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Resumo aço e alvenaria de vedação

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Resumo – Aço e alvenaria de vedação 
Cerâmicas: 
• Exemplos abordados em sala de aula: Blocos e telhas de cerâmica de vedação; 
• Suas funções não são estruturais, e sim de vedação (não possuem resistência suficiente para esforços 
estruturais); 
• Ao receber da fábrica, devemos nos atentar a detalhes importantes que podem aparecer nos materiais 
cerâmicos, tais como: cor (uma tonalidade diferente pode significar mistura de materiais ou tempos 
desuniformes de cozimento; são fatores que podem resultar em perdas de capacidade de resistência), 
quebras, fissuras, etc. Qualquer alteração na estética do tijolo, manda de volta para fábrica. 
• Observação: Alvenarias de vedação, quando suspensos e percutidos, devem apresentar um som metálico. 
Através da sonoridade, pode-se distinguir o grau de cozimento. Quanto mais metálico e firme for o som, 
melhor será o bloco ou a telha. 
Blocos cerâmicos 
• Os blocos cerâmicos constituem alvenarias internas ou externas que não possuem a função de resistir a 
cargas verticais, além do próprio peso. 
• Possuem um formato prismático reto, com furos prismáticos perpendiculares às faces que o contém. 
• Podemos fazer alguns ensaios com os blocos, para verificar suas condições: 
1. Aferição das medidas: 
• Esse ensaio é realizado para aferir se as medidas dos tijolos são compatíveis com os 
dados fornecidos pela fabricante 
• Posicionamos 24 tijolos enfileirados, de acordo com o seu comprimento, largura ou 
altura, e calculamos a média dessas medidas; 
• A média não pode desviar muito do 
2. Ensaio de desvio em relação ao esquadro: 
• Esse ensaio é realizado para verificar se o bloco é de fato um prisma reto. 
• Posicionamos um esquadro em uma das faces do bloco, e verificamos se há uma 
distância entre a face e o esquadro. 
• Essa distância (D) não pode ser superior a 3mm; 
3. Ensaio de planeza das faces ou flecha (F): 
• Posicionamos o esquadro na linha diagonal da face lateral do bloco, para verificar a 
existência de concavidades ou convexidades. 
• A distância não deve ser superior a 3 mm; 
• Repetimos esse ensaio 4 vezes, no total; sendo 2 vezes para cada face, para as duas 
diagonais. 
4. Ensaio de resistência à compressão: 
• Esse ensaio é para verificar a solicitação máxima ao bloco de vedação, quanto a 
esforços de compressão. A solicitação deve ser no mínimo de 1,5Mpa para faces 
horizontais e 3,0Mpa para faces verticais; 
• Para começar, fazemos uma pequena camada de 3mm de pasta (cimento e água) nas 
faces superior e inferior do bloco (faces de assentamento), para que a aplicação da 
força seja igualmente distribuída; esse processo se chama capeamento; 
• Após o endurecimento da argamassa, imergimos o bloco em água por 6 horas, até 
que esteja saturado (com os vazios preenchidos somente por água). Esse 
procedimento é realizado, de forma a simular a pior situação possível de solicitação 
para o bloco. Se o bloco resistir a essas condições, significa que, nas condições 
nominais, o bloco terá um desempenho satisfatório à compressão. 
• Inserimos o bloco em uma prensa, e calculamos a tensão de compressão. 
 
Telhas 
• As telhas também são constituídas pela mesma matéria-prima que o bloco de vedação: a argila; 
• Sua função principal é permitir o escoamento da água da cobertura, impedindo a acumulação e a 
infiltração. 
• Em comparação aos blocos, as telhas são mais expostas às solicitações ambientais, tais como vento, 
chuvas, etc; e por isso, são consideradas de maior importância. 
• As telhas são agrupadas por meio de encaixes; quando são encaixadas, as telhas perdem parte de seu 
comprimento de fabricação. A parte que fica visível da telha se chama comprimento útil. 
• Quando a telha é recebida na obra, é importante verificar se todas as telhas possuem a mesma forma e as 
mesmas dimensões. 
• Podemos realizar alguns ensaios com as telhas, para verificar seu desempenho: 
 
1. Ensaio de resistência à flexão; 
▪ Esse ensaio é realizado para verificar a resistência da telha a esforços de solicitação de 
flexão; a resistência mínima é de 700 N; 
▪ Para preparamos esse ensaio, posicionamos 3 apoios de argamassa (traço 1:1), sendo 
2 em cada extremidade da face inferior da telha, e um apoio na face superior, no 
centro; fazemos esses apoios de forma que a carga aplicada seja uniforme. 
▪ Em seguida inserimos o corpo de prova em uma prensa, e realizamos o ensaio de 
resistência; 
2. Ensaio de impermeabilidade: 
▪ Esse ensaio é realizado para aferição qualitativa acerca da impermeabilidade da telha; 
▪ Para começar, imergimos a telha na água por 24 horas, de forma a saturá-lo por 
completo. 
▪ Em seguida, inserimos a telha na estufa de 105ºC, pesando a sua massa de uma em 
uma hora, até que em duas medições consecutivas sejam aproximadamente iguais 
(diferença menor do que 0,25%). – Fazemos isso para aferir se a telha está seca; 
▪ Após isso, preparamos o corpo de prova. Este é constituído de uma moldura estanque 
à água, na face superior, que cubra pelo menos 65% da área da telha; e na face 
inferior colocamos dois apoios e um espelho entre eles; 
▪ Preenchemos a moldura com água, por um período de 24 horas, no mínimo; 
(durante esse período, será necessário repor a água que foi perdida na forma de 
evaporação para o ambiente) 
▪ Em seguida, observamos através do espelho, se houve algum tipo de infiltração na 
face inferior, como um gotejamento ou marcas de água. 
▪ Se não forem observados nenhum sinal de infiltração, podemos dizer que a telha é 
impermeável; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aços – Conceitos e ensaios: 
• Aço é um elemento bastante utilizado na construção civil, principalmente no concreto armado. 
• No geral, os aços são classificados como: 
1. Barras de aço: 
• Correspondem ao aço CA25 (superfície Lisa) e ao aço CA50 (superfície nervurada); 
• Possuem diâmetros nominais acima de 6,3 mm, podendo variar até 32 mm; 
• São obtidos exclusivamente por processos de laminação quente, sem posterior 
deformação mecânica a frio; 
• Apresentam patamares de escoamento 
2. Fios de aço: 
• Correspondem ao aço CA60; 
• Os fios podem ser nervurados, lisos ou entalhados; 
• Possuem diâmetros nominais de 2,4 mm até 10 mm; 
• Não apresentam patamar de escoamento; 
 
• Segue em anexo, as tabelas para categorização do aço, de acordo com a norma NBR 7480: 
 
 
• Utiliza-se esses dados para ensaios e para conformação do aço com as informações fornecidas pelo 
fabricante. 
 
 
Ensaio de tração: 
• Esse ensaio é realizado de forma a estudar o desempenho do aço em relação a esforços de tração. Antes 
de começar, é importante categorizar o nosso corpo de prova: 
1. Selecionamos um corpo de prova; 
2. Medimos o seu comprimento com uma régua (distância em centímetros) e a sua massa, usando 
uma balança graduada em gramas. 
3. Calculamos o seu peso linear, em g/mm ou kg/m. Usamos esses dados para calcular também o 
seu diâmetro; 
4. Verificar na tabela, quais os valores em que o corpo de prova se encaixa, considerando as 
tolerâncias. (Usaremos o valor nominal do diâmetro e da sua seção para posteriores ensaios); 
 
 
 
 
• Com esse estudo realizado, podemos iniciar o ensaio de tração, com a preparação do corpo de prova: 
1. O nosso corpo de prova consiste em três partes: garra, folga, e a base de medidas (L0): 
• Calculamos o L0 da seguinte maneira: L0 = 10 * diâmetro nominal; 
• A folga total corresponde à 20% de L0. Aplicamos 10% para cada extremidade; 
• O corpo de prova deve ser sempre dividido em partes iguais de 10mm; calcular o 
número de divisões existentes no corpo de prova; 
 
2. Com esses dados completos, prosseguimos para as marcações dessas divisões,usando uma 
máquina; 
3. Com as marcações completas, inserimos o nosso corpo de prova numa máquina específica para 
realizar os ensaios de tração; a colocação e o tamanho mínimo da garra do CP depende de cada 
máquina; 
4. Realizamos o ensaio, até o rompimento do corpo de prova; 
 
• Com o rompimento realizado, podemos finalmente estudar o alongamento sofrido pelo corpo: 
1. Observe a divisão em que houve o rompimento; dessa primeira informação, podemos retirar o 
segmento AB. Esse segmento AB é dado pelo intervalo que inclui o ponto de ruptura + 2 vezes o 
nº de divisões entre a ruptura e a folga mais próxima; 
2. Para o cálculo de BC, consideramos o nº total de divisões do corpo de prova e subtraímos com o 
nº de divisões de AB. E dividimos por 2: 
• Se o resto é zero, não consideramos CD; 
• Se o resto for 1, consideramos CD; 
3. No caso de haver CD, este será sempre uma unidade ao lado de BC; 
4. O alongamento, em porcentagem, será dado por: 
A = {[AB + 2BC + (CD)] -L0} * 100 / L0 
 
Outros dados que podem ser pedidos: 
1. Tensão (limite) de escoamento = (carga de escoamento * 10) / (Seção em mm²) 
2. Tensão (limite) de resistência = (carga máxima * 10) / (Seção em mm²)

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