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Transformações societárias

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Transformação
Transformação é a mudança do tipo da sociedade empresária. Na transformação, permanece a mesma pessoa jurídica, submetida, porém, ao regime do novo tipo adotado.
Pode-se citar, como exemplo, que quando uma sociedade empresária (LTDA) transforma-se em sociedade anônima, os bens serão absorvidos pela nova empresa, que assumirá também os direitos e as obrigações da extinta.
A sociedade obedecerá a preceitos quanto à nova constituição, exige consentimento unânime dos sóciosou acionistas não podendo prejudicar de forma alguma os direitos de seus credores.
O ato de transformação obedecerá sempre às formalidades legais à constituição e o registro do novo tipo a ser adotado pela nova sociedade.
O artigo 220, § único da lei 6.404/1976 diz:
 Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa independente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro.
Parágrafo único. A transformção obedecerá os preceitos que regulam a constituição e o registro do novo tipo a ser adotado pela sociedade. (BRASIL, 1976)
Para a transformação de uma sociedade empresária para uma sociedade anônima naquilo que a Lei 6.404/1976 não for o suficiente, pode-se recorrer do art. 1.113 ao art. 1.115 da Lei 10.406/2002, diz: 
 Art. 1.113 - O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se. Art. 1.114 - A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031. Art. 1.115 - A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores. Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará. (BRASIL, 2002)
Tipos de Transformação
Transformação Pura ou Simples
Autorizada pelo contrato social e estatuto, conservando mesmos elementos, objeto, capital e sócios.
Transformação Constitutiva
Quando não prevista no Contrato Social ou estatuto social, ou quando prevista, adiciona-se elementos novos. A doutrina atual orienta no sentido de que não passa de uma alteração contratual, com a manutenção da personalidade jurídica, não criando outra nova.
Funções e Efeitos da Transformação
A transformação é um ato voluntário, que possui funções tanto no plano interno da sociedade, como no plano externo da mesma. Internamente, satisfaz os interesses dos sócios que não almejam mais permanecer no tipo societário atual e querem modificá-lo. Já no plano externo, a transformação visa atender aos critérios de conveniência do mercado, principalmente no que diz respeito ao maior ou menos grau de publicidade de seus atos e balanços, bem como alçar com facilidade o mercado de capitais, e, assim, possibilitar uma maior captação de recursos por meio de emissões de ações, debêntures e, ainda, de negociações com títulos no exterior, tais como as ADR´s e outros títulos conversíveis ou representativos de recebíveis da sociedade.
A transformação, como já foi dito, mantém a personalidade jurídica da sociedade, alterando somente seus atos constitutivos e também o grau de responsabilidade de seus sócios entre si e em relação à sociedade. Tudo isso atinge o interesse de terceiros. Contudo, como não se produz nenhuma alteração subjetiva com a transformação, apenas a modifica a qualificação jurídica de sua estrutura, os débitos e obrigações perante terceiros permanecem intactos na sociedade transformada.
Assim, não há alteração formal nas relações contratuais e extracontratuais da sociedade anterior. Isso pode ser verificado até mesmo em relação aos empregados pela sociedade. Dispõe o art. 448 da CLT: “A mudança na propriedade ou na estrutura da empresa não afetara os contratos de trabalho dos respectivos empregados”. Em relação ao Fisco, também não há sucessão, sendo que os tributos são devidos até a data do ato pela pessoa jurídica de direito privado transformada (art. 132, CNT).
Alterações podem ocorrem somente em relação à participação dos sócios, na medida em que passam a outorgar direitos diversos, conforme venha dispor o novo tipo societário. Da mesma forma, os direitos políticos dos sócios são afetados conforme seja o tipo de sociedade adotado, direito esse que se manifestarão por procedimentos outros e com efeitos também diferentes na formação da vontade social.
Sobre a Retirada de Dissidentes
Nos termos do art. 221 da Lei das Sociedades Anonimas, a transformação exige o consentimento unânime dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissidente terá o direito de retirar-se da sociedade. Os sócios podem ainda renunciar, no contrato social, ao direito de retirada no caso de transformação em companhia.
Portanto, todos, e cada um, com ou sem voto, devem aquiescer na proposta. Admite-se, entretanto, a transformação por deliberação da maioria, quando já estiver previsto expressamente no contrato social ou estatuto. Caso não conste, poderá ser introduzida por meio de deliberação unânime.
A transformação por maioria confere aos dissidentes o direito de recesso, o qual não pode ser afastado nem mesmo pelo estatuto da Sociedade Anônima. Logo, o sócio que discordar da transformação pode retirar-se da sociedade, devendo receber o valor de sua quota no prazo de 90 dias.
Direito dos Credores
A transformação, como enuncia o art. 1.115 do Código Civil e o art. 222 da LSA, “não modificará nem prejudicará, em qualquer caso os direitos dos credores”. A sociedade empresária, cujo tipo se alterou, continua a mesma pessoa jurídica, ou seja, sua personalidade jurídica não é afetada, portanto a transformação não altera em nada a titularidade dos direitos e obrigações contraídas. Dessa forma, o credor da sociedade continua titularizando perante esta o mesmo crédito após a conclusão da transformação, e mais, ele tem, relativamente à satisfação do crédito, as mesmas garantias oferecidas pelo tipo societário anterior a transformação, principalmente no que diz respeito à responsabilidade subsidiária ou solidária dos sócios.
O renomado doutrinador supracitado exemplifica: “se uma sociedade limitada, de capital não inteiramente integralizado, é transformada em anônima, os acionistas são, para fins de atendimento dos credores anteriores à transformação, solidários pelo pagamento do preço de emissão das ações, uns dos outros, até completar-se a integralização do capital social”. A responsabilidade dos sócios em relação à falência está disciplinada no parágrafo único do mencionado art. 1.115, o credor anterior à transformação poderá requerer que lhe seja assegurado o seu crédito, mantendo a responsabilidade dos sócios nos termos do contrato existente à época da constituição da obrigação.
Exemplo de Transformação
Extinta
Empresa Alfa Sociedade Anônima (S/A)
Empresa Alfa Sociedade Empresária (LTDA)
	
Bibliografia
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=19487&revista_caderno=8
https://juliapessoa.jusbrasil.com.br/artigos/190568694/operacoes-de-reorganizacao-societaria
https://slideplayer.com.br/slide/5633732/
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12883
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13407/material/Transforma%C3%A7%C3%B5es%20Societ%C3%A1rias%20-%20No%C3%A7%C3%B5es%20Gerais.pdf
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12883
https://marciomorena.jusbrasil.com.br/artigos/121944007/a-transformacao-societaria-e-suas-implicacoes-juridicas
https://www.contabeis.com.br/artigos/3259/transformacoes-societarias/

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