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Adryan Fernando Muller Elton Matias Universidade Estadual de Ponta Grossa Poder e o oligopólio das mídias sobre a população Manipulação e influencia sobre o consumo Introdução Esse artigo tem como foco principal distinguir o poder abstrato que as mídias usam para exercer o poder sobre uma determinada classe social, aproveitando-se do fato dessas classes terem menos instrução para formar opiniões, passando a induzir essa classe ao consumo de bens e a direcionar suas opiniões. Vamos compreender como a mídia influencia a população a seguir uma determinada direção e ideologia. Pode-se dizer que os canais de tv aberta representam um oligopólio entre as mídias de divulgação de informações e entretenimento. Elas são grandes fontes de informações atuais sobre cotação do dólar, bolsas de valores , mercados nacionais e internacionais que movimentam constantemente a economia. E por outro lado elas atraem atenções devido ao entretenimento como futebol e novelas. Já os jornais colocam em suas principais manchetes crises econômicas, Tragédias e catástrofes que geram uma grande comoção por parte da população devido ao forte apelo emotivo gerado pelo poder dessas midias sobre a população. Existe o poder que elas exercem sobre a população é muito amplo , com vários canais de mídias de um mesmo grupo que controlam a maioria dos canais aberta e páginas da internet focado num grupo social com a intenção de direcionar as opiniões sobre um fato social. Grandes fatos sociais marcam a mídia geram grandes apelos sociais e de um certo modo direcionam as opiniões. E propagandas que estimulam o consumo excessivo. Nesse artigo usaremos as linhas de pensamento de dois sociólogos, Michel Foucault e Émile Durkheim que nos ajudaram a entender dois temas excenciais para o desenvolvimento de nosso artigo, O poder sobre o individuo e os fatos sociais que geram grandes discussões. Para começar vamos entender o que é oligopólio: É uma estrutura de mercado em que apenas poucos vendedores oferecem produtos ou serviços similares, que podemos aplicar as emissores que geram o sinal aberto, Fazendo com que essas pessoas tenham uma quantidade x de canais, mas com a programação quase na mesma linha, ou seja os jornais batem os horários, mas a quem prefira jornal x e quem prefira o y, isso vai dos costumes de cada um e de acordo com a linha de pensamento. O poder está no fato de ter o controle da situação, forçar ou coagir um elemento a seguir uma determinada religião ou pensamento, ele pode ser convencido por ideias e interesses que geram uma opinião comum ou forçar esse elemento a seguir essa linha, ou seja coagir o elemento a seguir esse caminho mesmo que ele não aceite. Com a Ascenção das classes mais baixas, a mídia passou a coagir e a exercer seu poder sobre essa classe, influenciando essa classe com o consumo de bens e serviços que antes eles não tinham acesso. Assim as propagandas começam a ter um papel de grande importância para o convencimento e ao estímulo ao consumo e consequentemente o aumento das dívidas que aumentam ano a ano devido a essa influencia que se torna negativa. Vejamos a linha de pensamento do sociólogo Émile Durkheim que via a sociologia como uma fonte de estudos no campo acadêmico. Assim podemos entender que a sociologia deveria fazer parte da formação dos indivíduos que frequentam a escola para eles terem uma linha ideológica traçada e uma opinião mais abrangente com mais argumentos para debaterem temas sociais. Diariamente vivemos conectados a diversos serviços de mídia e com isso a um enorme leque de notícias e acontecimentos que nos arrodeiam e nos levam a formar argumentos para debater, mas não é isso que vem ocorrendo nos últimos anos, a uma manipulação de opiniões e teses. A mídia brasileira vive em um oligopólio ou seja existem poucos canais na tv aberta exibindo em alguns horários os mesmos produtos ou seja os telejornais que são nossa fonte de informação e com fatos sociais recorrentes eles no dia, poderiam trazer opiniões de fora para deixar o jornal com mais visibilidade a todos os grupos sociais com mais ênfase a informação com qualidade. Os fatos são os mesmos, porém poderiam usar mais questões sociais entorno desse fato gerando um ciclo de ideias e pensamentos para que a população interagisse mais. Com opiniões formadas , Haveria uma grande chance de mudança para melhor em todos os quesitos, desde a escolha para um politico, não pelo partido e sim pelas propostas e trabalho prestado a sociedade, A educação num amplo sentido da palavra, não ocorreria mais a violência, pois com a impunidade gera violência e falta de uma infraestrutura também. A mídia em geral tem um papel muito importante no desenvolvimento socioeconômico de um país, com informações a todo momento de várias partes do mundo ficamos informados sobre o preço do barril de petróleo, a taxa de juros que pode estar em baixa ou em forte alta, com essas informações vemos como está nossa situação financeira. A partir desse ponto abrangemos nosso artigo, o poder de influenciar os indivíduos de uma forma que não se perceba. A mídia principalmente a Tv, tem um poder de convencimento altíssimo, que induz o indivíduo a seguir tendências do momento tais como roupas, Que foram usadas por um personagem adorado pela população, uma música que está fazendo muito sucesso, de preferência de letra vulgar e fácil, e principalmente produtos eletrônicos que satisfazem os desejos do individuo, que ao comprar uma Tv de última geração ou um celular sua autoestima vai lá em cima , mas se esquece dos boletos que fez para se sentir melhor. O consumo está aumentando cada vez mais, o ter está se tornando uma febre sem limites e não há espaço para poupar e fazer investimentos futuros a partir das taxas de juros. Mas as informações sobre poupança são muitas vezes ignoradas pela mídia que em seu interesse de dominar a sociedade induzindo ao consumo e a uma linha ideológica centralizada pela mídia para que não haja debates de pensamentos entre os indivíduos, assim fica mais fácil abranger sua dominação, ou seja impondo regras de etiqueta e costumes para que a população mais limitada entre nessas tendências a partir consumo. As classes sociais mais baixas estão comprando cada vez mais, e não por necessidade e sim para mostrarem que podem ter bens que satisfazem seus desejos de terem uma roupa de marca famosa, uma tv de última geração, um celular entre outros bens. O ser humano está cada vez mais vulnerável e a mídia está percebendo isso colocando em suas propagandas, produtos que não são necessários para a sobrevivência, com isso a dívida do brasileiro está aumentando cada dia mais devido ao excessivo número de compras com cartão de crédito que as pessoas erroneamente acham que é dinheiro e você só está adiantando uma dívida para frente e existem as taxas de juros que aumentam significativamente as dívidas. Os gastos estão cada vez mais excessivos e as propagandas com taxas menores e maiores prazos para as parcelas serem quitadas, com essas escolhas a população fica com o orçamento comprometido e muitas vezes deixam de pagar essas dívidas, com o passar do tempo ficam mais altas, e muitas vezes impossível de se pagar ,e seus nomes vão para serviços de proteção ao crédito. A influencia vem crescendo muito nos últimos anos , principalmente após a criação de programas por parte do governo que estimulam as compras, voltando ao poderde convencimento das mídias, elas sabem que colocando uma propaganda bem feita, colorida e uma pessoa com alto padrão de beleza, a chance desse produto decolar e ter uma aceitação boa no mercado é grande. A partir dessas características eles deixam o produto mais atrativo do que ele realmente é. Vejamos um exemplo, uma propaganda de uma grande marca de chocolate, um produto gostoso, porém que se consumido em excesso pode causar sérios problemas a saúde, sabendo disso os fabricantes colocam pessoas de boa aptidão física para fazer essas propagandas, que induzem o consumidor a comprar e a consumir em excesso. Quando o público alvo são as crianças, podemos entender como funciona o poder das mídias sobre esse público específico, sabendo que o público infantil, é fácil de ser induzido a querer tudo o que a mídia coloca nas suas propagandas. As propagandas são preparadas com muito cuidado, sabendo que as crianças gostam de produtos coloridos e personagens de desenhos animado, onde muitas empresas agem e usam esses personagens para alavancar suas vendas. Esses personagens são colocados em iogurtes, chocolates , balas, e refrigerantes e entre outros produtos que são consumidos por esse público. Sabendo que a maioria dos pais trabalha o dia todo, e essas crianças ficam com babás que utilizam a televisão para distrair as crianças, A televisão usa esses horários estratégicos para passar propagandas destinada ao público infantil, com propagandas que vão estimular o consumo, o querer das crianças, mesmo que seja um pacote pequeno de bala, a embalagem com aquele personagem favorito de desenho ou com aquele brinquedo pequeno já estimula esse consumo de curto prazo. Pensando em agradar os filhos, de uma forma errada digamos, esses pais acabam fazendo os desejos dos filhos comprando esses produtos, estimulando o consumo e tornado essas crianças adultos devedores. A mídia consegue manipular e induzir o indivíduo para o bem e para o mal, onde o ter se torna mais importante, do que o ser , O consumo induzido deixa o indivíduo com a falsa sensação de poder, aquela euforia nos primeiros dias da compra, quando aquele bem é novidade para o ciclo social do comprador. A partir desse ponto o vemos como Durkheim, a generalidade com que os indivíduos , gerarem de um pequeno bem um grande fato social, onde essa classe social vai querer comprar um bem devido a um indivíduo ter comprado primeiro, que vai gerar uma tendência de valores e modas. Essas tendências que geram um alto consumo e consequentemente o aumento das dívidas, surgem pela mídia e pelo baixo poder de compreensão dos indivíduos gerando um ciclo de consumo, onde os bens são novidades por um determinado espaço de tempo, vejamos os celulares, cada mês lança uma nova tendência, que induz o consumo, pois acham que esse aparelho já está defasado e sem aplicações novas, que bem ou mal tem uma grande utilidade no nosso dia a dia, mas podemos ficar com aparelhos de celular por um bom tempo, deixando o dinheiro que seria gasto num aparelho novo, na poupança pelo mesmo tempo das prestações de um bem, Assim ao passar esse tempo o dinheiro está na poupança e calculado as taxas de juros. Mas isso não se passa na mídia, por medo que o consumo tenha uma queda e o mercado sofra baixas e gere desemprego, Mas se continuarem a induzir ao consumo desenfreado o impacto social e econômico , com a população cada vez mais endividada numa economia com altas taxas de juros, Onde com o passar do tempo o valor da dívida pode dobrar ou triplicar. Assim ela usa de artifícios básicos, como em uma novela, uma pessoa humilde e batalhadora, consegue não sem de qual forma, adquirir bens caros e que geram uma forte tendência, assim as pessoas acham que um personagem fictício pode ter um bem, ela não pode. O consumo não deve sem extinto, mas deve ser controlado e planejado para evitar que a população mais simples, não se leve pela emoção do momento, e fique com seu orçamento, que muitas vezes é limitado todo comprometido e essas pessoas tornem inadimplentes. Tudo passa pela consciência e o poder de distinguir o que você pode e deve comprar , assim conscientizando a população que existem momentos certos ao longo do tempo para se adquirir bens, os mercados vão sim continuar operando em alta, mas com a certeza que vão receber direito pelas vendas e esses indivíduos vão saber controlar suas finanças e a inadimplência tende a cair. Mas como a influência da mídia é como um deus para as classes mais baixas, o consumo é tido como uma forma de poder, assim compramos algo e se tornamos deuses, mas com uma dívida parcelada em 10 vezes e pior sem saber que são acrescentados juros nessas parcelas elevando o preço do produto. Vejamos pela linha ideológica de Michael Foucault que vai pela linha A influência do poder , podemos então seguir uma linha de raciocínio fazendo um paralelo para compreender o poder da mídia sobre população, esse poder é muito amplo e complexo para se compreender então vemos por alguns aspectos que parecem muito simples, mas que fazem uma ampla análise do poder sobre a população. Último capítulo de uma novela: O pais fica concentrado para ver se o herói fictício vai conseguir salvar uma mocinha das garras de um vilão, que ao invés de pagar por suas maldades é sempre morto e tudo fica bem ou feliz para sempre. Beleza: As modas sempre são ditadas para o perfeccionismo, aquele corpo perfeito do modelo e um rosto bonito sem nenhuma falha, Isso fomenta as mulheres de um modo geral a gastar mais com o consumo de produtos de beleza, que geralmente são caríssimos e requerem um tempo para fazer o efeito. Comportamento: Influencia no modo de agir e ser dos indivíduos, com novas tendências passam a se vestir como nas novelas, a andar com uma outra postura e a fazer suas refeições de acordo com a moda fictícia. Moda : Seguir novas modas e roupas usadas por famosos, que induzem as pessoas a buscar um corpo ideal para usar essas roupas. Nos fatos sociais as mídias também induzem e manipulam as pessoas a seguir uma linha de pensamento igual ao do grupo controlador dos canais de mídias, Onde o poder exercido chega ao limite, vejamos um fato social que gera uma forte comoção, um sequestro que dura uma semana, com pessoas sofrendo vendo aquelas cenas fortes. A mídia usa esse fato para fazer um espetáculo com vários repórteres ao vivo e atrapalhando o trabalho da polícia, Esse tipo de fato infelizmente gera audiência e une o povo com um forte apelo social e emocional. Com esses fatos sociais a mídia gera uma comoção nacional para alavancar sua audiência. A partir desse ponto entramos na parte econômica, o oligopólio das mídias de televisão, onde poucos canais são disponibilizados de forma gratuita para a população os chamados canais abertos, que usam essas grandes tragédias para aumentar suas audiências e seu poder sobre a população , que vai mudar de canal e vai estar a mesma notícia, mas o ponto de vista ideológico vai ser diferente e com focos em determinados fatos gerados por esse fato, se aproveitando desse forte apelo social começam a usar intervalos de 3 minutos para passar comerciais e propagandas para estimular quem está assistindo a ver de um outro ponto de vista esses produtos e serviços. Durante esses fatos sociais que geram grandes apelos sociais, a mídia entra com tudo para passar a informação e fazem de grandes tragédias, coberturas espetaculares com links ao vivo, participação dos telespectadores para ter um debate sobre o fato. Começam a criar campanhasao vivo para ajudar as vítimas dessas tragédias, e diante de seu poder de convencimento somado ao fato social ter um forte apelo emocional, as doações começam a surtir um efeito positivo, em pouco tempo eles conseguem reconstruir e ajudar financeiramente esses indivíduos. Nesse sentido abrangemos o fato da comoção ou seja o povo fica perplexo e ao mesmo tempo emocionado devido a esse fato social, a partir desse momento a uma união gerada por esse fato que podemos compreender como a mídia tem um forte poder de dominar uma classe ou várias usando o lado emocional. “A imprensa nativa não gosta de debater o jornalismo brasileiro, e há mesmo “certa resistência da parte dos jornalistas em admitir a legitimidade da análise de mídia”. Marcus Figueiredo (Iesp-Uerj) Vejamos essa citação acima, o jornalismo e a mídia brasileira em geral, quando vão noticiar algum fato social, seja de grande ou pequena repercussão não gera um debate de opiniões, no contexto ajuda a população a discernir melhor a notícia do seu ponto de vista e elaborar seus argumentos sem manipulação para privilegiar um grupo social. Por isso há manipulação da mídia em fatos sociais que há grandes repercussões, temos grandes exemplos de fatos sociais que são manipulados até serem divulgados para não manchar a imagem de um indivíduo influente e com um capital alto, muitas vezes patrocina eventos dessas grandes corporações de mídias. Devido a esses fatos a credibilidade vem caindo, no entanto o poder sobre a população continua amplo e difícil aceitação, onde a mídia coage o indivíduo a seguir uma linha ideológica proposta e imposta por esses meios de comunicação. Chegamos a uma conclusão que nos deixa cada vez mais complexos, o poder que a mídia tem sobre o indivíduo é cada vez maior, quando sai uma notícia de grande impacto social há uma imposição de forma abstrata no tom que a notícia é anunciada que a pessoa sem perceber vai ao encontro de uma determinada ideologia. A partir disso começamos a perceber a elevação no consumo de bens e produtos de beleza devido a grande condição de informação e propagandas que passam diariamente na mídia. As propagandas são colocadas em intervalos de novelas, onde há um número maior de telespectadores e assim fica dinâmico e abrangente as propagandas de carros, casas, móveis e com isso coagir fica fácil, pois há um enorme apelo para financiamentos e as próprias frases da propaganda que induzem ao consumo como uma tradicional” ter seu carro nunca foi tão fácil” e isso reflete na mente humana, A partir desse momento o indivíduo faz um plano e vai comprar um bem, mesmo que isso lhe comprometa parte de sua renda por 24 ou mais meses. O poder de convencer o indivíduo é uma das grandes jogadas da mídia, sabendo que as classes mais baixas são mais frágeis intelectualmente e são dominadas e manipuladas facilmente, Usam essas propagandas tendenciosas para estimular o consumo nessas classes, na minha visão deveria haver uma educação financeira e socióloga nos primeiros anos de escola para haver um desenvolvimento social. Assim haveria um desenvolvimento mais amplo e uma educação financeira que estimule a poupança ou a um investimento seguro. Assim chegamos a uma conclusão que o consumo sem limites pode ser muito prejudicial ao indivíduo, cada vez mais endividado e com orçamento limitado, Com um pouco mais de informação e não ser induzido facilmente, suas contas iriam estar em dia e seu nome limpo. Mas a mídia está para nos ajudar a evoluir e a ter argumentos próprios. Bibliografia http://www.cartacapital.com.br/revista/765/a-globo-queria-o-monopolio-1295.html http://elo.com.br/portal/colunistas/christianelima/ver/230989/a-midia-em-nossas-vidas-info rmacao-ou-manipulacao-.html http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed752_a_derrocada_do_monopoli o_da_televisao Introdução a economia Pág 349- Oligopólio Cencage Learning – N Gregóry Mankiw
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