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Função Renal

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Função Renal 
Profa. Dra. Mariana Cristina Cabral Silva 
Conteúdo 
 
v Localização e anatomia dos rins; 
v Unidade filtrante: néfrons; 
v Funções renais; 
v Via metabólica nos rins; 
v Marcadores bioquímicos para função renal. 
 
Função Renal 
1.  Re%rar	do	sangue	circulante	o	nitrogênio	e	outros	restos	de	produtos	metabólicos	
por	meio	da	filtração	e	excreção;	
2.  Equilibrar	a	concentração	de	eletrólitos	e	líquidos	corporais,	também	por	filtração	e	
excreção;	
3.  Recuperar,	 por	 reabsorção,	 pequenas	 moléculas	 (aminoácidos,	 glicose	 e	
pepFdeos),	além	de	 íons	 (Na+,	Cl-,	Ca2+,	PO3-)	e	água,	mantendo	a	homeostase	do	
sangue;	
4.  Regular	a	pressão	arterial	–	produção	de	uma	enzima	a	renina;	
5.  Produção	do	hormônio	eritropoie%na	(ERO)	–	regula	a	produção	de	hemácias	pela	
medula	 óssea	 e	 regula	 a	 a%vação	 de	 um	 derivado	 da	 vitamina	 D	 (1,25-
diidroxicolecalciferol),	que	por	sua	vez	está	relacionado	ao	metabolismo	de	cálcio	e	
a	deposição	de	cálcio	nas	fibras	colágenas	do	osso.	
Funções	do	sistema	renal	
Função Renal 
Localização e anatomia dos rins 
O	sistema	urinário	é	formado	por:	
-	dois	rins	–	filtra	o	sangue;	
-	dois	ureteres	–	conduz	a	urina	até	a	bexiga;	
-	uma	bexiga	–	reservatório	da	urina	;	
-	uma	uretra	–	conduz	a	urina	ao	meio	externo.		
Função Renal 
Anatomia dos rins Função Renal 
Túbulo urinífero (néfron e túbulo coletor) 
Função Renal 
Esquema renal Função Renal 
Túbulo urinífero e irrigação sanguínea 
Alça de 
Henle 
Função Renal 
1.  Filtração 
2.  Reabsorção 
3.  Secreção 
4.  Excreção 
Excreção urinária 
Excreção = Filtração - Reabsorção + Secreção 
FORMAÇÃO	DA	URINA		
Passo	1:	filtração	glomerular	
Corpúsculo	renal	-	Cápsula	de	Bowman	
Função Renal 
Junqueira e Carneiro, 2008. 
Espaço 
capsular 
CORPÚSCULO	RENAL	-	CÁPSULA	DE	BOWMAN	
Taxa	de	filtração	glomerular	(TFG)	
Ø  Volume de filtrado formado a cada minuto pela ação 
combinada de todos os 2 milhões de glomérulos dos rins. 
Em adultos, a TFG normal nos dois rins é de 120 a 125 mL/
min. 
Ø  Os capilares glomerulares são permeáveis e possuem uma 
enorme área de superfície; 
Ø  A presença de proteínas ou de células sanguíneas na 
urina geralmente indica um problema na membrana de 
filtração. 
Ø  Filtrado e urina são diferentes. 
1.  Filtração 
2.  Reabsorção 
3.  Secreção 
4.  Excreção 
Excreção urinária 
Excreção = Filtração - Reabsorção + Secreção 
FORMAÇÃO	DA	URINA		
Passo	2:	reabsorção	tubular	
•  	 Epitélio simples cúbico - 
células com grande quantidade 
de mitocôndrias (fornecem 
energia para o transporte 
at ivo), possui numerosos 
microvilos (borda em escova), 
i n t e r d i g i t a ç õ e s l a t e r a i s 
(facilitam as trocas - transporte 
de íons); 
•  Antiporte de Na+ e H+; 
•  Ação de diuréticos osmóticos 
e inibidores da anidrase 
carbônica. 
TÚBULO	CONTORCIDO	PROXIMAL	(TCP)	
Junqueira e Carneiro, 2008. 
Transporte ativo 
Transporte ativo 
Transporte passivo 
Carreador proteico 
Filtrado no 
lúmen 
tubular 
Glicose 
Aminoácidos 
Íons 
Vitaminas 
Ureia 
Substâncias 
lipossolúveis 
Cl- e outros 
anions, 
K+ 
Reabsorção	pelas	células	do	TCP	
ALÇA	DE	HENLE	
•  	 Composta de 2 segmentos: 
descendente e ascendente; 
•  Segmento descendente é 
permeável a água e não ao 
cloreto de sódio; 
•  Segmento ascendente é 
impermeável a água mas 
permeável ao cloreto de sódio; 
simporte de Na+, K+ e 2 Cl-; 
•  Processo multiplicador de 
contracorrente; 
•  Ação de diuréticos inibidores 
da alça. Junqueira e Carneiro, 2008. 
Transporte ativo 
Transporte passivo 
Alça	de	Henle:	Mecanismo	contracorrente	
ALÇA	DE	HENLE:		
Mecanismo	contracorrente	
RAMO DESCENDENTE 
 
Ø  Permeável a água; 
 
Ø  Impermeável aos sais 
(NaCl). 
RAMO ASCENDENTE 
 
Ø  Impermeável a água; 
 
Ø  Permeáve l aos sa is 
(NaCl). 
•  Quando a alça de Henle 
penetra no córtex e torna-se 
tortuosa; 
 
•  Ocorre saída de sódio por 
processo ativo e, geralmente, 
também sai água; 
•  Adiciona íons hidrogênio, 
potássio e amônia ao filtrado, 
sendo sua atividade importante 
para a manutenção do equilíbrio 
acido-básico do sangue; 
•  A saída de água é inibida pelo 
hormônio antidiurético (ADH). 
TÚBULO	CONTORCIDO	DISTAL	
Junqueira e Carneiro, 2008. 
TÚBULO	COLETOR	
Junqueira e Carneiro, 2008. 
1.  Filtração 
2.  Reabsorção 
3.  Secreção 
4.  Excreção 
Excreção urinária 
Excreção = Filtração - Reabsorção + Secreção 
FORMAÇÃO	DA	URINA		
Passo	3:	secreção	tubular	
Túbulo urinífero (néfron e túbulo coletor) 
Sistema Urinário 
e suas funções 
v  A hipófise posterior produz a 
vasopressina ou ADH- hormônio 
antidiurético, o hormônio humano 
s e c r e t a d o e m c a s o s d e 
desidratação; fazendo com que os 
r i n s c o n s e r v e m a á g u a , 
concentrando e reduzindo o volume 
da urina. 
 
v  A vasopressina (hormônio) é 
denominada assim, pois aumenta a 
pressão sanguínea ao induzir uma 
vasoconstrição moderada sobre as 
arteríolas do corpo. 
 
v  O ADH a tua no né f ron , 
favorecendo a abertura dos canais 
d e a q u a p o r i n a s n o T ú b u l o 
Contornado Distal, impedindo que a 
água seja eliminada pelo ducto 
coletor. 
Função Renal Hormônios:	ADH	e	Aldosterona	
Es[mula	o	JG	a	liberar	renina	
Renina	converte	o	
angiotensinogênio	em	
angiotensina	I.		
Angiotensina I é 
convertida a II pela ECA. 
A	angiotensina	II	é	
vasoconstritora.	
A	angiotensina	II	es[mula	
a	supra	renal	a	produzir	
aldosterona.	
A aldosterona inibe a 
excreção de sódio 
pelo túbulo distal. 
O ADH atua no 
TCD impedindo 
que a água seja 
eliminada pelo TC. 
Amentando o 
volume 
sanguíneo. 
Neuro-hipófise 
Sistema renina-angiotensina-aldosterona 
Conversão do angiotensinogênio a 
angiotensina Função Renal 
ADH 
 
 
 
 
Função Renal 
Esquema	dos	passos	
essenciais	da	formação	
e	excreção	da	urina		
Diuréticos são drogas que aumentam a eliminação de urina. Todos os 
diuréticos possuem o efeito comum de inibir a reabsorção de sódio, 
aumentando a excreção de sódio na urina (natriurese). São classificados 
em: 
 
v  Diuréticos osmóticos: Inibem a reabsorção de sódio no túbulo 
contorcido proximal. Exemplo: manitol; 
v  Inibidores da anidrase carbônica: No túbulo contorcido proximal 
existe um antiporte entre Na+ e H+. Com a entrada de H+ no túbulo 
contorcido proximal, há associação com bicarbonato, formando ácido 
carbônico, que pela anidrase carbônica, é dissociado em água e dióxido 
de carbono (CO2). Estes inibidores inibem nesta porção do túbulo a 
reabsorção de sódio, água e bicarbonato. 
v  Inibidores da alça: Inibem o simporte de Na+, K+ e 2 Cl- no segmento 
ascendente da alça de Henle, inibindo a reabsorção de sódio. 
v  Diuréticos tiazidos: Inibem o simporte de Na+ e Cl- na porção inicial 
do túbulo contorcido distal, inibindo a reabsorção de Na+. 
DIURÉTICOS	 Função Renal 
DIURÉTICOS	 Função Renal 
Patologias: 
 
Ø  Insuficiência renal; 
Ø  Insuficiência cardíaca; 
Ø  Cirrose hepática; 
Ø  Diabetes; 
Ø  Edema cerebral; 
Ø  Glaucoma; 
Ø  Hipertensão arterial. 
Ø  Diuréticos: Drogas que atuam nos rins, tendo como objetivo aumentar o 
volume e o fluxo de urina produzida. Também ajudam a eliminar 
minerais eletrólitos, como o cloro e o sódio. 
 
Ø  Creatinina: Produto da degradação do músculo que fornece a taxa de 
filtração glomerular (TFG), avaliando a função renal. 
 
Ø  Ureia: substância que resulta do metabolismo de proteínas, sendo um 
indicador que avalia o funcionamento dos rins, e a ingestão de 
proteínas. 
 
Ø  Nefropatias:Lesão ou doença do rim, e ainda patologias renais. 
Marcadores	da	função	renal	e	patologias	
Produção de eritropoietina pelo rim em resposta 
ao suprimento de O2 
Função Renal 
3 
 
1 
2 
4 
 
1. Rim detecta redução de O2 
transportado no sangue; 
2. Secreção de eritropoietina; 
3. Eritropoietina estimula a 
eritropoiese na medula óssea; 
4. Aumento da entrega de 
oxigênio ao rim na passagem 
dos eritrócitos. 
 
 
 
 
A importância do rim no metabolismo do 
cálcio e vitamina D 
Função Renal 
Colecalciferol 
(Vitamina D3) 
25-hidroxicolecalciferol 
1, 25-diidroxicolecalciferol 
 
25-hidroxicolecalciferol 
hidrolase 
Colecalciferol-25-
hidrolase 
 
 
 
 
 
 
 
 
(PTH	ou	paratormônio)	(+)			
Via metabólica 
nos rins 
GLICONEOGÊNESE 
Marzzoco & Torres, 2011. 
A gliconeogênese ocorre 
predominantemente no fígado, 
mas os rins também realizam. 
Em jejum prolongado, os rins 
participam juntamente com o 
fígado na regulação dos níveis 
de glicose sanguínea. 
Função Renal 
URINA	
Ø  Composição química: 
 
•  Água (95%); 
•  Ureia; 
•  Na+; K+, PO43-, SO42-; 
•  Creatinina; 
•  Ácido úrico; 
•  Ca2+; Mg2+ e HCO3-. 
Função Renal 
URINA	
Ø  Características físicas: 
 
•  Coloração: clara e transparente até amarelo-
escuro; 
 
•  Odor: leve odor; 
 
•  pH: levemente ácida (pH em torno de 6). 
Função Renal 
Exame de urina tipo I ou sumário de 
urina 
• Cor 
• Aspecto 
• Densidade 
• pH 
• Proteína: proteína de Bence Jones 
• Glicose 
• Cetonas 
• Urobilinogênio 
• Bilirrubina 
• Hematúria 
• Nitrito 
• Leucócito-esterase 
• Sedimentoscopia. 
 
 
 
Marcadores bioquímicos para 
função renal 
v  Microalbuminúria; 
v  Proteína de Bence Jones; 
v  Doença urinária em xarope de bordo; 
v  Alcaptonúria. 
Função Renal

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