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01/04/2021 1 Hemoparasitos: Ehrlichia spp., Anaplasma spp. e Babesia spp. Hemoparasitos: ➢ Anaplasma spp. ➢ Ehrlichia spp. ➢Babesia spp. 1 2 01/04/2021 2 Tristeza Parasitária Bovina (TPB) Parte da apresentação e as fotos foram cedidas pelo Prof. Dr. Welber Daniel Zanetti Lopes Babesia Anaplasma B. bigemina B. bovis A. centrale A. marginale TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA Protozoários Bactérias (riquétsias) 3 4 01/04/2021 3 Diferença entre as espécies de Babesia Babesia bigemina 4,5 x 2,0 um -Grande e periférica -< patogenicidade Babesia bovis 2,0 x 1,5 um -Pequena e viscerotrópica -> patogenicidade Organismos pleomórficos – formas piriformes e esféricas Diferença entre as espécies de Anaplasma Anaplasma centrale 0,3 a 1um -Localização central -apatogênica Anaplasma marginale 0,3 a 1um -Localização periférica -Elevada patogenicidade 5 6 01/04/2021 4 TPB = Importância econômica • ↑ Morbidade e ↑ Mortalidade • Mortalidade (maior causa em algumas regiões) •Abortos Doenças listadas na OIE “Problemas na comercialização de animais” •Perdas produtivas e ↑ do custo de produção com mão-de-obra, tratamento preventivo, etc. •As doenças parasitárias transmitidas pelo R. (B.) microplus no Brasil ±1bilhão de dólares Eritrócito Trofozoíto Esporozoíto Merozoítos Ciclo Biológico Gls. salivares R. (B.) microplus Biologia - Babesia 7 8 01/04/2021 5 Glândula salivar Intestino Transmissão biológica pelo carrapato Multiplicação em diversas células do carrapato R. (B.) microplus Forma vegetativa Forma infectante Biologia - Anaplasma Transmissão biológica Carrapato adquire ao ingerir sangue infectado A. centrale e marginale transmissão por larvas, ninfas e adultos Incubação: 17 a 35 dias Biologia - Anaplasma Transmissão mecânica OU 9 10 01/04/2021 6 ◼ Babesiose p/ bovino R. (B.) microplus ◼ B. bovis: larvas ◼ B. bigemina: ninfas e adultos ◼ Transfusão sg ◼ Intra-uterina ◼ Babesiose p/ R. (B.) microplus Teleóginas (últimas 24 horas) Transovariana • Anaplasmose p/ bovino – R. (B.) microplus (3 estágios) – Intra-uterina – Transfusão sangu. – Insetos hematófagos – fómites ◼ Anaplasmose p/ R. (B.) microplus Qualquer dos 3 estágios (larva, ninfa ou adulto) Transovariana ??????? Formas de transmissão Fisiopatologia - TPB Infecção dos eritrócitos Anemia Ruptura das hemácias (Hemólise intravascular) 11 12 01/04/2021 7 Infecção dos eritrócitos Anemia Ruptura das hemácias (Hemólise intravascular) Hemoglobina intacta no sangue Tecidos Urina Fisiopatologia - TPB Infecção dos eritrócitos Anemia Ruptura das hemácias (Hemólise intravascular) Hemoglobina intacta no sangue Tecidos Urina (Quadro clínico) Anemia, Hemoglobinúria Febre Remoção pelo SFM (Hemólise extravascular) Fisiopatologia - TPB 13 14 01/04/2021 8 Hemoglobina livre no sangue Petéquias e escurecimento dos tecidos Rins aumentados de tamanho e enegrecidos Hemoglobinúria Infecção dos eritrócitos Anemia Ruptura das hemácias (Hemólise intravascular) Hemoglobina intacta no sangue Tecidos Urina (Quadro clínico) Anemia, Hemoglobinúria Febre Remoção pelo SFM (Hemólise extravascular) (Quadro clínico) Anemia, icterícia Febre Fisiopatologia - TPB 15 16 01/04/2021 9 • Apatia (Animal “Triste”) • Hipertermia • Anemia/Anorexia • Pêlos arrepiados • Taquicardia/Taquipnéia • Aborto em vacas prenhes • Icterícia (Babesia e Anaplasma podem gerar icterícia) “Amarelão” • Hemoglobinúria (apenas Babesia – B. bigemina mais comum) • Sintomatologia nervosa (B. bovis) Sinais clínicos 17 18 01/04/2021 10 32º S 32º N Babesia - Distribuição do Rhipicephalus (Boophilus) microplus Distribuição - TPB Estabilidade enzoótica Fatores Epidemiológicos Prevalência ≥ 75% nos animais → 90% Trindade et al., (2010) 19 20 01/04/2021 11 Instabilidade enzoótica Fatores Epidemiológicos Prevalência ≤ 26% nos animais (Costa et al. 2012) Fatores Epidemiológicos Áreas livre de carrapatos 21 22 01/04/2021 12 B) Estado imunológico de cada animal Fatores Epidemiológicos 23 24 01/04/2021 13 X C) Raça Raças européias são mais sensíveis Raças indianas são mais resistentes Fatores Epidemiológicos D) Idade Jovens são + resistentes Adultos são - resistentes X Fatores Epidemiológicos 25 26 01/04/2021 14 Diagnóstico Hematologia Esfregaço sanguíneo Post-mortem Imprinting de órgãos PCR, RIFI e ELISA Cultura in vitro Fixação de complemento Testes de aglutinação Clínico e Laboratorial “Tocar os animais” Hemácias infectadas por Babesia bovis. Coloração de GIEMSA Esfregaço sanguíneo (B. bovis <1%; B. bigemina e Anaplasma >5%) Esfregaço sanguíneo A não detecção do parasito em esfregaço sanguíneo, não implica na ausência de infecção ******* Diagnóstico “Esfregaço sanguíneo” 27 28 01/04/2021 15 • Diaceturato de diminazene – 3 a 3,5mg/kg, IM, – B. bigemia: dose única – B. bovis: 2 a 3 aplicações , com intervalos de 24 horas. • Tetraciclinas (oxitetraciclina), IM • Convencional – 5mg/kg, 4 a 5 dias consecutivos • Longa ação – 20mg/kg, dose única (casos graves repetir a cada 72 horas – até 4 a 5 tratamentos) B a b e s io s e A n a p la s m o s e Tratamento - TPB • Dipropionato de imidocarb – 3 mg/kg, IM (1ml/40kg) B a b e s io s e e A n a p la s m o s e Tratamento - TPB • Enrofloxacina, IM – 7,5mg/kg, dose única (casos graves repetir em 72 horas) A n a p la s m o s e 29 30 01/04/2021 16 Tratamento Suporte em casos graves Fluidoterapia e transfusão sanguínea devem ser realizados em casos graves!! Tratamento Suporte em casos graves + Ferro + vitamina B12, endovenosa 3 x ao dia 31 32 01/04/2021 17 Babesiose canina Babesia spp B. canis vogeli Espécies que acometem cães no Brasil B. canis gibsoni Paraná e Rio Grande do Sul B. canis rossi Goiás 33 34 01/04/2021 18 Babesia spp B. gibsoni Merozoítos grandes Espécies/Morfologia B. rossi Cidade/Estado Número de amostras % de positivos pela RIFI São Paulo/SP 160 42,40 Londrina/PR 383 35,8 Belo Horizonte/MG 127 67 Babesiose canina Soroprevalência B. canis 35 36 01/04/2021 19 Babesiose canina Transmissão - Rhipicephalus sanguineus (carrapato do cão – mais comum) - Transplacentária - Transfusão sanguínea - Brigas de cães prolongadas R. saguineus Brigas! Para o cão: • Hemólise intra e extravascular • Hemoglobinúria • Icterícia • Hipertemia • Espleno e hepatomegalia • Diminuição da performance em cães atletas • Mais grave em cães jovens e velhos (casos agudos onde o parasitismo é elevado) Período de incubação: de 10 a 21 dias Biologia – Babesiose canina 37 39 01/04/2021 20 Babesiose canina Cães criado no ambiente urbano são mais acometidos por Babesia. Cães criados em propriedade rural são menos infestados por R. sanguineus que cães criados em domicílio ou peridomicílio ou canil Costa-Junior et al. (2012) Aspectos epidemiológicos Aspectos epidemiológicos Beagle Fox Terrier SRD M a is r e s is te n te s M e n o s r e s is te n te s Cocker Doberman Yorkishire Pequines Babesiose canina 40 41 01/04/2021 21 Ehrlichia spp. Ehrlichia spp. ➢ São riquétsias; ➢ Causa erliquiose; doença cohecida como ‘febre causada por carrapato’. ➢ Transmitidos por carrapatos; ➢ Formam corpúsculos de inclusão no citoplasma de macrófagos; ➢Pode ser uma zoonose (E. chaffeensis) 42 43 01/04/2021 22 Ehrlichia spp. Hospedeiros: Ovinos, bovinos, cães, equinos, roedores, homem; Distribuição: Mundial; Roedores, animais domésticos e silvestres reservatórios; Rhipicephalus sanguineus é principal vetor; Transmissão transestadial - ninfas e adultos; Infecção concomitante com Babesia e Hepatozoon; Epidemiologia Ehrlichia sp. – Ciclo biológico Carrapato ingere sangue contaminado Se multiplica em hemócitos e gl. salivar Transmissão trans- estadial Inoculaçãono hospedeiro vertebrado 8 – 10 d: se multiplicam em céls. do SFM Corpos elementares em macrófagos Período de incubação: 8-20 dias 44 45 01/04/2021 23 Patogenia Picada do carrapato e transmissão do agente Invasão dos leucócitos e distribuição pelos tecidos linfoides Eliminação ou perpetuação do agente Desaparecimento dos sinais e perpetuação da estimulação antigênica Reaparecimento (agudização) dos sinais Fase crônica Fase assintomática Fase aguda Período de incubação (7 a 21 dias) (2 a 4 semanas) (6 a 9 semanas) Erliquiose canina – Sinais Clínicos Fase aguda: Trombocitopenia, anemia branda regenerativa e leucopenia ao redor do 15o dia P.I. Depressão, perda de peso, linfoadeno/esplenomegalia, febre, epistaxe, petéquias, claudicação e ataxia Lesão cardiomiócitos – maior predisposição a lesão miocárdica nessa fase Fase assintomática: Meses a anos (pode haver a eliminação do agente infeccioso) Fase crônica: Fraqueza, depressão, emaciação, mucosas pálidas, epistaxe, petéquias, artrite, glomerulopatia, aborto, cio prolongado, polimiosites, uveíte, presença de infecção secundárias, etc. 46 47 01/04/2021 24 Fonte: CLINICA VETERINARIA EBOLI - Ehrlichiosis Erliquiose canina – Achados laboratoriais Eritrograma e leucograma: Trombocitopenia (MPV pode ser indicativo de bom prognóstico) Leucopenia ou leucocitose Anemia (mais grave com a progressão da doença) Pancitopenia Urinálise: Proteinúria, hematúria Achados bioquímicos Hipoalbuminemia Ativ. Sérica transaminases hepáticas (ALT, AST, FA) 48 49 https://www.clinicaveterinariaeboli.com/blog/ehrlichiosis/ 01/04/2021 25 Erliquiose canina – Prognóstico Indicadores prognósticos na erliquiose canina (Shipov et al., Vet Parasit, 2008): Mucosas hipocoradas, quadros hemorrágicos e prostração foram mais prevalentes no grupo de cães que morreram Fatores indicativos de morte (probabilidade de 100%): Leucócitos < 0,9 103/L Ht < 11,5% TTPA > 18,25s [K] < 3,65 mEq/L Fatores indicativos de risco de morte: Leucócitos < 4.0 103/L Ht < 25% Plaquetas < 50.000/L Fatores indicativos de bom prognóstico: Leucócitos > 5,18 103/L Ht > 33,5% TTPA < 14,5s Plaquetas > 89.5000/L [K] > 4,75 mEq/L Erliquiose canina – Prognóstico 50 51 01/04/2021 26 Erliquiose canina Diagnóstico Detecção de mórulas no sangue periférico Cultura Imunocromatografia (testes rápidos) RIFI ELISA PCR e nested PCR* *considerado mais sensível que o PCR simples (Aguirre et al., Annals of the New Yourk Academy Press, 2009). Ehrlichia canis Ehrlichia sp. – Controle da erliquiose Controle Tratamento dos animais doentes: Imidocarb, doxiciclina, oxitetraciclina e tetraciclina,; Evitar áreas infestadas por carrapatos; Uso de produtos acaricidas com efeito residual; Uma vez presente nos tecidos, E. canis continua a invadir, persistir e se replicar nas células: Cães em forma aguda: respondem bem ao tratamento Cães em forma subclínica: tratamento prolongado Cães em forma crônica grave: não respondem bem ao tratamento 52 53 01/04/2021 27 Tratamento Doxiciclina (escolha) 5 mg/kg a cada 12 horas/ 28 dias Completa esterilização da infecção por E. canis quando administrada por 3 ou 4 semanas (Eddlestone et al., 2007) Dipropionato de imidocarb (+ Babesia canis) 5 a 7 mg/kg – duas doses com intervalo 15 dias Atropina 0,044 mg/kg 10’ antes (diminuição do efeito anticolinesterásico do medicamento) • Minociclina 20 mg/kg a cada 12 horas • Cloranfenicol 50 mg/kg a cada 8 horas • Hidrocloridrato de tetraciclina 22 mg/kg a cada 8 horas • Oxitetraciclina 25 mg/kg a cada 8 horas Dipropionato de imidocarb • Precauções de uso!!!!! • Não exceder a dosagem recomendada. Não administrar Endovenoso!! • Bovinos, equinos e cães podem apresentar brandos sintomas colinérgicos, como salivação, lacrimejamento e cólica passageira, após o tratamento. Nestes casos, aplicar sulfato de atropina. Atropina em Equinos??? • Animais tratados com ectoparasiticidas, endoparasiticidas e/ou endectocidas não devem ser tratados simultaneamente com imidocarb. • Não tratar animais que estejam produzindo leite para consumo humano. • Não aplicar a vacina sanguínea contra a anaplasmose e a babesiose até 28 dias após a administração de imidocarb (IMIZOL®,Imidofort®) pois a mesma interferirá no desenvolvimento da imunidade contra a babesiose. Precauções de uso 54 55 01/04/2021 28 DÚVIDAS??? 56
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