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Regulamentação da aviação civil (3)

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REGULAMENTO BRASILEIRO 
DA AVIAÇÃO CIVIL 
RBAC nº 65 
EMENDA nº 00 
Título: LICENÇAS, HABILITAÇÕES E REGRAS GERAIS 
PARA DESPACHANTE OPERACIONAL DE VOO E 
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO AERONÁUTICA 
Aprovação: Resolução nº 469, de 16 de maio de 2018. Origem: SPO/SAR 
 
SUMÁRIO 
 
SUBPARTE A – DISPOSIÇÕES GERAIS 
65.1 Aplicabilidade 
65.2 Abreviaturas e definições 
65.3 Concessão de licenças para estrangeiros não residentes no Brasil 
65.4 Convalidação e validação temporária de licenças e habilitações estrangeiras 
65.5 [Reservado] 
65.6 Suspensão de habilitação e cassação de licença 
65.7 e 65.9 [Reservado] 
65.11 Solicitação de licença ou habilitações 
65.12 Uso de substâncias psicoativas 
65.13 [Reservado] 
65.14 Impedimento por motivo de segurança da aviação contra atos de interferência ilícita 
65.15 [Reservado] 
65.16 Alteração de nome do titular de licença 
65.17 Procedimentos gerais para exames 
65.18 Condutas não autorizadas em exames teóricos 
65.19 Exame após reprovação 
65.20 Falsificação, reprodução ou alteração de solicitações, licenças, livros de registros, relatórios e registros 
65.21 Alteração de endereço 
 
SUBPARTE B – [RESERVADO] 
 
SUBPARTE C – DESPACHANTE OPERACIONAL DE VOO 
65.51 Obrigatoriedade de licença e habilitação 
65.52 Validade de licenças e habilitações 
65.53 Pré-requisitos para concessão de licença e de habilitação 
65.54 Revalidação de habilitações 
65.55 Requisitos de conhecimentos teóricos 
65.57 Requisitos de experiência e treinamento 
65.59 Requisitos de habilidade 
65.60 Prerrogativas do despachante operacional de voo 
65.62 Requisitos de experiência recente 
 
SUBPARTE D – MECÂNICO DE MANUTENÇÃO AERONÁUTICA 
65.71 Pré-requisitos para concessão de licença e de habilitação 
65.72 Validade de licenças e habilitações 
65.73 Habilitações 
65.75 Requisitos de conhecimentos teóricos 
65.77 Requisitos de experiência prática 
65.79 Requisitos de habilidade 
65.81 Prerrogativas e limitações gerais da licença 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
2/19 
 
65.83 Requisitos de experiência recente 
65.84 Concessão de licença e habilitações para mecânicos das forças armadas 
65.85 Prerrogativas adicionais à habilitação em célula 
65.87 Prerrogativas adicionais à habilitação em grupo motopropulsor 
65.88 Prerrogativas adicionais à habilitação em aviônico 
65.89 Exibição da licença 
65.90 Declaração de experiência profissional 
 
 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
3/19 
 
 
SUBPARTE A 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
65.1 Aplicabilidade 
(a) Este regulamento estabelece os requisitos para a emissão das seguintes licenças e das 
habilitações averbadas nessas licenças, além das regras gerais de operação a serem seguidas pelos 
titulares dessas licenças e habilitações, no âmbito da aviação civil: 
(1) [reservado]; 
(2) despachante operacional de voo; e 
(3) mecânico de manutenção aeronáutica. 
 
65.2 Abreviaturas e definições 
(a) Para os propósitos deste regulamento, além das definições aplicáveis contidas na seção 01.1 do 
RBAC nº 01, os termos, expressões e siglas apresentadas a seguir têm os seguintes significados: 
(1) Aeronautical Information Publication (AIP) significa publicação de informações 
aeronáuticas. 
(2) ASHTAM significa aviso aos aeronavegantes sobre atividade de um vulcão, uma erupção 
vulcânica ou nuvem de cinzas vulcânicas. 
(3) Corporate Resource Management (CRM) significa gerenciamento de recursos de equipes. 
(4) Flight Crew Operations Manual (FCOM) significa manual de operações da tripulação de 
voo. 
(5) Flight Information Region (FIR) significa região de informação de voo. 
(6) Flight Planning and Performance Manual (FPPM) significa manual de performance e 
planejamento de voo. 
(7) Habilitação significa uma autorização associada a uma licença, na qual são as especificadas 
as qualificações e respectivas validades (quando aplicável), condições especiais de operação e as 
prerrogativas e restrições relativas ao exercício das prerrogativas da licença. 
(8) Habilitação de tipo significa uma habilitação para um modelo específico de aeronave ou, a 
critério da ANAC, grupo de modelos de aeronave. 
(9) Licença significa o documento emitido pela ANAC que indica a especialidade aeronáutica 
do titular e formaliza sua certificação, de acordo com os requisitos deste regulamento, para atuar de 
acordo com as prerrogativas e restrições pertinentes à referida licença e às habilitações associadas a 
ela. 
(10) NOTAM (Notice to Airmen) significa Aviso aos Aeronavegantes. 
(11) Performance-based Navigation (PBN) significa navegação baseada em desempenho. 
(12) Reduced Vertical Separation Minimum (RVSM) significa Separação Vertical Mínima 
Reduzida. 
(13) SNOWTAM significa aviso aos aeronavegantes sobre gelo ou neve. 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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65.3 Concessão de licenças para estrangeiros não residentes no Brasil 
(a) O estrangeiro não residente no Brasil somente pode obter licença emitida segundo este 
regulamento, para utilização fora do Brasil, se a ANAC considerar que a licença é necessária para a 
operação ou para garantir a aeronavegabilidade continuada de uma aeronave civil com matrícula 
brasileira. 
(b) Para os casos tratados nesta seção, serão registradas as restrições e limitações pertinentes a 
cada caso no registro de licenças e habilitações do requerente. 
 
65.4 Convalidação e validação temporária de licenças e habilitações estrangeiras 
(a) Sem prejuízo do cumprimento das leis de imigração e trabalhistas do Brasil, a ANAC pode 
convalidar uma licença estrangeira emitida por Estado membro da Organização de Aviação Civil 
Internacional se tal Estado reciprocamente aceitar a convalidação de licenças brasileiras. Para tal, será 
emitida uma licença brasileira correspondente à licença original. 
(1) A convalidação perderá sua validade caso a licença original seja revogada, cassada, se 
encontre suspensa ou de outra forma deixe de estar válida. 
(b) Na licença brasileira será averbada a informação da convalidação, constando número e país 
emitente da licença original. 
(c) Somente são convalidadas as licenças originais, sendo vedada a convalidação de licenças 
emitidas por convalidação de um terceiro Estado. 
(d) As licenças estrangeiras, para que possam ser convalidadas, devem ter sido emitidas com os 
requisitos iguais ou superiores aos estabelecidos neste regulamento. 
(e) Para os fins de convalidação, o requerente deve: 
(1) comprovar a experiência recente requerida neste regulamento com documento aceito pela 
ANAC; 
(2) ser aprovado em exame teórico apropriado à licença ou habilitação que se deseja convalidar; 
(3) ser capaz de ler, escrever, falar e compreender o idioma português em um nível de 
competência apropriado às prerrogativas e responsabilidades que a licença confere ao titular, 
demonstrado por meio da realização dos exames teóricos e práticos, conforme a seção 65.17; e 
(4) ser aprovado em exame prático apropriado à licença ou habilitação que se deseja convalidar. 
(f) No momento da solicitação de convalidação, a licença apresentada deve estar no idioma 
português, espanhol ou inglês. De outra forma, o requerente deve apresentar, também, tradução oficial 
do documento. 
(g) Para todos os casos, será realizada consulta à autoridade de aviação civil emitente da licença 
ou habilitação original a respeito da: 
(1) validade da licença ou habilitação; e 
(2) limitações, suspensões e revogações pertinentes.(h) Validação temporária. Sem prejuízo do cumprimento das leis de imigração e trabalhistas do 
Brasil, a ANAC poderá emitir validação temporária, pelo prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis 
por mais 90 (noventa) dias, de licença estrangeira emitida por Estado membro da Organização de 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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Aviação Civil Internacional se tal Estado reciprocamente aceitar a validação temporária de licenças 
brasileiras. 
(1) A validação terá forma de autorização especial e só terá validade com o porte da licença 
original e documento de identificação. 
(2) A validação será feita somente em caso de necessidade de serviços especiais quando não 
houver pessoal habilitado e capacitado no país, ficando o titular de licença estrangeira validada 
comprometido a fazer a transferência de conhecimento. 
 
65.5 [Reservado] 
 
65.6 Suspensão e cassação de licença ou habilitação 
(a) Quaisquer das licenças de que trata este regulamento ou das habilitações averbadas em tais 
licenças podem ser suspensas liminarmente pela ANAC, se forem detectados indícios, devidamente 
registrados em processo administrativo, de que o respectivo titular não possui idoneidade profissional 
ou não está capacitado para o exercício das funções especificadas em sua licença ou habilitações 
correspondentes. 
(1) No caso de suspensão por indícios de que o titular não está capacitado para o exercício das 
funções especificadas em sua licença ou habilitações correspondentes, o titular deverá se submeter a 
novos exames, teóricos e/ou práticos, a critério da ANAC. 
(b) A suspensão da licença ou habilitação pode ser revogada a qualquer tempo, desde que seja 
comprovado que os motivos que geraram tal suspensão foram corrigidos e seus efeitos foram 
cessados. 
(c) Quaisquer das licenças de que trata este regulamento ou das habilitações averbadas em tais 
licenças podem ser cassadas pela ANAC se comprovado, em processo administrativo, que o 
respectivo titular não possui idoneidade profissional ou não está capacitado para o exercício das 
funções especificadas em sua licença ou habilitação. 
(d) O ex-titular de uma licença emitida em conformidade com este regulamento, que tenha sido 
cassada, nos termos do parágrafo (c) desta seção, não pode requerer nova licença equivalente àquela 
cassada, a menos que: 
(1) tenham se passado, no mínimo, 2 (dois) anos da data do ato administrativo que determinou 
a cassação da licença; e 
(2) comprove que os motivos que deram origem à cassação não produzam mais efeito, 
prescreveram ou foram superados de forma definitiva. 
 
65.7 e 65.9 [Reservado] 
 
65.11 Solicitação de licença ou habilitações 
(a) A solicitação para a concessão de uma licença ou de uma habilitação de acordo com este 
regulamento deve ser feita por intermédio do preenchimento de formulário apropriado, apresentado 
à ANAC, após o requerente ter atendido aos requisitos de idade, grau de instrução, conhecimentos 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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teóricos, instrução prática, experiência prática e aprovação em exame prático previstos neste 
regulamento, correspondentes à licença ou habilitação requerida. 
(b) O requerente que reúna os requisitos estabelecidos neste regulamento faz jus a uma licença 
apropriada com suas correspondentes habilitações. 
(c) O ex-titular de uma licença emitida em conformidade com este regulamento, que tenha tido 
essa licença cassada, não pode requerer outra, a menos que cumpra o previsto no parágrafo 65.6(d) 
deste regulamento. 
(d) O titular de uma licença emitida em conformidade com este regulamento, cujas habilitações 
estejam suspensas, não pode requerer qualquer outra licença, habilitação ou averbação de qualificação 
enquanto vigorar esta suspensão. 
 
65.12 Uso de substâncias psicoativas 
(a) É vedado ao titular de licença de despachante operacional de voo ou de mecânico de 
manutenção aeronáutica: 
(1) o uso de substâncias psicoativas durante o exercício de suas atividades; e 
(2) o exercício de suas atividades enquanto estiver sob o efeito de qualquer substância 
psicoativa. 
(b) Qualquer pessoa que viole as proibições do parágrafo 65.12(a) deve ser imediatamente afastada 
de suas atividades. 
(c) As substâncias psicoativas a que se refere o parágrafo 65.12(a) são definidas no RBAC nº 120. 
 
65.13 [Reservado] 
 
65.14 Impedimento por motivo de segurança da aviação contra atos de interferência ilícita 
(a) O titular de uma licença emitida segundo este regulamento não pode exercer suas prerrogativas, 
e um requerente não pode obter uma licença emitida segundo este regulamento se qualquer órgão de 
segurança pública, do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa ou órgão com competências 
semelhantes a estes notificar a ANAC, formalmente, que essa pessoa, em relação às prerrogativas que 
a licença lhe confere ou pode conferir, possa representar uma ameaça à segurança da aviação civil 
contra atos de interferência ilícita. 
(b) Após o recebimento de notificação de impedimento por motivo de segurança da aviação civil 
contra atos de interferência ilícita de um requerente ou titular de licença ou habilitação: 
(1) a ANAC manterá em suspenso o processamento da solicitação da licença ou habilitação até 
determinar junto à autoridade que emitiu a notificação a gravidade da ameaça; e 
(2) a ANAC suspenderá de imediato uma licença emitida bem como as habilitações associadas. 
(c) Caso a ANAC, após avaliação junto à autoridade que emitiu a notificação, constate que há 
impedimento por motivo de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita: 
(1) a ANAC não emitirá a licença ou habilitação; e 
(2) a ANAC cassará qualquer licença ou habilitação que tenha sido emitida. 
 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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65.15 [Reservado] 
 
65.16 Alteração de nome do titular de licença 
(a) Uma solicitação para alteração de nome em uma licença emitida segundo este regulamento 
deve ser apresentada à ANAC dentro de 30 (trinta) dias corridos, a contar do fato que originou tal 
alteração, devendo ser apresentada cópia de certidão de casamento, ordem judicial ou outro 
documento comprovando a alteração. 
 
65.17 Procedimentos gerais para exames 
(a) Os exames estabelecidos neste regulamento são realizados em local, data, horário e perante a 
pessoa definidos pela ANAC. 
(b) O requerente a um exame teórico deve: 
(1) realizar a inscrição e se apresentar para o exame na maneira prevista pela ANAC; 
(2) atender aos requisitos de idade mínima e escolaridade requeridos para a emissão da licença; 
e 
(3) atender: 
(i) aos requisitos do parágrafo 65.57(a), no caso de despachante operacional de voo; ou 
(ii) aos requisitos do parágrafo 65.71(a)(4) ou provisão equivalente da seção 65.84, no caso 
de mecânico de manutenção aeronáutica. 
 (c) O requerente a um exame prático para emissão de uma licença ou habilitação deve solicitar tal 
exame da maneira prevista pela ANAC após: 
(1) ter sido aprovado no exame teórico requerido; e 
(2) ter concluído a instrução e comprovar a experiência prática prevista neste regulamento para 
a licença ou habilitação solicitada. 
(d) Após verificar o cumprimento dos requisitos do parágrafo (c) desta seção, a ANAC autorizará 
o requerente a realizar o exame prático, indicando o profissional responsável por aplicar o exame. 
(1) O requerente que não obtiver aprovação no primeiro exame prático somente pode requerer 
autorização para realizar novo exame prático após comprovar que realizou, sob supervisãode um 
instrutor, treinamento corretivo relativo às deficiências que provocaram a sua reprovação, atendendo 
ainda à seção 65.19 deste regulamento. Novas tentativas posteriores com meta à aprovação devem 
seguir o mesmo procedimento. 
 
65.18 Condutas não autorizadas em exames teóricos 
(a) O candidato a um exame teórico não pode: 
(1) ajudar ou receber ajuda de qualquer pessoa na resolução das questões do exame, durante o 
período em que este é aplicado; 
(2) utilizar, ou introduzir no recinto do exame, durante sua realização, qualquer material que 
não seja expressamente autorizado; 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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(3) desobedecer às orientações dadas pelos fiscais e às instruções específicas estabelecidas pela 
ANAC durante qualquer fase das atividades referentes aos exames; 
(4) intencionalmente causar, dar assistência ou participar de qualquer ato ilícito, assim 
caracterizado pela ANAC; 
(5) copiar ou retirar intencionalmente o conteúdo de um exame teórico realizado segundo este 
regulamento; 
(6) fornecer a outros, ou receber de outros, qualquer parte ou cópia de tal exame; e 
(7) tomar parte nesse exame em nome de outra pessoa. 
(b) O requerente que incorrer nas situações previstas nos parágrafos 65.18(a)(1) a 65.18(a)(7) deste 
regulamento terá seu exame anulado, ficará impedido de obter qualquer licença, habilitação ou 
certificado emitido pela ANAC pelo período de 1 (um) ano, a contar da data do ato, e os fatos serão 
comunicados ao Ministério Público, para a tomada das medidas cabíveis em seu âmbito de atuação. 
(c) O requerente que deixar de comparecer ao local designado para a realização do exame teórico 
será considerado desistente e sua falta será registrada. Para a realização de novo exame o requerente 
deverá realizar nova inscrição e pagar nova taxa. 
 
65.19 Exame após reprovação 
(a) O requerente reprovado em exame previsto neste regulamento, teórico ou prático, somente 
poderá requerer novo exame: 
(1) mediante nova inscrição e novo pagamento das taxas correspondentes; e 
(2) no mínimo 15 (quinze) dias após a data do exame anterior. 
 
65.20 Falsificação, reprodução ou alteração de solicitações, licenças, livros de registros, 
relatórios e registros 
(a) É vedado fazer, induzir ou instigar que seja feito: 
(1) qualquer declaração fraudulenta ou intencionalmente falsa em qualquer solicitação de uma 
licença ou habilitação; 
(2) qualquer anotação fraudulenta ou intencionalmente falsa lançada em qualquer livro de 
registro, relatório ou registro que deva ser conservado, feito ou utilizado para demonstrar 
conformidade com qualquer requisito para uma licença ou habilitação; 
(3) qualquer reprodução, com objetivos fraudulentos, de qualquer licença ou habilitação; ou 
(4) qualquer alteração em qualquer licença ou habilitação emitida segundo este regulamento. 
(b) As condutas listadas no parágrafo 65.20(a) serão enquadradas como falta de idoneidade 
profissional, de acordo com a seção 65.6. 
 
65.21 Alteração de endereço 
(a) Dentro de 30 (trinta) dias após a mudança de seu endereço de correspondência, o titular de uma 
licença emitida segundo este regulamento deve informar à ANAC seu novo endereço. 
 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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SUBPARTE B 
[RESERVADO] 
 
SUBPARTE C 
DESPACHANTE OPERACIONAL DE VOO 
 
65.51 Obrigatoriedade de licença e habilitação 
(a) Uma pessoa somente pode atuar como despachante operacional de voo com relação a uma 
aeronave civil de matrícula brasileira, ou quando requerido por RBAC, se for titular e tiver em seu 
poder uma licença vigente com as correspondentes habilitações de tipo válidas (considerando o prazo 
de tolerância estabelecido no parágrafo 65.52(e)) que lhe tenham sido emitidas segundo este 
regulamento. 
(b) O titular de uma licença de despachante operacional de voo deve apresentá-la para inspeção da 
ANAC, quando requerido. 
(c) Deve ser averbada na licença do despachante operacional de voo uma habilitação de tipo para 
cada modelo específico de aeronave, ou, a critério da ANAC, grupo de modelos de aeronave, para o 
qual o despachante operacional de voo tenha demonstrado cumprir os requisitos deste regulamento. 
 
65.52 Validade de licenças e habilitações 
(a) A licença de despachante operacional de voo emitida segundo este regulamento é permanente. 
As prerrogativas conferidas a seu titular não podem ser exercidas se a licença tiver sido suspensa, 
revogada ou cassada pela ANAC. 
(b) A licença ou habilitação de despachante operacional de voo pode(m) ser revogada(s) a qualquer 
momento: 
(1) por solicitação do seu titular; ou 
(2) a critério da ANAC tendo em vista a segurança operacional. 
(c) As habilitações averbadas em uma licença de despachante operacional de voo têm validade de 
12 (doze) meses, a contar do mês de aprovação no exame prático, e o exercício de suas prerrogativas 
é condicionado: 
(1) ao cumprimento do programa de treinamento, aprovado pela ANAC, da instituição à qual o 
seu titular estiver vinculado; e 
(2) à experiência recente em sua atividade, de acordo com a seção 65.62 deste regulamento. 
(d) O exame prático pertinente à revalidação de uma habilitação pode ser realizado no período que 
compreende desde o início do mês anterior ao mês de vencimento até o fim do mês posterior ao mês 
de vencimento, mantendo-se, após concluída a revalidação, o mês base de vencimento para a nova 
validade. 
(e) É permitido o exercício das prerrogativas relativas a uma habilitação até o fim do mês posterior 
ao mês de vencimento averbado para essa habilitação. 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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(f) É vedado o exercício das prerrogativas relativas a uma habilitação vencida há mais de um mês, 
em qualquer situação. 
(g) Habilitações revalidadas fora do prazo disposto no parágrafo (d) desta seção terão seus prazos 
de validade contados a partir do mês de aprovação do despachante operacional de voo no exame 
prático, conforme disposto no parágrafo (c) desta seção. 
 
65.53 Pré-requisitos para concessão de licença e de habilitação adicional 
(a) Para obter uma licença de despachante operacional de voo, o requerente deve: 
(1) ter completado 21 (vinte e um) anos; 
(2) ter concluído o ensino médio ou equivalente; 
(3) no caso de candidatos estrangeiros, ser capaz de ler, escrever, falar e compreender o idioma 
português, demonstrado por meio da realização dos exames teóricos e práticos, conforme a seção 
65.17; 
(4) possuir a experiência ou treinamento requeridos, conforme o parágrafo 65.57(a); 
(5) ter sido aprovado no exame teórico requerido, conforme o parágrafo 65.55(a); 
(6) ter cumprido a experiência prática requerida, conforme o parágrafo 65.57(b); e 
(7) ter sido aprovado no exame prático requerido, conforme o parágrafo 65.59(a). 
(b) Para obter uma habilitação de tipo adicional averbada à sua licença, o titular de licença de 
despachante operacional de voo deve, com relação a um modelo de aeronave abrangido por essa 
habilitação de tipo: 
(1) cumprir o treinamento previsto no Programa de Treinamento Operacional aprovado pela 
ANAC, sujeito à limitação estabelecida em 65.57(b)(1); e 
(2) ter sido aprovado no exame prático requerido para a habilitação, conforme o parágrafo 
65.59(a). 
 
65.54 Revalidação de habilitações 
(a) Para revalidar uma habilitação de tipo, seu titular deve ser aprovado em avaliações de: 
(1) conhecimentos: o requerente deve ter demonstrado que mantém seus conhecimentos 
atualizados em relação aos assuntos estabelecidosno Programa de Treinamento Operacional 
aprovado pela ANAC, por meio de avaliação realizada pela instituição à qual ele está vinculado; e 
(2) competência: o requerente deve ter demonstrado que mantém sua proficiência técnica em 
relação aos requisitos estabelecidos na seção 65.59, por meio de exame prático referente a um modelo 
de aeronave abrangido por essa habilitação de tipo, realizado pela ANAC ou por examinador 
credenciado. 
 
65.55 Requisitos de conhecimentos teóricos 
(a) O requerente de uma licença de despachante operacional de voo deve ser aprovado em exame 
teórico específico para tal licença, aplicado pela ANAC, sobre os seguintes assuntos: 
(1) direito aeronáutico: 
Data da emissão: 25 de maio de 2018 RBAC nº 65 
Emenda nº 00 
 
Origem: SPO/SAR 
 
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(i) as disposições e regulamentos de aviação civil pertinentes aos requisitos operacionais, ao 
titular de licença de despachante operacional de voo e aos métodos e procedimentos apropriados aos 
serviços de tráfego aéreo; e 
(ii) as disposições e regulamentos de aviação civil pertinentes às prerrogativas, 
responsabilidades e limitações dos titulares de licença de piloto de linha aérea e aos procedimentos 
relacionados com tráfego aéreo, operação em rota, operações radar e área terminal e procedimentos 
de decolagem e pouso por instrumentos; 
(2) regulamentos de tráfego aéreo e instruções do Comando da Aeronáutica, tais como: 
(i) as regras do ar e serviços de tráfego aéreo; 
(ii) AIP, cartas aeronáuticas e NOTAM; 
(iii) plano de voo e mensagens ATS; e 
(iv) requisitos para operação VFR ou IFR em aeródromos; 
(3) conhecimento geral das aeronaves: 
(i) os princípios relativos aos grupos motopropulsores, sistemas e instrumentos; 
(ii) as limitações operacionais das aeronaves e dos grupos motopropulsores; e 
(iii) lista de equipamentos mínimos (MEL); 
(4) cálculo de performance, procedimentos de planejamento de um voo e carregamento: 
(i) influência da distribuição do carregamento na performance e as características de voo da 
aeronave, cálculos de peso e balanceamento e uso de cartas, tabelas, gráficos e fórmulas; 
(ii) planejamento de voo, cálculos de consumo de combustível e autonomia de voo, 
procedimentos de seleção de aeródromos de alternativa, controle de voo em cruzeiro, voos a grandes 
distâncias; 
(iii) preparação e apresentação de planos de voo requeridos pelos serviços de tráfego aéreo; 
e 
(iv) princípios básicos dos sistemas computadorizados de planejamento de voo; 
(5) fatores humanos: 
(i) atuação humana pertinente às funções de despachante operacional de voo, incluindo os 
princípios de gerenciamento de ameaças e erros, integrados a um sistema de gerenciamento de 
segurança operacional; 
(ii) julgamento e tomada de decisão aeronáutica; e 
(iii) CRM; 
(6) meteorologia: 
(i) meteorologia aeronáutica; sistemas de pressão; a estrutura de frentes; formação de 
nuvens; gelo; origem e características dos fenômenos meteorológicos significativos que afetam as 
condições de decolagem, voo em rota e pouso; alertas de tesouras de vento (windshear) e microburst, 
sua identificação e prevenção; e 
(ii) interpretação e aplicação dos informes meteorológicos aeronáuticos, cartas e 
prognósticos, símbolos e abreviaturas; os procedimentos para se obter e usar informações 
meteorológicas; 
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(7) navegação: 
(i) os fundamentos de navegação aérea, com referência particular a voo por instrumentos; 
(8) procedimentos operacionais: 
(i) utilização de documentos aeronáuticos; 
(ii) procedimentos operacionais para o transporte de carga e de artigos perigosos; 
(iii) os procedimentos referentes a incidentes e acidentes aeronáuticos; os procedimentos de 
voo para emergência; e 
(iv) os procedimentos relativos a interferência ilícita e sabotagem contra aeronaves; 
(9) princípios de voo: 
(i) aerodinâmica relacionada às características do voo das aeronaves; e 
(ii) performance em regimes de voo normal e anormal; 
(10) radiotelecomunicações: 
(i) os procedimentos para comunicação com aeronaves e estações terrestres pertinentes; 
(11) Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO); e 
(12) inglês técnico aeronáutico. 
(b) O requerente de licença de despachante operacional de voo deve realizar seus exames práticos 
para obtenção da licença durante o prazo de validade de seu exame teórico, que é de 24 (vinte e 
quatro) meses a partir do mês de divulgação do resultado. 
(c) O requerente de licença de despachante operacional de voo que não se submeter ao exame 
prático dentro do prazo de validade do exame teórico pode dar continuidade ou início à experiência 
prática requerida pelo parágrafo 65.57(b). Contudo, está limitado a realizar o exame prático em data 
não posterior a 48 (quarenta e oito) meses a partir do início da validade do exame teórico. Neste caso, 
com uma antecedência mínima de 60 (sessenta) dias do término do período de 48 (quarenta e oito) 
meses, o candidato deve ser aprovado em exame de Regulamentos de Tráfego Aéreo realizado na 
ANAC e, na sequência, solicitar o exame prático. Caso o requerente seja reprovado no exame de 
Regulamentos de Tráfego Aéreo, pode tornar a realizá-lo, uma única vez, decorridos 15 (quinze) dias 
da reprovação. Caso não seja aprovado nesta segunda oportunidade, deverá realizar novamente o 
exame teórico previsto no parágrafo 65.55(a). 
 
65.57 Requisitos de experiência e treinamento 
(a) O requerente de uma licença de despachante operacional de voo deve comprovar que adquiriu 
a experiência prevista no parágrafo 65.57(a)(1) ou o treinamento previsto no parágrafo 65.57(a)(2): 
(1) um total de 2 (dois) anos de serviço, em operações conduzidas segundo o RBAC nº 121, nas 
funções de piloto de linha aérea ou de mecânico de voo, ou em uma combinação dessas funções, 
sempre que nos casos de experiência combinada a duração do serviço em qualquer dessas funções 
não seja inferior a 1 (um) ano; ou 
(2) ter concluído satisfatoriamente a instrução teórica do curso de formação de despachante 
operacional de voo em escola de aviação civil certificada segundo o RBAC nº 141. 
(b) Após o cumprimento dos requisitos do parágrafo (a) desta seção e após a aprovação em exame 
teórico conforme a seção 65.55, o requerente de uma licença de despachante operacional de voo deve 
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cumprir o treinamento inicial previsto no Programa de Treinamento Operacional aprovado pela 
ANAC da empresa à qual está vinculado e, na sequência, cumprir satisfatoriamente a experiência 
prática no setor de operações dessa empresa, no qual desempenhe as atividades de despachante 
operacional de voo, durante no mínimo 90 (noventa) dias, supervisionado por despachante 
operacional de voo instrutor que possua habilitação válida, considerando o prazo de tolerância 
estabelecido no parágrafo 65.52(e). Durante esse período, o requerente deverá desempenhar, sob 
supervisão e responsabilidade do instrutor, pelo menos 40 (quarenta) despachos reais para um modelo 
específico de aeronave, ou, a critério da ANAC, grupo de modelos de aeronave. 
(1) O aproveitamento de um programa de treinamento de empresa que não opere segundo o 
RBAC nº 121 fica sujeito à aprovação da ANAC, que deverá avaliar se o programa de treinamento 
aprovado atende aos requisitos do RBAC nº 121 e se as atividades de despachante operacional de voo 
na empresa englobam adequadamente os requisitos de conhecimento deste regulamento. 
 
65.59 Requisitos de habilidade 
(a) O requerente de uma licença ou habilitação de despachanteoperacional de voo deve ser 
aprovado em um exame prático realizado pela ANAC ou por examinador credenciado, de acordo com 
o previsto no parágrafo 121.422(b) do RBAC nº 121, relativo a um modelo de aeronave abrangido 
pela habilitação de tipo requerida, demonstrando que: 
(1) está apto a realizar análise das previsões meteorológicas dos aeródromos de origem, em 
rota, destino e alternados; 
(2) está apto a realizar análise das previsões meteorológicas em rota, com ênfase na formação 
de gelo, áreas de turbulência, frentes, depressões tropicais e furacões; 
(3) conhece os NOTAM dos aeródromos de origem, em rota, destino, alternados, FIR e áreas 
terminais, e também SNOWTAM e ASHTAM; 
(4) está apto a aplicar regras e procedimentos especiais de despacho tais como ETOPS, RVSM, 
PBN, reclearance, despacho gear down e driftdown; 
(5) está apto a manusear manuais da aeronave AFM/FCOM/FPPM e publicações aeronáuticas; 
(6) possui conhecimento de regulamentos aeronáuticos; 
(7) possui conhecimento de Manual Geral de Operações (MGO) e Especificações Operativas; 
(8) possui conhecimento de MEL e sistemas; 
(9) está apto a realizar peso e balanceamento manual; 
(10) está apto a determinar trajetória de voo ótima correspondente a um segmento específico, e 
elaborar manualmente ou por computador planos de voo precisos; e 
(11) está apto a proporcionar supervisão e controle operacional necessário aos voos em 
condições meteorológicas adversas, reais ou simuladas, de forma apropriada às obrigações de um 
titular de licença de despachante operacional de voo. 
 
65.60 Prerrogativas do despachante operacional de voo 
(a) Observado o cumprimento dos requisitos deste regulamento, a prerrogativa do titular de licença 
de despachante operacional de voo, com uma habilitação de tipo averbada nessa licença, é a de 
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exercer, em conjunto com o piloto em comando, a responsabilidade pelo controle operacional de um 
voo de uma aeronave de modelo abrangido por essa habilitação de tipo. 
(b) Essa prerrogativa deixa de existir após decorrido o período de validade da habilitação 
pertinente estabelecido no parágrafo 65.52(c), considerando-se o prazo de tolerância estabelecido no 
parágrafo 61.52(e), caso não tenha sido realizada a revalidação dessa habilitação. 
 
65.62 Requisitos de experiência recente 
(a) Um despachante operacional de voo somente pode exercer as prerrogativas de sua licença se 
nos últimos 6 (seis) meses ele: 
(1) tiver efetuado, no mínimo, 20 (vinte) despachos; ou 
(2) tiver passado por exame prático, conforme a seção 65.59. 
(b) Na impossibilidade de atender ao disposto no parágrafo 65.62(a), o titular da licença de 
despachante operacional de voo deve se submeter a treinamento operacional, de acordo com o 
programa de treinamento aprovado pela ANAC, e exame prático, conforme a seção 65.59. 
 
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SUBPARTE D 
MECÂNICO DE MANUTENÇÃO AERONÁUTICA 
 
65.71 Pré-requisitos para concessão de licença e de habilitação 
(a) Salvo as disposições contrárias previstas no parágrafo (c) desta seção e na seção 65.84, para 
obter uma licença de mecânico de manutenção aeronáutica, o requerente deve: 
(1) ter completado 18 (dezoito) anos; 
(2) ter concluído o ensino médio ou equivalente; 
(3) no caso de candidatos estrangeiros, ser capaz de ler, escrever, falar e compreender o idioma 
português, demonstrado por meio da realização dos exames teóricos e práticos, conforme a seção 
65.17; 
(4) ter sido aprovado no curso de formação de mecânico de manutenção aeronáutica requerido 
para a habilitação solicitada em escola de aviação civil certificada segundo o RBAC nº 141; 
(5) ter sido aprovado no exame teórico para a habilitação solicitada, conforme a seção 65.75; 
(6) ter cumprido a experiência prática requerida para a habilitação solicitada, conforme o 
parágrafo 65.77(a); e 
(7) ter sido aprovado no exame prático para a habilitação solicitada, conforme a seção 65.79. 
(b) Para obter uma habilitação adicional averbada à sua licença, o titular de licença de mecânico 
de manutenção aeronáutica deve comprovar que cumpre os requisitos previstos nas seções 65.75, 
65.77 e 65.79 para a habilitação desejada. 
(c) Graduados em engenharia aeronáutica, elétrica, eletrônica, mecânica ou mecânica aeronáutica, 
bem como outros engenheiros que tenham registrado nos seus assentamentos junto ao Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) a atribuição para exercer a atividade relacionada com 
a manutenção de aeronaves, são isentos de realizar curso de formação de mecânico de manutenção 
aeronáutica correspondente à pertinente habilitação, e podem se submeter aos exames teóricos da 
ANAC, sem demonstrar o disposto no parágrafo (a)(4) desta seção, desde que enviem seus currículos 
completos, com declaração de experiência de forma aceitável pela ANAC, comprovante de 
escolaridade, certificados de cursos de familiarização em produto aeronáutico, conforme aplicável, 
para análise e parecer da ANAC. 
 
65.72 Validade de licenças e habilitações 
(a) A licença de mecânico de manutenção aeronáutica emitida segundo este regulamento é 
permanente. As prerrogativas conferidas a seu titular não podem ser exercidas se a licença tiver sido 
suspensa, revogada ou cassada pela ANAC. 
(b) A licença ou habilitação de mecânico de manutenção aeronáutica pode(m) ser revogada(s) a 
qualquer momento: 
(1) por solicitação do seu titular; ou 
(2) a critério da ANAC tendo em vista a segurança operacional. 
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(c) A validade das habilitações averbadas numa licença de mecânico de manutenção aeronáutica 
é indefinida, porém o exercício das prerrogativas da licença é, sem prejuízo de outras restrições, 
condicionado à experiência recente requerida pela seção 65.83. 
 (d) Recadastramento de titular de licença. 
(1) A cada 3 (três) anos, a partir da data da emissão da habilitação, o titular deve efetuar o seu 
recadastramento junto à ANAC, na forma estabelecida pela ANAC. 
(2) A falta deste recadastramento implicará na suspensão da habilitação emitida. 
(e) É permitido o exercício das prerrogativas relativas a uma habilitação até o fim do mês posterior 
ao mês de vencimento do recadastramento. 
(f) É vedado o exercício das prerrogativas relativas a uma habilitação com recadastramento 
vencido há mais de um mês, em qualquer situação. 
(g) Recadastramentos realizados fora do prazo disposto no parágrafo (d)(1) desta seção terão prazo 
de validade de 3 (três) anos contados a partir do mês de recadastramento. 
 
65.73 Habilitações 
(a) As seguintes habilitações podem ser emitidas para uma licença de mecânico de manutenção 
aeronáutica, segundo este regulamento: 
(1) célula (CEL); 
(2) grupo motopropulsor (GMP); e 
(3) aviônico (AVI). 
 
65.75 Requisitos de conhecimentos teóricos 
(a) O requerente de uma licença de mecânico de manutenção aeronáutica, ou habilitação associada, 
deve ser aprovado em um exame teórico que inclua conhecimentos de construção e manutenção de 
aeronaves, apropriado à habilitação requerida, aos requisitos deste regulamento, e aos aplicáveis 
requisitos do RBAC nº 43 e do RBHA 91, ou RBAC que venha a substituí-lo. Especificamente, o 
exame teórico deve incluir: 
(1) direito aeronáutico e requisitos de aeronavegabilidade 
(i) normas e regulamentos relevantes ao titular de uma licença de mecânico de manutenção 
aeronáutica, incluindo os requisitos de aeronavegabilidade aplicáveis à certificaçãoe à 
aeronavegabilidade continuada de aeronaves e às organizações de manutenção de produtos 
aeronáuticos e seus procedimentos; 
(2) ciências naturais e conhecimento geral de aeronaves: 
(i) matemática básica; unidades de medida; princípios fundamentais e teoria de física e 
química aplicáveis à manutenção aeronáutica; 
(3) engenharia aeronáutica: 
(i) características e aplicações dos materiais de construção de produtos aeronáuticos, 
incluindo princípios de construção e funcionamento das estruturas de aeronaves; técnicas de fixação; 
motores e sistemas associadas; fontes de potência mecânicas, hidráulicas, elétricas e eletrônicas; 
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instrumentos da aeronave e sistemas de apresentação; sistemas de controle das aeronaves; e sistemas 
de navegação e de comunicação a bordo; 
(4) manutenção aeronáutica: 
(i) tarefas requeridas para garantir a aeronavegabilidade continuada de uma aeronave, 
incluindo métodos e procedimentos para revisão geral, reparo, inspeção, substituição, alteração ou 
correção de defeitos em estrutura, componentes e sistemas de aeronaves de acordo com os métodos 
prescritos nos manuais de manutenção relevantes e nos requisitos de aeronavegabilidade aplicáveis; 
(5) fatores humanos: 
(i) atuação humana pertinente às funções de mecânico de manutenção aeronáutica, incluindo 
os princípios de gerenciamento de ameaças e erros, integrados a um sistema de gerenciamento de 
segurança operacional; e 
(6) os princípios básicos de instalação e manutenção de hélice, no caso dos exames do grupo 
motopropulsor. 
(b) O requerente deve ser aprovado no exame teórico antes de se submeter ao exame prático e oral 
descrito na seção 65.79 deste regulamento. 
 
65.77 Requisitos de experiência prática 
(a) O requerente de uma licença de mecânico de manutenção aeronáutica, ou habilitação associada, 
deve apresentar declaração de experiência profissional, conforme previsto na seção 65.90, que 
comprove experiência prática com os procedimentos, métodos, materiais, ferramentas, instrumentos 
e equipamentos utilizados na construção, manutenção ou alteração em células (no caso de solicitação 
de habilitação em célula), grupos motopropulsores (no caso de solicitação de habilitação em grupo 
motopropulsor) ou aviônicos (no caso de solicitação de habilitação em aviônico), em empresa aérea 
ou em empresa de manutenção certificada segundo o RBAC nº 121, RBAC nº 135 ou RBAC nº 145, 
pelo prazo mínimo de: 
(1) 18 (dezoito) meses, no caso da comprovação de experiência prática para uma única 
habilitação; ou 
(2) 30 (trinta) meses, no caso da comprovação da experiência prática concomitante para mais 
de uma habilitação. 
 
65.79 Requisitos de habilidade 
(a) O requerente de licença de mecânico de manutenção aeronáutica, ou habilitação associada, 
deve ser aprovado em exames oral e prático na habilitação requerida. O exame prático verifica as 
habilidades práticas do candidato na execução de tarefas objeto do exame teórico previsto para a 
habilitação requerida. 
(b) Todo exame prático requerido por esta subparte deve ser realizado na forma estabelecida pela 
ANAC e aplicado pela ANAC ou por profissional por ela credenciado. 
 
65.81 Prerrogativas e limitações gerais da licença 
(a) O titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica pode executar ou supervisionar a 
manutenção, manutenção preventiva ou uma alteração em um produto aeronáutico para o qual possui 
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habilitação técnica, considerando os cursos e treinamentos complementares que possui, e pode 
executar os serviços adicionais de acordo com as provisões das seções 65.85, 65.87 e 65.88. 
Entretanto, o titular da licença somente pode supervisionar a manutenção, manutenção preventiva ou 
uma alteração em um produto aeronáutico ou aprovar seu retorno ao serviço, conforme as seções 
65.85, 65.87 e 65.88, desde que tenha satisfatoriamente realizado o mesmo serviço em uma ocasião 
anterior. Se o titular da licença não executou o serviço em uma ocasião anterior, ele deve ser capaz 
de demonstrar sua habilidade para a ANAC, quando for requerido a ele, ou deve demonstrar sua 
habilidade sob a supervisão direta de um titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica 
com certificado de habilitação técnica apropriada que tenha a experiência prática prévia para esse 
serviço. 
(b) O titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica somente pode exercer as 
prerrogativas de sua licença se entender e compreender as instruções de aeronavegabilidade 
continuada, incluindo os manuais de manutenção, dedicadas para o serviço específico relacionado. 
 
65.83 Requisitos de experiência recente 
(a) Exceto como previsto no parágrafo (b) desta seção, o titular de uma licença de mecânico de 
manutenção aeronáutica somente pode exercer as prerrogativas de sua licença se nos últimos 24 (vinte 
e quatro) meses ele tiver, por pelo menos 6 (seis) meses: 
(1) trabalhado na habilitação relacionada com a sua licença; 
(2) supervisionado tecnicamente outros mecânicos de manutenção aeronáutica; 
(3) supervisionado gerencialmente a manutenção ou alteração de uma aeronave; 
(4) atuado no treinamento técnico de pessoal em serviços relacionados a sua habilitação; ou 
(5) exercido qualquer combinação dos parágrafos 65.83(a)(1), 65.83(a)(2), 65.83(a)(3) ou 
65.83(a)(4). 
(b) O titular de uma licença, caso não possa comprovar o requisito de experiência recente do 
parágrafo (a) desta seção, poderá exercer as prerrogativas de sua licença desde que tenha comprovado 
para a ANAC há menos de 24 (vinte e quatro) meses que está apto a executar um determinado serviço, 
por meio da realização de exames oral e prático, conforme previsto na seção 65.79. 
 
65.84 Concessão de licença e habilitações para mecânicos das forças armadas 
(a) Nos processos de concessão de licença de mecânico de manutenção aeronáutica e das 
habilitações de célula, grupo motopropulsor e aviônicos para requerentes mecânicos das forças 
armadas, a ANAC pode reconhecer os cursos ministrados por instituições militares e a experiência 
prática em unidades aéreas militares como equivalentes ao cumprimento dos parágrafos 65.71(a)(4) 
a (7), bem como dos requisitos citados em tais parágrafos. 
 
65.85 Prerrogativas adicionais à habilitação em célula 
(a) O titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica com habilitação em célula pode, 
considerando cursos e treinamentos realizados, aprovar o retorno ao serviço de uma célula, ou 
qualquer equipamento ou componente relacionado a essa célula, após ele ter executado, 
supervisionado ou inspecionado sua manutenção, manutenção preventiva ou alteração, incluindo 
também a manutenção preventiva de aeronaves conforme o parágrafo A43.1(c) do Apêndice A do 
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RBAC nº 43. As aprovações para retorno ao serviço estabelecidas nesta seção são aquelas autorizadas 
conforme previsto na seção 43.7 do RBAC nº 43. 
 
65.87 Prerrogativas adicionais à habilitação em grupo motopropulsor 
(a) O titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica com habilitação em grupo 
motopropulsor pode, considerando cursos e treinamentos realizados, aprovar o retorno ao serviço de 
um motor, hélice, unidade auxiliar de energia, ou qualquer equipamento ou componente relacionado 
a esse grupo motopropulsor, após ele ter executado, supervisionado ou inspecionado sua manutenção, 
manutenção preventiva ou alteração, incluindo também a manutençãopreventiva de aeronaves 
conforme o parágrafo A43.1(c) do Apêndice A do RBAC nº 43. As aprovações para retorno ao serviço 
estabelecidas nesta seção são aquelas autorizadas conforme previsto na seção 43.7 do RBAC nº 43. 
 
65.88 Prerrogativas adicionais à habilitação em aviônico 
(a) O titular de licença de mecânico de manutenção aeronáutica com habilitação em aviônico pode, 
considerando cursos e treinamentos realizados: 
(1) aprovar o retorno ao serviço de um instrumento mecânico, elétrico ou eletrônico, ou 
qualquer equipamento ou componente relacionado a esse aviônico, após ele ter executado, 
supervisionado ou inspecionado sua manutenção, manutenção preventiva ou alteração, incluindo 
também a manutenção preventiva de aeronaves conforme o parágrafo A43.1(c) do Apêndice A do 
RBAC nº 43. As aprovações para retorno ao serviço estabelecidas nesta seção são aquelas autorizadas 
conforme previsto na seção 43.7 do RBAC nº 43; 
(2) realizar serviços de manutenção, de manutenção preventiva e alterações em equipamentos 
e sistemas eletrônicos de aeronaves, de instrumentos de voo, de motores e de navegação e em partes 
elétricas de outros sistemas da aeronave, conforme sua habilitação; e 
(3) realizar remoções e instalações de equipamentos elétricos ou eletrônicos em aeronaves, bem 
como dispositivos que façam parte do sistema completo associado a ser inserido na aeronave. 
 
65.89 Exibição da licença 
(a) O titular de uma licença de mecânico de manutenção aeronáutica deve manter uma cópia da 
sua licença no local em que exerce suas prerrogativas, e apresentá-la para inspeção da ANAC quando 
requerido. 
 
65.90 Declaração de experiência profissional 
(a) Toda declaração de experiência profissional requerida por este regulamento deve ser 
encaminhada à ANAC, anexando comprovantes que ratifiquem o documento emitido pela empresa, 
de modo a facilitar a análise pelo setor competente. 
(b) A declaração de experiência profissional deve ser elaborada e assinada pelo profissional da 
organização reconhecido pela ANAC como responsável pelas atividades de manutenção.

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