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Vinho e Saúde

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ALICE RODRIGUES 
JOZIANE ZAMBRANO
JULIANA MARTINS
VITÓRIA LIMA 
VINHO E SAÚDE
DOM PEDRITO
2018
ALICE RODRIGUES BARBOZA
JOZIANE ZAMBRANO
JULIANA MARTINS
VITÓRIA LIMA 
VINHO NA SAÚDE HUMANA 
Seminário avaliativo de Introdução á Enologia do cursoBacharel em Enologia da Universidade Federal do Pampa, como requisito parcial para obtenção da aprovação do segundo semestre.
Orientador: RENATA ZOCCHE
Dom Pedrito
2018
INTRODUÇÃO
O vinho é uma bebida resultante da fermentação do mosto da uva e mesmo com seu excesso de álcool, essa bebida contém substâncias que ajudam a diminuir o risco de algumas doenças, desde as cardiovasculares até HIV e, por causa dos polifenóis – principalmente os flavonoides –, ajuda a controlar o peso. Se consumida moderadamente, essa bebida traz vários benefícios à saúde, neste trabalho buscamos mostrar estes benefícios, esses no qual são obtidos a partir de um consumo regular de vinho tinto. Acredita-se que devido ao metabolismo mais lento e rápido, para mulheres o indicado é o consumo de uma taça de vinho diariamente e para homens, duas, respectivamente.
POR QUE VINHO É SAÚDE?
Desde que se fala do homem se fala do vinho. Ao longo de toda a história da humanidade esta bebida esteve ligada á promoção de saúde e a cura de doenças. Quanto mais avança o conhecimento médico mais esta relação se estreita.
Os principais responsáveis pelas virtudes terapêuticas parecem ser os polifenóis, que são originários principalmente das cascas e sementes das uvas. A sua eficácia se deve a um potente efeito antioxidante e uma ação antibiótica acentuada. São capazes de matar uma grande quantidade de bactérias e inibir o crescimento de vários vírus, entre os quais o do herpes, o da gripe e o da poliomielite.
 O que chamou a atenção do mundo e dos médicos para os benefícios do vinho na saúde foi o Paradoxo Francês, pois os franceses comem muitas gorduras saturadas. Eles também fumam muito (junto com os gregos eles são os que mais fumam na Europa) e fazem pouca atividade física. Com isso, todos eles são considerados fatores de risco para doenças cardíacas e morte súbita. Apesar disso ele tem 40% menos doenças cardiovasculares e morrem pouco por isso. Quase todas as explicações encontradas para esta Cardin proteção passam pelo consumo regular e moderado de vinho. Eles foram demonstrados em vários estudos.
 As pessoas que bebem vinho moderadamente durante as refeições e regularmente tendem a ter 20% menos câncer de uma maneira geral, e as, que têm câncer e bebem vinho do mesmo modo têm sobrevida maior. Os pacientes com câncer que passam pela quimioterapia com o consumo de vinho tendem a tolerar melhor o tratamento. O vinho melhora a consistência, elasticidade, hidratação e microcirculação da pele. Aação dos polifenóis na recuperação da pele é impressionante, e se dá tanto por via tópica como quando ingerido por via oral. As pessoas que moram em regiões vitivinícola vivem de 25% a 45% mais. As pessoas que consomem vinho regularmente, moderadamente e durante as refeições tem uma melhor qualidade de vida, assim como melhora a comunicação, maior nível de atenção, menos agitação além de um QI mais elevado. As mulheres que bebem de duas a três taças ao dia ganham massa óssea e têm menos osteoporose, o que se contrapõem á história natural.
 O vinho inibe em até 80% o crescimento do HIV na fase inicial. Os pacientes que estão fazendo tratamento com o coquetel antiviral e bebem vinho durante as refeições, tem um maior período de latência (ficam com o vírus por mais tempo sem manifestar a doença), tem mais apetite e com isso ganham peso. As pessoas que tomam vinho durante as refeições têm melhor digestão. 
Os polifenóis tem ação preventiva e curativa na placa e cárie dentária, que é causada pelo Streptococcus mutans e outras bactérias. A indústria já tem várias patentes de cremes dentais enriquecidos em polifenóis. O vinho tem uma ação antiinflamatória bem definida, insto é, ele diminui as manifestações de artrites e artroses.
Os polifenóis do vinho são uma barreira as manifestações alérgicas. Foi encontrada uma substância na casca da uva e no vinho que é capaz de baixar a Pressão Arterial. Talvez num futuro próximo tenhamos remédio para hipertensão arterial feito da casca da uva. O vinho seco é, pelos seus componentes e efeitos metabólicos, a bebida mais favorável para os obesos e diabéticos. 
Hoje instituições que são muito severas nos seus critérios científicos, como o FDA (Food and Drug Administration), AHA (American Hart Association), ESC (European Society of Cardiology) SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia),SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial), e NSA (National Stroke Association) reconhecem que o vinho bebido com moderação, regularmente e durante as refeições por pessoas que não têm contra-indicação a ingesta de bebidas alcoólicas proporciona proteção cardiovascular.
Aqui foram sumarizados alguns dos mais impressionantes e interessantes benefícios do vinho para a saúde humana que a ciência comprovou nos últimos tempos. Mas não podemos esquecer que o vinho é uma bebida alcoólica e que o consumo abusivo e irresponsável é danoso em saúde. As virtudes terapêuticas desta bebida divinal só ocorrem se ela for consumida de maneira regular e moderada durante as refeições por quem não tenha contra-indicação ao consumo etílico. Paracelso, médico e alquimista suíço que viveu entre os anos de 1493 e 1541, já naquela época, tinham razão quando dizia “só a dose faz o veneno”. 
POLIFENÓIS
É sobre os polifenóis que recaem os maiores indícios do vinho bebido de maneira leve, moderada e responsável por quem não tem contra-indicação ao consumo de álcool, fazer bem á saúde, conforme conclusão de dezenas de milhares de estudos. Foram alguns testes in vitro que entusiasmaram os cientistas. Os polifenóis são potentes antioxidantes e, portanto, neutralizam, varrem, eliminam os radicais livres, que são responsáveis por inúmeras situações clinicas. É isso que explica os efeitos benéficos do vinho em tantas peculiaridades da saúde. Mas as experiências com animais, sobretudo mamíferos, têm frustrado os cientistas, que não conseguem reproduzir os achados de laboratório em seres vivos mais complexos. Uma das dificuldades é que os polifenois, como são potentes antioxidantes, são também moléculas muito instáveis, muito reativas e, assim, efêmeras e difíceis de trabalhar. Estabilizar uma molécula de polifenol é um grande desafio cientifico. 
Outra dificuldade é a complexa constituição do vinho. São cerca de mil substâncias conhecidas, em quantidades variáveis e ainda acontece que muitas delas reagem entre si. Só de polifenois existem cerca de 200 tipos diferentes no vinho, e muitos estão combinados, o que dificulta ainda mais. Os vinhos são soluções hidroalcoólicas muito complexas e em constante mutação. É por isso que se diz que o vinho é uma bebida viva. 
Há também a intrincada máquina biológica, o corpo humano, que coloca muitas outras variáveis neste problema. Os componentes do vinho são absorvidos pelo sistema digestivo e metabolizados basicamente no fígado. O que está na garrafa muitas vezes chega de maneira bem diferente na corrente sanguinea, nos tecidos e órgãos. Será que uma substancia retirada do vinho agiria da mesma forma? Um polifenol biossintético suportaria todas essas situações?
 Numa solução hidroalcoolica com cerca de mil substancias, não é uma tarefa fácil encontrar um único responsável por todos os efeitos que já se atribuiu ao vinho. Talvez seja até mesmo impossível. Encontrando esta molécula, será que ela terá o mesmo comportamento longe das outras substâncias com quem interage e convive em grande harmonia no vinho? Todas estas questões desafiam os cientistas.
A busca continua.
Mas para quem não tem outro interessealém de desfrutar o prazer que uma taça de vinho oferece sobre tudo se for acompanhada de uma comida apetitosa e uma companhia aprazível, certamente irá concordar com o Dr. St. Leger. 
Este médico e pesquisador, francês, em 1979 publicou um artigo na conceituada revista médica Lancet, onde afirmava: “Se o vinho tem um ingrediente protetor, é quase um sacrilégio tentar isolar essa substância. A formulação já está pronta e é altamente palatável.
VINHO É ALIMENTO?
Em qualquer lugar da Espanha, Europa, América o vinho é considerado alimento. Segundo os livros de nutrição, a maioria deles trazem o vinho como exemplo de alimento funcional. O fato de conter álcool não exime o vinho da condição de alimento. O reconhecimento do vinho como alimento não o isenta das restrições atribuíveis ás bebidas alcoólicas. É muito importante considerar isso. 
PODE SER CONSIDERADO UM MEDICAMENTO?
O vinho é o mais antigo dos medicamentos. Usado com fins medicinais desde os primórdios da humanidade, tem cada vez mais as suas virtudes terapêuticas reconhecidas. Desde que se fala do homem se fala do vinho. E desde que se fala do vinho ele é relacionado a promoção de saúde. Segundo Patrick McGovern, arqueólogo molecular do Museu de Antropologia e Arqueologia da Universidade da Pensilvânia, “ o fermentado de uvas pode ter surgido acidentalmente, mas o seu domínio e a sua persistência ao longo de toda a história se deve às propriedades energéticas e ao interesse eternal do homem em desenvolver medicamentos”. 
VINOTERAPIA
A vinoterapia retomou o fôlego após a antiguidade nos séculos IX a XII. Um dos responsáveis por isso foi a Escola de Medicina de Salermo, na Itália, onde em cima da porta de entrada se podia ler: “Beba um pouco de vinho”. Esta bebida é o agente terapêutico mais citado no código sanitário da Escola. Nela se ensinava que o vinho rejuvenescia os velhos, tonificava o cérebro, melhorava a digestão e o humor. Além de aliviar as vísceras sobrecarregadas. No final do século XX ficaram famosas as “curas pela uva”. Surgiram nesta época, muitos centros que aplicavam esse tratamento. Na França em 1927, em Moissaic, capital da Chasselas, foi criado um pavilhão, o “ uvarium” onde aplicavam o tratamento. Foi, possivelmente, o primeiro SPA do vinho. 
Até a metade do século XX era frequente o uso dos vinhos medicinais. O vinho servia como veículo para macerados de ervas e pós-vegetais. E certamente, muitas vezes, potencializava os princípios ativos presentes nestes vegetais. Eles eram muitos e tinham diferentes indicações: o vinho de canela para estimular o apetite; o de genciana para digestão e para melhorar a memória; o de absinto como vermífugo e para melhorar a digestão; o de ferro para anemia e como fortificante; o de colchicina para a gota; e de quinino para a febre. O vinho de coca, chamado Mariani, era conhecido como o “ rei dos tônicos e estimulantes”. Eles eram produzidos pelo químico Ângelo Mariani, e foi muito apreciado pelo Papa Leão XIII entre outros. 
SUCO DE UVA OU VINHO?
O suco de uva eno vinho, embora feitos da mesma matéria prima, são bebidas muito diferentes com ações distintas sobre a saúde humana, ao contrário do que muitos pensam e afirmam. Nas últimas duas décadas cresceu muito o interesse dos médicos sobre os efeitos do vinho e do suco de uva na saúde humana, sobretudo os efeitos cardiovasculares. A maioria dos efeitos do vinho na saúde se deve a dois de seus componentes: o álcool e os polifenóis e a sua interação. O suco de uva tem apenas os polifenóis e por isso perde algumas das benesses do vinho. Alguns dos benefícios para a saúde se devem a presença do álcool, como, por exemplo, a ação antibiótica e o aumento do colesterol- HDL (o bom colesterol!). O antociano é um polifenol que existe na casca das uvas e dá a cor tanto ao fruto como a bebida. Ele, na presença de álcool, tem uma potente ação bactericida (mata as bactérias). Esse é um efeito exclusivo do vinho ( que é quem tem o antociano e o álcool). Nenhuma outra bebida alcoólica ou o suco de uva tem. O suco de uva e o vinho tem ação similar e benéfico sobre o endotélio (camada mais interna dos vasos sanguíneos, onde começa a aterosclerose). Essa virtude não existe de maneira expressiva nas outras bebidas alcoólicas, pois esse é um efeito dos polifenóis. 
 
BRANCO, ROSÉ OU TINTO?
Os benefícios do vinho para a saúde, de uma maneira geral, guardam uma relação direta com o baixo teor alcoólico, a alta taxa de polifenóis totais e a capacidade antioxidante do vinho. Seria interessante o consumidor conhecer todos esses dados, não apenas o teor álcoolico. 
O álcool, em doses que o organismo consegue metabolizar, não causa dano é tem efeitos benéficos para a saúde. Ele aumenta o bom colesterol, diminui a adesividade das plaquetas ( o que está implicado diretamente no infarto do miocárdio, derrame, derrame cerebral e outras tramboses e embolias), diminui a resistência das células a ação da insulina, aumenta o efeito dos osteoblastos (células que formam osso), diminui dos osteoclastos (células que destroem osso), além de outros efeitos.
Os polifenóis do vinho provêm 90 a 95% das cascas é das sementes das uvas. São eles que dão cor, aroma, buquê e estrutura aos vinhos. Se retiramos os polifenóis dessa bebida, teremos um líquido incolor com a mesma graduação alcoólica, porém com um aroma e sabor muito forte de álcool. O principal solvente e responsável pela extração dos polifenóis das uvas é o álcool. A temperatura durante a fermentação também influi na quantidade deste importantíssimo componente do vinho. Os vinhos tintos, ao contrário dos brancos, são fermentados na presença das cascas é das sementes das uvas. É por isso que eles têm mais polifenóis e, em tese, mais interferência na saúde humana que os rosés e esses, por sua vez, mais que os brancos. Os efeitos dos polifenóis sobre a saúde advêm de uma potente ação antioxidante. Eles neutralizam e eliminam os Radicais Livres com muitas competência. Essa ação é direta e, também, indireta, porque aumentam substâncias no organismo que fazem a mesma coisa.
VINHO E BOA ALIMENTAÇÃO
Comer certo e beber vinho é melhor que remédio para prevenir doenças cardiovasculares e prolongar a vida. É isso que sugere um estudo coordenado pelo Dr. Oscar Franco. As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil e no mundo hoje. Dados disponíveis apontam que no nosso país em 2007 foram 308 mil óbitos e no mundo em 2005 foram 17,5 milhões. E a projeção é de aumento, com isso muitos estudos interessante têm surgido. 
O vinho mostrou ser o componente que mais oferece cardioprotecão. Retirando o vinho da dieta proposta pelo Dr. Franco a proteção para eventos cardiovasculares cai de 76% para 65%. Se retirado qualquer outro componente da dieta sugerida, a proteção cai apenas de 76% para 73%. 
Mais uma vez um estudo bem conduzido mostra que beber vinho moderadamente faz parte de um estilo de vida saudável, além de ser o principal componente de uma dieta bem sucedida.
VINHO TRAZ ALGUM BENEFÍCIO ESPECIAL PARA AS MULHERES? 
As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto as refeições têm 50% menos chance de desenvolver câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Dra. Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia é mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco. 
DIABETES
O vinho é, sem dúvidas, a bebida mais favorável para o diabético, desde que:
Não tenha contraindicaçao ao uso de bebidas álcoolicas; 
Beba com moderação; 
Só beba se tiver a doença compensada; 
Beba sempre juntos com as refeições; 
Beba preferentemente acompanhado ( de preferência da pessoa amada ou outra que lhe seja aprazível);
Contabilize as calorias da bebida na sua dieta; 
O Diabete Melito é um erro metabólicodo organismo. Nessa doença ocorre aumento da quantidade de glicose no sangue por ação inadequada ou insuficiente da insulina. O vinho, sobretudo o tinto seco, é muito favorável para quem tem Diabete Melito, por vários mecanismos. A quantidade de açúcar no vinho, o tinto seco é mínima e irrelevante para o diabético.
A Quercitina e a Mirecetina são dois polifenóis que existem em quantidade apreciável no vinho. Eles aumentam a sensibilidade das células a ação da insulina. Desse modo os açúcares do sangue são mais aproveitados. 
É muito importante que o diabético beba com moderação. A ingestão abusiva é desfavorável porque aumenta a produção de glicose, colesterol e triglicérideos pelo fígado; o que não é desejável. É fundamental que o vinho seja bebido sempre junto com as refeições para diminuir a absorção do álcool pelo organismo.
São tantos os benefícios.... Mas, quando é que um diabético não pode consumir o vinho? Conforme orientação da ADA (American Diabetes Association) é quando a resposta para qualquer uma das três questões abaixo for NÃO:
A minha diabetes está controlada?
Estou livre de contraindicações ao consumo de bebidas álcoolicas?
Conheço os efeitos que o álcool pode ter com a(s) minha (s) doença (s) é o meu tratamento?
Se todas as respostas forem SIM, o paciente poderá usufruir dos benefícios e prazeres que a ingesta moderada de vinho durante as refeições pode oferecer.
VINHO E CORAÇÃO
O efeito protetor do vinho ao coração se dá por três mecanismos:
 Aumenta a consistência e a elasticidade da parede vascular, melhorando assim a função dos vasos sangüíneos, que é a circulação. Isso diminui o trabalho do coração ao bombear o sangue por esses vasos. Previne a aterosclerose, que é a deposição de placas de gorduras no interior das artérias, o que dificulta a circulação. Inibe a agregação plaquetária, evitando dessa maneira a formação dos coágulos, que obstruem os vasos sangüíneos. Esta é a principal causa de infartos do coração, gangrenas e derrames cerebrais. É importante ressaltar que esses efeitos ocorrem tanto nas artérias como nas veias e vasos linfáticos. Por isso, quem bebe vinho regular e moderadamente durante as refeições, além de estar protegendo o coração tem uma dificuldade maior para desenvolver varizes e tem uma circulação (drenagem) linfática bem melhor.
OCRATOXINA A
 
 Entretanto, embora o vinho traga incontáveis benefícios a saúde humana, um controverso estudo científico feito pelo especialista Kari Poikolainen, ex-integrante da Organização Mundial da Saúde (OMS) que examinou décadas de pesquisas sobre o assunto afirma que a bebida alcoólica causa prejuízos ao organismo, mas só se a pessoa consumir mais de uma garrafa de vinho por dia.
Diversas pesquisas têm demonstrado uma relação inversa entre o moderado consumo de vinho, morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, redução de risco de câncer e outras causas de mortalidade, porém a presença de substâncias tóxicas como as micotoxinas podem comprometer a qualidade e a segurança do produto. Uma micotoxina encontrada no vinho é a Ocratoxina A, sendo produzida por algumas espécies de fungos filamentosos, entre todas as ocratoxinas ela é a mais tóxica. A sua importância deve-se às suas propriedades carcinogénicas, nefrotóxicas, teratogénicas, imunotóxicas e neurotóxicas. É também relacionada a Nefropatia Endémica dos Balcãs, uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal.
Admite-se que a contaminação dos vinhos com ocratoxina A é feita antes da fermentação, pois se considera que as condições anaeróbicas que se geram nesta fase não favorecem o crescimento de fungos filamentosos. A presença de ocratoxina A em vinhos brancos é menos frequentemente e em menos concentrações que em vinhos roses e nestes, por sua vez, menos frequente que em vinhos tintos. Ao longo do processo de vinificação observa-se a remoção parcial de ocratoxina A. Esta micotoxina é adsorvida por partículas em suspensão no mosto e no vinho, sendo removida por esta via sempre que ocorrem etapas de clarificação e de separação sólido/líquido.
RESVERATROL
São muitos os trabalhos científicos que mostram os efeitos do vinho, sobretudo do Resveratrol, no câncer. Estes estudos dizem que o Resveratrol inibe tanto a formação quanto o crescimento e a disseminação das células cancerosas. Outros estudos ainda mostram que quem tem o hábito de beber vinho com moderação tem uma chance significativamente menor de ter câncer de intestino e reto.
Existem 2 cânceres que estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas: quanto maior o hábito etílico mais chance de se desenvolver câncer de orofaringe (boca) e mama. Mas isso não é verdade para as pessoas que tomam vinho, algumas pesquisas feitas em 1990 mostram que até que as mulheres que bebem vinho regular e moderadamente têm menos câncer da mama que as que não bebem.
Experimentos da Universidade de Alberta, no Canadá, comprovaram que o Resveratrol diminui os níveis de colesterol ruim (LDL), evitando entupimento dos vasos sanguíneos e reduzindo os riscos de diabetes e ataques cardíacos, além disso, ele aumenta os níveis de colesterol bom (HDL), fortalecendo os vasos e o próprio coração (principalmente quando combinado com exercícios físicos).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tendência da medicina atual é voltar-se mais para tratamentos naturais. Nos dias de hoje a pesquisa nessa área é tão grande como nunca fora, basta perceber o quanto de medicamentos fitoterápicos são lançados no mercado diariamente. Na decorrência deste trabalho fora constatado que o vinho, embora com suas propriedades antioxidantes, antibióticas, ajudando na proteção contra doenças cardiovasculares e diversas outras, se ingerido excessivamente pode trazer complicações á saúde, contudo, há restrições em seu consumo. 
No Brasil o consumo de vinho é de menos de dois litros por ano per capita devido ao seu alto preço, o intuito de classificar o vinho como alimento não é de incentivar o consumo excessivo da bebida, mas sim aliviar a carga tributária que enfraquece o consumo. O vinho como alimento possibilitaria, a uma grande parte da sociedade brasileira, a consumir uma bebida que é cientificamente comprovada mais saudável e com muitos benefícios a saúde humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Acessado em: 01/06/2018
Ocratoxina A: análise da qualidade de vinhos brasileiros e importados
Publicado por: Laurita Pinto MONEZZI Vitor MANFROI Isa Beatriz NOLL 
http://www.scielo.br/pdf/bjft/v15nspe/aop_15e0110.pdf
Acessado em: 01/06/2018
Presença de Ocratoxina A em Vinhos
Publicado por: Abreu, Priscilla Silva de; Freire, Luisa; Terra, Michelle Ferreira; Costa, Livia Martinez Abreu Soares; Batista, Luis Roberto;
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/presena-de-ocratoxina-a-em-vinhos-11827
Acessado em: 03/06/2018
Consumo de vinho e saúde: os benefícios do resveratrol e os perigos dos sulfitos
Publicado por: Marina Santos Chiapetta	
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/62-alimentos/4326-impactos-na-saude-do-consumo-de-vinho-regular-bebida-alcoolinha-resveratrol-sulfitos-dioxido-enxofre-anidrido-sulfuroso-coracao-beneficios-organico.html
Acessado em 03/06/2018
O vinho e o Paradoxo Francês 
Publicado por: Jairo Monson De Souza Filho
http://revistaadega.uol.com.br/artigo/o-vinho-e-o-paradoxo-frances_7144.html
Acessado em: 03/06/2018
Vinho: um alimento funcional?
Publicado por: DOUGLASWURZ
https://falandoemvinhos.wordpress.com/2015/07/23/vinho-um-alimento-funcional/
Acessado em: 06/06/2018
Vinho e Saúde 
Publicado por: Jairo Monson de Souza Filho 
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/539460/1/SouzaFilhoSMVEp1152002.pdf
Livro: Vinho é Saúde! 50 respostas para entender por que a bebida de Baco pode fazer bem
Publicado por: Jairo Monson de Souza Filho

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