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* As principais hemoparasitoses de interesse na medicina veterinária e suas formas de diagnóstico Thales Augusto Barçante * Parasitos do Sistema Circulatório Helmintos Protozoários Trypanosoma Microfilárias Dipetalonema Dirofilaria Setaria Onchocerca * Hemoparasitos Parasitos intra-eritrocíticos, que são transmitidos através do sangue por hospedeiros invertebrado (ácaros e insetos) * Hemoparasitos Importância Veterinária Babesias Babesia canis B. bovis B. bigemina B. equi B. caballi Anaplasma marginale Rickettsia * Babesia Filo Apicomplexa Classe Aconoidasida Ordem Piroplasmida Família Babesiidae Gênero Babesia Espécies: 111 (22 animais domésticos) * Família Babesiidae São piriformes (piroplasma), redondos ou ovais. Parasitam eritrócitos, linfócitos, histiócitos, eritroblastos ou outras células sanguíneas dos mamíferos. Parasitam vários tecidos dos carrapatos, onde há a esquizogonia. Complexo apical: anel polar, róptrias, micronema e microtúbulos subpeliculares. * Várias espécies do gênero Babesia acometem animais domésticos (cão, eqüinos, suínos, ruminantes). Parasitam os eritrócitos dos vertebrados sendo transmitidos por várias espécies de carrapatos. Babesiose principais sintomas: febre, anemia e hemoglobinúria. Após resolução do quadro clínico animais podem ficar cronicamente infectados. Babesiose relativamente grave para animais introduzidos em áreas endêmicas e que não tiveram exposição anterior. Introdução - Babesia * Localização do parasita: periférica (alta parasitemia) ou viscerotrópica. Viscerotrópica: Podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer infecções letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia. Homem Babesia microti, B. dirvengis Introdução Babesia microti * Etiologia * Trofozoítos 2,5 mm a 5,0 mm, mais sensíveis aos quimioterápicos # Trofozoítos 1,0 mm a 2,5 mm * Ciclo Biológico Transmissão transovariana * Babesia Grandes (> 3m): Pequenas (< 3m): B. canis B. bigemina B. caballi B. bovis B. equi * Babesia Vetores * Babesiose canina Nambi-Uvú (orelha que sangra) Peste de sangue Febre Amarela dos cães * CÃO Larva - Ninfa + Adulto + Trans-ovariana Trans-estadial * Prevalência nas regiões tropicais e subtropicais - condicionada à presença dos vetores – carrapatos (família Ixodidae) Em Minas Gerais a prevalência de cães positivos para a infecção aponta para 34,1% - 66,9% Babesiose canina * . Doença febril e hemolítica . Hemólise - anemia do tipo regenerativa . Hemoglobinúria e bilirrubinúria . Liberação de pirógenos endógenos - febre . Dilatação da microvasculatura do baço . “Síndrome da disfunção múltipla de orgãos” – (consequência da hipovolemia, choque endotóxico, infecções sistêmicas, hipóxia ) Patogenia Sinais Clínicos * . Crise hemolítica devido alta parasitemia . Liberação dos fatores inflamatórios devido a hemólise levam ao choque, insuficiência renal aguda e há CID . Manifestações neurológicas – convulsão, ataxia locomotora, hipóxia cerebral (carga parasitária no SNC) Babesiose complicada * Diagnóstico Clínico * Diagnóstico Laboratorial Esfregaço ou gota espessa – (Giemsa) Fase aguda – pode ser detectado – porém é escassa na circulação periférica e apresenta altas concentrações nas vísceras (cérebro, baço, rim) – parasitemia 0,1%. Fase crônica – dificilmente é observado Parasitológico * * Molecular PCR Sorológico RIFI (títulos > 1:40) ELISA Laboratorial Diagnóstico * TPB Limitação para pecuária Rebanho em risco Mortalidade Produtividade Gastos (prevenção/manejo/tratamento/controle) * Babesiose bovina Imunidade / carrapato Manejo Isolamento Controle ectoparasitos Importações * Babesiose bovina Transmissão Vetores biológicos Estádio infectante Estádio transmissor B. bovis – larva B. bigemina – ninfa e adulto Limitações Parasitemia (1,5% B. bovis; 3,5% B. bigemina) Patogenia no carrapato Temperatura (transovariana) * Boophilus microplus Trans-ovariana * Babesiose bovina Patogenia B. bigemina B. bovis Periférica Lise de hemácias Hemoglobinúria Hemoglobinemia Anemia severa Anóxia Visceral Aderência hemácias + Formação de trombos CID Lise de hemácias Esplenomegalia * Possibilidades de ocorrência de surto Regiões (Sul do País) onde o carrapatos não transmitem babesia o ano todo. Variação na população de carrapatos em função do clima. população de carrapato possibilidade surto. Propriedades com intensivo controle de carrapatos (animais não tem exposição prévia). Bezerros criados confinados (animais sem exposição prévia) são transferidos para o pasto geralmente depois da queda da imunidade passiva pelo colostro possibilidade surto. A exposição é desejável, mas se for muito intensa doença clínica. Patogenia * Diagnóstico Febre Anorexia Anemia e Icterícia Hemoglobinúria Fezes com estrias de sangue Sintomatologia Nervosa – B. bovis Encefalite Volume globular Clínico * Diagnóstico Carcaça pálida e ictérica Hidrotórax e hidropericárdio Edema pulmonar Hepatomegalia Esplenomegalia Post mortem * Diagnóstico Esfregaço sangüíneo – fase aguda Imprintting de cérebro B. bovis – 1 hemácia + = tratamento B. bigemina - > 0,5 % = tratamento Laboratorial Parasitológico * * * * * Diagnóstico Fase Crônica Fixação do complemento, hemaglutinação, aglutinação em látex, DOT-ELISA, Radioimunoensaio, aglutinação em placa ou cartão RIFI (leitura subjetiva) ELISA (sensibilidade e especificidade) Laboratorial Imunológico * Anaplasma marginale Classificação Protozoário, rickettsia Ordem Rickettsiales Família Ehrlichiaceae Gênero Anaplasma Espécie A. marginale A. centrale A. ovis Parasitas obrigatórios de ruminantes * Anaplasmose Caracterização Animais jovens Parasitemia moderada VG diminuido Portadores Perdas Mortalidade Aborto Retardo desenvolvimento Produção de leite (MG) Anaplasmose * Hemácias Rofeocitose Células intestinais Transovariana Transestadial Intraestadial Anaplasmose Ciclo * Transmissão Vetor biológico Vetor mecânico (Culex, Aedes, tabanídeos, Stomoxys) Congênita (infecção na gestação 2%) Iatrogênica (vacinação) Anaplasmose Transmissão * Autoimunidade Início da infecção x Fase avançada Remoção de eritrócitos parasitados Auto-anticorpos aumenta (baço) Remoção de hemácias sadias Diminui VG Anaplasmose Patogenia Anaplasmose Patogenia * Diagnóstico Clínico Febre Anorexia Constipação e taquicardia Anemia e Icterícia Diminuição na produção de leite Abortos Volume globular * Diagnóstico Fase aguda Esfregaço sangüíneo Laboratorial Parasitológico Fase Crônica Fixação do complemento aglutinação em látex DOT-ELISA Radioimunoensaio Imunológico RIFI (leitura subjetiva) ELISA (sensibilidade e especificidade) * * Babesiose equina B. equi B. caballi * Também denominada de piroplasmose equina ou nutaliose A doença é o prrincipal impedimento para o trânsito internacional de cavalos. Países que possuem uma indústria equina importante estão livres da doença (Japão, Canadá, Estados Unidos e Austrália). Cavalos positivos para Babesia estão impedidos de entrar nestes Países, quer seja para competição ou exportação. Brasil Problemas na exportação de equinos. Babesia caballi parasitemias baixas < 1%, portadores por 1 a 3 anos, tende a ser menos patogênica: sintomas clínicos menos severos. Período de incubação entre 10-30 dias. Babesia equi Theileria equi Infecções persistentes por toda a vida: o animal perpetua o agente, divisão em 4 merozoitos (cruz de malta), desenvolvimento primário em linfócitos, período de incubação entre 12-19 dias. Equinos * Sintomas Agudos: febre, inapetência, dispnéia, edema, icterícia, prostração (raro em áreas endêmicas). Sub-agudos: mesmos sinais manifestação menos intensa e intermitente. Crônicos: mais comuns, sintomas inespecíficos. Portador assintomático pode reverter para quadros agudos ou sub-agudos em situações de estresse ou doenças intercorrentes. Quadros sub-clínicos diminuição de performance em animais de competição, pode comprometer o potencial atlético do animal. Equinos * Diagnóstico Esfregaço sangüíneo – fase aguda Clínico e Laboratorial Parasitológico Manejo Sem sinal clínico Fixação de complemento Hemoaglutinação passiva Inibição da fluorescência Elisa Imunológico * Tratamento Suporte, transfusão sanguínea (casos graves) Imidocarb, Diaminazene (cuidado com superdosagem e há efeitos colaterais) Tratamento é eficiente, são babesicidas. * Controle Imunidade não é duradoura tentativas de promover exposição controlada ao agente. Interessante não eliminar todos os parasitas Quimioprofilaxia: tratamento com doses sub-terapêuticas: doença em níveis subclínicos, para o desenvolvimento do estado de portador. Controle de vetores (carrapatos): manter desafio o ano todo, não erradicar o carrapato. Vacinas: vacinas vivas, inativadas, DNA recombinante (clonagem de genes que expressem proteínas imunogênicas, experimental). Premunição: Clássica: inoculação de sangue de animal contaminado monitorar a infecção. Desvantagens: inóculo desconhecido (quantidade, virulência), pode transmitir outras doenças. Moderna: utilização de inóculos padronizados. * Controle Regiões endêmicas : sem medidas de controle, para manter o estímulo à resposta imune através da exposição continuada ao parasita. Áreas de instabilidade enzoótica (sofrem súbitos aumentos da quantidade de carrapatos): controle estratégico (uso de carrapaticidas, rotação de pastagens, seleção de animais resistentes, premunição). * * * * * * * * * * *
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