa famosa: a tendência é que prevaleça o direito a
informação.
Regras e Princípios na Teoria de Dworkin
•Dworkin, considerava que argumentos jurídicos
qualificáveis repousavam na melhor interpretação moral
das regras de uma determinada comunidade, e essa
reaproximação entre direito e moral eram feitas pelos
princípios jurídicos
•Os princípios não poderiam ser motivos para exclusão
da aplicação das regras, pois o sistema jurídico seria
aberto e os juízes poderiam se utilizar da
discricionariedade,.
•Dworkin era contra o casuísmo e a favor da integridade
do direito.
•Os princípios não poderiam superar as regras em todos
os casos, pois não teríamos segurança jurídica.
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7
Sobre o Autor
Robert Alexy (Oldenburg, Alemanha, 9 de setembro de 1945) é
um dos mais influentes filósofos do Direito alemão
contemporâneo. Graduou-se
em direito e filosofia pelaUniversidade de Göttingen, tendo
recebido o título de PhD em 1976, com a dissertação Uma
Teoria da Argumentação Jurídica, e a habilitação em 1984, com
a Teoria dos Direitos Fundamentais - dois clássicos da Filosofia e
Teoria do Direito.
A definição de direito de Alexy parece com uma mistura do
normativismo de Hans Kelsen (o qual foi uma versão influente
do positivismo jurídico) e o jusnaturalismo de Gustav Radbruch,
mas a teoria da argumentação o colocou bem próximo do
interpretivismo jurídico.
É professor da Universidade de Kiel e em 2002 foi indicado para
a Academy of Sciences and Humanities at the University of
Göttingen. Em 2010 recebeu a Ordem do Mérito da República
Federal da Alemanha.
Regras e Princípios na Teoria de Alexy
• CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
• Para Alexy, tanto as regras quantos os princípios são uma questão de 
positividade;
• Os Princípios são aqueles positivados no direito, em especial os 
princípios de direitos fundamentais.
• Grau de Generalidade da Norma: Quanto mais genérica, quanto mais 
“aberta” for a norma, mais caráter de princípio ela tem. E quanto 
mais especifica, mais “fechada” for a norma, mais caráter de regra 
elatem.
• O critério de distinção entre regras e princípios é um critério de grau, 
um critério de graduação, ou seja, um mesmo princípio pode ser, ao 
mesmo tempo, princípio em relação a uma regra, mas também regra 
em relação a outra regra.
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Exemplo
•O princípio da liberdade expressão poder seu
princípio em relação a regra da proibição do
anonimato, mas esse princípio da liberdade de
expressão pode ser uma regra em relação a
dignidade da vida ou em relação à
responsabilidade ética exigida pela concepção
política de cidadania.
Regras e Princípios na Teoria de Alexy
• REGRAS são mandamentos definitivos ou de determinação,
ou seja, são totalmente cumpridas ou totalmente
descumpridas. Não há graduação aqui.
•As regras são normas que podem ou não ser cumpridas. São
comandos definitivos aplicáveis por subsunção/adequação/
inclusão e estabelecem quando a conduta é permitida,
proibida ou ordenada.
• PRINCÍPIOS são mandamentos (comandos) de otimização,
ou seja, normas que ordenam que algo seja feito na maior
medida possível, de acordo com as possibilidades fáticas e
jurídicas do caso concreto.
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Regras e Princípios na Teoria de Alexy
PRINCÍPIOS:
Mandamentos = ordem, comando, que por sua vez estão 
presentes em todas as ordens éticas.
Otimização: conjunto de técnicas para seleção das
melhores alternativas com o proposito de alcançar fins
determinados.
Os princípios devem ser cumpridos na sua máxima
inteireza com a finalidade de otimizar o ordenamento
jurídico.
Os princípios podem ser satisfeitos em graus variados, ou
seja nem sempre podem ser satisfeitos integralmente.
Regras e Princípios na Teoria de Alexy
•A relação de tensão ocorrente no caso de colisão entre
os princípios é solucionada através da ponderação
entre os princípios colidentes, em função da qual um
deles, em determinadas circunstâncias concretas,
recebe a prevalência.
•Os princípios possuem apenas uma dimensão de peso e
não determinam as consequências normativas de forma
direta, ao contrário das regras.
•Obs.: Princípios da reserva do faticamente possível e do
não retrocesso social.
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Regras e Princípios na Teoria de Alexy
CONFLITO ENTRE PRINCÍPIOS
No conflito entre princípios, a solução é completamente
diferente. Quando dois princípios entram em conflito, um
deles cederá diante de outro. Isso não representa declarar
invalido o princípio preterido, nem introduzir uma clausula
de exceção. Significa apenas que, em determinadas
circunstâncias, um dos princípios precede ao outro. Já em
outras circunstâncias, a questão da precedência pode ser
solucionada de maneira inversa, uma vez que, nos casos
concretos, os princípios têm diferentes pesos e prevalece o
com maior peso naquela situação concreta (ALEXY, 2008, p.
93-94).
Regras e Princípios na Teoria de Alexy
Conflito Entre Regras
Um conflito de regras só pode ser solucionado de duas 
maneiras:
(1) por meio da introdução de cláusula de exceção em 
uma das regras, eliminando, desse modo, o conflito; 
(2) por meio da declaração de invalidade de uma das 
normas. Isso ocorre porque o problema está localizado 
no plano da validade, o que não é graduável: “uma 
norma vale ou não vale juridicamente” (ALEXY, 2008,p. 
92).
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Regras e Princípios na Teoria de Alexy
Regras garantem deveres definitivos, não podendo
existir graduações nesse sentido. Por isso, o conflito
entre regras deve ser resolvido por subsunção,
aplicando-se integralmente uma determinada regra
para o caso. A outra será necessariamente declarada
inválida no caso de incompatibilidade total entre as
normas e estará fora do ordenamento jurídico.
(GORZONI)

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