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´Indice 1 Problemas propostos 2 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 Problemas Resolvidos 17 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Capı´tulo 1 Problemas propostos 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 Cinema´tica Escalar 1. (a) O que e´ uma partı´cula? Deˆ um exemplo em que um corpo pode ser considerado como uma partı´cula e um outro exemplo em que o mesmo corpo na˜o pode ser con- siderado como uma partı´cula. (b) Defina referencial? (c) O que sa˜o func¸o˜es-movimento de uma partı´cula? (d) Defina trajeto´ria de uma partı´cula? (e) Deˆ dois exemplos de movimentos diferentes com uma mesma trajeto´ria. 2. Em seu treinamento de atletismo, Juca percorreu um trecho retilı´neo de uma estrada de 20km de comprimento do seguinte modo: nos primeiros 10km ele manteve uma veloci- dade me´dia de 12km/h, enquanto nos u´ltimos 10km ele foi capaz de manter apenas uma velocidade me´dia de 8km/h. Seu amigo Zeca, informado desse resultado, concluiu que Juca percorreu a distaˆncia total de 20 km com uma velocidade me´dia de 10 km/h. Calcule essa velocidade me´dia e verifique se esta´ correta ou na˜o a conclusa˜o de Zeca. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 3 3. Considere um movimento uniformemente acelerado gene´rico de uma partı´cula que se move ao longo do eixo OX . Nesse caso, a sua func¸a˜o-velocidade e´ escrita como vx = f˙x(t) = vx0 + at, onde vx0 e´ uma constante arbitra´ria (trata-se da velocidade da partı´cula no instante t = 0) e a e´ uma constante na˜o-nula arbitra´ria (trata-se da acelerac¸a˜o da partı´cula). Demonstre, nesse caso, que a velocidade me´dia num intervalo de tempo qual- quer [t1, t2] coincide na˜o apenas com a velocidade instantaˆnea no instante dado pela me´dia aritme´tica dos instantes extremos do intervalo como tambe´m com a me´dia aritme´tica das velocidades instantaˆneas nos extremos do intervalo. Ou seja, demonstre que 〈f˙x〉[t1, t2] = f˙x ( t1 + t2 2 ) = f˙x(t1) + f˙x(t2) 2 . (1.1) 4. Uma partı´cula se move ao longo do eixo OX e sua func¸a˜o-movimento e´ dada por x = fx(t) = −t2 + 6t + 16 , (1.2) onde esta´ subentendida a utilizac¸a˜o do Sistema Internacional de Unidades. (a) Determine a func¸a˜o-velocidade e a func¸a˜o-acelerac¸a˜o da partı´cula. (b) Em que instantes e com que velocidades a partı´cula passa pela origem? (c) Durante que intervalo de tempo a partı´cula esta´ no semi-eixo OX positivo? Nesse intervalo, qual e´ a distaˆncia ma´xima da origem atingida por ela? (d) Calcule as velocidades me´dias nos intervalos [−2, 2], [2, 4] e [4, 8]. Utilizando o intervalo [−2, 2], verifique explicitamente a validade da fo´rmula (1.1). 5. Uma partı´cula se move ao longo do eixo OX com uma acelerac¸a˜o constante ax = 1m/s2. No instante t0 = 0 sua posic¸a˜o e´ x0 = d, d > 0, e em t′ = 2s sua posic¸a˜o e´ x′ = d− 6. (a) Obtenha a func¸a˜o-velocidade e a func¸a˜o-movimento da partı´cula. (b) Em que instante a partı´cula inverte o sentido de seu movimento? Em que instante ela retorna a` posic¸a˜o inicial? (c) Qual e´ o menor valor de d para que a partı´cula na˜o atinja o semi-eixoOX negativo? 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 4 6. Uma partı´cula e´ lanc¸ada verticalmente para cima com uma velocidade de mo´dulo v0. Seja d1 a distaˆncia percorrida pela partı´cula durante a primeira metade do intervalo de tempo gasto na subida e seja d2 a distaˆncia percorrida por ela durante a segunda metade. Calcule a raz ao d1/d2. 7. Uma pedra cai, a partir do repouso, do alto de um pre´dio. Ao observar a pedra, uma pessoa verifica que ela percorre os u´ltimos 25 metros antes de se chocar com o solo em 1 segundo. Determine a altura do pre´dio? 8. A figura mostra o gra´fico da posic¸a˜o versus tempo de uma partı´cula em movimento unidi- mensional ao longo do eixo OX . No gra´fico, esta˜o marcados os instantes t1 e t2 que cor- respondem, respectivamente, ao instante em que a partı´cula atinge a distaˆncia ma´xima em relac¸a˜o a` origem e ao instante em que a reta tangente ao gra´fico tem inclinac¸a˜o ma´xima, em mo´dulo, no intervalo t > t1. tt1 t2 x Esboce os gra´ficos de vx versus t e ax versus t da partı´cula e, neles, marque os instantes t1 e t2. 9. A figura mostra o gra´fico da velocidade versus tempo para um movimento retilı´neo de uma partı´cula. Em t = t0 a partı´cula tem velocidade nula, mas a sua velocidade aumenta ate´ o instante t = t2; a partir desse instante ela diminui e volta a ser zero em t = t4. Do instante t = t0 ao instante t = t1 a derivada da velocidade aumenta; do instante t = t1 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 5 ao instante t = t3, ela diminui, passando pelo valor nulo em t = t2 (note que entre t2 e t3 ela aumenta em mo´dulo); do instante t = t3 ao instante t = t4 volta a aumentar ate´ atingir o valor nulo em t4 (note que, nesse intervalo, ela diminui em mo´dulo). Suponha que a posic¸a˜o da partı´cula no instante t = t0 seja x0 e que a a´rea sob a curva do gra´fico da velocidade versus tempo, entre os instantes t = t0 e t = t4, seja D. t v t0 t1 t2 t3 t4 (a) Esboce o gra´fico de x versus t e, nele, indique os instantes t0, t2 e t4. (b) Esboce o gra´fico da ax versus t e, nele, indique os instantes t0, t1, t2, t3 e t4. 10. O gra´fico mostra como variam os mo´dulos das velocidades de dois pilotos de prova de fo´rmula um, Pedro e Renata, numa das va´rias marcac¸o˜es de seus tempos. Renata arranca e mante´m uma acelerac¸a˜o constante ate´ atingir uma velocidade ma´xima vM e, a partir desse instante, passa a frear com acelerac¸a˜o de mo´dulo constante ate´ atingir o repouso no instante tF . Pedro tambe´m arranca, mante´m uma acelerac¸a˜o constante e atinge a mesma velocidade ma´xima de Renata, mas demora mais tempo para fazeˆ-lo. Ale´m disso, Pedro consegue frear a tempo de atingir o repouso no mesmo instante que Renata. O t v vM tF Pedro Renata Denotando por vR e vP as respectivas velocidades escalares me´dias de Renata e Pe- dro entre os instantes 0 e tf , compare, usando os sı´mbolos de ordem >, < ou =, as velocidades vR e vP . Justifique sua resposta. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 6 11. Um carro de fo´rmula 1 esta´ fazendo testes numa longa pista retilı´nea e esta˜o sendo me- didos os intervalos de tempo gastos para que ele percorra uma distaˆncia d. Suponha que ele inicie seu movimento a partir do repouso e que, apo´s percorrer essa distaˆncia, ele re- torne ao repouso. Sabe-se, ainda, que a maior acelerac¸a˜o que esse carro pode atingir e´ α e a ma´xima desacelerac¸a˜o alcanc¸ada e´ β (β > 0). Imagine, agora, um dos possı´veis movimentos que respeitam essa condic¸a˜o, a saber: em t = 0 ele inicia um MRUV com acelerac¸a˜o α ate´ um certo instante, a partir do qual comec¸a a diminuir a sua velocidade descrevendo outro MRUV, com desacelerac¸a˜o β, ate´ atingir o repouso exatamente apo´s ter percorrido a distaˆncia d. (a) Fac¸a um gra´fico da velocidade do carro versus tempo correspondente ao movimento descrito anteriormente. (b) Usando o fato de que a acelerac¸a˜o de uma partı´cula pode ser obtida do gra´fico de sua velocidade versus tempo e tambe´m o fato de que a a´rea alge´brica sob esse gra´fico da´ o seu deslocamento, mostre que para percorrer a distaˆncia d no menor tempo possı´vel, esse carro deve seguir exatamente o movimento descrito anteriormente. Na˜o se esquec¸a de que, nesse problema, os carros teˆm a restric¸a˜o de ter acelerac¸a˜o ma´xima α e desacelerac¸a˜o ma´xima (em mo´dulo)β. (c) Mostre que para o movimento descrito na figura do item (a) o intervalo de tempo gasto pelo carro para percorrer a dista˜ncia d e´ dado por (trata-se do menor tempo possı´vel, com as condic¸o˜es dadas no enunciado) [ 2d(α+ β) αβ ]1/2 . (1.3) 12. A func¸a˜o-velocidade de uma partı´cula que se move ao longo do eixo OX e´ dada por vx = f˙x(t) = t 2 − 4t + 3, onde esta´ subentendida a utilizac¸a˜o do Sistema Internacional de Unidades. (a) Em que instantes o movimento da partı´cula muda de sentido? (b) Determine a func¸a˜o-acelerac¸a˜o da partı´cula e o instante em que ela se anula. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 7 (c) Esboce os gra´ficos de vx versus t e ax versus t e, neles, marque os instantes encon- trados no itens anteriores. (d) Supondo que em t = 0 a partı´cula esteja na origem, determine a sua func¸a˜o- movimento. Fac¸a um esboc¸o do gra´fico de x versus t e, nele, marque os instantes em que a partı´cula inverte o sentido de seu movimento. 13. A func¸a˜o-acelerac¸a˜o de uma partı´cula que se movimenta ao longo do eixoOX e´ dada por ax = bt − c), onde b e c sa˜o constantes positivas. No instante inicial, t = 0, a partı´cula esta´ na origem com velocidade nula. (a) Determine as unidades do SI em que se expressam as constantes b e c. (b) Calcule a velocidade da partı´cula em qualquer instante de tempo. Em que instantes a partı´cula inverte o sentido de seu movimento? (c) Obtenha a func¸a˜o-movimento da partı´cula. Em que instante ela cruza a origem? (d) Esboce o gra´fico da posic¸a˜o x da partı´cula versus o tempo t e, nele, indique os instantes em que vx = 0 e x = 0. 14. Uma esfera bem pequena e´ abandonada a partir do repouso no interior de um tubo vertical no qual existe um ga´s que oferece resisteˆncia ao seu movimento. A sua queda e´ filmada e, escolhendo-se a origem do eixo vertical OY na posic¸a˜o inicial da esfera, encontra-se que a func¸a˜o-movimento que melhor descreve os dados registrados no filme e´ dada por y = A ( β t + e−β t − 1) , (1.4) onde A e β sa˜o constantes positivas e o eixo OY aponta para baixo. (a) Determine as unidades no SI em que se expressas as constantes A e β. (b) Determine a velocidade da esfera para t ≥ 0 e sua velocidade terminal (aquela que a esfera atingiria no limite de um tempo infinito). Esboce o gra´fico da velocidade versus tempo indicando nele a velocidade terminal. (c) Obtenha a acelerac¸a˜o da esfera para t ≥ 0 e esboce o gra´fico de ay versus t. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 8 15. A func¸a˜o-acelerac¸a˜o de uma partı´cula que se move ao longo do eixo OX e´ dada por ax = f¨x(t) = a0 sen(ωt), onde a0 e ω sa˜o constantes positivas. (a) Sabendo que em t0 = 0 a partı´cula se encontra na origem com velocidade nula, determine a sua func¸a˜o-velocidade e a sua func¸a˜o-movimento. (b) Calcule a velocidade me´dia da partı´cula no intervalo [t, t + 2pi/ω], onde t e´ um instante arbitra´rio e verifique que, apesar de ter uma acelerac¸a˜o oscilante, a partı´cula se afasta da origem com o passar do tempo. (c) Esboce os gra´ficos de ax versus t, vx versus t e x versus t, no intervalo [0, 4pi/ω]. (d) Para que voceˆ perceba a forte dependeˆncia do movimento da partı´cula nas condic¸o˜es iniciais, suponha, neste item, que em t0 = 0 ela esteja na origem, mas com veloci- dade vx0 = −a0/ω. Utilizando essas novas condic¸o˜es iniciais, obtenha a func¸a˜o- velocidade e a func¸a˜o-movimento da partı´cula e repita os itens (b) e (c). Cinema´tica Vetorial 16. Um observador no solo percebe que uma pedra foi lanc¸ada horizontalmente de uma altura h e atingiu o solo apo´s percorrer uma distaˆncia horizontal D. A partir desses dados, e do valor da acelerac¸a˜o da gravidade, encontre a velocidade da pedra (a) no instante de lanc¸amento e (b) no instante em que ela atinge o solo. (c) Suponha, neste item, que D = h. Nesse caso, determine o aˆngulo entre a velocidade da pedra e a horizontal no instante em que ela toca o solo. 17. Um proje´til e´ lanc¸ado da origem com a velocidade v0 = v0cos(θ0)ux + v0sen(θ0)uy, onde v0 e´ uma constante positiva e 0 < θ0 < pi/2. Seja t1 o instante no qual o proje´til atinge a sua altura ma´xima e t2 o instante no qual ele volta a tocar o solo. Calcule: 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 9 (a) o vetor deslocamento entre os instantes de tempo t1 e t2; (b) o vetor velocidade me´dia nesse intervalo; (c) o vetor velocidade nos instantes t1 e t2; (d) desenhe a trajeto´ria e marque com setas os vetores calculados nos itens anteriores. 18. Um helico´ptero voa horizontalmente com uma velocidade constante de mo´dulo 90km/h a uma altitude de 340m em relac¸a˜o ao solo. No instante t0 = 0, o helico´ptero deixa cair um pequeno pacote e, nesse mesmo instante, um bala˜o comec¸a a se elevar verticalmente, a partir do solo, com uma velocidade constante de mo´dulo V . Suponha que o helico´ptero e o bala˜o se movam num mesmo plano vertical e que o bala˜o esteja a` frente do helico´ptero (veja figura). 34 0m 200m V v Sabendo que no instante t0 o bala˜o esta´ a uma distaˆncia horizontal de 200m a` frente do helico´ptero, determine: (a) as func¸o˜es-movimento do pacote e do bala˜o; (b) o valor de V para que uma pessoa dentro do bala˜o agarre o pacote, o instante em que isso ocorre e a que altura do solo. 19. Um proje´til e´ lanc¸ado do solo com velocidade inicial de mo´dulo v0 e aˆngulo de lanc¸amento θ0 = 45 o . Os eixos cartesianos sa˜o escolhidos de modo que v0 = v0 cosθ0ux+v0 senθ0uy. Seja g o mo´dulo da acelerac¸a˜o da gravidade e despreze a resisteˆncia do ar. Considere um ponto P localizado no plano OXY e de coordenadas xp = d e yP = h, d, h > 0. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 10 (a) Utilizando argumentos qualitativos, determine os valores de h para os quais o ponto P pode ser atingido por esse proje´til? (b) Suponha, neste item, que o ponto P seja atingido. Calcule v0 em termos de g, d e h. Analise o limite em que h → d e interprete o resultado. (c) Para que valores de h o proje´til passa pelo ponto P na subida e para que valores de h ele passa por esse ponto na descida? 20. Uma partı´cula e´ lanc¸ada horizontalmente do alto de um edifı´cio com uma velocidade de mo´dulo v0. Calcularemos o raio de curvatura de sua trajeto´ria. Com esse objetivo, calcule, sucessivamente, (a) o mo´dulo da velocidade da partı´cula como func¸a˜o do tempo, (b) a componente tangencial da acelerac¸a˜o, (c) a componente normal da acelerac¸a˜o, (d) o raio de curvatura em func¸a˜o do tempo e tambe´m em func¸a˜o da distaˆncia horizontal percorrida pela partı´cula desde o seu lanc¸amento. 21. Devido a certas inomogeneidades na Terra, numa certa regia˜o a acelerac¸a˜o da gravidade na˜o e´ bem vertical. Ale´m de uma componente vertical para baixo de mo´dulo g, ela possui uma componente horizontal de mo´dulo a. Em relac¸a˜o a um sistema de eixos convenien- temente escolhido, as func¸o˜es-movimento de um proje´til lanc¸ado nessa regia˜o sa˜o x = v0x t + 1 2 at2 e y = v0y t− 1 2 gt2 , (1.5) onde vx0 e vy0 sa˜o constantes positivas. (a) Determine o tempo de subida do proje´til, isto e´, o tempo gasto desde o lanc¸amento ate´ que ele chegue ao ponto mais alto da trajeto´ria. (b) Determine o tempo de descida do proje´til, isto e´, o tempo gasto desde o instante em que atinge o ponto mais alto da trajeto´ria ate´ o instante em que volta ao nı´vel do lanc¸amento (y = 0) e compare com o resultado do item anterior. Comente o resultado. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 11 (c) Determine o espac¸o horizontal percorrido pelo proje´til no movimento de subida. (d) Determine o espac¸o horizontal percorrido pelo proje´til no movimento de descida e compare com o resultado do item anterior. Comente o resultado. 22. A func¸a˜o-acelerac¸a˜o de uma partı´cula e´ dada por a = −axux − ayuy, onde ax e ay sa˜o constantes positivas. No instante t = 0, a partı´cula esta´ na origem e tem uma velocidade dada por v0 = v0xux (v0x > 0). (a) Obtenha a func¸a˜o-movimento e a velocidade dapartı´cula. (b) Determine o instante t1 no qual a coordenada x da posic¸a˜o da partı´cula e´ ma´xima. Calcule a sua velocidade nesse instante. (c) Determine o instante t2 no qual a velocidade da partı´cula e´ perpendicular a` sua acelerac¸a˜o. (d) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria da partı´cula para t ≥ 0 e, nele, indique com setas as velocidades e acelerac¸o˜es nos instantes t1 e t2. 23. Uma partı´cula se move num plano com movimento uniforme, isto e´, com velocidade de mo´dulo constante. A figura mostra um trecho de sua trajeto´ria, formada por um semicı´rculo de raio r, uma semi-reta e outro semicı´rculo de raio R = 2r. O sentido do movimento esta´ indicado na figura e, nela, esta˜o marcados os pontos A e B. A B Indique, com setas, as velocidades e acelerac¸o˜es da partı´cula nos instantes em que ela se encontra no ponto A (vA e aA) e no ponto B (vB e aB). Desenhe as setas de modo que seus tamanhos sejam proporcionais aos seus mo´dulos. Marque, ainda, em seu desenho, o vetor deslocamento ∆r[ta, tb], onde ta e´ o instante em que ela se encontra no ponto A e tb, o instante em que ela se encontra no ponto B. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 12 24. Suponha que uma partı´cula seja forc¸ada a se mover no plano OXY com acelerac¸a˜o a = αux + β t 2uy , (1.6) onde α e β sa˜o constantes positivas. (a) Obtenha a func¸a˜o-movimento da partı´cula sabendo que ela parte da origem no ins- tante zero com velocidade nula. (b) Determine o vetor-posic¸a˜o e a velocidade da partı´cula no instante t = √ α/β. (c) Encontre a equac¸a˜o da trajeto´ria da partı´cula em termos das coordenadas cartesianas x e y e fac¸a um esboc¸o da curva obtida. 25. Dois barcos, A e B, se movem com movimentos retilı´neos uniformes ao longo da su- perfı´cie de um grande lago. Em relac¸a˜o ao sistema de eixos escolhido, suas respectivas func¸o˜es-movimento sa˜o dadas por Barco A: xA = 10t e yA = 5t ; Barco B: xB = 100− 4t e yB = 8t , (1.7) onde esta´ subentendida a utilizac¸a˜o do Sistema Internacional de Unidades. (a) Obtenha as equac¸o˜es cartesianas das trajeto´rias dos dois barcos. Determine o ponto de intersec¸a˜o Pi entre elas. (b) Havera´ colisa˜o entre os barcos? Caso na˜o haja, qual deles passa primeiro por Pi? (c) Desnhe os eixos cartesianos OX e OY e esboce as trajeto´rias dos barcos no plano OXY. Em seu esboc¸o, desenho os barcos no instante 5s. (d) Qual deveria ser o mo´dulo da velocidade do barco B, vB , para que, com a mesma posic¸a˜o inicial e uma velocidade de mesma direc¸a˜o e sentido que as utilizadas ante- riormente, os dois barcos se chocassem no ponto Pi? Nesse caso, em que instante isso ocorreria? 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 13 26. A func¸a˜o-movimento de uma partı´cula para t ≥ 0 e´ dada por r = A tux + B sen(Ct)uy , (1.8) onde A, B e C sa˜o constantes positivas. (a) Determine a func¸a˜o-velocidade da partı´cula para t > 0. (b) Determine a func¸a˜o-acelerac¸a˜o da partı´cula para t > 0. (c) Obtenha a equac¸a˜o cartesiana da trajeto´ria seguida pela partı´cula (d) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria e, nele, marque setas correspondentes a`s velocidades e a` acelerac¸a˜o nos instantes t1 = pi/(2C), t2 = pi/C e t3 = 3pi/(2C). (e) Determine as unidades das constantes A, B e C no SI e deˆ o significado das mesmas. 27. Uma partı´cula executa um movimento circular de raio R com uma acelerac¸a˜o de com- ponente tangencial dada por aT = a0 cos(ω t), onde a0 e ω sa˜o constantes positivas. Sabendo que no instante t0 = 0 a velocidade escalar e´ v0 = a0/ω, determine num ins- tante de tempo qualquer a velocidade escalar da partı´cula, v, a componente centrı´peta (ou normal) de sua acelerac¸a˜o e o mo´dulo de sua acelerac¸a˜o. 28. Considere duas partı´culas, A e B, que se movimentam no plano OXY e cujas func¸o˜es- movimento esta˜o escritas abaixo: xA = 0 ; yA = R cos(ωt) e xB = R cos(ωt) ; yB = R sen(ωt) , onde R e ω sa˜o constantes positivas. (a) Descreva com palavras que tipo de trajeto´rias teˆm as partı´culas A e B. (b) As partı´culas se encontrara˜o em algum instante? Caso isso ocorra, determine em que instantes. Caso contra´rio, justifique porque nunca se encontrara˜o. (c) Desenhe, numa mesma figura, as trajeto´rias das duas partı´culas. Marque, nesse desenho, as suas respectivas posic¸o˜es nos instante t1 = pi/(2ω) e t2 = pi/ω. Com o auxı´lio de setas, indique tambe´m no desenho as respectivas velocidades e acelerac¸o˜es das duas partı´culas nesses instantes. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 14 29. A func¸a˜o-movimento de uma partı´cula e´ dada por r = R cos(ωt)ux + R sen(ωt)uy + huz , (1.9) onde R, ω e h sa˜o constantes positivas dadas. (a) Determine a velocidade v e a acelerac¸a˜o a da partı´cula em um instante t arbitra´rio. (b) Determine a posic¸a˜o, a velocidade e a acelerac¸a˜o da partı´cula no instante t = 0. (c) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria da partı´cula e, nele, marque a a sua posic¸a˜o inicial. Indique, ainda, com o auxı´lio de setas, a velocidade e a acelerac¸a˜o da partı´cula no instante inicial. (d) Mostre, a partir dos resultados do primeiro item, que |a| = |v|2/R em qualquer instante de tempo. 30. Considere o movimento de um pequeno gra˜o de poeira preso a` periferia de um pneu de uma bicicleta que se move em linha reta com velocidade constante. Os eixos cartesianos sa˜o escolhido de tal modo que a posic¸a˜o desse gra˜o num instante gene´rico de tempo e´ dada por r = R[ωt + sen(ωt)]ux + R[1 + cos(ωt)]uy , (1.10) onde R e ω sa˜o constantes positivas (na˜o e´ difı´cil ver que R e´ o raio da roda da bicicleta e ω e´ a rapidez com que a roda gira). (a) Calcule a velocidade e a acelerac¸a˜o do gra˜o de poeira num instante qualquer. (b) A partir das expresso˜es encontradas no item anterior, verifique que, embora o mo´dulo da velocidade do gra˜o varie com o tempo, o mo´dulo da sua acelerac¸a˜o e´ constante. (c) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria do gra˜o no intervalo [0, 4pi/ω]. Marque, em seu esboc¸o, as posic¸o˜es do gra˜o nos instantes t1 = pi/(2ω), t2 = pi/ω, t3 = 3pi/(2ω) e t4 = 2pi/ω e, com setas, indique suas acelerac¸o˜es nesses instantes. 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 15 31. A func¸a˜o-movimento de uma partı´cula e´ dada por: r = Ae−αt [ cos (ωt)ux + sen(ωt)uy ] , (1.11) onde A, α e ω sa˜o constantes positivas. (a) Calcule a distaˆncia da partı´cula a` origem como func¸a˜o do tempo. (b) Calcule a velocidade da partı´cula em um instante gene´rico do tempo e determine o seu mo´dulo. (c) No caso em que α = 0, qual e´ a trajeto´ria da partı´cula? (d) Considerando α << ω, fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria da partı´cula entre os instantes t0 = 0 e t1 = 6pi/ω. Indique com setas nesse esboc¸o a posic¸a˜o e a velocidade da partı´cula nos instantes t0 = 0 e t2 = pi/(2ω). (e) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria da partı´cula entre os instantes 0 a 3pi/ω, mas agora supondo que α = ω/pi. 32. A func¸a˜o-movimento de uma partı´cula para t ≥ 0 e´ dada por r = 2Asen(ωt)ux + A sen(2ωt)uy , (1.12) onde A e ω sa˜o constantes positivas. (a) Obtenha a velocidade e a acelerac¸a˜o da partı´cula em um instante de tempo qualquer. (b) Determine o instante t1 no qual a partı´cula atinge pela primeira vez a posic¸a˜o onde sua coordenada y e´ ma´xima. Determine, tambe´m, o instante t2 no qual a partı´cula atinge pela primeira veza posic¸a˜o onde sua coordenada x e´ ma´xima. Calcule suas velocidades e suas acelerac¸o˜es nos instantes t1 e t2. (c) Fac¸a um esboc¸o da trajeto´ria da partı´cula no intervalo [0, 2pi/ω]. Marque, em seu esboc¸o, as posic¸o˜es da partı´cula nos instantes t1 e t2 e, com setas, indique suas respectivas velocidades e acelerac¸o˜es nesses instantes. Obs: ao esboc¸ar a trajeto´ria, observe que a frequ¨eˆncia com que a partı´cula oscila ao longo da direc¸a˜o OY e´o dobro da frequ¨eˆncia com que ela oscila ao longo da direc¸a˜o OX . 1.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 16 33. Uma partı´cula se move no plano OXY e, entre os instantes t = 0 e t = T/2, suas func¸o˜es-movimento sa˜o x = R− R cos ( 2pi t T ) e y = −R sen ( 2pi t T ) . (1.13) Entre os instantes t = T/2 e t = 3T/4, as func¸o˜es-movimento da partı´cula sa˜o da forma x = 3R 2 + R 2 cos (ω t + δ) e y = R 2 sen (ω t + δ) , (1.14) nas quais ω e δ sa˜o constantes a serem determinadas, sendo que −pi ≤ δ ≤ pi. Levando em conta que tanto a posic¸a˜o quanto a velocidade da partı´cula sa˜o contı´nuas em t = T/2, isto e´, que a posic¸a˜o final e a velocidade final da partı´cula no movimento entre t = 0 e t = T/2 coincidem com a sua posic¸a˜o inicial e a sua velocidade inicial no movimento entre t = T/2 e t = 3T/4, (a) determine ω e δ; (b) esboce a trajeto´ria da partı´cula entre os instantes t = 0 e t = T ; (c) Calcule os mo´dulos das acelerac¸o˜es centrı´petas nos intervalos de t = 0 a t = T/2 e de t = T/2 a t = 3T/4. Capı´tulo 2 Problemas Resolvidos 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 Cinema´tica Escalar 1. (a) Definimos partı´cula como qualquer corpo cujas dimenso˜es sejam desprezı´veis quando comparadas com as imenso˜es tı´picas do problema em questa˜o. Por exemplo, numa viagem entre o Brasil e a ´Africa, mesmo um grande transatlaˆnctico, durante a trav- essia, pode ser considerado como uma partı´cula, uma vez que suas dimenso˜es sa˜o desprezı´veis frente a` menor distaˆncia entre o Brasil e a ´Africa. No entanto, esse mesmo navio, ao entrar na baı´a de Guanabara para atracar no porto, na˜o pode ser considerado como partı´cula, pois suas dimeno˜es sa˜o compara´veis a`s distaˆncias rel- evantes nessa etapa de seu movimento (a largura da boca da baı´a de Guanabara e´ da ordem de grandeza do comprimento de um desses navios: centenas de metros em ambos os casos). (b) De uma forma sucinta, podemos dizer que um referencial e´ um sistema de eixos coordenados munido de re´guas (rı´gidas) e relo´gios, tantos quantos forem necessa´rios e todos sincronizados entre si. Um agente fixo em um referencial capaz de realizar medic¸o˜es de posic¸o˜es e instantes de tempo e´, comumente, chamado observador. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 18 (c) Func¸o˜es-movimento de uma partı´cula sa˜o as func¸o˜es que associam a cada instante de tempo as coordenadas x, y e z da partı´cula em relac¸a˜o a um dado referencial. Nesse sentido, nas expresso˜es x = fx(t), y = fy(t) e z = fz(t), as func¸o˜es- movimento sa˜o fx, fy e fz. (d) Ao se movimentar, uma partı´cula passa por diversos pontos do espac¸o. Tais pontos va˜o determinar uma curva em relac¸a˜o a um dado referencial. Essa curva e´ chamada trajeto´ria da partı´cula. Numa linguagem mais matema´tica, dirı´amos que a trajeo´ria de uma partı´cula e´ a imagem de suas func¸o˜es-movimento (note que a trajeto´ria de- pende do referencial). (e) Considere dois movimentos circulares uniformes ideˆnticos de duas partı´culas exceto pelo fato de que as partı´culas giram em sentidos opostos. Nesse caso, as partı´culas na˜o ocupam as mesmas posic¸o˜es para todos os instantes de tempo e, consequ¨ente- mente, na˜o possuem as mesmas func¸o˜es-movimento. 2. A conclusa˜o de Zeca esta´ errada. Podemos verificar isso mesmo antes de fazer qualquer ca´lculo, utilizando apenas a ide´ia de velocidade media. Como Juca percorreu distaˆncias iguais com velocidades me´dias diferentes, os intervalos de tempo gastos para percorrer cada trecho de 10km na˜o sa˜o iguais. Gastou menos tempo no trecho em que manteve a maior velocidade me´dia. Consequ¨entemente, sua velocidade me´dia no trecho total na˜o pode ser, simplesmente, a me´dia aritme´tica das respectivas velocidades me´dias em cada trecho. Vejamos, agora, qual foi sua velocidade me´dia em todo o movimento. No trecho percorrido com a velocidade me´dia de 12km/h, o tempo gasto por Juca foi ∆t1 = (10/12)h e no trecho percorrido com a velocidade me´dia de 8km/h, o tempo gasto foi ∆t2 = (10/8)h. Portanto, da definic¸a˜o de velocidade me´dia, temos 〈v〉 = ∆s ∆t = ∆s ∆t1 + ∆t2 = 20 10/12 + 10/8 h =⇒ 〈v〉 = 9, 6km/h . (2.1) Como era de se esperar, a velocidade me´dia de Juca e´ menor que a me´dia aritme´tica de suas velocidades me´dias em cada trecho, uma vez que se movimentou mais tempo com a velocidade me´dia menor de 8km/h. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 19 3. No caso em que a func¸a˜o-velocidade de uma partı´cula e´ dada por vx = f˙x(t) = vx0 + at, onde vx0 e a sa˜o constantes, a func¸a˜o-movimento correspondente e´ dada por fx(t)− fx(0) = ∫ t 0 f˙x(t ′dt ′ = ∫ t 0 (vx0 + at ′)dt ′ , (2.2) ou seja, x = fx(t) = x0 + vx0t + 1 2 at2 , (2.3) onde x0 = fx(0) e´ a posic¸a˜o da partı´cula em t = 0. Utilizando a definic¸a˜o de velocidade me´dia num certo intervalo de tempo e a equac¸a˜o anterior aplicada aos instantes t1 e t2, obtemos 〈f˙x〉[t1, t2] = fx(t2)− fx(t1) t2 − t1 = vx0(t2 − t1) + (1/2)a(t22 − t21) t2 − t1 (2.4) Lembrando que t22− t21 = (t2 + t1)(t2− t1), o resultado anterior pode ser escrito na forma 〈f˙x〉[t1, t2] = vx0 + a ( t1 + t2 2 ) = f˙x ( t1 + t2 2 ) , (2.5) um dos resultados que querı´amos demonstrar. Para demonstrarmos o segundo resultado pedido no enunciado, basta percebermos que vx0 + a ( t1 + t2 2 ) = 1 2 (vx0 + at1) + 1 2 (vx0 + at2) . (2.6) Utilizando esse resultado, a equac¸a˜o (2.5) e identificando apropriadamente os termos, obtemos 〈f˙x〉[t1, t2] = 1 2 (vx0 + at1) + 1 2 (vx0 + at2) = f˙x(t1) + f˙x(t2) 2 , (2.7) como querı´amos demonstrar. Essa propriedade do MRUV sera´ ilustrada numericamente no pro´ximo problema. A seguir, faremos um breve comenta´rio para enfatizar que essa propriedade do MRUV e´ um caso particular de um resultado mais geral, baseado em um teorema fundamental do ca´lculo diferencial. Note que num movimento unidimensional qualquer, existe pelo menos um instante t∗ no intervalo (t1, t2) tal que 〈f˙x〉[t1, t2] = f˙x(t∗) . (2.8) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 20 Graficamente, esse resultado significa que a reta secante passando pelos pontos (t1, fx(t1)) e (t2, fx(t2)) do gra´fico da fx(t) versus t e´ paralela a` reta tangente ao gra´fico em t∗, como ilustra a figura (lembre-se de que o lado esquerdo da equac¸a˜o (2.8) mede a inclinac¸a˜o da reta secante enquanto o lado direito, a inclinac¸a˜o da reta tangente) t fx(t) t1 t2 reta secante t∗ reta tangente em t∗ As particularidades do MRUV fazem com que t∗ seja precisamente o valor me´dio do intervalo considerado, i.e., t∗ = (t1 + t2)/2, e que f˙x((t1 + t2)/2) = (f˙x(t1) + f˙x(t2))/2. Esse u´ltimo resultado decorre do fato de que, no MRUV, f˙x(t) e´ da forma a + bt, com a e b constantes. 4. (a) A partir das definic¸o˜es de velocidade e acelerac¸a˜o de uma partı´cula e sabendo que a sua func¸a˜o-movimento e´ dada por x = fx(t) = −t2 + 6t + 16, obtemos vx = dx dt = −2t + 6 , (2.9) ax = dvx dt = −2 . (2.10) Trata-se, portanto, de um movimento retilı´neo uniformemente acelerado, ois a acelerac¸a˜o da partı´cula e´ constante, igual a −2m/s2 (no Sistema Internacional de Unidades). (b) Para determinarmos os instantes nos quais a partı´cula passa pela origem, devemos impor a condic¸a˜o x = 0, ou seja, devemos encontrar as raı´zes do polinoˆmio x = −t2 + 6t + 16. ´E imediato encontrar os instantes t1 = −2s e t2 = 8s. Note que instantes de tempo negativos sa˜o perfeitamente admissı´veis. No caso em questa˜o, 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 21 termos encontrado t1 = −2s significa, apenas, que a partı´cula passou pela origem dois segundos antes do instante t0 = 0s.Como conhecemos a func¸a˜o-velocidade da partı´cula, dada pela equac¸a˜o (2.9), suas respectivas velocidades, vx1 e vx2, nesses instantes, sa˜o dadas por vx1 = −2× (−2) + 6 =⇒ vx1 = 10m/s , (2.11) vx2 = −2× (8) + 6 =⇒ vx2 = −10m/s . (2.12) (c) Note que em func¸a˜o de suas raı´zes, o polinoˆmio do segundo grau x = −t2 +6t+16 se escreve x = −(t + 2)(t − 8). Essa expressa˜o torna evidente que x > 0 se −2 < t < 8 e x < 0 se t < −2 ou t > 8. Portanto, a partı´cula permanece no semi-eixoOX positivo (x > 0) no intervalo de tempo (−2, 8), ou seja nos instantes tais que −2 < t < 8. Se em t = −2s a partı´cula esta´ na origem e em t = 8s ela volta a` origem, pela continuidade do movimento e pelo fato de ela se encontrar no semi-eixo OX positivo no intervalo −2 < t < 8, vemos que ela se afasta da origem a partir de t = −2 ate´ atingir uma posic¸a˜o no eixo OX na qual ela pa´ra e volta novamente a` origem em t = 8s. Isso e´ pode ser compreendido tambe´m se lembrarmos que em t = −2s a partı´cula possui velocidade positiva (vx(−2) = 10 > 0) mas sua acelerac¸a˜o durante todo o movimento e´ constante e negativa (ax = −2 < 0). Isso faz com que a partı´cula comece a frear ate´ parar, inverter o sentido do seu movimento num instante de tempo intermediario ti entre t = −2 e t = 8 e comec¸ar, enta˜o, a se mover no sentido negativo do eixo OX . Dado que vx(ti) = 0 = −2ti + 6, vemos que ti = 3seg. Sustituindo ti = 3 na func¸a˜o-movimento da partı´cula encontramos fx(ti) = −(3)2 + 6× 3 + 16 = 25 , (2.13) ou seja, a maior distaˆncia da origem atingida pela partı´cula no intervalo em que ela se move no semi-eixo OX positivo e´ igual a 25m. Graficamente, temos para a func¸a˜o-movimento da partı´cula (x versus t) a seguinte para´bola (confira no gra´fico as afirmativas anteriores): 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 22 t−2 8 3 x = fx(t) 25 (d) Utilizando a definic¸a˜o de velocidade me´dia e a func¸a˜o-movimento da partı´cula, obtemos 〈vx〉[−2, 2] = fx(2)− fx(−2) 2− (−2) = 24− 0 4 = 6m/s , 〈vx〉[2, 4] = fx(4)− fx(2) 4− 2) = 24− 24 2 = 0m/s , 〈vx〉[4, 8] = fx(8)− fx(4) 8− 4 = 0− 24 4 = −6m/s . (2.14) A partir da func¸a˜o-velocidade da partı´cula, verificamos inicialmente que f˙x (−2 + 2 2 ) = f˙x(0) = 6m/s = 〈vx〉[−2, 2] . (2.15) Analogamente, observando que f˙x(−2) = 10m/s e f˙x(2) = 2m/s , (2.16) verificamos, tambe´m, que f˙x(−2) + f˙x(2) 2 = 10m/s + 2m/s 2 = 6m/s = 〈vx〉[−2, 2] . (2.17) 5. (a) Da definic¸a˜o de acelerac¸a˜o, temos dvx/dt = ax. Integrando essa equac¸a˜o, obtemos (sempre que omitirmos as unidades, estara´ implı´cito o uso do SI) vx − vx0 = ∫ t 0 ax dt ′ = ∫ t 0 1 dt′ =⇒ vx = vx0 + t , (2.18) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 23 onde a velocidade inicial sera´ calculada com as condic¸o˜es dadas no problema. Ana- logamente, da definic¸a˜o de velocidade, temos dx/dt = vx, de modo que integrando uma vez mais no tempo, obtemos x− x0 = ∫ t 0 vx dt ′ = ∫ t 0 (vx0 + t ′) dt′ =⇒ x = d + vx0t + 1 2 t2 , (2.19) onde usamos o fato de que x0 = d. Devemos, agora, utilizar a condic¸a˜o de que para t′ = 4 a partı´cula se encontra na posic¸a˜o x′ = d− 6. Impondo essa condic¸a˜o, temos d− 6 = d + 2vx0 + 2 =⇒ vx0 = −4 , (2.20) e, consequ¨entemente, a func¸a˜o-velocidade e a func¸a˜o-movimento da partı´cula sa˜o dadas, respectivamente, por x = d− 4t + 1 2 t2 (2.21) vx = t− 4 . (2.22) (b) A partı´cula inverte o sentido de seu movimento a partir do instante em que sua velocidade e´ nula, isto e´, em ti = 4s. Sabemos que, de fato, ela inverte o sentido de seu movimento nesse instante pois sua velocidade muda de sinal em t = 4s. Para sabermos em que instante ela retorna a` posic¸a˜o inicial, basta forc¸armos que sua posic¸a˜o seja igual a d, ou seja, d−4t+t2/2 = d. Descartando, por razo˜es o´bvias, o valor t = 0s, concluı´mos que ela retorna a` posic¸a˜o inicial no instante t = 8s. Observe que a partı´cula gasta 4s ate´ parar e outros 4s ate´ retornar a` posic¸a˜o inicial. Isso ja´ era esperado, pois trata-se de um MRUV (o mesmo ocorre no movimento de queda livre, no qual o tempo de subido e´ sempre igual ao tempo de descida). (c) A condic¸a˜o para que a partı´cula na˜o atinja o semi-eixo OX negativo e´ x > 0 para qualquer instante de tempo. Como a func¸a˜o-movimento x = d − 4t + t2/2 cor- responde a uma para´bola cuja parte coˆncava esta´ do lado do semi-eixo OX posi- tivo (pois o coeficiente que acompanha o termo quadra´tico e´ positivo) o ponto mais pro´ximo da origem (nos casos em que na˜o atinge a origem) e´ o ve´rtice da para´bola. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 24 Esse ve´rtice ocorre no instante ti = 4seg, no qual a partı´cula inverte o sentido de seu movimento (quando sua velocidade e´ nula). Portanto, devemos impor a condic¸a˜o: d− 4ti + 1 2 t2i > 0 =⇒ d > 8m . (2.23) 6. Escolhendo o eixo OY com direc¸a˜o vertical, apontando para cima e com a origem no ponto de lanc¸amento da partı´cula, a func¸a˜o-movimento e a func¸a˜o-velocidade da partı´cula sa˜o dadas, respectivamente, por y = v0t− 1 2 gt2 e vy = v0 − gt , (2.24) onde escolhemos t = 0 como o instante de lanc¸amento e denotamos por g o mo´dulo da acelerac¸a˜o gravitacional na superfı´cie terrestre. Quando a partı´cula atinge a altura ma´xima de sua trajeto´ria, sua velocidade e´ nula. Consequ¨entemente, da u´ltima equac¸a˜o obtemos o tempo de subida, ts, impondo a condic¸a˜o vy = 0 = v0 − gts, o que nos leva a ts = v0/g. Seja t1 = ts/2 = v0/2g. A distaˆncia percorrida no intervalode tempo [0, t1] e´ dada, enta˜o, por d1 = y1 − 0 = v0 ( v0 2g ) − g 2 ( v0 2g )2 =⇒ d1 = 3v 2 0 8g , (2.25) onde a posic¸a˜o da partı´cula no instante t1, y1, foi calculada a partir da primeira equac¸a˜o escrita em Eq(2.24). O instante final do segundo intervalo de tempo a ser considerado e´ justamente ts. A posic¸a˜o da particula, nesse instante, e´ ys = v0(v0/g) − (g/2)(v0/g)2. Com isso, a distaˆncia percorrida no intervalo de tempo [t1 = ts/2, ts] e´ dada por d2 = yf − d1 = v0 ( v0 g ) − g 2 ( v0 g )2 − d1 =⇒ d2 = v 2 0 8g . (2.26) Dessa forma, obtemos, para a raza˜o desejada, o resultado d1 d2 = 3v20 8g 8g v20 = 3 . (2.27) Note que esse resultado independe de v0, ou seja, ocorre em qualquer lanc¸amento vertical. Como o tempo de subida e´ igual ao de descida, a distaˆncia percorrida pela 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 25 partı´cula na primeira metade do tempo de descida e´ 1/3 da distaˆncia percorrida na se- gunda metade. Esse resultado e´ um caso particular de um outro, mais geral, que ocorre em movimentos uniformemente acelerados. Imagine, por exemplo, que uma partı´cula inicie, a partir do repouso, um movimento com acelerac¸a˜o constante. Pode-se mostrar, enta˜o, que se ∆s1 for a distaˆncia percorrida no intervalo [0, ∆t], as distaˆncias percorridas nos intervalos [∆t, 2∆t], [2∆t, 3∆t], ..., [(n − 1)∆t, n∆t] sera˜o, respectivamente, 3∆s1, 5∆s1, ..., (2n − 1)∆s1. Galileo foi o primeiro a perceber essa propriedade ao estudar movimentos uniformemente acelerados em planos inclinados. 7. Por convenieˆncia, escolheremos o eixoOY vertical, apontando para baixo e com a origem no alto do pre´dio, ou seja, na posic¸a˜o de onde a pedra foi abandonada a partir do repouso no instante inicial t0 = 0. Com essa escolha, a func¸a˜o-movimento da pedra e´ dada por y = fy(t) ≡ 1 2 gt2 . (2.28) Seja t1 o instante em que a pedra esta´ a uma distaˆncia de 25 metros acima do solo. Como ela demora 1 segundo a partir de t1 para atingir o solo, podemos escrever fy(t1 + 1)− fy(t1) = 25 . (2.29) Utilizando a equac¸a˜o (2.28), a condic¸a˜o anterior toma a forma 1 2 g(t1 + 1) 2 − 1 2 g(t1) 2 = 25 , (2.30) ou seja, g ( t1 + 1 2 ) = 25. (2.31) Substituindo o valor de g, temos, t1 = 2s. Uma vez que a pedra partiu do repouso em t0 = 0 e atingiu o solo no instante t1 + 1 = 3s, a altura do pre´dio, h, e´ dada por h = fy(t1 + 1) = 1 2 g(t1 + 1) 2 = 45m . (2.32) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 26 8. Para facilitar a compreensa˜o dos gra´ficos, repetimos o de posic¸a˜o versus tempo e exibimos os gra´ficos de velocidade e acelerac¸a˜o versus tempo logo abaixo deste. tt1 t2 x t t1 t2 vx t t1 t2 ax ax1 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 27 A construc¸a˜o do gra´fico vx versus t se baseia na ana´lise da inclinac¸a˜o das retas tangentes ao gra´fico x versus t em cada ponto. A inclinaa˜o da reta tangente em cada ponto do gra´fico da func¸a˜o-movimento corresponde ao valor da derivada dessa func¸a˜o, nesse ponto, ou seja, a dx/dt, que e´ exatamente a sua func¸a˜o-velocidade. Resumidamente, dizemos que a velocidade, num dado instante de tempo, descreve a inclinac¸a˜o do gra´fico x versus t, nesse instante. Assim, a velocidade no intervalo 0 ≤ t ≤ t1 diminui de um valor positivo ate´ o valor nulo, pois o gra´fico xversus t diminui sua inclinac¸a˜o no intervalo 0 < t < t1, comec¸ando por um valor positivo qualquer em t = 0 e terminando com o valor nulo em t = t1. No intervalo t1 < t < t2, a velocidade se torna negativa, mas seu mo´dulo aumenta pois as inclinac¸o˜es das retas tangentes ao gra´fico xversus t aumentam em mo´dulo. Para t > t2 a inclinac¸a˜o do gra´fico x versus t comec¸a a diminuir em mo´dulo, mas sempre assumindo valores negativos. Desse modo, a velocidade alcanc¸a um mı´nimo em t = t2. Para valores de t muito grandes a inclinac¸a˜o do gra´fico x versus t e´ cada vez menor em mo´dulo, mas sempre negativa, o que significa que para t > t2 a velocidade tende assintoticamente a zero (por valores negativos). De forma ana´loga e´ a construc¸a˜o do gra´fico ax versus t, pois se baseia na ana´lise da inclinac¸a˜o das retas tangentes ao gra´fico vx versus t em cada ponto. A inclinac¸a˜o da reta tangente em cada ponto do gra´fico da func¸a˜o-velocidade corresponde, agora, ao valor da derivada dessa func¸a˜o nesse ponto, ou seja, a dvx/dt, que e´ exatamente a func¸a˜o- acelerac¸a˜o. Portanto, resumidamente, dizemos que a acelerac¸a˜o, num dado instante de tempo, descreve a inclinac¸a˜o do gra´fico vx versus t, nesse instante. Note, que os ma´ximos locais (ou mı´nimos locais) do gra´fico x versus t correspon- dem aos pontos de retorno do movimento onde a velocidade e´ nula (derivada nula). Um exemplo de ponto de retorno ocorre em t1 no gra´fico mostrado. Por outro lado, ma´ximos locais (ou mı´nimos locais) do gra´fico vx versus t correspondem a pontos de inflexa˜o do gra´fico x versus t, i.e., pontos onde o gra´fico da func¸a˜o-movimento muda de concavi- 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 28 dade. Esses pontos indicam que a acelerac¸a˜o da partı´cula muda de sinal: por exemplo, uma partı´cula inicialmente acelerada, que vai diminuindo sua acelerac¸a˜o ate´ que, a partir de um dado instante (ponto de inflexa˜o do gra´fico de x versus t) passa a ser freada. Em outras palavras, a` direita do ponto de inflexa˜o a acelerac¸a˜o tem um sinal e a` direita, o sinal oposto). Exemplo de um ponto de inflexa˜o ocorre no instante t2. 9. (a) Temos o seguinte gra´fico da velocidade versus tempo para o movimento de uma partı´cula t v t0 t1 t2 t3 t4 O deslocamento x − x0, no intervalo de tempo [t0, t], e´ a a´rea sob esse gra´fico no intervalo [t0, t]. Do instante t = t0 ao instante t = t4 temos x4 − x0 = D. A velocidade e´ sempre positiva de modo que a a´rea e´ sempre positiva e aumenta monotonamente a medida que o tempo cresce a partir de t = t0; isso significa que acontece o mesmo com o deslocamento x − x0. De t0 ate´ t2 vai aumentando a rapidez com que a a´rea cresce e, portanto vai aumentano a inclinac¸a˜o do gra´fico da posic¸a˜o versus tempo. A partir de t2 ate´ t4 a a´rea vai crescendo mais vagarosamente ate´ parar de crescer de t4 em diante, porque a velocidade se torna nula. Portanto, a inclinac¸a˜o do gra´fico da posic¸a˜o versus tempo vai crescendo mais vagarosamente a partir de t2, ate´ tornar-se nula a partir de t4. Essas informac¸o˜es sa˜o suficientes para esboc¸ar o gra´fico seguinte. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 29 t x t0 t2 t4 x0 x0+D (b) A acelerac¸a˜o e´ a inclinac¸a˜o do gra´fico da velocidade versus tempo. Conforme o enunciado, essa inclinac¸a˜o e´ nula em t0 e vai aumentando ate´ t1, quando comec¸a a diminuir; ha´ portanto uma inclinac¸a˜o ma´xima no instante t1. A inclinac¸a˜o continua a diminuir, passa pelo valor nulo em t2, torna-se negativa e prossegue diminuindo ate´ t3, quando volta a aumentar, mantendo ainda valores negativos, ate´ atingir o valor nulo em t4; no instante t3 ocorre um mı´nimo para a inclinac¸a˜o. Aplicanco o que dissemos sobre a inclinac¸a˜o a` acelerac¸a˜o, no gra´fico dessa versus tempo, obtemos a figura seguinte. t a t0 t1 t2 t3 t4 10. Num gra´fico de velocidade versus tempo, a a´rea algebrica sob o gra´fico e´ igual ao deslo- camento da partı´cula no intervalo em considerac¸a˜o. No caso em questa˜o, as respecti- vas a´reas sob os gra´ficos das velocidades de Pedro e Renata sa˜o iguais, pois ambos os triaˆngulos teˆm a mesma base (tempo tf )e a mesma altura (a velocidade ma´xima vm). Como velocidade me´dia e´, por definic¸a˜o, 〈v〉 = ∆s/∆t, concluı´mos que vR = vP . 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 30 11. (a) O gra´fico pedido neste item corresponde ao feito com a linha contı´nua (o trecho com a linha tracejada sera´ u´til na explicac¸a˜o do pro´ximo item). O tt′t′′ v inclinac¸a˜o −β inclinac¸a˜o α a´rea = d (b) Como a a´rea sob a curva do gra´fico de vx versus t no intervalo [0, t′] representa a distaˆncia d percorrida pelo carro nesse intervalo, para que ele percorra a mesma distaˆncia num intervalo de tempo menor ele deve seguir um movimento no qual retorne ao repouso num instante menor que t′ (por exemplo, o instante t′′ da figura), e que tenha a mesma a´rea sob a nova curva vx versus t. No entanto, para que no intervalo [0, t′′] a nova a´rea sob o gra´fico seja a mesma que antes, a desacelerac¸a˜o (ou a acelerac¸a˜o) deve necessariamente superar o valor ma´ximo permitido. Considere, por exemplo, o movimento formado pela semireta que sai da origem ate´ a velocidade ma´xima e a linha pontilhada ate´ o repouso. Observe, enta˜o, que, para compensar a a´rea perdida no final do movimento, a curva pontilhada tem obrigatoriamente algum trecho no qual as inclinac¸o˜es sa˜o superiores a β. (c) Antes de fazermos qualquer ca´lculo, note que se a a´rea sob o gra´fico triangular da func¸a˜o-movimento e´ fixa (a´rea = d) e se as inclinac¸o˜es das retas sa˜o dadas por α e −β, respectivamente, a base do tria˜ngulo (que corresponde ao tempo t ′ gasto no percurso) estara´ determinada. Designando por vM a velocidade ma´xima atingida no percurso, igualamos a a´rea sob o gra´fico, no intervalo [0, t′], com a distaˆncia percorrida d e obtemos d = t′ vM 2 . (2.33) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 31 Desejamos determinar o valor de t′. Encontraremos antes o valor de vM . Sejam d1 e d2 as distaˆncias percorridas pelo carro nos trechos em que esta´ com acelerac¸a˜o α e desacelerac¸a˜o β, respectivamente. Obviamente, d1 + d2 = d. Aplicando a equac¸a˜o de Torricelli em cada trecho do movimento, temos, tambe´m, v2M = 2αd1 e v2M = 2βd2, o que nos leva a` igualdade αd1 = βd2. Das relac¸o˜es entre d1 e d2, obtemos d1 = α α + β d e d2 = β α + β d . (2.34) Substituindo d1 ou d2 em qualquer uma das equac¸o˜es de Torricelli anteriores, obte- mos vM = √ 2dαβ α + β . (2.35) Utilizando esse resultado juntamentecom a equac¸a˜o (2.33), obtemos, finalmente, t′ = [ 2d(α + β) αβ ]1/2 . (2.36) 12. (a) O movimento da partı´cula muda de sentido quando sua velocidade muda de sinal. Para que isso ocorra a sua velocidade deve, necessariamente, passar pelo valor nulo (esta e´ uma condic¸a˜o necessa´ria, mas na˜o suficiente, pois a velocidade de uma partı´cula pode diminuir, se anular e voltar a crescer sem inverter o sentido do movimento). No caso em questa˜o, a partı´cula inverte o sentido de seu movimento duas vezes, em t = 1 e t = 3, instantes que correspondem a`s raı´zes da eq uac¸a˜o vx = t 2 − 4t + 3 = 0. (b) Da definic¸a˜o de acelerac¸a˜o e com vx = t2 − 4t + 3, temos ax = dvx/dt = 2t− 4 . (2.37) Portanto, a acelerac¸a˜o da partı´cula e´ nula apenas no instante t = 2. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 32 (c) O gra´fico de vx versus t e´ dado por uma para´bola com raı´zes 1 e 3, passando por um mı´nimo em 2. Ja´ o gra´fico de ax versus t e´ dado por uma reta com inclinac¸a˜o positiva e cortando o eixo do tempo em t = 2, como ilustram as figuras O t 1 2 3 vx O t2 ax −4 (d) Da definic¸a˜o de velocidade, temos dx/dt = vx. Integrando essa equac¸a˜o, obtemos x− x0 = ∫ t 0 (t′ 2 − 4t′ + 3) dt′ =⇒ x = t 3 3 − 2t2 + 3t . (2.38) Observe, inicialmente, que o gra´fico a ser desenhado na˜o sera´ uma para´bola, pois a equac¸a˜o anterior conte´m um termo cu´bico no tempo. Lembrando que a velocidade e´ o coeficiente angular no gra´fico de posic¸a˜o versus tempo, vemos que a inclinac¸a˜o no gra´fico pedido deve diminuir ate´ atingir um valor mı´nimo (negativo) em t = 2 e, a partir daı´, aumentar indefinidamente. Em t = 1 e t = 3 a inclinac¸a˜o no gra´fico 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 33 deve ser nula, uma vez que a velocidade da partı´cula e´ nula nesses instantes. Ale´m disso, x = t3/3−2t2 +3t = 0 apenas em t = 0 e t = 3, isntantes nos quais o gra´fico toca o eixo do tempo (partı´cula na origem). Confira no gra´fico essas informac¸o˜es. O t1 2 3 x 13. (a) A unidade no SI do produto bt deve ser m/s2. Logo, a constante b deve ser expressa em m/s3. Analogamente, a constante c deve ter unidade de acelerac¸a˜o, ou seja, m/s2. (b) Da definic¸a˜o de acelerac¸a˜o, temos dvx dt = ax =⇒ vx − vx0 = ∫ t 0 (bt′ − c) dt′ =⇒ vx = 1 2 bt2 − ct . (2.39) Nesse caso, a partı´cula inverte o sentido de seu movimento nos instantes em que a sua velocidade se anula, ou seja, nos instantes t = 0 e t = 2c/b. (c) Da definic¸a˜o de velocidade, temos dx dt = vx =⇒ x− x0 = ∫ t 0 ( 1 2 bt′ 2 − ct′ ) dt′ =⇒ x = 1 6 bt3 − 1 2 ct2 . (2.40) ´E conveniente reescrever a func¸a˜o-movimento como x = t2(bt/6 − c/2). Dessa forma, e´ imediato ver que a partı´cula esta´ na origem nos instantes t = 0 e t = 3c/b. No entanto, em t = 0 ela na˜o cruza a origem, pois nesse instante, como vimos no intem anterior, ela inverte o sentido de seu movimento. Portanto, ela cruza a origem apenas no instante t = 3c/b (o gra´fico mostrado no pro´ximo item ilustra com clareza o movimento da partı´cula). 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 34 (d) Para tempos negativos, a partı´cula esta´ se aproximando da origem com velocidades positivas de mo´dulo cada vez menor. Em t = 0 ela esta´ na origem e tem velocidade nula pois, como ja´ vimos, nesse instante ela inverte o sentido de seu movimento. Como no intervalo 0 < t < c/b sua acelerac¸a˜o e´ negativa, nesse intervalo sua velocidade e´ tambe´m negativa e de mo´dulo crescente. No instante t = c/b sua acelerac¸a˜o e´ nula e, a partir daı´, sua acelerac¸a˜o e´ sempre positiva e cada vez maior. Com isso, em t = c/b a velocidade passa por um mı´nimo e o gra´fico de x versus t tem inclinac¸a˜o negativa de maior valor. Entre t = c/b e t = 2c/b a inclinac¸a˜o no gra´fico da posic¸a˜o diminui em mo´dulo, se anulando em t = 2c/b. A partir de t = 2c/b essa inclinac¸a˜o cresce indefinidamente. A partı´cula cruza a origem no instante t = 3c/b. O t c/b 2c/b 3c/b vx = 0 x 14. (a) O produto βt deve ser adimensional uma vez que esta´ no expoente de uma exponen- cial e, portanto, β tem unidade s−1, ou seja, no SI e´ medida em Hz (Hertz). Como Aβt deve ser expressa em metros, a unidade no SI da constante A e´ m·s. (b) A velocidade e´ obtida derivando-se a func¸a˜o movimento: vy = Aβ ( 1− e−βt) . (2.41) De acordo com a definic¸a˜o de velocidade terminal vt, temos vt = lim t→∞ vy = Aβ. (c) A acelerac¸a˜o e´ obtida derivando-se a velocidade em relac¸a˜o ao tempo: ay = dvy dt = Aβ2e−βt . (2.42) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 35 tO vy Aβ O gra´fico de ay versus t deve ser representado por uma curva que em t = 0 tem um valor positivo e vai descrescendo monotonicamente e tendendo a zero para t →∞, como ilustra a figura t ax Aβ2 15. (a) Da definicc¸a˜o de acelerac¸a˜o, temos dvx dt = ax =⇒ vx − vx0 = ∫ t 0 a0 sen(ωt ′) dt′ = a0 ω [−cos(ωt′)]t0 , (2.43) ou seja, vx = a0 ω [1− cos(ωt)] . (2.44) Para obtermos a func¸a˜o-movimento correspondente, basta usarmos a definic¸a˜o de velocidade e integrarmos uma vez mais no tempo: dx dt = vx =⇒ x− x0 = ∫ t 0 a0 ω [1− cos(ωt′)] dt′ , (2.45) ou seja, x = a0 ω2 [ωt− sen(ωt)] . (2.46) (b) A partir da definic¸a˜o de velocidade me´dia num intervalo, podemos escrever 〈vx〉[t, t + 2pi/ω] = 1 2pi/ω ∫ t+2pi/ω t f˙x(t ′) dt′ . (2.47) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 36 Substituindo a func¸a˜o-velocidade dada por (2.44), obtemos, 〈vx〉[t, t + 2pi/ω] = ω 2pi ∫ t+2pi/ω t a0 ω [[1− cos(ωt′)] dt′ = a0 ω , (2.48) onde usamos o fato de que ∫ t+2pi/ω t cos(ωt′) dt′ = 0. Observe que, apesar de ter uma acelerac¸a˜o oscilante, a partı´cula se afasta da origem com o passar do tempo seguindo o sentido positivo do eixo OX . No entanto, como ficara´ evidente no u´ltimo item do problema, outras condic¸o˜es iniciais podem produzir movimentos bem diferentes do que esse, fazendo, por exemplo, com que a partı´cula fique oscilando em torno da origem ou mesmo se afaste dela no sentido negativo do eixo OX . t pi ω 2pi ω ax tpiω ax = 0 2pi ω vx a0 ω 〈vx〉[t, t + 2piω ] = a0ω tpiω 2piω vx = 0 x 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 37 (c) Repetindo os mesmos passos do item (a) e lembrando que, agora, a velocidade ini- cial e´ vx0 = −a0/ω, obtemos, para a velocidade da partı´cula num instante qualquer vx − ( −a0 ω ) = ∫ t 0 a0 sen(ωt ′) dt′ =⇒ vx = −a0 ω cos(ωt) . (2.49) Integrando no tempo a equac¸a˜o anterior e usando o fato de que x0 = 0, obtemos x = − a0 ω2 sen(ωt) . (2.50) Consequ¨entemente, a velocidade me´dia, nesse caso, e´ dada por 〈vx〉[t, t + 2pi/ω] = ω 2pi ∫ t+2pi/ω t ( −a0 ω ) cos(ωt′) dt′ = 0 . (2.51) Com essas novas condic¸o˜es iniciais, a velocidade me´dia da partı´cula e´ nula. Ela oscila em torno da origem mas, na me´dia, na˜o se afasta da origem. Na˜o e´ difı´cil verificar que se a velocidade inicial fosse vx0 = 2 − ao/ω, encontrarı´amos uma velocidade me´dia negativa, igual a−ao/ω (verifique caso ainda tenha alguma du´vida sobre o assunto). A grande mesnagem desse exercı´cio e´ enfatizar que a simples mudanc¸a nas condic¸o˜es iniciais de um sistema pode mudar significativamente o seu movimento. A seguir, esta˜o os novos gra´ficos de velocidade e posic¸a˜o versus tempo. tpi2ω pi ω ax = 0 vx 〈vx〉[t, t + 2piω ] = 0 t pi 2ω pi ω vx = 0 vx = 0 x 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 38 Cinema´tica Vetorial 16. (a) Devemos decompor o movimento da pedra em movimento vertical e movimento horizontal. Como o movimento horizontal na˜o e´ acelerado, temos D = vHtq, onde vH e´ o mo´dulo dacomponente horizontal da velocidade, que permanece constante desde o lanc¸amento da pedra ate´ o instante em que ela toca o solo, e tq e´ o tempo de queda, isto e´, o intervalo de tempo transcorrido desde o lanc¸amento ate´ o instante em que a pedra toca o solo. O tempo de queda pode ser calculado analisando-se o movimento vertical da pedra: h = 1 2 g t2q =⇒ tq = √ 2h g . Desta forma, concluı´mos que vH = D √ g/(2h) e, consequ¨entemente, a velocidade da pedra no instante do lanc¸amento e´ dada por v = D √ g 2h ux . (b) Para determinarmos a velocidade da pedra no instante em que ela toca o solo, de- vemos calcular a componente vertical de sua velocidade, uma vez que a compo- nente horizontal e´ a mesma durante todo o movimento, e ja´ foi calculada no item anterior. Por convenieˆncia, vamos escolher eixos cartesianos de modo que o movi- mento ocorra no plano OXY, com o eixo OX horizontal apontando no sentido do lanc¸amento, o eixo OY vertical e apontando para cima e a origem no solo. Com isso, a componente vertical da velocidade da pedra no instante em que toca o solo e´ dada por vy = −gtq =⇒ vy = −g √ 2h g = − √ 2gh , resultado que poderia ter sido obtido tambe´m pela equac¸a˜o de Torricelli. Portanto, a velocidade da pedra no instante em que toca o solo e´ dada por v = D √ g 2h ux − √ 2gh uy . 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 39 (c) Substituindo D = h na expressa˜o da velocidade da pedra no instante em que ela toca o solo, obtemos vq = √ gh 2 ux − √ 2ghuy . (2.52) Com isso, a raza˜o entre os mo´dulos de vqy e vqx e´ dada por |vqy| |vqx| = 2 . (2.53) Consequ¨entemente, o aˆngulo entre vq e a horizontal e´ dado por θ = arctan (|vqy|/|vqx|) = arctan(2) . (2.54) Na figura, a linha pontilhada representa a trajeto´ria seguida pela pedra e, nela, esta˜o indicados ainda o aˆngulo θ, a velocidade vq, e as distaˆncias relevantes no problema. XD = hO Y h θ vq = √ gh 2 ux − √ 2ghuy 17. (a) Por convenieˆncia, escolheremos o instante em que o proje´til e´ lanc¸ado como t0 = 0 e a origem dos eixos cartesianos no ponto de lanc¸amento do proje´til. Sabendo que a = −g uy, a func¸a˜o-velocidade e a func¸a˜o-movimento desse proje´til sa˜o dadas, respectivamente, por v = v0 cosθ0 ux + (v0 senθ0 − gt) uy (2.55) r = (v0 cosθ0) tux + ( (v0 senθ0) t − 1 2 gt2 ) uy . (2.56) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 40 Usando o fato de que no instante t1 a componente vertical da velocidade do proje´til e´ nula, temos v0 senθ0 − gt1 = 0 =⇒ t1 = v0 senθ0 g . (2.57) Na˜o e´ difı´cil mostrar que t2 = 2t1 (o tempo de queda e´ o dobro do tempo de subida). Assim, as posic¸o˜es do proje´til nos instantes t1 e t2 sa˜o dadas, respectivamente, por r1 = v20 senθ0 cosθ0 g ux + v20 sen 2θ0 2g uy , (2.58) r2 = 2v20 senθ0 cosθ0 g ux . (2.59) Consequ¨entemente, o vetor deslocamento ∆r = r2 − r1 sera´ dado por ∆r = v20 senθ0 cosθ0 g ux − v 2 0 sen 2θ0 2g uy . (2.60) (b) O vetor velocidade me´dia e´ a raza˜o entre o deslocamento ∆r = r2−r1 e o intervalo de tempo ∆t = t2 − t1. Como t2 = 2t1, vemos que t2 − t1 = v0senθ0/g. Usando, enta˜o, as expresso˜es de r1 e r2, dadas pelas equac¸o˜es (2.58) e (2.59), obtemos 〈v〉[t1, t2] = ∆r ∆t = v0 cos θ0 ux − v0senθ0 2 uy (2.61) (c) Substituindo t = t1 e t = t2 em (2.55), obtemos as velocidade desejadas: v1 = v0 cos θ0 ux , (2.62) v2 = v0 cos θ0 ux − v0senθ0 uy . (2.63) (d) A figura mostra a trajeto´ria do proje´til. Observe que, nela, marcamos as velocidades v0, v1 e v2, o vetor deslocamento entre os instantes t1 e t2 e a velocidade me´dia 〈v〉[t1, t2]. 18. (a) As func¸o˜es-movimento do pacote (P) e da pessoa dentro do bala˜o (B) sa˜o dadas, respectivamente, por (com unidades no SI) xP = (1/40)t e yP = 340− 5t2 (2.64) xB = 200 e yB = V t . (2.65) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 41 v0 v1 v2 ∆r 〈v〉[t1, t2] O Y X (b) Para que uma pessoa dentro do bala˜o agarre o pacote, as suas coordenadas (xB, yB) devem, em algum instante, designando por te, coincidir com as do pacote (xP , yP ). De xP = xB , obtemos 1 40 te = 200 =⇒ te = 8 . (2.66) Substituindo te = 8 na expressa˜o de yP , concluı´mos que a pessoa deve agarrar o pacote a 20 metros do solo. Finalmente, forc¸ando que yB = 20, chegamos a` conclusa˜o de que a pessoa so´ sera´ capaz de apanhar o pacote caso a velocidade do bala˜o seja V = 2, 5m/s. 19. (a) Caso na˜o houvesse gravidade, o proje´til se moveria em movimento retilı´neo uni- forme, ao longo da reta caracterizada por y = x (z = 0), ja´ que seu aˆngulo de lanc¸amento e´ 45o. A influeˆncia da gravidade faz com que, em lugar de um seg- mento de reta, o proje´til descreva um arco de para´bola, com concavidade voltada para baixo. Consequ¨entemente, supondo que a velocidade inicial do proje´til seja finita atingira´ o ponto P somente se h < d. O caso em que h = d seria atingido apenas no limite em que v0 →∞, como ficara´ evidente no pro´ximo item. (b) O movimento do proje´til ocorre no plano OXY. As coordenadas x e y do proje´til num instante qualquer apo´s o seu lanc¸amento sa˜o dadas por (sua coordenada z e´ nula durante seu movimento) x = v0 √ 2 2 t e y = v0 √ 2 2 t− 1 2 gt2 . (2.67) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 42 Podemos encontrar a equac¸a˜o cartesiana de sua trajeto´ria relacionando diretamente as coordenadas x e y. Substituindo t = 2x/(v0 √ 2) na expressa˜o de y, obtemos y = x− gx 2 v20 . (2.68) Impondo, enta˜o, que o proje´til passe pelo ponto P , escrevemos h = d− gd 2 v20 =⇒ v0 = d √ g d− h . (2.69) Observe que para h > d na˜o ha´ raiz real. Isso significa que, caso h > d, o ponto P (d, h, 0) nunca podera´ ser atingido por um proje´til lanc¸ado da origem com aˆngulo de lanc¸amento θ0 = 45o. Note,ainda, que se aumentarmos a altura h fazendo com que ela tenda ao valor da distaˆncia d, vemos diretamente da equac¸a˜o anterior que v0 →∞. A interpretac¸a˜o desse resultado e´ simples: com uma velocidade infinita, o tempo de percurso ate´ o ponto P , que estaria exatamente na direc¸a˜o do lanc¸amento do proje´til, tende a zero, de modo que a ac¸a˜o da gravidade se torna desprezı´vel durante o movimento do proje´til. (c) Para descobrirmos se no instante tP em que o proje´til passa pelo ponto P ele esta´ subindo ou descendo, basta verificar o sinal da componente vertical de sua veloci- dade nesse instante, denotada por vyP . O instante tP pode ser calculado impondo que xP = v0( √ 2/2)tP = d. Utilizando a equac¸a˜o (2.69), temos, d √ g d− h √ 2 2 tP = d =⇒ tP = 2 √ d− h 2g . (2.70) De posse de tP , calculamos, enta˜o, vyP = v0 √ 2/2−gtP . Substituindo as expresso˜es de v0 e tP e reescrevendo o resultado convenientemente, obtemos vyP = √ 2g d− h ( h− d 2 ) . (2.71) Uma ra´pida inspec¸a˜o na equac¸a˜o anterior nos permite concluir que para 0 ≤ h < d/2 o proje´til passa pelo ponto P descendo, pois nesse caso vyP < 0. Essa situac¸a˜o esta´ ilustrada na figura por uma linha contı´nua. Ja´ para d/2 < h < d, o proje´til passa 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 43 pelo ponto P na subida, pois vyP > 0, situac¸a˜o ilustrada na figura por uma linha tracejada. Para h = d/2, o proje´til atinge o ponto P no instante em que esta´ em sua altura ma´xima e, por esse motivo, e´ nula a componente vertical de sua velocidade, ou seja, vyP = 0. Na figura, essa situac¸a˜o corresponde a` linha pontilhada. X Y O h = d 2 d Vale a pena lembrar que para cada posic¸a˜o do ponto P , isto e´, para cada valor de h (d esta´ fixa no problema) a velocidade de lanc¸amento do proje´til e´ diferente, tanto maior quanto mais o valor de h se aproximado valor de d. 20. (a) Neste tipo de lanc¸amento temos a componente horizontal da velocidade igual a: vx = v0 e a componente vertical da velocidade igual a: vy = −gt (lembrando que vy(0) = 0 e que a acelerac¸a˜o e´ a da gravidade). O mo´dulo da velocidade e´ definido como: v = √ v2x + v 2 y Temos enta˜o: v = √ v20 + g 2t2. (b) A variac¸a˜o do mo´dulo da velocidade com o tempo e´ dada pela acelerac¸a˜o tangencial. Assim temos: aT = d v dt = g2t√ v20 + g 2t2 (c) Como a acelerac¸a˜o sobre a partı´cula e´ sempre g, podemos escrever: g2 = a2T + a 2 N 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 44 e portanto calcular a acelerac¸a˜o normal: aN = g √ 1− g 2t2 v20 + g 2t2 (d) O raio de curvatura pode ser calculado atrave´s da relac¸a˜o: aN = v2T ρ Enta˜o: ρ = (v20 + g 2t2)3/2 gv0 (e) A distaˆncia horizontal percorrida e´ igual a d = v0t, logo podemos escrever t = d/v0. Substituindo na expressa˜o calculada no item anterior: ρ = (v20 + g 2d2/v20) 3/2 gv0 21. (a) Os movimentoS horizontal e vertical sa˜o independentes. As respectivas func¸o˜es- velocidade sa˜o dadas por vx = v0x + a t , vy = v0y − g t . (2.72) Note que o movimento vertical da partı´cula e´ ideˆntico ao movimento queda livre usual. No ponto mais alto, a componente vertical da velocidade da partı´cula se anula (vy = 0). Com isso, utilizando a segunda equac¸a˜o escrita anteriormente, obtemos para o tempo de subida ts: tS = v0y g . (2.73) (b) Como o movimento na vertical e´ o de queda livre, concluı´mos imediatamente que o tempo de descida, tD, e´ ideˆntico ao de subida, isto e´, tD = tS . Esse resultado na˜o depende do movimento horizontal da partı´cula. (c) Durante a subida, o proje´til percorre a distaˆncia horizontal ∆xS = fx(tS)− fx(0) = v0x ( v0y g ) + 1 2 a ( v0y g )2 − 0 = v0x v0y g + a v20y 2 g2 . (2.74) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 45 (d) Durante a descida, o proje´til percorre a distaˆncia horizontal ∆xD = fx(2 tS)− fx(tS) = v0x ( 2 v0y g ) + 1 2 a ( 2 v0y g )2 − [ v0x ( v0y g ) + 1 2 a ( v0y g )2] = v0x v0y g + 3 a v20y 2 g2 . Observe que a distaˆncia percorrida na descida e´ maior que a percorrida na subida. Isso ocorre porque as velocidades horizontais da partı´cula durante a descida sa˜o maiores que durante subida, como fica evidente se inspecionarmos a expressa˜o de vx (lembre-se de que vx0 e a sa˜o quantidades positivas). 22. (a) Usando a definic¸a˜o de acelerac¸a˜o, temos dv dt = a = −axux − ayuy =⇒ v − v0 = ∫ t 0 (−axux − ayuy) dt ′ . (2.75) Realizando a integrac¸a˜o e usando o fato de que v0 = v0xux, obtemos v = (v0x − axt)ux − aytuy . (2.76) Utilizando a definic¸a˜o de velocidade e integrando uma vez mais no tempo, obtemos dr dt = v =⇒ r− r0 = ∫ t 0 [ (v0x − axt ′)ux − ayt ′uy ] dt ′ , (2.77) ou seja, r = ( v0xt− 1 2 axt 2 ) ux − 1 2 ayt 2uy . (2.78) (b) Observe que em t = 0 a partı´cula se encontra na origem com uma velocidade cuja componente ao longo de OX e´ positiva e com uma acelerac¸a˜o cuja componente ao longo desse mesmo eixo e´ constante e negativa (v0x > 0 e ax < 0). Fica evidente, portanto, que a componente vx da velocidade da partı´cula ira´ se anular e passara´ a assumir valores negativos. Em outras palavras, o movimento na direc¸a˜o de OX muda de sentido. Justamente quando vx = 0 a coordenada x da partı´cula e´ ma´xima. Com isso, e utilizando os resultados do item anterior, obtemos vx = 0 =⇒ v0x − axt1 = 0 =⇒ t1 = v0x ax . (2.79) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 46 A velocidade da partı´cula no instante t1 e´ dada por v1 = (v0x − axt1)ux − ayt1uy = −ayv0x ax uy . (2.80) (c) Como o produto escalar de dois vetores na˜o-nulos so´ e´ nulo caso eles sejam perpen- diculares entre si, podemos determinar o instante t2 impondo que v · a = 0:( (v0x − axt2)ux − ayt2uy ) · (−axux − ayuy) = 0 , (2.81) ou seja, −(v0x − axt2)ax + a2yt2 = 0 =⇒ t2 = v0xax a2 , (2.82) onde a2 = a2x + a2y = |a2| e´ o mo´dulo ao quadrado da acelerac¸a˜o da partı´cula. (d) Como a acelerac¸a˜o e´ constante, a trajeto´ria da partı´cula e´ parabo´lica, como no caso do movimento de um proje´til pro´ximo a` superfı´cie terrestre se desprezarmos a re- sisteˆncia do ar. No entanto, como a acelerac¸a˜o nesse problema na˜o e´ vertical, o eixo de simetria dessa para´bola esta´ inclinado em relac¸a˜o a` vertical. Para fazer o desenho da trajeto´ria da partı´cula, escolhemos ax/ay = 2. ´E como se a acelerac¸a˜o da gravidade, g, tivesse girado no sentido hora´rio de um aˆngulo cuja a tangente vale 2 (observe no desenho a` esquerda que o eixo de simetria da trajeto´ria parabo´lica da partı´cula esta´ girado desse aˆngulo). Observe, ainda, que t2 < t1. Para demonstrar esse resultado, basta escrever t2 = v0x ax (ax a )2 = (ax a )2 t1 (2.83) e lembrar que a2x < a2. Como a acelerac¸a˜o e´ constante, as setas representativas de a1 e a2 teˆm o mesmo mo´dulo, direc¸a˜o e sentido. Lembre-se, finalmente, de que as velocidades sa˜o sempre tangentes a` trajeto´ria. Verifique todas essas afirmativas na figura a` esquerda. Para finalizar este item, mostraremos um me´todo um pouco mais geome´trico de determinar o instante t2, no qual v e a sa˜o perpendiculares. Como a acelerac¸a˜o e´ constante, podemos escrever v2 = v0 + at2 . (2.84) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 47 X Y O a1 v1 v2 a2 v2 v0 at2 α Uma vez que v2 e a devem ser perpendiculares, os treˆs vetores v2, v0 e at2 formam um triaˆngulo retaˆngulo, com |v0| sendo a hipotenusa, como ilustra a figura a` direita. Uma ra´pida inspec¸a˜o nessa figura nos permite escrever |a|t2 = |v0|cosα = v0xcosα, onde cosα = ax/|a|. Das relac¸o˜es anteriores, obtemos, diretamente, t2 = v0xax/a2, de acordo com o ca´lculo anterior. 23. As velocidades vA e vB teˆm o mesmo mo´dulo e, portanto, devemos representa´-las por setas de mesmo tamanho. Ale´m disso, devem ser tangentes a` trajeto´ria nos pontos A e B, respectivamente. Os mo´dulos das acelerac¸o˜es da partı´cula quando ela se encontra nos pontos A e B sa˜o dados, respectivamente, por aA = v2a/r e aB = v2B/R. Como vA = vB e R = 2r, concluı´mos que aA = 2aB . Ou seja, devemos representar aA por uma seta com o dobro do comprimento da seta representativa de aB . Ale´m disso, como o movimento nos semicı´rculos e´ circular uniforme, as acelerac¸o˜es sa˜o puramente centrı´petas, ouseja, apontam para os respectivos centros de curvatura. Finalmente, o deslocamento ∆r[ta, tb] e´ dado por uma seta que vai de A para B. A figura conte´m todas as afirmativas anteriores. A B ∆r[ta, tb] vA vB aA aB 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 48 24. (a) Para se obter a func¸a˜o-movimento da partı´cula deve-se integrar a acelerac¸a˜o duas vezes. Apo´s a primeira integrac¸a˜o, obtemos a sua func¸a˜o-velocidade: v − v0 = ∫ t 0 a dt ′ =⇒ v = αtux + βt 3 3 uy (2.85) e apo´s a segunda, a sua func¸a˜o-movimento: r− r0 = ∫ t 0 v dt ′ =⇒ r = αt 2 2 ux + βt4 12 uy . (2.86) (b) Substituindo nas expresso˜es anteriores o valor t = √ α/β, obtemos para o vetor- posic¸a˜o e para a velocidade da partı´cula, nesse instante, as respectivas expresso˜es: r = α2 2β ux + α2 12β uy = α2 12β (6ux + uy) e v = ( α3 β )1/2 ux + 1 3 ( α3 β )1/2 uy = 1 3 ( α3 β )1/2 (3 ux + uy) . (c) A partir da expressa˜o obtida para o vetor-posic¸a˜o da partı´cula, dada por (2.86, iden- tificamos as equac¸o˜es parame´tricas de sua trajeto´ria: x = αt2/2 e y = βt4/12 . Para obtermos a equac¸a˜o cartesiana da trajeto´ria dapartı´cula, basta eliminar o tempo das equac¸o˜es anteriores, relacionando diretamente as coordenadas cartesianas da partı´cula. Da primeira equac¸a˜o, temos t4 = 4x2/α2, que substituı´da na segunda, nos leva a` equac¸a˜o desejada: y = βx2 3α2 , com x ≥ 0 . A condic¸a˜o x ≥ 0 foi introduzida pois qualquer que seja o instante de tempo consid- erado, a partı´cula nunca tem a sua coordenada x negativa (basta analisar as equac¸o˜es parame´tricas). Portanto, a trajeto´ria da partı´cula e´ um arco de para´bola, dado pela equac¸a˜o anterior.Veja esboc¸o abaixo: 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 49 Y XO t = 0 25. (a) Eliminando o tempo, relacionamos diretamente as coordenadas cartesianas dos bar- cos, o que nos fornece as equac¸o˜es cartesianas das trajeto´rias: Barco A: xA = 10t =⇒ t = xA 10 =⇒ yA = 5× (xA 10 ) = 1 2 xA ; (2.87) Barco B: xB = 100− 4t =⇒ t = 100− xB 4 =⇒ yB = 200− 2xB .(2.88) Como as trajeto´rias dos barcos sa˜o retas na˜o paralelas entre si, necessariamente havera´ um ponto de intersec¸a˜o entre as duas, o ponto Pi = (xi, yi). Para determi- narmos esse ponto, devemos impor a condic¸a˜o: (xA, yA) = (xB, yB). Substituindo xB = xA na expressa˜o de yB e igualando o resuldado com yA, obtemos 200− 2xA = 1 2 xA =⇒ xA = 80 . (2.89) Ou seja, a abcissa do ponto Pi e´ xi = 80. A ordenada desse ponto e´ dada, enta˜o, por yi = 200− 2xi = 200− 2× 80 =⇒ yi = 40 . (2.90) Resumindo: o ponto de intersec¸a˜o entre as trajeto´rias e´ Pi = (80, 40). (b) Para determinarmos se havera´ colisa˜o entre os barcos, devemos calcular os respec- tivos instantes em que cada um deles passa pelo pnto Pi. Designando esses instantes, respectivamente, por tA e tB , podemos escrever 80 = 10tA e 80 = 100− 4tB , o que nos leva aos instantes tA = 8s e tB = 5s. Concluı´mos, portanto, que na˜o havera´ choque entre os barcos e que o barco B passa pelo ponto Pi antes que o barco A. 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 50 (c) Ambas as trajeto´rias sa˜o retilı´neas. O barco A passa pela origem no instante inicial t = 0 e possui a velocideade vA = 10ux + 5uy, enquanto o barco B passa pelo ponto (100, 0) no instante inicial e tem a velocidade vA = −4ux + 8uy. Ale´m disso, e´ imediato mostrar que no instante t = 5s o barco A esta´ no ponto (50, 25) e o barco B se encontra no ponto de intersec¸a˜o entre as trajeto´rias, isto e´, o ponto Pi = (80, 40). Confira as afirmativas anteriores na figura. XO Y AA 50 25 vA vB B 80 40 Situac¸a˜o em t = 5 (d) Para que os barcos colidissem no ponto Pi, deverivam percorrer as respectivas distaˆncias entre suas posic¸o˜es iniciais e o ponto Pi em intervalos de tempos iguais. Sejam dA e dB essas distaˆncias e ∆tA e ∆tB os respectivos intervalos de tempo gastos pelos barcos para percorreˆ-las. Dos dados do problema, temos ∆tA = dA vA = √ 802 + 402√ 102 + 52 = 40 √ 5 5 √ 5 = 8 ; (2.91) ∆tB = dB vB = √ 202 + 402 vB = 20 √ 5 vB . (2.92) Impondo, enta˜o, a igualdade ∆tA = ∆tB , obtemos 8 = 20 √ 5 vB =⇒ vB = 5 √ 5 2 m/s . (2.93) 26. (a) Usando diretamente as definic¸o˜es de velocidade e acelerac¸a˜o, e lembrando que a posic¸a˜o da partı´cula e´ dada por r = Atux + B sen(Ct)uy obtemos v = dr dt = Aux + CB cos(Ct)uy ; (2.94) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 51 a = dv dt = −C2B sen(Ct)uy . (2.95) (b) De x = At, temos t = x/A. Substituindo esse resultado na expressa˜o de y, obtemos a equac¸a˜o cartesiana da trajeto´ria desejada: y = B sen ( C A x ) . (2.96) (c) Denotando por v1, v2 e v3 as respectivas velocidades da partı´cula nos instantes t1 = pi/(2C), t2 = 2t1 e t3 = 3t1 e por a1, a2 e a3 as suas respectivas acelerac¸o˜es nesses mesmos instantes, obtemos, a partir das equac¸o˜es anteriores: v1 = Aux ; v2 = Aux − CB uy ; v3 = Aux ; (2.97) a1 = −C2B uy ; a2 = 0 ; a3 = +C2B uy . (2.98) Na figura, a linha tracejada mostra a trajeto´ria da partı´cula no intervalo [0, 2pi/C]. Nela, esta˜o indicadas as suas velocidades e acelerac¸o˜es nos instantes t1, t2 e t3. XO Y v1 v2 v3 a1 a3 27. Por definic¸a˜o, a derivada temporal da velocidade escalar da partı´cula nos da´ a componente tangencial de sua acelerac¸a˜o, isto e´, dv dt = aT = a0 cos(ωt) =⇒ vT − vT0 = ∫ t 0 cos(ωt ′dt ′ = a0 ω sen(ωt) , (2.99) ou seja, v = a0 ω ( 1 + cos(ωt) ) . (2.100) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 52 A componente normal ou centrı´peta da acelerac¸a˜o da partı´cula e´ dada por aN = v2 R = a20 ω2R ( 1 + cos(ωt) )2 . (2.101) De posse das componentes aT e aN , obtemos facilmente o mo´dulo da acelerac¸a˜o da partı´cula: |a| = √ a2T + a 2 N = a20 ω2R [( ω2R + a20 ) cos2(ωt) + a20 ( 1 + 2 cos(ωt) )]1/2 . (2.102) 28. (a) A partı´cula A se movimenta de maneira perio´dica ao longo do eixoOY , permanecendo sempre entre as posic¸o˜es y1 = −R e y2 = R. A partı´cula B segue uma trajeto´ria circular no plano OXY , de raio R e centro na origem, uma vez que x2B + y2B = R2. Analisando a func¸a˜o-movimento dessa partı´cula, na˜o e´ difı´cil perceber que ela se move no sentido anti-hora´rio de quem observa o movimento de um ponto localizado no semi-eixo positivo OZ . (b) Para sabermos se as partı´culas se encontram ou na˜o, devemos impor as condic¸o˜es xA = xB e yA = yB e verificar se existe algum instante no qual tais condic¸o˜es sejam satisfeitas. Impondo, enta˜o, essas condic¸o˜es, temos 0 = R cos(ω t) e R cos(ω t) = R sen (ω t) (2.103) Da primeira equac¸a˜o, vemos que ω t = (pi/2) + pi n, onde n e´ um inteiro qualquer. Substituindo esses valores na segunda equac¸a˜o, obtemos R cos (pi 2 + pi n ) = R sen (pi 2 + pi n ) , isto e´, 0 = R (−1)n , (2.104) que e´ um resultado absurdo. Portanto, na˜o ha´ nenhum instante no qual as partı´culas se encontrem. (c) A figura da esquerda mostra apenas a trajeto´ria circular da partı´cula B, de raio R e centrada na origem, e a trajeto´ria da partı´cula A, uma semi-reta entre os pontos (0,−R) e (0, R). Para facilitar a visualizac¸a˜o da trajeto´ria da partı´cula A, na˜o de- senhamos nessa figura o eixo OY . 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 53 A figura do centro mostra a situac¸a˜o no instante t1 = pi/2ω. Como o movi- mento de B e´ circular uniforme, sua acelerac¸a˜o aponta em qualquer instante para o centro do cı´rculo e tem mo´dulo constante. Obviamente sua velocidade e´ tangente ao cı´rculo. Nesse instante, a partı´cula A esta´ na origem com velocidade ma´xima e acelerac¸a˜o nula. Note que a o mo´dulo de sua velocidade nesse instante coincide com o mo´dulo da velocidade da partı´cula B em qualquer instante (verifique esse resultado a partir das respectivas func¸o˜es-movimento das partı´culas). Finalmente, a figura da direita mostra a situac¸a˜o no instante t2 = pi/ω. Nesse instante, a partı´cula A tem velocidade nula mas acelerac¸a˜o ma´xima. Na˜o e´ difı´cil mostrar que o mo´dulo de sua acelerac¸a˜o nesse instante coincide com o mo´dulo da acelerac¸a˜o da partı´cula B em qualquer instante. Confira nas figuras as afirmativas anteriores. Trajeto´rias X A B X Y t1 = pi 2ω vB1 aB1 vA1 aA1 = 0 X Y t2 = pi ω vB2 aB2 vA2 = 0 aA2 29. (a) Conhecida a func¸a˜o-movimento da partı´cula, r = R cos(ωt)ux+R sen(ωt)uy+huz, e utilizando as definic¸o˜es de velocidade e acelerac¸a˜o, obtemos v = dr dt = −ωR sen(ωt)ux + ωR cos(ωt)uy ; (2.105) a = dv dt = −ω2R cos(ωt)ux − ω2R sen(ωt)uy . (2.106) 2.1 Problemas correspondentes ao Mo´dulo 1 54 (b) Fazendo t = 0 na func¸a˜o-movimento da partı´cula e nas expresso˜es de sua velocidade e sua acelerac¸a˜o obtidas no item (a), obtemos r0 = R ux + huz