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1 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Tetraisoquinolínicos simples: mescalina (protoalcaloide). Benzilisoquinolínicos: • Simples: papaverina; • Morfinanos: morfina, codeína; • Aporfinóides: boldina; • Bisbenzil tetraisoquinolinicos: curare; • Protoberberínicos: hidrastina. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina 2 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina • Fenetilisoquinolínico: colchicina; • Arilalquilaminas: efedrina (pseudoalcaloide); • Isoquinolínico monoterpênicos: emetina. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina 3 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Biossíntese São sintetizados a partir de duas moléculas de fenilalanina ou tirosina. As moléculas de fenilalanina ou tirosina são originárias da via do ácido chiquímico. Possuem estruturas ArC2N - C2Ar. Condensação: precursor (aminoácido) + unidades alifáticas. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Biossíntese 4 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE Origem botânica: Lophophora williamsii. Origem geográfica: México e sul dos Estados Unidos. Família: Cactaceae. Farmacógeno: planta inteira. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE Composição química: Rendimento alcaloídico pode chegar a 6%: mescalina, anhalamina, anhalonidina. A mescalina é um alcaloide tetraisoquinolínico simples. 5 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE Mecanismo de ação da mescalina: Ativa receptores de serotonina no cérebro; Estimula a libertação das catecolaminas dos recetores adrenérgicos centrais; Pode também inibir as monoamina oxidases (MAO). Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE É utilizado por via oral, mastigando ou através de uma infusão. Atualmente, a mescalina é refinada em forma de pó que pode ser ingerido ou, ocasionalmente, injetado intravenosamente. 6 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE Depois de trinta minutos da ingestão da mescalina, surgem náuseas freqüentemente acompanhadas de vômitos e, ocasionalmente, surge diarréia, o pulso e pressão sanguínea caem em relação aos seus níveis iniciais, e também ocorre midríase. Em média cada quilo de botão seco apresenta de 4,6 a 6,8 g de mescalina, sendo necessário ingerir de 3 a 12 botões para atingir os efeitos desejáveis, pois somente 1% da mescalina está disponível nestes botões, quando mascados e ingeridos. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina PEIOTE Brilho mais intenso das cores, Alucinações visuais de olhos abertos e fechados, Sinestesia (consiste na mistura entre os sentidos sensoriais), Euforia, Risadas, Sensações felizes e de estar sonhando, Sensações de esperança e rejuvenescimento, Aumento da percepção espiritual,experiências esotéricas profundas 7 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina DERIVADOS DO ÓPIO Papoula 1. Família: Papaver somniferum Papaveráceas 2. Espécie: 3. Nomes vulgares: Papoula, dormideira. Latim:Papoula Latim:sonífero 8 Papoula 4. Histórico: • Sumérios 5.000 a.C. • Egípcios Papiro de Ebers séc. XV a.C. • Gregos • Hebreus • Romanos Sono e morte séc. VII a.C. Ophion (Tamuld) “água de fel”(Bíblia) Analgésico Papoula Variedades: album = Índia nigrum = Europa glabrum = Anatólia 5. Habitat: Papaver setegirum 9 Papoula variedades A espécie se distingue em três variedades: álbum, papoula branca com flores brancas, cápsulas ovóides e indeiscente cultivada na Índia. Nigrum, papoula negra ou verdadeira com flores violáceas e cápsulas planas e deiscentes, cultivada na Europa e glabum espécie da península de Anatólia com flores púrpuras e largas e cápsulas globosas Papaver somniferum L. 6. Descrição Botânica planta pelo seu porte elevado, de 1 m a 1,5 m de altura é uma erva com flores grandes, vistosas e solitárias, de cor branca, rosada ou púrpura. ramificada no cimo, com as suas folhas alternadas, grandes, verde-glaucas e glabras, quase amplexicaules, ovais, oblongos, de margens recortadas, com os lóbulos ondulados e dentados, irregulares. 10 Papaver somniferum L. 6. Descrição Botânica Figura – A -Planta na íntegra; B - folhas da papoula. C-cápsula (fruto) verde Papaver somniferum L. 7. Cultivo Semeadura Colheita Clima Conselho de Narcóticos das Nações Unidas China Coréia França Espanha Austrália Turquia “Triângulo dourado” Ópio Legalizado Palha Ópio Ilegal 11 Grego: ópion "suco de papoula" 8. Formas de Uso Definição Fruto (cápsula) ópio Papaver somniferum L. incisão coleta Ópio coagulado 8. Formas de Uso Sementes Partes aéreas dessecada Papaver somniferum L. dessecada Produção de morfina Alimentação 12 ÓPIO Opióides X Opiáceos Definição Exsudato leitoso e dessecado ao ar livre que se obtém por incisão das cápsulas não amadurecidas de Papaver somniferum Linné. Guerra do Ópio ENCEFALINAS ENDORFINAS DINORFINAS PEPTÍDIOS OPIÓIDES ENDÓGENOS HO NH2 Gly _ Gly _ Phe _ Met O _ Leu encefalinas Met encefalina = H - Tyr - Gly - Gly - Phe - Met - OH Leu encefalina = H - Tyr - Gly - Gly - Phe - Met -OH Leu 257 a 265 a.a. 13 MORFINA SEMELHANÇA ESTRUTURAL ENTRE A MORFINA E AS ENCEFALINAS HO NH2 Gly _ Gly _ Phe _ Met O _ Leu encefalinas Met encefalina = H - Tyr - Gly - Gly - Phe - Met - OH Leu encefalina = H - Tyr - Gly - Gly - Phe - Met -OH Leu OPIÁCEOS 10. Propriedades Farmacológicas (mu) analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia e dependência física (capa) analgesia espinhal, miose, sedação e disforia (delta) alterações no comportamento afetivo (sigma) disforia, alucinações, estimulação vasomotora. Receptores Opiáceos 14 OPIÁCEOS 9. Composição Química Grupo dos morfinanos MORFINA CODEÍNA TEBAÍNA OPIÁCEOS 9. Composição Química Grupo das benzilisoquinoleínas PAPAVERINA NOSCAPINA Grupo das ftaliltetrahidroisoquinoleínas 15 OPIÁCEOS 10. Propriedades Farmacológicas MORFINA • Analgésico narcótico, • Hipnótico • Diarréia • Emese CODEÍNA • Analgésico narcótico, • Antitussígeno PAPAVERINA • Antiespasmódico NOSCAPINA • Antitussígeno ÓPIO • Formulações Galênicas - ÓPIO Pó de ópio Morfina 10% Tintura de ópio azafranada Morfina 1% Tintura de ópio benzóica Elixir Paregórico Morfina 0,05% xarope de ópio concentrado Morfina 0,05% xarope de ópio diluído Morfina 10% Extrato de ópio Morfina 20% Tintura de ópio Morfina 1 % 16 OPIÓIDES • Heroína •Pentazocina • Fentanil • Propoxifeno • Metadona • Naloxona Fentanil Metadona Naloxona Heroína Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BOLDO 17 Boldo 1. Família : Monimiaceae 2. Espécie : Peumus boldus Molina 3. Nome vulgar : Boldo, boldo do chile OBS: Plectranthus barbatus → Boldo rasteiroPlectranthus neochilus → Boldo piloso Vernonia condensata → Alumã Peumus boldus → Boldo do Chile Plectranthus barbatus Plectranthus neochilus Vernonia condensata Boldo 4. Etiologia 5. Habitat e Histórico Indígenas dos Andes Chilenos É originária do Chile (Valparaiso, Santiago e Concepción). qollahuaya e mapuche 18 Boldo 6. Descrição Botânica Trata-se de um arbusto frondoso, aromático, dióico. Folhas opostas curtamente pecioladas, de coloração verde acinzentado, ásperas e rugosas de um lado e de textura suave no lado superior. Possuem a presença de glândulas ricas em óleo essencial de odor bem marcante, lembrando levemente a cânfora. Ao tato são ásperas e quebradiças. Apresenta uma fina casca cinza escura, rugosa, com ramos cilíndricos e abundantes. Flores pequenas e unissexuadas de cor branco-amareladas ou branco- esverdeadas, dispostas em ramos terminais O fruto é uma drupa negra, reunidas em numero de 2 a 5, ovóide e de 6 a 8 mm de largura. país exporta cerca de 1 milhão de toneladas/ano de folhas Boldo 7. Partes Utilizadas 8. Modos de uso 9. Composição química • Cineol (30%) • Ascaridol (45%) • Flavonóides • Glicosídeos • Goma • Lipídeos • Resinas • Alcalóides 19 Boldo 10. Princípio Ativo N CH 3 OH CH 3 O CH 3 O OH Boldina Hepatoprotetora Colerética e colagoga • Laxante • Antibacteriana • Diurética 11. Ação farmacológica Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BERBERIS 20 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BERBERIS Origem botânica: Berberis vulgaris L. Família: Berberidaceae. Outros nomes populares: berbéris; agracejo. Origem geográfica: Nativo da Europa, naturalizou-se na América do Norte. Farmacógeno: casca da raiz. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BERBERIS Composição química: Contém alcaloides (2-3 %); Alcaloide protobererino: Berberina (8-12%), Jatrorrizina (3,1%), Palmatina e Columbamina; Alcaloide bisbenzilisoquinolino: Berbamina (1,9% ), Oxyacantina (2,3%); Alcaloide aporfino: Magnoflorina(1,3%). 21 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BERBERIS Propriedades terapêuticas: Deve-se principalmente a berberina; Antibacteriano, antifúngica, antiprotozoária, anti-inflamatórias e antipirética; Antidiabética: diminuiu a glicose sanguínea e altera a sensibilidade à insulina e reduz o peso corporal; Hepatoprotetora e colagoga, antidiarreico; Protetor cardiovascular: diminui os triglicerídeos, o colesterol (LDL-C) em pacientes com dislipidemia; Antioxidante, protetor neurológico e anticancerosa. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina BERBERIS Propriedades terapêuticas: Deve-se principalmente a berberina; Antibacteriano, antifúngica, antiprotozoária, anti-inflamatórias e antipirética; Antidiabética: diminuiu a glicose sanguínea e altera a sensibilidade à insulina e reduz o peso corporal; Hepatoprotetora e colagoga, antidiarreico; Protetor cardiovascular: diminui os triglicerídeos, o colesterol (LDL-C) em pacientes com dislipidemia; Antioxidante, protetor neurológico e anticancerosa. 22 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina HIDRASTE 1. Família : Ranunculaceae 2.Espécie : Hydrastis canadensis L. Fazer com água 3. Nome vulgar : Goldenseal, hidraste. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina HIDRASTE 23 HIDRASTE 4. Habitat • Corante • Remédio Índios Cherokee Golden seal 5. Histórico 6. Descrição Botânica 8. Partes Utilizadas 7. Cultivo 9. Modos de uso 24 10. Princípios ativos ß- HIDRASTINA BERBERINA benzilisoquinolínico CANADINA Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina HIDRASTE 11. Ação Farmacológica Hemostático • Inflamação das Mucosas • Antiinfecciosa • Vasoconstrictora 12. Toxicidade •Convulsivante • tônus uterino •Ulcerativa • tônus uterino Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina HIDRASTE 25 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Cólchico Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Cólchico Origem botânica: Colchicum autumnale. Família: Liliaceae. Farmacógeno: bulbo e sementes. 26 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Cólchico Composição química: A colchicina é um alcaloide tricíclico, contendo em sua estrutura: Uma trimetoxifenila (anel A); Um anel de sete membros (anel B) com um grupo acetamida na posição 7; Um anel tropolônico (anel C). Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Cólchico Propriedades terapêuticas: Anti-inflamatório para o tratamento das crises agudas da gota e de sua prevenção; A colchicina inibe a multiplicação celular e produz diminuição temporária de leucócitos onde estão os cristais, diminuindo a resposta inflamatória local; Amiloidose, dermatite herpetiforme, dermatomiosites, esclerodermia, psoríase, púrpura trombocitopênica idiopática, quelóides e vasculite crotizante; Agente anticâncer. 27 Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina Cólchico Efeitos adversos: Aparelho digestivo, com náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. Intoxicações: Rara mas potencialmente grave; Falência cardíaca, respiratória, hepática, neurológica e hematológica; Relatos de óbito por ingestão de flores de Colchicum autumnale. Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina EFEDRA 28 Ephedraceae Ephedra sinica 3. Nome vulgar : Efedra, ephedra, ma huang. 1. Família : 2. Espécie : Ephedra sinica. 4. Habitat China, Índia, Paquistão Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina EFEDRA 6. Descrição Botânica 5. Histórico China 1923 – efedrina Cultivo Trata-se de um arbusto pequeno, dióico e praticamente isento de folhas, que atinge 60 a 90 centímetros de altura. Caule é verde delgado, ereto com pequenas nervuras e caneluras. Tem 1,5 mm de diâmetro e geralmente termina em ponta fina. Nos nódulos, separados por quatro a seis centímetros, as folhas aparecem como bainhas esbranquiçadas, triangulares e escariosas. No verão nascem pequenos botões. 8. Partes Utilizadas 9. Modos de uso 29 10. Princípios ativos •Efedrina • Sulfato de efedrina • Hidrocloreto de efedrina 11. Ação Farmacológica 12. Toxicidade •Simpaticomimético • Broncodilatador • Anorexígeno • Estimulante • Vasoconstrictor • Efeito inotrópico positivo •Hipertensão •Palpitação •Cefaléia •Tontura •Vômito •Estímulo do SNC Alcalóides derivados fenilalanina e tirosina EFEDRA
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