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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Campus Virtual Atividade de Avaliação a Distância Disciplina: Direito Aeronáutico Curso: Ciências Aeronáuticas Professor: Orlando Flávio Silva Nome do aluno: Rodrigo Harmuch Roloff Data: 29/10/2020 Orientações: ▪ Procure o professor sempre que tiver dúvidas. ▪ Entregue a atividade no prazo estipulado. ▪ Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final. ▪ Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA). Questão 1: Assista aos vídeos: a) <https://www.youtube.com/watch?v=pazZME1pJF8> (Acesso em: 03 fev. 2017) b) <https://www.youtube.com/watch?v=vhE7UPOlmeQ> (Acesso em: 03 fev. 2017) Agora, com suas palavras, responda: é possível considerar os irmãos Wright pais da aviação, mesmo que sua aeronave, o Flyer, que voou em 1903 – antes, portanto, que a aeronave de Santos Dumont, tenha sido catapultada? Veja a definição de aeronave no artigo 106 do Código Brasileiro de Aeronáutica para embasar sua tese. Disserte em pelo menos 10 linhas e máximo 20 linhas (0,5 ponto). Resposta: Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas. https://www.youtube.com/watch?v=pazZME1pJF8 https://www.youtube.com/watch?v=vhE7UPOlmeQ Conclui-se que independente da opinião pessoal segundo o artigo 106 o veículo dos irmãos Wright era considerado uma aeronave pois o artigo não estipula que a aeronave deva decolar com meios próprios e sem auxílio de catapulta. O que também devemos levar em conta é a falta de registros e testemunhas no local de Kitty Hawk para autenticar o feito dos Wright. Já o voo de Dummont foi presenciado por diversos populares a olho nu em 1906 no Plaine de Bagatelle em Paris, sendo que os Wright só apresentaram a funcionalidade do avião deles à Europa em 1908. Creio que esse debate é irrelevante pois se formos ter uma visão mais ampla da situação ambos estavam criando coisas homologas ao mesmo tempo, sem se conhecerem e morando cada um em um lado do atlântico. Ambos foram pioneiros, movidos pela ambição de alçar voo com o mais pesado do que o ar. Questão 2 O RBAC 61, em seu item 61.111 indica os requisitos para emissão de licença de Piloto de Tripulação Múltipla. Pesquise na internet e disserte sobre o que seria esta qualificação, incluindo os requisitos para emissão da licença. Faça referência das fontes usadas em sua pesquisa (0,5 ponto). Resposta: A licença de Piloto de Tripulação Múltipla visa ser a porta de entrada de pilotos no mercado de trabalho. Fazendo com que “opere” sobre supervisão aeronaves de grande porte e adquira conhecimento para poder ascender em sua carreira. Os requisitos para emissão da licença estão prescritos na RBAC 61 Subparte F item 61.111 ao 61.125 que segue: 61.111 Aplicabilidade (a) Esta subparte estabelece os requisitos a serem atendidos para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla, na categoria avião, assim como as prerrogativas e condições para o exercício das funções pertinentes. 61.113 Requisitos gerais para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: (1) ter completado 18 (dezoito) anos; e (2) ter concluído o ensino médio. 61.115 Requisitos de aptidão psicofísica para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve ser titular de CMA de 1ª classe válido. 61.117 Requisitos de conhecimentos teóricos para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: (1) cumprir todos os requisitos de conhecimentos teóricos referentes à concessão de licença de piloto de linha aérea na categoria avião constantes dos parágrafos 61.137(a)(1) e (2) deste Regulamento; e (2) ter sido aprovado em exame teórico da ANAC para a licença de piloto de linha aérea na categoria avião constante do parágrafo 61.137(a)(3) deste Regulamento. 61.119 Requisitos de instrução de voo para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve ter recebido instrução, em um centro de instrução certificado pela ANAC, por um instrutor de voo autorizado que registre tal instrução em seus registros de voo (Sistema Eletrônico de Registro de Voo ou CIV). O instrutor é responsável por declarar que o candidato é competente para realizar, de forma segura, todas as manobras necessárias para ser aprovado no exame de proficiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla. Tal declaração terá validade de 30 (trinta) dias, a partir da data do último voo de preparação para o exame de proficiência. O conteúdo da instrução de voo deverá compreender todos os requisitos de experiência contidos na seção 61.121 deste Regulamento. (b) A instrução se baseará na competência e se desenvolverá no contexto das operações com tripulação múltipla. (c) O candidato deve receber instrução duplo comando, ao nível requerido para concessão de licença de tripulação múltipla, em todas as unidades de competência detalhadas a seguir: (1) aplicação dos princípios de gerenciamento de ameaças e erros; (2) execução de procedimentos e operações em terra e antes do voo; (3) execução de decolagem; (4) execução de subida; (5) execução de voo de cruzeiro; (6) execução de descida; (7) execução de aproximação para aterrissagem; (8) execução de aterrissagem; e (9) execução de procedimentos e operações após a aterrissagem e o voo. (d) A instrução contida no parágrafo (c) desta seção deve incluir as unidades de competência requeridas para o piloto em condições de voo por instrumentos. (e) Cada fase de instrução para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla deve abranger o ensino dos conhecimentos básicos e parte da instrução prática, integrando-se plenamente a esta, o ensino dos requisitos e manobras necessárias para aprovação no exame de proficiência contidos na seção 61.123 deste Regulamento, como detalhado no Apêndice B deste Regulamento. 61.121 Requisitos de experiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve: (1) ter realizado, no mínimo, 240 (duzentas e quarenta) horas de voo real e simulado, em um curso de piloto de tripulação múltipla aprovado pela ANAC; (2) ter cumprido, como parte da experiência em voo real, no mínimo, os requisitos de experiência para a concessão da licença de piloto privado na categoria avião constantes do parágrafo 61.81(a) deste Regulamento; e (3) ter adquirido experiência necessária para alcançar o nível avançado de competência requerido: (i) em um avião de motor à turbina (motor à reação ou turboélice) certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos; ou (ii) em dispositivos de treinamento para simulação de voo qualificados e aprovados pela ANAC para essa finalidade. 61.123 Requisitos de proficiência para a concessão da licença de piloto de tripulação múltipla (a) O candidato a uma licença de piloto de tripulação múltipla deve demonstrar, em exame de proficiência, sua capacidade para executar os procedimentos e manobras especificados na seção relativa à instrução de voo pertinente, com um grau de competência apropriado às prerrogativas que a licença de piloto de tripulação múltipla confere ao seu titular, e para: (1) atuar como segundo em comando de aviões com motor à turbina (motor à reação ou turboélice) certificados para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, em condições visuais de voo e de voo por instrumentos; (2) reconhecer e gerenciarameaças e erros; (3) operar a aeronave dentro de suas limitações de emprego; (4) executar todas as manobras com suavidade e precisão; (5) pilotar o avião no modo de automatização apropriado à fase de voo e manter-se consciente do modo ativo de automatização; (6) executar de forma precisa, procedimentos normais, anormais e de emergência em todas as fases do voo; e (7) comunicar-se de forma eficaz com todos os demais membros da tripulação de voo e demonstrar a capacidade de executar de forma eficaz os procedimentos em caso de incapacitação da tripulação, coordenar-se com a tripulação, aderir aos procedimentos normais de operação (Manual Geral de Operações - MGO) e usar as listas de verificações. (b) A ANAC avaliará continuamente o progresso atingido com o acréscimo do exame de proficiência indicado nesta seção. (c) A ANAC exercerá vigilância permanente durante a fase inicial de implantação da licença de tripulação múltipla, devendo existir uma estreita coordenação e cooperação entre a ANAC, os centros de instrução e treinamento e as empresas de transporte aéreo que contratarem titulares deste tipo de licença. 61.125 Prerrogativas do titular da licença de piloto de tripulação múltipla e condições que devem ser observadas para exercê-las (a) As prerrogativas e condições para o exercício das funções mencionadas no parágrafo 61.111(a) deste Regulamento referem-se ao piloto devidamente qualificado para exercer a função de segundo em comando em um avião certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, e com vínculo empregatício com a empresa que o treinou na função de piloto de tripulação múltipla. (b) Observado o cumprimento dos preceitos estabelecidos neste Regulamento, as prerrogativas do titular de uma licença de piloto de tripulação múltipla são: (1) exercer as atribuições da habilitação de voo por instrumentos em operações com tripulação múltipla; e (2) atuar como segundo em comando em um avião certificado para operação com tripulação mínima de 2 (dois) pilotos, de acordo com a habilitação de tipo averbada em sua licença. (c) O exercício das prerrogativas da licença de piloto de tripulação múltipla em voos internacionais é condicionado ao atendimento, pelo seu titular, aos requisitos estabelecidos na seção 61.10 deste Regulamento. (d) Nenhum titular de licença de piloto de tripulação múltipla pode atuar como segundo em comando, em operações internacionais de serviços de transporte aéreo público, regulares ou não, após ter completado 65 (sessenta e cinco) anos de idade. https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/boletim-de- pessoal/2013/25/anexo-2013-rbac-61-emd-01 Questão 3: A Convenção de Varsóvia, cujo nome completo é Convenção para Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, prevê, em um de seus institutos, limites de indenização por danos causados pelo transporte aéreo, sendo o valor estabelecido em franco-ouro, ou franco-poincaré. Mas a moeda de referência para pagamento das indenizações sofreu atualizações. Pesquise no material didático e na Internet, principalmente na página do Banco Central do Brasil e dos Correios, qual seria esta referência hoje em dia (definir), o valor atualizado e qual seria o valor das indenizações em caso de morte de passageiro (2 pontos). Orientações: a) a única referência a ser utilizada é a Convenção de Varsóvia e suas atualizações; b) o padrão é o atualizado, portanto deve ser indicado qual é esse padrão e depois deve ser feita a conversão em reais ou dólares (não indicar em Francos- Poincarés nem Francos-Ouro: indicar no padrão atualizado). Resposta: A referencia hoje é o Direito especial de saque(XDR), instituído pelo Fundo monetário internacional, que varia de acordo com o valor das moedas que compõem seu lastro. O valor pela eventual morte de um passageiro é de 100.000 XDR que segundo o Banco Central Do Brasil em 01/10/2020 é o equivalente a 796.020,00 reais. Questão 4: A produção normativa, ou função legiferante do Congresso Nacional não afasta a criação de normas por parte de órgãos oficiais de outros poderes. Tem-se, por exemplo, a criação de Súmulas Vinculantes por parte do Supremo Tribunal Federal que, por sua observância obrigatória pelos tribunais inferiores praticamente a torna uma norma com carga de eficácia parecida com leis. Por parte do Poder Executivo tem-se os decretos e as instruções normativas. A ANAC, especializada em aviação, também edita normas de observância obrigatória e, tendo em vista este preâmbulo, questiona-se (2,0 pontos): a) Qual é o mecanismo normativo através do qual um órgão do poder executivo pode editar normas de cunho obrigatório? (Ou seja, qual o diploma legal – lei - e o dispositivo deste diploma que autoriza especialmente esta edição). O mecanismo é a lei 11.182/05 artigo 4 e pelas leis ordinárias e complementares no artigo 87 paragrafo 1, inciso 2 da constituição. b) Quais são as normas editadas pela ANAC? RBAC - Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil RBHA - Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica c) Quais as que mais interessam a um postulante à profissão de aeronauta? (Indicar o RBAC/RBHA/MCA adequado para cada profissional aeronauta, piloto e comissário; no que tange à IS, pode ser indicada qualquer uma delas que interessa o piloto e/ou comissário). RBAC 61 é relacionada a licenças, habilitações e certificados de pilotos de aeronave enquanto o RBAC 63 é relacionada a licenças, habilitações e certificados de mecânicos de voo e comissários de voo. Questão 5: O ordenamento normativo brasileiro é formado pelo conjunto de leis de todas as naturezas e não há propriamente hierarquia entres estas leis. Mas todas elas devem respeitar a Constituição Federal promulgada em 1.988, ou seja, os comandos dispostos em qualquer lei devem estar de acordo com os princípios basilares estabelecidos na Constituição. Sob este ponto de vista, responda: a) Como é possível o Código Brasileiro de Aeronáutica ainda estar em vigor mesmo tendo sido produzido em 1.986, ou seja, dois anos antes da promulgação da Constituição Federal? O Código Brasileiro de Aeronáutica foi encaixado a serviço da constituição de 1988, ou seja, ele está a serviço da constituição, não acima dela. Porem hoje está sendo constantemente atualizada para encaixar nos aspectos que não eram levados em conta na sua data de publicação. b) O RBAC 61 – Licenças, Habilitações e Certificados para Pilotos regulamenta o Código Brasileiro de Aeronáutica. Qual é a diferença entre estes dois diplomas normativos, ou seja, qual a diferença entre lei e regulamento? Regulamento não tem poder de Lei pois Lei provém do Legislativo, e o decreto, do Executivo e existe a supremacia da lei sobre o regulamento. (2, pontos). Questão 6: ”Criminalizar um acidente, no jargão da investigação, significa dotar um procedimento de apuração de acidente com os contornos de inquérito policial ou judicial para se determinar os responsáveis pelo acidente e cominar as devidas penas” (SILVA, 2018, pg. 288). Releia a página 288 e 289 do livro didático, bem como o texto da Lei 12.970/14 e analise o texto abaixo: “O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) decidiu não prosseguir com a investigação sobre a queda do helicóptero modelo Robinson R44, prefixo PT-YFD, em Candói, no Centro-Sul do Paraná. O acidente ocorreu em 31 de agosto de 2014, na Festa Nacional do Charque, e deixou cinco pessoas com ferimentos leves – o piloto saiu ileso”. Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/avioes-em- foco/cenipa-interrompe-investigacao-de-queda-de-helicoptero-em-candoi/ Leia o texto da reportagem, se desejar, e responda: a) Sob qual ou quais hipóteses o CENIPA pode interromper uma investigação em andamento? Caso seja constatado uma interferênciailícita que levou ao incidente. b) Qual norma autoriza esta interrupção e em que artigo ou inciso? Lei 7.565 do Código Brasileiro De Aeronáutica, capítulo VI, Seção I, Art. 88-A paragrafo segundo diz: “A autoridade de investigação Sipaer poderá decidir por não proceder à investigação Sipaer ou interrompê-la, se já em andamento, nos casos em que for constatado ato ilícito doloso relacionado à causalidade do sinistro e em que a investigação não trouxer proveito à prevenção de novos acidentes ou incidentes aeronáuticos, sem prejuízo da comunicação à autoridade policial competente.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7565.htm (1 ponto) Questão 7: Analise o relatório final do acidente com o PTVLQ (Avião) disponível em: <http://prevencao.potter.net.br/detalhe/21928/PTVLQ> (Acesso em: 03 fev. 2017 – também está disponível na midiateca) e, após elaborar breve resumo do acidente, resposta às seguintes questões de forma justificada: (2,0 pontos) a) Qual a hipótese mais provável da aeronave ter se chocado com o solo? Durante o procedimento de pouso ILS em condições IFR o avião fez uma colisão em voo coordenado à água, a 3,15 nm da cabeceira da pista 14 do Aeroporto Internacional de Florianópolis - Hercílio Luz. b) Qual o tipo do acidente? CFIT-Colisão com o solo em voo controlado c) Houve contribuição dos órgãos ATC com o acidente? Sim, o controlador poderia ter indagado o piloto sobre a altura incorreta da aeronave no procedimento pois estava fora do Glide Slope. d) O que o piloto deveria ter feito para evitar o acidente? 1. Ao ver que estava abaixo do glide slope arremeter e tentar novamente o procedimento. 2. Arremeter por não estar visual com a pista. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7565.htm http://prevencao.potter.net.br/detalhe/21928/PTVLQ 3. Seguir a recomendação do controlador e ter alternar a rota.
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