Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Profa Dra. Lívia Cintra MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 2 Propósito ▪ Auxiliar o diagnóstico de diversos distúrbios cardiovasculares; ▪ Orientar as terapias para minimizar a disfunção cardiovascular; ▪ Prognóstico com os dados obtidos; ▪ Tratar distúrbios; ▪ Avaliar a resposta a terapia; ▪ Fornecer informações qualitativas e quantitativas das pressões intravasculares. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 3 “A monitorização, isoladamente, não muda a morbi- mortalidade. Quem o faz, sem dúvida, são os ajustes de conduta baseados nos dados obtidos com a monitorização”. Observação das condições do paciente para tomada de decisão e adoção de condutas pelo enfermeiro (Prestação de cuidados; Terapia adequada imediata). MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 4 Responsabilidade Enfermeiro Médico Intensivista Avaliação e interpretação dos dados hemodinâmicos (assistência qualificada) MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 5 Métodos ❑ Invasivos e não-invasivos, abrangendo um conjunto de variáveis fisiológicas. MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 6 Monitor cardíaco MONITOR MULTIPARÂMETROS 7 MONITORIZAÇÃO NÃO - INVASIVA 8 ✓Pressão sanguínea arterial; ✓Frequência cardíaca; ✓Temperatura; ✓Frequência respiratória; ✓Eletrocardiograma; ✓Balanço hídrico; ✓Monitorização respiratória não-invasiva; Variáveis fisiológicas monitorizadas ? Pressão Arterial não invasiva 9 PA Sistólica (PAS): Entrada de sangue nas artérias após a sístole do VE. Depende do DC. PA Diastólica (PAD): Redução da pressão no interior das artérias na fase de diástole. Depende da RVP. PA média (PAM) Pressão de pulso ou diferencial Pressão Arterial não invasiva 10 PAS < 90 mmHg e/ou PAD < 60 mmHg → Hipotensão Arterial; Pressão Arterial não invasiva 11 Pressão arterial média (PAM): PAS + (PAD x 2) 3 Dar informações sobre: •Resistência vascular sistêmica; •Trabalho de pulsação do VE; •Débito cardíaco; •Pressão de perfusão dos órgãos vitais. Valor normal PAM: 70 a 100 mmHg 70 a 105 mmHg Pressão Arterial não invasiva 12 Pressão de pulso ou Pressão diferencial: É a diferença entre as PAS e PAD (PP= PAS – PAD). (PP < 30 mmHg): Convergente (IC, Hipotireoidismo, Estenose valvar, Choque hipovolêmico). (PP > 40 mmHg): Divergente (Insuf. Aórtica, Aterosclerose, Estados hipercinéticos, Restauração volêmica). Parâmetro de normalidade: 30 a 40 mmHg Frequência Cardíaca 13 Número de batimentos cardíacos por minuto. DC e VS Locais de verificação: A. radial A. carótida ou femoral Pulso apical (mais fidedigno; 5º/6º EIC na linha hemiclavicular E) Frequência Cardíaca 14 Frequência (número de batimentos por minuto) Ritmo (regular ou irregular) Amplitude e contorno Volume: Cheio, fino, filiforme, não palpável. Frequência Cardíaca 15 FC < 60 bpm Bradicardia Bloqueio Atrioventricular Isquemia miocárdica Medicamentos (Betabloqueadores, Digitálicos) FC > 100 bpm Taquicardia Desidratação ou Déficit sanguíneo Choque Ansiedade Dor Febre Exercício Monitorização Eletrocardiográfica 16 Monitorização Eletrocardiográfica 17 Frequência Respiratória Condições do diafragma, musculatura torácica e permeabilidade de vias aéreas. Frequência respiratória: Número de incursões/ciclos respiratórios (inspiração e expiração) em um minuto. Bradipneia Taquipneia Apneia ou parada respiratória Regularidade (Ritmo): Regular ou Irregular Profundidade: Superficial ou Profunda Padrão respiratório: Sinais de desconforto respiratório (Dispneia) 18 Adulto: 12 – 20 irpm Temperatura Corporal Resultado do equilíbrio entre a produção de calor (processos corporal: metabolismo, atividade muscular) e a perda calórica para o ambiente; 19 Temperatura axilar < 35,5ºC Hipotermia Pele e extremidades frias Cianose Tremores Bradipneia Temperatura axilar > 37,8ºC Hipertermia Taquicardia Taquipneia Rubor Alucinações Convulsões 36 a 37,5º C 20 MONITORIZAÇÃO RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 21 Pacientes em estado crítico sofrem distúrbios circulatórios que alteram a perfusão e oxigenação tecidual. ▪ Ventilação: ▪ Movimentação de ar para dentro e para fora dos pulmões. Isto é, a cada respiração (inspiração e expiração), uma determinada quantidade de ar é movida para ventilar os pulmões. ▪ Perfusão ▪ o2→ tecidos RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 22 Parâmetros para monitorizar essa variável: Gasometria Arterial (INVASIVO) Oxigenação – oxímetro de pulso e medição transcutânea de oxigênio Ventilação – capnografia e medição de gás carbônico RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 23 Oxigenação – Oxímetro de pulso ✓ Método não invasivo e contínuo - Saturação de oxigênio (SatO2): quantidade de hemoglobina ligada com o oxigênio. ✓ Detectar a presença de hipoxemia, em pacientes com potenciais de distúrbios respiratórios que estejam em ventilação mecânica, em oxigenoterapia e em pacientes com deficiência neurológica que pode afetar a respiração. RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 24 ❖ Usa técnicas baseadas nos princípios da: ❖ 1. Pletismografia (determina a amplitude do pulso e a forma de onda de pulso); ❖ 2. Espectrofotometria (analisa a transmissão de luz através dos tecidos). ❖Baseia- se na passagem de um feixe de luz com 2 comprimentos de onda diferentes através do leito vascular pulsátil. Oxigenação – Oxímetro de pulso RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 25 Sensor do oxímetro de pulso: ▪ Fonte de luz: transmite comprimentos de onda através do leito arterial para o fotodetector. ▪ Fotodetector: recebe a luz proveniente dos sensores e detecta a diferença de luz transmitida e que foi absorvida pelas moléculas de hemoglobina (O2 ligado e não ligado a Hb)→ Percentual de Saturação O2. Oxigenação – Oxímetro de pulso 26 OXIMETRIA DE PULSO RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 27 Oxigenação – Oxímetro de pulso Limitações fisiológicas •Níveis de Hb •Corantes vasculares (azul de metileno) •Má perfusão tecidual •Edema •Calafrios Limitações técnicas •Movimentação excessiva (inquietos) •Posicionamento incorreto do sensor Falha de sinal/Leituras falsas RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 28 Ventilação – Capnografia ✓Medição do gás CO2 exalado (nível de CO2 no final da expiração; PaCO2); ✓Monitoramento da pressão expiratória final de CO2 (PETCO2) ✓Acompanha o estado ventilatório do paciente (ventilação alveolar); Monitorar o desmame ventilatório; Avaliar a adequação da RCP e da intubação endotraqueal. RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 29 Ventilação – capnografia ETCO2 RCP DC fluxo arterial pulmonar TOT Seletivo/ estômago RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 30 Ventilação – capnografia ▪Pacientes intubados; ▪O capnógrafo mede o nível de CO2 por meio de um sensor na via expiratória. Durante a expiração, o gás passa pelo sensor e transfere a informação para o monitor através de um cabo elétrico. ▪O monitor produz uma forma de onda (capnograma) e um valor numérico (ETCO2). RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 31 RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 32 Traçado do Capnograma 1 2 3 4 RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 33 Capnograma normal RESPIRATÓRIA NÃO - INVASIVA 34 Capnograma normal MONITORIZAÇÃO INVASIVA 35 Monitorização invasiva 36 Pressão arterial invasiva (PAI) Pressão Venosa Central (PVC) Pressão da Artéria Pulmonar (PAP) Pressão intracraniana (PIC) 37 MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA Monitorização invasiva 38 Pressão arterialinvasiva (PAI) ➢ Indicações ✓ Condições clínicas ou cirúrgicas que comprometam DC, perfusão tecidual e estado de volemia; ✓ Infusões IV de drogas vasoativas; ✓ Instabilidade cardiovascular; ✓ PA instável; ✓ Coletas frequentes de amostras de sangue. Monitorização invasiva 39 Pressão arterial invasiva (PAI) ➢Vantagens: ✓ Fornece medida direta da pressão arterial; ✓ Técnica mais precisa; ✓ Informação contínua no monitor; ✓ Possibilita coleta de sangue (gasometria arterial e exames). PAI Sístole Diástole PAM 40 Locais de inserção do cateter (PAI): Artéria radial Artéria femoral Artéria axilar Artéria pediosa Artéria braquial Monitorização invasiva 41 Locais de inserção do cateter (PAI): Artéria radial Vaso de escolhaÉ considerada: Complicações; Fácil acesso e menor limitação paciente Localização distal Pequeno diâmetro Mensuração pouco acurada Monitorização invasiva 42 Local de inserção do cateter (PAI): ❖ A punção da artéria braquial deve ser evitada, devido ao potencial risco de complicações tromboembólicas em antebraço e mão. Monitorização invasiva Artéria braquial 43 Local de inserção do cateter (PAI) ❖As artérias axilar e femoral são os vasos mais calibrosos disponíveis para punção, e, portanto, apresentariam o menor risco de trombose pela presença de um cateter intraluminal. Os inconvenientes das punções na axila e região inguinal são a dificuldade para manter o local limpo e seco, e o maior potencial de contaminação destas regiões. Monitorização invasiva 44 Local de inserção do cateter (PAI): ❖ Se não for possível puncionar a artéria radial: ➢ A segunda escolha é a femoral. ➢Artérias menores (braquial e pediosa) devem ser evitadas sempre que possível. Monitorização invasiva 45 Local de inserção do cateter (PAI): ❖ A linha arterial pode ser obtida por: ➢ Punção percutânea; ➢ Dissecção arterial. É mais indicada A punção percutânea com dispositivo plástico sobre a agulha Diminui a possibilidade de lesão arterial Deve-se: utilizar técnica asséptica, anestésico local (infiltração com xylocaína a 2% sem vasoconstrictor). Monitorização invasiva 46 Monitorização da PAI Procedimento: 1) Cateter inserido na artéria: técnica de Seldinger + Teste de Allen (A. radial); Monitorização invasiva Fio guia 47 Monitorização da PAI Monitorização invasiva Teste de Allen < 7 s 48 Monitorização da PAI Monitorização invasiva Teste de Allen 49 Monitorização da PAI Procedimento: 2) Conectado a um sistema transdutor; Monitorização invasiva 50 Monitorização da PAI Procedimento: 3) Curvas no monitor Monitorização invasiva 51 Monitorização invasiva Bolsa pressórica: 300 mmHg 3ml/h Monitorização da PAI 52 Eixo flebostático – linha axilar média e 4º EIC. Monitorização invasiva Monitorização da PAI 53 Monitorização invasiva 54 Monitorização da PAI ✓ Interpretar as curvas da pressão arterial: 1) Válvula aórtica aberta →ejeção de sangue do VE para o interior da artéria aorta (sístole); O valor mais elevado de pressão é a PAS. 1) Primeira fase da onda de pressão é precedida pelo complexo QRS do ECG Monitorização invasiva 55 Monitorização da PAI ✓ Interpretar as curvas da pressão arterial: 2) Pressão intraventricular cai em relação a pressão aórtica (descida sistólica) – fechamento da válvula aórtica (incisura dicrótica); 2) Segunda onda de pressão – (ECG: final da onda T, ou seja, no final da sístole e no início da diástole ventricular). Monitorização invasiva 56 Monitorização da PAI ✓ Interpretar as curvas da pressão arterial: 3) Representa a diástole ventricular e a queda contínua da pressão intra-aórtica. O ponto mais baixo registrado na curva é a PAD. Monitorização invasiva Monitorização invasiva 57 Monitorização da PAI 58 Riscos e Complicações PAI ⧫ Comprometimento vascular (Ex: trombose; hematoma; espasmo vascular); ⧫ Desconexão e exsanguinação; ⧫ Injeções acidentais de drogas ou soluções IV; ⧫ Infecção local e sistêmica; ⧫ Lesão nervosa (neuropatia compressiva); ⧫ Formações aneurismáticas; ⧫ Fístulas arteriovenosas; ⧫ Necrose e gangrena dos dígitos; ⧫ Fenômenos embólicos distais e proximais; Monitorização invasiva 59 Assistência de Enfermagem na Monitorização PAI Observação rigorosa dos sinais e sintomas de complicações; Utilização das artérias radiais sempre que possível; Realização do teste de Allen antes da canulação da artéria radial; Uso de técnica asséptica/estéril para punção; Uso de cateter sobre agulha, 20G, evitando-se cateteres maiores; Fixação segura do cateter e fixação do punho com tala; Monitorização invasiva 60 Assistência de Enfermagem na Monitorização PAI Irrigação contínua do cateter com sistema de baixo fluxo (solução salina estéril); Os transdutores devem ter campânulas descartáveis; Realizar checagem diária do local de inserção do cateter; Limitação da canulação arterial ao menor tempo possível, evitando deixar o cateter por mais de 72 hrs; Remoção do cateter (infecções locais, isquemia, curva amortecida, dificuldade em obter sangue pelo cateter). Monitorização invasiva 61 NÃO INVASIVO X INVASIVO ◆ Baixo custo ◆ Fácil aplicação ◆ Fácil manutenção ◆ Demora de medida ◆ Movimentação ◆ Posicionamento do manguito ◆ Tempo: Rapidez ◆ Precisão ◆ Alto custo ◆ Riscos ◆ Pessoal especializado Monitorização PA 62 MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL 63 Pressão venosa central (PVC) ✓Reflete a pressão do sangue no átrio direito; ✓Indicação: Alterações volemia (déficit ou sobrecarga hídrica); Guia na reposição de líquidos (volemia); Avaliar a resposta à terapia. ✓ Inserção de cateter central: veia jugular interna, subclávia e femoral. ✓Inserção: preparação da pele (clorexidina alcoólica), anestésico local; introdução percutânea do cateter (fio- guia); sutura na pele. Monitorização invasiva Monitorização invasiva 64 Pressão venosa central (PVC) Monitorização invasiva 65 Pressão venosa central (PVC) Monitorização invasiva 66 Pressão venosa central (PVC) Intracath É um cateter para introdução venosa (veia jugular interna ou subclávia), visando o posicionamento de sua extremidade distal no átrio direito. Administração de volume e drogas, bem como para o registro da pressão do átrio direito (PVC). 67 Como pode ser monitorizada PVC? Transdutor eletrônico (continuamente) Manômetro de água (Forma intermitente) Monitorização invasiva 68 Materiais necessários para se monitorizar uma PVC em coluna de água: Monitorização invasiva 69 Materiais necessários para se monitorizar uma PVC em coluna de água: Monitorização invasiva 70 Monitorização invasiva 71 Materiais necessários para se monitorizar uma PVC transdutor Monitorização invasiva 72 Pressão venosa central (PVC) Monitorização invasiva Eixo flebostático: Altura da colocação do transdutor (nivelamento) e marco zero na coluna de água. 4º EIC (esterno) até a linha axilar média (tórax lateral) Valores normais PVC: 2 – 5 mmHg (3 – 8 cmH2O) 2- 6 mmHg 2- 8 mmHg 73 Alterações nos valores da PVC Monitorização invasiva •Hipovolemia (Taquicardia); • Diuréticos; •A vasodilatação venosa, causada por sepse, droga ou causas neurológicas. • Expansão volêmica •Droga vasoconstrictora - Noradrenalina PVC PVC 74 Alterações nos valores da PVC Monitorizaçãoinvasiva •Hipervolemia (Bradicardia); •Insuficiência do VD; •Tamponamento cardíaco; •Hipertensão pulmonar; •Doença da válvula tricúspide; •Insuficiência crônica do VE; • Ventilação mecânica; • Diurético •Droga vasodilatadora 75 Fatores que interferem no valor real da PVC: ❖ Em relação ao paciente: ➢Mudança de posição no leito (cabeceira 30º); ➢Movimentação excessiva; ➢Movimentos respiratórios amplos e laboriosos (inspiratórios ou expiratórios); ➢Pacientes conectados a respiradores mecânicos com pressão inspiratória ou PEEP, pois haverá diminuição do retorno venoso e consequentemente níveis alterados de PVC. Monitorização invasiva 76 Fatores que interferem no valor real da PVC: ❖ Em relação ao cateter e os sistemas de conexão: ➢Mau posicionamento da ponta do catéter; ➢Coágulo no cateter; ➢Cateteres excessivamente finos; ➢Cateteres dobrados ou com pontos de estrangulamento; ➢Cateteres e conexões com vazamentos. ➢Presença de bolhas de ar no sistema; Monitorização invasiva 77 Fatores que interferem no valor real da PVC: ❖ Em relação ao sistema de mensuração: ➢Zero de referência/zero eletrônico inadequadamente posicionado (eixo flebostático); ➢Alteração na membrana do transdutor; ➢Transdutor e amplificador inadequadamente calibrados; Monitorização invasiva Monitorização invasiva 78 Assistência de Enfermagem na Monitorização PVC ❖Checar radiologicamente a posição do cateter/ausência de hemotórax ou pneumotórax antes de instalar a PVC; ❖Preencher o sistema com solução salina; ❖Retirar qualquer bolha de ar do sistema de mensuração; ❖Medir a PVC através da coluna d’água graduada em cm ou medir por meio de transdutor e monitor calibrados em mmHg; Monitorização invasiva 79 Assistência de Enfermagem na Monitorização PVC ❖Observar a oscilação da coluna d’água ou da linha de base no monitor elétrico; ❖Manter local de punção com curativo estéril; ❖Utilizar técnica asséptica para manuseio do sistema; ❖Observar local de punção quanto a presença de dor, calor, rubor e edema. Monitorização invasiva 80 Complicações PVC • Eritema local, febre, leucocitose. • Técnica assépticas na inserção, manipulação e curativo/equipo. Infeçção • Fina camada de fibrina na ponta do cateter. • Perda da forma da onda, incapacidade/dificuldade de infundir/retirar sangue; • Risco de embolia pulmonar • Aspirar o coágulo/ Trombolíticos. Formação de Trombos Monitorização invasiva 81 Complicações PVC • Colocação do cateter (obeso, veias tortuosas); • RX tórax pós –punção; • Dor torácica pleurítica, dispneia, movimentos assimétricos, sons diminuídos/ausentes, Taquicardia. Pneumotórax • Entrada de ar no sistema vascular → veia cava até o VD. • 10 a 20 ml de ar→ sintomas • Hipotensão, confusão mental, ansiedade, apatia→ PCR. • Conduta: DLE Trendelenburg + O2 Embolia gasosa MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO DA ARTÉRIA PULMONAR 82 83 Cateter da artéria pulmonar (cateter do coração direito ou cateter de Swan-Ganz) é o método mais invasivo de monitorização hemodinâmica. Função: Fornecer parâmetros hemodinâmicos para diagnóstico. Descrição do Cateter: Existe nos tamanhos neonatal (3 French), pediátrico (5 French) e adulto (7 French). O cateter de adulto varia em 2 comprimentos: 85 e 110 cm. Pressão arterial pulmonar 84 Pressão arterial pulmonar 85 Inserção do cateter: É um procedimento estéril e deve ser realizado pelo médico. Local de inserção: Veia Jugular interna D, subclávia D/E ou femoral; Observações: A integridade do balonete deve ser testada; Preencher os lúmens do cateter com solução salina (ar); Após a inserção do cateter deve ser feito um raio-x para confirmar a posição. Pressão arterial pulmonar 86 87 Estruturas do Cateter de artéria pulmonar: A. Lúmen Proximal: situado no AD ou veia cava superior; infusão de líquidos (DC), coleta de amostras de sangue, medição PAD/PVC (via atrial direita ou via da PVC); B. Lúmen Distal: posicionado na AP (extremidade do cateter); medir PAP e coleta de amostras de sangue (medição dos gases sanguíneos); Não é recomendada a administração de líquidos ou medicamentos. Pressão arterial pulmonar 88 Estruturas do Cateter de artéria pulmonar: C. Lúmen de Balão: Insuflação do balão na extremidade do cateter com ar (0.8 ml – 1,5 ml); Auxilia na introdução/migração do cateter, reduzindo a chance de localização indesejada; Pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP); D. Lúmen do Termistor → localizado a 4 cm da extremidade do cateter; mede a temperatura sanguínea na artéria pulmonar (temperatura central) e DC (termodiluição). E. Via extra para Medicação Pressão arterial pulmonar 89 Indicação: Instabilidade hemodinâmica Insuficiência cardíaca congestiva Infarto do ventrículo direito Hipertensão pulmonar Determinação do débito cardíaco (termodiluição) Coleta de sangue e infusão de soluções Pressão arterial pulmonar 90 Contra-indicações: Pacientes com sepse recorrente Paciente com hipercoagulabilidade Pacientes com alterações do ritmo cardíaco Pressão arterial pulmonar Pressão arterial pulmonar Interpretação das formas das ondas: Enfermeiro: Reconhecer as formas de ondas exibidas no monitor durante a introdução do cateter; Cada cavidade do coração possui uma forma de onda distinta; Formas da onda: Atrial D Ventricular D Artéria pulmonar Pressão de oclusão da artéria pulmonar 91 Pressão arterial pulmonar Interpretação das formas das ondas: Forma de onda Atrial Direita • A medida que o cateter avança o interior do AD, são reconhecidas as ondas a, c e v; 92 a= Sístole atrial; Abertura da válvula AV direita (tricúspide); PAD = PVC. c= Fechamento da tricúspide, início sístole ventricular. v= Diástole atrial. Pressão arterial pulmonar Interpretação das formas das ondas: Forma de onda Ventricular Direita • Passagem do cateter através do VD 93 •Insuflação do balão (condução do cateter VD→AP); •Arritmias ventriculares; •Desfibrilador/carro de urgência (equipamentos e medicamentos de emergência). 1 2 1. Pressão sistólica ventricular D 2. Pressão diastólica ventricular D Pressão arterial pulmonar Interpretação das formas das ondas: Forma de onda da Artéria pulmonar • Cateter na AP 94 1 2 3 1. Pressão sistólica da AP; 2. Pressão diastólica da AP; 3. Incisura dicrótica: fechamento da válvula pulmonar. Pressão arterial pulmonar Interpretação das formas das ondas: Forma de onda de Pressão de Oclusão da Artéria pulmonar (POAP) 95 • Redução da amplitude da onda; •Traçado em cunha (balão insuflado); •Ondas a (Sístole atrial E) e v (Diástole atrial E). Pressão arterial pulmonar 96 97 Pressão arterial pulmonar Posicionamento do paciente ➢ Colocar o transdutor no nível do eixo flebostático; ➢Decúbito dorsal com cabeceira elevada até 60º Variação Respiratória ➢ Inspiração (ar ambiente) → Pressão negativa do tórax → medidas inadequadamente baixas de PAP ➢ Fase inspiratória (VM) → aumento da pressão intratorácica → Aumento da PAP ➢ PAP → Final da expiração (pressões intrapleurais próximas de zero; estável do ciclo respiratório) 98 O término do procedimento, deve-se realizar o curativo asséptico e a radiografia de tórax de controle, na qual pode-se observar o posicionamento adequado do cateter e a ausência de complicações. Pressão arterial pulmonar Pressão arterial pulmonar Complicações: Relacionadas a punção venosa: Pneumotórax Relacionadasà passagem/manipulação do cateter: Arritmias ventriculares (irritação do endocárdio → contrações ventriculares prematuras) Ruptura ou perfuração da artéria pulmonar (insuflar completamente o balão 1,5 ml de ar; volume incorreto → hiperdistensão da AP) 99 100 • Complicações: o Relacionadas a presença do cateter na artéria pulmonar: o Trombose AP; o Infarto pulmonar (migração espontânea do CAP distalmente com obstrução de uma arteríola); o Infecção/Sepse. Pressão arterial pulmonar Pressão arterial pulmonar Monitorização do débito cardíaco (DC) Método por termodiluição em bolus Injeção rápida e suave de solução salina ou glicosada 5% estéreis (5-10 ml) à temperatura ambiente ou < 25ºC (Diferença de pelo menos 10ºC entre temperatura da solução e do paciente). Lúmen proximal do CAP no final da expiração; Solução → Termistor (Sensor de temperatura) na extremidade interna do cateter → detecta mudança na temperatura do sangue→ Curva de termodiluição→ DC. 101 DC= FC X VS MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA 102 Pressão Intracraniana (PIC) É a pressão encontrada no interior da caixa craniana; O crânio é uma caixa rígida, não expansível; Volume total intracraniano deve permanecer constante (sangue, líquor e parênquima encefálico); O aumento de um desses componentes → Hipertensão intracraniana (HIC) Em condições fisiológicas PIC : 0-10/15 mmHg. PIC > 20 mmHg→ PIC elevada ou HIC. 103 Pressão Intracraniana (PIC) 104 Doutrina de Monro-Kellie Pressão Intracraniana (PIC) 105 Manifestações clínicas HIC Deterioração da função neurológica: Alteração do nível de consciência; Reações pupilares lentas ou fixas; Atividade motora anormal ou ausente; Alterações no padrão respiratório (apneia); Tríade de Cushing Hipertensão arterial Bradicardia Bradpneia Pressão Intracraniana (PIC) Indicações: TCE com suspeita de HIC; AVE; Hemorragia subaracnóidea e/ou intracerebral; Casos graves de isquemia cerebral; PO de neurocirurgia (Craniotomia); Meningite grave; Encefalite; Tumor cerebral; Lesão cerebral grave (ECG ≤8). 106 Pressão Intracraniana (PIC) Contraindicações relativas: Coagulopatia; Infecção sistêmica; Infecção no SNC; Infecção no local de inserção do dispositivo. 107 Pressão Intracraniana (PIC) Locais de Monitorização: Inserção de um dispositivo (cateter) no interior do crânio (invasivo): Espaço Epidural; Espaço Subdural; Espaço Subaracnoideo; Intraparenquimatoso; Espaço Intraventricular. 108 Pressão Intracraniana (PIC) 109 Pressão Intracraniana (PIC) 110 Forma de onda do pulso de PIC Pressão Intracraniana (PIC) 111 Assistência de Enfermagem Observar características, quantidade e turvação do LCR drenado (LCR é claro e seroso); Zerar ou calibrar o sistema de transdutor; Nivelar o transdutor - pontos de referência: lobo da orelha e meato acústico externo; Documentar as medidas de PIC e monitorar as formas de onda e valor numérico; Notificar ao médico alterações nos parâmetros de normalidade PIC; Pressão Intracraniana (PIC) Na ausência de forma de onda: Presença de ar → elimine as bolhas de ar com solução salina estéril; Oclusão do cateter (sangue) → Lave o cateter com solução salina estéril (técnica estéril); Cateter dobrado ou quebrado→ Substituição. PIC falsamente elevada: Transdutor muito baixo → Nivelar considerando o meato acústico externo; Transdutor zerado incorretamente→ Zere a cada 4h. . 112 Pressão Intracraniana (PIC) PIC falsamente baixa: Bolhas de ar→ elimine as bolhas de ar com solução salina estéril; Nível do transdutor muito elevado → Nivelar considerando o meato acústico externo; 113 Pressão Intracraniana (PIC) 114 Assistência de Enfermagem O cateter de PIC é confeccionado por fibra ótica portando não pode dobrar, pois se rompe; As conexões do cateter com o equipo devem permanecer bem atadas; Deve-se ainda manter uma fixação secundária para evitar tração; Monitorar o local de inserção (sangramento, drenagem, tumefação, vazamento de LCR e/ou sinais sugestivos de infecção); Manuseio do sistema com técnica asséptica; Pressão Intracraniana (PIC) 115 Assistência de Enfermagem O curativo na inserção do cateter deve manter-se limpo e seco; A cabeça deve ser posicionada de modo que não fique sobre a cirurgia e o cateter; Realizar avaliação neurológica (nível de consciência, tamanho e reatividade pupilar; movimentos oculares, atividade motora); Administrar sedativos e/ou analgésicos para diminuir o risco de deslocamento do cateter (movimentação do paciente); Evite estímulos ambientais desagradáveis. Pressão Intracraniana (PIC) 116 Pressão Intracraniana (PIC) 117 Assistência de Enfermagem Monitorização contínua dos SSVV; Evitar hipotensão arterial (PAM < 90 mmHg, PAS < 110 mmHg), manter a PAM de 90 a 100 mmHg. Não reverter pico hipertensivo, exceto se pressão arterial media (PAM) estiver > 120 mmHg→ FSC Vias aéreas pérvias e adequada ventilação (padrão respiratório, avaliação pulmonar, ajuste adequado do VM: hipóxia → Retenção de CO2 (hipercapnia)→ edema cerebral e aumenta PIC); Pressão Intracraniana (PIC) 118 Assistência de Enfermagem Posição e movimentação do paciente: manter a cabeceira elevada 30°, cabeça em posição neutra e alinhada com o corpo para facilitar a drenagem venosa; Evitar que o paciente faça esforço físico como tossir, espirrar, esforço para evacuar (facilitar a eliminação intestinal; dietas, laxantes), movimentos bruscos no leito ou fora dele, pois aumenta a PA e aumenta a PIC. Monitorar glicose sérica e capilar. 119
Compartilhar