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Direito Civil III 24.08

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Direito Civil III
Matéria
Os contratos se formam após a dupla manifestação de vontade das partes, para tanto a formação dos contratos se divide em 3 fases: 
A 1º fase é a negociação preliminar ou “puntuação”, nesta fase não há manifestação de vontade das partes que simplesmente pontuam seus interesses para celebração do contrato. Diante da ausência de manifestação de vontade, não existe responsabilidade contratual pela não formação do contrato. A ausência de responsabilidade contratual não exime a responsabilidade civil subjetiva, decorrente de dolo ou culpa.
A 2º fase denominada de oferta, oblação ou poli-citação, traz o duplo sujeito contratual já identificado. O sujeito ativo é o policitante ou ofertante, é o responsável pela emissão da oferta. O oblato é o destinatário da oferta, nessa fase existe uma manifestação de vontade. O policitante após a emissão da oferta se obriga ao respectivo cumprimento, a obrigatoriedade da oferta recebe o nome de “Princípio da Vinculação”. A oferta para ser obrigatória deve preencher os requisitos da razoabilidade, do bom senso e da possibilidade. A oferta pode ser realizada entre ausentes ou entre presentes, a presença exigida é a jurídica e não necessariamente física. Presença jurídica se configura pela possibilidade do oblato responder imediatamente a proposta que lhe foi apresentada, pode ser por qualquer meio, desde que a resposta seja imediata. A validade da proposta quando não for fixada data diferente, pelo proponente, será imediata para as propostas realizadas entre presentes e com prazo razoável para as propostas realizadas entre ausentes. O código não determina o que é prazo razoável, cabendo ao aplicador da lei sua fixação, portanto, não existe proposta eterna, sem prazo de validade. Quando a oferta for destinada à coletividade, denominasse como sendo oferta pública, a oferta pública obedece aos mesmos critérios e parâmetros da oferta privada, inclusive com relação ao princípio da vinculação. A oferta pública ou privada admite a possibilidade de arrependimento por parte do proponente, esse arrependimento é chamado de “direito de retratação”, que para ser exercido obrigatoriamente deve constar na proposta, ser realizado da mesma forma que a proposta e chegar ao conhecimento do oblato anterior ou simultaneamente a aceitação deste. Os requisitos obrigatórios devem estar presentes de forma simultânea sob pena de ineficácia do direito de retratação.
No direito não existe contraproposta quando o destinatário modifica os termos da oferta recebida, este realiza uma nova proposta ocorrendo a inversão de valores, agora o oblato passa a ser o proponente e o proponente originário passa a ser o oblato. Não existe número máximo ou mínimo de propostas para formação de um mesmo contrato.
3º fase 
Conclusão: A conclusão do contrato ocorre com a manifestação de vontade do oblato, ou seja, mediante sua aceitação da oferta que lhe foi proposta. A aceitação pode ocorrer de três formas: expressa, tácita ou tardia. 
A aceitação expressa ocorre pela aguinição (assinatura). 
A aceitação tácita é o chamado silencio circunstanciado, quando os costumes ou o contrato admitirem a ausência de manifestação como concordância da contratação. A aceitação tácita não pode ser utilizada em todos os contratos, somente naqueles em que o costume e a natureza do negócio permitirem.
A aceitação tardia é aquela realizada fora do prazo de validade da proposta, nesse caso, o proponente deve manifestar-se imediatamente em relação ao oblato dizendo se ele, proponente, aceita ou não a oferta realizada anteriormente, sob pena dele, proponente, responder pelas perdas e danos decorrentes em favor do oblato diante do princípio da perda de uma chance.
Após a manifestação do oblato, o contrato reputasse formado, justificando a necessidade de duas vontades para formar um contrato.
Lugar de formação do contrato
O contrato reputasse formado no local onde ele foi proposto, o lugar de formação não guarda relação com a residência ou o domicilio dos contratantes, mas sim, somente, tem vínculo no local onde foi proposto.
Tópicos
Classificação
- Quanto a natureza da obrigação
- Quanto ao patrimônio 
- Quanto à forma
- Quanto a constituição
- Quanto ao aperfeiçoamento 
- Quando a pessoa
- Quanto a nomenclatura
Reciprocamente considerados
- Principais 
- Acessórios 
Anotações
Contratos: unilaterais ou bilaterais. Não existe contrato de uma pessoa só, consigo mesmo. Essa classificação não é vinculada ao número de participantes, mas sim do número de obrigações entre as partes.
Unilaterais: Apenas uma obrigação voluntária para uma das partes.
Bilaterais: Há ao menos 1 obrigação voluntária para cada um dos contratantes 
Quanto o patrimônio 
Patrimônio: Gratuito ou onerosos. Não existe contrato sem valor econômico.
Gratuito: Contrato gratuito é aquele em que apenas um dos contratantes tem desvantagem patrimonial 
Onerosos: Ambos os contratantes possuem vantagens e desvantagens. São divididos em dois grupos:
Comutativos: conseguem prever desde o início as vantagens e desvantagens patrimoniais
Aleatórios: subordinados acontecimento futuro incerto, onde não conseguem prever a desvantagem patrimonial (exemplo: Seguradora).
Quanto à forma
Adesão ou paritários 
Paritário: Onde há igualdade, onde as partes conseguem modificar os termos conforme sua manifestação de vontade
Adesão: Contrato de massa, onde o aderente não consegue modificar seus termos e condições 
Quanto a CF
Podem ser feitos por gesto, pela fala ou por documento público ou particular 
Aperfeiçoamento
Consensual: Depende exclusivamente da vontade das partes.
Real: Fica subordinado à entrega do bem, sem o qual não haverá contrato.
Quanto a pessoa
Pessoais: Personalíssima: Depende o caráter e personalidade do sujeito
Pessoais: Não é Personalíssimo
Nomenclatura
Nominais:
Nominais: Não estão previstos no Código Civil 
Reciprocamente considerados
Obrigações principais ou acessórias 
Principais: O contrato subsiste por si só 
Acessório: Dependente de outro contrato para existir 
Finalidade
Preliminar: Tem por objetivo outro contrato
Definitivo: Aquele que encerra a relação jurídica entre as partes
Matéria 
Classificação
Os contratos são classificados em dois grupos, o primeiro são os contratos considerados em si mesmos, neste grupo, os contratos são analisados independentemente de qualquer outro documento, os contratos se classificam quanto a natureza da obrigação em: Unilaterais ou Bilaterais. 
Unilaterais são os contratos que trazem obrigação voluntaria para apenas um dos contratantes.
Bilaterais: são os contratos que trazem ao menos uma obrigação para cada um dos contratantes. Os contratos bilaterais são chamados de “sinalagmaticos”.
Quanto ao Patrimônio
Os contratos se classificam em gratuitos ou onerosos.
Gratuito: é o contrato que traz desvantagem patrimonial para apenas um dos contratantes.
Oneroso: é o contrato que impõe vantagens e desvantagens patrimoniais para ambos os contratantes. Os contratos onerosos se classificam em comutativos ou aleatórios. Comutativos são os contratos em que as partes conseguem mensurar as vantagens e desvantagens patrimoniais desde a formação até o termino da execução do contrato. Aleatório é o contrato cuja vantagem ou desvantagem patrimonial fica subordinado a uma condição.
Quanto à Forma
Os contratos se classificam em: paritários ou de adesão.
Paritários: são os contratos em que as partes possuem relação de equilíbrio podendo negociar livremente os seus termos e condições. 
Adesão: é o contrato de massa, pré-disposto em favor de um dos contratantes, que mantem condição superior em relação ao outro, caracterizando hipossuficiência de uma parte para outra. Neste contrato o aderente não consegue modificar condições contratuais a simples alteração de data, número de parcelas ou encargos financeiros não altera a natureza do contrato de adesão.
Quanto a Constituição
 Os contratos podem ser verbais, por gesto oupor documento escrito, seja ele particular ou público.
Quanto o Aperfeiçoamento
Os contratos podem ser consensuais ou reais.
Consensual: é o contrato que se aperfeiçoa exclusivamente pela vontade das partes, independentemente da entrega do objeto.
Real: é o contrato que só se aperfeiçoa mediante a tradição do bem.
Quanto à Pessoa
Os contratos se classificam em: pessoais ou impessoais.
Pessoal: é o contrato que traz obrigação personalíssima.
Impessoal: é o contrato que não tem obrigação personalíssima.
Quanto a Nomenclatura
Os contratos se classificam em: típicos ou nominais e atípicos ou inominados.
Típicos: São os contratos previstos no Código Civil.
Inominados: São aqueles que não estão previstos Código Civil.
Quanto a Finalidade
Os contratos se classificam em: preliminares ou definitivos.
Preliminar: é o contrato que tem por objeto um outro contrato.
Definitivo: é o contrato que põe fim a relação jurídica entre as partes.
Os contratos ainda se classificam em solenes ou não-solenes, serão solenes os contratos que a lei exigir determinado requisito para sua validade. 
Reciprocamente Considerados
O segundo grupo são os contratos reciprocamente considerados quando o contrato for analisado de forma comparativa, neste grupo os contratos são classificados em: Principais ou acessórios.
Principal: é o contrato que subsiste por si só, independentemente de qualquer outro ajuste entre os contratantes.
Acessório: é o contrato que depende de outro vinculo jurídico para sua existência, via de regra, extinto o principal estará extinto o acessório.
Tópicos
Estipulado em favor de 3º
- Conceito
- Partes
Beneficiário
- Substituição
- Anuência
Promessa de fato de 3º
- Conceito 
- Partes
- Objeto
- Responsabilidade 
- Adimplemento 
Contrato com Pessoa a Declarar
- Conceito
- Pressupostos
- Negativa de Substituição
- Aceitação do contrato pelo 3º
Anotações 
O contrato só produz efeito em relação aos signatários, não prejudicando direito de 3º porém há 2 exceções: Estipulação em favor de 3º e Promessa de fato de 3º.
Estipulação em favor de 3º: Indica quem será o beneficiário desse contrato (escolhido pelo proponente), exemplo contrato de seguro para 3º. O mesmo pode fazer parte ou não do contrato. Ele pode anuir ou não, nada muda nas obrigações. Nada mais do que o contrato prevê. 
Promessa de fato de 3º: Alguém assume a obrigação de 3º, que não participa da relação jurídica. Esse 3º pode ou não assumir com a obrigação. Quando alguém promete que um 3º irá fazer ou deixar de fazer determinada obrigação. A obrigação é de meio e não de resultado. Exemplo: Promotor de evento, quando é informado que será contratado um cantor e o mesmo não comparece ao evento. O 3º não participa do contrato.
Contrato com pessoa a declarar
Cláusula que um dos contratantes poderá ser modificado por outro, desde que o contrato esteja adimplido (obrigatoriamente).
Se o contrato estiver pendente, o outro lado pode se negar de substituir o contratante.

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