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Ellen Ayssa - Enfermagem ANEURISMA CEREBRAL O ANEURISMA cerebral é a dilatação anormal de uma artéria que irriga o cérebro, geralmente localizado nos pontos em que ela se bifurca (mais frágeis). Pode se romper e causar uma hemorragia cerebral ou permanecer sem rupturas durante toda a vida. A ruptura do aneurisma pode causar morte e comprometimento de áreas vitais. A dilatação é devido a um defeito ou fragilidade localizado em uma porção da parede do vaso sanguíneo, cuja localização mais comum é nas artérias da base do cérebro. Classificação Congênitos: defeito no desenvolvimento na camada muscular lisa da túnica média; Herdados: síndromes genéticas associados com aumento do risco para desenvolvimento de aneurismas. Adquiridos: – Degenerativos; Traumáticos; Micóticos; Neoplásicos; Desequilíbrios hemodinâmicos; Vasculopatias; relacionado com o uso de drogas. Existem diferentes tipos de aneurismas e são classificados de acordo com seu formato, tamanho, localização e causa. O tipo mais comum é o chamado de sacular e classicamente é uma bolsa na parede da artéria. Aneurisma sacular ou congênito: É o aneurisma mais frequente e se origina a partir da fragilidade na parede arterial. A maioria se localiza na bifurcação das artérias cerebrais de tamanho médio. Geralmente esféricos, preenchidos parcialmente ou completamente por trombo (5 – 20mm). Este aneurisma é classificado quanto ao tamanho em pequeno (até 12mm), grande (12 a 24mm) e gigante (acima de 24mm). Aneurisma fusiforme: Trata-se de dilatação sacular da própria artéria, não existindo colo bem definido. A localização mais frequente é no segmento intracraniano da artéria vertebral. Lesão da túnica média – resulta num estiramento e elongação da parede vascular estiramento e elongação da parede vascular; afetam majoritariamente a artéria vertebro- basilar; configurações gigantes e serpenteadas; fluxo intraluminal é lento e turbulento; podem formar trombos intraluminais. Quanto ao tamanho do aneurisma: Pequeno - <7mm Médio - 8-12mm Grande - 13-24mm Gigante - >25mm Ellen Ayssa - Enfermagem Falso aneurisma ou pseudoaneurisma: É assim chamado porque contém paredes falsas, surgindo quando ocorre ruptura arterial com formação de hematoma extravascular. Quando o hematoma é absorvido, seu espaço é ocupado por sangue através da ruptura arterial, sendo protegido por uma pequena cápsula de tecido conjuntivo. Aterosclerótico: São dilatações arteriais provocadas por lesão e enfraquecimento do tecido conjuntivo das artérias, ocasionando extensas dilatações que podem provocar dissecções e rupturas destas paredes. Os exemplos mais comuns são na aorta abdominal. Aneurismas Vasculares Verdadeiros: -Aterosclerótico; Infecções (Micótico); Aneurisma vascular congênito; Trauma; Injuria vascular imunológica Falsos Aneurismas (Pseudoaneurismas): Hematoma dissecante. Dissecção aórtica (hematoma dissecante): Doença caracterizada pela dissecção da parede arterial provocada por sangramento que se insinua entre as camadas da túnica média com a formação de um canal cheio de sangue (hematoma intramural dissecante) que frequentemente se rompe causando hemorragia maciça. Em contraste com os outros tipos de aneurisma a dilatação aórtica é discreta. Sua causa é o estreitamento luminal e/ou oclusão. Se o hematoma se estender para a túnica subadventícia poderá formar um divertículo sacular. Pseudoaneurisma – quando há nova comunicação com o lúmen vascular Aneurismas dissecantes intracranianos são raros e afetam principalmente a carótida interna ou a artéria vertebral. Morfologia: Ovóide; Sacular; Alongada. Dissecção aórtica(hematoma dissecante) Ocorre principalmente em dois grupos: Homens de 40 a 60 anos com história pregressa de hipertensão; Pacientes jovens com anormalidades localizadas do tecido conectivo que afeta a aorta (síndrome de Marfan) Causas do enfraquecimento aórtico, normalmente são causados por trauma ou vasculopatia, contudo podem ocorrer espontaneamente: Condições genéticas (mutação dos genes da elastina e da endoglina); Hipertensão arterial; Gravidez; Traumatismos; Inflamações (aortites); Choque prévio; Iatrogênica (manipulação prévia); Drogas (anfetaminas, crack, cocaína, etc). Fatores genéticos na formação de aneurismas intracraniais : Aneurisma de Artéria Basilar Ellen Ayssa - Enfermagem Estudos revelaram correlação entre algumas síndromes hereditárias e a ocorrência de aneurismas em determinadas famílias. Quando um aneurisma é diagnosticado em mais do que um membro da mesma família, normalmente há uma doença hereditária subjacente. Síndromes hereditárias conhecidas: Doenças do tecido conjuntivo -Síndrome de Ehlers-Danlos (ou Cutis elástica, é um grupo de doenças hereditárias do tecido conjuntivo, causada por um defeito na síntese de colágeno); -Pseudoxantoma elástico (PXE) é uma desordem hereditária do tecido conectivo, caracterizada por calcificação das fibras elásticas, levando a lesões de pele, alterações da retina e comprometimento cardiovascular; -Hiperaldosteronismo familiar tipo 1 - é uma causa potencialmente potencialmente curável curável de hipertensão arterial, onde produção excessiva de aldosterona existe de forma independente ou semi-independente do sistema renina-angiotensina (SRA); -Doença renal policística autossômica dominante (DRPAD). Outros fatores de risco são: Tabagismo; HAS; Deficiência em estrogênios; Coarctação da aorta. Sinais do Aneurisma intacto: A maioria dos aneurismas não manifestam sintomas até que se rompam, e quando isso ocorre, as taxas de morbidade e mortalidade são significativas. Os sinais de um aneurisma que não se rompeu (grandes e gigantes) incluem: Cefaleia; Mudanças súbitas na conduta; Paralisia de uma pálpebra (Ptose); Perda do equilíbrio ou da coordenação; Perda da visão; Problemas no pensamento ou no processado do pensamento; Transtornos da memória de curto prazo; Visão Dupla (Diplopia). Sinais do aneurisma roto: Alteração súbita do estado de consciência; Confusão; Coma; Crises Convulsivas; Cefaleia súbita intensa; Pescoço rígido ou dor intensa no pescoço; Estupor / sonolência; Fotofobia (sensibilidade à luz); Hemiplegia; Náusea e Vômito; Pupilas dilatadas; Transtornos na fala (Afasia); Visão dupla ou borrada. Graus de sintomas da ruptura 1° Grau: Dor de cabeça leve e leve sensibilidade à luz. Chance de sobrevivência 80%; 2º Grau: Forte dor de cabeça, forte sensibilidade a luz, sonolência Chance de sobrevivência 60%; 3° Grau: Forte dor de cabeça, forte sensibilidade à luz, sonolência forte. Chance de sobrevivência 50%; 4° Grau: Começo de estado vegetal. Chance de sobrevivência 20%; 5° Grau: Coma Profundo. Chance de sobrevivência 10%. Diagnóstico Angiografia por cateterismo (padrão ouro); Angiografia por TC (Angio-TC); Angiografia por RM (Angio-RM).
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